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FLÁVIA LEITE 1

MAIO/2022
CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO

DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


v CONTAS PATRIMONIAIS:
Ø Balanço Patrimonial:
o Mostra a posição da empresa em uma data específica.
o Não podem ser zeradas, pois são acumulativas.

v CONTAS DE RESULTADOS:
Ø DRE (Demonstração do Resultado do exercício):
o Mostra se a empresa obteve lucro ou prejuízo em um período determinado (pode ser 1 ano, 1 mês
ou 1 trimestre);
o É zerado a cada período (mês), e seu resultado vai para o Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial.
o Patrimônio líquido: é o valor dos lucros (–) prejuízos que a empresa já teve desde a abertura;
o Receita (–) custos (–) despesas = Resultado;
o Regime de competência (data que a mercadoria é transferida de poder);
o Exemplo: Compra de matéria prima em janeiro por R$ 70.000,00 com pagamento a vista, e utilização
em fevereiro, mas o produto é vendido em março por R$ 100.000,00.
• Balanço Janeiro:
Ativos
Banco (70.000)
Estoque 70.000
*Total de ativos = 0
• Balanço Março:
Ativos
Banco 30.000
*Total de ativos = 30.000
• Receita (–) custos (–) despesas = Resultado
100.000 (–) 70.000 (–) 0 = 30.000
§ Patrimônio líquido = 30.000,00
CUSTO DESPESAS
Ø Todo gasto necessário para chegar ao Ø Objetivo final de obter receita, e não o
produto/serviço final produto em si;
Ø Só é reconhecido quando ocorre a venda; Ø Reconhecido no mês da realização;
Ø Exemplo: matéria-prima, depreciação, Ø Exemplo: marketing, mão de obra de
frete, energia da produção etc. apoio etc.
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v GASTO X DESEMBOLSO
Ø Gasto:
§ Custo e Despesa.
Ø Desembolso:
§ É o pagamento.
Ø Então, nem todo gasto gera desembolso, porque alguns gastos não têm pagamento equivalente. Ex.:
gasto de depreciação, previsão de perda etc.
Ø Atenção: embalagem que
§ Modifica a apresentação do produto: custo
§ É utilizada somente no transporte: despesa

v CLASSIFICAÇÕES DE CUSTO
Ø Direto:
§ que podem ser atribuídos diretamente a um tipo de produto ou serviço sem necessidade de um
rateio.
Ø Indireto:
§ que necessidade de algum critério de rateio para alocação.
Ø Exercício: Defina se o custo é Direto ou Indireto para uma indústria de calçados:
a) Matéria prima (D) b) Caixa do sapato (D)
c) Vasilhame para transporte dos calçados (I) d) Energia elétrica (I)
e) Salário do operador horista (D) ou (I) f) Cadarço (D)
g) Energia elétrica das injetoras da produção (I) h) Palmilha (D)
i) Frete sobre compra de matéria prima (D) j) Depreciação das injetoras (I)
k) Gastos com inspeção de qualidade por amostragem (I)

Ø Fixos:
§ Independem da quantidade produzida;
§ Margem de contribuição: uma empresa só começa a lucrar quando suas receitas são capazes
de cobrir os custos fixos.
§ Unitariamente são variáveis, mas no total são fixos.
• Ex.: pode ser calculado o aluguel por produto produzido em um mês.
§ Ex: Depreciação, aluguel, salários de empregados fixos.
Ø Variáveis:
§ Serão proporcionais aos produtos ou serviços do período;
§ Unitariamente são fixos, mas no total são variáveis.
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§ Ex.: energia, algumas partes da folha de pagamento.


Ø É necessário entender quais são os custos fixos para saber o que é imprescindível pagar mesmo
sem produção;
Ø Pergunta chave: é possível zerar esse custo em caso de férias coletivas?
Ø Exercício: Diga se o custo é fixo ou variável, para uma indústria de calçados:
a) Aluguel de injetoras (F) b) Matéria prima (V)
c) Cadarço (V) d) Palmilha (V)
e) Salário horista do operador (V) f) Aluguel da sede da fábrica (F)
g) Depreciação das máquinas (F) h) Energia elétrica do setor produtivo (V)
i) Embalagem do calçado (caixa de papelão) (V) j) Frete sobre compra de matéria prima (V)

v DESPESA
Ø Já reconhecidas diretamente no resultado, pois elas são consumidas imediatamente;
Ø É lançada sob regime de competência, pois é uma provisão;
§ Provisão: certeza de que um valor pré-determinado será pago em algum momento.
§ Ex.: anuidade de cartão de crédito.
Ø Compra de imobilizados não constam no DRE, mas somente a depreciação desse bem.

v CLASSIFICACAO DE DESPESA
Ø Despesa com Vendas (DV):
§ Folha de pagamento e encargos do setor de vendas, comissão, fretes sobre devolução de vendas,
depreciação dos bens do setor de vendas.
• Os fretes sobre mercadorias vendidas costumam ser pagos pelo destinatário.
Ø Despesas Financeiras (DF):
§ Juros pagos a fornecedores, juros de tributos;
§ Receitas Financeiras (RF): juros recebidos em aplicações financeiras ou de clientes em atraso;
§ No DRE deve constar o Resultado Financeiro Líquido (RFL):
• RFL = DF (-) RF
Ø Despesas Gerais e Administrativas (DGA):
§ Salário do pessoal do escritório com seus encargos, contratos com pessoa jurídica de apoio
administrativo (contador, advogado), telefonia, cópias reprográficas, depreciação dos bens do
escritório.
Ø Outras Despesas Operacionais (ODO):
§ Despesas tributárias NÃO RELACIONADAS AS VENDAS E SERVIÇOS e demais demandas não
classificadas acima.
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Ø Exercício: Informe em qual das 4 classificações da despesa, se encaixam os gastos abaixo:


a) Um cliente devolveu a mercadoria, e o frete foi por conta do vendedor (DV)
b) Taxa de incêndio (ODO)
c) Conta da Oi (DGA)
d) Valor RPA do contador (DGA)
e) Cliente pagou em atraso, e a empresa contabilizou os juros recebidos (DF)
f) 3% de comissão paga para representantes comerciais (DV)
g) Salário da telefonista/recepcionista (DGA)
v IMPOSTOS
Ø Analisar primeiramente o CNAE para averiguar se a empresa se encaixa em alguma norma tributária
especifica;
Ø ICMS:
o Imposto sobre mercadoria circulada;
o Alíquotas:
• Dentro da UF: 18%
• Para regiões Sul e Sudeste (exceto ES): 12%
• Para regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e ES: 7%
o Exceções:
• Mercados específicos (produtos para construção civil, alimentares etc.);
• Regime Simples Nacional: taxa progressiva;
• MEI: taxa simbólica de R$ 3.
Ø ISSQN:
o Equivalente ao ICMS para prestadores de serviço;
o Alíquotas variam entre 2 e 5% sobre o faturamento de acordo com a Lei Orgânica Municipal.
o Exceções:
• Regime Simples Nacional: taxa progressiva;
• MEI: taxa simbólica de R$ 1.
¨ Impostos que devem ser cobrados após dedução do ICMS:
Ø PIS:
o Alíquota:
• Lucro Real: 1,65%
§ Base de Cálculo = Receita - Custo
• Lucro Presumido: 0,65%
§ Base de Cálculo = Receita
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Ø COFINS:
o Alíquota:
• Lucro Real: 7,6%
§ Base de Cálculo = Receita - Custo
• Lucro Presumido: 3%
§ Base de Cálculo = Receita
Ø Exercício: uma empresa Lucro Real localizada em MG, vende uma mercadoria de R$ 10.000,00 com
mais 10% de IPI.
1. Sendo o cliente de Ipatinga, qual o valor da receita bruta e líquida?
Receita Bruta (-) ICMS = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 1.800,00 8.200,00 135,30 623,20 7.441,50

2. Sendo o cliente de São Paulo, qual o valor da receita bruta e líquida?


Receita Bruta (-) ICMS = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 1.200,00 8.800,00 145,20 668,80 7.986,00

3. Sendo o cliente da Bahia, qual o valor da receita bruta e líquida?


Receita Bruta (-) ICMS = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 700,00 9.300,00 153,45 706,80 8.439,75

4. E se essa empresa fosse Lucro Presumido, como ficariam os 3 casos?


a) Receita Bruta (-) ICMS = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 9.300,00 53,30 246,00 7.900,70
b) Receita Bruta = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 9.300,00 57,20 264,00 8.478,80
c) Receita Bruta = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 9.300,00 60,45 279,00 8.960,55
v DEDUÇÕES E ABATIMENTOS
Ø Devoluções de vendas, líquidas de impostos ou estornando o tributo nas contas acima.
Ø Observação: desconto incondicional também entra, mas condicional não.

v IMPOSTOS SOBRE O RESULTADO


Ø IRPJ e CSLL:
o Alíquota: 15% (CSLL) + 9% (IRPJ) = 24%
• Adicional de 10% sobre o lucro líquido que exceder R$ 20.000,00
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Ø Exemplo: A empresa tem lucro líquido de R$ 100.000, quanto ela deve pagar?
Lucro Líquido (-) CSLL (-) IRPJ =
100.000,00 15.000,00 9.000,00 76.000,00
- Lucro que excede R$ 20.000 é R$ 80.000, então:
(-) IRPJ Adicional = Resultado Líquido
76.000,00 8.000,00 68.000,00

v OUTROS DESCONTOS
Ø Outras receitas e outras despesas:
o Geralmente são vendas de imobilizados
o Receitas não operacionais
Ø Participações e fundos de assistência ou previdência:
o Repasse de lucros para funcionários, ou pessoas que possuam participação;
o Fundos de assistência ou previdência privada de empregados.
v ESTRUTURA FINAL DO DRE:
Receita Bruta das vendas e serviços 10.000,00
(-) Deduções de vendas (-) 0
(-) Abatimentos (-) 0
(-) Impostos (-) 2.558,50
(=) Receita Líquida de vendas e serviços = 7.441,50
(-) Custo das mercadorias e serviços vendidos (-) 1.907.71
(=) Lucro Bruto = 5.533,79
(-) Despesas com vendas (-) 148,83
(-) Despesas financeiras deduzidas das Receitas (-) 40,00
(-) Despesas gerais e administrativas (-) 500,00
(-) Outras despesas operacionais (-) 100,00
(=) Lucro ou prejuízo Líquido = 4.744,96
(-) Outras Receitas e as outras despesas (+) 2000,00
(=) Resultado antes da provisão de IRPJ e CSLL = 6.744,96
(-) Provisão de IRPJ e CSLL (-) 1.618,79
(-) Participações e fundos de assistência ou previdência (-) 0
(=) Resultado (Lucro ou prejuízo) líquido do exercício = 5.126,17
Montante por ação ou quota do capital social
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Ø Exemplo: Elabore o DRE do exercício anterior letra a) e pelos dados abaixo.


Matéria prima: 1.000,00 Comissão: 2% da R.L (Receita líquida)
Honorários do contador: 500,00 Energia elétrica da produção: 200,00
Juros devido atraso no pagamento ao fornecedor: 100,00
Rendimento da aplicação financeira: 60,00
Depreciação da injetora: Injetora: 50.000,00. Vida útil: 20 anos. Valor residual: 150,00
Embalagem que envolve o produto para venda: 500,00
Taxa de renovação de alvará: 100 Lucro na venda de ativo imobilizado: 2.000
Não distribuiu lucros IRPJ e CSLL: alíquota padrão.
Mais dados: Não houve devolução e abatimento no período

v Análises do DRE
Ø Análise Vertical:
§ X / Receita Líquida
Ø Análise Horizontal:
§ (valor atual – valor do período anterior) / valor do período anterior
Ø Exercício: Marque V ou F:
§ As contas de resultado são contas transitórias (transferidas p/ o balanço)
§ As contas de resultado deverão ser zeradas no final do exercício social.
§ As contas de resultado são diferentes das contas patrimoniais.
§ O saldo das contas de resultado deverá ser apurado gerando um resultado que deverá ser levado
para o balanço patrimonial.
§ A Demonstração de Resultado consiste em um relatório com subtotais que geram uma informação
para tomada de decisão.
§ As contas de custos iniciam o período contábil com saldo zero.
§ As contas de despesa iniciam o período contábil com saldo zero.
§ As contas de receita iniciam o período contábil com saldo zero.
¨ Todas são verdadeiras
Ø EBTIDA ou LAJIDA
§ Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização;
§ Embora seja princípio de competência, considera-se a capacidade de geração de caixa. Ou seja, a
análise é feita sobre a rentabilidade esperada (valores que entrarão no caixa) e não sobre o que
já foi recebido;
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§ Medida importante na comparação de empresas de países diferentes, pois as taxas e os impostos


variam em cada lugar.
Resultado 5.126,17
(-) Outras Receitas (-) 2.000
(+) Outras Despesas (+) 100
(+) Despesas Financeiras (+) 40
(+) IRPJ e CSLL (+) 1.618,79
(+) Depreciação e Amortização (+) 207,71
= EBTIDA = 5.092,67

Ø EBIT EBTIDA 5092,67


(-) Depreciação e Amortização (-) 207,71
= EBIT = 4.884,96

v ANÁLISES DE ÍNDICES
Ø Liquidez Corrente (LC):
§ Indica a capacidade de pagamento no curto prazo.
§ LC = ativo circulante / passivo circulante
• LC = 1: equilíbrio.
• LC < 1: incapacidade.
• LC > 1: capacidade de pagamento no curto prazo.
Ø Liquidez Seca (LS):
§ E se tirar o estoque da conta anterior (analisar somente disponível)?
§ LS = (Ativo circulante – estoque) / passivo circulante
Ø Composição do Endividamento (CE):
§ CE = Passivo circulante / (Passivo circulante + passivo não circulante)
§ Para fins comparativos usar os CEs dos períodos anteriores.
Ø Índice de Endividamento Total (IET):
§ (Passivo circulante + passivo não circulante) / Total do ativo
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v DFC – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA


Ø Qual é o valor (dinheiro) que a empresa de fato possui em caixa (disponível)?
Ø DFC é dividido em 3 eixos:
o Operacionais: Entradas e saídas vinculadas a atividade da entidade. Ex.: Fornecedor, locação, energia
elétrica, recebimento de clientes, dentre outras coisas vinculadas a movimentação normal da
empresa.
o Investimento: Referente a compra ou venda de ativos não circulantes, de forma mais direta,
aquisição ou venda de ativos imobilizados.
o Financiamento: empréstimos obtidos ou concedidos, remuneração do capital investido na empresa.
Ex.: distribuição de lucros, capital social ou outras formas de “capital de terceiros”.
Ø Exemplo:
Saldo anterior: 100.000 | Pagamento fornecedor: -20.000
Recebeu de cliente: +40.000 | Pagou uma máquina adquirida: -30.000
Recebeu a venda da máquina antiga, que não vai mais usar: +20.000
Recebeu o valor do empréstimo: +10.000 | Distribuiu lucros para os sócios: -50.000
(+) Atividades Operacioanais 20.000
(+) Atividades de Investimento -10.000
(+) Atividades de Financiamento -40.000
= Total -30.000
Saldo anterior 100.000
Saldo Final 70.000

Ø Exercício:
Saldo anterior: 400.000 Pagamento fornecedor: -50.000 Distribuiu lucros para os sócios: -60.00
Pagou uma máquina adquirida: -100.000 Recebeu o valor do empréstimo: +40.000
Recebeu a venda da máquina antiga, que não vai mais usar: +30.000 Recebeu de cliente: +80.000
(+) Atividades Operacioanais 30.000
(+) Atividades de Investimento -70.000
(+) Atividades de Financiamento -20.000
= Total -60.000
Saldo anterior 400.000
Saldo Final 340.000
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v DRE x DFC
1. DRE -> Competência DFC -> Caixa
2. Exemplo: em setembro, a empresa fez uma venda de R$ 100.000 que foi paga a vista. O custo da
mercadoria no valor de R$ 120.000 foi dividido em 12 parcelas.

DRE (setembro) DFC (setembro)


Receita 100.000 Entrada: 100.000
(- ) Custo 120.000 Saída: 10.000
( = ) Prejuízo: 20.000 (=) Sobra de caixa: 90.000

3. Exemplo: em setembro, a empresa fez uma venda de R$ 100.000 que ainda será quitada
posteriormente. O custo da mercadoria no valor de R$ 70.000 foi dividido em 7 parcelas.

DRE (setembro) DFC (setembro)


Receita 100.000 Entrada: 0
(- ) Custo 70.000 Saída: 10.000
( = )v
Lucro: 30.000
CLASSIFICAÇÕES DE DFC (=) Falta de caixa: 10.000

1. Direto: Relatório mais detalhado, mostra os totais de pagamento e recebimento.


o Ex.: Pagamentos R$5 Recebimentos R$1 Operacional = -R$4
o Usado pela administração publica por ser considerado mais transparente.
2. Indireto: Mesmo saldo do direto, mas consta somente os totais das contas.
o Ex.: Operacional = -R$ 4
o Usado por empresas privadas a fim de proteger informações dos fornecedores.

Método indireto Como calcular: Método direto Como calcular:

Lucro Lucro DRE

Variação de Clientes Clientes BP Anterior – Atual Recebimento de Clientes DRE Venda – BP Atual Cliente

Variação de Fornecedor Fornecedor BP Atual - Anterior Pagamento a Fornecedor Fornecedor BP Atual–DRECusto

Total dos Operacionais Lucro + VC + VF Total dos Operacionais RC + PF

Total do Investimento Variação do Ativo ñ Circulante Total do Investimento Variação do Ativo ñ Circulante

Total do Financiamento Variação de CS + Empréstimo Total do Financiamento Variação de CS + Empréstimo

Geração de Caixa TO + TI + TF Geração de Caixa TO + TI + TF

Saldo Anterior Disponível BP Atual - Anterior Saldo Anterior Disponível BP Atual - Anterior

Saldo Atual GC + SA Saldo Atual GC + SA


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o Exemplo:

DFC método indireto DFC método direto


Lucro R$ 20.000,00
Variação de clientes -R$ 40.000,00 Recebimento de clientes R$ 20.000,00
Variação de fornecedor R$ 28.000,00 Pagamento a fornecedor -R$ 12.000,00
Total dos operacionais R$ 8.000,00 Total dos operacionais R$ 8.000,00
Total do investimento R$ - Total do investimento R$ -
Total do financiamento R$ - Total do financiamento R$ -
Geração de caixa R$ 8.000,00 Geração de caixa R$ 8.000,00
Saldo anterior R$ 48.000,00 Saldo anterior R$ 48.000,00
Saldo atual R$ 56.000,00 Saldo atual R$ 56.000,00
v CONCLUSÕES A CERCA DO DFC
Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento
1. Caixa líquido das atividades de financiamento
o Polaridade negativa
2. Aumento ou redução no caixa e equivalentes
o Polaridade positiva
3. Saldo AH
4. Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
o Polaridade positiva
5. Caixa líquido das atividades operacionais – das de investimento
o Polaridade positiva

v DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


1. Para onde vai as riquezas da empresa?
2. Valor adicionado = receita de vendas – custo dos produtos
o É o valor agregado ao bem em cada cadeia.
o Ex.: Venda de Canetas: R$ 10; Fornecedor: R$5; Riqueza = R$5
3. Custo dos produtos são valores adicionados por cadeias anteriores.
o Ex.: matéria prima, energia elétrica, água. (não entram os gastos da própria cadeia).
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v CONCLUSÕES A CERCA DO DVA


1. Riquezas que vão para os empregados:
o Pessoal e encargos / valor adicionado
2. Capacidade de distribuição de riquezas para a sociedade:
o Remuneração de capital de terceiros + Remuneração de capital próprio X Impostos + pessoal
3. Geração de Riqueza:
o Receitas / valor adicionado
Ø Exemplo:
1. 1.544.864 / 4.807.049 = 32,14%
2. 1.209.986 < 3.597.063
(empresa distribui riquezas para a sociedade)

3. 27.530.485 / / 4.807.049 = 17,46%

Ø Comparação entre os anos:


1. AH Valor adicionado = 23,17%
2. AH Pessoal e encargos = 23,91%
3. AH Impostos = (0,9%)
4. AH Capital de 3º = 72,52%

v CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Ø Impostos:
§ Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.
§ Exemplo: IPVA, IPTU, ICMS, IOF, IR etc.
§ Cada ente tem seu poder de tributar (Município: ISS; Estado: ICMS; União: IR)
• Pode causar “guerras fiscais”, ex.: registrar empresa em cidade vizinha por ter ISS mais barato.
Ø Taxas:
§ Geradas com base na utilização (efetiva ou potencial) de algum serviço público específico e
divisível, que foi prestado ou posto à disposição do contribuinte.
§ Exemplo: taxa de emissão de algum documento, taxa de coleta de lixo etc.
§ Todas as esferas têm poder de instituir (União, Estados, Municípios e DF).
• Taxa à cobrada pela esfera publica
• Tarifa à cobrada pela esfera privada
Ø Contribuições de melhoria:
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§ Instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
§ Todas as esferas têm poder de instituir (União, Estados, Municípios e DF).
§ Exemplo: se a prefeitura fizer uma obra perto da sua casa que valoriza seu imóvel, ela pode te
cobrar por isso.
Ø Exercício: O seu João acha o valor do IPVA muito caro. E ainda mais absurdo, ele não vê uma
contrapartida direta para ele, já que as estradas que ele anda estão muito ruins. Aponte porque o Sr.
João está incorreto, a partir da diferença entre imposto e taxa.
§ João está incorreto, pois o pagamento de um imposto (tributo cobrado independentemente de
qualquer atividade específica), como o IPVA, não tem uma contrapartida direta ao pagador. Seu
Joao poderia cobrar por uma melhoria especifica se ele tivesse pagado uma taxa, que é cobrada
em prol de um serviço específico e divisível.

v TIPOS DE TRIBUTO:
Ø Diretos:
§ Incide diretamente sobre a renda ou patrimônio.
§ Ex: IR, IPTU, IPVA. “Pesa quem tem renda e patrimônio”.
Ø Indiretos:
§ Incide sobre parte da renda usada para o consumo.
§ Cobrado de maneira indireta das pessoas, a partir das transações com mercadorias (roupas,
alimentos, tecnologia, medicamentos etc.).
§ Ex: ICMS, PIS e COFINS. “Pesa os mais pobres”.
Ø Exercício: Dê um exemplo diferente dos mencionados de tributo direto e indireto.
§ Imposto sobre transferência de herança ou doação à Direto
§ IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) à Indireto
Ø Cumulativo:
§ Regime de Lucro Presumido
§ Quando os tributos são cobrados sobre o valor total de vendas, ou seja, sem dedução.
§ PIS + COFINS = 0,65% + 3% = 3,65%
Ø Não cumulativo:
§ Regime de Lucro Real
§ Quando os tributos são cobrados sobre o valor de venda descontado dos custos.
§ Exemplos de custos dedutíveis: matéria prima, embalagem, locação, depreciação, frete sobre
compra e vendas.
§ PIS + COFINS = 1,65% + 7,6% = 9,25%
Ø Arbitrado:
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§ Quando a empresa é desorganizada no âmbito fiscal, o governo decide.


Ø Exemplo: Calcular PIS e COFINS quando o valor das vendas é R$100 e dos custos dedutíveis é R$60.
§ Cumulativo: 100 (venda) * 3,65% = R$ 3,65
§ Não cumulativo: 100 (venda) – 60 (custo) = 40 * 9,25% = R$ 3,70
Ø Exercício: Uma empresa vende 580.000 por mês. A compra de matéria prima e demais insumos com
direito ao crédito de PIS e COFINS representam 32% do valor de venda.
§ Informe qual a DIFERENÇA ANUAL de PIS e COFINS se a empresa optar pelo Lucro Real em vez de
optar pelo Lucro Presumido.
• Presumido: 580.000 * 3,65% = 21.170
• Real: 394.000 * 9,25% = 36.482
• Diferença anual = (36.482 * 12) - (21.170 * 12) = 183.744
§ Com o aumento expressivo da moeda, inflação e outros, os insumos aumentaram para 54% no
ano seguinte e a empresa não conseguiu repassar esse aumento no preço. Informe a diferença
anual, nesse novo cenário.
• Real: 266.800 * 9,25% = 24.679
• Diferença anual = (24.679 * 12) - (21.170 * 12) = 42.108
v PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA TRIBUTAÇÃO E RENDA
Ø Generalidade:
§ Tributa-se independente do nome dado ou tipo de auferimento (obtenção da receita).
§ Exemplo: lucro da atividade principal e de aplicações financeiras.
Ø Universalidade:
§ Independe da nacionalidade ou localização, mesmo sendo filiais, sucursais ou controladas fora
do país de empresa controladora no país.
Ø Progressividade:
§ Maiores tributações para maiores faixas de rendimento.
Ø Seletividade:
§ Quanto menos essencial, maior a alíquota.
Ø Exercício: O IPI tem alíquotas para cigarro para 300%. Qual a explicação a luz do princípio da
progressividade?
§ Como o produto não é considerado essencial, sua alíquota pode ser alta.
Ø Margem de Valor Agregado (MVA):
§ Margem estimada de ICMS recolhido após o produto sair do fabricante até ele chegar no
consumidor final.
§ ICMS ST: Quando o MVA é embutido no preço do fabricante para facilitar o acompanhamento da
cobrança do imposto (da mesma forma que o IPI).

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