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Francisco Junior
Edgar Morin
Este livro não só apresenta um novo paradigma à educação como também discute
determinadas condições das ciências e do ser humano. O autor foca em uma critica ao
modelo cientifico desde o iluminismo até o sec. XX, que influenciou tanto nas ciências,
como na educação, uma pratica fragmentária do conhecimento, em que as leis gerais
que regem o universo não abrem espaços para a transdisciplinaridade da natureza do
conhecimento humano. Como solução a isto ele vê nas praticas da pós-modernidade e
na expansão da globalização, a possibilidade de ruptura de um modelo arcaico
baseado em verdades únicas e gerais.
As cegueiras do conhecimento
A produção de todo o conhecimento deve ser uma produção dentro do contexto global,
multidimensional e complexo. Em outras palavras, a produção do conhecimento deve
ser voltada contra a ideia de fragmentação das diversas áreas, ou disciplinas, do
conhecimento. É incabível a ciência em um contexto globalizado, manter fronteiras
rígidas, todo o conhecimento deve ser multidimensional. O conhecimento deve gerar
relações mutuas e recíprocas entre as partes e o todo do mundo complexo. O
conhecimento a ser produzido e almejado são aqueles que procuram sanar as
dificuldades e problemas levantados pelo processo de globalização.
Enfrentar as incertezas
Reforçando a reforma sobre a condição do erro, ele retorna à ideia da ciência como
construtora de verdades e de certezas. Porém, desde Heisenberg, o principio da
incerteza retorna ao campo cientifico ao afirmar que um elemento pode comportar-se
como onda e partícula simultaneamente. Morin então traz este aspecto da física
quântica para a dualidade individual, somos partículas na medida em que somos
indivíduos individualizados, e ondas nas mais diversas multiplicidades da capacidade
humana. A escola deve preocupar-se em instruir a incerteza nas ciências.
Ensinar a compreensão
A educação deve-se voltar para a comunicação compreensiva. As disciplinas dentro da
escola se chocam uma contra as outras, a intolerância de determinados pontos de
vista sobre os outros e a barbárie que ocorre pela incompreensão do outro. A
educação deve-se voltar a instrução do entendimento do outro. Para isso uma busca
apurada as raízes da incompreensão para uma superação na busca pelo
entendimento do outro.
O autor assume como a compreensão como superação das formas de conflito que
movem o mundo. Para ele, a busca por um ponto comum na mudança de
comportamento bastaria para solucionar os conflitos ideológicos, políticos e econômico
entre nações.