Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE ENGENHARIA
3o Ano, 1o Semestre
Discente: Docente:
Marcos Lima Cosme Lingongo, Msc.
UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ENGENHARIA
3o Ano, 1o Semestre
6
Objectivo geral
Descrever o Processo de obtenção do Ferro
Objectivos específicos
Descrição dos produtos usados na obtenção do Ferro
Característica dos produtos finais
Classificação do Aço
7
Revisão Bibliográfica
Processo de Obtenção do Ferro
Ferro Técnico
Segundo (Vareta, 2008) O Ferro, dada a sua grande afinidade com outros elementos não se
encontra na natureza no seu estado puro, mas fazendo parte de um grande número de compostos,
essencialmente: Óxidos, carbonatos e sulfuretos. Estes compostos aparecem na natureza sob a
forma de Minerais.
Mineral
É uma substância inorgânica com estrutura atómica e composição química bem definidas ou
variando dentro de limites bem determinado. Quando estes minerais possuem uma elevada
concentração e permite ao homem uma extração lucrativa, designam-se por: Minérios.
O Hematite – Fe2O3
O Sexquióxido de ferro com 70% de Fe;
O Limonite – Fe 2O3H2O3
O Sexquióxido de ferro hidratado com 70% de Fe;
O Siderite – FeCO3
O Carbonato de ferro com 48% de Fe;
O Siderite – SFe
O Sulfureto de ferro com 48% de Fe.
Obtenção do Ferro
Povos antigos – Babilónia, Egipto, Pérsia, China, Índia e depois Gregos e Romanos fabricavam
armas e inúmeros utensílios de ferro e aço. O ferro é normalmente obtido através de:
Processo Primitivo;
Alto-forno.
Processo Primitivo
Actualmente, estes processos são utilizados em trabalhos de pouco rigor (pequenas oficinas),
podendo ser:
Tipo poço fechado;
Tipo de forja catalã → ambos usando carvão vegetal como combustível.
9
Figure 1: Poço Fechado.
Fonte: (Vareta, 2008)
Neste processo, as temperaturas atingidas não são suficientes para liquefazer o metal. O ferro é
obtido no estado pastoso (líquido de alta viscosidade), encontrando-se misturado com as impurezas
do minério.
10
O ferro produzido desta forma apresenta-se em geral relativamente dúctil, mole, maleável e
podia ser trabalhado por martelamento a temperaturas relativamente elevadas. Após ser retirado
do forno (uma bola
de ferro), este é martelado para a remoção das impurezas.
Alto-forno
Ao longo dos tempos foram aumentadas, paulatinamente, a altura dos fornos primitivos. (fornos
de cuba ou fornos chaminé). (Vareta, 2008)
Fornos chaminé: Carga → introduzida pelo topo;
Ar → soprado pela parte inferior;
1500 → Inglaterra → Alto-forno mais próximo aos modernos;
1619 → Inglaterra → Introdução do coque;
1800 → Inglaterra → Aquecimento do ar.
O Alto-forno constitui o principal equipamento utilizado na metalurgia do ferro. Neste processo
trabalham-se grandes quantidades de matéria-prima. As temperaturas atingidas permitem obter
ferro no estado líquido e ao mesmo tempo, retirar as impurezas que vão formar a escória. Acontece
que a escória é menos densa que o metal, ficando a sobrenadar neste, o que permite ser a sua
extracção mais facilmente.
11
Figure 3: Alto Forno.
Fonte: (Vareta, 2008)
Minério
Coque
O Coque provém da destilação do carvão, que deve ser o mais puro possível para evitar
resíduos como
enxofre e fósforo. Como redutor absorve o oxigénio combinado com outros elementos.
12
Fundente
Tem por objectivo reagir com ganga formando compostos que fundem a temperaturas mais baixas,
visto
As altas temperaturas atingidas no interior do alto-forno, vão permitir a redução do óxido de ferro
(O3Fe2), pelo óxido de carbono (CO), através da reação química:
Dentro da cuba, o ferro fica suficientemente quente para absorver até 3 a 4% de carbono.
Esta massa líquida de ferro-carbono apresenta um ponto de fusão aproximadamente 1.150ºC, que
é inferior ao do metal puro e tem o nome de Gusa.
A Gusa separa-se da escória ainda dentro do forno, tal como nos é possível observar na figura
anterior. O elevado teor de carbono deste material, não permite que o mesmo seja imediatamente
trabalhado. O seu baixo ponto de fusão possibilita no entanto a sua fácil fundição.
A Gusa tem como aplicações: a fundição dos lingotes destinada a segunda fusão a execução de
grandes peças por vazamento directo nos moldes e a fabricação do aço (mais apurado).
Tipos de Gusa
Quanto aos tipos de Gusa existem: Gusa branca e Fundição gris.
14
Figure 5: Sequência de obtenção do ferro.
Fonte: (Vareta, 2008)
15
Figure 8: Usina Siderúrgica.
Fonte: (Paredes, 2017)
16
Figure 9: Esquema representativo das diversas estruturas alotrópicas do ferro
Fonte: (CARAM, 2013).
Figure 10:Perfis
17
Como já comentado, o Fe é um elemento abundante na crosta terrestre podendo se ligar com
diversos outros elementos metálicos ou não-metálicos. O elemento de liga mais importante para
as ligas ferrosas é o carbono. Dependendo da quantidade de carbono contida na liga podemos ter
dois tipos diferentes de ligas metálicas ferrosas: o Aço e o Ferro Fundido. Cabe aqui relembrar que
Ferro Fundido é uma liga e não o estado físico do ferro, ou seja, não significa dizer “ferro
derretido” como a denominação poderia levar o leitor a pensar. Durante todo o curso, e durante
toda a sua vida como profissional da área metalo-mecânica, a denominação “Ferro Fundido” deve
ser entendida como sendo uma liga metálica ferrosa.
A utilização destas ligas depende do conhecimento das propriedades e, consequentemente, da
microestrutura, que são dependentes do teor de elementos de liga e condições de processamento.
Trabalho a frio
Acompanhados do encruamento, os trabalhos a frio conferem ao aço propriedades mecânicas como
elevada resistência, baixa ductilidade e grande anisotropia (quando as propriedades do material
diferem quanto à direcção).
Trabalho a quente
O trabalho a quente, por sua vez, é caracterizado por uma recristalização, ou seja, em escala
microscópica, as pequenas partículas, chamadas de cristais, são arranjadas, o que implica novas
propriedades, como moderada resistência, elevada ductilidade e moderada anisotropia.
Fundido
É um dos tipos de procedimentos com menos qualidade em suas propriedades, ficando atrás apenas
do sinterizado. Apresenta uma baixa resistência, moderada ductilidade, além de moderada
18
anisotropia. Isso ocorre pelo fato de, durante o processo, ocorrer uma série de discordâncias em
sua estrutura, como presença de segregação e, em muitos casos, presença de porosidade (vazios na
estrutura), que são situações que geram imperfeições.
Sinterizado
Esse é o processo que menos adere qualidade/propriedade ao aço. Por exemplo, o aço que passou
por esse procedimento possui baixas resistência e ductilidade, e moderada anisotropia.
a) Aços Encruados
Estes aços geralmente são de microestrutura predominantemente ferrítica, com um pouco de
perlita, sendo resultantes de processos de deformação a frio. Normalmente são aços de baixo teor
de carbono (inferior a 0,4% C) e com baixa quantidade de elementos de liga.
b) Aços Ferríticos-Perlíticos
Obviamente os aços ferríticos-perlíticos possuem teor de carbono abaixo de 0,8% (hipoeutetóides),
e são resultantes de processos em que houve resfriamento lento tais como material trabalhado a
quente, recozido ou normalizado.
c) Aços Martensíticos
Os aços constituídos de martensita revenida geralmente são aplicados em situações em que se
exige resistência elevada ao longo de toda a seção transversal, tais como eixos e punções. Os aços
martensíticos com carbonetos primários são aplicados em situações que exigem resistência ao
desgaste eleva da, tais como em ferramentas de corte ou de trabalho a quente. A martensita propicia
a elevada resistência e os carbonetos primários propiciam durezas elevadas.
d) Aços Bainíticos
Sob determinadas combinações de resistência e dureza a estrutura bainítica propicia maior
tenacidade que a martensítica, tornando tais aços preferíveis em situações que se necessite
resistência associada à tenacidade.
e) Aços Austeníticos
19
Uma vez que a austenita não é um constituinte estável em temperatura ambiente, sua estabilização
depende da presença de elementos de liga, tais como o cromo e o manganês.
A austenita, por ser não magnética, encontra aplicação em situações em que se deseja minimizar
efeitos de campos magnéticos induzidos, tais como em suportes de bússolas.
Além disso, a austenita, quando estabilizada pelo manganês, pode se transformar em martensita
mediante impacto, possuindo elevada resistência ao impacto e à abrasão, sendo utilizada para
revestimentos de moinhos e outros componentes de equipamentos de moagem (britadores ou
martelos).
Há ainda o caso de aços austeníticos inoxidáveis, porém neste caso a resistência a oxidação é
predominantemente devida aos elevados teores de cromo e níquel presentes em tais aços.
Aço-carbono é a categoria significativamente mais consumida no mercado. Prova disso é que cerca
de 90% da produção mundial de aço é constituída pelo aço-carbono, o que se deve ao seu custo
inferior, se comparado aos aços ligados, e também à ampla gama de propriedades que podem ser
obtidas de acordo com a proporção de carbono. Essa variabilidade afecta directamente a resistência
e a dureza da liga, que aumentam com a elevação do carbono e, por outro lado, diminuem a
ductilidade e a soldabilidade. (Ferreira, 2017)
20
a) Baixo carbono (abaixo de 0,3%)
São aplicados em situações que exigem ductilidade elevada, por exemplo, chapas para
estampagem, tubos, fios para arames lisos e farpados, ou telas. Neste caso o estado de fornecimento
pode ser laminado a quente, recozido ou normalizado.
Podem ser aplicados em situações que envolvem exigências quanto à soldabilidade, pois o baixo
carbono é necessário para evitar formação de martensita que ocorre no resfriamento subseqüente
à soldagem. Os aços de baixo carbono, quando combinados com elementos de liga e cementados,
são aplicados quando se necessita combinar resistência ao desgaste (dureza superficial) com
tenacidade (no núcleo), tais como eixos, engrenagens, pinos, ferramentas de impacto. Ex.: 8620,
4320.
Possui um limite de resistência 440 N/mm². É apropriado para situações que exijam boa
tenacidade, conformabilidade e soldabilidade, além de baixa temperabilidade. São exemplos de
aço de baixo carbono: tubos, telas, navios, pontes, vagões etc.;
Quando combinados com elementos de liga, são utilizados em situações que exijam alta resistência
(obtida mediante têmpera e revenido) mantendo ainda alguma ductilidade. A temperabilidade é
obtida mediante emprego de elementos de liga. Alcança resistências na faixa de 440 a 590 N/mm²
e possui características medianas quanto a sua tenacidade, conformabilidade e soldabilidade. É
aplicável, por exemplo, em eixos e engrenagens de caminhão;
21
c) Aços de alto teor de C (acima de 0,5%C)
São utilizados em casos que se exige elevados limites de escoamento, tais como molas e vergalhões
de concreto. O alto limite de escoamento é obtido mediante encruamento ou, se na presença de
elementos de liga, mediante têmpera e revenimento. Quando combinados com elementos de liga,
também são utilizados para fins de obtenção de dureza elevada, através de carbonetos primários
(VC, Mo2C, WC) como no caso de aços ferramentas.
Pode atingir resistências de até 780 N/mm². É utilizado em casos que exijam elevados limites de
escoamento resistência ao desgaste, além de não precisar de boa conformabilidade e soldabilidade.
Pode ser empregado, por exemplo, em parafusos especiais, trilhos e rodas ferroviárias.
Aços Ligados
O uso de elementos de liga geralmente é feito com as seguintes finalidades:
Aumentar a profundidade de têmpera (temperabilidade)
Aumentar a resistência ao revenido (isto é, evitar o amolecimento entre 300 e 550°C).
Introduzir propriedades especiais tais como:
Resistência à corrosão em aços inoxidáveis
Resistência ao desgaste em aços
Resistência à quente em aços ferramenta (rápidos)
Pode-se dividir em quatro categorias:
a) Aço de baixa liga
São aços cuja quantidade dos elementos de liga é inferior a 5% e têm a finalidade de aumentar a
temperabilidade e a resistência ao revenido.
b) Aços de média liga
Os aços de média liga são os que têm a somatória dos elementos de liga entre 5% e 10%. São
aplicados em situações que envolvem elevada resistência mecânica em temperaturas elevadas
(500°C) tais como aços para trabalho a quente (matrizes).
c) Aços de alta
A quantidade dos elementos de liga nesses aços é maior do que 10%. São aços que podem ser
aplicados em diversas finalidades, tais como:
Elevada resistência à oxidação.
Elevada resistência mecânica e ao desgaste sendo aplicáveis em matrizes para forjamento
e estampagem.
22
Capacidade de corte, como nos aços rápidos, utilizados como ferramentas de corte por
manterem dureza a quente.
Capacidade de endurecer sob impacto utilizados para moinhos e martelos para britagem de rochas.
Estes aços são austeníticos e se transformam em martensíticos sob impacto com as rochas durante
o serviço.
d) Aços de Alta Resistência e Baixa Liga (ARBL)
São aços cujas normas AISI-SAE não classificam como aços ligados (tais como 4340, 8620, 4320),
apesar de conterem elementos de liga adicionados para fins de obtenção de resistência mecânica e
à corrosão atmosférica superiores aos aços de baixo carbono.
Os aços ARBL apresentam resistência entre 300 e 700 MPa, tendo sido desenvolvidos para elevar
a relação entre resistência e peso, visando aplicação em estruturas móveis. A soma de elementos
de liga geralmente não ultrapassa a 2%, e o teor de carbono situa-se abaixo de 0,3%.
Entre os aços inoxidáveis martensíticos, o mais conhecido é o aço 420, com pouco mais de 12%
de Cr e aproximadamente 0,35% de C.
No estado recozido, ferrítico, o 420 não possui boa resistência à corrosão atmosférica. Isso se deve
à operação de recozimento que é realizada a uma temperatura próxima aos 760o C, temperatura
na qual o C e o Cr presentes no aço se combinam para formar carboneto de cromo, Cr23C6, que
precipita. Cada molécula de Cr23C6 precipitada possui, em peso, aproximadamente 95% de Cr.
Como o aço 420 tem muito carbono e pouco cromo (quando comparado com outros inoxidáveis),
praticamente a metade de cromo do aço 420 acaba sendo precipitado e retirado
23
da solução sólida. Nesta condição, o material não resiste à corrosão atmosférica (não existe um
mínimo de 10,50% de Cr na solução sólida).
Assim, o aço inoxidável 420 (como todos os martensíticos) tem que sofrer a operação da têmpera,
que transforma a ferrita em austenita e esta última em martensita durante o resfriamento. Com o
temperamento, o carbono forma parte da fase martensítica e não está disponível para ser
precipitado como carboneto de cromo. Somente depois de temperados, estes materiais passam a
ser resistentes à corrosão.
A alta dureza do material temperado (estrutura martensítica) faz com que estes materiais sejam
muito utilizados na fabricação de facas. A resistência ao desgaste é muito forte.
Outros aços inoxidáveis martensíticos são variantes do aço 420. O aço 410 possui uma quantidade
máxima de carbono de 0,15%. Sendo a martensita uma fase rica em carbono, é evidente que este
aço, ao ser temperado, atingirá uma dureza menor que a do 420.
O aço P498V (designação interna da Arcelor Mittal Inox Brasil) ou aço EN 1.4116, com um teor
de carbono de aproximadamente 0,47%, com cromo um pouco superior ao do aço 420, com
presença de molibdênio e de vanádio (V), apresenta, depois de temperado, durezas maiores que as
atingidas com o 420. O molibdênio, como elemento de liga, melhora a resistência à corrosão deste
material e o vanádio melhora a tenacidade.
Existem também os aços 440 (tipos A, B e C), com teores mais altos de carbono (maior dureza na
têmpera) e valores mais elevados de cromo e molibdénio (melhor resistência à corrosão).
O aço 420F, fabricado normalmente na forma de produto não plano, é uma variante do 420 na qual
o aumento na quantidade de enxofre facilita a usinagem do material.
Ferríticos
A adição de níquel como elemento de liga, em determinadas quantidades, permite transformar a
estrutura ferrítica em austenítica e isso tem como consequência uma grande mudança em muitas
propriedades. (Carbó H. M., Janeiro / 2008)
Os aços inoxidáveis austeníticos (figura abaixo), dos quais o 304 (18%Cr-8%Ni) é o mais popular,
têm excelente resistência à corrosão, excelente ductilidade (existe aqui uma grande mudança nas
propriedades mecânicas se os comparamos com os ferríticos) e excelente soldabilidade.
24
Os inoxidáveis austeníticos são utilizados em aplicações em temperatura ambiente, em altas o
temperaturas (até 1.150º C) e em baixíssimas temperaturas (condições criogênicas), uma série de
alternativas que dificilmente são conseguidas com outros materiais.
O aço 304 é um material com grandes possibilidades em suas aplicações, a tal ponto que podemos
encontrá-lo em nossas casas (em um garfo ou em uma panela, por exemplo) e também na indústria,
em aplicações de grande responsabilidade.
Dependendo do meio ambiente, o 304 não é o austenítico mais utilizado. Um dos problemas
enfrentado pelo 304 (e o mesmo ocorre com outros aços inoxidáveis) é o da ação corrosiva
provocada pelo ânion cloreto, Cl(-).
Dependendo da concentração de cloretos no meio, da temperatura e do pH, três formas de corrosão
podem ocorrer: por pites (figura 8), por frestas (figura 9) e sob tensão (figura 10). Dessas três
formas de corrosão, os ferríticos também são propensos às duas primeiras e podemos dizer que,
em geral, os austeníticos possuem melhor resistência que os ferríticos às corrosões por pites e em
frestas (devido à ação do níquel, que favorece a repassivação do material nas regiões onde o filme
passivo foi quebrado por estas formas de corrosão).
A adição de molibdênio (cerca de 2%) transforma o 304 no aço inoxidável 316, um material muito
mais resistente à corrosão por pites e por frestas. Podemos mencionar, como exemplo, que o 304
é recomendado para trabalhar, em temperatura ambiente, com águas que contêm, no máximo, 200
ppm (partes por milhão) de cloreto.
O 316, nas mesmas condições, é recomendado em águas que contenham até 800 ppm de cloreto.
Se a quantidade de cloreto é mais alta (ou mesmo sendo mais baixa, se~a temperatura é mais
25
elevada ou se o meio possui características ácidas), adições maiores de molibdênio são necessárias,
como é o caso do aço 317.
A corrosão por pites e a corrosão por frestas, que mencionamos, são formas de corrosão
extraordinariamente localizadas e são bastante parecidas, pelo menos em seus mecanismos de
propagação. Como o próprio nome indica, na corrosão por frestas é necessário que exista um
interstício.
O interstício pode ter sido criado na construção do equipamento (um problema de projeto) ou pode
ser conseqüência do próprio processo, como por exemplo uma incrustação ou um depósito nas
paredes do mesmo. O 316 é um pouco melhor que o 304 na corrosão sob tensão (a corrosão que
envolve normalmente três fatores: meio agressivo, em nosso caso, cloretos, temperatura e, como
o nome indica, tensões, sejam estas aplicadas ou residuais do processo de fabricação). Mas as
vantagens do 316 sobre o 304, nesta forma de corrosão, são muito limitadas. A corrosão sob tensão
é conhecida como o calcanhar de Aquiles dos aços inoxidáveis austeníticos. Um grande aumento
no teor de níquel diminui o risco de corrosão sob tensão. É muito importante observar que os aços
inoxidáveis ferríticos são imunes a esta forma de corrosão.
26
Figure 14: Corrosão por frestas em um aço inoxidável.
A quantidade máxima de carbono nos aços 304, 316 e 317 é de 0,08%. Quando esses materiais são
submetidos a temperaturas entre 425 e 850 C, o carbono e o cromo se combinam e se precipitam
como carboneto de cromo (Cr23C6). (Carbó H. M., Janeiro / 2008)
28
Conclusão
Findando com o trabalho, verificou-se que o ferro é de facto um metal muito importante para o
uso industrial, devido as suas propriedades mecânicas, tecnológicas e entre outras. O ferro como
explicitado na introdução, possui múltiplas aplicações no mundo contemporâneo. Para a extração
e processamento do ferro pode-se considerar como a peça chave o Alto forno que, aparelho este
que tem sido útil pela sua vasta capacidade de fundir e de reduzir os óxidos de ferro contidos no
ferro. O trabalho foi útil e seu conteúdo relevante, pois se verifica que os componentes que são
muito usados actualmente provem do ferro.
29
Bibliografia
Carbó H. M. (Janeiro / 2008). Aços Inoxidáveis: aplicações e especificações. ArcelorMittal Inox
Brasil.
30
ANEXO
Representação do Alto Forno
31