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Avaliação Da Estabilidade Transitória


De Aerogeradores Assíncronos
Interligados À Rede Elétrica
Marcus Vinicius

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AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TRANSITÓRIA


DE AEROGERADORES ASSÍNCRONOS...

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J.P.A. Vieira Ubiratan Holanda Bezerra


Federal University of Pará Federal University of Pará
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VI SBQEE
21 a 24 de agosto de 2005
Belém – Pará – Brasil

Código: BEL 11 7691


Tópico: Modelagem e Simulações

AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE TRANSITÓRIA DE AEROGERADORES ASSÍNCRONOS


INTERLIGADOS À REDE ELÉTRICA

João Paulo Abreu Vieira Raone Guimarães Barros Marcus Vinicius Alves Nunes
NESC – UFPA GEDAE – UFPA NESC – UFPA

Ubiratan Holanda Bezerra Tadeu da Mata Medeiros Branco


NESC – UFPA GEDAE - UFPA

O crescimento no consumo de energia


RESUMO elétrica, verificada nos últimos anos e o problema
dos custos envolvidos com a construção ou
Este artigo apresenta propostas para o aumento
aumento na capacidade das linhas de
da margem de estabilidade transitória de
transmissão, têm motivado as concessionárias de
sistemas elétricos com grande integração de
energia elétrica a buscar novas alternativas em
parques eólicos nas configurações de velocidade
substituição às grandes unidades de geração
fixa com geradores de indução em gaiola e
normalmente distantes das cargas. Esta nova
variável com geradores assíncronos duplamente
abordagem que contempla o uso de geradores
excitados e conversores estáticos bidirecionais
menores, próximos aos centros de carga, assim
interligados ao rotor da máquina (DFIG).
como, dispositivos de armazenamento de
Os resultados obtidos demonstram a diferença
energia, representa um novo conceito de
significativa existente entre os comportamentos
operação que tem sido denominado geração
transitórios dos sistemas eólicos de velocidade
distribuída [2, 17].
variável que adotam o DFIG, em relação aos
O aproveitamento da energia eólica vem
sistemas eólicos de velocidade fixa com
demonstrando boa viabilidade técnica e
geradores de indução em gaiola. Esta diferença
econômica para fins de geração integrada à rede
de comportamento se deve a capacidade dos
elétrica em sistemas de geração distribuída, ou
dois reguladores de corrente do rotor do DFIG em
independentes da rede em sistemas isolados. A
controlar o torque elétrico e a potência reativa da
possibilidade de utilização dos sistemas eólicos
máquina eólica. Tal aspecto é claramente
pode ser justificada em parte pelo grande
observado após a ocorrência de faltas severas na
potencial de vento existente na nossa extensa
rede, como curto-circuito e perda da geração
região costeira, e também devido à solidificação
convencional.
tecnológica deste tipo de aproveitamento [2].
Além disso, o aspecto ambiental corresponde a
PALAVRAS-CHAVES
um fator importante que norteia atualmente a
Estabilidade transitória, gerador de indução integração das fontes eólicas à rede elétrica.
duplamente excitado, sistemas eólicos de Dentro desta nova perspectiva, este trabalho
velocidade variável, sistemas eólicos de visa avaliar a margem de estabilidade transitória
velocidade fixa, conversores estáticos. de sistemas eólicos integrados às redes elétricas,
diante de perturbações na rede, como curto-
1.0 INTRODUÇÃO circuito e perda da geração convencional,
considerando duas tecnologias distintas de
aerogeradores que atualmente dominam grande

Eng. João Paulo Abreu Vieira, jpavieira@yahoo.com.br


NÚCLEO DE ENERGIA SISTEMAS E COMUNICAÇÕES (NESC).
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, 66075-900, Belém-PA, Brasil. Fone/ Fax: 55 91 211-1634, 55 91 211-1680.
554

38 Turbinas Eólicas
parcela do mercado de energia eólica para fins
de integração na rede elétrica que correspondem
aos sistemas eólicos de velocidade fixa com )
geradores de indução em gaiola e sistemas de (

velocidade variável, com geradores assíncronos


duplamente excitados, estes últimos com malhas 2

de controle de velocidade e tensão ou potência 8


1 4 7
reativa implementadas a partir da injeção de Barramento
correntes rotóricas provenientes dos conversores Infinito
6
estáticos bidirecionais interligados ao rotor da
máquina. O modelo físico dos parques eólicos foi 5 3
implementado através de uma ferramenta de ~
simulação dinâmica original desenvolvida no GS2
ambiente MATLAB [8].
Fig.1. Rede Elétrica com gerador Eólico e Geração Diesel.

2.0 O SISTEMA DE POTÊNCIA


3.0 MODELOS DA TURBINA EÓLICA E DOS
GERADORES ASSÍNCRONOS
A rede elétrica utilizada para as
investigações é proveniente de [16]. De modo a
se obter as informações da operação deste 3.1 Modelo da turbina eólica
sistema de potência em regime permanente, foi
realizado um estudo de fluxo de carga, com os O torque da turbina eólica é a razão da
resultados completos apresentados em [2]. potência da mesma em relação à velocidade do
O sistema original da referência foi eixo (ωt) e pode ser expresso por [5]:
modificado para inclusão de um parque eólico
TAm = 0.5 ρ
composto de 38 turbinas de 660 kW cada, CP
π R 3 U 2w (1)
interligadas à barra 2 da Figura 1. O modelo λ
dinâmico do parque eólico considera um sendo:
equivalente dinâmico, conforme exposto em [13]; R - raio do rotor da turbina eólica,

ρ- massa específica do ar (kg m3).


assim um gerador eólico equivalente de Uw - velocidade média do vento (m/s),
aproximadamente 25 MW em 690V é
considerado. O parque eólico é ligado à rede de
controle por estol, Cp é função somente de λ,
Para esquemas de velocidade fixa com
distribuição através de transformadores em

velocidade variável Cp é função de λ e β , como


0.69/13.8 kV. Um banco de capacitores reforça a como descrito em (2) e (3), e para esquemas de
excitação dos aerogeradores quando a máquina
assíncrona de rotor em gaiola é utilizada.
A geração do sistema elétrico é formada descrito pelas equações (4) e (5) [14]:

 125 
C P (λ ) = 0.44
assim pelo barramento infinito na barra 1, o
−16.5

− 6.94 e
parque eólico e por um sistema Diesel λi (2)
 i 
convencional com geradores síncronos. O λ
sistema Diesel é de 35 MVA interligado na barra
3, Gs2, conforme a Figura 1. As barras de carga
λi =
correspondem a 5, 6 e 7 e estão indicadas com 1
(3)
+ 0.002
setas. 1
Para integração na rede, as máquinas λ

 151 
síncronas e assíncronas são representadas por
C P (λ ) = 0.73
−18.4

− 0.58β − 0.002 β 2,14 − 13.2 e


uma injeção de corrente em paralelo com uma λi (4)
 i 
admitância, na forma de um equivalente Norton. λ
A dinâmica do sistema é simulada a partir de um
programa e ambiente, desenvolvidos para
λi =
1
estudos de estabilidade transitória, utilizando o
− 0.02 β + 3
(5)
β +1
software MATLABTM, versão 6.0 para Windows 1 0.003
98, 2000 e Me. λ

Desconsiderando a dinâmica das partes


mecânicas da turbina, ou seja, adotando o
modelo tradicional de massa única ou massa
555

global girante, obtém-se a seguinte equação de

Vqr = − R riqr + s +
balanço entre a turbina eólica e o gerador. Neste d qr (10)
caso, foi adotada a nomenclatura do gerador s dr
assíncrono em gaiola. dt

s  
corrente (A), ωs freqüência elétrica do estator
com V a tensão (V), R a resistência (Ω), i a
=  TAm − TAE − ar 
d ar D (6)
dt 2H A  s  (rad/s), ψ o fluxo magnético concatenado (V/s), e
onde: s o escorregamento do rotor.
TAE – torque eletromagnético do gerador Nas equações (7)-(10) os índices d e q
assíncrono com rotor em gaiola (p.u.); indicam as componentes do eixo em direta e em
TAm – torque mecânico desenvolvido pela turbina quadratura e s e r indicam as parcelas referentes
ao estator e rotor.
ωar – velocidade angular do rotor da máquina
eólica (p.u.);
A equação do torque eletromagnético em

TE = qr i dr − dr i qr (11)
assíncrona com rotor em gaiola (rad. ele/s); p.u. corresponde a:
HA – constante de inércia incluindo a máquina
primária e o gerador de indução - Modelo

ωs – Velocidade angular síncrona (rad/s).


de Massa Global (s); 3.3 Gerador de indução duplamente excitado

3.3.1 Modelo do gerador


3.2 Gerador de indução em gaiola
No presente trabalho será adotado o gerador
Para a modelagem do gerador de indução, foi de indução duplamente excitado na concepção
utilizada a transformação d-q de Park com base Scherbius com conversores estáticos
em um eixo de referência girando à velocidade bidirecionais C.A. – C. A. interligados ao rotor,
síncrona, [9]. A escolha do eixo de referência designado como DFIG e apresentado na figura 2,
síncrono é particularmente conveniente quando que hoje, mostra ser a alternativa mais adequada
se deseja incorporar as características desta para aplicações nos sistemas eólicos de
máquina em um programa utilizado para estudos velocidade variável para fins de integração à rede
de estabilidade transitória em Sistemas Elétricos elétrica. Neste sistema, o conversor interligado ao
de Potência. Para o gerador síncrono, por outro gerador controla a tensão do rotor, e, portanto, o
lado, é adotado o eixo de referência no rotor [10]. torque eletromagnético da máquina e a potência
A seguir, é apresentado o modelo de quarta reativa que o estator troca com a rede.
ordem, com as equações diferenciais que
descrevem o comportamento do estator e rotor do
gerador de indução em função das variações do
fluxo magnético concatenado. Todas estas
equações estão em p.u. na base nominal da
máquina assíncrona [3, 4, 11]. :

Vdas = − ras i das − s qas +


d das (7)
dt

Vqas = −ras i qas + s das +


d qas (8)
dt
Fig. 2 Sistema Eólico com o DFIG
As equações diferenciais que descrevem a
dinâmica dos enrolamentos do rotor da máquina Nesta representação, as correntes do rotor
assíncrona em p.u, em função de uma tensão são escritas em função das correntes de eixo
atrás de uma reatância transitória adequado para direto e em quadratura do estator e dos fluxos
estudo de estabilidade transitória são magnéticos concatenados com o rotor. A relação
apresentadas: entre a corrente e tensão do estator é assim
expressa em termos de uma tensão atrás de uma
Vdr = −R ridr − s +
d dr (9) reatância transitória. Desta forma, chega-se às
s qr seguintes relações para o estator:
dt
556

vds = − R si ds + X iqs + vd A implementação dos dois esquemas de


' '
(12)
vqs = − R siqs − X ids + vq
controle propostos, para o torque eletromagnético

[ ( ) ]
' '
(13) e a potência reativa é mostrada a seguir, na figura

=− vd + X − X ' i qs − s s v 'q +
dv 'd 1 ' Lm
3.

[ ( ) ]
s v qr (14) Neste caso, o erro de velocidade passa por
dt To L rr um estágio de controle inicial PID e um bloco de
=− vq + X − X ' i ds − s s v 'd +
'

tempo, τ1, e um ganho k1. Em seguida, o erro


dv q 1 ' Lm primeira ordem composto de uma constante de
s v dr (15)
dt To L rr
entre a corrente de referência ao longo do eixo q,
As componentes da tensão interna atrás da iqr,ref, proveniente do controlador, e a corrente
reatância transitória são definidas em função do efetivamente calculada ou medida no rotor, passa
fluxo magnético do rotor do gerador como [1, 2]: por uma malha de controle PID, para gerar o sinal
de tensão do rotor, ao longo do eixo q, o qual é

vd = −
realimentado para a equação diferencial (14),
' sLm
qr (16) representativa do comportamento dinâmico do
L rr rotor do DFIG.
v'q = s m dr
L De forma similar, o erro da tensão terminal
L rr (17) da máquina passa por um controlador que gera a
As novas reatâncias e a constante de tempo de corrente de referência ao longo do eixo d, idar,ref, a
circuito aberto são dadas por: qual é comparada com a corrente do rotor do
 L2 
X ' = s Lss − m  = Xs +
gerador,idar , medida ou calculada, sendo o erro
XrXm
 L rr  Xr + Xm (18) entre as duas, realimentado para um controlador
de corrente PID. Finalmente, a saída deste
X= s Lss = Xs + X m controlador corresponde à tensão no rotor ao
L rr L r + L m
(19) longo do eixo d, a qual é realimentada na
To = = (20)
equação diferencial (15) do gerador assíncrono
Rr Rr , duplamente excitado.
onde: k P1
i qr k P2
Lss=Lm+Ls, Lrr=Lm+ Lr e Lm, Ls e Lr correspondem +
k I1 + k1 i qr, ref - k I2 + +
sτ I1 + 1 + sτ1 sτ I2
r, ref
às indutâncias mútua, do estator e rotor + +
- Vqr
respectivamente.
Xs, Xr, Xm –Reatâncias do estator, rotor e mutua r sk D1 sk D2

respectivamente (pu);
k P4
Xa – reatância de circuito aberto da máquina de
indução em regime permanente (p.u.); Vref + - k I3 k I4 +

sτ I3
+
sτ I4
+ +
k P3
X'a – reatância transitória de circuito aberto da - + i dr, ref
-
Vdr
−1
máquina de indução (p.u.); V
i dr sk D4
V'da,V'qa – componentes da tensão atrás da sLm
reatância transitória X'ao (p.u.); Fig. 3. Controle do DFIG com Conversores como Fontes de
T'o–constante de tempo transitória de circuito tensão.
aberto da máquina de indução (s).
4.0 RESULTADOS
3.3.2 Modelo dos conversores
Os geradores de 660 kW foram
Se a dinâmica do rotor do DFIG for alternadamente interligados à barra 2, em duas
considerada, o sistema de controle da excitação situações, com geradores em gaiola e
da máquina será estabelecido em dois níveis: duplamente excitados. A falta corresponde a um
controle da corrente do rotor em um nível interno curto-circuito, ocorrido na linha que interliga as
e controle da velocidade e tensão em um nível barras 2 e 8, próximo à barra 2 de geração eólica,
mais externo. Neste caso, a fase e a magnitude no instante t=1s. Com o objetivo de observar a
da tensão interna da máquina podem ser atuação das malhas de controle do sistema eólico
controladas dentro de um intervalo específico de de velocidade variável na manutenção da
variação da velocidade do rotor interligado à estabilidade transitória do sistema eólico o curto
turbina eólica, alterando-se para isto, as foi mantido por 100 ms.
componentes ao longo dos eixos d-q do vetor
corrente no rotor.
557

Como a potência mecânica da turbina eólica


não varia, é estabelecido um desbalanço entre as
potencias que contribui para a aceleração do
gerador eólico. O desbalanço entre as potências
mecânica e elétrica alimenta o processo de
aceleração da turbina, resultando em um
aumento progressivo da velocidade do eixo do
rotor do gerador em gaiola [6].

Fig 4- Comportamento da Tensão

A linha conectada à barra 2 não foi desligada


da rede, permanecendo os aerogeradores
conectados ao sistema elétrico, o que é uma
proposição original [2]. O curto-circuito resulta em
uma queda da tensão a qual tende para um ponto
inadequado de operação no caso dos
aerogeradores de velocidade fixa, conforme
Fig. 6 - Comportamento da Potência reativa
identificado na Figura 4. Por outro lado, a atuação
da malha de controle de velocidade no DFIG
A resposta da potência reativa pode ser
atende ao balanço de potência, mantendo a
observada na Figura 6, onde há um aumento na
estabilidade e propiciando a recuperação da
demanda de reativo, no caso dos esquemas
tensão no esquema de velocidade variável.
eólicos com geradores em gaiola para
Para o DFIG, a tensão se recupera quase
manutenção da estabilidade transitória nos
instantaneamente, o que é obtido pela ação
terminais do mesmo, ou seja, o sistema de
rápida dos reguladores, que voltam a atuar após
potência fica assim sujeito a um súbito aumento
o curto circuito. No gerador duplamente excitado,
no carregamento de potência reativa que se
o conversor controla as correntes ao longo do
segue à contingência.
eixo q de forma a produzir a potência elétrica
Este é um fator limitante das configurações
especificada.
dos sistemas eólicos de velocidade fixa com
Na Figura 5 que mostra o comportamento da
geradores de indução em gaiola e pás fixas, que
velocidade nos geradores eólicos, é claramente
contribui para redução na margem de
observado que o limite da estabilidade transitória
estabilidade transitória global do sistema de
do gerador de indução em gaiola é excedido.
potência, porque “estressa” a rede elétrica,
Este fato pode ser explicado pela redução no
devido ao aumento da perda de potência reativa
valor da potência ativa nos terminais do sistema
nas linhas.
eólico, ocasionada pela queda de tensão devida
O regulador da tensão terminal, baseado na
ao curto-circuito.
corrente de excitação (idr), proporciona a
recuperação da potência reativa consumida pelo
DFIG após o curto circuito, como pode ser
observado na Figura 6. Nesta situação, não
existirá a necessidade de compensação dinâmica
ou estática de reativos extra da rede elétrica,
para manutenção da estabilidade transitória do
gerador eólico.
Uma outra simulação foi realizada, e são
analisados, os efeitos da perda da geração
convencional na barra 3. Considerando o parque
eólico operando na rede elétrica, estas novas
simulações foram realizadas supondo no instante
de t=1s a perda da geração diesel. Nesse estudo
foram também considerados aerogeradores de
Fig. 5 – Comportamento da velocidade
558

660 kW alternadamente interligados à barra 2, interligados aos sistemas convencionais diesel


em duas situações, com geradores em gaiola e [2].
duplamente excitados.
O objetivo desta nova simulação é, mostrar
que o desempenho da atuação das malhas de
controle do DFIG é efetiva e vantajosa em
relação ao gerador de indução em gaiola, e que
certamente colabora para o aumento da margem
de estabilidade transitória dos sistemas eólicos e
conseqüentemente da rede elétrica.

Fig. 8 - Comportamento da Potência reativa

5.0 CONCLUSÕES

Neste trabalho foi apresentado um estudo


comparativo criterioso em termos de estabilidade
transitória dos sistemas eólicos integrados na
Fig 7- Comportamento da Tensão rede elétrica, considerando tecnologias de
geradores assíncronos para os aerogeradores.
Analisando a figura 7 relatando o Os resultados das simulações confirmam a
comportamento da tensão na barra de geração expectativa de que a estabilidade transitória dos
eólica, pode ser observado que a perda da aerogeradores em gaiola é pobre, por outro lado
geração convencional provoca sub- tensão na é demonstrado que a adoção dos esquemas
referida barra do sistema, para o caso em que é eólicos de velocidade variável, baseados nos
adotada a configuração de velocidade fixa, pois a geradores duplamente excitados com
máquina assíncrona em gaiola apresenta valor de conversores estáticos no esquema anti-paralelo,
sub-tensão é acima de 6.0%, enquanto que para apresentados no presente trabalho, contribui para
aerogerador com máquina assíncrona o aumento da margem de estabilidade transitória
duplamente excitada o valor desta sub-tensão é e para controlabilidade do sistema elétrico
somente 1.0%. garantindo que o mesmo possa se manter estável
Observa-se que o consumo de potência por um período de tempo maior, diante de
reativa por parte dos geradores assíncronos se distúrbios severos na rede elétrica de
estabiliza em um novo valor, menor que o distribuição, como curto-circuito e perda de
anterior a falta; aspecto este ocorre devido à geração convencional, tomada como base para
queda de tensão na barra de geração eólica. os estudos desenvolvidos.
Para o gerador de indução em gaiola a redução
do consumo de reativo é pequena, mas para PARÂMETROS DO PARQUE EÓLICO
máquina assíncrona duplamente excitada a
redução do consumo de reativo é considerável Gerador de Indução: Indice 1 corresponde aos
devido ao controle de tensão. Esse controle parâmetros do estator e 2 ao rotor em p.u.
diminui o fluxo do rotor e conseqüentemente a potência nominal gerada =660 kW, tensão
corrente do mesmo, provocando um menor nominal=690 V, escorregamento nominal = 2 %,
consumo de potência reativa por parte dos R1=0.0026, R2=0.0031, X2=0.0346, X1=0.0443,
aerogeradores com máquinas assíncronas reatância magnética = 1.64, velocidade síncrona
duplamente excitadas, como pode ser observado = 1500 rpm, número de pólos = 4.
na figura 8. O propicia ainda uma redução no Turbina Eólica:número de pás=3, diâmetro do
fornecimento de potência reativa a partir dos rotor=54 m, velocidade nominal=15m/s, relação
bancos de capacitores interligados aos geradores de engrenagens = 69, velocidade “cut-in” = 3 m/s,
eólicos e dos demais geradores síncronos velocidade “cut-off” = 25 m/s,.
559

6.0 REFERÊNCIAS [9] Mediterranean Power Generation,


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Engineers, 2000.
560

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