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MAIO/2022
CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v CONTAS DE RESULTADOS:
Ø DRE (Demonstração do Resultado do exercício):
o Mostra se a empresa obteve lucro ou prejuízo em um período determinado (pode ser 1 ano, 1 mês
ou 1 trimestre);
o É zerado a cada período (mês), e seu resultado vai para o Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial.
o Patrimônio líquido: é o valor dos lucros (–) prejuízos que a empresa já teve desde a abertura;
o Receita (–) custos (–) despesas = Resultado;
o Regime de competência (data que a mercadoria é transferida de poder);
o Exemplo: Compra de matéria prima em janeiro por R$ 70.000,00 com pagamento a vista, e utilização
em fevereiro, mas o produto é vendido em março por R$ 100.000,00.
• Balanço Janeiro:
Ativos
Banco (70.000)
Estoque 70.000
*Total de ativos = 0
• Balanço Março:
Ativos
Banco 30.000
*Total de ativos = 30.000
• Receita (–) custos (–) despesas = Resultado
100.000 (–) 70.000 (–) 0 = 30.000
§ Patrimônio líquido = 30.000,00
CUSTO DESPESAS
Ø Todo gasto necessário para chegar ao Ø Objetivo final de obter receita, e não o
produto/serviço final produto em si;
Ø Só é reconhecido quando ocorre a venda; Ø Reconhecido no mês da realização;
Ø Exemplo: matéria-prima, depreciação, Ø Exemplo: marketing, mão de obra de
frete, energia da produção etc. apoio etc.
FLÁVIA LEITE 2
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v GASTO X DESEMBOLSO
Ø Gasto:
§ Custo e Despesa.
Ø Desembolso:
§ É o pagamento.
Ø Então, nem todo gasto gera desembolso, porque alguns gastos não têm pagamento equivalente. Ex.:
gasto de depreciação, previsão de perda etc.
Ø Atenção: embalagem que
§ Modifica a apresentação do produto: custo
§ É utilizada somente no transporte: despesa
v CLASSIFICAÇÕES DE CUSTO
Ø Direto:
§ que podem ser atribuídos diretamente a um tipo de produto ou serviço sem necessidade de um
rateio.
Ø Indireto:
§ que necessidade de algum critério de rateio para alocação.
Ø Exercício: Defina se o custo é Direto ou Indireto para uma indústria de calçados:
a) Matéria prima (D) b) Caixa do sapato (D)
c) Vasilhame para transporte dos calçados (I) d) Energia elétrica (I)
e) Salário do operador horista (D) ou (I) f) Cadarço (D)
g) Energia elétrica das injetoras da produção (I) h) Palmilha (D)
i) Frete sobre compra de matéria prima (D) j) Depreciação das injetoras (I)
k) Gastos com inspeção de qualidade por amostragem (I)
Ø Fixos:
§ Independem da quantidade produzida;
§ Margem de contribuição: uma empresa só começa a lucrar quando suas receitas são capazes
de cobrir os custos fixos.
§ Unitariamente são variáveis, mas no total são fixos.
• Ex.: pode ser calculado o aluguel por produto produzido em um mês.
§ Ex: Depreciação, aluguel, salários de empregados fixos.
Ø Variáveis:
§ Serão proporcionais aos produtos ou serviços do período;
§ Unitariamente são fixos, mas no total são variáveis.
FLÁVIA LEITE 3
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v DESPESA
Ø Já reconhecidas diretamente no resultado, pois elas são consumidas imediatamente;
Ø É lançada sob regime de competência, pois é uma provisão;
§ Provisão: certeza de que um valor pré-determinado será pago em algum momento.
§ Ex.: anuidade de cartão de crédito.
Ø Compra de imobilizados não constam no DRE, mas somente a depreciação desse bem.
v CLASSIFICACAO DE DESPESA
Ø Despesa com Vendas (DV):
§ Folha de pagamento e encargos do setor de vendas, comissão, fretes sobre devolução de vendas,
depreciação dos bens do setor de vendas.
• Os fretes sobre mercadorias vendidas costumam ser pagos pelo destinatário.
Ø Despesas Financeiras (DF):
§ Juros pagos a fornecedores, juros de tributos;
§ Receitas Financeiras (RF): juros recebidos em aplicações financeiras ou de clientes em atraso;
§ No DRE deve constar o Resultado Financeiro Líquido (RFL):
• RFL = DF (-) RF
Ø Despesas Gerais e Administrativas (DGA):
§ Salário do pessoal do escritório com seus encargos, contratos com pessoa jurídica de apoio
administrativo (contador, advogado), telefonia, cópias reprográficas, depreciação dos bens do
escritório.
Ø Outras Despesas Operacionais (ODO):
§ Despesas tributárias NÃO RELACIONADAS AS VENDAS E SERVIÇOS e demais demandas não
classificadas acima.
FLÁVIA LEITE 4
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
Ø COFINS:
o Alíquota:
• Lucro Real: 7,6%
§ Base de Cálculo = Receita - Custo
• Lucro Presumido: 3%
§ Base de Cálculo = Receita
Ø Exercício: uma empresa Lucro Real localizada em MG, vende uma mercadoria de R$ 10.000,00 com
mais 10% de IPI.
1. Sendo o cliente de Ipatinga, qual o valor da receita bruta e líquida?
Receita Bruta (-) ICMS = (-) PIS (-) COFINS = Receita Líquida
10.000,00 1.800,00 8.200,00 135,30 623,20 7.441,50
Ø Exemplo: A empresa tem lucro líquido de R$ 100.000, quanto ela deve pagar?
Lucro Líquido (-) CSLL (-) IRPJ =
100.000,00 15.000,00 9.000,00 76.000,00
- Lucro que excede R$ 20.000 é R$ 80.000, então:
(-) IRPJ Adicional = Resultado Líquido
76.000,00 8.000,00 68.000,00
v OUTROS DESCONTOS
Ø Outras receitas e outras despesas:
o Geralmente são vendas de imobilizados
o Receitas não operacionais
Ø Participações e fundos de assistência ou previdência:
o Repasse de lucros para funcionários, ou pessoas que possuam participação;
o Fundos de assistência ou previdência privada de empregados.
v ESTRUTURA FINAL DO DRE:
Receita Bruta das vendas e serviços 10.000,00
(-) Deduções de vendas (-) 0
(-) Abatimentos (-) 0
(-) Impostos (-) 2.558,50
(=) Receita Líquida de vendas e serviços = 7.441,50
(-) Custo das mercadorias e serviços vendidos (-) 1.907.71
(=) Lucro Bruto = 5.533,79
(-) Despesas com vendas (-) 148,83
(-) Despesas financeiras deduzidas das Receitas (-) 40,00
(-) Despesas gerais e administrativas (-) 500,00
(-) Outras despesas operacionais (-) 100,00
(=) Lucro ou prejuízo Líquido = 4.744,96
(-) Outras Receitas e as outras despesas (+) 2000,00
(=) Resultado antes da provisão de IRPJ e CSLL = 6.744,96
(-) Provisão de IRPJ e CSLL (-) 1.618,79
(-) Participações e fundos de assistência ou previdência (-) 0
(=) Resultado (Lucro ou prejuízo) líquido do exercício = 5.126,17
Montante por ação ou quota do capital social
FLÁVIA LEITE 7
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v Análises do DRE
Ø Análise Vertical:
§ X / Receita Líquida
Ø Análise Horizontal:
§ (valor atual – valor do período anterior) / valor do período anterior
Ø Exercício: Marque V ou F:
§ As contas de resultado são contas transitórias (transferidas p/ o balanço)
§ As contas de resultado deverão ser zeradas no final do exercício social.
§ As contas de resultado são diferentes das contas patrimoniais.
§ O saldo das contas de resultado deverá ser apurado gerando um resultado que deverá ser levado
para o balanço patrimonial.
§ A Demonstração de Resultado consiste em um relatório com subtotais que geram uma informação
para tomada de decisão.
§ As contas de custos iniciam o período contábil com saldo zero.
§ As contas de despesa iniciam o período contábil com saldo zero.
§ As contas de receita iniciam o período contábil com saldo zero.
¨ Todas são verdadeiras
Ø EBTIDA ou LAJIDA
§ Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização;
§ Embora seja princípio de competência, considera-se a capacidade de geração de caixa. Ou seja, a
análise é feita sobre a rentabilidade esperada (valores que entrarão no caixa) e não sobre o que
já foi recebido;
FLÁVIA LEITE 8
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v ANÁLISES DE ÍNDICES
Ø Liquidez Corrente (LC):
§ Indica a capacidade de pagamento no curto prazo.
§ LC = ativo circulante / passivo circulante
• LC = 1: equilíbrio.
• LC < 1: incapacidade.
• LC > 1: capacidade de pagamento no curto prazo.
Ø Liquidez Seca (LS):
§ E se tirar o estoque da conta anterior (analisar somente disponível)?
§ LS = (Ativo circulante – estoque) / passivo circulante
Ø Composição do Endividamento (CE):
§ CE = Passivo circulante / (Passivo circulante + passivo não circulante)
§ Para fins comparativos usar os CEs dos períodos anteriores.
Ø Índice de Endividamento Total (IET):
§ (Passivo circulante + passivo não circulante) / Total do ativo
FLÁVIA LEITE 9
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Ø Exercício:
Saldo anterior: 400.000 Pagamento fornecedor: -50.000 Distribuiu lucros para os sócios: -60.00
Pagou uma máquina adquirida: -100.000 Recebeu o valor do empréstimo: +40.000
Recebeu a venda da máquina antiga, que não vai mais usar: +30.000 Recebeu de cliente: +80.000
(+) Atividades Operacioanais 30.000
(+) Atividades de Investimento -70.000
(+) Atividades de Financiamento -20.000
= Total -60.000
Saldo anterior 400.000
Saldo Final 340.000
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
v DRE x DFC
1. DRE -> Competência DFC -> Caixa
2. Exemplo: em setembro, a empresa fez uma venda de R$ 100.000 que foi paga a vista. O custo da
mercadoria no valor de R$ 120.000 foi dividido em 12 parcelas.
3. Exemplo: em setembro, a empresa fez uma venda de R$ 100.000 que ainda será quitada
posteriormente. O custo da mercadoria no valor de R$ 70.000 foi dividido em 7 parcelas.
Variação de Clientes Clientes BP Anterior – Atual Recebimento de Clientes DRE Venda – BP Atual Cliente
Total do Investimento Variação do Ativo ñ Circulante Total do Investimento Variação do Ativo ñ Circulante
Saldo Anterior Disponível BP Atual - Anterior Saldo Anterior Disponível BP Atual - Anterior
o Exemplo:
v CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
Ø Impostos:
§ Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade
estatal específica, relativa ao contribuinte.
§ Exemplo: IPVA, IPTU, ICMS, IOF, IR etc.
§ Cada ente tem seu poder de tributar (Município: ISS; Estado: ICMS; União: IR)
• Pode causar “guerras fiscais”, ex.: registrar empresa em cidade vizinha por ter ISS mais barato.
Ø Taxas:
§ Geradas com base na utilização (efetiva ou potencial) de algum serviço público específico e
divisível, que foi prestado ou posto à disposição do contribuinte.
§ Exemplo: taxa de emissão de algum documento, taxa de coleta de lixo etc.
§ Todas as esferas têm poder de instituir (União, Estados, Municípios e DF).
• Taxa à cobrada pela esfera publica
• Tarifa à cobrada pela esfera privada
Ø Contribuições de melhoria:
FLÁVIA LEITE 13
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CONTABILIDADE FINANCEIRA 3º PERÍODO
§ Instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
§ Todas as esferas têm poder de instituir (União, Estados, Municípios e DF).
§ Exemplo: se a prefeitura fizer uma obra perto da sua casa que valoriza seu imóvel, ela pode te
cobrar por isso.
Ø Exercício: O seu João acha o valor do IPVA muito caro. E ainda mais absurdo, ele não vê uma
contrapartida direta para ele, já que as estradas que ele anda estão muito ruins. Aponte porque o Sr.
João está incorreto, a partir da diferença entre imposto e taxa.
§ João está incorreto, pois o pagamento de um imposto (tributo cobrado independentemente de
qualquer atividade específica), como o IPVA, não tem uma contrapartida direta ao pagador. Seu
Joao poderia cobrar por uma melhoria especifica se ele tivesse pagado uma taxa, que é cobrada
em prol de um serviço específico e divisível.
v TIPOS DE TRIBUTO:
Ø Diretos:
§ Incide diretamente sobre a renda ou patrimônio.
§ Ex: IR, IPTU, IPVA. “Pesa quem tem renda e patrimônio”.
Ø Indiretos:
§ Incide sobre parte da renda usada para o consumo.
§ Cobrado de maneira indireta das pessoas, a partir das transações com mercadorias (roupas,
alimentos, tecnologia, medicamentos etc.).
§ Ex: ICMS, PIS e COFINS. “Pesa os mais pobres”.
Ø Exercício: Dê um exemplo diferente dos mencionados de tributo direto e indireto.
§ Imposto sobre transferência de herança ou doação à Direto
§ IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) à Indireto
Ø Cumulativo:
§ Regime de Lucro Presumido
§ Quando os tributos são cobrados sobre o valor total de vendas, ou seja, sem dedução.
§ PIS + COFINS = 0,65% + 3% = 3,65%
Ø Não cumulativo:
§ Regime de Lucro Real
§ Quando os tributos são cobrados sobre o valor de venda descontado dos custos.
§ Exemplos de custos dedutíveis: matéria prima, embalagem, locação, depreciação, frete sobre
compra e vendas.
§ PIS + COFINS = 1,65% + 7,6% = 9,25%
Ø Arbitrado:
FLÁVIA LEITE 14
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