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Metalurgia

Parte 5
Tratamentos térmicos
Maurício de Oliveira

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TRATAMENTOS TÉRMICO E TERMOQUÍMICOS DOS AÇOS
Heat Treatment and Thermochemical Treatment

Tratamentos térmicos - Operação ou conjunto de operações no estado sólido


que compreendem aquecimento de uma peça em velocidade adequada,
manutenção em determinada temperatura por um tempo suficiente para que
ocorram as transformações e resfriamento controlado em um meio adequado,
de modo que adquira as propriedades desejadas.
São executados por alteração da velocidade de esfriamento e da temperatura
de aquecimento ou da temperatura a que são esfriados ou de ambos.

Tratamentos termoquímicos - Operação ou conjunto de operações no estado


sólido que compreendem aquecimento de uma peça em velocidade adequada,
manutenção em determinada temperatura e atmosfera por determinado tempo e
resfriamento controlado, realizados com a finalidade de conferir ao material
determinadas características superficiais.

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OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS:

- Remoção de tensões internas;


- Aumento ou diminuição da dureza;
- Aumento da resistência mecânica;
- Melhora da ductilidade;
- Melhora da usinabilidade;
- Melhora da resistência ao desgaste;
- Melhora da resistência à corrosão;
- Melhora da resistência ao calor;
- Melhora das propriedades elétricas e magnéticas.

O tratamento térmico está associado diretamente com o tipo de aço.

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PRINCIPAIS PROCESSOS
RECOZIMENTO (Annealing) (Amolecimento, Homogeinização, Recuperação)
- Recozimento Total ou Pleno
- Recozimento em Caixa
- Recozimento Subcrítico ou Intermediário
- Esferoidização
- Coalescimento (ductilidade máxima)
NORMALIZAÇÃO (Normalizing) (Resfriamento ao ar)
TÊMPERA (Quench) (Endurecimento pela formação de martensita)
REVENIDO (Temper) (Alívio de tensões e redução de dureza)
MARTÊMPERA (Martempering) (Evitar trincas e empenamento)
AUSTÊMPERA (Austempering) (Produção de estrutura bainítica)
RETIDA AUSTENITA RETIDA (Residual γ) (Tratamento de eliminação)
- Revenimento múltiplo
- Tratamento sub-zero
- Encruamento
TÊMPERA SUPERFICIAL (Modificação das condições superficiais)
SOLUBILIZAÇÃO (Solutioning) (Não ferrosos e aços inoxidáveis)
TERMOQUÍMICOS (Thermochemical)(Tratamentos superficiais: cementação, nitretação, carbonitretação,
boretação)

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PARÂMETROS DO TRATAMENTO
A escolha de um tratamento específico, dependerá das condições finais
desejadas ao material e a posterior aplicação, sob o compromisso do menor
custo de processamento.
TEMPERATURAS CRÍTICAS
Aços hipoeutetóides
A1 – Mínima temperatura para a existência do Fe γ
A3 – Máxima temperatura para a existência do Fe α

Aços hipereutetóides
ACM – Máxima temperatura para a existência do Fe3C

Para aços hipoeutetóides, pode-se estimar as temperaturas críticas (A1 e A3),


em função dos elementos de liga pelas equações:

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TEMPERATURAS CRÍTICAS DE ALGUNS AÇOS

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TEMPO DE TRATAMENTO

Cálculo aproximado do tempo mínimo de permanência na


temperatura de austenitização
t = 1,5 x espessura da peça em milímetros
Ex: espessura da peça = 1” (25,4 mm) t = 1,5 x 25,4 = 38,1 s

Temperatura de austenitização:
- aços hipoeutetóides: 50 °C acima da zona crítica.
- aços hipereutetóides: temperatura de tratamento dentro da
zona crítica, mesmo ainda existindo carbonetos (Fe3C) não
dissolvidos.

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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
Seja por exemplo um aço com 0,5 %C resfriado nas seguintes condições:
-resfriado lentamente: A austenita transforma-se em ferrita e perlita já que os
átomos de carbono nessas condições podem difundir pela austenita se agrupando e
combinando com o ferro na forma Fe3C. Os átomos de ferro podem, então, em um
rearranjo em nível atômico, passar de uma estrutura cúbica de face centrada para
uma estrutura cúbica de corpo centrado.

-resfriamento rápido: Não há tempo para a difusão do carbono e ele permanece em


solução.
Abaixo de 727 °C o ferro tentará passar da estrutura CFC para a estrutura CCC.
Nessa tentativa, o excesso de carbono fará com que ocorra uma distorção no
reticulado cristalino.
O excesso de carbono fará com que o ferro passe a apresentar uma estrutura
cristalina distorcida tetragonal de corpo centrado.
Essa transformação é adifusional e ocorre abaixo de aproximadamente 220 °C.

CÚBICA TETRAGONAL
ferrita martensita
CCC TCC

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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO

CÚBICA
ferrita
CCC

TETRAGONAL
martensita
TCC

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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
A martensita é extremamente dura e sua dureza depende do teor de carbono.
É, portanto, uma estrutura desejável para os aços usados em ferramentas e
maquinário do todos os tipos. Na micrografia possui aspecto acicular (agulhas).
Devido à deformação do reticulado cristalino, a transformação da austenita em
martensita ocorre com aumento de volume

Martensita aço hipoeutetóide Martensita aço hipereutetóide


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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
Com o reaquecimento da martensita teremos precipitação de carbonetos
e uma microestrutura de ferrita e cementita na forma de agulhas
escuras, com menor dureza que a martensita.

Martensita revenida
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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
-resfriamento moderado: Se resfriássemos rapidamente a austenita até
aproximadamente 300°C estaríamos acima da temperatu ra de transformação da
martensita e não haveria condições para a formação da estrutura perlítica uma
vez que a difusão do carbono a esta temperatura seria quase nula.
Na tentativa do ferro passar de CFC para CCC ocorre a nucleação de cristais de
ferrita com plaquetas descontínuas de cementita.

Bainita inferior Bainita superior


forma de agulhas lâminas de Feα com Fe3C nos CG
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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
-Bainita:

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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
Bainita superior
Forma-se no campo médio de transformação bainítica.
Característica principal da bainita superior é a presença de placas longas de ferrita,
paralelas a carbonetos alongados.
Somente são diferenciadas com precisão da Perlita Fina através de MEV, sendo
difícil por microscopia ótica na maioria das vezes.

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TRANSFORMAÇÕES DA AUSTENITA NO RESFRIAMENTO
Bainita Inferior:
Possui grande semelhança com a martensita.
Principal diferença está na presença de carbonetos, cuja forma e distribuição
depende muito do teor de carbono do aço.
Típico da Bainita Inferior : distribuição ordenada de “bastonetes” de carbonetos
que, se alinham com ângulos de 50º a 60º em relação ao eixo das agulhas de
bainita

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CURVAS TEMPERATURA-TEMPO-TRANSFORMAÇÃO -TTT

As curvas TTT estabelecem a temperatura e o tempo em que ocorre uma


determinada transformação.

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CURVAS TEMPERATURA-TEMPO-TRANSFORMAÇÃO -TTT
Curva TTT para um aço eutetóide
Os estágios da transformação martensítica são mostrados nas linhas
horizontais:
- Ms representa o início da transformação
- M50 e M90 representam 50% e 90% da transformação.

PERLITA GROSSA

PERLITA FINA

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CURVAS DE RESFRIAMENTO CONTÍNUO
A seguir algumas curvas de resfriamento contínuo, para um aço eutetóide,
e as respectivas microestruturas formadas para cada um dos casos.

Resfriamento X microestrutura

A (forno)= Perlita grossa

B (ar)= Perlita + fina (+ dura que a anterior)

C(ar soprado)= Perlita + fina que a anterior

D (óleo)= Perlita + martensita

E (água)= Martensita

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TAMANHO DE GRÃO AUSTENÍTICO
A austenita é geralmente o ponto de partida para as transformações posteriores
desejadas e geralmente o aquecimento é feito acima da linha crítica (início de
transformação da austenita).
Deve-se evitar tamanho de grão de austenita muito grande porque:
- Quanto maior o tamanho de grão mais para a direita deslocam-se as curvas TTT.
- Tamanho de grão grande dificulta a formação da perlita, já que a mesma inicia-se
no contorno de grão

Tamanho de grão austenítico grande:


- diminuem a tenacidade
- geram tensões residuais
- facilitam o empenamento
- aumentam o risco de fissuras
O tamanho de grão da austenita aumenta muito para temperatura de patamar muito
acima da zona crítica e com tempo de permanência muito longo nessa temperatura.
Tempo insuficiente não dissolverá totalmente os carbonetos.

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RECOZIMENTO

Podemos dividi-lo em quatro tipos:

-Recozimento total ou pleno

-Recozimento isotérmico ou cíclico

-Recozimento para alívio de tensões

-Recozimento para recristalização

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RECOZIMENTO PLENO

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RECOZIMENTO PLENO
Neste caso o resfriamento é lento, dentro do forno. Tem como objetivo obter
dureza e estrutura controlada.

Constituintes Estruturais resultantes:


Hipoeutetóide  ferrita + perlita grosseira
Eutetóide  perlita grosseira
Hipereutetóide cementita + perlita grosseira
Perlita fina Perlita grossa
A pelita grosseira é ideal para melhorar a usinabilidade dos aços baixo e médio carbono

Aço 1020 recozido 22


Aço 1090 recozido
RECOZIMENTO
Recozimento isotérmico ou cíclico
A peça é resfriada até uma determinada temperatura, onde permanence
até que todas as transformações ocorram

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RECOZIMENTO
Recozimento para alívio de tensões
Para aço carbono, aquecimento até 600-650°C (abaixo da zona crítica) e
resfriamento controlado para evitar distorções.
A temperatura de patamar varia em função dos elementos de liga.Tem
como objetivo a remoção de tensões internas originadas de processos
(tratamentos mecânicos, soldagem, corte). Não ocorre nenhuma
transformação.
Tempo de patamar
T (°C)

600 a
650

Taxa de Taxa de
aquecimento resfriamento

ºC/h ºC/h

t (tempo)

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RECOZIMENTO
Tabela ASME B-31.3 – Process Piping
Tratamento Térmico para Alívio de tensões após soldagem

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Recozimento para recristalização
ENCRUAMENTO - MICROESTRUTURA

Antes da deformação Após deformação

Se os metais deformados plasticamente forem submetidos ao um aquecimento


controlado, este aquecimento fará com que haja um rearranjo dos cristais
deformados plasticamente, diminuindo a dureza dos mesmos

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Recozimento para recristalização
MECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM MATERIAL ENCRUADO
ESTÁGIOS:
Recuperação
Há um alívio das tensões internas armazenadas. Há
uma redução do número de discordâncias e um
rearranjo das mesmas.
Recristalização
Forma-se um novo conjunto de grãos equiaxiais.
Crescimento de grão
Depois da recristalização se o material permanecer
por mais tempo em temperaturas elevadas o grão
continuará à crescer

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Recristalização do Latão

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Recozimento para recristalização
A temperatura de recristalização é dependente do tempo.

A temperatura de recristalização está entre 1/3 e ½ da temperatura de fusão

Chumbo - 4°C
Estanho - 4°C
Zinco 10°C
Alumínio de alta pureza 80°C
Cobre de alta pureza 120°C
Latão 60-40 475°C
Níquel 370°C
Ferro 450°C
Tungstênio 1200°C
A temperatura de recristalização caracteriza-se por ser a temperatura na qual é
necessária 1 hora para que o processo de recristalização se inicie e termine em
um metal ou liga.
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RECOZIMENTO
Recozimento para recristalização
Tratamento térmico, através do qual o material recristaliza-se, resultando uma
estrutura com novos grãos, o tamanho de grão dessa estrutura pode ser maior
ou menor que o original em função do ciclo térmico e do grau de encruamento.

Aço AISI 430 encruado Aço AISI 430 recozido a Aço AISI 430 recozido a
após laminação a frio 800 °C por 15 min 900 °C por 15 min
mostrando nucleação de mostrando textura
novos grãos totalmente recristalizada

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ESFEROIDIZAÇÃO OU COALESCIMENTO
– Tem por objetivo a produção de uma estrutura globular ou esferoidal de carbonetos no
aço. Melhora a usinabilidade, especialmente dos aços alto carbono e facilita a deformação
a frio.
Pode ser conseguida de três maneiras:
-Aquecimento a uma temperatura logo acima da linha inferior de transformação, seguido
de resfriamento lento;
-Aquecimento por tempo prolongado a uma temperatura logo abaixo da linha inferior da
zona crítica;
- Aquecimento e resfriamentos alternados entre temperaturas que estão logo acima e logo
abaixo da linha inferior de transformação.

T (°C)

A1

t (tempo)
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ESFEROIDIZAÇÃO OU COALESCIMENTO

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ESFEROIDIZAÇÃO OU COALESCIMENTO

Micrografia de aço carbono coalescido


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NORMALIZAÇÃO
Tem como objetivos refinar o grão e melhorar a uniformidade da
microestrutra.
A temperatura de austenitização, para aços hipoeutetóides e
hipereutetóides é feita acima da zona crítica porque não há formação de
um invólucro de carbonetos frágeis devido a velocidade de resfriamento
ser maior.
O resfriamento é feito ao ar (calmo ou forçado)
Têm como constituintes estruturais resultantes:
Hipoeutetóide - ferrita + perlita fina
Eutetóide - perlita fina
Hipereutetóide - cementita + perlita fina
Dependendo do aço pode-se obter bainita
Em relação ao recozimento a microestrutura é mais fina, apresenta
menor quantidade e melhor distribuição de carbonetos

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NORMALIZAÇÃO

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NORMALIZAÇÃO

Aço ABNT 1010 normalizado Aço ABNT 1040 normalizado

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EXERCÍCIOS DA APOSTILA
Responda V se verdadeiro ou F se falso
71. ( F ) Um tratamento térmico é feito em duas fases distintas: aquecimento e
resfriamento.
72. ( V ) Como fatores que influenciam no tratamento térmico temos a temperatura, o
tempo, a velocidade de resfriamento e a atmosfera do forno.
73. ( F ) Grãos muito pequenos de austenita diminuem a tenacidade, geram tensões
residuais, facilitam o empenamento e aumentam o risco de fissuras.
74. ( F ) Em um tratamento térmico de um aço carbono hipoeutetóide é
recomendável aquecer a temperaturas cerca de 200 °C acima da zona
crítica durante um longo período de tempo para obter-se grãos de austenita
de maior dimensão.
75. ( V ) Em um tratamento térmico, a velocidade de resfriamento e a composição
química do aço são os mais importantes fatores que determinarão a
microestrutura.
76. ( V ) A austenita poderá sofrer diferentes transformações, em função da
velocidade de seu resfriamento.
77. ( F ) A martensita se forma para altas taxas de resfriamento do aço,
independentemente de seu teor de carbono.
78. ( V ) A martensita é formada quando da tentativa da austenita (cfc) se
transformar em ferrita (ccc) a temperaturas bem abaixo de 727°C.
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EXERCÍCIOS DA APOSTILA
106) A bainita é um dos microconstituintes da transformação austenítica e tem a característica de
(A) apresentar as fases de ferrita e cementita formadas por processo difusivo.
(B) apresentar as fases de ferrita e perlita em estrutura colunar dentrítica no processo de fundição.
(C) ser formada a partir da união da ferrita e perlita em uma única fase.
(D) ser formada por ferrita e cementita por processo não difusivo, como a martensita.
(E) ser composta de uma matriz de austenita e agulhas alongadas de cementita.

111) Analise três imagens de um aço ABNT 1028 obtidas através de micrografia, apresentadas a
seguir. A sequência de amostras que indica, respectivamente, o material em seu estado
obtido após o lingotamento, após um tratamento térmico de normalização e após um
tratamento térmico de coalescimento é:

(A) I, II e III.
(B) I, III e II.
(C) II, I e III.
(D) II, III e I.
(E) III, I e II.
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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

115) Analise as imagens de três amostras de aços tratadas termicamente, obtidas por
meio de micrografia.
Considerando um aço ABNT 1020 recozido, um aço ABNT 1045 temperado e um aço
ABNT 1045 normalizado, nessa ordem, a sequência que corresponde às
amostras é, respectivamente,

(A) I, II e III.
(B) I, III e II.
(C) II, I e III.
(D) II, III e I.
(E) III, I e II.

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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

120) Para efetuar-se uma têmpera em um aço ABNT 1020, deve-se utilizar como meio
de resfriamento
(A) água.
(B) a água e óleo.
(C) ar.
(D) sais fundidos.
(E) nenhum elemento, uma vez que o aço ABNT 1020 não endurece por têmpera.

126) A estrutura cristalina dos metais pode ser modificada por um processo
denominado recristalização. Nesse contexto, afirma- se que a(s)
(A) recristalização ocorre mais lentamente em metais puros do que em ligas.
(B) recristalização é o processo de formação de um novo conjunto de grãos, livres de
deformação e com alta densidade de discordâncias.
(C) temperatura de recristalização é definida como a temperatura na qual a
recristalização atinge a metade de sua transformação em exatamente 1 hora.
(D) temperatura de recristalização depende da quantidade de trabalho a frio à qual o
material foi submetido anteriormente.
(E) operações de deformação plástica a quente são realizadas a temperaturas
ligeiramente abaixo da temperatura de recristalização.

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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

124) A figura abaixo apresenta esquematicamente o diagrama de transformação


isotérmica para um aço-carbono comum com 0,76% C, no qual o trajeto
tempo-temperatura para um tratamento térmico está indicado.
A microestrutura final de uma pequena amostra submetida a esse tratamento será
composta por

(A) 100% de bainita.


(B) 100% de perlita fina.
(C) 100% de perlita grosseira.
(D) 100% de martensita.
(E) 50% de perlita fina e 50% de bainita.
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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

127) A figura abaixo apresenta simplificadamente o


diagrama de transformação por resfriamento
contínuo para um aço--carbono comum com 0,76%
C. Nesse diagrama, estão indicadas, em tracejado,
duas curvas de resfriamento contínuo, as curvas I
e II. A curva I corresponde a uma taxa de
resfriamento de 140 °C/s, e a curva II corresponde
a uma taxa de resfriamento de 35 °C/s.

Considere duas pequenas amostras de material,


cada uma dessas submetida a um tratamento
térmico distinto. A microestrutura final de cada
pequena amostra de material será composta
exclusivamente por martensita para taxas de
resfriamento maiores que a da curva
(A) I e composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento menores que a da curva I.
(B) I e composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento menores que a da curva II.
(C) I e composta exclusivamente por bainita para taxas de resfriamento menores que a da curva II.
(D) II e composta exclusivamente por perlita para taxas de resfriamento menores que a da curva II.
(E) II e composta exclusivamente por bainita para taxas de resfriamento menores que a da curva II.

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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

132) Alguns dos objetivos do tratamento térmico de recozimento são proporcionar o


alívio de tensões, a redução da resistência mecânica e o aumento da tenacidade,
promovidos pelas mudanças induzidas ao material. Os processos de recozimento
consistem em uma sequência de etapas descritas nos itens a seguir.
1 - Aquecimento até a temperatura desejada.
2 - Manutenção ou encharque na temperatura.
3 - Aquecimento até a temperatura crítica.
4 - Resfriamento geralmente até a temperatura ambiente.
A sequência correta de etapas realizada nos processos de recozimento é

(A) 1, 2 e 4.
(B) 1, 3 e 4.
(C) 1, 4 e 2.
(D) 3, 2 e 4.
(E) 1, 2, 3 e 4.

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EXERCÍCIOS DA APOSTILA

135) Ao estudar o processo de transformação martensítica, um engenheiro concluiu


que essa transformação

(A) ocorre exclusivamente nas ligas de ferro-carbono e é caracterizada, em parte, pela


transformação com ausência de difusão.

(B) ocorre quando a velocidade de resfriamento é alta o suficiente, de modo que os


átomos de carbono permanecem como impurezas substitucionais na martensita.

(C) ocorre de maneira que a austenita CFC experimenta uma transformação


polimórfica em uma martensita tetragonal de corpo centrado (TCC).

(D) produz uma estrutura cristalina cuja célula unitária consiste em um cubo de face
centrada, que foi alongado em uma de suas dimensões.

(E) produz uma solução sólida substitucional com átomos de carbono, capaz de se
transformar rapidamente em outras estruturas, quando esses átomos são
aquecidos.

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