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FACULDADE DE ENGENHARIA
Discente: Docente:
Hematita (Fe2O3);
Magnetita (Fe3O4); Limonita
(Fe2O3.nH2O); Carbonato de
siderita (FeCO3).
Ferrite-α – Esta fase é uma solução sólida intersticial de carbono na rede cristalina de ferro
CCC. Observa-se no diagrama, que o carbono é muito pouco solúvel na Ferrite-α, atingindo
solubilidade máxima de 0.02% à temperatura de 727ºC. A solubilidade do carbono na
Ferrite-α diminui para 0,005% à 0ºC.
Ferrite-δ – É uma solução sólida intersticial de carbono no Ferro-δ e tem estrutura CCC. A
solubilidade máxima de carbono na Ferrite-δ é de 0.09% à 1465ºC.
3. Ponto Eutectóide (ϒ → α + Fe3C) à 727°C: Quando o ferro passa de CFC para CCC, ao
mudar sua estrutura cristalina – diminuindo a solubilidade de carbono - faz com que o Fe-
α formado rejeite carbono, uma vez que não consegue manter essa solução sólida mais rica.
Isso faz com que se formem duas fases sólidas, uma rica em carbono e outra em ferro,
com microestrutura lamelar.
A Ferrite é reconhecida como macia e dúctil, não muito forte. A Perlite é resistente e
forte, é suficientemente suave e viável.
5.
%C Microestrutura
Hipoeutectóide < 0,77 α+ Perlite
Eutectóide = 0,77 Perlite
Hipereutectóide >0,77 Fe3C + Perlite
6, 6
% P= = 8,25
0,8
(1. 05 − 0. 02 )
8. % Fe3C = (6.7−0.02)
100 = 15.4 % Cementite
(6. 7− 1. 05 )
% α= 100 = 84.6 % Ferrite
(6.7−0.02)
9. Propriedades da Cementite:
10. A Martensite apresenta átomos de carbono nas faces e arestas e isto resulta numa rede
cristalina distorcida. Cada átomo de carbono provoca uma deformação local constante, e
a deformação média da malha cristalina é tanto mais intensa quanto menor o número de
células unitárias pelas quais se distribui a deformação provocada pela retenção de cada
átomo de carbono então será mais intensa quanto maior for o teor de carbono.
11.
A Martensite é uma fase metaestável que aparece com o resfriamento brusco da Austenite,
assim a transformação ocorre por cisalhamento da estrutura. Apresenta estrutura
Tetragonal de Corpo Centrado que aumenta mediante o aumento do teor de carbono. É
extremamente dura e frágil e ocorre em tratamentos térmicos que envolvam o resfriamento
rápido, como a Têmpera e a Martêmpera, podendo aparecer também na zona termicamente
afectada em cordões de solda. A transformação da Austenite em Martensite dá-se de forma
displaciva, ou seja, pelo rearranjo cooperativo dos átomos no resfriamento não havendo
difusão. A Martensita não pode se formar em qualquer orientação em grão de Austenite, é
preciso que se forme em direcções e com planos cristalográficos de interface adequados.
Em cada grão austenítico anterior há um número limitado de orientações de Martensite,
pois ocorre alguma deformação, tanto na Austenita como na Martensite.
14.
a)
Recozimento é o tratamento térmico realizado com o fim de alcançar um ou vários dos
seguintes objetivos: remover tensões devidas ao tratamentos mecânico a frio ou a quente,
diminuir a dureza para melhorar a usinabilidade do aço, alterar as propriedades mecânicas
como resistência, ductilidade etc., modificar as características eléctricas e magnéticas,
ajustar o tamanho de grão, regularizar a textura bruta, remover gases, produzir uma
microestrutura definida, eliminar enfim os efeitos de quaisquer tratamento térmicos ou
mecânicos a que o aço tiver sido anteriormente submetido. O tratamento térmico genérico
recozimento abrange os seguintes tratamentos específicos:
Recozimento Total ou Pleno: Que constitui no aquecimento do aço acima da zona crítica,
durante o tempo necessário e suficiente para se ter solução do carbono ou dos elementos
de liga no ferro gama, seguindo de um resfriamento lento, realizado ou mediante o controle
da velocidade de resfriamento do forno ou desligando-se o mesmo e deixando que o aço
resfrie ao mesmo tempo que ele. A temperatura para recozimento pleno é de mais ou menos
50ºC acima do limite superior da zona crítica - linha A3 - para aços hipoeuctetóides e acima
do limite inferior - linha A1 - para os hipereuctetóides. Para estes aços, não se deve
ultrapassar a linha superior Acm porque, no resfriamento lento posterior, ao ser atravessada
novamente essa linha, forma-se-ia nos contornos dos grãos de ausência um invólucro
contínuo e frágil de carboneto. Os microconstituintes que resultam do recozimento pleno
são: perlita e ferrita para aços hipoeutetóides, cementite e perlite para aços hipereuctetoídes
e perlite para os aços euctetóides. O recozimento total requer um tempo muito longo de
modo que às vezes, é conveniente substituí-lo pelo :
b)
c)
O revenido é o tratamento térmico que normalmente sempre acompanha a têmpera, pois
elimina a maioria dos inconvenientes produzidos por esta; além de aliviar e remover as
tensões internas, corrige as excessivas dureza e fragilidade do material, aumentando sua
ductibilidade e resistência ao choque. O aquecimento na martensita permite a reversão do
reticulado instável ao reticulado estável cúbico centrado, produz reajustamentos internos
que aliviam as tensões e, além disso, uma precipitação de partículas de carbonetos que
cresce e se aglomeram de acordo com a temperatura e o tempo . Conforme a temperatura
de revenido, verificam-se as seguintes transformações: - Entre 25º e 100ºC , ocorre
segregação ao uma redistribuição do carbono em direção a discordância; essa pequena
precipitação localizada do carbono pouco afeta a dureza. O fenómeno é predominante em
aços de alto carbono;
- Entre 100º a 250ºC , as vezes chamado primeiro estágio do revenido - ocorre precipitação
de carboneto de ferro do tipo Fe2C3 , e reticulado hexagonal; este carboneto pode estar
ausente em aços de baixo carbono e de baixo teor em liga; a dureza Rockwell começa a
cair, podendo chegar a 60; - Entre 200º a 300ºC, as vezes chamado de segundo estágio do
revenido - ocorre transformação de austenite retida em bainite; a transformação ocorre
somente em aços-carbono de médio e alto ter de carbono; a dureza Rockwell continua a
cair ;
- Entre 250º a 350ºC, as vezes é chamado de terceiro estágio do revenido - forma-se um
carboneto metaestável, de fórmula Fe5C2 ; quando ocorre esta transformação, verifica-se
em aços de alto carbono; a estrutura visível ao microscópio é uma massa escura, que era
chamada “troostita” , denominação não mais utilizada; a dureza Rockwell continua caindo,
podendo atingir valores pouco acima de 50;
- Entre 400º a 600ºC, ocorre uma recuperação da subestrutura de discordância; os
aglomerados de Fe3C passam a uma esferoidal, ficando mantida uma estrutura de ferrita
fina acicular; a dureza Rockwell cai para valores de 45 a 25;
- Entre 500º a 600ºC, somente nos aços contendo Ti, Cr, Mo, V, Nb ou W, há precipitação
de carboneto de liga; a transformação é chamada “endurecimento secundário” ou quarto
estágio do revenido;
- Finalmente, entre 600º a 700ºC , ocorre recristalização de crescimento de grão; a
cementite precipitada apresenta forma nitidamente esferoidal; a ferrita apresenta forma
equi-axial; a estrutura é frequentemente chamada “esferoidita” e caracteriza-se por ser por
muito tenaz e de baixa dureza, variando de 5 a 20 Rockwell.
Pelo que acaba de ser exposto, percebe-se que a temperatura de revenido pode ser escolhida
de acordo com a combinação de propriedades mecânicas que se deseja no aço temperado.
Não se tem uma explicação clara desse facto, embora se tenha observado concentração de
impurezas nos contornos dos grãos o que comprova que é necessária a presença dessas
impurezas, juntamente com um elemento de liga, para provocar esta fragilidade. Esta é
somente revelada no ensaio de resistência ao choque, pois as outras propriedades
mecânicas e própria microestrutura não são afectadas. A não ser que se utilize matérias -
primas muito puras, os aços Cr-Ni são mais susceptíveis ao fenómenos. Aparentemente, o
molibdênio, em teores 0,5 a 1,0% retarda a suscetibilidade à fragilidade de revenido. Os
aços que se tornaram frágeis, devido às causas apontadas, podem voltar ao seu normal e
ter a tenacidade por assim dizer restaurada, pelo aquecimento em torno de 600ºC ou acima,
seguido de resfriamento rápido, abaixo de aproximadamente 300ºC.
Mencione-se, mais uma vez, o facto de que a eliminação de impurezas indutoras do
fenómeno evita a fragilidade. Como o antimónio é aparentemente o elemento mais
prejudicial ele deve ser evitado a qualquer custo. Na prática, tanto o antimónio como o
arsénio não estão comumente presentes. Deste modo, a maior atenção deve ser dirigida ao
estanho e ao fósforos, cujas quantidades não devem ultrapassar 0,005% e 0,001%
respectivamente. Uma última prática para reduzir a severidade da fragilidade de revenido
e manter o aço por longo tempo numa faixa de temperaturas entre Ac1 e Ac3. Contudo,
esse tratamento, também chamado “inter-crítico” , só deve ser aplicado em caso específico.
d)
15. Muitas vezes, a parte afectada pelo fogo logo depois do incêndio é submetida à um
resfriamento quer seja por jacto de água ou ar frio. E com isso aumenta-se as tensões
internas da estrutura afectada ficando desta maneira frágil e dura.
16.
As impurezas presentes no aços-carbono são:
Este elemento provém da redução dos óxidos de manganês no alto forno ou de adições para
afinação durante a qual se comporta como dexidante e dessulfurante. O manganês pode ser
encontrado no aço sob diversas formas:
A presença deste elemento deve-se sobretudo ao coque (redutor) sendo neste totalmente
eliminado durante o processamento da gusa.
Fósforo (<0,05%)
O fósforo aumenta a resistência à corrosão quando estiver combinado também com o cobre
(aços de 0,3% Cu e 0,07% P).
Silício (0 a 0,3%)
O silício é introduzido na gusa como aço, pela escória durante a extracção do ferro no alto-forno.
Na produção do aço o silício forma soluções soledades com a ferrite entre teores que variam entre
0,3 a 0,5%. O silício caracteriza-se por aumentar moderadamente a dureza e a resistência mas
sem afectar a ductilidade.
Elevadas percentagens do silício devem ser evitadas em certos casos, como em aços destinados a
soldadura, para que não haja formação da sílica difícil de eliminar.
Gases
Os gases como oxigénio, hidrogénio e nitrogénio são introduzidos nos aços durante a extracção do
ferro. Os gases mencionados dum modo geral, diminuem o alongamento e a resistência,
consequentemente reduzem a aptidão a foragem e favorecem a fragilidade.
Das impurezas mencionadas, os sulfurentos, são responsáveis por criar defeitos por precipitação
nos limites de grão (intergranular) que levam as pecas à fadiga.
17. Para auxiliar metalurgistas nos processos de tratamento térmico existem as curvas em S.
Trata-se de uma espécie de diagrama que descreve o que acontece com o aço, por meio de
um resfriamento a diferentes velocidades, em diversas temperaturas abaixo de 723ºC,
observando a transformação isotérmica da Austenita em Perlita.
18. Esse tipo de aço contém no mínimo 12% de cromo, e é justamente por isso que se torna
resistente à corrosão. Essa característica torna o aço inoxidável superior ao aço comum, as
propriedades físico-químicas como a alta resistência à oxidação atmosférica o torna
especial para várias finalidades.
O cromo permite a formação de uma película finíssima de óxido de cromo sobre a
superfície do aço, que é impermeável e insolúvel nos meios corrosivos usuais. A corrosão
é uma reacção que ocorre entre os aços comuns e o oxigénio, levando a formação de uma
camada porosa de óxido de ferro, mais conhecida como “ferrugem”. A película formada
pelo cromo não deixa que essa camada porosa se forme, ela impede que o ferro presente
na liga entre em contacto com o oxigénio do ar.
20. Os aços feríticos não são tratados termicamente devido ao facto de não se formar a
austenite quando o material é aquecido, o que acarreta a não transformação da austenite em
martensinte.
Para os aços inoxidáveis feríticos, a austenite não se forma após o aquecimento, e, portanto
a transformação austenita a martensite não é possível.
21.
Nos aços inoxidáveis austeníticos a adição de níquel (e/ou de manganês) estabiliza a fase
g (austenita) à temperatura ambiente. Do mesmo modo que os aços inoxidáveis ferríticos,
os austeníticos não sofrem transformação alotrópica de fase com a mudança de
temperatura.
22. Podem-se adoptar as seguintes medidas: submeter o material a um tratamento térmico de
solubilização, onde todas as partículas de carboneto de cromo são redissolvidas em altas
temperaturas; reduzindo o teor de carbono para valores inferiores a 0,03%, de modo que a
formação de carboneto seja minimizada; usando algum elemento de liga, por exemplo o
Nióbio ou o Titânio, que apresente uma maior tendência em formar carbonetos do que o
cromo, de modo que o cromo permaneça em solução sólida.
23. O ferro fundido dá-se através da liga de ferro em mistura eutéctica com elementos à base
de carbono e silício. Para a formação de uma liga metálica de ferro, carbono (a partir de
2% a 4%), silício (entre 1 e 3%), podendo conter outros elementos químicos.
Este tipo de material é utilizado em larga escala pela indústria de máquinas e equipamentos,
indústria automobilística, ferroviária, naval e outras;
Tubos centrifugados para saneamento válvulas para vapor e produtos químicos, cilindros
para papel, engrenagens.
26. A fractura de um ferro fundido branco apresenta superfície branca porque todo o carbono
apresenta-se na forma combinada de carbonetos de ferro Fe3C(Cementite).
27. Porque existe uma conexão íntima entre todas as características do ferro fundido e a sua
estrutura, conexão essa que , no caso particular do ferro fundido cinzento é menor e mais
complexa, e oferece facilidade na fusão e na moldagem, possui boa resistência mecânica
(compressão), resistência ao desgaste e boa capacidade de amortecimento.
28.
b) Para a produção do Ferro Fundido Maleável usa-se o ferro branco como um intermediário.
O aquecimento do ferro branco à temperatura entre 800 e 900℃ por um período de tempo
prolongado em uma atmosfera neutra causa uma decomposição da cementite, formando
grafita, que existe na forma de aglomerados ou rosetas circundadas por uma matriz de
ferrita ou perlita, dependendo da taxa de resfriamento. A microestrutura é semelhante a do
ferro nodular, o que é responsável pela sua resistência relativamente alta e sua ductilidade
ou maleabilidade considerável.
As aplicações dessa liga surgem em barras de ligações, engrenagem de transmissão,
conexões de tubulações e pecas de válvulas para serviços marítimos, em ferrovias e em
outros serviços pesados.