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Testes de Hipóteses

Aula de Exercícios

Sandro Bruno do Nascimento Lopes

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

26 de agosto de 2015

Sandro Bruno (UFRN) Testes de Hipóteses 26 de agosto de 2015 1 / 24


Sumário

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

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Sumario

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

Sandro Bruno (UFRN) Testes de Hipóteses 26 de agosto de 2015 3 / 24


Exercício 1

(retirado de “Applied Statistics and Probability for Engineers”; sexta edição;


Douglas C. Montgomery e George C. Runger; página 350; exercício 9-45).

O tempo de vida de um determinada marca de baterias é conhecido como sendo


normalmente distribuído com desvio padrão σ = 1, 25 horas. Uma amostra
aleatória com 10 baterias teve uma vida média de x = 40, 5 horas.
1 Existe evidência para apoiar a alegação de que a vida da bateria é superior a
40 horas? Use α = 0, 05;
2 Qual é o p-valor para o teste?

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Exercício 1

Primeira questão:
O teste consiste em verificar se o tempo médio de vida de uma bateria é
superior a 40 horas. Então, as hipóteses para o teste são:
H0 : µ = 40;
H1 : µ > 40;
De forma que o teste é unicaudal superior.
A abordagem utilizada será de valor crítico, com nível de significância dado
por α = 0, 05;
A amostra utilizada para o teste tem n = 10 espécimes;
Como é informado que o desvio-padrão populacional σ = 1, 25 horas, então o
teste a ser realizado é o teste Z (válido porque a população é dita
normalmente distribuída);
Como o teste é de cauda superior, o valor crítico do teste é
z1−α = z1−0,5 = z0,95 ≈ 1, 645;

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Exercício 1

A região de rejeição será [1, 645, ∞)


A amostra , com n = 10 baterias, resultou em uma quantidade média de
expansão de x n = 40, 5 horas. Então a estatística de teste é:
xn − µ 40, 5 − 40 0, 5
z= σ = ≈ ≈ 1, 2649
√ 1, 25 0, 3953

n 10
Visto que a estatística de teste não caiu na região de rejeição do teste
(z = 1, 2649 <= 1, 645), não é possível rejeitar a hipótese nula, concluindo
que não existe evidência suficiente para afirmar que o tempo de vida médio
das baterias é maior que 40 horas.

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Exercício 1

Segunda questão:
Como definido, o teste é dado por:
H0 : µ = 40;
H1 : µ > 40;
De forma que o teste é unicaudal superior.
Logo, o p-valor é dado por p-valor = 1 − Φ(z), onde z é a estatística de teste;
A estatística de teste calculada foi z ≈ 1, 2649 ≈ 1, 26. Logo o p-valor será:

p-valor = 1 − Φ(z) = 1 − Φ(1, 26) = 1 − 0, 8962 = 0, 1038

Portanto, o p-valor associado ao teste é 0, 1038.

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Sumario

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

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Exercício 2

(retirado de “Probabilidade e Estatística para Engenharia e Ciências”; sexta


edição; Jay L. Devore; página 295; exercício 27).

O teste de impacto Charpy de entalhe em V é a base para estudar muitos critérios


de dureza do material. Este teste foi aplicado em 41 espécimes de uma liga
específica a 110F . A quantidade média amostral de expansão transverso lateral foi
calculada como sendo 73, 1 mils, e o desvio padrão da amostra foi 5, 9 mils. Para
ser adequado para uma aplicação específica,a quantidade média de expansão deve
ser menor que 75 mils. A liga não será usada, a menos que a amostra forneça
forte evidência de que esse critério foi satisfeito. Teste as hipóteses relevantes,
usando α = 0, 01, para decidir se a liga é adequada.

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Exercício 2

O teste consiste em verificar se a quantidade média de expansão é menos que


75 mils. Considerando que a expansão “real” pode tanto ser igual ou maior
que 75 mils, então as hipóteses para o teste são:
H0 : µ = 75;
H1 : µ < 75;
De forma que o teste é unicaudal inferior.
A abordagem utilizada será de valor crítico, com nível de significância dado
por α = 0, 01;
A amostra utilizada para o teste tem n = 41 espécimes;
Como é informado que s = 5, 9 mils, então o teste a ser realizado é o teste T
(garantido pelo fato da amostra ser composta por um número muito grande
de elementos);
Para o teste T, o grau de liberdade em questão é n − 1 = 41;

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Exercício 2

Como o teste de cauda inferior, o valor crítico do teste é


−tα,n−1 = −t0,01,40 = −2, 423;
A região de rejeição será (−∞; −2, 423]
A amostra , com n = 41 espécimes, resultou em uma quantidade média de
expansão de x n = 73, 1 mils. Então a estatística de teste é:
xn − µ 73, 1 − 75 −1, 9
t= s = ≈ ≈ −2, 062
√ 5, 9 0, 9214

n 41
Visto que a estatística de teste não caiu na região de rejeição do teste
(−2, 423 < t = −2, 062), não é possível rejeitar a hipótese nula, concluindo
que não existe evidência suficiente de que a quantidade média de expansão é
menor que 75 mils.

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Sumario

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

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Exercício 3

(retirado de “Statistics for Managers”; David M. Levine, David F. Stephan,


Timothy C. Krehbiel e Mark L. Berenson; página 351; exercício 9.57).

Um fabricante de doces de chocolate usa máquinas para embalar doces enquanto


eles se movem ao longo de uma linha de enchimento. Embora os pacotes sejam
rotulados como 8 onças, a empresa quer que os pacotes contenham 8, 17 onças,
de modo que praticamente nenhum dos pacotes contenha menos de 8 onças. Uma
amostra de 50 pacotes é selecionado periodicamente, e o processo de embalagem
é parado se existe evidência de que a quantidade média embalado é diferente de
8, 17 onças. Suponha que em uma determinada amostra de 50 pacotes, a
quantidade média tenha sido de 8, 159 onças, com um desvio padrão da amostra
de 0, 051 onças.
1 Existe evidência de que a quantidade média de doces é diferente de 8, 17
onças? (Utilize um nível de significância de 0, 05.)
2 Determine o p-valor.

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Exercício 3

Primeira questão:
O teste consiste em verificar se a quantidade média de doces é diferente de
8, 17 onças. Então, as hipóteses para o teste são:
H0 : µ = 8, 17;
H1 : µ 6= 8, 17;
De forma que o teste é bicaudal.
A abordagem utilizada será de valor crítico, com nível de significância dado
por α = 0, 05;
A amostra utilizada para o teste tem n = 50 espécimes;
Como é informado que o desvio-padrão amostral é s = 0, 051 onças, então o
teste a ser realizado é o teste T (confirmado pelo fato da amostra ser
composta por um número elevado de elementos);
Para o teste T, o grau de liberdade em questão é n − 1 = 50 − 1 = 49
Como se trata de um teste bicaudal, os valores críticos do teste são
(−t α2 ,n−1 ; t α2 ,n−1 ) = (−t0,025,49 ; t0,025,49 ) ≈ (−2, 009; 2, 009);

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Exercício 3

A região de rejeição será (−∞; −2, 009] ∪ [2, 009, ∞);


A amostra , com n = 50 doces, resultou em uma quantidade média de
x n = 8, 159 onças. Então a estatística de teste é:
x −µ 8, 159 − 8, 17 −0, 011
t= s = ≈ ≈ −1, 5278
√ 0, 051 0, 0072

n 50
Visto que a estatística de teste não caiu na região de rejeição do teste
(−2, 009 < t = −1, 5278), não é possível rejeitar a hipótese nula, concluindo
que não existe evidência suficiente de que a quantidade média de doces é
diferente de 8, 17 onças.

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Exercício 3

Segunda questão:
Como definido, o teste é dado por:
H0 : µ = 8, 17;
H1 : µ 6= 8, 17;
De forma que o teste é bicaudal.
Logo, o p-valor é dado por p-valor = 2 ∗ P(Tn−1 ≥ |t|), onde t é a estatística
de teste;
A estatística de teste calculada foi t ≈ −1, 5278. Logo o p-valor será
(aproximadamente):

p-valor = 2 ∗ P(Tn−1 ≥ |t|) = 2 ∗ P(T50−1 ≥ | − 1, 5278|)


= 2 ∗ P(T49 ≥ 1, 5278) ≈ 2 ∗ 0, 05 = 0, 1

Portanto, o p-valor associado ao teste é 0, 1.

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Sumario

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

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Exercício 4

(retirado de “Probability & Statistics for Engineers & Scientists”; nona edição;
Ronald E. Walpole, Raymond H. Myers, Sharon L. Myers e Keying Ye; página
362; exemplo 10.10).

Um medicamento geralmente receitado para aliviar a tensão nervosa acredita-se


ser apenas 60% eficaz. Resultados experimentais com um novo medicamento
administrado a uma amostra aleatória de 100 adultos que sofriam de tensão
nervosa mostraram que 70 adultos receberam alívio. Esta informação é suficientes
para concluir que a nova droga é superior a comumente prescrita? Use um nível
de significância de 0, 05.

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Exercício 4

Objetiva-se verificar se a nova droga é mais eficiente que a comumente


utilizada. Para que isto seja verdade, a nova droga deve ser eficaz em mais
de 60% das pessoas administradas. Como isto, o teste de hipótese é definido
como:
H0 : p = 0, 6;
H1 : p > 0, 6;
De forma que o teste é unicaudal superior;
Será utilizado a abordagem por valor crítico, com nível de significância dado
por α = 0, 01;
Foi tomado para o teste uma amostra com n = 100 pessoas adultas;
Como é informado que 70 dos adultos medicado sentiram alívio, de forma
70
que a proporção amostral é p̂ = = 0, 7;
100
Para assumir o uso do teste Z, é preciso verificar se os valores de np e
n(1 − p) são maiores do que 5:
np = 100 ∗ 0, 6 = 60 ≥ 5;
n(1 − p) = 100 ∗ (1 − 0, 6) = 100 ∗ 0, 4 = 40 ≥ 5

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Exercício 4

Como se trata de um teste unicaudal superior, o valor crítico do teste é


z1−α ; z1−0,05 = z0,95 ≈ 1, 645;
A região de rejeição será [1, 645, ∞);
A estatística de teste é dada por:
p̂ − p 0, 7 − 0, 6 0, 1
z=r =r ≈ ≈ 2, 0408
p(1 − p) 0, 6(1 − 0, 6) 0, 049
n 100
Visto que a estatística de teste caiu na região de rejeição do teste
(2, 0408 ≥ 1, 645), conclui-se que há evidência suficiente de que a eficácia da
nova droga é maior do que 0, 6 e que, portanto, ela é mais eficiente.

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Sumario

1 Exercício 1

2 Exercício 2

3 Exercício 3

4 Exercício 4

5 Exercício 5

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Exercício 5

(retirado de “Probabilidade e Estatística para Engenharia e Ciências”; sexta


edição; Jay L. Devore; página 300; exercício 39).

O artigo “Statistical Evidence of Discrimination” (J. Amer. Stat. Assoc., 1982, p.


773-783 ) discute o caso do processo jurídico Swain versus Alabama, no qual foi
alegado haver discriminação contra negros na seleção de jurados. Os dados do
censo sugeriram que 25% das pessoas elegíveis para jurados eram negras, ainda
que uma amostra aleatória de 1050 chamadas para servirem a um possível trabalho
havia apenas 177 negros. Usando um teste com nível de significância de 0, 01,
estes dados estão fortemente de acordo para uma conclusão de discriminação?

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Exercício 5

Segunda questão:
Objetiva-se verificar se menos de 25% de jurados eram negros. Considerando
que a proporção real (obtida por dados de censo) é igual a 25%, então:
H0 : p = 0, 25;
H1 : p < 0, 25;
De forma que o teste é unicaudal inferior;
Será utilizado a abordagem por p-valor, com nível de significância dado por
α = 0, 01;
Foi tomado para o teste uma amostra com n = 1050 chamadas;
Como é informado que apenas 177 das chamadas eram para negros, então a
177
proporção amostral é p̂ = = 0, 1685;
1050
Para assumir o uso do teste Z, é preciso verificar se os valores de np e
n(1 − p) são maiores do que 5:
np = 1050 ∗ 0, 25 = 262, 5 ≥ 5;
n(1 − p) = 1050 ∗ (1 − 0, 25) = 1050 ∗ 0, 75 = 787, 5 ≥ 5

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Exercício 5

A estatística de teste é dada por:


p̂ − p 0, 1685 − 0, 25 −0, 0815
z=r =r = = −6, 082
p(1 − p) 0, 25(1 − 0, 25) 0, 0134
n 1050
Como se trata de um teste unicaudal inferior, o p-valor será dado por:

p-valor = Φ(−6, 082) = 0

Visto que o p-valor é menor que o nível de significância (0 ≥ 0, 01), é possível


rejeitar a hipótese nula, concluindo que evidência suficiente de que a
proporção de chamadas de jurados é menor que 25% e, portanto, estes dados
estão fortemente de acordo com a suspeita de discriminação.

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