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ASSEMBLEIA DE DEUS - MISSÃO KEWOSA

Manual de Discípulos

Secundários e Jovens

Daniel Jorge Beirão


Maio de 2015
Cidade de Nampula

Índice
1. INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA ............................................................................ 3
1.1.1. Conceito .......................................................................................................... 3
1.1.2. Origem Etimológica ........................................................................................ 3
1.1.3. Significado do título Kristos...........................................................................3
1.1.4. Quem é Jesus Cristo ?....................................................................................3
1.1.5. Atributos de Deus ........................................................................................... 3
1.2. A divindade de Jesus Cristo..............................................................................4
1.2.1. Sua preexistência ........................................................................................... 4
1.2.2. Sua eternidade................................................................................................4
1.2.3. Sua natureza divina........................................................................................4
1.2.4. Seus nomes e títulos......................................................................................5
1.2.5. Suas designações .......................................................................................... 7
1.2.6. Suas aparições veterotestamentárias (antes de se fazer carne) ................ 7
1.2.7. Sua Prefiguração no Antigo Testamento ...................................................... 8
1.3. Profecias Messiânicas ...................................................................................... 8
2. INTRODUÇÃO À HAMARTOLOGIA ..................................................................... 10
2.1. Conceito ........................................................................................................... 10
2.2. Origem Etimológica ......................................................................................... 10
2.3. Objectivo .......................................................................................................... 10
2.4. O que é Pecado? .............................................................................................. 10
2.5. Fundo Histórico ............................................................................................... 10
2.6. Indústrias do Pecado ...................................................................................... 11
2.7. Indústria do Sexo.............................................................................................11
2.8. Indústria Cinematográfica...............................................................................12
2.9. Indústria Desportiva ........................................................................................ 12
2.10. Indústria Alimentar........................................................................................13
2.11. Indústria da Música.......................................................................................13
2.12. Indústria dos Cosméticos (Estética e farmacêutica) .................................. 14
2.13. Indústria Económico-Financeira ou Indústria do Dinheiro ......................... 14
3. INTRODUÇÃO À ECLESIOLOGIA.........................................................................15

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3.1.1. Conceito ........................................................................................................ 15
3.1.2. Origem Etmológica ....................................................................................... 15
3.2. Evolução semântica ........................................................................................ 15
3.3. Tipos de Igreja ................................................................................................. 16
3.3.1 Quem fundou a Igreja?...................................................................................16
3.3.2. Onde e Quando? ........................................................................................... 16
3.4. Principais características da igreja nos primeiros III séculos ...................... 16
3.5. As Perseguições ..............................................................................................16
3.6. Como morreram os apóstolos? ...................................................................... 17
3.7. As Denominações (nomes dados aos ajuntamentos) .................................. 17
4. INTRODUÇÃO À HERESIOLOGIA ........................................................................ 19
4.1.1. Conceito de Heresiologia ............................................................................. 19
4.1.2. Origem Etimológica ...................................................................................... 19
4.1.3. Importância deste estudo ............................................................................ 19
4.2. Principais razões que ditam o surgimento de uma heresia..........................19
4.3. Principais heresias propagadas em nosso país............................................20
4.4. Breves Refutações...........................................................................................21
5. INTRODUÇÃO À ADORAÇÃO .............................................................................. 23
5.1.1. Conceito de Adoração .................................................................................. 23
5.2. Historial da Adoração......................................................................................23
5.4. A Música e a Adoração....................................................................................24
5.5. Fases da adoração .......................................................................................... 24
5.5.1. Adoração nos Céus (antes da Criação do Cosmos físico).........................25
5.5.1.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos. ..
25
5.5.2. Adoração na Dispensação do Éden ou da Inocência ................................. 25
5.5.2.1. As principais marcas desse período........................................................ 26
5.5.3. Adoração na Dispensação da Consciência ................................................ 26
5.5.4. Adoração na Dispensação Governo Humano.............................................26
5.5.4.1. As principais marcas desse período........................................................ 26
5.5.5. Adoração na Dispensação Patriarcal..........................................................26
5.5.6. Adoração na Dispensação da lei (Torah)....................................................27
5.5.6.1. As principais marcas desse período........................................................ 27

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5.5.7. Adoração na Dispensação da Graça ........................................................... 27
5.5.7.1. As principais marcas desse período........................................................ 27
5.5.8. Adoração na Dispensação do Milénio.........................................................27
5.5.8.1. As principais marcas desse período........................................................ 27
5.5.9. Adoração após o Milénio - no novo céu e nova terra.................................27
5.5.9.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos ...
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1. INTRODUÇÃO À CRISTOLOGIA

1.1.1. Conceito
Cristologia é um ramo da teologia que estuda a pessoa de Cristo.

1.1.2. Origem Etimológica


A Palavra Cristologia é de origem grega, de onde etimologicamente é composta por
duas palavras, como se segue:
Kristos + Logia (Origem Grega)
Cristo + Estudo (Tradução portuguesa)

1.1.3. Significado do título Kristos


Kristos (Messias, no Hebraico) significa o Ungido.

1.1.4. Quem é Jesus Cristo ?


Muitas pessoas, sistemas religiosos e filósofos sugeriram as mais variadas
respostas à pergunta: Quem é Jesus Cristo? Para alguns, Jesus é um profeta, para
outros é um grande Mestre, e ainda, para outros, simplesmente um homem bom e
moral cuja vida exemplar é digna de ser imitada.

As Sagradas Escrituras dizem que Jesus é o Deus encarnado, pois Jesus tomou a
forma de homem, para explicar aos homens não apenas quem Deus é e com Ele é,
mas também para demonstrar quem o homem é, e o que Deus deseja que ele seja.

Para que nossa percepção acerca de Jesus seja ampla, torna-se necessário
estudar os atributos de Deus, e aplicá-los a pessoa de Cristo a fim de verificar se irá
preencher os requisitos de uma divindade.

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1.1.5. Atributos de Deus
• Íntimos
Infinito Sl 90:2
Unidade 1 Jo 5:7,8/Mt 28:19
Espírito Jo 4:23,24
• Activos
Omnipresença Sl 139:7/Pv 15:3
Omnipotência Ap 1:8
Omnisciência Jo 16:29,30/21:17
Soberano Ap 6:10
• Morais
Santidade Lv 11:44/1 Pd 1:15,16
Justiça Sl 50:6
Bondade
Amor 1 Jo 4:8
Fidelidade Ap 19:11
Misericórdia

1.2. A divindade de Jesus Cristo

1.2.1. Sua preexistência


Jesus existia antes de sua encarnação como homem
“E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo
antes que o mundo existisse.” (João 17. 5).

1.2.2. Sua eternidade


Jesus não apenas existiu antes de se tornar homem, mas Ele também é eterno, que
é uma característica exclusiva de Deus. (Ap 22:12,13).

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1.2.3. Sua natureza divina
Jesus é completamente divino. Jesus e o Pai, em essência, são um
“Eu o Pai somos um.” (João 10. 30).
Jesus era completamente Deus e corporificou toda natureza e essência divinas
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” (Colossenses 2.
9; Filipenses 2:5-12)
Jesus revelou a natureza e o carácter de Deus aos homens
“Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido,
Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu
que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as
digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me
que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede-me,, ao menos, por causa das mesmas
obras.” (João 14. 9- 11).
Jesus é citado como parte integrante da Trindade
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo.” (Mateus 28. 19)
Jesus exibiu atributos divinos que pertencem tão somente a Deus
Omnipotência : Cristo acalmou a tempestade.
Omnisciência : Cristo sabia o que estava no coração dos homens.
Omnipresença : A presença e o poder de Cristo não estavam limitados pelo espaço.
Imutabilidade : Cristo nunca muda. Hb 13:8
Vida: Inerentemente. Cristo possui vida. Jo 14:6
Jesus praticou actos que somente Deus é capaz de realizar
Jesus transcendeu as leis naturais, andando sobre as águas.
Jesus restaurou a visão a um homem que nascera cego.
Jesus perdoou pecados.
Jesus ressuscitou os mortos.
Jesus esteve activamente envolvido na Criação e é o Sustentador de todas as
coisas.

1.2.4. Seus nomes e títulos

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Os nomes e títulos de Jesus apontam para sua divindade.
Yeshua (original hebraico da transliteração Jesus) : o Senhor é salvação
Emanuel : Deus connosco
Cristo : o Ungido (Messias de Deus)
Yahweh : Jesus disse que Ele era o mesmo que “EU SOU” do Antigo Testamento
Senhor : o equivalente neo-testamentário de Adonai, no Antigo Testamento

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Deus : o equivalente neo-testamentário de Elohim, no Antigo Testamento Filho de
Deus : o título que descreve o relacionamento eterno de Jesus com o Pai e não
implica no fato de que Jesus tornou-se Filho de Deus em algum ponto da história.
Cristo sempre teve esse relacionamento de Filho para com o Pai. Quando esse
título foi usado referindo-se a Jesus, os judeus o acusaram de blasfémia. Filho
do Homem : esse foi o título favorito que Jesus usou para Si mesmo. Mas também
ele era uma reivindicação quanto à sua divindade, pois é a afirmação gloriosa de
que o verbo fez-se carne, dando testemunho em toda a terra; Esse título liga Jesus
à profecia de reinado e também está ligada à sua missão de salvação. Acerca dele,
disse o Apóstolo João, de que qualquer que nega à Jesus este título não é de Deus.
(1 Jo 4:2,3).
Filho de David : Esse título relaciona Jesus especificamente ao direito de se
assentar no trono eterno, sob a aliança de Davídica.

1.2.5. Suas designações


Filho “Unigénito” : Esse termo, “monogenes”, acentua a singularidade de Cristo como
o único Filho de Deus, por toda a eternidade. Não há ninguém mais que seja como
Cristo.
“Nisto se manifestou a amor de Deus para connosco: que Deus enviou seu Filho
unigénito ao mundo, para que por ele vivamos.” (1 João 4. 9)
“Primogénito” : Este termo, “prototokos”, acentua a preeminência de Cristo e a
posição de escolhido de Deus. É quase como um título histórico que diz respeito
aos direitos que são seus, por causa se sua posição como Filho de Deus.
“O qual é a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação.”
(Colossenses 1. 15)

1.2.6. Suas aparições veterotestamentárias (antes de se fazer carne)


O anjo do Senhor : No Antigo Testamento é Cristo, como o “Anjo de Jeová” (ou, do
Senhor) que revela e reflecte a glória de Deus e comparece em nome do Pai. Via de
regra refere-se ao Anjo do Senhor como sendo Deus. Essas aparições todas
demonstram a existência pré-encarnada e a obra de Cristo. Alguns exemplos da

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aparição de Cristo como o “Anjo do Senhor”:
Quando Cristo apareceu a Hagar e se identificou como Deus (Gn 16. 7)
Quando Cristo proveu um sacrifício substitutivo para Isaque (Gn 22.1)
Quando Cristo apareceu a Moisés na sarça ardente (Êx 3.1- 4)
Quando Cristo chamou Gideão para o serviço de Deus como juiz / libertador (Jz 6.
11- 24) Fica claro, a partir desses e outros exemplos, que esse “anjo” era muito
mais que um mensageiro vindo de Deus – Ele era o Filho de Deus.

1.2.7. Sua Prefiguração no Antigo Testamento


O facto de Cristo se revelar e ser prefigurado no Antigo Testamento fica muito
evidente, pois Ele se identificou com e como Deus. Cristo é identificado no Novo
Testamento como tendo sido revelado nas Escrituras do Antigo Testamento, como
Deus. Alguns exemplos:
Como servo sofredor de Yahweh (Isaías 53. 4 – 12)
Como Messias ungido de Deus (Lucas 24. 44 – 46)
Como o Rei de Deus (Daniel 2. 44 – 45)
Como o Grande / Bom Pastor (João 10. 11 – 18)
Como a glória de Deus (Isaías 6. 1 – 3)

1.3. Profecias Messiânicas

PROFECIA DO A.T. CUMPRIMENTO NO N.T.

SUA PESSOA
Divindade Isaías 9. 6 Lucas 2. 11

Nome Isaías 7. 14 Mateus 1. 23


Humanidade I Isaías 7.14 Hebreus 2. 14
Reino Davídico 2 Samuel 7. 11- 16 Lucas 1:31-33
Isaías 9. 7

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Linhagem/Tribo de Judá Gênesis 49. 8- 10 Apocalipse 5. 5- 7
SEU NASCIMENTO
Onde Miquéias 5. 2 Mateus 2. 5, 6
Quando Daniel 9. 24- 27 Lucas 2.1, 2
Como Isaías 7. 14 Lucas 1. 26- 38
Fuga ao Egito Oséias 11.1 Mateus 2. 13- 15
Herodes matando os meninos Jeremias 31. 15 Mateus 2. 17, 18
SEU MINISTÉRIO
Cheio do Espírito de Deus Isaías 11. 1, 2 Lucas 4. 14- 22
Luz para os gentios Isaías 60. 1- 3 Lucas 2. 25- 32
Isaías 61. 1, 2

Salvador Isaías 49. 6 Mateus 1. 21 João 1. 29


Morrer pelos pecados Isaías 53. 4- 7 1 Pedro 2. 24, 25
Curar Isaías 53. 4 Mateus 8. 16, 17
Ser rejeitado Salmos 118. 22 Mateus 21. 42, 43
Ser Crucificado Salmos 22. 16- 18 João 19.20
Morte e sipultamento Isaías 53. 9 Mateus 27. 57- 60
Ressureição Salmos 16. 9- 11 Mateus 28. 2- 8
SUA OBRA FUTURA
Ascenção Isaías 52. 13 Atos 1. 6- 11
Exaltação Salmos 110. 1 Lucas 20. 42, 43
Filipenses 2. 5- 11
Segunda vinda Zacarias 14. 3- 9 Apocalipse 19. 11- 16
Reino eterno Daniel 2. 44 Apocalipse 11. 15

2. Introdução à Hamartologia

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2.1. Conceito
Hamartologia é um ramo da Teologia que estuda o pecado.

2.2. Origem Etimológica


A palavra Hamartologia, é uma composição de duas palavras gregas, como se
segue:

Hamartia + Logia (Origem Grega)


Pecado + Estudo (Equivalente Português)

2.3. Objectivo
Seu maior objectivo é entender o pecado, em sua generalidade, a natureza Humana,
e a natureza Divina.

Para que tal objectivo seja satisfeito, é necessário termos a definição de que seja o
Pecado.

2.4. O que é Pecado?


Basicamente, Pecado é toda a desobediência a Deus, praticada através de actos,
palavras, e/ou gestos, incluindo pensamentos.

2.5. Fundo Histórico


Com base nos textos de Is 14:12-18, Ez 28:12-19, Lc 10:18 e Ap 12:11, podemos
concluir de que o primeiro pecado foi cometido nos céus, por Lúcifer, o ex-arcanjo,
num tempo extremamente remoto, quando em seu coração foi achado o orgulho.

Com base em Gn 3, é possível entender-se de que o primeiro pecado na terra foi


cometido por Adão e Eva, as primícias da raça humana, quando lhes foi induzido
pelo Diabo, em desejar ser igual a Deus.

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Resumo:

Local Autor Pecado


Nos Céus Satanás Orgulho
Na Terra Adão e Eva Orgulho

2.6. Indústrias do Pecado


Desde a queda dos anjos dos céus, encabeçados por Satanás, os demónios
cooperam para a destruição da terra em grandes conglomerados de exércitos das
trevas. Esta união é a principal razão da rápida degradação da raça humana, pois
obedece ao princípio da união ensinado aos santos em salmos 133, porém neste
caso, está sendo usado negativamente.

Sendo assim, faremos uma breve abordagem sobre as principais indústrias do


pecado, as quais o Senhor Jesus chamou em Mateus 16:18 de ''portas do inferno'',
que jamais prevalecerão sobre a igreja, nomeadamente:
• Indústria do Sexo;
• Indústria Cinematográfica;
• Indústria Desportiva;
• Indústria Alimentar;
• Indústria da Música;
• Indústria dos Cosméticos (Estética e farmacêutica);
• Indústria Económico-Financeira ou Indústria do Dinheiro

2.7. Indústria do Sexo


Baseia-se na exposição do corpo humano, e excitação dos órgãos genitais.
Geralmente ela apresenta-se em 5 formas básicas:

1. Prostituição;
2. Adultério;
3. Fornicação;

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4. Homossexualismo;
5. Masturbação.

2.8. Indústria Cinematográfica


Baseia-se no uso das tecnologias de telecomunicações massivas. É uma das
indústrias modernas, difundida de uma forma monstruosa, geralmente a baixo
custo, a fim de exercer um papel destruidor devastador. Geralmente ela
apresenta-se das seguintes formas:
1. Filmes;
2. Novelas;
3. Desenhos animados;
4. Jogos;
5. Redes Sociais;
6. Programas de humor, etc.

2.9. Indústria Desportiva


Baseia-se no culto ao desporto, no fanatismo, no orgulho dos pódios, onde o mais
forte vence (considerado o maior e melhor), e o fraco perde (considerado o menor e
pior). O engraçado é notar a resposta do Senhor Jesus aos discípulos, quando
interrogavam-se acerca de quem era o maior, disse o sumo Pastor ''quem quiser ser
o maior, seja o menor e servo de todos'', desta forma o Senhor encerrou o jogo.

Na Grécia antiga os jogos olímpicos eram uma oferenda à Zeus, o maior deus da
mitologia grega. O futebol, tem como início o uso da cabeça humana. É nesta
indústria que aparecem as apostas, jogos de azar, os casinos, dentre outros males,
que são geralmente cultuados. O apóstolo Paulo encerra a questão dizendo que, o
exercício físico tem pouco proveito, mas a piedade em tudo é proveitosa. (1 Tm
4:8).

2.10. Indústria Alimentar


Maior parte das doenças hoje existentes e preocupantes, estão directamente

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ligadas a alimentação. Na África, por exemplo, o índice de morte por má nutrição é
alarmante. Ela baseia-se na disposição propositada de alimentos altamente
prejudiciais à saúde humana, de uma forma propositada. Um exemplo claro, é a
empresa Sinomix, que produziu reacções químicas para a Nestlé, de onde ambas
foram processadas por usar células de fetos abortados em seus produtos ( leite
Cremora, Nilo, Lactogem, Milo, Chips, etc.).

A The Coca-Cola Company é campeã na produção de um dos refrigerantes


recordistas em destruição do corpo, a própria Coca-Cola, pois além dos altos níveis
de cafeína, possui também, altos níveis de açúcar, que podem conduzir à diabetes.

Que dizer dos alimentos enlatados que são causadores de Câncer, as carnes
vermelhas, frangos congelados, que conduzem à AVC's (Trombose), aos químicos
adoçantes que conduzem à diabetes.

O fiel cristão deve estar apercebido acerca de todos estes males, que
constantemente são ignorados, trazidos à sociedade por propagandas pejorativas
passadas pela mídia a nível nacional e internacional.

2.11. Indústria da Música


Esta é uma das mais antigas e poderosas indústrias de destruição dos valores
morais da alma. A música tem origem nos céus (Ez 28:13/Ap15:2), veio à terra Gn
4:21. Estou convicto de que não existe nenhum ser humano que não goste ouvir
música, portanto, o que variam são as tendências de géneros musicais predilectas.

A sua alta influência na alma humana a torna tão especial que não deve ser
menosprezada. É usada em cultos Cristãos, cultos mágicos, entre outras formas de
cultos.

Quanto a inspiração, existem músicas divinas, diabólicas e meramente humanas.

Esta divisão não pretende ser abordada exaustivamente, porém é importante que

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saibamos de que o fiel cristão deve alimentar-se somente das músicas de
inspiração divina, como repreende o sábio provérbio bíblico ''melhor é ouvir a
repreensão do sábio, do que ouvir a música de um tolo'' (Ec 7:5).

Por mais polémico que seja, é importante que nos abstenhamos de músicas de
origem Rock, Hip Hop, Rap, entre outros estilos que tem sido difundidos nesses dias
inclusive por muitos ''cristãos'' como sendo estilos cristãos, porém só mostram a
carnalidade que ainda neles resta.

2.12. Indústria dos Cosméticos (Estética e farmacêutica)


Esta é a indústria dos produtos químicos, que muito é difundida em nossos dias.
Esta divide-se basicamente em duas grandes indústrias, nomeadamente, nos
cosméticos estéticos e cosméticos farmacêuticos.

Os primeiros, são o culto ao corpo, que tanto se difunde em nossos dias (corpos
musculosos e cinematográficos), neles encontramos muitos males ocultos. Um
exemplo claro, são os perfumes da PlayBoy e PlayGirl, que possuem misturas de
sémen masculino e feminino, a fim de atraírem-se mutuamente, constituindo-se
assim, um dos maiores perfumes da prostituição.

2.13. Indústria Económico-Financeira ou Indústria do Dinheiro


Esta é a indústria dos gananciosos, avarentos, soberbos. A indústria do mancebo
rico (Mt 19:16-30/Mc 10:17-31/Lc18:18-30); dos bens materiais, que hoje tem
merecido propaganda ''cristã'' no falso evangelho da prosperidade. O Apóstolo
Paulo num de seus ensinos sobre economia e finanças, encerra dizendo com
profunda sabedoria divina ''o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal'' (1 Tm 6:10).

Textos bíblicos que enfatizam o conhecimento das diferentes portas do inferno: Rm


1:24-31, Jd 3-23, 2 Tm 3:1-9.

Esforcemo-nos na santidade, sem a qual ninguém verá a Deus! (Hb 12:14)

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3. Introdução à Eclesiologia

3.1.1. Conceito
Eclesiologia é o ramo da Teologia que estuda a igreja.

3.1.2. Origem Etmológica


A palavra deriva do grego, como se segue:

Ecclesia + Logia (Origem Grega)


Igreja + Estudo (Tradução Portuguesa)

3.2. Evolução semântica


No princípio, o termo Ecclesia foi utilizado como forma de designar algo que é
''tirado de um espaço e colocado em outro''. Os discípulos começaram a ser
chamados de Ecclesia pela forma como viviam excluídos dos hábitos desde mundo.
Nesta época, o termo era utilizado para designar uma pessoa, que excluí-se dos
costumes terrenos. Como os discípulos estavam em constante união física assim
como espiritual, o termo ganhou outro significado ao designar uma pluralidade de
pessoas que auto-excluem-se dos costumes terrenos, até aos dias de hoje.

Por Igreja, devemos entender, como pessoa ou conjunto de pessoas que vivem de
acordo com a vontade de Deus, nascidas segundo o Espírito, não obedecendo a
carne, e que devotam ao Senhor Jesus Cristo.

3.3. Tipos de Igreja


• Igreja Visível ou local;
• Igreja Invisível ou Assembleia dos eleitos.

Igreja Visível é o conjunto de pessoas que agrupam-se fisicamente em cultos


congregacionais, ou seja, locais. Esta recebe a todos os Homens, tanto os salvos,

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como os não salvos, isto é, os verdadeiros crentes e os falsos crentes, pelo que
devemos ser muito vigilantes nela.

Igreja Invisível é o conjunto de todos os salvos de todos os tempos. Nesta há


perfeição absoluta de seus membros. São os redimidos para todo o sempre!

3.3.1 Quem fundou a Igreja?


Segundo o texto do evangelho de Mateus 16:18, foi o próprio Jesus o fundador da
igreja.

3.3.2. Onde e Quando?


Ela teve inicio em Jerusalém, capital de Israel, no séc. I.

3.4. Principais características da igreja nos primeiros III séculos


• Comunhão (União) tanto física assim como espiritual, através do amor de
Cristo - Actos 4:32-37;
• Humildade e Simplicidade. Actos 3:6-8;
• Santidade - 1 Pedro 1:15,16;
• Plenitude do Espírito Santo (eram cheios do Espírito Santo,
consequentemente cheios de dons do Espírito)- Actos 2:1-13/ 3:31;

3.5. As Perseguições
Desde o princípio, a igreja sofreu grandes perseguições por conta de sua fé. As
perseguições eram provocados por dois principais grupos da época: os judeus e os
romanos. Os judeus por não crerem em Jesus, como o Messias, achavam uma
blasfémia que Ele fosse considerado O Messias, logo, odiavam aos cristãos por
entenderem que eram demasiadamente heréticos. Para os romanos, o ódio surgiu
porque os cristãos recusavam a adoração de deuses estranhos romanos,
sobretudo, a adoração prestada ao próprio imperador.

Como consequência, muitos cristãos foram mortos por ambos os grupos.


Começando por Estêvão, o diácono (Actos 7:58-60), prosseguiram matando muitos
outros cristãos inclusive os apóstolos.

3.6. Como morreram os apóstolos?

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Segundo a tradição judaica, no que diz respeito aos últimos minutos na terra, dos
apóstolos, consta o seguinte: Mateus sofreu martírio pela espada na Etiópia.
Marcos foi arrastado por um animal nas ruas de Alexandria, até morrer. Lucas foi
enforcado em uma oliveira, na Grécia. João foi lançado numa panela gigante em
que tinha óleo fervendo, desterrado para a ilha de Patmos, morreu em velhice em
Éfeso. Tiago, irmão de João, foi decapitado por ordem de Herodes, em Jerusalém.
Tiago, o menor, foi lançado do templo abaixo, ao verificarem que ainda vivia,
mataram-no a pauladas. Filipe, foi enforcado em Hierápolis, na Frígia. De
Bartolomeu tiraram a pele por ordem de um rei bárbaro. Tomé foi amarrado a uma
cruz, e mesmo assim, pregou o evangelho até morrer. André foi atravessado por
uma lança. Judas foi morto atirado por flechas. Simão, o Zelote, foi crucificado na
Pérsia. Matias foi primeiramente apedrejado e depois decapitado. Pedro foi
crucificado de cabeça para baixo. Paulo, depois de proferir o famoso discurso do
Campeão (2 Tm 4:6-8), foi decapitado por ordem de um imperador.

Por mais graves que sejam as perseguições, o maior mistério por detrás delas, é o
fortalecimento da fé dos santos!

3.7. As Denominações (nomes dados aos ajuntamentos)


Um dos factos mais surpreendentes da História da igreja, é de que ela nunca teve
um nome. Jesus nunca deu um nome próprio aos crentes, e semelhantemente os
discípulos não o fizeram. A razão para tal é um autêntico mistério divino.

Os nomes que hoje ouvimos são consequência de divisões tanto físicas, assim
como espirituais, divergências doutrinárias na interpretação das sagradas
escrituras, dando-nos um claro entendimento de que são de ordem meramente
humanas.

Os verdadeiros cristãos sabem que não necessitam de um nome para que


pertençam a família de Deus, basta que sejam regeneradas pelo Espírito de Deus,
mediante o sacrifício de Cristo, proveniente do amor do Pai Celestial. Porém, nos
dias actuas, por conta da organização da sociedade, os governos obrigam aos

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ajuntamentos a que possuam um nome.

Os ajuntamentos mais conhecidos em nosso país são: Os Católicos, os


Evangélicos, os Baptistas, os Pentecostais, os neo-pentecostais, os Adventistas do
Sétimo dia, as Testemunhas de Jeová, Velhos/12 Apóstolos, os Ziones, entre
outros.

É bom de recordar que todas elas são igrejas visíveis. Quanto ao que elas ensinam,
trataremos no capítulo de Heresiologia.

4. Introdução à Heresiologia

21
4.1.1. Conceito de Heresiologia
Heresiologia é um ramo da teologia que estuda as heresias.

4.1.2. Origem Etimológica


A palavra Heresiologia é de origem grega, como segue:

Háiresis + Logia (Origem grega)


Heresias + Estudo (Equivalente em Português)

Por Heresia, devemos entender como os ensinamentos heréticos e/ou falsos,


concernentes às sagradas escrituras, isto é, a forma deturpada de interpretar as
Sagradas escrituras.

4.1.3. Importância deste estudo


• É o meio pelo qual se consegue discernir entre o certo e o errado, a verdade da
mentira;
• É um dos sinais da vinda do Messias, e é muitas vezes feito menção na
Escatologia;
• Conduz à águas turvas à todos seus consumidores, levando-os ao total
abandono da verdade (apostasia).

4.2. Principais razões que ditam o surgimento de uma heresia


De acordo com o manual de Heresiologia da EETAD, podemos encontrar no mínimo
7 razões principais:

1. A acção diabólica - 2 Co 4:4;


2. A acção diabólica contra a igreja - Mt 13: 25;
3. A acção diabólica contra a Palavra de Deus - Mt 13:19;
4. O descuido da igreja em pregar um evangelho completo - Mt 13: 25;
5. A falsa Hermenêutica - 2 Pe 3:16;
6. A falta de conhecimento da verdade bíblica - 1 Tm 2:4;
7. A falta de maturidade espiritual - Ef 4:14.

22
4.3. Principais heresias propagadas em nosso país

Nr Descrição Ensino herético


1 Acerca de Deus 1. Não há Deus;
2. Não há trindade;
3. Jesus não é Deus;
4. Jesus Cristo é irmão do Diabo;
5. O Espírito Santo não é Deus;
6. A trindade existe, mas de ordem crescente quanto a
autoridade e poder: Pai, Filho e Espírito Santo;
7. Deus foi um homem, que por ser humilde e santo,
alcançou grande posição universal, deste modo, os
santos de hoje, serão deuses do amanhã.
2 Acerca das Sagradas Escrituras 1. A bíblia está cheia de erros, isto é, foi adulterada;
2. Não é um livro sagrado, pelo que pode ser
substituído por outros;
3. É uma forma de socialização, e redução da
marginalidade;
4. É um compêndio de fábulas, contos lendários,
ficção, pelo que, não é palavra viva.
3 Sobre a Salvação 1. A salvação é pelas obras;
2. A salvação não se perde ''uma vez salvo, para
sempre salvo!'';
3. Não há salvação;
4. Há predestinação tanto de salvos, quanto de
perdidos;
5. É um engano à raça humana;
6. Deus salvará à todos.
4 Sobre o Céu e o inferno 1. Não há céu e nem inferno;
2. O inferno e o céu estão cá na terra; a fome, a sede,
a pobreza,..., representam o inferno; a alegria, o
dinheiro, a riqueza,..., representam o céu.
5 Acerca das manifestações miraculosas 1. Milagres não existem, não acontecem e nunca
aconteceram;
2. Milagres aconteciam, mas em nossos dias já não
acontecem;
3. São mentiras.
6 Acerca do pecado 1. O pecado não existe;
2. É um estado de culpa, sentido na alma, mas que
não conduz a nenhum inferno.
7 Acerca dos mortos 1. Devemos adorá-los;
2. Eles comunicam-se connosco, se os prezarmos,
seremos por eles abençoados, e se os
desprezarmos nos amaldiçoarão;
8 Acerca da Criação e da origem da vida 1. Nunca houve criação, mas sim, evolução;
2. A vida vem da água;
3.
4. A vida vem do ar;
5. Houve uma grande explosão há milhares de anos
que gerou o universo, denominada o Bang Bang.
9 Acerca da morte 1. Não há ressurreição;
2. Há reencarnações;
3. Haverá um sono da alma, isto é, jamais se
recordará de absolutamente nada;

23
4. Há um purgatório, para a purificação das almas
perdidas;
5. Há um ceio de Abraão;
10 Acerca da vida de Jesus 1. Ele não virá;
2. Ele virá e casará;
3. Ele veio, porém de forma espiritual;

4.4. Breves Refutações


Nr Descrição Ensino Bíblico
1 Acerca de Deus 1. Deus existe - (Sl 90:2)
2. Existe trindade - (1 Jo 5:7,8/Mt 28:19)
3. Jesus é Deus - (Jo 1:1-11/ Cl 2:9/Fp 2:5-12)
4. Jesus é Criador (Jo 1:1), o Diabo criatura (Ez 28:13)
5. O Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade (At
5:3-5);
6. A trindade existe, e cada pessoa divina é igual a
outra em poder e majestade (Jo 5:18/10:30/14:16)
7. Deus é Espírito (Jo 4:23,24); não está em evolução,
pois sempre foi Deus (Sl 90:2);
2 Acerca das Sagradas Escrituras 1. A bíblia é a Palavra de Deus (2 Sm 22:31/Sl 12:6/Jr
1;12);
2. Foi escrita por inspiração divina, pelo que, é livro
Sagrado (1 Pe 2:20,21 );
3. É o manual da verdade que conduz a vida eterna
(Jo 5:39/7:38);
4. É um compêndio de verdades históricas, que
têm sido confirmadas por estudos arqueológicos
(Gn 8:4);
3 Sobre a Salvação 1. A salvação é pela fé (Ef 2:8,9), as obras são o fruto
da fé (Tg 2:18);
2. A salvação pode ser perdida, daí a advertência do
Mestre para que vigiemos (Mc 13:37);
3. A salvação é o remédio do pecado (Rm 6:23);
4. Há predestinação de atitudes, mas não de nomes
(1 Pe 2:9,10);
5. É fruto do amor de Deus (Jo 3:16);
6. Deus salvará aos pecadores que se renderem ante
seu Senhorio, arrependendo-se de seus maus
caminhos, o restante irão ao desprezo eterno (Dn
12:2).
4 Sobre o Céu e o inferno 1. Há céu (Ne 9:6), e há inferno (Sl 9:17/Mt 5:22);
2. O inferno fica em baixo (Pv 15:24/Lc 10:15/Am
9:2)e o céu está em cima (Dt 30:12/ Jó 22:12);
5 Acerca das manifestações miraculosas 1. Milagres existem, acontecem e têm acontecido (Hb
13:8);
2. São verdades sobrenaturais, operadas pela fé (Lc
1:37).
6 Acerca do pecado 1. O pecado existe (Rm 3:23);
2. É um estado de culpa, sentido na alma, que conduz
a morte tanto física assim como espiritual, e
consequentemente conduz ao inferno (Rm 6:23/Sl
9:17).
7 Acerca dos mortos 1. Não devemos adorá-los (Dt 18:10,11);
2. Eles não comunicam-se connosco, não podem
abençoar-nos, nem amaldiçoar-nos; (Lc 16:27,28)
8 Acerca da Criação e da origem da vida 1. Nunca houve evolução, mas sim, criação (Gn

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1:1-31);
2. A vida vem de Deus (Jo 14:6).
9 Acerca da morte 1. Não ressurreição (Dn 12:2);
2. Não há reencarnações (Hb 9:27);
3. Os mortos estão conscientes de seu estado, e
seus sentidos encontram-se activos (Lc 16:
19-31);
4. Não há um purgatório, e nem ceio de Abraão (Sl
73:25/Fp 1:21-24)
10 Acerca da vida de Jesus 1. Ele virá (Ap 22:13); terá um casamento simbólico
com a igreja, de carácter espiritual (Ap 19:7,9).

5. Introdução à Adoração

5.1.1. Conceito de Adoração


Entende-se por Adoração o acto de reverenciar, louvar, elogiar, venerar, prostrar-se

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perante um ser ou objecto, como forma de expressar predilecção, total entrega e
pleno reconhecimento de sua importância.

Na Sagradas Escrituras, ela toma várias interpretações no que tange a forma na


qual ela é ministrada, porém, o comum, é de que a verdadeira Adoração deve ser
dada ao Deus Verdadeiro, que subsiste no Pai, Filho e Espírito Santo, e a nenhum
outro deus, como consta na introdução do Decálogo, em seu primeiro mandamento,
<<Não terás outro deus diante de mim>> Êx 20:1-5.

Abraão sabendo que iria emular seu único filho, disse à seus servos <<...tendo
adorado, retornarei...>> (Gn 22:5). Nesta perspectiva a Adoração é vista como
obediência em sacrifícios.

5.2. Historial da Adoração


A Adoração teve início nos céus, como consta nos relatos de Ez 28 e Is 14, entre
outras passagens semelhantes, tendo como centro o próprio Deus, e ministrantes
os anjos, encabeçados por Lúcifer (o portador de Luz). Tendo Lúcifer pecado, foi
expulso dos céus. Deus inicia então a criação dos Seis dias, que termina com a
criação do ser Humano, a coroa da criação divina, e consequente implantação do
sistema de adoração na terra, no qual Deus continua sendo o centro, mas agora, o
Homem o ministrante, como consta no livros das origens Gn 3.8.

Após a queda do Homem, vieram dias de tenebrosidade na adoração, pois esta já


não era facilmente atingida, por causa da natureza pecaminosa que no Homem
habitara. Somente quando Enos, filho de Seth, filho de Adão, cresceu, dizem as
sagradas escrituras que a adoração retornou a terra - Gn 4:26.

Nas Gerações Seguintes, Deus sempre mostrou o seu desejo de organizar o


sistema de adoração na terra, uma dessas tentativas, foi sem dúvida a instituição
do sacerdócio Mosaico, do qual se diz <<envelheceu>>.

5.3. Elementos da Adoração

• Humildade - Tg 4:10
• Reverência - Ec 5:1,2

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• Conhecimento de Deus - Jo 4:22
• Entrega Total (através de actos, gestos e/ou palavras) - Dt 6:5
• Temor - Sl 5:7
• Verdade - Jo 4:24
• Amor - Mt 22:37-40

5.4. A Música e a Adoração


A música tem uma posição fulcral na Adoração, pois esta é direccionada à alma, e
possui capacidades de influenciar o comportamento Humano de uma forma muito
extraordinária, não é a toa que o maior livro da bíblia é o de Salmos, pois nele
centram-se as músicas e extractos poéticos de extremo valor, que foram expressas
por Homens que conheceram profundamente a Deus.

Através da música o ser Humano é capaz de expressar sentimentos tão profundos


que seriam totalmente impossíveis de expressar com palavras, pois nela há forte
influência de emoções em linguagem inteligente.

5.5. Fases da adoração


Resumidamente as fases adoração apresentam-se da seguinte forma:

1. Adoração nos Céus (antes da Criação do Cosmos físico)


2. Adoração na Dispensação do Éden ou da Inocência
3. Adoração na Dispensação da Consciência
4. Adoração na Dispensação do Governo Humano
5. Adoração na Dispensação dos patriarcas ou Patriarcal
6. Adoração na Dispensação da lei (Torah)
7. Adoração na Dispensação da Graça
8. Adoração na Dispensação do Milénio
9. Adoração após o Milénio (no novo céu e nova terra)

5.5.1. Adoração nos Céus (antes da Criação do Cosmos físico)


Esta é a fase de adoração nos céus, compreende ao período antes da criação do
primeiro e segundo céu. É uma das fases mais lindas, de perfeição e grandeza do
nosso Senhor e Criador, DEUS.

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Nesta fase, a adoração era feita por todos os anjos do céu inclusive Lúcifer, o actual
rebelde, numa harmonia extremamente espectacular. Miríades e/ou legiões de
anjos dedicados a reverenciar ao Senhor DEUS, no seu eterno Santuário (O principal
Santuário de DEUS).

5.5.1.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: 1


Reis 22:19, O Senhor é adorado assentado num trono eterno; Is 6:2-7, Os anjos
clamam Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus; Ap 4:8-11, não descansam e nem se
cansam, dando glórias e honras a Deus; Ap 5:9,12-14, cantam a Deus louvores; Ap
7:10-12, prostram-se diante de Deus.

5.5.2. Adoração na Dispensação do Éden ou da Inocência


A terra era nova, o ser Humano novo, e sua adoração exclusivamente nova. Tudo
estava no brilho da glória de Deus. Não havia o pecado na raça humana, e nem o
mal, embora Satanás existisse a sua influência era ainda insignificante.

5.5.2.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: O


Senhor descia à terra na viragem do dia (possivelmente ao entardecer), para
receber a adoração vinda de Adão e Eva Gn 3:8. Isto monstra claramente o Amor
Incondicional de Deus para com o ser Humano de uma forma inexplicável, e um
tanto quanto surpreendente.

5.5.3. Adoração na Dispensação da Consciência


A terra estava completamente frustrada por causa do pecado da raça Humana,
implicando assim de que o nível de adoração era muito péssimo, em relação ao que
se deveria oferecer à Deus. Porém isto não impediu o esforço de alguns Homens
em adorar a Deus, inclusive sob a própria influência dos pais Adão e Eva.

5.5.3.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: Gn


4:1, 25, nas palavras de Eva aquando do nascimento de Caím e de Sete; Gn 4:3-5,
nos sacrifícios de Caím e Abel, seu irmão; Gn 4:26, através de invocação por meio
de holocaustos.

5.5.4. Adoração na Dispensação Governo Humano


A adoração estava mais péssima do que a Dispensação passada, levando a terra ao

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dilúvio, por causa do nível de pecado que era praticado.

5.5.4.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos:


Raridade de homens fiéis sobre a terra, constância na adoração à ídolos.

5.5.5. Adoração na Dispensação Patriarcal


Era dos pais, Abraão, Isaaque e Jacó, princípio de organização da terra através da
grande promessa feita à Abraão ''farei de ti uma grande nação''.

5.5.5.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: Gn


12:7,8, 13:18, 22:5, 33:20 edificação de altares sob forma de sacrifício, com a
emulação de um animal sem mancha, como forma de adorar a Deus, comummente
chamado altar do holocausto.

5.5.6. Adoração na Dispensação da lei (Torah)


Este período é o de cumprimento das promessas feitas à Abraão de uma forma
parcial, isto é, excluindo as promessas mileniais. O modelo de culto nos céus
estava lentamente sendo canalizado à terra através de profetas como Moisés. Todo
sistema de culto fora revelado à Moisés de modo a que este transmitisse ao povo
de Israel, e por sua vez, aos gentios de todo o mundo a cerca da vontade de Deus.

5.5.6.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos:


sistema de culto baseado nas escrituras sagradas, o Torah ou Pentatêuco, no qual
o centro de tudo era o santuário de Deus (Tabernáculo ou templo) tido como a casa
de Deus sobre a face de toda a terra. Êx 20:1-21, 25:2-15,17-40, cap 26-30.

5.5.7. Adoração na Dispensação da Graça


Este é o período da salvação dos gentios, aguardando o início da última semana
que completa as 70 semanas de anos, profetizadas por Jeremias e confirmadas por
Daniel e João.

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5.5.7.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: Jo
4:23,24, adoração feita em espírito e em verdade, sem os rituais do Torah ou leis
cerimoniais, centrada na pessoa de Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo, O Senhor, o Salvador e Redentor, O Santo Messias, na comunhão
e poder do Espírito Santo At 4:32-37. O templo de Deus nessa dispensação é o
Corpo do Homem, centrado no seu espírito, e governando a alma 1 Co 6:19.

5.5.8. Adoração na Dispensação do Milénio


Adoração centrada em Cristo e localizada em Jerusalém proveniente dos céus,
junto com todos os salvos.

5.5.8.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos:


adoração dada ao Messias por Homens e anjos. Zc 14:4-9

5.5.9. Adoração após o Milénio - no novo céu e nova terra


Após o milénio haverá o julgamento final, a destruição da terra e a criação do novo
céu e nova terra.

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5.5.9.1. As principais marcas desse período, centram-se nos seguintes textos: A
adoração é feita por santos, a terra já não tem pecado e nem maldições. Deus
retornará a descer como no princípio antes da queda do Homem.

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