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1.

Introdução Teorica

Desde a sua descoberta, o fero tem sido considerado o metal mais utilizado pelo
homen. Seu custo razoavelmente baixo de produção somado as propriedades físico-
quimicas que podem ser obtidas com adição de outros elementos de liga são fatores que
forncem ao metal muitoas aplicações. Dependendo da finalidade do uso, as aplicações
desejadas que dependem da estrutura cristalina do material estão relacionadas com as
composições químicas do metal bem com as condições em que este vai ser fabricado.
(CHIAVERINI,2008)

Em ligas metálicas especificas, é possível induzir ao material transformações em


suas fases através de aplicações de tratamentos térmicos e até mesmo mecânicos, as
ligas de ferro-carbono(Fe-C) são as mais utilizadas, sobretudo por apresentarem
variedades alotrópicas ou seja diferentes estruturas cristalinas que variam de uma para a
outra dependendo da temperatura, que comumente são conhecidas como temperaturas
de transição. Das estruturas, pode-se apresntar como CCC, cubica de corpo centrado
também conhecida como ferro delta, CFC, cubica de face centrada, sendo a ferro gama,
apresentadas na figura 1. Tais estruturas podem ser obtidas em diferentes temperaturas,
ao promover a solidificação do material. Aproximadamente em 1540 oC, o ferro se
apresenta como ferro delta e permanece até aproximadamente 1390 oC. adquirindo a
estrutura CFC, ferro gama, abaixo desta temperatura. Logo abaixo de 912 C o Fe
readquire a estrutura CCC. Uma serie de manipulações podem ser realizadas a fim de
obter as propriedades para uma série de aplicações.

Os Aços são as ligas de Fe-C de maior interesse, possuindo uma concentração de


carbono entre 0,02% a 2,1%, essas ligas quanto acima de 912C apresentam uma fase
denominada austenica (forma gama), como observável na figura 2, essa fase possui
solubilidade total do carbono nessa faixa de concentração. Esse aço é então termicamente
tratado resultando em diferentes microestruturas dependendo da microestrutura e
propriedades desejadas, As princiapis microestruturas resultantes são a perlinta, bainita e a
martensita.

A martensita é fase obitida a partir do aço austenitico rapidamente resfriado, esse


rápido resfriamente causa uma transição de fase sem que ocorro a difusão do carbono
solubilizado na austenita, como resultado a fase CCC do ferro é deformada gerando uma
estrutura tetragonal de corpo centrado com o carbono imobilizado nos intersticios,exibida na
figura 3. Essa alteração do parâmetro de rede ainda resulta numa modificação volumétrica da
microestrutura gerando deformações.
A estrutura da martensita é uma solução solida supersaturada e metaestável, apesar
de não apresentar decomposição a temperatura ambiente o aquecimento da liga resulta em
mobilidades atômicas, permitindo trasnformaçoes para bainita e perlita.

A obtenção de aço martensítico é resultado do tratamento térmico conhecido como tempera.


A tempera é um dos tratamento térmico mais importante para os aços. A obtenção da
martensita é decorrente de um tratamento isotérmico, conhecido como martempera, o metal
aquecido a temperaturas austeniticas é submetido a um ciclo de resfriamentos, sendo esse
ciclo intimamente ligado a microestrutura final obtida, as altas taxas de refriamento são
obtidas ao mergulhar as peças em líquidos como agua ou óleo, como reultado dos tratamentos
ocorrem a elevadação da dureza do material e tensões internas são induzidas, essas tensões
ainda resultam em diminuições na tensacidade do material.

Um exemplo de ciclo térmico para obtenção da martensita pode ser visualizado a


seguir:

O aço austenitico é rapidamente resfriado até uma temperatura em que se inicia a


transformação martensítica (Ms), a transformação de fase ocorre de maneira rápida gerando a
liga metaestável e com tensões internas, A temperatura é baixada próximo a temperaturas
ambientes, com mais de 90% da microestrutura apresentando ser uma estrutura
martensítica( parte da microestrutura retida pode apresentar ainda uma estrutura austenitica
denominado austenita retida, sobre tensões de deformação essa austenita sofre um processo
induzida de transformação austenita por tensão).. Outros elementos de liga também tem
influencia na tempera, com execção do cobalto e alumínio os elementos de liga atuam
estabilizando a fase austenitica, resultando em temperaturas menores para o inicio da
transformação martensítica. Com decorrência temperaturas menores precisam ser executadas
no tratamento, resultando em maiores tensões e possíveis trincas no aço.

Como efeitos dos tratamentos térmicos o aço mertensitico apresenta uma elevada
dureza variando com a concentração de carbono na liga, como apresentado pelo gráfico a
seguir. A dureza da liga martensítica apresenta valores máximos em 0.8 Wt% C, essa dureza
resultado da microestrutura e das tensões internas apresenta-se como um material pouco
dúctil, buscando uma melhor aplicabilidade com um material mais dúctil, uma etapa de
recozimento é realizada, com elevação da temperatura da liga a valores inferiores ao da
transição austenitica por um período de tempo como exibido na figura 4

Esse recozimente resulta na queda da maioria das pripriedades mecânicas da liga


como limite elástico, entretanto ao reduzir as tensões internas o aço martensítico se torna
mais dúctil menos sucetivel a falhas frágeis. Essa queda de propriedade pode ser visualizada no
gráfico a seguir

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