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GENSLER
Introdução à
LÓGICA
PAULUS
S U M Á R IO
5 P R E F Á C IO
7 1. IN T R O D U Ç Ã O
7 1.1 Lógica
8 1.2 Argum entos válidos
10 1.3 Argum entos corretos
13 1.4 O plano deste livro
14 2. L Ó G IC A SILO G ÍSTICA
14 2.1 Traduções mais fáceis
16 2.2 O teste da estrela
21 2.3 Argum entos em português
26 2.4 Traduções mais difíceis
29 2.5 Derivando conclusões
33 2.6 Diagramas de Venn
38 2.7 Argum entos idiomáticos
42 2.8 A visão aristotélica
45 3. S IG N IF IC A D O E D E F IN IÇ Ã O
45 3.1 Usos de linguagem
47 3.2 Definições léxicas
54 3.3 Definições estipulativas
56 3.4 Explicando significado
61 3.5 Fazendo distinções
63 3.6 Analítico e sintético
65 3.7 A priori e a posteriori
70 4. FALÁCIAS E A R G U M E N T A Ç Ã O
70 4.1 Bons argumentos
75 4.2 Falácias informais
88 4.3 Inconsistência
93 4.4 C onstruindo argumentos
97 4.5 Analisando argumentos
Introdução à lógica
101 5. R A C IO C ÍN IO IN D U T IV O
101 5.1 O silogismo estatístico
104 5.2 Cálculos de probabilidade
110 5.3 Questões filosóficas
116 5.4 Raciocinando a partir de amostras
120 5.5 Raciocínio analógico
122 5.6 Analogia e outras mentes
124 5.7 M étodos de Mill
130 5.8 Leis científicas
138 5.9 Raciocínio para a m elhor explicação
140 5.10 Problemas com indução
147 6. L Ó G IC A P R O P O S IC IO N A L BÁSICA
147 6.1 Traduções mais fáceis
151 6.2 Tabelas de verdade simples
154 6.3 Avaliações de verdade
156 6.4 Avaliações com valores desconhecidos
157 6.5 Tabelas de verdade complexas
159 6.6 O teste da tabela de verdade
163 6.7 O teste de atribuição de verdade
170 6.8 Traduções mais difíceis
172 6.9 Argum entos idiomáticos
176 6.10 Regras-S
179 6.11 Regras-I
183 6.12 M isturando regras-S e regras-I
184 6.13 Inferências estendidas
185 6.14 Lógica e com putadores
186 7. PROVAS P R O P O S IC IO N A IS
186 7.1 Provas mais fáceis
194 7.2 Refutações mais fáceis
203 7.3 Provas mais difíceis
212 7.4 Refutações mais difíceis
217 7.5 O utros m étodos de prova
221 8. L Ó G IC A Q U A N T IF IC A C IO N A L BÁSICA
221 8.1 Traduções mais fáceis
227 8.2 Provas mais fáceis
233 8.3 Refutações mais fáceis
238 8.4 Traduções mais difíceis
241 8.5 Provas mais difíceis
248 9. R ELA Ç Õ ES E ID E N T ID A D E
248 9.1 Traduções de identidade
251 9.2 Provas de identidade
256 9.3 Relações fáceis
_
Sumário
Tradução da edição de lingua inglesa autorizada pela Routledge Inc., selo cditoruil
de Taylor & Francis Group LLC.
Todos os direitos reservados.
Genslcr, Harry J.
Introdução à lógica / Harry J. Gensler; [tradução Christian Marcel de Amorim
Perret Gentil Dit Maillard]. — São Paulo: Paulus, 2016. — Coleção Lógica.
ISBN 978-85-349-4083-2
14-11850 CDD-160
1* ed ição , 2016
Noid di» rcvitoi técnicos o material «<> (|ii.il o autor st* refere encontra-no no original
(em ingle*»*),
( npítulu I
INTRODUÇÃO
1.1 Lógica
Lógica' â a análise e avaliado dc argumentem. (guando fazemos
lógica, tentamos esclarecer raciocínio e separar bom raciocínio de mau
raciocínio. No decorrer da leitura deste livro, você examinará racio
cínios em diversos tópicos, ambos filosóficos (como livre arbítrio e
determinismo, a existência de Deus, e a nature/,a da moralidade) e não
filosóficos (como passeio de mochila, poluirão da água, futebol, decisões
da Suprema Corte, e a Bíblia). Você terá a oportunidade de ver o lógica
não como um jogo irrelevante com símbolos engraçados, mas como
uma ferramenta útil para esclarecer c avaliar nosso raciocínio - tanto
em questões profundas sobre a vida quanto cm tópicos do dia a dia.
', D Por quo estudar lógica? F.u posso pensar em três razões principais.
JiVimeiro, a lógica ò importante porque raciocinar è importantejFnquan-
ro você raciocina sobre coisas durante u»da a sua vida, esta pode ser a
primeira vez que você tenta compreender o próprio ato dc raciocinar e
se tornar melhor nisso. Raciocínio c habilidades analíticas em geral são
importantes em direito, política, jornalismo, educação, medicina, negó
cios, ciência, matemática, ciência da computação, e muitas outras áreas.
Lite livro está repleto de exercícios; veja esses exercício» designation a
ajudá-lo a pensar mais claramente (para que a» pessoa» possam compre
ender melhor o que você está dizendo) e logicamente (para que você
fundamente melhor suas conclusões).
Segundo, a lógica pode aprofundar sua compreensão sobre filosofia,
' lerm o* lin p o ru m r* (atino " lit y iiti" ) *4n inirodu/l«ln» rm iir ^ ilio A p r r iu b Ml< t#nno*
C Ncjit tM |M r (Ic (M l lirTM i l r l i n i ^ . t o .
8 Introdução à lógica
1.2 A rg u m en to s válidos
Se você perder a hora, você se atrasará. Se vocc perder a hora , você se atrasará.
Você não está atrasado. Você não perdeu a hora.
Portanto; Portanto:
pode estar atrasado por outras razões; taivez seu carro não tenha dado
partida. A maioria dos alunos, uma vez que eles apreendem este ponto,
verão que (b) está errado.3
Intuições lógicas não treinadas são frequentem ente não confiáveis.
As intuições lógicas podem ser desenvolvidas; as suas também se de
senvolverão enquanto você trabalha este livro. Você também aprenderá
técnicas especiais para testar argumentos.4
Um argum ento, no sentido utilizado em lógica, é um conjunto de
enunciados que consistem em premissas e uma conclusão. As premissas
são enunciados que fornecem evidência de sustentação; a conclusão é
o que é alegadamente sustentado por esses enunciados. Argumentos
colocam em palavras um possível ato de raciocínio. Eis um exemplo:
5 Estes dois argumentos foram retirados do livro texto de lógica para o quinto ano de
kl I Matthew Lipman: Harry Stottlemeier's Discovery (Caldwell, NJ: Universal Diversified
jServices, 1974).
4Muitos psicólogos acreditam que nós temos dois sistemas para delinear conclusões. Nosso
sistema intuitivo repousa cm sentimentos e trabalha muito rapidamente. Nosso sistema racionai
usa regras e trabalha de uma maneira mais lenta, passo a passo. Nenhum dos dois está sempre
correto. Um curso de lógica deveria desenvolver ambos os sistemas.
. . 10 Introdução à lógica
1.3 A rg u m e n to s co rreto s
5 Essas premissas são as próprias palavras de Michelle Obama. Mas com frequência neste
livro, quando eu digo que um argumento é proveniente de determinado pensador, utilizo
meu próprio frasear.
12 Introdução à lógica
Uma vez que ela argumenta desta maneira, não podem os sim ples
mente dizer “ Bom, minha opinião é que o efeito Bradley ocorrerá”.
Ao invés, temos que responder a ela raciocinando. O argum ento é
claramente válido - a conclusão segue a partir das premissas. São todas
as premissas verdadeiras? A primeira é irrefutável. Para disputar com a
segunda premissa, teríamos que argumentar que o efeito Bradley ocor
reria nas últimas eleições, mas não nas previas; mas não c claro como
alguém poderia defender isto. Então um argumento como esse muda
a natureza da discussão. (Aliás, um mês mais tarde, nas eleições gerais,
não ocorreu efeito Bradley.)
jA lógica, enquanto ela mesma não resolve questões substanciais,
[Tios fornece ferramentas intelectuais para melhor raciocinar sobre esses
jissuntos^Ela pode nos ajudar a cstarYnais conscientes do ato de racioci
nar, a expressar raciocínio mais claramentc, a determ inar se a conclusão
segue a partir das premissas, c a focar em premissas-chavc para defender
ou criticar.
Tenho duas observações sobre term inologia. Vamos dizer que
enunciados são verdadeiros ou falsos (não válidos ou inválidos). E va
mos dizer que argumentos são válidos ou inválidos (não verdadeiros ou
falsos). Mesmo que isso seja de uso convencional, dói as orelhas de um
lógico ouvir “enunciado inválido” ou “argumento falso”.
Até então vimos argumentos dedutivos, onde a conclusão é decla
rada seguir necessariamente. Há também argumentos indutivos, onde a
conclusão é declarada seguir somente com probabilidade; esta declaração
é ou implícita ou expressa por termos como “provavelmente”. Considere
estes exemplos:
L Ó G IC A S IL O G ÍS T IC A
todo A é B algum A é B xé A xé y
' Nós tomaremos letras maiúsculas c minúsculas (como A e a) como sendo letras diferentes,
c letras com linhas (como A’ c A”) como letras adicionais.
Lógica silogfstlca 15
Você deve usar exatamente uma dessas formas (mas talvez usar
outras letras maiúsculas para “ A ” e “B ”, e outras letras minúsculas para
“x” e “y ”). Aqui estão exemplos dc fbfs (fórmulas corretas) e não fbfs
(fórmulas mal formadas):
fbfs -
não-fbfs —
Fbfs que começam com uma palavra Fbfs que começam com uma le
(não uma letra) usam duas letras mai tra (não uma palavra) começam
úsculas: com uma letra minúscula:
algum C c D géC
Se uma fbf começa com uma letra minúscula, então a segunda letra
pode ser tanto maiúscula ou minúscula; portanto, “a é B” e “a é b ” são
ambas fbfs. Neste caso, nós temos que verificar o significado do termo:
Utilize letras maiúsculas para termos Utilize letras minúsculas para termos
gerais (termos que descrevem ou in- singulares (termos que indicam uma
troduzem uma categoria): pessoa ou coisa especifica):
Utilize letras maiúsculas para “um Utilize letras minúsculas para “o tal e
tal e tal," adjetivos e verbos. tal,” “este tal e tal” e nomes próprios.
o u tra letra maiúscula. Para m anter as idéias claras, utilize letras que
o lem brem dos term os em português.
Toda fbf silogística possui o verbo “é”. Sentenças cm português
com diferentes verbos devem ser reescritas para fazer com que o verbo
“é” seja o verbo principal, e então serem traduzidas. Então “Todo cão
ladra” é “todo C é L” (“Todo cão é ladrador”); e “Al dirigiu o carro” é
“a é D ” (Al é uma pessoa que dirigiu o carron).
Uma vez que você sabe quais termos estão distribuídos, você está
pronto para aprender o teste da estrela para validade. O teste da estrela
é um estratagema rápido e efetivo; por hora, é melhor somente aprender
o teste e não se preocupar em por que ele funciona.
O teste da estrela para silogismos é o seguinte:
2 Seção 16.2 menciona o significado dc “distribuído’' em lógica medieval. Aqui, sugiro que
você tome um termo distribuído como sendo um que ocorre depois de “todo" ou em qualquer
lugar depois de “nenhum” ou “ não é ”.
- 18 Introdução à lógica
Estrele as letras das premissas que estão distribuídas c letras da conclusão que
não estão distribuídas. Então o silogismo c VÁLIDO se e somente se ioda letra
maiúscula tiver uma estrela apenas uma vez c se houver apenas uma estrela no
lado direito.
*
Lógica siloglstka 19
3 O teste da estrela é minha invenção; veio a mim um dia enquanto eu estava assistindo
um filme na televisão. Para uma explicação de por que ele funciona, veja meu “A simplified
decision procedure for categorial syllogism”, Notre Dame Journal o f Formal Logic 14 (1973),
páginas 457-66, ou minha explicação em http://www.jcu.edu/philosophy/gensler/star.htm.
20 Introdução à lógica
4 “Expressar a mesma ideia” pode ser difícil de aplicar. Considere “Toda maçã Fuji é nu
tritiva” e “Toda maçã nutritiva possui vitaminas”. Utilize a mesma letra para ambas as frases
sublinhadas, uma vez que a premissa 1 possui o mesmo significado se refraseada em “Toda
maçã Fuji é maçã nutritiva”.
22 lntroduc;ão à lógica
19. Todo ser com direito à vida é capaz de desejar existência contínua.
Todo ser capaz de desejar existência contínua tem um conceito de
si como um sujeito contínuo de experiências.
N enhum feto humano tem um conceito de si como um sujeito
contínuo de experiências.
N enhum feto humano tem direito à vida. [De Michael Tooley.]
23. Dr. Martin Luther King acreditava em verdade moral objetiva (sobre
incorreção do racismo).
Dr. Martin Luther King discorda das crenças morais de sua cultura.
Nenhum a pessoa que discorda das crenças morais de sua cultura
está absolutizando as crenças morais de sua própria cultura.
Alguém que acredita em verdades morais objetivas não está abso
lutizando as crenças morais de sua própria cultura.
25. Alguma pessoa tremendo com cabeça descoberta tem cabeça quente.
Toda pessoa tremendo com cabeça descoberta perde muito calor
pela cabeça.
Toda pessoa que perde muito calor pela cabeça deve colocar um
chapéu para manter-se quente.
.'. Alguma pessoa que tem cabeça quente deve colocar um chapéu para
manter-se quente. [De uma revista de ski.]
5 Lógicos tomam “A’s são B’s" como significando “todo A é B” - mesmo que cm português
corrente ela possa também significar “a maioria dos A’s são B’s" ou “algum A é B ”.
Lógica silogística 27
Nada é um collie a não ser que seja nada c C a não ser que seja C
um cachorro.
= Todo collie é cachorro. = todo C é C
N unca use “Todo A é não B”. Além de não ser uma fbf, esta forma
é ambígua. “Todo biscoito é não engordador” pode significar “Nenhum
biscoito é engordador” ou “Algum biscoito é engordador”.
Estas duas últimas caixas ilustram algumas maneiras comuns de
dizer “algum”:
'C o m o você argumentaria contra este enunciado (c os próximos dois)? Você iria à parte
rica da cidade encontrar uma pessoa rica que fosse miserável? Ou você iria à parte pobre da
cidade encontrar uma pessoa pobre que fosse feliz?
Lógica silogística 29
£ . s c A\4
19. Ninguém percorre o AT a não ser que ele ou ela goste de caminhar.
20. N em todo muno que percorre o AT está em boa forma.
/ynu/hÁj
2.5 D e riv an d o conclusões
I
Se ambas as letras da conclusão são maiúsculas:
se todas as premissas são universais (possuem “todo” ou
“nenhum”), então utilize a forma “todo A é B” ou “nenhum Utilize
A é B” na conclusão; caso contrário, utilize “algum A é B” a forma
ou “algum A não é B.” negativa
(“nenhum “ ou
Se apenas uma letra da conclusão é minúscula: “não é*)
caso haja
utilize a forma “x é A ” ou “x não é A ” na conclusão. uma premissa
negativa.
Se ambas as letras da conclusão são minúsculas:
utilize a forma “x é y ” ou “x não é y ” na conclusão.
30 Introdução à lógica
Gensler é um lógico. gé L
Gensler é mau. gé M
20. Toda norma moral básica vale para todo ser racional possível en
quanto tal.
Nenhum princípio baseado na natureza humana vale para todo ser
racional possível enquanto tal.
25. Todo juízo moral é crença cuja legitimidade não pode ser decidida
pela razão.
Nenhum a verdade objetiva é crença cuja legitimidade não pode ser
decidida pela razão.
Desenhe três círculos que se interseccionam, rotulando cada um deles com uma
das letras do silogismo. Então desenhe as premissas seguindo as direções abaixo.
O silogismo é VÁLIDO se e somente se, ao desenhar as premissas, necessaria
mente a conclusão está desenhada.*•
Cada uma das sete áreas pode ser tanto vazia quanto não vazia. N ós
sombreamos áreas que sabemos serem vazias. Colocamos um “x” em áreas
que sabemos que contêm pelo menos uma entidade. Uma área não som
breada e sem V é inespecífica; poderia ser tanto vazia quanto não vazia.
Eis aqui como desenhamos “nenhum” e “algum ... é ...”:
“nenhum A é B”
“Nenhum animal e
Sombreie onde A e B se bonito” = “nada no
A
interseccionam. círculo animal está no
círculo bonito.”
“algum A c B ”
“algum animal é
Coloque um “x” na parte bonito” = “algo no
não sombreada círculo animal está no
em que ambos os círCulos círculo bonito”.
se interseccionam.
Lógica silogística 35
todo H é D Válido
nenhum F é D
nenhum H é F
nenhum H c D Inválido
nenhum F c D
nenhum H é F
nenhum D c F Válido
algum H é F H
algum H não é D
♦
sombreando as áreas em que D e
F se interseccionam. Ilustramos
“algum H c F ” colocando um
“x ” em alguma área não sombre
ada em que H c F se interseccio
nam.
3a. Q uando vocc ilustra "algum", você is vezes pode colocar "x" em qualquer
uma das duas arcas não sombreadas. Então o argumento c inválido; para mos
trar isso, coloque “x* em uma area que não ilustra a conclusão (F.u sugiro que
primeiro você coloque "x* em ambus as areas e depois apague o "x" que ilustra
a conclusão.)
nenhum D é F Inválido
algum H não é D
algum H é F
nenhum P é B
algum C ê B
algum C não é P
Introdução à lógica
38
5. todo A cB 9. nenhum P é Q
1. nenhum B é C
todo D c C todo B c C todo R é P
.\ nenhum D e B .-. todo A é C nenhum R c Q
Estas com frequência indicam pre Estas com frequência indicam con
missas: clusões:
Porque, pois, uma vez que, afinal Logo, por conseguinte, então, por
de contas... tanto...
Eu presumo que, como sabemos... Deve ser, não pode ser...
Por essas razões... Isto prova (ou mostra) que...
Uma vez que “ M ” e “v” ocorrem apenas uma vez, precisamos adi
cionar uma premissa implícita que as liga para produzir um silogismo.
Adicionamos uma premissa plausível e fazemos o teste para verificar
validade:
todo G* é A Inválido
.•. algum A,:' é G*
refere-se a pelo menos um ser que exista; caso contrário, não deveríamos.
Considere este par de argumentos com a mesma forma (uma forma que
é válida a partir do ponto de vista aristotélico, mas inválida a partir do
ponto de vista moderno):
SIGNIFICADO E DEFINIÇÃO
3.1a Exercido
Para cada palavra ou frase, diga se ela tem um tom em ocional p o
sitivo, negativo ou neutro. Depois encontre outra palavra ou frase com
mais ou menos o mesmo significado assertivo, mas num tom em ocional
diferente.
N otam os previamente que a frase “força cósm ica” neste exem plo
é obscura:
- 48 Introdução à lógica
A nào ser que o falante nos diga o que ele quer dizer por “força
cósmica”, nào seremos capazes de compreender o que está sendo dito,
nem dizer se é verdadeiro. Mas como pode o falante explicar o que ele
ou ela quer dizer por “força cósmica”? O u, de maneira mais geral, como
podemos explicar o significado de uma palavra ou frase?
Definição é um importante meio de explicar significado, mas não
o único. Nós vamos agora considerar definições e, mais tarde, outras
maneiras de explicar um significado.
Uma definição é uma regra de paráfrase com a intenção de explicar
o significado. De modo mais preciso, uma definição de um a palavra
ou frase é uma regra dizendo como eliminar esta palavra ou frase em
qualquer sentença que a utilize e produzindo uma segunda sentença que
signifique a mesma coisa; o propósites disso é o de explicar ou esclarecer
o significado da palavra ou frase.
Suponha que a pessoa com o argumento força cósmica nos dê esta
definição:
Se existe uma força, no sentido utilizado em física, cuja influência cobre todo
o universo, então existe Deus.
Existe uma força, no sentido utilizado em física, cuja influência cobre todo
o universo.
Existe Deus.
Isso nos ajuda a compreender aonde o falante quer chegar e ver que
a primeira premissa é duvidosa. Suponha que exista um a força, tal como
a gravidade, cuja influência cobre todo o universo. Por que deveríam os
pensar que, se existe tal força, então existe Deus? Isto não é claro.
Então uma definição é uma regra de paráfrase com a intenção de
explicar significado. Definições podem ser lexicais (explicar uso corrente)
Significado e definição 49
Teste de substituição: Para testar uma definição lexical declarando que A sig-
nifica B, tente trocar A e B em uma variedade de sentenças. Sc algum par resul
tante de sentenças nào significar a mesma coisa, então a definição esti incorreta.
Mas elas não significam a mesma coisa, já que poderíam os ter uma
verdadeira c outra não. Então a definição está errada.
O teste de substituição está sujeito a pelo menos duas restrições.
Primeiro, definições frequentemente têm a intenção de cobrir apenas
um sentido de uma palavra que possui diversos significados; devemos
então utilizar o teste de substituição somente em sentenças que utilizam
o sentido intencionado. Portanto, não seria uma boa objeção à nossa
1 No original, o autor utiliza o termo “bacharel”, que significa tanto "solteiro” quanto
"bacharel”; definido como “homem nào casado”. Adiante, volto a utilizar o termo solteiro. N.T.
■ 50 introdução à lógica
1. Uma boa definição não c nem muito ampla nem muito restrita.
3.2b Exercício
Relativismo cultural (RC) declara que “bom” (em seu uso ordi
nário) significa “socialmente aprovado” ou “aprovado pela maioria (da
sociedade em questão)”. O que essa definição implica a respeito dos
enunciados abaixo? Se essa definição fosse correta, então cada um dos
seguintes seria verdadeiro (1), falso (0), ou indecidido por essas consi
derações (?)?
encle sendo definido utilizando outros termos que você não compreende.
Em tais casos, pode ser de maior ajuda pedir por exemplos ao invés de
definições. Podemos dizer MDè-me exemplos de um enunciado analítico
(ou de uma desconstrução)”. O pedido por exemplos pode trazer uma
discussão abstrata desnorteante de volta à terra c levar à compreensão
mútua.
Positivistas lógicos e pragmatistas sugeriram outras formas para
esclarecer enunciados. Positivistas propuseram que nós expliquemos o
significado de um enunciado por especificar quais experiências m ostra
riam que o enunciado é verdadeiro, e quais mostrariam que o enunciado
é falso. Definições operacionais tais como essas concctam significado a
um teste experimental:
• Dizer que uma rocha A é “mais dura do que” a rocha B significa que A
riscaria B, mas B nâo riscaria A.
• Dizer que esta corda tem " I metro" significa que, se você csticá-la sobre
um metro padrão, então o fim de ambos coincidirá.
• Dizer que esta pessoa “tem um Q l de 100" significa dizer que esta pessoa
teria uma pontuação média em um teste padrão de Q l.
Sc não há maneira dc testar o enunciado, então ele não possui significado (ele
nâo faz nenhuma asserção que poderia ser verdadeira ou falsa). Sc testes são
dados, eles especificam significado.
Pragmatismo (PR)
Para nos ajudar a encontrar o significado de um enunciado, prtynm tf
diferenças práticas concebíveis a veracidade ou falsidade do rn-»c*»£k* IzrsA a
alguém?” Aqui “diferenças práticas a alguém” cobre que exp^rserjaa# jtesjTiar!*:
teria ou que escolhas alguém deve fazer.
3.4a Exercício
A não ser que tenha Esse enunciado não possui significado em PL, uma
mos uma boa razão vez que declarações sobre o que alguém deve fazer
para contrariar, deve não são publicamente testáveis. Ele possui signifi
mos acreditar no que cação em PR, já que sua validade pode fazer uma
experiência sénsorial diferença sobre que escolhas devemos fazer sobre
parece nos revelar. crenças.
É indubitável por quem? Por todo mundo? Por mim? Nossa pequena
questão esconde um mar de ambigüidades. Aqui, três exemplos de muitas
coisas que nossa questão pode estar perguntando:
• Existe alguma crença que ninguém tenha sc recusado acreditar? (Para res
ponder a isso, precisamos saber se pessoas cm um asilo de loucos às vezes
sc recusam acreditar que elas existam ou que “2=2”.)
• Existem algumas crenças das quais nenhuma pessoa racional suspeita? (Para
responder a isso, temos primciramentc que decidir o que entendemos por
“racional”.)
• Existem algumas crenças que alguns indivíduos específicos são psicologi
camente incapazes de ter qualquer dúvida sobre? (Talvez muitas pessoas
sejam incapazes de ter quaisquer dúvidas sobre quais são seus nomes ou
onde elas moram.)
3.5a Exercício
Cada um dos seguintes argumentos c obscuro ou ambíguo. Distinga
pelo menos três significados interessantes para cada questão. Formule
cada sentido de maneira clara, simples, e breve - c sem utilizar a palavra
sublinhada.
Analítico: “ T o d o s o l t a i r o c n ã o c a s a d o . ”
Sintético: “ D a n i e l é s o l t e i r o . ”
C ontraditório: “ D a n i e l c u m s o l t e i r o n ã o c a s a d o . "
6a Exercido
* D*vid Hume, que pensou que todos os conceitos eram provenientes da experiência,
também defendeu conhecimento a priori. Comparando dois conceitos empíricos, podemos
às vezes reconhecer que as condições empíricas que verificariam um (“solteiro”) também
verificaria o outro ( não casado"); portanto, ao refletir em nossos conceitos, podemos ver
que todo solteiro há dc ser nào casado.
Significado e definição 67
* O u talvez ele esteja declarando que existam necessidades metafísicas não-analíticas (tal
como água c H 20 ) que são a posteriori. Veja seu Naming and Necessity (Cambridge, Mass.:
Harvard University Press, 1980).
68 Introdução à lógica
6Dc m aneira mais ampla, empiristas são aqueles que enfatizam conhecim ento a posteriori,
enquanto racionalistas são aqueles que enfatizam conhecim ento a priori
Significado e definição 69
3.7a Exercício
Suponha que saibamos que cada um destes enunciados é verdadeiro.
N osso conhecimento seria a priori ou a posteriori? Tome os diversos
termos em seu sentido mais natural. Alguns exemplos são controversos.
__________________/L . A
Todo triângulo é triângulo. Isso seria conhecido a prion.
'1. scr dedutivam ente válido (ou indutivam ente forte) e p o ssu ir todas
>*-vc as prem issas verdadeiras;
■h'\ w 2. qu e sua validade e a veracidade de suas prem issas sejamfo mais evi-| /
j d en te possível para as partes envolvidas;
13. scr enunciado de maneira clara (utilizando linguagem com preensível
c deix an d o claro o que c prem issa c o que c conclusão);
4. evitar circularidade, am bigüidade e linguagem em ocional; e
-J J jj E - s tr relevante para a questão tratada. ^ 0 tL v u k jM » V
^
' | í *a \ ^ P rim eiro, um bom argum ento deve scr dedu tiv am en te válido (ou
pJíl^M ^JnlU U ündutivam cntc forte - veja capítulo 5) e possuir todas as prem issas ver
\ dadeiras. C o m frequência criticam os um argum ento p o r te n ta r m o stra r
q u e a conclusão não segue das premissas ou que um a ou mais prem issas
são falsas.
M \ Segundo, a validade c a veracidade das prem issas em um b o m a rg u
m en to devem ser as mais evidentes possíveis para as p artes envolvidas.
A rg u m en to s são m enos efetivos se eles pressupõem idéias q u e o u tro s
vejam co m o falsas ou controversas. D e m odo ideal, g ostaríam os de u ti
lizar apenas prem issas que todos aceitarão com o óbvias im ediatam ente;
mas na prática, este é um ideal m uito alto. C o m frequência apelam os
a prem issas que serão aceitas som ente por aqueles com m esm a visão
política, religiosa, ou filosófica. E, às vezes, apelam os a palpites, có m o
Falácias e argumentação 71 . .
“eu posso alcançar a arma antes que o ladrão o faça”; mesmo que não
ideal, esse pode ser o melhor que podemos fazer em um dado momento.
b) Terceiro, um bom argumento deve ser enunciado de maneira clara;
utilizar linguagem compreensível e deixar claro o que é premissa e o que
é conclusão. Linguagem obscura ou excessivamente complexa faz com
que raciocínio seja mais difícil de apreender.
ÍÜJ Q uando desenvolvemos um argumento, uma boa estratégia c
colocá-lo no papel em uma maneira preliminar e depois relê-lo diversas
vezes tentando fazer melhorias. Tente expressar as idéias o mais simples
e claramentc possível, e pense como outros vão objetar ou compreender
de maneira errônea. Com frequência, idéias emergem de uma maneira
confusa; a claridade vem depois, depois de muito trabalho pesado. En
quanto o pensamento desordenado é com frequência inevitável no início
dodesenvolvim ento de uma ideia, ele não é aceitável no produto final.
(Rj As pessoas com frequência argumentam sem tornar claro o que c
pixmissa, o que é conclusão; às vezes temos fluxos de consciência in
coerentes polvilhados com um “portanto” ocasional. Enquanto isso é
inaceitável, um bom argumento não precisa enunciar claramcnte tudo;
com frequência não há problema em omitir premissas que são óbvias às
partes envolvidas. Se eu estou caminhando no Appalachian Trail, posso
dizer isto a meu parceiro de caminhada: “N ão c possível que ainda es
tejam os na trilha certa, já que não vemos reflexo branco nas árvores”.
Isso está bom se meu parceiro sabe que veríamos reflexos brancos se
estivéssemos na trilha certa; então o argumento completo seria pedante:
Não vemos reflexos brancos nas árvores.
S e a in d a e stiv é s se m o s n a tr ilh a certa ,
e n tã o v e r ía m o s re fle x o s b r a n c o s n a s á r vo re s.
.-. Ainda nâo estamos na trilha certa.
U m a rg u m e n to é a m b íg u o sc e le A m or cum a em oção.
m u d a o s ig n ific a d o d c u m te rm o o u D e u s é a m o r.
A p e l a r a e m o ç ã o é in c ita r s e n tim e n to » , a o in v é s d c a r g u m e n t a r d c u m a m a n e ir a
ló g ic a .
tü'
•*' ~ ^ <rj vnnut «* HfWsk. &) £/
í ; M»» BiwÍí < 1/'.
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Filáclas e argum entado •' A r.vw / V 1*.
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ijíà & S c u n ia te o ria é v e rd a d e ira , e n tã o e s ta o u tr a c o is a ta m b é m
v e rd a d e ira .
d ev e ser
K s ta o u t r a c o is a n i o é v e r d a d e ir a .
■ fy A te o ria n i o é v e rd a d e ira .
U m a r g u m e n t o e s t á a l é m d o p o n t o s e e l e a r g u m e n t a p a r a u m a c o n c l u s ã o i r rrcc -
le v a n te a q u e s tá o tra ta d a .
1N o original red herring, mesmo term o utilizado em inglês para dar nome à falácia. N.T.
■■74 Introdução à lógica
2 M arca d c cereal. N .T .
76 f e s t a s 4 i õgka
Algo que não é provado pode ainda ser verdadeiro, assim como
algo que não é refutado pode ainda ser falso. Um “apelo à ignorância1’
deve ter uma dessas formas; não é qualquer caso em que alguém fala
por ignorância.
Esta próxima utiliza nomes em latim que significam “depois disto,
portanto por causa disto”:
O u suponha que você saiba que seu oponente Jones está sem pre
errado. Então isto pode ser raciocínio correto: “Tudo que Jones d ir é
falso, Jones diz A, então A e falso". Mas formas corretas dessas seis
falácias não são usuais na vida real.
N osso próximo grupo cornem três tipos de raciocínio que possuem
tanto formas corretas com o formas falaciosas. Este prim eiro tipo de
argum ento apela à opinião especializada:
>
■ ft Introdução h \6g\cn
.A
_ iU u tòi;y i»V ■
' iyj 1 ' >, Pi.*»* T* i twTr.-u™—
Apelo % autoridade - fount correta:
Formas incorretas omitem
i X sustenta que A tr verdadeiro, premissas 2 c 3, ou con-
M X é uuu autoridade no assunto, clucrn que A d e v e ser ver-
| j () consenso de autoridades concorda com X, dadeiro.
1 /. F.xistc uma preiuttçio tic que A seja verdadeiro.
Unia pessoa comete essa falácia ao pensar que pessoas devem ser
lógicas ou emocionais, mas não podem scr ambas. Meu dicionário de
sinônimos c antônimos lista esses termos como tendo significados opos
tos; mas sc eles realmente tivessem significados opostos, então ninguém
poderia scr ambos ao mesmo tempo - que na realidade é possível. Dc
fato, todas as quatro combinações são comuns:
Pessoas cometem essa falacia ao pensar que todo italiano vive so
mente de spaghetti, que todo nova iorqumo e descuidado, ou que todos
que leram Karl Marx querem derrubar o governo. Estereótipos falsos
podem ser prejudiciais ao estereotipado. Um estudo comparou resul
tados de um teste de matemática de dois grupos idênticos de meninas;
somente ao primeiro grupo foi dito antes que meninas são geneticamente
inferiores cm matemática - e esse grupo foi muito pior no teste.
Esta próxjnu falácia substitui violência por raciocínio:
Apelar à força e utilizar ameaça» ou intimidação para que uma conclusão seja ,
aceita
Falácias e argumentação 81 aa
Uma questão complexa e uma questão que assume a verdade de aipo falso ou
duvidoso.
1. Vocc amda esta perdendo tempo com toda essa estória de aprender
de livros na universidade?
2. A Bíblia diz a verdade porque c a palavra de Deus. Sabemos que a
Bíblia c a palavra de Deus porque a Bíblia diz isso e diz a verdade.
3. Vocc deve votar neste candidato porque ele c inteligente e possui
muita experiência em política.
4. A emenda dos Direitos Iguais era insensata pois seus patrocinadores
femininos eram nada mais do que cabeças de vento sem sutiã.
82 Introdução à lógica
5. Ninguém mais aceita esta teoria, então ela deve estar errada.
6. Ou você é a favor dc um crescimento armamentista massivo, ou você
não é um estadunidense patriota.
7. O veto do presidente foi a ação correta. Nestes tem pos conturba
dos precisamos de liderança decisiva, mesmo em face da oposição.
Deveríamos todos agradecer o presidente por sua ação corajosa.
8. Cada membro deste time é invencível, então este time deve ser in
vencível.
9. Meu médico me disse para perder peso e parar de fumar. Mas ele
está acima do peso e fuma, então posso seguramente ignorar seu
conselho.
10. Crença em Deus é explicada em termos da necessidade de uma figura
paterna; então ela é falsa.
11. Existem leis científicas. Onde há lei deve haver um legislador. Por
tanto, alguém deve ter determinado as leis científicas para governar
nosso universo, e esse alguém só poderia ser Deus.
12. O advogado de defesa alega que há dúvida de que Smith cometeu
o crime. Mas, eu pergunto, você deixará este crime terrível sair sem
punição por causa disso? Veja o crime; veja quão horrível foi! Então
você vê claramente que o crime foi horrível e que Smith deve ser
condenado.
13. Discurso livre é para o bem comum, já que expressão irrestrita de
opinião é do interesse do povo.
14. Este é um propósito estúpido e chocante. Seu autor deve ser ou um
vagabundo desonesto ou um completo idiota.
15. Aristóteles disse que objetos pesados caem mais rápido que objetos
leves, então isso deve ser verdade.
16. Cada uma destas dúzias de biscoito (ou bebidas) por si mesma não
é nociva; apenas um não machucará! Portanto, com er estas dúzias
de biscoitos (ou bebidas) não é nocivo.
17. Antes que Barack Obama se tornasse o candidato dem ocrata para a
presidência dos EUA, ele concorreu em uma série de eleições prévias.
Ele notou que ele jogou basket antes das prévias em Iowa, e então
ganhou o voto, enquanto ele negligenciou jogar antes das prévias de
New Hampshire, e então ele perdeu. Ele concluiu (de brincadeira):
“Neste ponto eu estava certo que eu deveria jogar em toda prévia”.
18. Somente homens são animais racionais. N enhum a m ulher é um
homem. Portanto, nenhuma mulher é um animal racional.
19. Eu estou certo, pois você será reprovado se você discordar de mim!
20. O mochileiro racista prefere barracas South Glacier.
21. Os que se opuseram à guerra estavam compíetam ente errados; eles
eram somente um bando de homossexuais com unistas covardes.
Falácias e argumentação 83
60. Você contribuirá com nossa coleta contra a fome, ou você é insensível
ao sofrimento de outras pessoas?
36. Os republicanos dizem que eles são contra “governo grande". Mas
o que eles rcalmente querem é eliminar todo serviço social para
aqueles em necessidade, para que os ricos se tornem mais ricos
ainda.
37. Na noite passada, atirei em um assaltante com os meus pijamas. Não
sei como ele entrou em meus pijamas.
38. Você vai admitir que você está errado?
39. Veja todas as coisas ruins que aconteceram em nosso país enquanto
meu oponente estava em ofício! Se vocc não quiser eleger um ofi
cial que trará tais coisas ruins, então você deverá votar contra meu
oponente.
40. Tudo no universo tem uma causa; então o universo também tem
uma causa.
41. Se você precisar de outra referência para minha honestidade, eu posso
conseguir Mariana Smith para responder por mim. Oh, você nunca
ouviu falar de Mariana Smith? Bom, eu posso responder por ela.
42. Eu instalei o LogiCola em mOu computador, e duas semanas mais
tarde meu disco rígido falhou. A culpa deve ser do LogiCola.
43. Então, você pergunta, qual das minhas promessas de campanha terá
que esperar se não tivermos fundos suficientes para satisfazer todas
elas? Ao invés de responder, eu gostaria de ressaltar o que rcalmente
perturba as pessoas deste país, a saber, porque a administração atual
é tão desonesta.
44. Ou você é a favor dos republicanos ou você não é patriota.
45. Eu tinha idéias tolas e imaturas como as suas quando eu tinha a sua
idade.
46. Romanos antigos a cristãos: “Sc você recusar renunciar sua fé e
cultuar os deuses dc Roma, nós o entregaremos aos leões *.
47. Todos os lógicos são calculadorcs privados dc emoção.
48. Quando Harry Gensler assou sua primeira bandeja de biscoitos,
ele utilizou ingredientes muito bons. Portanto, os biscoitos que ele
assou sao muito bons.
49. Não deveríamos escutar quando este democrata argumenta a favor
dc diminuição de impostos para os pobres; afinal, sua família era
muito pobre.
50. Deus deve ter criado o mundo, já que com certeza alguém deve tê-lo
criado.
51. A maioria dos estadunidenses apoiaram a invasão do Iraque execu
tada pelo presidente George W. Bush, então esta invasão deve ter
sido uma coisa boa.
52. Você deveria fazer o curso de lógica de Gensler, porque ele tem um
grande senso de humor.
88 Introdução à lógica
4.3 Inconsistência
1Veja meu Ethics: A contemporary Introduction, 2* ed. (New York: Routledge, 2011),
Capítulo 2.
Falácias e argumentação 89 . .
Estas três crenças não são incosistentes entre si. Mas o crente pode
ter outras crenças que, quando adicionadas a essas três, gerariam um
conjunto inconsistente:
4. Se a predestinação é verdadeira, então Deus é a causa de nossos
pecados.
5. Se Deus é a causa de nossos pecados, contudo, condena pecadores
à punição eterna, então Deus não é bom.
F
1
Não-D
Pode isso ser verdadeiro? Não, se eu o digo para você; então isso
há de ser falso. O enunciado refuta a si mesmo. Aqui outro exemplo:
Eu sei que não existe conhecimento humano.
Isso não pode ser verdadeiro. Se for verdadeiro, então existiria al
gum conhecimento hum ano-consequentemente refutando a declaração.
U m a declaração que se autorrefuta começa frequentemente como um
aparentem ente grande e audacioso insight. As bolhas estouram quando
vemos que ela destrói a si mesma.
A consistência relaciona crenças éticas a ações em uma maneira
especial. Suponha que eu acredite que um homem está sangrando. Esta
( crença não me compromete, sob risco de inconsistência, a nenhum ato
específico; a maneira pela qual eu vivo não pode ser inconsistente com
essa crença (tomada por si mesma). Mas suponha que eu acredite que
eu tenha que chamar um medico. Essa crença ética me compromete,
sob risco de inconsistência, a agir. Se eu não chamar o médico, então a
maneira pela qual eu vivo é inconsistente com minha crença. A consis
tência requer uma harmonia entre nossas crenças éticas e como vivemos.
Muitos argumentos inconsistentes em ética dependem do princípio
de universatafjbilidade, que é um dos poucos princípios com o qual
quase todos os filósofos concordam. Segue uma formulação do princípio:
4.3a Exercidos
C o n s tr u a u m a rg u m e n to in v e rtid o a p a r t i r d o s tr ê s e n u n c i a d o s
in c o m p a tív e is n a caixa. In c lu a o e n u n c ia d o C c o m o u m a p r e m is s a
d e seu a rg u m e n to .
4Para mais sobre inconsistência cm ctica, veja Capítulos 13c 14 deste livro - e capítulos
7 a 9 de meu Elhia: A contemporary introduction, 2nd ed. (New York; Koutlcdgc, 2011).
Falácias e argumentação 93
conclusão. A tarefa pede para que você construa um argum ento válido
segundo estas linhas:
[Insira premissa plausível]
[Insira premissa plausível]
oferecer propina é/nâo é correto.
r ^ -^ --------------
Modus tollens
* |
j Para refutar a declaração A, encontre uma dc- Se A então B.
j claração B claramcntc falsa implicada por A. Não-B.
Então argumente como à direita: .-. Nâo-A
N a o p ç ã o d e contra-ataque , v o c ê s u s t e n t a r i a q u e o s a r g u m e n t o s
c o n t r a s u a p r e m i s s a o u s ã o in v á lid o s o u p o s s u e m p r e m i s s a s f a ls a s . A q u i
você pode declarar q u e r o u b a r é e r r a d o n e s s e c a s o h i p o t é t i c o . I s t o s e r ia
chifres - t o m a r u m a p o s i ç ã o
p e g a r o to u r o p e lo s q u e p a r e c e ir c o n t r a
o s e n s o c o m u m p a r a d e f e n d e r s u a t e o r ia . A q u i v o c ê d e c l a r a r i a q u e c
errado r o u b a r p a r a i m p e d i r q u e s u a f a m ília m o r r a d e f o m e ; e s s e é u m
t o u r o d if íc il d e s e g u r a r .
Na opção de reformular, v o c ê r e f r a s e a r i a a p r e m i s s a 1 p a ra e v ita r a
objeção , m a s a i n d a le v a r à c o n c l u s ã o . V o c ê p o d e a d i c i o n a r a q u a lific a ç ã o
e m itá lic o :
Nenhum ato desonesto que não seja necessário para evitar desastre c correto.
4.4a Exercício
Dê um argumento válido com premissas plausíveis pró ou contra
estes enunciados. Para esse exercício, não é necessário que você acredite
nas premissas, mas você tem que vê-las como plausíveis. N ão se esqueça
do que você aprendeu no capítulo 3 (“Significado e Definição”) sobre
a necessidade de compreender o que um enunciado significa antes que
você o defenda ou o ataque.
Tente descobrir o que Hume quis dizer por essas palavras su
blinhadas. Por “razão”, Hume parece querer significar “a descoberta
5David Hume, A treatise of Human Nature (Oxford: Clarendon Press, 1888), página 457
(Livro HI, Parte I, Scçào I).
Falácias e argumentação 99
Isso parece falso, já que existem pessoas que aceitam juízos morais,
mas não tem desejo ou motivação para segui-los; as ações e sentim entos
de tal pessoa, portanto, não seriam influenciados por esses juízos morais.
Tom ando “influencia” no segundo sentido, a premissa 2 significa:
RACIOCÍNIO INDUTIVO
Dcdurivamentc índuiivamentc
Conexão premissa/condusâo correu -* válido forte
Isso mais premissas verdadeiras -* correto confiável
HH HTTHTT
Cada caso é igualmentc provável. Então nossa chance de obter duas
caras é de 25 por cento (.25 ou Vi), já que, a partir de 4 casos, ela ocorre
1 vez. A seguir a regra (onde “prob” abrevia Ma probabilidade” e “casos
favoráveis” são os casos cm que A é verdadeiro):
Nossa chance de obter pelo menos uma cara é 75 por cento (.75
ou 3/«), já que ela ocorre em três dos quatro casos.
Com relação à probabilidade ou às chances, a razão diz respeito
a casos favoráveis c desfavoráveis (“casos desfavoráveis” são os casos
em que A c falso). As chances estão a nosso favor se o número de casos
favoráveis é maior (então sua probabilidade c maior que 50 por cento):
cara, p o r exem plo, não ía/. com que seja maií» ou m enos provável que a
segunda m oeda seja cara);
Se A c II *áo independentes;
Prol) de (A c II) • prob tic A • prol) dc It.
Se A c 11 nuiiusmentc exclusivos;
Prob dc (A ou II)ía prol> dc A i prol» dc It.
1 2 1 4 4 6 «egurido d a d o
1! 7 \ 4 * h /
2 3 4 S 6 / X
primeiro 3 4 •3 u 7 X 9
dado 4!S 6 ; X 9 10
5j6 7 X 9 10 II
6 17 X 9 10 11 12
dois áses quando tiramos duas cartas de um jogo duplo de 104 cartas é
em torno de 0,52 por cento. Temos mais chance com o jogo duplo (0,52
ao invés de 0,45).
As chances de aposta matematicamente justas estão em proporção
reversa à probabilidade. Suponha que apostamos em se vamos tirar
2 áses, ao tirar 2 cartas de um jogo padrão de 52 cartas. A chance de
obter 2 áses é de 1/221, então a chances são 220 para 1 contra nós. Se
apostamos $1, deveríamos obter $220 caso ganhemos. Se jogamos por
um longo tempo sob tais chances de aposta, nossos ganhos e perdas
provavelmente serão aproximadamente iguais na prática; certamcntc, os
cassinos levam sua parte; então, caso ganhemos, obtemos menos do que
ganhos matematicamente justos. Sc jogamos por um longo tem po sob
tais chances, provavelmente perderemos e o cassino ganhará. É por isso
que os cassinos de Las Vegas parecem como palácios de imperadores.
Você está jogando blackjack e sua primeira Existem 16 cartas como essas
carta c um ás. Quais suas chance de obter (um 10, J, Q, K para cada nai-
uma carta de valor 10 (um 10, valete, dama i pe) de 51 cartas restantes. Então
ou rei) como próxima carta? Você está utili ; sua chance é 16/51 (cm torno de
zando um jogo padrão de 52 cartas.1 | 31,4 por cento).
53 Questões filosóficas
Então você deveria jogar - a não ser que você tenha encontrado
o utro jogo com uma maior espectativa de ganho. Se você jogar esse jogo
de dados apenas uma vez, você estaria 97 por cento sujeito a perder di
nheiro. Mas o ganho ocasional é maior; você ganharia em torno de um
milhão de dólares se você jogasse um milhão de vezes.
Um “apostador idealmente racional” apostaria se as chances fossem
favoráveis, mas não caso contrário. Uma vez que os cassinos de Las Vegas
levam sua pane, suas chances são contra o apostador individual; então
um apostador idealmente racional não apostaria nesses lugares. Mas as
pessoas têm outros interesses além de dinheiro; para muitos, apostar é
muita diversão, e eles desejam pagar pela diversão.
• 114 Introdução ò lógica
Bilhete A custa $250 c me permite Bilhete B custa $200 c tem uma taxa
mudar minha data de retorno. de $125 se eu mudar minha data de
retorno.
da Cut-Rate custa $600, mas será uma perda total (o que requer a
compra de outro computador por $600), caso haja necessidade de
repará-lo. O modelo da Enormity Incorporated custa $900, mas
oferece reparos gratuitos. Qual você deveria comprar?
A premissa 1 diz que 90 por cento dos abrigos têm água. Posso
saber disso porque chequei os 300 abrigos e descobri que em 270 deles
tinha água. Mas é mais provável que eu baseie minha declaração cm ra
ciocínio indutivo. Em minhas caminhadas em AT, observei uma grande
número de abrigos; em torno de 90 por cento deles tinha água. Concluí
que provavelmente aproximadamente 90 por cento de todos os abrigos
(incluindo os não observados) têm água:*1
5.4a Exercício
Avalie os seguintes argumentos indutivos.
Silogismo d e analogia
Existem outros seres cons Eu sou o único ser consciente. O utros hu
cientes além de mim, outros manos são como robôs sabiamente construí
seres com pensamentos in dos; eles têm comportamento exterior, mas |
ternos e sentimentos. nenhum pensamento interno e sentimentos.*1
A maioria das coisas verdadeiras sobre mim também são verdadeiras sobre
Jones. (Somos ambos semelhantes em comportamento geral, sistema nervo
so, e assim por diante.)
Eu geraimente sinto dor quando demonstro comportamento exterior de dor.
Isso é tudo que sabemos sobre a questão.
.*. Provavelmente Jones também sente dor quando demonstra comportamento
exterior de dor.
John Stuart Mill, filósofo britânico do século XIX, form ulou cinco
métodos para chegar a crenças sobre causas e para se poder justificá-
-las. Estudaremos três de seus métodos^ Sua ideia básica é que fatores
que regularmente ocorrem juntos são provavelm ente e causalmcnte
^relacionados.
Suponha que Alice, Bob, Carol e David estavam cm uma festa.
Alice c David ficaram doentes, e suspeita-se de infecção alimentar.
Hambúrgueres, tonas e sorvetes foram servidos. Este quadro mostra
quem comeu o que c quem ficou doente:
Diferença
A doença ocorreu no caso de
A ocorreu no primeiro caso, mas Eduardo, mas não no dc Frank.
não no segundo. Os casos são idênticos, exceto que
Os casos são idênticos, exceto que comer torta ocorreu no caso de
B também ocorre no primeiro caso, Eduardo, mas não no de Frank.
mas não no segundo. Provavelmente comer torta é (ou é
Provavelmente B c (ou é parte de) a parte dc) a causa da doença, ou a
causa de A, ou A é (ou é parte dc) a doença é (ou c parte de) a causa de
causa dc B. comer torta.
Torta Doente
George Fatia minúscula Levcmcnte
Henry Fatia pequena Um pouco
Isabel Fatia normal Muito
Jodi Duas fatias Quer morrer
ocorrer cada vez mais tarde nas manhãs. A pessoa do tem po apon
tou que o nascer do sol estava ocorrendo cada vez mais tarde; em
algumas poucas semanas, ambos os processos iriam se inverter, com
o nascer do sol e a temperatura mais baixa do dia ocorrendo cada
dia mais cedo.
5. Nossa equipe de pesquisa no centro médico descobriu um novo fator
sanguíneo chamado “fator K”. Fator K ocorre em todas as pessoas
que têm câncer, mas em ninguém mais.
6. Q uando sentei para comer sobre a rocha em Grand Gulch, exércitos
de formigas invadiram a rocha. Mais tarde eu sentei na rocha da
mesma maneira, exceto que eu não estava comendo. N o segundo
caso as formigas não invadiram a rocha.
7. N ós fizemos um estudo interessante comparando o período de férias
de empregados e o desaparecimento de itens alimentícios. Desco
brimos que, quando Megan está trabalhando, os itens desaparecem,
e quando ela não está, eles não desaparecem.
8. Pessoas em diversas partes do país têm uma taxa m enor de deterio
ração dos dentes. Investigações mostram que a única coisa diferente
sobre esses lugares é que a água fornecida contém flúor.
9. Fizemos um experimento em que selecionamos dois grupos mais
ou menos idênticos e colocamos flúor na água do primeiro grupo,
mas não na do segundo. O primeiro grupo teve uma taxa m enor de
deterioração dos dentes.
10. Muitos mochileiros pensam que comer alho lhes dá um odor que faz
com que mosquitos não lhes piquem. Q uando caminhava em uma
parte da Bruce Trail infestada de mosquitos, comi bastante alho cru.
Os mosquitos me picaram com sua maneira sanguinária usual.
11. Pequeno Will joga comida no chão e recebe um sinal de desaprovação
de seu pai e de sua mãe. Tal coisa acontece regularmente. Q uando
ele come sua comida sem jogá-la no chão, ele não recebe nenhuma
desaprovação.
1 2 . Todos em nosso estudo que se tornaram viciados em heroína expe
rimentaram maconha primeiro.
13. Se você esfrega duas superfícies, as superfícies esquentam . Elas
ficarão cada vez mais quentes conforme você esfrega as superfícies
mais forte e rápido.
14. Q uando nós concebemos quantas horas Alex estuda contra suas
notas em seus vários exames, vemos uma correlação estreita.
15. Fósforos que não são aquecidos ou friccionados não incendeiam. Fós
foros que estão molhados não se incendeiam. Fósforos que não estão
na presença de oxigênio não se incendeiam. Fósforos que são aque
cidos ou friccionados, secos, e na presença de oxigênio incendeiam.
130 Introdução à lógica
16. Pequeno Will fez uma descoberta. Ele continua a mover o botão do
rádio para cima e para baixo. Ele percebe que o volume da música
aumenta e diminui quando ele faz isso.
17. Fizemos um estudo cuidadoso sobre o ritmo cardíaco de atletas
e como ele se relaciona com diversos fatores. A única relação que
encontramos é que os que praticam exercícios aeróbicos (c apenas
esses) possuem menor ritmo cardíaco.
18. investigamos diversos objetos com uma estrutura cristalina. A única
coisa que eles têm em comum c que todos se solidificam a partir de
um estado líquido. (Mill utiliza esse exemplo.)
19. Depois de longa investigação, descobrimos uma relação estreita en
tre dia e noite. Sc está de noite, então, invariavelmente, em algumas
horas, será dia. Se está de dia, então, invariavelmente, em algumas
horas, será noite.
20. O pequeno Will esteve fazendo experimentos com seu m etro ele
trônico. Ele descobriu que, se ele aumenta a voltagem, então ele
também aumenta a corrente.
21. Sempre que Kurt veste sua bandana de cabeça, ele faz todos os seus
field goals. Sempre que ele não a veste, ele os perde todos. Isso tem
acontecido por diversos anos.
22. Todos os peixes do aquário de meu pai morreram. N ós suspeitamos
da comida ou da temperatura da água. Compramos mais peixes e
fizemos a mesma coisa, exceto a comida que trocamos. Todos os
peixes morreram. Então nós compramos mais peixes e fizemos tudo
da mesma maneira, exceto a temperatura da água que mudamos. Os
peixes sobreviveram.
23. Bactérias introduzidas por visitantes do planeta K rypton estão
causando uma epidemia. Descobrimos que toda pessoa exposta à
bactéria fica doente e morre - exceto aqueles que têm um ritmo
cardíaco maior que o normal.
24. Quando nós colocamos cm uma tabela a taxa de inflação próximo
ao crescimento da dívida nacional em diversos anos, encontramos
uma relação íntima.
25. Em minha primeira viagem de mochileiro, eu caminhei longas dis
tâncias e utilizei apenas um par de meias. Eu tive bolhas terríveis em
meus pés. Em minha segunda viagem, eu fiz tudo da mesma maneira,
exceto por utilizar dois pares de meia. Eu tive apenas pequenas bolhas.
amperimetro
10 ohms
Voltímetro bateria resistor
0,5
A 0,4
Se E = 1 volt,
M 0,3
então I = 0,1 amp.
P 0,2
S 0,1 Se E = 2 volts,
J___L então I = 0,2 amp.
I 2 3
VOLTS
Raciocínio indutivo 133
Esse argumento indutivo para Mho parece ser tão forte quanto o
que demos para Ohm. Julgando somente a partir desses argumentos e
resultados de testes, parece não haver razão para preferir O hm a Mho,
ou M ho a Ohm.
As duas leis, enquanto concordam com ambos os casos testados
até então, nos fornecem previsões conflitantes para outros casos. O hm
diz que obteremos 0 amps com 0 volts e 0.3 amp com 3 volts; Mho diz
que obteremos 0.2 amp com 0 volts, e 0.5 amp com 3 volts:
0.5 •
0.5
0.4 0.4 -
Previsões 0.3 0.3 Previsões
de Mho 0.2 • 0.2« • de Alho
0.1 0.1 r •
»- -i-
1 2 3 1 2 3
134 Introdução à lógica
Mho tem problemas nesse caso, já que ele prevê que 0 volts atra
vés de um resistor de 10 ohms produz uma corrente de 0,2 amp. Mas
então segue, utilizando uma crença existente bem estabelecida de que
uma corrente através de um resistor produz calor, que um resistor de
10 ohms com nenhuma voltagem aplicada a ele produz calor. Ainda que
isso fosse bom para aquecedores de mão portáteis, isso seria difícil de
harmonizar com a conservação de energia. Então o critério de coerência
nos leva a duvidar de Mho.
Testes adicionais continuam a confirmar Ohm ? A resposta é com
plicada. Alguns resistores fornecem não um gráfico com linha reta, mas
uma curva; isso acontece se utilizamos ampoias incandescentes para o
resistor. Ao invés de rejeitar Ohm, cientistas dizem que, ao aquecer o
resistor, a resistência muda. Isso parece satisfatório, já que a curva se
torna mais reta sc o resistor é mantido frio. E podemos mensurar m u
danças na rcsitência quando o resistor é aquecido externamente.
Raciocínio indutivo 137
0,5 -
0,4 .
0,3 . C mn a
0J . de diodo
de Zener
0,1 .
5.8a Exercício
Esboce de uma maneira aproximada como podemos verificar a
veracidade ou falsidade dessas hipóteses. Aponte qualquer dificuldade
que possa surgir.
■ 138 Introdução à lógica
Devemos aceitar a melhor explicação para uma ampla gama de fatos empíri
cos sobre organismos biológicos (incluindo estrutura comparativa, embrio
logia, distribuição geográfica e registro de fósseis).
A melhor explicação para uma ampla gama de fatos empíricos sobre organis
mos biológicos é a evolução.
.•. Devemos aceitar a evolução.
1A Brief History o f Time, edição de décimo aniversário (New York: Banran Books, 1V98),
página 126; cie também fornece outros exemplos c discute suas implicações teológica». Veja
também There is a Cod de Anthony Flew (New York: HarpcrColiins, 2007), páginas 113 21.
e The Language o f God de Francis S. Collins (New York: Free Frcss, 2006), p. 63-84.
• ■ 140 Introdução à lógica
a vida requer que a razão de expansão seja correta à 17a casa decimal; e
outras constantes são similares. Como esse dado empírico é explicado?
Poderia essa combinção precisa de constantes físicas ter surgido por
sorte? Alguns ateístas propõem que existe uma infinidade de universos
paralelos, cada qual governado por uma física diferente, c que é bastante
provável que algum desses universos paralelos possam produzir vida,
Muitos teístas afirmam que a melhor explicação c mais simples envolve
Deus: que o universo foi causado por uma grande mente que “ afinou”
suas leis físicas para tornar possível o surgimento dc vida.
A forma geral da inferência da melhor explicação levanta algumas
questões. Sobre qual fundamentação devemos avaliar uma explicação
como “melhor" que outra? Devemos aceitar a melhor explicação pos
sível (mesmo que ninguém possa ainda ler pensado nela) ou a melhor
explicação corrente disponível (mesmo que nenhuma das explicações
correntes possa ser muito boa)? E por que a melhor explicação é mais
propensa a ser verdadeira?
Todos os diamantes analisados s3o duros se-e somente «t* cies loram-exa
mi/hulns ames dc 2222.
Um grande e variado numero de diamantes foi examinado.
\ Provavelmente todo diamante e duro se e somente se ele ioi-examioado
•antes de 2122.
Mas mesmo que o sol tenha nascido todo dia no passado, ele ainda
pode não nascer amanhã. Por que pensar que a premissa fornece boa
razão para aceitar a conclusão? Por que aceitar esse ou qualquer outro
argumento indutivo?
David Hume há alguns séculos atrás levantou esse problema sobre
a justificação da indução. Discutiremos cinco respostas.
1. Alguns sugerem que, para justificar indução, precisamos presu
mir que a natureza é uniforme. Se a natureza funciona dentro de padrões
regularcs, então os casos que não examinamos provavelmente seguirão
o mesmo padrão que os que examinamos
Existem dois problemas com essa sugestão. Primeiro, o que significa
dizer “a natureza é uniforme”? Sejamos concretos. O que esses princípios
Raciocínio indutivo 143
que a maioria dos alunos iniciantes em lógica tem uma inruiçáo pobre
sobre a validade de argumentos simples. Ainda que inruições lógicas
não treinadas difiram, podemos alcançar concordância em princípios
básicos de lógica. Anteriormente, introduzimos a noção de forma lógica.
E distinguimos entre formas válidas e inválidas - tal como estas duas:
L Ó G I C A P R O P O S I C I O N A L B Á S IC A
6.1 T r a d u ç õ e s m a is fáceis
C r ia r e m o s a g o ra u m a “ linguagem p ro p o sic io n a l” , c o m re g ra s
p re c isa s p a r a c o n s tru ir argum entos e testar validade. N o s s a lin g u ag em
u tiliz a le tra s m aiúsculas p ara enunciados v erdad eiro s-o u -falso s, p a rê n
te se s p a r a a g ru p a r e cinco conectivos lógicos especiais:
~p = Não-P ^ *-'(ui)
(P*Q ) = Ambos P e Q ^ (ponto) V
(PvQ ) = ou P ou Q OJ V ( v e ) A
(PDQ) = Se P então Q aD m(ferradura) —>
( P .Q ) = P se e somente se Q *■" (três barras)
E ssa s reg ras nos perm item construir fbfs com o as seg u in tes:
Tomaremos letras com linhas (como A' e A") como letras adicionais.
- 148 Introdução ã lógica
P = Eu moro cm Paris.
-Q = Eu não moro em Quebec.
(P • - Q) = Eu moro em Paris e eu não moro em Quebec.
(N D (P • - Q) = .Se eu sou Napoleão, então eu moro em Paris e não em Quebec.
2 N o inglês, os termos para o primeiro “ou" c o segundo “ou" sào distintos.. Aqui, o pa
rêntese vai no lugar do primeiro “ou", sendo o segundo substituído por “v". N.T.
L ó g ic a p r e p o s i c i o n a l b á s ic a 149
Comutação: (A • B ) = (B • A )
Associação: ((A • B ) • C ) = (A • (B • C ) )
Mas ordem faz diferença com “D” ; estes dois exemplos a seguir
fornecem diferentes declarações:
S e é u m c a c h o r r o , e n tã o é u m a n im a l = ( C D A )
S e é u m a n im a l, e n tã o é u m c a c h o r r o = (A D C )
3 A comutação falha cm português quando o "e" significa "e então"; "Suzy se casou c tcvc
um bebê" é diferente de "Suzy teve um bebê e então se casou*. O nosso é mais simples
e mais abstrato e ignora a seqüência temporal. As seções 7.5 e 152 têm outras equivalências.
■ 150 Introdução à lógica
D e M organ: - (A • B) (~ A v - B)
Não ambos A c B Ou não-A ou nào-B
D e M organ : - (A vB) (~ A • ~ B)
Não ou A ou B Ambos não-A e não-B
6.1 E x e rc íc io - ta m b é m L o g iC o la C (E M & E T )4
Ambos não A e B. ( - A • B)
1. Nâo ambos A e B.
2. Ambos A e ou B ou C.
3. O u ambos A e B ou C.
4. Se A, então B ou C.
5. Se A então B, ou C.
6. Se não A, então nâo ou B ou C.
7. Se não A, então não ou não B ou C.
8. Ou A ou B, e C.
9. Ou A, ou B e C.
10. Se A então não ambos não B e não C.
11. Se você obtém uma mensagem de erro, então o disco está ruim ou
é um disco Macintosh.
12. Se eu trouxer minha câmera digital, então se minha bateria não
acabar, então tirarei fotos de minha viagem e colocarei as fotos na
internet.
13. Se vocês não se exercitarem e comerem bastante, então vocês ganha
rão peso.
14. A estátua não foi feita por ou Cellini ou Michelangelo.
15. Se eu não tiver ou exatamente $2 trocado ou um ônibus passar, eu
não pegarei o ônibius.
16. Se Michigan e Ohio jogarem, então Michigan vencerá.
17. Ou você passou através de Dayton e Cinci, ou você passsou através
Louisville.*
* Seções de exercícios têm um exemplo dentro de caixas que é resolvido para você. Elas
também se referem a exercícios de computador de LogiCola correspondentes (veja Prefácio).
Problemas 1,3,5,10,15, e assim por diante, estão solucionados no final do livro.
Lógica proposicional básica 151 . .
18. Se ela comeu hambúrgueres, então ela comeu junk food, e ela comeu
batatas fritas.
19. Eu vou para Roma ou para Florença e você irá para Londres.
20. Todo m undo é macho ou fêmea.
6 .2 T a b e la s d e v e r d a d e sim p les
Q u e “P" denote “Eu fui para Paris" e Q “Eu fui para Q uebec".
C ada uma delas poderia ser falsa ou verdadeira (os dois v a lo re s d e v e r
d a d e ) - representado por “ 1" e “0" (ou às vezes “T ” ou “F"). Existem
q u atro combinações possíveis:
PQ
0 0 Ambas são falsas
01 Apenas Q é verdadeira
10 Apenas P é verdadeira
1 1 Ambas são verdadeiras
N o prim eiro caso, eu não fui nem para Paris nem para Quebec. N o
segundo, eu fui para Quebec, mas não fui para Paris. E assim por diante.
U m a ta b e la de v e rd a d e fornece um diagrama para uma fbf. Ela
lista todas as combinações possíveis de valores de verdade e diz se uma
fbf é verdadeira ou falsa em cada caso. A tabela de verdade para “(P •
Q ) ” (“e”) é muito simples:
“(P • Q )" declara que ambas as partes são verdadeiras. Então “Eu
fui para Paris e eu fui para Quebec” é falsa nos três primeiros casos (onde
um a ou ambas as partes são falsas) - e verdadeira somente no últim o
caso. As equivalências de verdade nos fornecem a mesma informação:
uma das partes for falsa e a outra parte for verdadeira. E “(1 • 1) = 1” diz
que um enunciado E é verdadeiro se ambas as partes forem verdadeiras.
Aqui a tabela de verdade e equivalências para “v” (“ou”):
p Q (PvQ ) “Eu fui para Paris ou
0 0 0 (0 V0) = 0 eu fui para Quebec.”
0 1 1 (0 v 1) = 1 “(P v Q)* é uma disjunção;
1 0 1 (1 v 0) = 1 P e Q são seus disjuntos.
1 1 1 (1 v l) = l
“(P v Q )" declara que pelo menos uma parte é verdadeira. Então
“Eu fui para Paris ou eu fui para Quebec” é verdadeira somente se eu
fui para um desses lugares. Nosso “v” simboliza o sentido inclusivo
de “o u ”; em português pode-se também utilizar “ou” em um sentido
exclusivo, que declara que pelo menos uma parte é verdadeira, mas não
ambas. Ambos os sentidos de “ou” podem ser traduzidos em nosso
simbolismo:
• mou * inclusivo : A ou B ou ambos = (A v B)
• mou * exclusivo: A ou B mas não ambos = ((A v B) • - (A • B))
0 0 1
0 1 1 (0 D 1) = I *(P D Q)* é um condicional; P
1 0 0 (1 D0) = 0 é o antecedente e Q o conse-
1 1 1 (1D1) = 1 quente.
Pela nossa tabela, a sua declaração é verdadeira se você não foi para
nenhum dos lugares, ou se você foi para ambos os lugares, ou se você
foi para Quebec mas não para Paris. A sua declaração é falsa se você foi
para Paris mas não para Quebec. Isso parece certo para você? Muitas
pessoas pensam assim, mas algumas têm certa dificuldade.
Nossa tabela de verdade pode produzir estranhos resultados. Tome
este exemplo:
* As pessoas às vezes utilizam mOu A ou B* para o "ou* exclusivo. Não faremos isso,
ao invés, utilizaremos “ou" para indicar agrupamento e o traduziremos como um parêntese
esquerdo.
Lógica preposicional básica 153
S u p o n h a q u e e u n ã o c o m i o v o s n o café d a m a n h ã , e n tã o E é fa lso .
P e la n o s s a ta b e la , o c o n d ic io n a l é e n tã o verdadeiro - já q u e E é fa ls o ,
e n t ã o “ ( E D W ) ” é v e rd a d e iro . Isso é e s tra n h o . N o r m a lm e n te to m a r ía
m o s o c o n d ic io n a l c o m o falso - já q u e o to m a ría m o s c o m o a f ir m a n d o
q u e o f a to d e e u t e r c o m id o o v o s causaria o fim d o m u n d o . E n tã o t r a
d u z i r “ s e - e n t ã o ” c o m o “ D ” n ã o p a re c e s a tis fa tó rio . A lg o e s tr a n h o e s tá
a c o n t e c e n d o a q u i.
N o s s o “ 3 ” sim b o liz a u m “ s e -e n tã o ” sim p lific a d o q u e ig n o r a c o n e
x õ e s c a u s a is e s e q ü ê n c ia te m p o ra l. “ (P D Q ) ” te m u m s ig n ific a d o m u ito
s im p le s ; e le s im p le s m e n te nega q u e te m o s P - v e r d a d e ir o - e - Q - f a ls o :
(P D Q ) -(P * 0 -Q )
Sc P é verdadeiro, = N ão temos P verdadeiro
então Q é verdadeiro. e Q falso.
- ( P .Q )" é u m
ll
a
o
o
1 o o
(1 .1 ) = 1 bicondicional.
1 1 1
■ ■ 154 Introdução à lógica
(0 -1 ) (0 • 1) = 0
Suponha que P = l , Q = 0 e R = 0.
Qual o valor de verdade de “((P DQ) - - R)"?
Lógica preposicional básica 155
•
((lv 0 > D -l)
((A v B )D -B ) (1 3 0 )
0
1. ~ (A • X) 6. ( - B D A) 11. ((A • - X ) D ~ B)
2. ( - K* - X) 7. - (A D X) 12. - (A D (X v - B)
3. - ( - A • - X) 8. (B • (X v A)) 13. ( - X v ~ ( ~ A ■ B))
4. ( A D X ) 9. (-(X « A )v -B ) 14. ( - Y D ( A • X ))
M -X .Y ) 10. ( - A v - ( X D Y ) ) 15. - ( ( A D B ) D ( B D Y ) )
4 Alguns querem distribuir o pois eles acham que funciona dessa maneira em mate
mática. Mas não se preocupe com matemática; NÀO pode não funcionar da mesma maneira
que MENOS. E também não podemos distribuir em matemática: “-(2 • 2)" (que é igual a -4)
difere de “(-2 • -2)* (que é igual a +4).
- ■ 154 Introdução à lógica
"(P ■ Q)" declara que ambas as partes devem ter o mesmo valor
de verdade: ambas verdadeiras ou ambas falsas. Portanto, é muito
parecido com "igual".
A seguir a tabela e equivalência para (“não”):
“Eu não fui para Paris.”
-0 = 1 “~P” é uma negação.
- 1=0
“-P " tem o valor oposto de “P”. Se “P” é verdadeiro, então “~P”
é falso, e se “P ” é falso, então “~P” é verdadeiro.
Muito do restante deste livro pressupõe essas equivalências
de verdade; tente dominá-las agora. Deixe-me resumir seu funciona
mento:
(0M ) (0 • 1) = 0
6.3 A v aliaçõ es de v e rd a d e
Suponha que P = l ,Q = 0 e R = 0.
Qual o valor de verdade de “((P DQ) - - R)”?
Lógica preposicional básica 155
•
O
n
>
((A v B )D -B ) (1 3 0 )
0
1. - (A • X ) 6. ( - B D A ) 11. ((A * - X ) 3 - B )
2. ( - A » - X ) 7. - (A D X) 12. -(A 3 (X v -B )
3. - ( - A • - X) 8. (B • (X v A)) 13. ( - X v - ( - A ■ B ))
4. (A D X ) 9. ( - (X • A) v - B) 14. ( - Y D (A • X ))
5 . ( - X - Y) 10. ( - A v - ( X D Y ) ) 15. - ((A D B) D (B D Y)) 6
6 Alguns querem distribuir o pois eles acham que funciona dessa maneira em mate
mática. Mas nâo se preocupe com matemática; NÀO pode nào funcionar da mesma maneira
que MENOS. E também nào podemos distribuir em matemática: "-(2 • 2)9 (que e igual a -4)
difere de “(-2 • -2)" (que é igual a +4).
> • 156 Introdução à lógica
(!•?)
(- T • D) ( - 1 • ?) = ( 0 • ?) = 0
1. (D • F) 4. (- F • D) 7. (D D -V ) 10. (D D - f )
2. ( D D - V ) 5. (FDD) 8. (- F v D) 11. (D • - V)
3. (U v - F) 6. (~ T v D) 9. (V • D) 12. (D v F)
6 .5 T a b e la s d e v e r d a d e c o m p le x a s
Para obter todas as combinações, alterne 0’s e 1’s para a última letra
o núm ero de vezes necessário. Depois alterne 0’s e l ’s para cada letra
anterior a metade da razão prévia: por dois, quatro e assim por diante.
Isso enumera as colunas em base 2.
Começamos uma tabela de verdade para (A v ~ B)Bcomo segue:
A B - (A v - B) O lado direito contém a fbf. O lado esquerdo contém
0 o F(f}0 i \ cada letra utilizada na fbf; escrevemos cada letra ape-
0 1 | , I^ ç o nas uma vez, indiferentemente de quantas vezes ela
10 c f l * ocorre- Abaixo das letras escrevemos todas as combi-
11 ç ■i ç nações de valores de verdade possíveis.
A fbf resulta “ 1”, “0” e “0" para as próximas linhas; então obtemos:
AB ~ (A v ~ B)
0 0 0
0 1 1
1 0 0
1 1 0
“Eu fui para Paris (cu aterrisei uma vez no aeroporto de Paris)
- mas eu não fui de fato para lá (no sentido de que eu não vi nada da cidade).”
1 . ( P - - Q ) 4. ((P • Q) D R) M -Q D -P )
2. (-P*Q) 5. ((P .Q )D Q ) 8. (P - (P • P))
6. ((P v- Q) D R) 9. - (P • (Q v - R))
CA (CDA),
0 0
0 1
1 0
1 1
(CD A) ~C -A
(0D0) -0 -0
1 1 1
CA (C DA), ~C /. - A
0 0 1 1 1
7Um argumento testado que se mostra como “inválido" pode ser válido por motivos que
vâo além do sistema em questão. Por exemplo, “isso c verde, portanto algo c verde" é traduzido
em lógica proposicional como “T .'. V" e se testado se mostra como inválido; mas c válido se
traduzido como “Gt (3x)Gx” em lógica quantificacional.
\J y/ 6• • 'f a j l
162 Introdução à lógica
E D (EvD ) ~E \ D Válido
Esti em minha mâo esquerda
ou minha mão direita. 0 0 0 1 0 nunca
Não esti em minha mão esquerda. 0 1 1 1 1 obtemos 110
Esti em minha mão direita. 1 0 1 0 0
í 1 1 0 1
2. Se vo cê é u m collie, e n tã ò v o cê é u n i c a c h o rro . * *•
V ocê n ã o é u m c a c h o rro . *Vr : . - v
/. V ocê n ã o é u m collie. [U tiliz e C e C ' j * \
••V *. • * '" .* / , •
5. Se eu c o n se g u ir reservas p a ra o G ra n d C a n y o n e c o n se g u ir ju n ta r
u m g ru p o , e n tã o eu ex p lo rarei d esfilad eiro s d u ra n te as férias.
E u co n seg u i ju n ta r u m g ru p o .
E u n ã o c o n sig o reservas p ara G ra n d C a n y o n .
E u n ã o ex p lo ra re i esfiladeiros d u ra n te as férias. [R , J , E ]
V Á L I D O = N e n h u m caso
p o s s ív e l p o s s u i as prem issas V7 i
IN V A L ID A D E = Algum 1
caso possível p o ssu í todas /
v e r d a d e ir a s e a c o n c lu sã o falsa.
Â
/A
í
..• n
u
as premissas verdadeiras e a
conclusão falsa. /
S u p o n h a q u e q u e r e m o s te s ta r e s te a r g u m e n to vá lid o :
A q u i , c o m o r e s o lv e m o s :
"A lguns acham linhas como “~L° = 1” confusas. Aqui o complexo “-L ” é verdadeiro,
mas a letra “ L” c falsa. Quando escrevo um índice 0 sobre a letra, indico que a letra é falsa.
r-
Se você não obtém um valor para uma letra, tente as duas maneiras
(com 1 e 0); se ambas fornecem premissas verdadeiras e uma conclusão
falsa, então o argumento é inválido.
Ao trabalhar os valores de verdade para as letras, tente tornar todas
as premissas verdadeiras e a conclusão falsa. O argumento é inválido se
existe uma maneira de fazê-lo.
3. ((T v M)DQ)
”*5/0
13. -(Q .I )
M
«8
•'•Q -Q
.-. i
4. P »• (E v (Y • X)) M. ((Q -R )-S )
■••(P-Q) -E
/.X Q
.-. s
5. ((L-F)DS) 10. (-TD(PDj))
S 15. A
P
F -A
L -J .-. B
.-.T
lóglca'proposicíonal bSsIca 167 • •
18. Se “X é bom” significa “Hurrah para X!” e faz sentido dizer “Se
X é bom”, então faz seijtido dizer “Se hurrah para X!”,
Faz sentido dizer “Se X é bom”.
Não faz sentido dizer “Se hurrah para X!”
.% “X é bom” não significa “Hurrah para X!” [De Hector-Neri
Castaneda.]
■ ■ 170 Introdução à lógica
Traduza
Você morrerá a não ser que você respire = (M v R) = (R v M)
“a não ser que”
A não ser que você respire você morrerá = (M v R) = (R v M)
como “ou”.
Traduza “exatamente
se” e “sse” (palavra Eu concordarei exatamente se você me pagar $1.000 = (A ■ P)
utilizada por lógicos) Eu concordarei sse você me pagar $1.000 = (A ■ P)
como “se e somente se.”
A ordem das letras faz diferença com “D”, mas não com
Essas regras de tradução são grosseiras e nem sempre funcionam.
Algumas vezes você tem que decifrar o significado por si mesmo.
6.9 A r g u m e n to s id io m á tic o s
A arma deve ter sido disparada há pouco tempo! Ela ainda está quente.
■ 174 Introdução ã lógica
C o n h e c im e n to é b o m em si (G ° D D 1) = 1 In v á lid o
m e sm o so m e n te se d esejado D 1= 1
em si m esm o . E n tã o c o n h e- G° = 0
c im e n to é b o m em si m esm o, (A c o n clu são é *Então conheci-
já q u e ele é d e sejad o em si m es- mento é bom em si mesmo*
m o. - “ G ”.)
1. Conhecimento não pode ser sensação. Caso fosse, então não pode
ríamos conhecer algo que não estamos presentemente sentindo. [De
Platão.]
2. Assumindo que seguimos o mapa, então, a não ser que o mapa esteja
errado, existe um par de lagos logo após a passagem. Seguimos o
mapa. Não existe um par de lagos logo após a passagem. Portanto,
o mapa está errado.
3. Se eles bloquearem, mas não alcançarem, nosso quarterback, então
nosso receptor estará aberto. Então nosso receptor não estará aberto,
como mostrado pelo fato de que eles não vão bloquear.
4. Meu verdadeiro amor se casará comigo somente se eu comprar-lhe
um Rolls Royce. Segue que ela se casará, já que eu comprarei um
Rolls Royce para ela.
5. Os princípios éticos básicos não podem ser verdades autoevidentes,
já que, se eles fossem, então eles seriam amplamente aceitos por
pessoas inteligentes que estudam ética.
Lógica preposicional básica 175 ;
6.10 Regras-S
Aprenderemos agora algumas regras de inferência, que estabele
cem que algumas fórmulas podem ser derivadas a partir de outras fór
mulas. A maioria destas regras refletem formas comuns de raciocínio.
Estas regras também fornecem os blocos fundamentais para provas
formais, que iniciaremos no próximo capítulo; provas formais reduzem
um argumento complexo a uma série de pequenos passos, cada qual
baseado em uma regra de inferência.
As regras-S desta seção são utilizadas para simplificar enunciados.
Nossa primeira regra-S é chamada “E”; a seguir ela em português e em
símbolos:
Isso e isto.
(P *Q) Enunciado E, então ambas
Isso.
P, Q as Partes são verdadeiras.
Isto.
yl/OR-B ^
c - 'T b8’ - ,: A, r )
E ( P * Q ) -P ,Q
N -O U ~ (P v Q) - Pi - Q
N-SE -(P D Q ) - P .-Q
Você precisa aprender essas regras-S tão bem que elas se tornem
automáticas.
Lógica proposicional básica 179
(C • - R) (C • - R)
C ,- R
1. (P * U) 2. (LvC) 3.(~ N 3 S) 4 . - ( F d M)
5. ~ (R v S) 6- (~J • N) 7. - (~ I v - V) 8. - F D~G)
6.11 R egras-I
Você não está ambos em Paris Você não está ambos em Paris
e também em Quebec. e também em Quebec.
Você está em Paris. Você está em Quebec.
Você não está em Quebec. Você não está em Paris.
SCw. jjfcMAAWS
■ ■ 180 na©
A Introdução è lógica
Em pelo menos uma mão (esquer- Em pelo menos uma mão (esquerda
da ou direita) há doces. ou direita) há doces.
Na esquerda não há. Na direita não há.
Na direita há. Na esquerda há.
Em cada caso, a segunda premissa nega (diz o oposto de) uma parte.
E a conclusão afirma (diz o mesmo que) a outra parte.
Se afirmamos uma parte, não podemos delinear uma conclusão
sobre a outra parte:
Lógica proposicional básica 181 . .
P e lo m e n o s u m é v e rd a d e iro . (L v R )
O p r im e ir o é v e rd a d e iro . L
N e n h u m a c o n c lu sã o . n il
V o c ê p o d e q u e r e r c o n c lu ir - R ; m a s ta lv e z R s e ja v e r d a d e i r a t a m b é m
( t a l v e z a m b a s a s p a r t e s s e ja m v e r d a d e i r a s ) . A q u i u m e x e m p l o :
E m p e lo m e n o s u m a m i o (e s q u e rd a o u d ire ita ) h i d o c e s .
N a e sq u e rd a há.
.*. N e n h u m a c o n c lu sã o .
?«* ,
N ã o p o d e m o s c o n c lu ir “ N a m ã o d ir e ita n ã o h á d o c e s ,” já q u e
ta l v e z e m a m b a s a s m ã o s h a ja . P a r a o b t e r u m a c o n c l u s ã o d e u m O U ,
d e v e m o s negar u m a p a r te .
• A q u i u m t r u q u e ú til. P a r a in f e r ir c o m N À O - E o u O U , a s p r e m is s a s
d e v e m alternar e n t r e a f ir m a r e n e g a r:
Negue E . Afirme O U .
Afirme u m a p a rte . Negue u m a p a rte .
1 .*. Negue a o u tra p arte. .% Afirme a o u tr a p a rte .
N a d a s e g u e se as p r e m is s a s n ã o a lte r n a r e m . E n t ã o n a d a s e g u e se
n e g a m o s E e d e p o is n e g a m o s u m a p a r te - o u se a f ir m a m o s O U e d e p o i s
a f ir m a m o s u m a p a r te .
N o s s a s r e g r a s - I fin a is s ã o modus ponens ( d o la tim , “ m o d o a f ir
m a t i v o ” ) e modus tollens ( d o la tim , “ m o d o n e g a tiv o ” ). A m b a s lid a m
c o m “ s e -e n tã o ” :
S E -E N T À O (P =» Q ) S E -E N T À O (P ==» Q )
A firm a a prim eira. P H N e g a a segunda. -Q
.*. A firm a a segunda .*. N e g a a prim eira. -P
Q
C o m u m s e -e n tã o , d e v e m o s a firm a r a p r im e ir a p a r te o u n e g a r a
s e g u n d a p a rte :
P a r t e s n e g a tiv a s f u n c io n a m d a m e s m a m a n e ir a . S e a f i r m a m o s a
p r i m e i r a , p o d e m o s a f ir m a r a s e g u n d a :
182 Introdução à lógica
(-A d -B ) (A d -B ) ( ~ A d B)
B B ~B
A ~A A
- < P .Q ) ,P - - Q
, . W k>e ( P - Q ) - P .Q ~{P • Q). Q ~P
K iMii ?■<Ç>‘J xQ N OU ( P v Q ) ,- P - Q
~(P v Q) -» -P, -Q (P v Q), ~Q -* P
fafoa-St V M M n-SE -(P z .Q )-.P ,-Q
(P 3 Q). P Q
(P^Q ). -Q -* -P
3. (X DF)
~X
8. - (L • M) 12. - (R • - G) 16. - (W • ~ X)
4. (~S vT) ~W
~G
M 184 Introdução à lógica
- ( - A v (B • C)) -(-A v (B -C ))
A, - (B • C)
A -»
B -» porta-e -» (A • B)
Uma porta-ou seria similar, exceto que a saída tem uma voltagem
positiva se e somente se pelo menos uma entrada tem uma voltagem
positiva. Para qualquer fórmula, podemos construir uma aparelho
entrada-saída (uma porta lógica) que imita essa fórmula.
Basicamente um computador converte informação de entrada em
l ’s e 0’s, manipula essas por dispositivos lógicos e dispositivos de memó
ria, e converte os 1’s e 0’s resultantes em uma saída útil. Portanto, lógica
proposicional é central à operação de computadores. Um dos professores
de lógica na Universidade de Michigan, Art Burks, foi parte do time
que na década de 1940 produziu o ENIAC, o primeiro computador
eletrônico de larga escala. Então a lógica tem um papel importante na
passagem para a era do computador.
Capítulo 7
P R O V A S P R O P O S IC IO N A IS
7.1 P r o v a s m a is fá c e is
Linhas 4 e 8 se contradizem. *1
* (A • B) * (A D B )
/. A A
B .*. B * •
Linhas estreladas são redundantes, já que linhas mais curtas têm
a mesma informação. Q undo fazemos uma prova, podemos focar nas
fbfs complexas que não estão estreladas ou bloqueadas e o que pode
ser derivado delas. Em bora estrelar seja opcional, isso simplifica nosso
trabalho, pois nos leva a ignorar linhas que não nos ajudarão a derivar
fórmulas adicionais.
(3) RAA: nosso objetivo na parte S&I é derivar uma contradição -
um par de fbfs (como M ,w e a M ,w) que são idênticas, exceto que uma
inicia com um til. Essas fbfs contraditórias podem ocorrer em qualquer
lugar na prova (como premissas ou assunções ou linhas derivadas), desde
que nenhuma seja bloqueada. Uma vez que derivamos uma contradição,
aplicamos RAA, nossa nova regra reductio ad absurdum (redução ao
absurdo), que diz que uma assunção que leva a uma contradição deve
ser falsa. Q uando aplicamos RAA, bloqueamos as linhas de 5 a 8 para
m ostrar que não podemos utilizá-las para derivar linhas adicionais.
Então provamos que o argumento é válido.
Ao fazermos a parte S&I, utilizaremos estas regras de inferência,
que valem indiferentemente do par de fbfs contraditórias que substituem
“P ” / M~ P ” e “Q " / Q ” (aqui significa que podem os inferir
linhas inteiras da esquerda para a direita):
Provas proposicionais 189
A regra RAA diz que uma assunção é falsa se ela leva a fbfs contra
ditórias; essas fbfs podem ocorrer em qualquer lugar da prova (como as
premissas ou assunções ou linhas derivadas), desde que nenhuma esteja
bloqueada. A seguir uma formulação mais precisa:
1As regras-S também funcionam na outra direção - por exemplo, “(A • B)" segue a partir
de “A" e “ B" mas nossas provas e softzi'are utilizam as regras-S somente para simplificar.
O software LogiCola, no entanto, permite a você utilizar duas regras adicionais para o
bicondicional: (1) Dado “(A ■ B)“: se um lado é verdadeiro, pode-se obter o outro lado como
verdadeiro - e se um lado é falso, pode-se obter o outro lado como falso. (2) Dado (A«
B)“: se um lado é verdadeiro, pode-se obter o outro lado como falso - c se um lado é falso,
pode-se obter o outro lado como falso.
1 Por essa definição, as estrelas, números de linhas, conclusões originais bloqueadas e
justificações não são estritamente pane da prova; ao invés, elas são ajudas não oficiais.
■ ■ 190 Introdução à lógica
A s e g u i r u m a p r o v a d e u m a r g u m e n t o s e m p r e m i s s a ( q u e é v á lid o
p o r q u e a c o n c l u s ã o é u m a v e r d a d e l o g i c a m e n t e n e c e s s á r ia ) :
U m a p r o v a f o r m a l , c o m o a d e f in im o s , d e v e u t i l i z a r a s r e g r a s - S
e r e g r a s - I e s p e c if ic a d a s o u R A A p a r a d e r i v a r lin h a s a d ic io n a is . N ã o
p o d e m o s u t i l i z a r a p e n a s i n f e r ê n c ia s in t u i t i v a s q u e p e n s a m o s q u e i r ã o
f u n c i o n a r ( e m b o r a u t i l i z a d o r e s a v a n ç a d o s t o m e m ta is a t a l h o s ) . A l g u n s
l ó g i c o s g o s ta m d e m e n c i o n a r a r e g r a d e in f e r ê n c ia ( c o m o “ M P ” o u “ S D ”
o u “ E " ) n a s ju s tif ic a tiv a s . N o s s a e s tr a té g ia d e p r o v a s e t o r n a r á m a is
c o m p l e x a m a is ta r d e , c o n f o r m e i n t r o d u z i m o s a r g u m e n t o s i n v á l i d o s e
a s s u n ç õ e s m ú ltip la s .
E n q u a n t o u m a p r o v a , c o m o a d e f in im o s , d e v e d e r iv a r a p e n a s lin h a s
q u e s ã o p e r m itid a s p o r re g r a s d e in f e r ê n c ia , a in d a p o d e m e x is tir v a r ia ç õ e s
le g itim a s e m c o m o f a z e r p r o v a s . P o r e x e m p lo , u m a p e s s o a p o d e s e m p r e
s i m p l i f i c a r “ (A • B ) ” a u t o m a t i c a m e n t e e m d u a s p a r t e s , “ A ” p r i m e i r o e
d e p o i s a B ” . O u t r a s p e s s o a s p o d e m d e r i v a r “ B " p r i m e i r o e d e p o i s “A ”.
T o d a v ia , o u t r a p e s s o a p o d e d e r iv a r s o m e n t e a p a r t e n e c e s s á r ia p a r a o b t e r
u m a c o n tra d iç ã o . T o d a s as trê s a b o rd a g e n s sã o b o a s.
1 (A V B) Válido
[.*. (~A D B)
2 p ass: ~(~A D B)
(A v B)
3 / . - A {de 2)
(~ A O B) 4 / . ~B {de 2}
5 L / . B {de 1 e 3)
6 / . ( - A D B ) {de2; 4 c o n trad iz 5}
Provas proposicionais 191
1. (A D B) 5. (A V B) 9. (A D B)
R D -A ) (A DC) ~B
(B DD) (A ■ B)
(C V D)
2. A 6. (A D B) 10. (A D (BD C ))
(A V B) (BDC) ((A • B) D C)
/.(A DC)
3. (A D B) 7. (A - B)
(~A D B) (A D (A • B))
B
4. ((A V B )D C ) 8. ~(A V B)
/. ( - C D - B ) (C v B)
~(D • C)
.*. -D
A s ú n ic a s p e s s o a s n a m a n s ã o e ra m o m o r d o m o e
a e m p re g a d a .
T
Se as ú n ic a s p e s s o a s n a m a n s ã o e ra m o m o r d o m o
(T (M v E ))
e a e m p re g a d a , e n tã o o m o r d o m o o u a e m p r e
(E*=> M ’)
g a d a c o m e te u o a ss a s s in a to .
.-. M
Se a e m p r e g a d a o c o m e te u , e n tã o ela tin h a u m
m o tiv o .
.*. O m o r d o m o o c o m e te u .
1 T
* 2 (T D (M V E )) C o m o d e h á b ito , a ssu m im o s o o p o s to
* 3 (E D M ’) d a c o n c lu sã o . D e p o is u tiliz a m o s re g ra s-
t .*. M -S e re g ra s-I p a ra d e riv a r o q u e p o d e
4 ass: - M m o s.
* 5 .-. (M V E ) {de 1 e 2}
6 .*. E {de 4 e 5} M as a g o ra n ã o o b te m o s c o n tra d iç ã o .
7 A M ’ {de 3 e 6)
1 T
* 2 (T D (M v E )) T, E , M \ ~ M
* 3 (E D M ’)
[ .*. M C o n s tr u ím o s u m a caixa d e re fu ta ç ã o -
•
4 ass: ~ M q u e c o n té m as fb fs sim p le s (letras o u
* 5 .*. (M V E ) {de 1 e 2} su as n e g aç õ es) a p a r tir d as lin h a s n ã o -
6 .*. E {de 4 e 5} -b lo q u e a d a s (1, 4, 6 e 7).
7 .’. M ’ {de 3 e 6}
1 Tl= 1 I n v á lid o
* 2 (V D (B° V M 1)) = 1 T, E , M \ ~ M
* 3_ '° M ’’) = 1
{& •
P a ra v e rific a r a re fu ta ç ã o , a tre la m o s o s
AA ^ ass: ~ M v a lo re s n o a rg u m e n to p a ra v e r se eles
* 5 .*. (M V E ) {de 1 e 2} fa z e m to d a s as p re m iss a s v e rd a d e ira s e
6 E {de 4 e 5} a c o n c lu sã o falsa. E les o fazem !
7 .*. M* {de 3 e 6} •
1 (A = JB ') = 1 Inválido B .- A .- C
* 2 (C“ v B1) = 1
[ .-. (C° v A°) = 0 Já que não obtemos uma contradição,
* 3 ass: ~(C v A) construímos uma caixa de refutação.
4 .-. ~ C (d e 3 | Atrelamos os valores no argumento e
5 —A (de 3) descobrimos que obtemos todas as pre
6 .-. B (de 2 e 4) missas verdadeiras e a conclusão falsa.
nulo nulo
22. Se você sabe que você não existe, então você não existe.
Se você sabe que você não existe, então você sabe algumas coisas.
Se você sabe algumas coisas, então você existe.
Você existe. [S, E, A]
7.3 P r o v a s m a is difíceis
* 1 (F O (A • E))
2 ( - F D (D .R ))
3 ~R
[ E
4 ass: - E <= Utilizamos regras-S e regras-1
5 r ass:-F (quebra d e i) para derivar linhas adicionais
6 D • R (de 2 e 5) e obtemos uma segunda contradição
7 / . D (de6) (linhas 4 e 12).
8 . /. R (de 6)
9 .*. F (de 5,3 contradiz 8) Ignoram os linhas bloqueadas
(A • E) (de 1 e 9) (a conclusão original e linhas 5 a 8)
* 10
•.A (de 10) ao derivarm os linhas adicionais
11
e buscamos p o r contradições.
12 \ E (de 10) <=
1 (F D (A • E)) Válido
2 (~F 3 (D • R))
3 ~R
[ /.E
4 ass: ~E
Por fim, aplicamos RAA novamente,
5 r ass: ~F (quebra de 1}
desta vez em nossa assunção original.
6 /. (D • R) (de 2 e 5)
7 / . D (de 6}
Para p ro v a r q u e o argum ento
8 R (de 6}
é válido , precisamos de um a
9 F (de 5; 3 contradiz 8)
contradição para cada assunção.
10 /. (A • E) (de 1 e 9
11 A (de 10)
Nossa p ro va está fe ita !
12 L /. E (de 10)
13 E (de 4; 4 contradiz 12)
~ (A • B ) (A v B ) (ADB)
(gratificação
(ADB) (ADB)
ass: A (gratificação
ass: ~ A
imediata) tardia)
/. B
E s tre le q u a q u e r fb f q u e E s tr e le a f b f m a is lo n -
v o c ê s im p lifiq u e g a u tiliz a d a e m u m a
u tiliz a n d o u m a re g ra -S U tilize u m a estrela in f e r ê n c ia d e r e g r a - I .
- * / a on p a ra cada
assunção viva. ** (A3B)
/.A A
B /. B
** 1 (A 3 (B • C))
2 (B 3(A *C ))
. ((A V B) 3 C) Decidimos assumir o lado esquer
* 3 ass: -((A VB)D C ) do da linha 1. Depois derivamos
4 /. (A VB) (de 3| linhas adicionais até obtermos uma
5 -C (de 3) <= contradição (linhas 5 e 9).
6 ass: A (quebra de 1)
** 7 /. (B • C) (d e le 6) Escrevemos estrelas duplas, já que
8 /. B (de 7) temos duas assunções vivas.
9 C (de 7) <=
Provas proposicionais 209 . .
1 (A 3 (B • Q )
2 (B 3 (A • O ) Bloqueamos a partir da assunção 6
[ ((A v B) 3 C) para baixo, concluímos seu oposto
* 3 ass: -((A V B) d C) na linha 10, e então (já que temos
4 /. (A V B) {de 3) agora apenas uma assunção viva)
5 /. ~C {de 3) <= apagamos as estrelas duplas.
6 ass: A {quebra de 1)
7 (B • C) {dele 6} Ignoramos linhas bloqueadas
8 /. B (de 7} (a conclusão original e linhas 6 a 9)
9 .*. C {de 7) <*= ao continuarmos a prova.
10 .*. ~A {de 6; 5 contradiz 9)
1 (A 3 (B • O ) Válido
* 2 ( B 3 ( A .C ) )
t ((A V B) 3 C) Derivamos linhas adicionais e ob
* 3 -ass: ~((A v B ) d C)
temos nossa segunda contradição
* 4 .* (A V B) {de 3)
(linhas 10 e 13). Aplicamos RAA
5 ~C {de 3)
novamente, dessa vez em nossa
6 ass: A {quebra de 1}
assunção original.
7 /. (B • C) {de 1 e 6)
8 /. B {de 7)
Para provar que o argumento é
9 /. C {de 7)
válido, precisamos de uma contra
10 ~A {de 6; 5 contradiz 9) *=
dição para cada assunção.
11 .* B {de 4 e 10)
12 / (A • C) {de 2 e 11)
Nossa prova está feita!
13 A {de 12) <=
14 \ ((A V B) d C) {de 3; 10 contra-
diz 13)
(B v A) * 1 (B vA ) Válido
(BDA) 2 (BDA)
~ (A D ~A) [ •.-(A D-A)
* 3 ass: (A D ~A)
4 ‘ ass: B {quebra de 1)
5 /. A {de 2 e 4)
6 . -A {de 3 e 5)
7 ~B {de 4; 5 contradiz 6)
8 A {de 1 e 7)
9 . ~A {de 3 e 8)
10 /. ~(A D -A) {de 3; 8 contradiz 9)
■ ■ 2 10 Introdução à lógica
3. (BDA) 7. (-A - B)
-(A • C) /.-(A -B )
(BvC)
••• (A -B )
4. (A v (D • E)) 8. (A D (B • -C))
(A D (B • C)) C
/. (D v C) ((D --E )v A )
.-.D
5. Se você não comprometer seus princípios, então você não terá di
nheiro para sua campanha.
< L "*r°ír*hA
Se você não tiver dinheiro para sua campanha, então você não será
eleito.
então você apelará a mais
eleitores.
Se você apelar a mais eleitores, então você será eleito.
Você será eleito se e somente se você comprometer seus princípios.
S e-
[C , D , E , A]
10. Se você fizer esta exigência a seu filho [que ele deixe Suzy ou então não
terá sua escola de graduação financiada] e ele deixar Suzy, então ele
se arrependerá de ter sido forçado a deixá-la e ele sempre o culpará.
Se você fizer essa exigência a seu filho e ele não deixar Suzy, então
ele se arrependerá de não ter ido à escola de graduação e ele sempre
o culpará.
/. Se você fizer essa exigência a seu filho, então ele sempre o culpará.
[Utilize E, D, F, S, G; esse argumento é difícil.]
1. - (A • B) 4. - (A • B) 7. ((A • B) D - (C • D))
( - A • - B) •••-(A-B) C
(EDB)
.-. - E
2. (A 3-B) 5. (A D (B • C)) 8. (A D (B D C)
(ADB) ((DD E )3A ) (B v - ( C D D ) )
.*. (E vC ) (D D - (A v -B ))
3. (A DB) 6. (- A v - B)
(CD (- D • E)) /. - (A v B)
.-. (D v F)
■ 214 Introduce) è lógica
2. Se você disser a seu professor que você gosta de lógica, então seu
professor irá pensar que você é insincero e você terá problemas.
Se você não diz a seu professor que você gosta de lógica, então seu
professor pensará que você desgosta de lógica e você terá problemas.
.%Você terá problemas. [Utilize L, I, P, D.]
7. Se você der uma prova, então os alunos ou irão bem ou irão mal.
Se os alunos forem bem, então você achará que você fez uma prova
muito fácil e você ficará frustrado.
Se os alunos forem mal, então você achará que eles não aprenderam
nenhuma lógica e você ficará frustrado.
/. Se você der uma prova, então você ficará frustrado. [Utilize P, B, M,
F e L. De uma classe que tentou me convencer a não dar uma prova
de lógica.]
í *7 '
■ ■ 216 Introdução à lógica
S e p o d e m o s c ritic a r e m o ç õ e s e ju íz o s m o ra is s ã o b a s e a d o s e m
e m o ç õ e s , e n tã o c re n ç a s s o b re m o ra lid a d e p o d e m s e r c ritic a d a s e
m o r a lid a d e n ã o é in te ira m e n te n ã o -ra c io n a l.
S e m o r a lid a d e é in te ira m e n te n ã o -ra c io n a l, e n tã o e m o ç õ e s n ã o p o
d e m r e p o u s a r e m e r r o s fa tu a is . L r v m mj
(P * Q ) - P ( P D Q ) .P - Q
P, Q — (P • Q ) ( P D Q ) ,- Q - - P
(P v Q), —P Q ( P D Q ) ,( Q O P ) - (PD R)
P — (P v Q) ( P D Q ) - (PD (P -Q ))
((P D Q) • (R D S)), (P v R) -* (Q v S)
p- — p (P D Q )-(-P v Q )
p - (P • P) (P • (Q • R)) ■ ((P • Q) * R)
P « ( P v P) ( P v ( Q v R ) ) . ((P v Q )v R )
(P -Q )-(Q -P ) (P* ( Q v R ) ) . ( ( P - Q ) v ( P .R ) )
( P v Q ) . (Q v P ) ( P v ( Q . R ) ) . ( ( P v Q ) - ( P v R))
- ( P - Q ) .( - P v - Q ) ( P .Q ) .( ( P D Q ) * ( Q D P ) )
- ( P v Q ) .( - P .- Q ) (P " Q) ■ ((P * Q) v ( - P • - Q))
( P D Q ) .( - Q D - P ) ( ( P - Q ) D R ) .( P D (Q D R ))
yNossa prova ainda funciona sc pularmos as linhas 4 c 8 (que sio prescritas pela nossa
estratégia de prova). Se pularmos essas, entào nossa prova se tornará duas linhas mais curta.
Provas proposidonais 219
— P -P
(P• Q) ■* P.Q
- ( P v Q ) — - P ,- Q
- ( P D Q )-P ,-Q
- (P • Q) (P v Q ) (P=>Q) ( P .Q ) -(P -Q )
/ \
-P -Q
/P \Q / \
-P Q
xp -\P P
/ \Q
Q -Q -Q -P
(ADB) * 1 (A D B)
(B 3 C ) * 2 (B D C)
-C 3 -C
[.-. -A (•••-A
A 4 rass: A
5 B |de 1 e 4)
6 U - B |de 2 e 3)
7 - A |de 4; 5 contradiz 6)
x x
L Ó G IC A Q U A N T IF IC A C IO N A L BÁSICA
Ir - Romeu é italiano.
Ix - x é italiano.
= Para todo x, x é italiano (todos são italianos).
f4 MI*
x)Ix = Para algum x, x é italiano (alguns são italianos).
1Embora sobreposta com lógica silogística (Capítulo 2), a lógica quantificacional é mais
poderosa porque ela fundamenta-se na lógica proposicional. Por exemplo, ela pode expressar
enunciados como “Se tujlo que é A ou B é então C se e somente se é D, então ou algo é E
ou nada éE*
-■ 2 2 0 Introdução à lógica
Romeu é italiano,
x é italiano.
Para todo x, x é italiano (todos são italianos).
Para algum x, x é italiano (alguns são italianos).
Embora sobreposta com lógica silogística (Capitulo 2), a lógica quantificacional e mais
poderosa porque ela fundamenta-se na lógica proposicional. Por exemplo, ela pode expressar
enunciados como “Se tudo que é A ou B é então C se e somente se é D. então ou algo é E
ou nada é F."
■ ■ 222 Introdução à lógica
Utilize letras maiúsculas para ter- Utilize letras minúsculas para termos
mos gerai? (termos que descrevem singulares (termos que indicam uma
ou introduzem uma categoria): pessoa ou coisa específica):
Utilize letras maiúsculas para “um Utilize letras minúsculas para “o tal e
tal e tal”, adjetivos e verbos. tal”, “esse tal e tal” e nomes próprios.
Uma letra maiúscula seguida por duas Arj Romeu ama Julieta. |i
letras minúsculas representa uma re
lação.
rfcllrA JJ.X . „,
EssaVregras nos permitem construir fbfs que ja mencionamos:
“Ir”, “Ix”,y(x)Ix”)s “(3x)Ix”. Não utilize parênteses adicionais como
nos casos a seguir:
todo (cada)
fü N (X) ( v - 4
nem todo (não cada)
algum o*)
nenhum -0 x )
1. x ifão é um gato.
2 . Alguma coisa é um gato.
3. Alguma coisa não é um gato.
4. N ão é o caso que exista algo que não é um gato.
5. Tudo é um gato.
6 . Se x é um cachorro, então x é um animal.
7. Todo cachorro é um animal.
8. Ninguém é mau.
9. Alguns lógicos são maus.
10. N enhum lógico é mau.
11. Todo gato preto é azarado.
12. Alguns cachorros são grandes e famintos.
13. N em todo cachorro faminto ladra.
14. Alguns animais não são cachorros qúe ladram.
15. Alguns animais são cachorros que não ladram.
16. Todos os cachorros que ladram são assustadores.
17. N em todo não-cachorro é gato.
18. Alguns gatos que não são pretos não são azarados.
19. Alguns gatos não ronronam.
20. N em todo gato ronrona.
21. N em todo animal é gato ou cachorro. ,
22. Todos que são ou cachorro ou gato são animais.
23. Todos que são tanto cachorros como gatos são animais.
Lógica quantlficacíonal básica 227
Inverter ~ (x )F x - ( 3 x ) - F x
o p e ra d o re s ~ (3 x )F x -* (x )~ F x
--------------
Então “Nem todo mundo é engraçado” implica “Alguém não é
.engraçado”. De maneira similar, “Não é o caso que alguém seja engraça
do” (“Ninguém é*engraçado”) implica “Todo mundo é não-engraçado”.
Podemos inverter operadores em fórmulas mais longas, desde que a
fórmula inteira comece com “~ ” e depois o quantificador (então a ter
ceira caixa está errada):
__/v
~(3x)~Gx ~(
(x)— Gx .*.(3
író . .
Na primeira caixa, seria mais simples concluir “(x)Gx” (eliminando
a negação dupla). Inverta operadores sempre que você tiver uma fbf que
comece com “~” e depois um quantificador; inverter operadores move
o quantificador para o começo da fórmula, então mais tarde podemos
cortá-lo.
Cortamos quantificadores utilizando as próximas duas regras
(que valem indiferentemente de qiial variável substitui* “x” e quais fbfs
substituem “Fx” / “Fa” - desde que as duas fbfs sejam idênticas, exceto
que sempre que a variável ocorre livremente2 na anterior, a mesma
constante ocorre na última). A seguir a regra cortar-existencial (CE):
2 Nota técnica: uma instância de uma variável ocorre “livremente" se ela não ocorrer
como parte de uma fbf que comece com um quantificador utilizando essa variável; somente
a primeira instância de “x” em “(Fx • (x)(Gx)“ ocorre livremente. Então vamos de “(3 x) (Fx
• (x)(Gx)" para “(Fa • (x)Gx).”
- 228 Introdução h lógica
3*)(F * • Gx)
(Fa • Ga) ^ ^ T (F a D l> > -^ _
*Nota técnica: Esse parágrafo precisa de três qualificações: (1) Se alguém roubou o banco,
então talvez mais de uma pessoa o fez; então nosso nome (ou constante) se referirá a um dos
ladrões aleatoriamente. (2) Utilizar um novo nome é consistente com o ladrão ser alguém
mencionado no argumento; nomes diferentes (como *Jim“ e “Smith") podem referir-se ao
mesmo indivíduo. (3) A regra CE deve ser utilizada somente quando existe pelo menos uma
assunção não bloqueada; caso contrário, a versão simbólica de “Alguém é um ladrão, então
Gensler é um ladrão” seria uma prova de duas linhas.
Lógica quantlflcadonal básica 2 29
(x)(Fx d Gx)
(Fa d Ga)
Estrele qualquer fbf cm que você Estrele qualquer fbf da qual você
inverta operadores. corte um existencial.
* ~(x)Fx * (3x)Fx
(3x)~Fx Fa
não ser que tal instância já tenha ocorrido em linhas não bloqueadas
prévias). Estrele a linha original.
N ota: N ão corte um existencial se você já possui uma instância
não bloqueada em linhas prévias - não há sentido em derivar uma
segunda instância. Então não corte “(3x)Fx” se você já tem MFc”.
3. P O R FIM, C O R TE UNIVERSAIS: Para cada linha não bloqueada
que começa com um quantificador universal, derive instâncias utili
zando cada instância já utilizada. N ão estrele a linha original; você
pode ter que utilizá-la novamente.
N ota: C orte um quantificador universal utilizando uma nova letra
somente se você fez todo possível (fazendo assunções se necessário)
e ainda não tem nenhuma letra já utilizada. Isso não é usual, mas
acontece se tentamos provar “(x)~Fx ~(x)Fx.”
* 1 ~(3x)Fx Válido
[ (x)-(Fx • Gx)
* 2 - ass: -(x)-(F x • Gx)
-(3x)Fx
* 3 .'. (3x)(Fx • Gx) {de 2}
(x)~(Fx • Gx)
4 ••• (x)-Fx |de 11
5 (Fa • Ga) {de 3)
6 -F a (de 4}
7 L /. Fa {de 5)
8 ;. (x)-(Fx • Gx) {de 2; 6 contradiz 7}
7. (x )~ (F x v G x ) 9. (x )(F x D G x )
.*. (x )~ F x (x )(-F x DH x)
.*. (x )(G x V H x)
8 .2 b E x e r c íc io - ta m b é m L o g iC o la I E V
4. Todos (no colégio eleitoral) que fazem seu trabalho são inúteis.
Todos (no colégio eleitoral) que não fazem seu trabalho são perigo
sos.
.*. Todos (no colégio eleitoral) são inúteis ou perigosos. [Utilize Tx para
“x faz seu trabalho”, Ix para “x é inútil” e Px para “x é perigoso”.
Utilize o universo de discurso dos membros do colégio eleitoral:
tome “(x)w como significando “para todo membro x do colégio
eleitoral e não traduza “no colégio eleitoral”.]
a é um lógico. a é engraçado.
b não é um lógico. b não é engraçado.
3. Alguns fumam.
Nem todos têm pulmões limpos.
Alguns que fumam não têm pulmões limpos. [Utilize Fx e Lx.]
4. Alguns marxistas tramam revoluções violentas.
Alguns membros de faculdade são marxistas.
:. Alguns membros de faculdade tramam revoluções violentas. [Mx,
Tx, Fx]
5. Todo argumento válido que tem “deve” na conclusão também tem
t “deve” nas premissas. , ______ yA
Todo argumento que<Susca deduzir um “deve” de “é” tem “deve”
na conclusão, masnão tem “deve” nas premissas. I'Y
.'. Nenhum argumento quebusca deduzir um “deve” de um “é” é vá-
yylido. [Utilize Vx para “x é válido”, Cx para “x tem ‘deve’ na conclu
são”, Px para “x tem ‘deve’ nas premissas”, Dx para “x busca deduzir
um ‘deve’ de um ‘é” e o universo de discurso dos argumentos. Esse
é difícil de traduzir.]
6. Todo receptor que é bem-sucedido é rápido.
Todo receptor que é rápido é bem-sucedido. [Rx, Sx, R’x]
Nesse caso “S”, já que é uma letra maiúscula que não é seguida de
uma letra minúscula, representa um enunciado inteiro. E “r”, já que é
uma letra minúscula entre “a” e “w”, é uma constante que denota uma
pessoa ou coisa específica.
Começaremos também a utilizar quantificadores múltiplos e não
iniciais. De agora em diante, utilize as regras adicionais sobre qual
quantificador utilizar e onde colocá-los:
A seguir um exemplo:
Se todos são italianos, então Romeu é italiano = ((x) Ix D Ir)
Uma vez que “se” é traduzido como “(“do mesmo modo “se todo’
é traduzido como “((x)’. Ao traduzir, imite a ordem das palavras em
português:
Ninguém é rico.
Nenhuma pessoa é rica. ~(3x)Rx
Ninguém que seja italiano é um Nenhum italiano é um amante.
amante. ~(3x)(Ix • Ax)
Se qualquer pessoa é justa, Se alguém é justo, haverá paz.
então haverá paz. ((3x)JxDP)
(ambas
D (x)Gx erradas) .v ^ F a D G a ) ^ ^
12. Qualquer coisa não refutada que é de valor prático à vida de alguém
deve ser acreditada.
Livre-arbítrio não é refutado.
.\ Se livre-arbítrio é de valor prático à vida de alguém, então deve ser
acreditado. [Utilize Rx, Vx, D'x, 1(para “livre-arbítrio”), e o universo
de discurso das crenças. De William James.]
13. Se o mundo não tem início temporal, então alguma série de momen
tos antes do momento presente é uma série infinita completa.
Não existe série infinita completa.
.*. O mundo teve um início temporal. [Utilize Tx para “x teve um início
temporal”, m para “mundo”, Mx para “x é uma série de momentos
antes do momento presente” e Ix para “x é uma série infinita comple
ta”. Esse argumento e o próximo são de Immanuel Kant, que pensava
que nossos princípios metafísicos intuitivos levavam a conclusões
conflitantes e, consequentemente, não poderiam ser confiáveis.]14*
14. Tudo que teve um início temporal tem a causa de sua existência em
algo que já existia antes.
246 Introdução à lógica
16. Se todas as coisas são materiais, então todos os números primos são
compostos de partículas físicas.
Sete é um número primo.
Sete não é composto de partículas físicas.
/. Nem tudo é material. [Mx, Px, Cx, s]
20. Nada que não foi causado pode ser integrado na unidade de nossa
experiência.
Tudo que podemos conhecer experimentalmente pode ser integrado
na unidade de nossa experiência.
.-. Tudo que podemos conhecer experimentalmente é causado. [Utilize
Cx, lx e Ex. De Immanuel Kant. A conclusão é limitada a objetos
de experiência possível - já que diz “Tudo que podemos conhecer
experimentalmente é causado”; Kant pensava que o absoluto “Tudo
é causado” leva a contradição (veja problemas 1 e 2).]
R E L A Ç Õ E S E ID E N T ID A D E
x=y = x é igual a y.
r=l = Romeu é o amante de Julieta.
~ p=l = Paris não é o amante de Julieta.
Utilize letras maiúsculas para ter Utilize letras minúsculas para term os
mos gerais (termos que descrevem singulares (termos que denotam uma
ou introduzem uma categoria): pessoa ou coisa específica):
Utilize letras maiúsculas para “um Utilize letras minúsculas para “o tal e
tal e tal”, adjetivos e verbos. tal”, “este tal e tal” e nomes próprios.
Predicação Identidade
Ar r=l
1. Aristóteles é um lógico.
2. Aristóteles é o maior lógico.
Relações e identidade 251
9.2 P ro v as de identidade
Autoidentidade a=a
Substituição
a=b, Fa Fb
de iguais
252 Introdução à lógica
Já que não podem os inferir nada aqui (não podemos fazer muito
com u = b M), montam os um m undo possível para refutar o argumento.
Esse m undo contém duas pessoas distintas, o ladrão de bancos e você,
ambos calçando 40. Já que todas as premissas são verdadeiras e a con
clusão falsa nesse m undo, nosso argumento é inválido.
N osso próxim o exemplo envolve pluralismo e monismo:
Pluralismo Monismo
* 1 (3x)(3y)~x=y Válido
~(3x)(y)y=x
* 2 r ass: (3x)(y)y=x
* 3 .-. (3y)~a=y {de 1}
Existe mais de um ser.
~a=b {de 3}
.*. É falso que existe ^
(y)y=c {de 2}
exatamente um ser.
6 .*. a=c {de 5}
7 .*. b=c {de 5}
8 _ .*. a=b {de 6 e 7}
9 /. ~(3x)(y)y=x {de 2; 4 contradiz 8}
Relações e identidade 253
1 a=b Válido
[ . \ b=a
2 r ass: ~b=a
3 .*. ~b=b {de 1 e 2)
4 b=b {autoidentidade, para contradizer 3}
5 / b=a (de 2; 3 contradiz 4}
-O
Fa 7. a=b
rtii
1
~(3x)(Fx • ~x=a) c=b (x)(Fx D Gx)
.*. ~a=c ~Ga
(a=b D ~(3x)Fx) . ~Fb
(Fa D ~Fb) 5. ~a=b
~c=b 8. Fa
a=b .*. a=c . (x)(x=aDFx)
b=c
a=c 6. a=b 9. / . (3x)(y)y=x
/. (Fa » Fb)
10. (3x)(3y)~y=x
Romeu ama todos os Capuleto que amam a si mesmos = (x)((Cx • Axx) OArx).
x ama alguém
Para todo x, se x é um Capuleto, então
para algum y, x ama y.
Relações e identidade 261
Romeu ama todos e somente aqueles que não amam a si mesmos = (x)(Arx s~Axx)
Todos que conhecem qualquer pessoa amam essa pessoa = (x)(y)(Cxy DAxy)
“É idêntico a” é reflexiva
= Tudo é idêntico a si mesmo.
= (x)x=x [identidade é uma relação com um símbolo especial.]
“Maior que” é irreflexiva.
= Nada é maior que si mesmo.
= ~ (3x)Mxx
“Ser parente de” é simétrica.
- Em todos os casos, se x é um parente de y, então y é um parente de x.
= (x)(y)(Pxy D Pyx)
“Ser pai de” é assimétrica.
= Em todos os casos, se x é pai de y, então y não é pai de x.
= (x)(y)(Pxy D - Pyx)
“Ser maior que” é transitiva.
= Em todo caso, se x é maior que y e y é maior que z, então x é maior que z.
= (x)(y)(z)((Mxy • Myz) D Mxz)
“Ser um pé mais alto” é intransitiva.
= Em todos os casos, se x é um pé mais alto que y e y é um pé mais alto
que z, então x não é um pé mais alto que z.
= (x)(y)(z)((Mxy • Myz) D ~ Mxz)
(x)(Rx 3 (y)Axy)
Todo russo ama todo mundo.
ou (x)(y)(Rx 3 Axy)
9 .5 P r o v a s re la c io n a is
1 Apj V á lid o
2 -Ajp
Paris ama Julieta.
Julieta não ama Paris. [ ~00(y)(Axy ^ Ayx)
3 r ass: (x)(y)(Axy D Ayx)
.'. Não é sempre verdadeiro que,
4 /. (y)(Apy D Ayp) (de 3}
se uma primeira pessoa ama uma
* 5 (Apj D Ajp) {de 4}
segunda, então a segunda ama a
6 L Ajp {de 1 e 5}
primeira.
7 .*. ~(x)(y)(Axy D Ayx) {de 3; 2
contradiz 6}
* 1 (3y)(x)Axy V á lid o
[ (x)(3y)Axy
* 2 r ass: ~(x)(3y)Axy
* 3 .*. (3x)~(3y)Axy {de 2}
Existe alguém
* 4 ~(3y)Aay {de 3}
que todos amam.
5 .-. (y)~Aay {de 4}
Todo mundo ama alguém.
6 .'. (x)Axb {de 1}
7 /. Aab {de 6}
8 - .*. -Aab {de 5}
9 .’. (x)(3y)Axy {de 2; 7 contradiz 8}
Loop infinito. Ver infinito, loop. Infinito, loop. Ver loop infinito.
2 O programa de computador LogiCola, que vai com este livro, segue regras mecânicas
(algoritmos) para construir provas. Se deixado a si mesmo, LogiCola entraria em um loop
infinito para algum argumento relacionai inválido. Mas a LogiCola é previamente dito quais
argumentos entrariam em um loop infinito e que refutação fornecer, então ele pode parar o
loop em um ponto razoável.
266 Introdução b lógica
' l\sse exemplo é como argumentar " Iodo mundo mora cm alguma casa, entAo deve existir
alguma (uma) casa em que todo mundo mora". Algumas grandes mentes cometeram essa
(alicia. Aristóteles argumentou: "Todo agente age para um fim, entAo deve haver algum (um)
fim para o qual todo agente age". SAo Tomás de Auuino argumentou: "Sc todas as coisas em
algum tempo l.tlham cm existir, entAo deve haver algum (um) tempo no qual todas as coisas
falham em existir", h John I,ocke argumentou: "Todas as coisas sAo causadas por alguma coisa,
entAo deve existir alguma (tuna) coisa que causou todas as coisas".
Relações e identidade 267
Nesse caso, todos amam o outro, mas não a si mesmos; isso nova
mente faz a premissa verdadeira e a conclusão falsa.
N ão obtemos automaticamente uma refutação com argum entos
inválidos que levam a um loop infinito. Ao invés, temos que pensar
uma refutação por nós mesmos. Enquanto não há estratégia que sem pre
funcione, sugiro que você:
Dadas essas premissas, todo m undo com um núm ero finito de seres
possui algum ser insuperável em grandeza (fazendo com que a conclusão
seja verdadeira). Mas podemos imaginar um m undo com uma infinidade
de seres - no qual cada ser é superável em grandeza por outro. Então o
argum ento é inválido.
Podemos refutar um argumento dando outro da mesma form a com
premissas verdadeiras c uma conclusão falsa. Tomemos os núm eros na
turais (0, 1, 2,...) como o universo de discurso. Q ue " a ” refira a 0 e “b ”
retira a l e “G xy” significa “x y ”. Nessa interpretação, as premissas são
todas verdadeiras. Mas a conclulsào, que diz “Existe um núm ero do qual
nenhum núm ero é m aior”, é falsa. Isso mostra que a form a é inválida.
• 268 Introdução à lógica
* 1 (3x)(3y)Axy Válido
[ (3y)(3x)Axy
^ 2 -ass: ~(3y)(3x)Axy
3 (y)~(3x)Axy {de 2}
(3x)(3y)Axy * 4 (3y)Aay {dei}
•• (By)(3x)Axy 5 Aab {de 4}
* 6 /. ~(3x)Axb {de 3}
7 /. (x)~Axb {de 6}
8 _ .*. -Aab {de 7}
9 . (3y)(3x)Axy {de 2; 5 contradiz 8}
1. (x)Axa 9. (x)(y)Axy
.•. (x)Aax .*. (3x)Aax
£
19. Essa m ulher é a senhorita Novak.
.-. Se você não gosta da senhorita Novak, então você não gosta dessa
mulher. [Utilize e, n, v e Gxy. Isso é do filme The Little Shop around
the Corner: “Se você não gosta de senhorita Novak, eu posso dizer
com certeza que você não vai gostar dessa mulher. Por quê? Porque
ela é senhorita N ovak.”]20
20. Todo mundo que é inteiramente bom previne todo mal que pode.
Todo mundo que é onipotente pode prevenir todo mal.
Se alguém previne todo mal, então não existe mal.
Mal existe.
O u Deus não é onipotente, ou Deus não é inteiramente bom. [Utilize
Bx, Mx, Pxy (para “x pode prevenir y ”), P ’xy (para “x previne y ”),
O x e d. De J. L. Mackie.]
Relações e identidade 271
* Uma instância de uma variável é “livre” se ela não ocorre como parte de uma fbf que
começa com um quantificador utilizando a variável; cada instância de “x ” é livre em “Fx”,
mas não em “(x)Fx”.
272 Introdução à lógica
s Ele também considerou enganosa a análise no primeiro caso, mas não quero discutir
isso agora.
Relações e identidade 273
* Na análise de Russell, *o rei da França não é careca* è cambem ralsa - uma v a que
significa ‘ Existe exararaente um rei da França e ele nào e careca*.
- 274 Introdução à lógica
LÓ G IC A M O D A L BÁSICA
10.1 Traduções
0(A • B)
É necessário que se A então B.
A implica B
□(A D B)
1 Como somos seres finitos, daremos na prática somente descrições parciais (não “com
pletas”).
Lógica modal básica 277
(O A • O -A )
A é uma verdade contingente A é verdadeiro, mas poderia ser falso.
(A • O -A )
2 Existe uma exceção a essas regras nas caixas: se o antecedente é uma afirmação sobre
necessidade ou possibilidade, então uilizc apenas a forma de quadrado-dentro. Então “Se A
é necessário, então B é necessário” é somente “(DA D D B ) ” - e “Se A é possível, então B é
impossível” é somente “ ( O A D ~ O B ) ”.
- 280 Introdução à lógica
10.2 Provas
Inversão -□ A - O -A
de operadores ~OA - D~A
~0~ B -□ (C • ~D)
.*.□— B .-. 0 ~ (C • ~D)
Cortar O A — W .-. A,
losango use uma nova seqüência de Ws.
□ A -* W .*. A,
Cortar
utilize qualquer prefixo
quadrado
de mundo.
_____________________ I
A linha com “DA” pode utilizar qualquer prefixo de mundo - e
a linha com a.\ A ” também (incluindo o vazio). Se “A ” é necessário,
então “A ” é verdadeiro em todo mundo possível, e portanto podemos
colocar “A ” em qualquer mundo que quisermos. N o entanto, é uma má
estratégia cortar um quadrado em um novo mundo; ao invés, permaneça
Lógica modal básica 283
*~ D A * OA
.*. O -A W /. A
Estas duas provas a seguir ilustram os dois casos (o prim eiro caso
é mais comum):
J Em “(A*OB)”, a primeira letra c não modalizada; se essa fórmula fosse uma premissa ou
uma conclusão, então nossa estratégia padrão seria de cortar todos os quadrados no mundo atual.
Lógica modal básica 285
u ' • r
N ossa “estratégia padrão” sobre cortar quadrados noim undo
sempre nos dará uma prova, mas às vezes ela nos dá linhas que não
precisamos. Se vemos que podemos completar a prova sem essas linhas,
então não há problema de omiti-las.
N ossa estratégia de prova funciona de modo muito parecido ao de
antes. Primeiro assumimos o oposto da conclusão; depois utilizamos
nossas quatro novas regras mais as regras S e i para derivar o que pode
mos. Encontramos uma contradição, aplicamos RAA. Se emperramos
e precisamos quebrar uma fbf da forma “-(A • B)” ou “(A v B)” ou
“(A D B)”, então fazemos uma outra assunção. Se não obtemos nenhu
ma contradição e ainda não podemos fazer nada mais, então tentamos
refutar o argumento.
A seguir um enunciado mais completo dos três passos modais de
nossa estratégia:
1 □ (A D B) Válido
* 2 O -B
[ .-. O -A
□(A D B) * 3 - ass: ~ 0 ~ A
O -B 4 .-. DA (de 3}
O -A 5 W .-. ~B (de 2}
* 6 W .\ (A D B ) {dei}
7 W /. A {de 4}
8 L W .-. B {de 6 e 7}
9 \ 0 ~ A {de 3; 5 contradiz 8}
1. 0 (A • B) 5. (O A v OB) 9. DA
OA .-. O (A v B) ~DB
/. ~D(A D B)
2. A 6. (A D DB) 10. D (A D B )
/. OA O -B (DA D DB)
O -A
3. ~ 0 (A • ~B) 7. ~ 0 (A • B)
/. D(A D B) OA
/. -D B
4. D(A V ~B) 8. D A
-□ A /. OA
O -B
10.3 Refutações
Aplicar nossa estratégia de prova a um argumento inválido nos
leva a uma refutação:
* 1 O -H Inválido
2 D (H v T)
H , ~T
[ .\D T
É possível que não seja T, ~H
* 3 ass:~D T W
cara.
* 4 .*. O - T {de 3}
É necessário que seja cara
5 W ~T {de 4}
ou coroa.
6 W ~H {de 1}
.*. É necessário que seja
* 7 W : . ( H v T ) {de 2}
coroa.
* 8 W : . (H v T ){ d e 2 )
9 W H {de 5 e 7}
10 \VW /. T {d e6 e8 }
(B D DU) □(BDU)
Se você é solteiro, então você é ine É necessário que, se você é solteiro,
rentemente não casável - em nenhum então você é não casado. (Isso é tri
mundo possível ninguém casaria com vialmente verdadeiro, porque “soltei
você. (Esperamos que isso seja falso.) ro” significa homem não casado.)
1 D(A D B) In v á lid o
* 1 V A ~A, ~B
[ .*. DB
* 3 ass: -G B w A, B
□ (A D B) * 4 /. 0~B{de3}
OA 5 W /. ~B (de 4}
■. DB 6 W A (de 2}
* 7 W (A D B) (de 1}
8 W /. (A D B ) {de 1}
9 W /. ~A {de 5 e 7}
10 W .*. B {de 6 e 8}
2. A 6. OA 10. -D A
DA -□ B □(B = A)
~D(A D B) .-. ~OB
3. O A 7. D(C D (A V B))
OB (~A • O -B )
/. 0 ( A • B) .-. o ~ c
4. D(A D ~B) 8. D(A v ~B)
B .*. (~OB v DA)
/ .□ - A
2. Você sabe.
“Você está errado”é logicamente possível.
“Você sabe e está errado” é logicamente possível. [Utilize S e E.]
3. Necessariamente, se isso for, então isso será.
Se isso for, então é necessário (em si mesmo) que isso será. [Utilize
S. Isso ilustra dois sentidos de “Que será será3” - “Que será será”.
O primeiro sentido é uma verdade lógica, enquanto o segundo
é uma forma de fatalismo.]
4. Estou imóvel.
Se estou imóvel, então é necessário que eu não esteja me movendo.
Se é necessário que eu não esteja me movendo, então se eu me movo
não é uma questão de minha escolha livre.
Se eu me movo, não é uma questão de minha escolha livre. [Utilize
I, M e {L}. Essa é uma adaptação do pensador medieval Boécio,
que utilizou um exemplo similar para explicar a distinção quadrado-
-dentro/quadrado-fora.]
5. É necessariamente verdadeiro que, se você é moralmente responsável
pelas suas ações, então você é livre.
É necessariamente verdadeiro que, se suas ações são sem causa, então
você não é moralmente responsável por suas ações.
“Você é livre” não implica “Suas ações são sem causa”. [Utilize R,
L e S (para sem causa). De A. J. Ayer.]
6 . Se “A vida consciente de alguém não continuará para sempre” im
plica “Vida não tem sentido,” então um vão finito de vida não tem
l/úi m sentido.
Se um período finito de vida não tem sentido, então um período
infinito de vida não tem sentido.
Se um período infinito de vida não tem sentido, então “A vida consciente
deãlguém ^âíhontinuará para sempre” implica “Vida não tem sentido”.
M il J . Se é possível que a vida não seja sem sentido, então “A vida cons
ciente de alguém não continuará para sempre” não implica “Vida
não tem setido”. [C, V, Jtl Í Ü ' t X & f : UW0 * J : j,(
^
c . .. . . .
7. be voce tem dinheiro, então voce nao pode estar quebrado.
rt <n\Mw
Você pode estar quebrado.
Você não tem dinheiro. [Utilize D e Q. Esse argumento é simples
mente uma instância válida de m o d u s t o ll e n s : “(P D Q), ~ Q ~ P ”?]
T al c o m o n o o rig in a l, s e n d o q u e o s e g u n d o fo i tr a d u z id o . N . T.
Lógica modal básica 295
di jJAr
0 É necessário que, se existe um ser necessário, então “Existe um ser
necessário” (por si mesma) é necessário.
“Existe um ser necessário” é logicamente possível.
/‘V|V*' / ■ .. “Existe um ser necessário” é logicamente necessário. [Utilize N
I ipara “Existe um ser necessário” ou “Existe um ser que existe p o r
necessidade lógica”; esse ser é frequentem ente identificado com
Deus. De Charles Hartshorne e Santo Anselmo; às vezes chamado
“Segundo argumento ontológico de A nselm o”. A prova levanta
questões lógicas que trataremos no próxim o capítulo.]
11. “As ações desse agente foram todas determinadas” é consistente com
“Eu descrevo o caráter desse agente em uma maneira aprovadora”.
“Eu descrevo o caráter desse agente em uma maneira aprovadora”
é consistente com “Eu louvo esse agente”.
“As ações desse agente foram todas determ inadas” é consistente
com “Eu louvo esse agente”. [D, A, L]
13. Se “Eu fiz isso de propósito” implica “Eu tomei uma decisão prévia
propositada para fazer isso”, então existe uma cadeia infinita de
decisões prévias para decidir.
-■ 296 Introdução à lógica
16. N e c e s s a r i a m e n t e , s e D e u s p e r m i t e q u e A s e ja v e r d a d e i r o , e n t ã o A
é v e rd a d e iro .
A é u m a c o n tra d iç ã o .
É i m p o s s í v e l p a r a D e u s p e r m i t i r q u e A s e ja v e r d a d e i r o . [ U t i l i z e B e
A , o n d e B é p a r a “ D e u s p e r m i t e q u e A s e ja v e r d a d e i r o . ” ]
21. Se Platão está certo, então é necessário que idéias sejam superiores
a coisas materiais.
É possível que idéias não sejam superiores a coisas materiais.
.*. Platão não está certo. [P, S]
22. “Parece que eu vejo uma cadeira” não implica “Existe um a cadeira
real que parece que eu vejo”.
Se percebemos objetos materiais diretam ente, então “ Parece que eu
vejo uma cadeira e existe uma cadeira real que parece que eu vejo”
é consistente.
/. N ão percebemos objetos materiais diretam ente. [V, R, D]
24. Se você fizer toda sua lição de casa certo, então é impossível que
você erre esse problema.
É possível que você erre esse problema.
Você não faz toda sua lição de casa certo. [C, E]25
25. “Você faz o que você quer” é compatível com “Sua ação é determ i
nada”.
“Você faz o que você quer” implica “Sua ação é livre”. \j/
.*. “Sua ação é livre” é compatível com “Sua ação é determ inada”. [Q ,
D , L]
298 Introdução à lógica
O U T R O S S IS T E M A S M O D A IS
11.1 V i a g e m g a l á c t i c a
11 W.«. O A (dei) # -* W
12 WW .-.A {de 11) W -* WW
13 WWW .-. B {de 2} # — WWW
# -* W W -> WW # -» WWW
1 DA Válido
[ .\ D D A
* 2 r ass: -D D A
* 3 0~Q A {de2}
* 4 W /. -D A {de 3} #—W
* 5 W O -A {de 4)
6 WW .*. ~A {de 5} W — WW
7 L W W .\ A {dei} Requer S4 ou S5
8 /. D D A {de 2; 6 contradiz 7}
1 A Válido
[ /. □ OA
* 2 " ass: -D O A
* 3 O -O A {de 2}
* 4 W ~O A {de 3} #—W
5 W .\ D~A {de 4}
6 _ ~A {de 5} Requer B ou S5
7 D O A {de 2; 1 contradiz 6}
1 OA Válido
[ \ DOA
2 I- ass: -D O A
0 ~ 0 A {dc 2}
: W .\ ~OA (de 3} " L jf* J M M # -* w
5 1V.-. Ü~A {de 4} p \ f l $
6 \VW /. A {de t f Jc /VY-uj l n # -» WW
7 _ WW .-. -A {de 5} Requer S5
8 D O A (de 2; 6 contradiz 7}
é necessária, mas não é necessário que ela seja necessária; isso faz de
“(D A D □ □ A ) ” falso. Mas a idéia de que “2=2” agora expressa é tanto
necessária e necessariamente necessária - e uma mudança em como uti
lizamos a linguagem não tornaria essa id eia falsa. Então se S5 é o melhor
sistema pode depender em se tomamos o quadrado como sendo sobre
a necessidade de idéias ou sentenças.
Existem ainda outras maneiras de entender o “necessário”. Algumas
vezes chamar algo de “necessário” pode significar que é “fisicamente
necessário”, “provado”, “conhecido” ou “obrigatório”. Alguns lógicos
gostam do sistema fraco T porque ele vale para vários sentidos de “ne
cessário”; tais lógicos podem ainda utilizar S5 para argumentos sobre
necessidade lógica de idéias. Enquanto eu tenho simpatia com essa visão,
a maioria dos argumentos modais nos quais eu estou interessado são
sobre necessidade lógica de idéias. Então utilizo S5 como sistema padrão
de lógica modal, mas me sinto livre em mudar para sistemas mais fracos
para argumentos sobre outros tipos de necessidade.
Aqui consideramos os quatro principais sistemas modais. Pode
ríamos inventar outros sistemas - por exemplo, um no qual podemos
com binar bilhetes de viagem apenas em grupos de três. Lógicos desen
volvem esses sistemas não para os ajudar a analisar argumentos reais,
mas para explorar estruturas formais interessantes.1
5)1 1 -□ A Válido
-□ A [ .*. □ - □ A
* 2 ~ass: -D -D A
■. D -D A
* 3 O D A {de 2}
* 4 O -A (del)
A linha 7 combina uma
série de bilhetes e vai al 5 W .\ D A {de3] #—W
gumas vezes na direção 6 ÍW ~A {de 4} # — W
7 !- \VW A {de 5) Requer S5
inversa. Isso requer S5.
8 .,\ □ - □ A {de 2; 6 contradiz 7}
6. G(A D B) 11. GA
T. o a r'
.*. A □ (□ A D D B ) /. G(B D GA)
2. OA ZO A D O S) 1 2 .G O G O A
.*. O O A .*. G (A D G B) .*. G O A
4 .0 G A 9 .0 G 0 A 14. G (A D G B )
DA .-. OA OA
.*. GB
11.2 T r a d u ç õ e s q u a n tif ic a c io n a is
1 □(x)x=x Válido
[ .*. (x)Dx=x
2 r- ass: ~(x)Dx=x
É necessário que tudo
3 .*. ( 3 x ) ~ D x = x {de 2 }
seja idêntico a si mesmo.
4 ~Da=a {de 3}
.*. Toda entidade possui
5 /. 0 ~ a= a {de 4}
a propriedade necessária
6 W .-. -a=a {de 5}
de ser idêntica a si mesma.
7 W .*. (x)x=x {de 1)
8 W /. a=a (de 7}
9 /. (x)Dx=x {de 2; 6 contradiz 8}
W Aa, ~Ab
W A b ,^ 4
1 (x)DFx Válido
[ .*. □(x)Fx
* 2 r ass: ~D(x)Fx
* 3 .-. 0~(x)Fx {de 2}
(x)DFx * 4 W /. ~(x)Fx {de 3j
.*. □(x)Fx * 5 W .*. (3x)~Fx {de 4}
6 W ~Fa {de 5}
7 DFa {de 1)
8 -W .\ Fa {de 7}
9 .*. D(x)Fx {de 2; 6 contradiz 8J
“Qualquer um que nào tenha uma barba não sou eu” é somente
uma verdade contingente.]
2. “Qualquer que não tenha uma barba não sou eu” é uma verdade
necessária.
“Eu tenho um barba” é logicamente necessário. [Utilize Bx e e.]
3. Aristóteles nào é idêntico a Platão.
Se algum ser possui a propriedade de ser necessariamente idêntico
a Platão, mas nem todo ser possui a propriedade de ser^dêntico a
Platão, então àlguns' seres possuem propriedades necessárias que
outros seres prescindem.
.*. Alguns seres possuem propriedades necessárias de que outros seres
prescindem [Utilize a, p e S (para “Alguns seres possuem proprie
dades necessárias de que outros seres prescindem”). Essa defesa
de essencialismo aristotélico é essencialmente de Alvin Plantinga.]
Todos os matemáticos são necessariamente racionais.
Paul é um matemático.
Paul é necessariamente racional. [Mx, Rx, p]
5. Necessariamente existe algo inigualável em grandiosidade.
Existe algo que necessariamente é inigualável em grandiosidade. [Ix]
6. O número no qual eu estou pensando não é necessariamente par.
8 = o número no qual eu estou pensando.
.*. 8 não é necessariamente par. [Utilize n, P e e. Nossa lógica modal
quantificacional ingênua decide corretamente se esse argumento é
válido?]
7. “Eu sou um ser pensante, e não existem objetos materiais” é logi
camente possível.
Todo objeto material possui a propriedade necessária de ser um
objeto material.
.*. Eu não sou um objeto material. [Utilize Px, Mx e e. De Alvin
Plantinga.]
8. Todos humanos são necessariamente racionais. , -
Todos seres vivos nesta sala são humanos. ^
.*. Todos seres vivos nesta sala são/fôcionais. [Utilize Hx, Rx e Vx.
De Aristóteles, que foi o primeiro lógico e o primeiro a combinar
quantificação com modalidade.]
Paul é racional.
Paul é contingentemente racional. [Cx. Rx, p]
10. “Sócrates tem uma dor em seu dedão, mas não dem onstra com por
tamento de d o r” é consistente.
É necessário que todos que tenham uma dor em seu dedio estejam
com dor.
“Todos que estejam com dor demonstram com portamento de dor*
não é uma verdade necessária [Utilize s, Dx para “x tem uma dor
em seu dedão,” Cx para “x demonstra com portamento de d o r” e
D ’x para “x tem dor”. Esse argumento ataca uma análise behaviorista
do conceito de “dor.”]
11. Se Q (a questão “Por que há algo e não nada?”) é uma questão sig
nificativa, então é possível que exista uma resposta para Q .
Necessariamente, toda resposta a Q refere-se a um existente que
explica a existência de outras coisas.
Necessariamente, nada que se refere a um existente que explica a
existência de outras coisas é uma resposta a Q .
Q não é uma questão significativa. [S, Rx, R’x]
12. O núm ero de apóstolos é 12.
12 é necessariamente maior do que S.
.*. O núm ero de apóstolos é necessariamente m aior do que S. [Utilize
n, t, e Mxy. N osso sistema ingênuo decide corretam ente se esse
argumento é válido?]
13. Todo ciclista (bem-formado) é bípede.
Paul é um ciclista (bem-formado).
.-. Paul é necessariamente bípede. [Cx, Bx, p]14
14. Algo existe no entendimento do qual nada pode ser maior. (Em
outras palavras, existe algum x tal que x existe no entendim ento e
não é possível que exista algo maior do que x.)
Qualquer coisa que exista cm realidade é maior do que qualquer
coisa que não existe em realidade.
Sócrates existe em realidade.
Algo existe em realidade da qual nada pode ser maior. (Em outras
palavras, existe algum x tal que x existe em realidade e é não c possível
que exista algo maior do que x.) [Utilize Ex para “x existe no enten
dim ento”, Rx para “x existe em realidade”, Gxy para *x c m aior do
que y ” e s para “Sócrates”. Utilize um universo de discurso de seres
atuais. (É isso legítimo?) Essa é uma forma do primeiro argum ento
ontológico de Santo Anselmo para a existência de Deus.]
314 Introdução à lógica
A primeira forma pode ser verdadeira - se, por exemplo, o núm ero
7 possui a propriedade necessária de ser ímpar e eu estou apenas pen
sando no número 7. Mas a segunda forma é definitivamente falsa, já que
é possível que eu esteja pensando em nenhum número, ou em mais de
um número, ou em um número par.
Outros sistemas modais 315
Essa inferência não deveria ser válida - a não ser que pressupo
nhamos a premissa adicional “W .\ (3x)x=g” - que Gensler é um ser
existente no mundo W.
Rejeitar essa linha requer mover a uma lógica livre - uma que é livre
das assunções que constantes individuais como “g” sempre referem-se
a seres existentes. Lembre-se de nossa regra cortar universal C U da
Seção 8.2:
Suponha que todo ser existente é F; “a” pode não denotar um ser
existente e, portanto, “a é F ” pode não ser verdadeiro. Então precisa
mos modificar a regra para requerer à premissa que “a” denote um ser
existente:
Outros sistemas modais 317
W a não existe, Fa
3 Ou suponha que Deus não criou nada e que todos os seres não criados têm a propriedade
necessária de ser não criado. Então “Todo ser existente tem a propriedade necessária de ser
não criado” seria verdadeira. Mas “Em todo mundo possível, todo ser existente é não criado”
poderia ainda ser falsa - desde que pudessem ter existido mundos possíveis com seres criados.
Outros sistemas modais 319
a possui a propriedade F.
PE* Fa — (3x)x=a
a é um ser existente.
É falso que Descartes seja um ser existente que pensa = ~(3x)(x=d • Td)
um ser não existente em nosso m undo real que possui propriedades tais
como ser gordo. Mais precisamente, o que existe em nosso m undo real
são estórias sobre a existência de alguém com certas propriedades - e
crianças que podem acreditar nessas estórias. Então Papai Noel não
precisaria nos fazer desistir de PE*.
= DFa
F é uma propriedade necessária de a
= Em todo mundo possível, a é F.
Indicativo Imperativo
(Você está fazendo A.) (Faça A.)
A A
Au Au
Não faça A
II II II II
Que todo mundo que (de fato) está fazendo A faça B = (x)(Ax D Bx)
Que alguém que (de fato) está fazendo A faça B = (3x)(Ax •Bx)
Que alguém faça ambos A e B = (3x)(Ax •Bx)
<s n
J ^ Di2er que nosso argumento qválido significa que esta combinação
é inconsistente:
“Sc você estiver acelerando, então não breque; você está acelerando; breque.”
Este próximo argumento é como o prim eiro, exceto que ele utiliza
uma premissa não-combine> o que o torna inválido:
Não combine acelerar com brecar - nunca faça ambos juntos; você de fato
está acelerando agora; mas você baterá o carro a não ser que você diminua;
então pare de acelerar agora - e breque imediatamente.
em o que fazer em seguida. A segunda diz a você para não acelerar. Mas
a terceira deixa em aberto se você deveria parar de acelerar ou parar de
brecar. Talvez você precise brecar (e parar de acelerar) para evitar colidir
com outro carro; ou talvez você precise acelerar (e parar de brecar) para
ultrapassar outro carro. A forma não-com bine não diz a um a pessoa
nessa combinação proibida exatamente o que fazer.
Essa distinção se-então/não-com bine é essencial para consistência
de imperativos. Considere estas três formas (utilizando A para “Você
faz A ” e B para “Você acredita que A é errado”):
* 1 (A D ~B) Válido
* 2 (-A D -Q
[.-.-» • £ )
(AD~B) * 3 [ a s s : (B • Q)
(~a d ~q 4 .-.B {de 3}
•. - « • £ ) 5 •••£ (de 3}
6 .*. ~A (de 1 e 4)
7 _ .-. A {de 2 e 5}
8 .*. ~(B • O {de 3; 6 contradiz 7}
l. ~A 5- ~0(A*B) 9. (~Av~B)
~(A • B) A) ••• ~(A • £)
2. N ão coma bolo.
Se você não come bolo, então dê a si mesmo uma estrela de ouro.
.’. Dê a si mesmo uma estrela de ouro. [Utilize B e E.]
você aceita as premissas, você não come a coisa. Prefiro dizer que
se você aceita essas premissa e isso é consistente, então você não
comerá a coisa.]
8. Minta para seu amigo somente se você quiser que as pessoas mintam
para você sob as mesmas circunstâncias.
Você não quer que as pessoas mintam para você sob as mesmas
circunstâncias.
.’. Não minta para seu amigo. [Utilize M e Q. Premissa é baseada em
uma versão simplificada da fórmula de lei uniersal de Im m anuél' '
Kant; veremos uma versão mais sofisticada no Capítulo 14.]
12.3 T ra d u ç õ e s d e ô n tic a s
A t o A é o b r i g a t ó r i o ( e x i g id o , u m d e v e r ) = OA
A to A é c e r to ( c o r r e to , p e rm is s ív e l, O K ) = RA
= ~RA A to A n ã o é c e rto .
A to A é e rra d o
= O -A A to A o b rig a to ria m e n te n ã o d e v e s e r fe ito .
S e v o c ê fa z A , e n tã o v o c ê n ã o d ev e fa z e r B = (A D 0 ~ £ )
V o c ê n ã o d e v e c o m b in a r fa z e r A c o m fa z e r B = 0 ~ (A • B)
É o b r ig a tó r io q u e to d o s fa ç a m A = 0 (x )A x
N ã o é o b r ig a tó r io q u e to d o s fa ç a m A = ~ 0 (x )A x
É o b r i g a t ó r i o q u e n í ^ t o d o s f a ç a m A pÚ W = 0 ~ (x )A X
É o b r ig a tó r io q u e to d o s se p riv e m d e fa z e r A = 0 (x )~ A x
É o b r ig a tó r io q u e a lg u é m re s p o n d a o te le fo n e = 0 (3 x )A x
E x is te a lg u é m q u e te m a o b r ig a ç ã o d e a te n d e r o te le f o n e = (3 x )O A x
4 Para uma discussão sobre essas questões, veja meu Ethics: A Contemporary Introduction,
2a ed. (New York: Routledge, 2011).
- 334 Introdução à lógica
Au Au OAu RAu
s Não podemos distinguir as três como “(3x)(Kx • ORx),” “(3x)(OKx • Rx)”, e “(3x)
0(K x • Rx)” - já que colocar “(3x)wfora do “O ” muda o significado. Veja o parágrafo anterior.
Lógica deôntica e imperativa 335
1. Se você estiver acelerando, então você não deve brecar. [Utilize A e B.]
2. Você não deve combinar acelerar com brecar.
3. Se A é errado, então não faça A.
4. Faça A, somente se A for permissível.
5. “Faça A ” implica “A é permissível”.
6. A to A é moralmente indiferente (moralmente opcional).
7. Se A é permissível e B é permissível, então A-e-B são permissíveis.
8. N ão é seu dever fazer A, mas é o seu dever não fazer A.
9. Se você acredita que você deve fazer A, então você deve fazer A.
[Utiliza A para “Você acredita que você deve fazer A ” e A* para
“Você .faz A ”.]
10. Você íião deve combinar acreditar que você deve fazer A com não
fazer AT
11. “Todos fazem A ” não implica “Seria certo para você fazer A ”. [Ax, u]
12. Se é certo para X fazer A a Y, então é certo para vqcê'fazerA:.7Axy] £2
13. É seu dever fazer A, somente se é possível para você fazer A.
14. É obrigatório que o Estado envie apenas pessoas culpadas à prisão.
[C x’ Exy’ eJ / k
■ 336 Introdução à lógica
15. Se não é possível para todos fazer A, então você deve não fazer A.
[Ax, u]
16. Se é certo para alguém fazer A, então é certo para todos fazer A.
17. Se é certo para você fazer A, então é certo para qualquer um fazer A.
18. Não é certo para qualquer um fazerA.
19. É permissível que todos que sãa pecadores sejam agradecidos. [Sx,
Tx] . ^ VWOi' f # 1 * 0
20. E permissível que todos que são agradecidos sejam pecadores.
Cortar RA -> D A,
“R” utilize uma nova seqüência de D ’s.
Nesse caso a linha com “RA” pode utilizar qualquer prefixo de m un
do - e a linha com “ .*. A ” deve utilizar um prefixo de mundo que seja o
mesmo, exceto que ele termine com uma nova seqüência (uma seqüência
que não tenha ocorrido nas linhas anteriores) de um ou mais D s. Se o ato
A é permissível, então “Faça A ” está em algum mundo deôntico; podemos
dar a esse mundo um nome arbitrário e, portanto, novo - correspondente
a uma nova seqüência de D s. Utilizaremos “D ” para o primeiro “R ” que
cortamos, “D D ” para o segundo e assim por diante. Portanto, se cortamos
dois R s, então devemos introduzir dois mundos deônticos:
R(A • B)
D /. (A • £)
Gzrzsr G£ — D i
*cr rzrf.T T - g C T S i « ç -2t£ttCÍZ T 2 z ã i
c tx c c s a f e e r s e c z é n c i x d e D * .
Nesse c£30s. £ f e h a com "‘O A ’' pode unH zar <n££k|Gier p rzttza à s
gzsnÕÃ. e £ f e r a c o o * /. A " deve u tilizer a m p rd iz o d e m u ad o que
sera c c o T jgsrc on eruão o m esm o ezcezo cu e d c adiciona um o u m ak
Er'f r*s frr-si. Se a 2 1 0 A é obrigatório, e rrã ? “F aça A " e sti em todos os
rzuutdcs deõcaáicam, P o ta rn o . se tem os “O A ” a o m undo atual. então
podem os derivar * A% *D z. A *, *D D A 5', c assim p o r d a m e ; mas
é : r a zoa escrarespa perm anecer em rntrodos d e o m k o s /d x-zlizados
2 0 cortar * 0 ^ [e c ra g o s s m d o arcai, se não houver m undos com
IXs> C om o ames- podem os cortar um * 0 * d e fórm ulas q u e são mais
ccm çB zsàzir desde cue * 0 ” a ttó
1 CM A • h ) Válido
(I) Inversão de operadores: vá óe
2 OA
para ‘ R 3 ’ fHaha 4).
í -- O - I
(2; C orte cada ~R~ írâd al csaad o asa
* 3 sss: ~ 0 ~ I
novo rrrjrado deõ atíco a cada vczr v i
* 4 /.R fi{ d e 3 )
dc “R S ” para ‘ D S ” íliaisa 5 ).
3 D / . B |de 41
(3j P o r óiziaao, cw ic cada ‘ O ' F^raal
* 6 D /. -(A • fiH de IJ
p or ara rm rado dgénáco dc xrxcsi t í
7 D .-.A ide 2)
8 - D /. -S fde6e7] de *0~ (A • S T para 'D -{A * 5}*
- e de ‘ O ^ * para “D A ”-
9 O - I {d« 3; 5 contradiz 8}
Essa prova é como uma prova modaL exceto pelas linhar sublinha
das e o fato de ter “O ”, “R*, e “D 55ao lugar de “ Z * “ O , * e “W 2*. C o m o
em lógica modal, podemos estrelar (e então ignorar) um a linha q u an d o
utilizam os uma regra de inversão de operadores o u de co rta r-44R* nela.
As coisas se tom am mais complicadas se utilizam os as regras para
cortar “R* e “O* em uma fórmula em algum o u tro m u ndo possrveL
C onsídere estes dois casos:
RA W .. RA
OI VO I
D .. A WD A
D I TO I
Transfcrência-
D .-. A - * A
-indicativa
A D A OA A
D A A D .-. O A
“ D e v e ” im p lic a “ p o d e ” : “ V o c ê d e v e f a z e r
Lei de Kant OA - OA A ” im p lic a “ É p o s s ív e l q u e v o c ê fa ç a A ” .
segunda, exceto por ser sublinhada, e toda fbf construída a partir da qual
a primeira é construída é um imperativo.6A lei de Kant é frequentemente
útil com argumentos contendo operadores deônticos (“O ” ou “R ”) e ope
radores modais (“□ ” ou “O"); note que você infere “ O A ” (“É possível
para você fazer A ”) e não “O A ” (“O imperativo ‘Faça A* é consistente”).
A lei de Kant de modo equivalente afirma que “Você deve fazer isso,
mas isso é impossível” é inconsistente. Essa lei falha para alguns sentidos
prima fa d e ou descritivo de “dever”; desde que a política da empresa
possa requerer coisas impossíveis, não há inconsistência nisto: “Você
deve (conforme a política da empresa) fazer isso, mas isso é impossível”.
Mas a lei parece valer para o sentido considerando-todas-as-coisas de
“dever”; isto parece inconsistente: “ Considerando-todas-as-coisas, você
deve fazer isso, mas é impossível fazer isso”. N ão podem os ter um a
obrigação moral considerando-todas-as-coisas de fazer algo impossível.
LK é uma forma fraca da lei de Kant. Kant pensou que o que
devemos fazer não é somente logicamente possível, mas também o que
somos capazes de fazer (fisicamente e psicologicamente). N ossa regra
LK expressa somente a pane “logicamente possível”; mas, mesmo assim,
ela ainda é útil para diversos argumentos. E não machucará se às vezes
interpretarmos “O ” em termos do que somos capazes de fazer.
Já mencionamos as primeiras duas destas quatro “leis”:7
...... ~ —---- ;----- ;-------- ;------------------------1
Lei de Hare: Um "dever” implica o imperativo correspondente.
Lei de Kant: “dever” implica “poder”.
Lei de Hume: Podemos derivar um “deve” de um “é*.
Lei de Poincaré: Podemos deduzir um imperativo de um “é”.
Essa fbf diz “Não c logicamente possível que você deve fazer A e
também nâo deve fazer A”; essa fórmula está correta se tomamos “dever”
no sentido considerando-todas-as-coisas, normativo. Moralidade não
pode fazer exigências impossíveis de nós; se pensamos de outra maneira,
nossas vidas estarão propensas a serem preenchidas com culpa irracio
nal por não satisfazer exigências impossíveis. Mas “~ 0 ( 0 A • O - A ) ”
estaria incorreta se tomássemos “O ” nela como significando algo como
“dever conforme política da empresa” ou “dever prima facie”. Políticas
de empresa inconsistentes podem requerer que façamos A e também
requerer que não façamos A; e podemos ter uma obrigação prima fa d e
para fazer A e outra para omitir fazer A.
2. (3x)OAx 7. OA 12. OA
0(3x)A x OB RB
0 (A • B) R(A • B)
19. A 23. .\ 0 ( ~ R A o ~ A )
~A
OB
3. Eu fiz A.
Eu não devia ter feito A.
Se eu fiz A c era possível a mim não ter feito A, então eu tenho livre-
-arbítrio.
.\ Eu tenho livre-arbítrio. [Utilize A e L. Immanuel Kant então argu
mentou que ética requer livre-arbítrio.]
13. Eu devo ficar com meu irmão enquanto ele está doente de cama.
N ão é possível eu combinar estas duas coisas: ficar com meu irmão
enquanto ele está doente de cama e dirigi-lo ao aeroporto.
.*. É certo eu não dirigi-lo ao aeroporto. [D, D ’]
15. Se matar o inocente é errado, então alguém não deve pretender matar
um inocente.
Se é permissível ter uma política de retaliação nuclear, então pretender
matar o inocente é permissível.
.*. Se matar o inocente é errado, então é errado ter uma política de
retaliação nuclear. [M, P, N]
17. É obrigatório que Smith ajude alguém em quem Jones está batendo.
.\ É obrigatório que Jones bata em alguém. [Utilize Axy, Bxy, s, e j.
Esse “paradoxo do bom sam aritano” é passível de ser provado na
maioria dos sistemas deônticos que agregam “O ” a indicativos.
Existem exemplos similares onde a má ação acontece depois da boa.
Pode ser obrigatório que Smith alerte alguém em quem Jones tentará
bater; isso não implica que Jones deve tentar bater em alguém.]
18. Se não é correto dizer A, então não é correto prom eter fazer A.
.*. Prometa fazer A, somente se é certo fazer A. [A, P]
21. Se é certo para você poluir, então é errado que você pregue preocu
pação com o meio ambiente.
.•. Não é correto você combinar pregar preocupação com o meio am
biente com poluir. [P, P’]
22. Se você deve ser melhor que todos os outros, então é obrigatório
que todos sejam melhores que todos os outros.
“Todos são melhores que todos os outros” é autocontraditória.
.*. É certo que você não seja melhor do que todos os outros. [Utilize
Mx (para “x é melhor que todos os outros) e v.]
25. É certo para você punir Judy pelo acidente, somente se Judy dever
ter parado seu carro mais rapidamente.
Judy não poderia ter parado seu carro mais rapidamente.
/. Você não deve punir Judy pelo acidente. [P, P']
Você deve dizer que o ajudará, e você não deve dizer que o ajudará.
[Utilize A e D. Chisholm m ostrou que esse argum ento claramente
inválido era passível de ser provado em diversos sistemas de lógica
deôntica. É ele passível de ser provado em nosso sistema?]
29. Se você deve nomear a si mesmo prefeito interino porque você atuou
no conselho da cidade, então eu devo nom ear Jennifer prefeita inte
rina porque ela atuou no conselho da cidade.
Eu não posso nomear você e Jennifer prefeito interino.
.*. Não é o caso que eu deva nomear você prefeito interino porque você
atuou no conselho da cidade. [V, J]
Capítulo 13
L Ó G IC A D E C R E N Ç A S
1 Jaako Hinrikka utilizou grosseiramente essa segunda abordagem em seu clissico Know
ledge and belief (Ithaca, New York: Cornell University Press, 1962).
■ 352 Introdução à lógica
Acredite em A. v:A
Acredite em não-A. v:~A
3 Essa condição (sobre letras minúsculas c “ W ”) bloqueia provas de fbfs talvez questionáveis
que colocam um operador de crença imperativa dentro de outro, como “h:~(c:A • £:~A)”, ou
afirma necessidade lógica para imperativos consistentes, como “□~(^:A • x:~A)".
Lógica de crenças 355
Quadrado+ Quadrado-
(utilizc por último, não estrele) (utilize primeiro e estrele)
- □ A -* W .\~A ,
1
□
>
>
utilize qualquer prefixo de mundo utilize uma nova sequcncia de W s
B+ B-
(utilize por último e não estrele) (utilize primeiro e estrele)
Mas não tenha medo, você logo se acostumará com nossas regras
de crença.
Nossa estratégia de prova se dá como segue:
• Primeiro utilize a regra B- em fórm ulas de crenças imperativas ne
gativas (fórmulas que dizem para abster-se de acreditar em algo).
Utilize um novo m undo a cada vez. Você pode estrelar (e depois
ignorar) uma linha quando você utiliza B- nela.
• Depois utilize B+ em fórm ulas de crenças imperativas positivas
(fórmulas que dizem para acreditar em algo). U tilize cada m undo
de crença antigo da pessoa em questão a cada vez. (Utilize um único
mundo de crença novo se você não possuir antigos.) N ão estrele uma
linha quando você utilizar B+ nela.
Ambas as regras operam somente em fórmulas de crenças impera
tivas (como “~v:A” ou “v:A”) - não em fórmulas de crença descritivas
(como “~v:A” ou “v:A”). Nossos mundos de crenças são sobre o que
uma política de crença diz a você para acreditar, não sobre o que você
realmentc acredita.
Nossas normas de consistência possuem uma forma não-com binc,
proibindo políticas de crença inconsistentes. Elas dizem a você para
fazer suas crenças coerentes umas com as outras; mas ela não diz quais
crenças acrescentar ou subtrair para atingir essa coerência. Suponha
que P {premissa) logicamente implica C {conclusão); com pare estas
três formas:
Lógica de crenças 357
Primeiro corte estes operadores fracos: Depois corte estes operadores fotes:
Se Jones não está consciente de que Lincoln foi o prim eiro presi
dente republicano, as premissas poderiam ser verdadeiras, enquanto a
conclusão seria falsa. Então o argumento c inválido. Mas ainda podem os
derivar a conclusão das premissas utilizando nossa regra de substituição
de iguais. Portanto, precisamos qualificar essa regra para que ela não
se aplique a contextos de crenças. P ortanto, de agora em diante, a regra
substituição de iguais vale apenas se nenhum a instância intercambiávcl
das constantes ocorre em uma fbf imediatam ente precedida p o r e
depois uma letra minúscula (sublinhada ou não).
1 □ (ADB) Inválido
[ (v:A D v:B)
* 2 ass: ~(v:A D v:B)
□(AD B) 3 v:A {de 2}
■.(v:ADv:B) * 4 ~v:B {de 2}
5 v ~B {dc 4}
* 6 v (A D B) {del}
7 v /. ~A {de 5 and 6}
1. A logicamente implica B.
N ão acredite em B.
N ão acredite em A.
2. Você acredita em A.
Você não acredita em não-A.
3. Você acredita em A.
N ão acredite em não-A.
4. Se A é contraditório, então não acredite em A.
5. O u você acredita em A ou acredita em não-A.
6. Acredite em A.
.*. N ão acredite em não-A.
7. .*. N ão combine acreditar que A é verdadeiro com não acreditar que
A é possível.
8. (A e B) implica C.
.*. N ão combine acreditar em A e acreditar em B e não acreditar em C.
9. A implica logicamente (B e C).
N ão acredite que A é verdadeiro.
/. Acredite que A é falso.
10. .\ Se A é verdadeiro, então acredite em A.
4 “Desejar” c termos similares podem ter um scntidopmm* facie (“Eu tenho algum desejo
de fazer A ”) ou um sentido considerando-todas-as-coisas (“considerando todas as coisas, eu
desejo fazer A ”). Aqui eu tenho em mente o sentido considerando-todas-as-coisas.
■ 36 0 Introdução à lógica
V o c ê a c e ita o im p e r a tiv o q u e v o c ê fa ç a A a g o ra .
Se A é presente: v :A y
V o c ê a g e ( a f im d e ) f a z e r A .
V o c ê a c e ita o im p e r a tiv o p a r a v o c ê f a z e r A n o
Se A é futuro: v :A v fu tu ro .
V o c ê e s tá d e c id id o a f a z e r A .
V o c ê a c e ita o im p e r a tiv o q u e X fa ç a A .
Se v * x: v:A í
V o cê d e s e ja (o u q u e r) q u e X fa ç a A .
v ^ = V o c ê a g e ( a f im d e ) f a z e r A .
= V o cê d iz a si m e s m o “ fa ç a A ” Av = V o cê fa z A .
(d irig id o a v o c ê m e sm o ).
A c e ite o im p e r a tiv o d e q u e v o c ê f a ç a A a g o r a .
S e A é p resen te: y :A y
A ja (a fim d e ) f a z e r A .
A c e ite o im p e r a tiv o d e q u e v o c ê f a ç a A n o f u
S e A é fu tu r o : y :A y tu r o .
E s te ja d e c id id o c m f a z e r A .
A c e ite o im p e r a tiv o d e q u e X fa ç a A .
Se v * x: y :A x
D e s e je ( o u q u e ir a ) q u e X fa ç a A .
Indicativos Imperativos
v:A = Vocc acredita cm A. y:A = Acredite cm A.
v:A = Vocc deseja A. y:A = Deseje A.
A segunda parte é expressa por “v: Ay” (que é o que você tenta
ou pretende fazer) e não “Ay” (que é o que você realmente faz, talvez
acidentalmente). A tradução imperfeita “~(v: O-Av • Ay)” proíbe in
voluntariamente fazer o que alguém acha que é errado; não há nenhuma
incoerência nisso, exceto talvez externamente. A versão correta proíbe
essa combinação inconsistente: pensar que alguém está errado e ao
mesmo tempo agindo com intenção de fazer A.
Lógica de crenças 363
Essa fórmula diz: “Se você acredita que é errado você fazer A, então
não aja a fim de fazer A”; isso leva a absurdos, porque não tem a correta
forma de não combinação e porque sua crença pode ser um equívoco.
Talvez você creia que é errado tratar bem as pessoas; então essa fórmula
diz a você para tratá-las bem.
4. “Alcance este fim” implica “Se é necessário adotar este meio para
alcançar este fim, então adote este meio”.
Se você quiser atingir este fim e acredita que é necessário adotar
este meio para atingir este fim, então aja para adotar este meio.
[Usar F, N, M e v. Esta formulação poderia dizer às pessoas com
fins maldosos a fazerem coisas maldosas.]
5. Não aceite que “Para todo x, é errado para x matar”, sem estar
decidido a que, caso seja necessário matar para salvar a sua família,
então você não matará. [Mx, N]
6. .’. Não aceite que “Para todo x, é errado que x mate”, sem que,
caso seja necessário matar uma pessoa para salvar sua família,
então você não a mate. [Usar Mx e N. Uma pergunta capciosa
desafiou um amigo meu que é pacifista: “Se matar fosse neces
sário para salvar sua família, então você mataria?” Meu amigo
respondeu: “Eu não sei - eu poderia perder o controle e matar
(é difícil prever o que você fará em uma situação de pânico),
mas eu agora espero e estou decidido convictamente de que eu
não mataria”. Talvez o meu amigo não satisfizesse essa última
fórmula; mas ele satisfez a anterior].
7.. '. Não combine aceitar que “É errado que Bob faça A” e querer que
Bob faça A.
8.. '. Não combine acreditar que o Estado deva executar todos os as
sassinos com não querer que o Estado execute seu amigo, caso ele
seja um assassino. [Use e para “Estado”, Exy para “x executa y”,
Axpara “x é um assassino”, a para “seu amigo”, e vpara “você”.]
9. /. Não combine agir para fazer A com não aceitar que A é certo.
10. Se você agir para fazer A, então aceite que fazer A é certo.
11. Não combine agir para fazer A com não aceitar que A é obriga
tório.
12. Acredite que você deve fazer A.
/. Aja para fazer A.
13. “É certo que você faça A” implica “É obrigatório que todos
façam A”.
.•. Não combine agir para fazer A com não querer que todos façam
A. [A conclusão é uma versão bruta da fórmula de Kant de lei
universal. Para ver que a premissa e a conclusão são questioná
veis, substitua “torna-se um médico” por “fazer A” em ambas.
Veremos uma versão melhor dessa fórmula no próximo capítulo.]
Lógica de crenças 365
Nenhuma delas implica que você acredita que A; para dizer que a
proposição A na qual você acredita é evidente ou razoável, utilizaremos
“(v:A • Ov:A)” ou “(v:A • Rv:A)”. “Evidente” e “razoável” estão rela
cionados; “Está chovendo” pode ser evidente para alguém que esteja na
rua, mas não para alguém dentro de um quarto sem janelas.
Eis as demais traduções:
C o n h e c im e n to = crença v e r d a d e ir a e v i d e n te
Você sabe que A = A é evidente para você, A é verdadeiro, e você acre
dita que A.
vSA = (Ov:A • (A • v:A))
Saber exige mais do que uma mera crença verdadeira; se você acha
certo, você não tem conhecimento, mas apenas crença verdadeira. O
conhecimento deve estar bem fundamentado; ele tem que ser mais que
apenas razoável (permitido pela evidência), ele tem que ser evidente
(exigido pela evidência). A afirmação de que conhecimento é crença
verdadeira evidente é plausível. Mas existem casos (como o exemplo 10
da Seção 13.6b) nos quais podemos ter um, mas não ter o outro. Então,
essa definição de “conhecimento” é imperfeita; mesmo assim, ela ainda
é uma aproximação útil.
13.6 P r o v a s d e r a c i o n a l i d a d e
1 R v:0(A • B) Válido
[ .*. Rv:OA
* 2 r ass: ~Rv:OA
Rv:0(A • B)
. Rv:OA 3 I 0 ~ v :0 A {de 2}
4 | D v :0 (A • B) {de 1}
* 5 i D /. ~v:OA {de 3}
(Se você puder seguir este
* 6 | Dv -O A {de 5}
exemplo, você não precisará 7 I Dv .-. 0 ( A • B) {de 4}
temer provas envolvendo
* 8 Dv /. R~A {de 6}
prefixos de mundo
9 DvDD /. ~A {de 8}
complexos.) 10 DvDD .*. (A • B) {de 7}
11 LDvDD A {de 10)
12 .*. Rv:OA {de 2; 9 contradiz 11}
Lógica de crenças 369
t. D (A D B ) 4. Rv:~A 8. D(A D B)
~Rv:B R~v:A (R-r.B D Rvr~A)
~Rv:A
5- Oa:(C • D) 9. Rv:OAv
2. 0~v:A .*. Ob:C Rv:OAv
/. O v:-A
6. .*. 0-(v:A • -v:OA) 10. O v^A D O Bv)
3. R(~v:A • -vi-A ) 7. (Rv:A D OA) ~(viA • .jçBv)
/. ~Oy:A
1. O teísmo é evidente.
O ateísmo não é razoável. [Teísmo = acreditar que D; Ateísmo =
acreditar que não D.]
2. O teísmo não é evidente.
/. O ateísmo é razoável.
3. /. Você não deve combinar acreditar que você deve fazer A com não
agir para fazer A.
4. .*. Se você acredita que deve fazer A, então você deve fazer A.
5. “Todos os homens são dotados por seu Criador de certos direitos
inalienáveis” é evidente. “Todos os homens são dotados pelo Criador
de certos direitos inalienáveis” implica “existe um C riador”.
“Existe um Criador” é evidente. [Usar D e C. As primeiras linhas
da Declaração de Independência dos Estados Unidos alegam D
com o autoevidente.]
15. É evidente para você que, se existem obrigações morais, então existe
livre-arbítrio.
.\ Não combine aceitar que existam obrigações morais com não aceitar
que exista livre-arbítrio. [O, L]
18..*.É razoável para você acreditar que Deus exista, apenas se “Deus
existe” é consistente. [A lógica de crenças considera uma crença
como “razoável” apenas se de fato ela é consistente. Em um sentido
mais subjetivo, alguém poderia “razoavelmente” acreditar em uma
proposição que é razoavelmente, mas incorretamente, levada a ser
consistente.]
23. É evidente para você que, se o telefone está tocando, então você
deve atendê-lo.
É evidente para você que o telefone está tocando.
.-. Aja no imperativo “Atenda ao telefone”. [T, Ax]
26. A implica B.
Acreditar que A seria razoável.
.*. Acreditar que B seria razoável.
27. O ateísmo não é evidente.
.'. O teísmo é razoável.
28. O ateísmo não é razoável.
O agnosticismo não é razoável.
O teísmo é evidente.
29. A implica B.
Você aceita A.
Não é razoável para você aceitar B.
/. Não aceite A, e não aceite B.
30. Seria razoável para qualquer um acreditar que A.
/. Para todas as pessoas seria razoável acreditar que A. [Imagine
uma questão controversa, onde todos têm a mesma evidência.
Poderia ser mais razoável para a comunidade discordar? Se assim
fosse, as premissas desse argumento poderiam ser verdadeiras,
mas a conclusão, falsa.]
5 A Seção 2.3 de meu livro Formal Ethics (London: Routledge, 1996) possui qualificações
adicionais.
■ 374 Introdução à lógica
1 Para uma descrição completa de minha abordagem, veja meu Formal Ethics (London:
Routlcdge, 1996) ou meu Ethics: A Contemporary Introduction, 2a ed. (New York: Routledge,
2011). Veja também de Immanuel Kant Groundwork o f the Metaphysics o f Morals (New York:
Harper & Row, 1964) e de R. M. Hare Freedom and Reason (New York: Oxford University
Press, 1963).
Uma teoria ética formalizada 377
14.2 Consistência
A consistência por si mesma possui diversas dim ensões. Essas
incluem consistência entre crenças, entre finalidades e meios, e entre
nossos juízos morais e como vivemos. N osso capítulo sobre lógica de
crenças abordou essas três normas de consistência:2
Toiloi quo idm urn (,>l ntvnor quo HOilcvcm «cr maltratado».
Todos os brancm quo tini Ql mcnor quo HOdcvom sei maltratado».
1 Para niais sobre “ 0 ” c sobre a lógica de necessidade causai, veja as páginas 337-478
dc Chance, Cause, Reason de Arthur Burks (Chicago: University of Chicago Press, 1977).
Uma teoria *tka formafí^vía 331
Mesmo cjuc tudo isso seja fácil de fazer, nós não vamos fazê-lo aqui.
Nossa lógica de crenças tambcrn pode provar princípios de cons
ciência que prescrevem harmonia entre nossas crenças morais e o modo
como vivemos. Segue outro exemplo:
~(n;O Au • u:Au)|
N ão combine acreditar que c errado para vocé fazer A com para fazer A.
RL frequentemente funciona bem. Suponha que você quer que Suzy seja
gentil com você; então RL lhe diz para ser gentil com ela. O u suponha
que você quer que Tom não o machuque (ou roube-o, ou seja egoísta
com você); então você não há de fazer essas coisas a ele. Essas aplicações
parecem sensatas. Mas RL pode levar a absurdos em dois tipos de casos.
Primeiro, você pode estar em diferentes circunstâncias de X:
• A um paciente: Se você quer que o medico remova seu apêndice, então
remova o apêndice do médico.
• A um garoto violento que ama brigar: Sc você quer que sua irmã brigue
com você, então brigue com ela.
• A um pai: Se você não quer que seu filho o puna, então não o puna.
4Alguns sugerem que apliquemos RO somente para ações “gerais” (tal como tratar alguém
com gentileza) e não a ações específicas (tal como remover o apêndice de alguém). Mas nosso
último exemplo usou uma ação geral; então essa restrição não resolveria o problema.
Uma teoria ética formalizada 383
nada funciona. Por fim, decido que preciso castigá-lo fisicamente quando
ele fizer isso. Quero ver se posso castigá-lo fisicamente sem violar RO. Ao
determinar isso, eu devo perguntar a primeira questão, não a segunda:
Essa tem “desejo que se”. É sobre Essa tem “se” antes de “desejaria”.
meu desejo adulto presente sobre É sobre os desejos que eu teria
um caso hipotético. se fosse uma criança.
Não combine agir para fazer A a X SeVõrêdeseja tal e tal, cntãoT aça^
com desejar tal e tal.
~(u:Aüx * => Aux)
| imparcial
Você está desejando que Você acredita que seria certo que
sua bicicleta seja roubada consciente sua bicicleta fosse roubada na
na mesma situação mesma situação
Não acredite que seria certo para X fazer A a você na mesma situação
sem estar desejando que X faça A a você na mesma situação.
Universalizabilidade (U)
Se é certo para X fazer A, então seria certo para qualquer outra pessoa fazer A
na mesma situação.
6 Para a discussão sobre este princípio “D(RA ^ MA)”>consulte meu artigo How
incomplete is prescriptivism?” Mind 93 (1984), pp. 103-7. Meus "D(RA 3 MA) c D(OA
Z) A)” assumem que violações de, consciência envolvem uma inconsistência lógica estrita.
Alguém que não aceite isso, mas que ainda pense que violações de consciência são objetiveis,
poderia endossar os princípios mais fracos “(RA 3 MA)” c “(OA 3 A) - e versões mais
fracas de suas correspondentes regras de inferência; a prova da regra de ouro no final deste
capítulo ainda assim funcionaria.
• • 39 0 Introdução à lógica
U* Se é certo para você fazer A a X, então seria certo para X fazer A a você na
mesma situação.
‘ O último caso requer duas condições. Suponha que cortamos um quantificador contendo
uma variável de ação e substitua a variável por uma fbf imperativa. Então dev emos estar certos de
que (1) essa fbf imperativa não contém variável que também ocorra em um quantificador na fbf
derivada, e (2) se cotamos um quantificador existencial, essa fbf imperativa substituída deve ser
uma letra maiúscula sublinhada que não é uma variável de ação e que não ocorreu antes na prova.
' Letras maiúsculas têm vários usos, dependendo do contexto. Em *(M • Ma) D(Mbc •
MA)’, por exemplo, “M” é utilizado primeiramente para um enunciado, depois para uma
propriedade de um indivíduo, depois para uma relação entre indivíduos, e finalmente para
“pode". É usualmente mais claro utilizar diversas letras.
Uma teoria étxa formalizada 393
Gl RA-MA
MA - P A,
G2 utilize uma seqüência vazia
ou qualquer seqüência de P’s
G3 MA - P ••• A,
utilize uma nova seqüência de P’s
G4 P A - A
( R A =3 ( 3 F ) ( F A • » ( X ) ( F X => R X ) ) )
G5 RA - ( 3 F ) ( F A • ■ ( X ) ( F X => R X ) )
G6 O A -» (3 F )(F A • ■ (X )(F X 3 O X ))
■A - H /. A,
G7 u t i l i z e u m a s e q ü ê n c ia v a z ia
o u q u a l q u e r s e q ü ê n c i a d e F I ’s
-■ A - H /. ~A,
G8
u t i l i z e u m no va s e q ü ê n c ia d e H ’s
396 Introdução à lógica
G9
A regra G ll, nossa última regra de inferência, diz que todo ato
tem uma descrição em termos universais (embora ela possa ser m uito
longa para escrevê-la). G l 1 é um axioma; ele nos permite colocar a fbf
“(X)(3F)F*X” em qualquer linha de uma prova:
G ll (X)(3F)F*X
Uma teoria ética formalizada 397
U* Se é certo para você fazer A a X, então seria certo para X fazer A a você na
mesma situação.
Fórmula de lei universal: Atue somente como você deseja que qualquer um
atue na mesma situação - indiferentemente das variações imaginadas de tempo
ou pessoa."
= Não combine agir em fazer A com não desejar que qualquer ação seja feita
na mesma situação.
| = Não combine (1) aceitar “Faça A ” com (2) não aceitar “Para alguma proprie
dade universal F, F é a descrição completa em termos universais de minha
ação A, e, cm qualquer situação real ou hipotética, qualquer ato que seja F
pode ser feito.
" Minha “fórmula de lei universal" se assemelha ao princípio de Kant. Sua enunciação
foi: “Aja apenas a partir de uma máxima pela qual você pode ao mesmo tempo querer que
seja uma lei universal". Eu não estou dizendo que Kant explicitamente pretendeu com seu
princípio exatamente o mesmo sentido que o meu.
Uma teoria ética formalizada 399
14.6 A p ro v a simbólica de R O
M ETA LÓ G ICA
Disso segue que não existe a fbf mais longa - já que, se houvesse
uma fbf mais longa, então poderíamos fazer uma maior adicionando
outro Essa prova simples c sobre um sistema lógico, então é parte
da metalógica.
Considere nosso sistema de lógica proposicional. Metalógica co
loca questões como estas: Precisamos de todos os cinco símbolos
“v ”, “D”, “e ”)? Podemos definir alguns símbolos em termos de
outros? Estabelecemos nosso sistema de provas corretamente? Alguma
das regras de inferência é defeituosa? Podemos provar autocontradições
ou argumentos inválidos? Temos regras de inferência suficientes para
provar todos os argumentos proposicionais? Podem outras abordagens
sistematizar a lógica proposicional?
Essas são questões metalógicas típicas. Este livro foca em lógica,
não em metalógica (que pode se tornar altamente técnica). Mas este
capítulo fará um pouco de metalógica, para dar a você uma ideia de
como ela funciona.
Metalógica 403
15.2 S ím b o lo s
(P d Q) = ~(P • ~Q)
Se P então Q = Não temos P verdadeiro e Q falso.
15.3 C orreção
1 ... = 1 <=
Suponha que todas essas sejam verdadeiras.
2 ... = 1 -t=
|- ass:~A
B
_ .\~B Derivamos uma contradição.
.-. A - A há então de ser verdadeira?
Indução Matemática
Suponha que algo vale no primeiro caso e, se vale nos primeiros
casos, então vale no caso n+1. Então, vale em todos os casos.
[ (P V ~P) Válido
* 1 r ass: ~(P v ~P)
2 ~P (de 1}
3 L.-. P {de 1}
4 (P V ~P) (de 1; 2 contradiz 3}
15.4 C o m p letu d e
dos níveis de complexidade das linhas até esse ponto que não estejam
ou estreladas ou bloqueadas ou quebradas. Q u an d o IN IC IA M O S
assumindo o oposto da conclusão, o argum ento tem certo nível de
complexidade; por exemplo, o problema apresentado no começo do
capítulo 7 tem complexidade 3. Cada passo S & I (por exemplo, ir de
“(P D Q )” e “P” a MQ ” - ou de “(P = Q )” a “(P O Q )” e "(Q D P )”)
decresce o nível de complexidade em pelo menos um .13C ada ASSUMA
(assunção múltipla) irá imediatamente ou no próxim o passo (por meio
de uma aplicação de uma regra-I) reduzir o nível de complexidade em
pelo menos um.14 RAA é mais ardiloso. Se aplicamos RAA à assunção
inicial, então a prova está feita, não há loop infinito, portanto ignoremos
esse caso. Se aplicamos RAA em uma assunção não-inicial, então o ní
vel de complexidade pode aumentar temporariamente (por term os que
apagar múltiplas estrelas); mas o efeito geral é decrescer a complexidade
do que era antes de fazermos a assunção não-inicial em questão.15 Já que
nossa prova começa com um nível finito de complexidade que continua
abaixando, então, se não obtemos uma prova, eventualmente acabaremos
com um nível de complexidade 0 - que (se não podem os derivar nada
mais) nos moverá ao passo REFUTE, que termina a estratégia. Então
não obteremos um loop infinito.
Assim sendo, se aplicamos corretamente nossa estratégia a um
argumento proposicional e o argumento é válido, então obterem os
uma prova. Isso estabelece completude. Então provam os correção e
completude para nosso sistema:
Axioma 1. ((A v A) D A)
Axioma 2. (AD(AvB))
Axioma 3. ((A vB )D (B vA ))
Axioma 4. ((A D B )D ((C vA )D (C vB )))
Definição 1. (A D B) = (~ A V B)
Definição 2. (A • B) = ~(~A V ~B)
Definição 3. (A>B) = ((A D B) • (B D A))
mostra que qualquer sistema formal que tente englobar a aritmética será
incompleto ou incorreto.
Você pode achar difícil de acreditar no teorema de Gõdel. A aritmé
tica parece ser uma área onde tudo pode ser provado de uma maneira ou
de outra. Mas Kurt Gõdel em 1931 mostrou ao mundo que isso estava
errado. O raciocínio por trás de seu teorema é difícil; aqui eu tentarei
apenas dar uma visão a respeito do que se trata.17
O que exatamente é essa aritmética que não podemos sistematizar?
“Aritm ética” aqui c mais ou menos como álgebra de colegial, mas limi
tada a números positivos inteiros. Ela inclui verdades como essas três:
2+2=4
Sc x+y=z, então y+x=z.
Sc xy=18 e x=2y, então x=6 e y=3.
/ + • A ( ) =
17 Meu pequeno livro GõdeTs Theorem Simplified (Langham, Md.: University Press of
America, 1984), tentou explicar o teorema. Recorra a esse livro para informações adicionais.
■ > 414 Introdução à lógica
Axioma: a = a
R3. (a • /) ♦* a
R4. (a • /b) ** ((a • b) + a)
R5. (a A/)•*-*> a
R6. (a A /b) ** ((a A b) • a)
/ + • A ( ) = ~ v D 3 x, y, z, x’, ...
/ + • ( ) = - n
Qualquer enunciado aritmético pode ser simbolizado a partir da
combinação desses símbolos.
Nossa estratégia de provar o teorema de Gõdel é como segue.
Primeiro damos números de ID a fórmulas de CA. Então vemos como
fórmulas de CA codificam mensagens sobre outras fórmulas de CA.
Então construímos uma fórmula especial, chamada fórmula de Gõdel
G, que codifica essa mensagem sobre si mesma: “G não é passível de
ser provada”. G afirma sua própria propriedade de não ser passível de
ser provada; essa é a chave para o teorema dc Gõdel.
É fácil dar um número de ID a fórmulas de CA. Atribuamos a cada
um dos oito símbolos um dígito de 1 a 8:
Símbolo: / + • ( ) = ~ n
Número de ID: 1 2 3 4 5 6 7 8
Metalógica 417
é: 161 é: 4112115
se e
Fórmula # n é um teorema
somente se
485... é par.
G G não é um teorema.
19 Para detalhess técnicos, veja meu GódeTs Theorem Simplified (Langham, Md: University
Press of America, 1984).
Capítulo 16
H IS T Ó R IA DA L Ó G IC A
IkéÂhmèiox
422 Introdução à lógica
N ã o -A Se A então B Para to d o x
— i— A B
— A
N e m to d o A é não-B = — Bx
1— A x
R E R se e somente sc R ^ R.
para explicar lógica modal; isso fez com que ela tivesse mais sentido e deu
a ela novo respeito entre os lógicos. Mundos possíveis provaram coisas
úteis em outras áreas e agora são uma ferramenta comum da lógica; e
diversos filósofos (incluindo Alvin Plantinga) defenderam uma metafí
sica de propriedades necessárias. Hoje, a lógica modal é uma extensão
bem-estabelecida da lógica clássica.
Outras extensões aplicam-se à ética (“A deve ser feito” ou “A é
bom ”), teoria do conhecimento (“X acredita que A ” ou “X sabe que
A ”), a relação parte-todo (“X é parte de Y”), relações temporais (sobre
“Será verdade em algum tempo futuro que A ” e “Foi verdadeiro que
em algum tempo passado que A”), e outras áreas (Capítulos 12 e 14). A
maioria dos lógicos concordaria que a lógica clássica precisa ser com
plementada para ser aplicada a alguns tipos de argumentos.
As lógicas deviantes dizem que a lógica simbólica clássica é errada
em alguns pontos e que precisa ser mudada (Capítulo 17). Alguns pro
põem utilizar mais do que dois valores. Talvez precisemos de um terceiro
valor de verdade para “meia-verdade”: então “ 1” = “verdadeiro,” “0” =
“falso” e = “meia-verdade”; tabelas de verdade e lógicas proposi-
cionais alternativas foram estabelecidas nessa base multivalorativa. O u
talvez precisemos de uma gama de valores de verdade de lógica fuzzy,
de completamente verdadeiro (1.00) a completamente falso (0.00); então
enunciados seriam mais ou menos verdadeiros. Ou talvez “A ” e “nào-
-A ” possam ambos ser falsos (lógica intuicionista) ou possam ambos
ser verdadeiros (lógica paraconsistente). Ou talvez a abordagem clássica
de “se-então” seja falha. Alguns sugeriram que a lógica rejeite mesmo
modus ponens (“Se A então B, A B”) e modus tollens (“Se A então
B, não-B .*. não-A”). Essas e outras lógicas deviantes foram propostas.
Hoje há muito questionamento sobre princípios lógicos básicos.
Essa breve história da lógica focou em lógica dedutiva e áreas re
lacionadas. Há também muito interesse em lógica informal (Capítulos
3 e 4), lógica indutiva (Capítulo 5), e história da lógica (este capítulo).
Então, a lógica tem uma história complexa - de Aristóteles e estoi-
cos na Grécia antiga, através da Idade Média e Iluminismo, à turbulência
do século 19 e a transformação da lógica com Frege e Russell, e nos
séculos 20 e 21 o desenvolvimento de lógicas clássicas e não-clássicas e
o nascimento da era do computador.1
L Ó G IC A S D E V IA N T E S
17.1 L ó g ic a m u l t i v a l o r a t i v a
p ~p
Se P é falso, então -P é verdadeiro.
0 1 Se P é meio-vcrdadeiro, então ~P é meio-verdadeiro.
Vi Vi
Se P é verdadeiro, então ~P é falso.
1 0
p Q ( P .Q ) (P vQ ) (PD Q ) (P -Q )
0 0 0 0 1 1
0 V2 0 Zi 1 'h
0 1 0 1 1 0
»/2 0 0 Zi Zi lA
Vi Vt Zi Zi 1 1
Zi 1 Vi 1 1 Zi
1 0 0 1 0 0
1 »/2 Vi 1 A A
1 1 1 1 1 1
propõem uma lógica ainda mais fuzzy, cujos valores de verdade são
valores vagos como “muito verdadeiro” ou “ligeiramente verdadeiro.”
A lógica fuzzy é utilizada em dispositivos como m áquinas de secar
roupa para permitir controle preciso. Uma m áquina de secar baseada
em lógica ambivalente pode ter uma regra que, se as camisas estão se
cas, então o calor é desligado; uma máquina de secar baseada em lógica
fuzzy pode dizer que, se as camisas estão secas ao grau n, então o calor
é baixado para o grau n. Podemos obter o mesmo resultado utilizando
lógica padrão e uma relação “D xn” que significa “camisa x está seca
ao grau n ” - movendo assim de “graus de verdade” a qualificações no
predicado “seco” (que se aplica de uma maneira aproximada).
Oponentes dizem que lógica multivalorativa é estranha e arbitrária
e tem pouca aplicação a argumentos da vida real. Mesmo se esse é o
caso, a abordagem multivalorativa possui outras aplicações. Ela pode
ser usada, por exemplo, em sistemas de memória de com putador com
mais de dois estados. E pode ser usada para m ostrar a independência de
axiomas da lógica proposicional (Seção 15.5); um axioma pode ser mos
trado independente dos outros axiomas de certo sistema se, por exemplo,
os outros axiomas (e teoremas derivados desses) sem pre possuem um
valor de “7” em um dado esquema de tabela de verdade, enquanto esse
axioma possui um valor “6”.
17.2 L ó g ic a p a r a c o n s is t e n te
ÍJhá&dL
Lógicas deviantes 437
A maioria dos lógico argumentam que esses não são casos genuínos
de “A e não-A ”, pelo menos se eles são tomados de uma maneira razoá
vel, já que devemos tomar as duas instâncias de “A” como representando
idéias diferentes. Por exemplo, “Sara é uma criança e não é uma criança”
pode ser razoável somente se realmente significa algo como “Sara é uma
criança-em-idade, mas não é uma criança-em-sofisticaçâo”. O discurso
paradoxal, embora às vezes bem provocativo, não faz sentido se tomado
literalmente. Dialetistas tentam mostrar que algumas de suas autocon-^
tradições supostamente verdadeiras resistem a tais análisesj ^
• 438 Introdução è lógica
A ~A B (A v B), -A B
1 1 0 1 I 0 Inválido
(P D Q ) ~ (P * ~ Q)
Se P é verdadeiro, Não temos P
então Q é verdadeiro. verdadeiro e Q falso.
1 A c verdadeiro. (Premissa)
2 Ou A é verdadeiro ou B é verdadeiro, (de 1}
3 Se A não c verdadeiro, então B é verdadeiro, (de 2)
F IL O SO FIA DA L Ó G IC A
A filosofia da lógica lida com questões sobre lógica que são ampla
mente filosóficas, especialmente sobre a natureza da realidade (metafísi
ca) ou a fundação do conhecimento (epistemologia). Das muitas questões
possíveis, lidaremos aqui com estas: existem entidades abstratas, e lógica
as pressupõem? A lógica nos fornece a chave para compreender a estru
tura da realidade? Qual é a base para leis lógicas - elas são empíricas ou
verdadeiras por convenção? O que é verdade, e como diferentes visões
sobre verdade afetam a lógica? Qual o escopo da lógica?
Isso é verde.
Isso é uma maçã
Alguma maçã é verde.
• a p r o p r ie d a d e d e v e rd id ã o , q u e p o d e s e r ta n to a p lic a d a à c o r c o m o
e x p e rie n c ia d a o u a su a base física s u b ja c e n te ; em a m b o s o s c a so s,
v e rd id ã o n ã o p a re c e se r u m a e n tid a d e c o n c re ta m e n ta l o u física, m as
a lg o m ais a b s tra to q u e p o ssu i in stâ n c ia s físicas e m e n ta is.
• o conceito d e v e rd id ã o , q u e é o q u e v á rio s te rm o s p a ra " v e r d e ” e m
v árias lin g u a g e n s sig n ificam .
• a palavra " v e r d e ” e a sentença “ Is s o é v e rd e ,” q u e sã o p a d rõ e s a b s
tr a to s q u e p o ssu e m in stâ n c ia s e sc rita s e a u d itiv a s.
• a proposição d e q u e isso é v erd e, q u e é o q u e a firm a m o s se r v e rd a d e iro
q u a n d o asse rim o s “ Isso é v e rd e ” em p o r tu g u ê s o u c o isa s sim ila re s
em o u tra s lingu ag en s.
1Para mais questões metafísicas levantadas pela lógica, veja seção 3.4 (sobre a crítica lógico
positivista da metafísica), Seção 9.2 (sobre a substituição de idênticos e a natureza da mente),
c Seções 11.2 c 11.4 (sobre essencialismo aristotélico).
-- 450 Introdução à lógica
Por que tais lei lógicas são corretas, e com o sabemos que elas são
corretas? Pensadores propuseram uma gama desconcertante de respos
tas. Aqui consideraremos cinco respostas influentes: supernaturalismo,
psicologismo, pragmatismo, convencionalismo e realism o.2
1.0 supernaturalismo sustenta que todas as leis de todo tip o -so
bre física, moralidade, matemática ou lógica - dependem de Deus. Super-
naturalistas radicais dizem que Deus criou as leis lógicas ou pelo menos
as faz verdadeiras. Deus poderia fazer um mundo onde m odus ponens e
a lei de não-contradição falham; e ele poderia violar a lei de não contra
dição - por exemplo, por fazer “Você está lendo essa sentença” e “Você
não está lendo essa sentença” ambas verdadeiras. Por conseguinte, leis
lógicas são contingentes: elas poderiam ter sido falsas. Supernaturalistas
moderados, por outro lado, dizem que leis lógicas expressam a natureza
perfeita de Deus. A perfeição de Deus requer que ele seja consistente e
lógico. Uma vez que a natureza de Deus é necessária, as leis da lógica tam
bém são necessárias. Supernaturalistas de ambos os tipos sustentam que
Deus constrói as leis lógicas em nossas mentes, então essas leis parecem
“autoevidentes” para nós quando refletimos adequadamente sobre elas.
Críticos levantam objeções contra o supernaturalismo. Alguns argu
mentam que as leis da lógica valem para todo mundo possível, incluindo
aqueles em que não existe Deus; consequentemente, Deus não pode fornecer
o fundamento para essas leis lógicas. Outros dizem que, uma vez que crenças
sobre lógica são mais certas do que crenças sobre Deus, é errado fundamen
tar lógica em Deus. Ainda outros dizem que Deus aceita leis lógicas porque
elas são inerentemente válidas; leis lógicas não são válidas somente porque
Deus escolhe aceitá-las (supernaturalismo radical) ou somente porque elas
concordam com sua natureza (supernaturalismo moderado).
2. O psicologismo sustenta que leis lógicas são de algum modo
fundamentadas em como pensamos. A lógica é parte de nossa história
natural e está integrada à nossa estrutura biológica. H um anos evoluíram
2Seções 17.2 e 17.4 apresentaram lógicas deviantes que rejeitam não contradição e modus
ponens. Aqui assumiremos a corretude dessas leis.
Filosofia da lógica 451
para andar sob dois pés, para ter coordenação olho-mão, para comunicar-
-se com outros pela palavra, e para pensar logicamente; isso promove
nossa sobrevivência e é parte de nossa composição genética e biológica.
O psicologismo radical diz que a lógica descreve como pensamos; leis ló
gicas são leis psicológicas sobre pensamento. O psicologismo moderado,
por outro lado, vê lógica integrada em nós de uma maneira mais sutil;
somos construídos de tal maneira que, em momentos reflexivos, vemos
inconsistência e ilogicidade como defeitos - apesar de em momentos
mais fracos nosso pensamento poder sofrer de tais defeitos. Quando
refletimos sobre nossas inconsistências, tendemos a desenvolver uma
ansiedade desconfortável que psicologistas chamam “dissonância cog
nitiva”; essa é uma parte de nossa estrutura histórica e biológica tanto
quanto a sede. Então as leis da lógica são integradas ao nosso instinto.
Críticos levantam objeções ao psicologismo. O psicologismo ra
dical, que afirma que leis lógicas descrevem nosso pensamento, tornaria
impossível para nós sermos ilógicos ou inconsistentes. Mas pessoas
frequentemente raciocinam invalidamente ou expressam idéias inconsis
tentes; então leis lógicas não refletem necessariamente como pensamos. O
psicologismo moderado reconhece esse problema e é mais sutil; ele vê leis
lógicas como refletindo, ao invés, normas instintivas sobre pensamento
que são integradas em nós e que reconhecemos em momentos de maior
reflexão. Essa abordagem nos fornece uma explicação evolucionária e
biológica plausível de como lógica pode ser instintiva em nós. Mas a
abordagem falha se tomada para explicar o que faz leis lógicas verdadeiras
ou solidamente fundamentadas. Suponha que a evolução nos tenha dado
uma crença instintiva sobre a propriedade plana da terra; não seguiria
que a terra era na realidade plana - ou que essa crença era solidamente
fundamentada que não poderíamos criticá-la. De modo similar, a pro
priedade instintiva das leis lógicas não faria dessas leis lógicas corretas ou
solidamente fundamentadas; talvez nossos instintos sobre essas questões
sejam corretos ou talvez errados - teríamos que investigar mais.
Há também o problema em fundamentar nosso conhecimento de
leis lógicas na teoria da evolução. Precisamos de lógica para avaliar a
correção de teoria científicas como a da evolução; então nosso conhe
cimento de lógica não pode sem circularidade repousar sobre nosso
conhecimento sobre teorias científicas. Além disso, nosso conhecimento
de lógica é mais solidamente fundamentado do que nosso conhecimento
sobre teorias científicas.
e m a p r e e n d e r v e rd a d e s a b stra ta s. A c o n v e n c io n a lid a d e d a ló g ic a a b re a
p o r ta à id eia d e q u e p o d e ria h a v e r lógicas a lte rn a tiv a s q u e são ig u a lm e n te
c o rre ta s , m as seg u e m d ife re n te s c o n v e n ç õ e s.
C rític o s levantam objeções ao co n v en cio n alism o . P rim e ira m e n te , a
te n ta tiv a d e p ro v a r m o d u s p o n e n s ap elan d o a tabelas d e v e rd a d e é circular:
• c o r r e s p o n d e r ao s fa to s (te o ria d a c o r r e s p o n d ê n c ia ) ,
• se r c o e re n te c o m n o ssa s o u tra s c re n ç a s ( te o ria d a c o e rê n c ia ),
• se r ú til d e a c re d ita r (te o ria p ra g m a tis ta ),
• s e r o q u e c o n c o r d a r ía m o s s o b c o n d iç õ e s c o g n itiv a m e n te id e a is
(te o ria d o c o n se n so ideal); o u ta lv e z
• “ É v e rd a d e iro q u e A ” seja s o m e n te u m a m a n e ira v e r b o r r á g ic a d e
a sse rir A (te o ria d a re d u n d â n c ia ).
E ssa e q u iv a lê n c ia le v a n ta p ro b le m a s p a r a d iv e rs a s d e fin iç õ e s d e
“v e rd a d e ” q u e d ilu e m a o b je tiv id a d e d a n o ç ã o . P o r e x e m p lo , a v isã o d e
q u e “v e rd a d e iro ” sig n ifica a p e n a s “ a c e ito e m n o s s a c u l t u r a ” lev a a u m
a b su rd o . Im ag in e q u e viv êssem o s e m u m a ilh a tro p ic a l o n d e n ev e é b ra n c a
(em ra c h a d u ras de altas m o n ta n h a s q u e n u n c a sã o v isita d a s o u v istas), m as
to d a v ia n ã o a c re d ita m o s q u e seja b ra n c a ; e n tã o , n a v isã o p r o p o s ta , n e v e
p o d e r ia s e r b ra n c a e n q u a n to “N e v e é b r a n c a ” n ã o se r ia v e r d a d e i r a - o
q u e é a b s u rd o . U m a o b je ç ã o s im ila r f u n c io n a c o n tr a v isõ e s p ra g m a tis ta s
e d e verificação . D e ssa v e z im a g in e q u e v iv e m o s n a m e s m a ilh a tro p ic a l
e q u e “ N e v e é b ra n c a ” n ã o fo sse n e m ú til d e a c r e d ita r n e m v e rific a d o .
N o v a m e n te , nas visõ es p ra g m a tis ta s e d e v e rific a ç ã o , a n e v e p o d e r i a s e r
b ra n c a e n q u a n to “N e v e é b ra n c a ” n ã o se ria v e r d a d e i r a - o q u e é a b s u rd o .
O p a r a d o x o d o m e n t i r o s o le v a n ta q u e s tõ e s s o b r e a n a tu r e z a d e
v e rd a d e . O p a ra d o x o d o m e n tir o s o é u m e n u n c ia d o q u e a firm a su a p r ó
p ria fa lsid a d e e, p o r ta n to , p a ra d o x a lm e n te , p a re c e s e r a m b o s v e r d a d e ir o
e falso . C o n s id e re a d e c la ra ç ã o P:
(P) P é falso.
18.5 O e s c o p o d a ló g ic a
• P. H . N id d itc h , T h e D e v e lo p m e n t o f M a t h e m a t i c a l L o g ic , L o n d re s :
R o u tle d g e & K eg an P a u l, 1962: u m e s b o ç o d a h i s tó r ia d a ló g ic a e
seus p rin c ip a is re su lta d o s, d e A ris tó te le s a té o fim d o s é c u lo X X .
• W illiard V an O rm a n Q u in e , P h ilo s o p h y o f L o g ic , 2a e d ., C a m b rid g e :
H a rv a rd U n iv e rs ity P re ss, 1986: u m a b o a , m a s c o n te n c io s a , in tr o
d u ç ã o a esta área, escrita p o r u m in flu e n te ló g ic o e f iló s o f o .
• C o lin M c G in n , L o g ic a l P ro p e rtie s: I d e n t i t y , E x is te n c e , P r e d ic a t io n ,
N e c e s s ity , T ru th , O x fo rd : C la re n d o n , 2 000: u m a v is ã o s o b r e a filo
sofia d a lóg ica d ife re n te d a q u e se e n c o n tr a n o liv r o d e Q u in e .
• G ra h a m P rie s t, A n I n tr o d u c tio n to N o n - C l a s s i c a l L o g i c , 2 a ed .,
C a m b rid g e : C a m b rid g e U n iv e rs ity P re s s , 2 0 0 8 : u m a d e fe s a d a ló
gica d e v ian te p o r seu d e fe n so r m ais e lo q ü e n te , q u e d e f e n d e q u e os
siste m a s-p a d rã o d e lógica são fa lh o s e p re c is a m s e r r e f o r m u la d o s
(p artes técn icas p re c isa m se r p u la d a s).
• Ian H a c k in g , A n I n tr o d u c tio n to P r o b a b i l i t y a n d I n d u c t i v e L o g ic ,
C am b rid g e: C a m b rid g e U n iv e rsity P re ss, 2001: u m a in t r o d u ç ã o viva
à lógica in d u tiv a e suas ap licaçõ es.
• G e o rg e S. B o o lo s e R ic h a rd C . Je ffre y , C o m p u t a b i l i t y a n d L o g ic , 3a
ed., C am b rid g e : C a m b rid g e U n iv e rs ity P re s s , 1989: u m tr a ta m e n to
Apêndice 459
2.1a 2 .3 a
1. e é S 1. todo S* é D Válido
3. nenhum P é C todo D* é I
5. todo C é O todo S é l * ,
10. a é m 3. todo P* é C Válido
15. m é M nenhum C* é R*
nenhum P é R
5. todo M* é C Válido
2 .2 a
algum P é M
1. Isto não é um silogismo, pois “D ” e algum P* é C*
“E ” ocorrem apenas uma única vez. 10. todo S* é A Inválido
3. Isto não é um silogismo, pois “Y” méA
ocorre três vezes e “G ”, apenas m* é S*
uma vez. 15. todo H * é M Válido
5. Isto não é um silogismo, pois “Z é méH
N ” não é uma fbf. m* é M*
20. 1é Q Inválido
véQ
2.2 b
v* é 1*
1. w não é s 25. algum T é Q Válido
3. nenhum R éS todo T* é P
5. todo P é B todo P* é C
algum Q* é C*
2.2c
2 .3 b
1. nenhum P* é B* Inválido N ão podemos provar nem que
algum C não é B*
“Bob roubou dinheiro”, nem que
algum C* é P*
“Bob não roubou dinheiro”. 2 &
3. nenhum H* é B::' Inválido
6 não produzem um argumento
nenhum H* é D"'
válido com nenhuma das duas
.*. algum B* não é D
5. g é g* Válido conclusões.
10. todo D* é A Inválido 4 & 8 & 9 provam que David
todo A é D* roubou dinheiro: “d é T, todo T é
O , todo O é L d é L ”.
Respostas para os problemas escolhidos 461
3* “Heroico” é positivo. Estes são vem, ainda assim é possível que isso
negativos: “imprudente”, “te não seja verdade. (2) Se “verdadei
merário”, “descuidado”, “arris ro” significa “acreditado”, então
cado”, “desatinado”, “inconse ambas as afirmações serão verda
qüente” e “desajuizado”. deiras (uma vez que para ambas
5. “Senhor de idade” é positivo. existe alguém que acredite nelas):
“Velho” é negativo. “Michigan ganhará de Ohio State
10. “Assistencialista” c negativo ou no ano que vem” e “Michigan não
neutro. “Generoso”, “filantro ganhará de O hio State no ano que
po” e “defensor dos direitos hu vem”. (3) “Acreditado” c relativo
manos” são positivos. de uma forma como “verdadeiro”
15. “Birita” é negativo ou neutro. não é: “Isto é acreditado?” suscita
“Coquetel” é positivo e “álcool” a questão “ Por quem ?” - enquanto
e “destilado” são neutros. “Isto é verdade?”, não.
20. “Tagarelar” é negativo. “Conver 15. Este conjunto de definições é cir
sar”, “falar” e “debater” são neutros. cular.
25. “Propina” é negativo. “Pagamen
to” e “presente” são neutros ou 3.2b
positivos.
1. Isto é verdadeiro de acordo com
30. “Puta” é negativo. “Prostituta” é
o relativismo cultural. Dados
mais neutro.
sociológicos podem constatar o
que é “socialmente aprovado”,
3.2a e isso pode ser entendido como
1. Sc alguém profere um enunciado aquilo que é “bom ”.
falso que crê como sendo verda 3. Isto é verdadeiro. As normas es
tabelecidas por minha sociedade
deiro, isso não será uma mentira.
determinam o que é bom em mi
3.(1)Alguém que acredite em Deus
nha sociedade, então tais normas
pode não tê-lo como o supremo
não podem estar equivocadas.
objeto de seu interesse. (2) Alguém
5. Isto é incerto. Se a nossa socieda
pode ter um objeto de seu supre
mo interesse (tal como ganhar di de aprova o respeito a valores de
outras sociedades, então o respei
nheiro) sem acreditar em Deus. (3)
to é bom. Mas, se nossa socieda
“Objeto de supremo interesse” é
de desaprova o respeito a valores
relativo de uma forma que “Deus”
não é: “Existe um objeto de supre de outras sociedades, então esse
respeito é mau.
mo interesse?” suscita uma ques
tão do tipo “Para quem?” - en 10. Isto é verdadeiro, conforme o RC.
quanto “Deus existe?”, não. 15. Isto é falso (e autocontraditório),
5. Uma vez que “de valor positivo” conforme o relativismo cultural.
não é mais claramente entendido 20. Isto é incerto, já que o relativis
que “bom”, esta definição não escla mo cultural não especifica qual
rece muito o que significa “bom”. E desses vários grupos é “a socie
ainda existe o risco de circularidade dade em questão”.
se tentarmos definir “de valor posi
tivo” em termos de “bom”. 3.4a
10. (1) Se eu acredito que Michigan ga 1. Isto possui significado em PL (e
nhará de Ohio State no ano que poderia ser verificado) e em PR
Respostas para os problemas escolhidos 463
6.2a 6 .6 a
1.1 I. Inválido: a segunda linha possui 110.
3. I
5. 0 C C | ( C =) C ') , D c
10. I 00 1 1 0 0
15.0 01 , 1 1 0
10 o 0 1
6 .3 a III 1 1 1
I. ~(1 • 0) = ~0 = I 3. Válido: nenhuma linha possui 110.
.1. 1- - -yv >)
5. (~0 ■ 0) = (1 ■ 0) = 0 TM (T d M ) , ( T => ~ M ) ~T
10. (-1 v ~(0 D 0)) = (0 v ~1) 0 0 1 1 1
= (0 v 0) = 0 0 1 1 1 1
15. ~ ((1D I)D (1D 0)) 1 0 0 1 0
= ~(1 D0) = ~0= 1 1 1 1 .0 0
■4
Introdução à lógica
472
5. Válido
6 .1 0 a
* 1 (A v B)
l.P ,U *2 (A D C)
3. nenhuma conclusão *3 (B D D)
5. ~R, ~S [ (C v D)
10. H, I * 4 r ass: ~(C v D)
15. nenhuma conclusão 5 ' -C (de 4|
20. nenhuma conclusão 6 -D (de 4)
7 | ~A {dc 2 c 5}
6 .1 1 a 8 .-. B {de 1 e 7}
9 i .-. ~B {dc 3 e 6}
l.-T 10 :.(C v D) {dc 4; 8 contradiz 9}
3. ~B
5. nenhuma conclusão 10. Válido
10. nenhuma conclusão * 1 (A D (B D C ))
15. F [ / . ((A • B) D C)
20. Y 2 r ass: ~((A • B) D C)
3 (A • B) {de 2}
6.12a 4 ~C {de 2}
5 | A {dc 3}
l . ~U 6 B {de 3}
3. nenhuma conclusão * 7 I .-. (B D C) {de 1 e 5}
5. P, ~Q L
8 /. ~B {de 4 e 7}
10. ~A 9 .\((A • B) O C) {de 2; 6
15. nenhuma conclusão contradiz 8}
6 .1 3 a 7.1b
1. (A • B), C 1. Válido
3. nenhuma conclusão * 1 ((H • P) D B)
5. nenhuma conclusão 2 H
[.-. (PD B)
7.1a 3 r ass: ~(P D B)
4 .-. P {de*}}
1. Válido 5 /. ~B {de 3}
* 1 (A D B) 6 .v ~(H • P) {de 1 e 5}
[.-. (~BD~A) 7 |_ ~P {de 2 e 6}
* 2 ass: ~(~B D ~A) 8 .-. (P D B) {de 3; 4 contradiz 7}
3 r ~B {de 2}
4 .-. A {de 2) 3. Válido
5 .*. ~A {de 1 e 3} *1 (E D (F v M))
6 .\ (~BD~A) {de 2; 4 contradiz 5} 2 ~F
*3 (M D A)
3. Válido
[.-• ( EDA)
*1 (A D B) '•4 r ass:-(E D A )
*2 (~A D B) 5 E {de 4}
[ B 6 .-. ~A {de 4}
3 r ass: ~B 'v 7 (F v M) {de 1 e 5}
4 .*.~A { d ele 3} 8 ~M {de 3 e 6}
5 /.A {de 2 e 3} 9 L .-. M {de 2 e 7}
6 /. B {de 3; 4 contradiz 5} 10 ( EDA) {de 4; 8 contradiz 9}
Respostas para os problemas escolhidos 473
5. Válido *3 (A D C)
* 1 (~Q D ~B) [ .-. (A D D )
* 2 (~C D ~P) *4 ass: ~(A D D)
*3 (~Q v ~C) 5 .-. A {de 4}
[ (~P v ~B) 6 .-. ~D {de 4}
*4 - ass: ~(~P v ~B) 7 ~B {de 2 e 6}
5 P {de 4} 8 .-. C {de 3 e 5}
6 /. B {de 4}
7 Q {de 1 e 6} 10. Inválido ~C, -D ,
8 C {de 2 e 5} E, ~A, B
9 _ /. ~C {de 3 e 7) *1 ~(~A • ~B)
10 i(~P v ~B) {de 4; 8 contradiz 9} 2 ~C
(Isto também poderia ser traduzido *3 (D v ~A)
sem as NEGAÇÕES - tomando “Q ”, *4 ((C • ~E) D ~B)
por exemplo, como “Deus não quer 5 ~D
prevenir o mal”.) [ .-. ~E
6 ass: E
10. Válido 7 .-. ~A {de 3 e 5}
* 1 (I D ~A) 8 /. B {de 1 e 7}
*2 (~A D ~H) 9 /. ~(C • -E) {de
3 H
•4 (~I D P) 7 .2 b
[ ••• P 1. Inválido S \ ~A, S
5 p ass: ~P
1 (A D S)
6 .-.A {de 2 e 3}
* 2 (S’ D S)
7 ~I {de 1 e 6}
3 S’
8 L I {de 4 e 5}
[•••A
9 P {de 5; 7 contradiz 8}
4 ass: ~A
5 .-. S {de 2 e 3}
7 .2 a
1. Inválido 3. Válido
~A, B
1 I
* 1 (A v B)
*2 (ID ~D)
[•••A
*3 ((F • ~A) D D)
2 ass: ~A
3 B { d e le 2J
4 r
[•■•A
3. Inválido B, ~A 5 ass: ~A
1 ~(A • ~B) 6 ~D {de 1 e 2}
[ /. ~(B • ~A) *7 /. ~(F • ~A) {de 3 e 6}
* 2 ass: (B« ~A) 8 A {de 4 e 7}
3 /. B {de 2} 9 . A {de 5; 5 contradiz 8}
4 /. ~A {de 2} 5. Válido
5. Inválido A, ~D, *1 (E D Q )
*2 ( Q D ( ~ R .I ) )
~B, C
(R D ~E)
1 ((A D B) D (C D D)) •'3 r ass: ~(R D ~E)
••• 2 (B D D) 4 I R {de 3}
■ 474
,<:aoà 'ógica
E {de 3) 8 C {de 6}
Q {de 1 e 5) 9 - ~S (de 2 e 5}
( -R • I) {de 2 e 6) 10 (~A D D) {de 3; 7
~R {de 7}
9 .. (R 3 ~E) {de 3; 4 contradiz 8) 25. Válido
10- V á l i d o
* 1 (F 3 (I • S))
* 2 (I3 T )
* 1 (D v H ) * 3 (7 3 7 0
* 2
((D • M ) 3 L) * 4 (7 ' 3 X)
* 3 (H D C ) * 5 ((X • 7 ') 3 Y)
* 4 ( ( C • M ) 3 D ’) * 6 ((X • Y) 3 ~S)
[ ( M D ( D ’ v L )) [ ~F
* 5 r a s s : ~ ( M 3 ( D ’ v L )) 7 - ass: F
6 M {de 5} * 8 ••• (I • S) {de 1 e 7)
* 7 ~ (D * v L ) {de 5} 9 I {de 8)
8 {de 7} 10 S {de 8}
9 ~L {de 7} 11 7 (de 2 e 9)
* 10 ~ (D • M ) {de 2 e 9} 12 7 ' {de 3 e 11}
* 11 ~ (C • M ) (d e 4 e 8} 13 •••X {de 4 e 12}
12 ~D {de 6 e 10} * 14 ~(X • Y) {de 6 e
H {de 1 e 12}
15 ~Y {de 13 e 14}
13 1 * 16 ~(X • 7 0 {de 5 e
14 C {de 3 e 13}
17 . -X {de 12 e 16}
15 ~C {de 6 e 11}
18 •F {de 7; 13 contradiz 17}
16 .\ ( M 3 ( D ’ v L)) {de5; 14 contra 15}
S, A , B,
7.3a
15. Inválido
~D , -F 1. Válido
* 1 (A D B ) * 1 (A D B)
* 2 (B 3 (F 3 D)) 2 (A v (A C ))
* 3 (D 3 ~S) [ (A • B)
4 s * r3 ass: ~(A B )
4 ass: ~A {quebra del)
[ -A (A • C) {de 2 e 4}
5
5 ass: A .*. A {de 3}
6
6 B {de 1 e 5) A {de 4; 4 contradiz 6}
7
* 7 (F 3 D) {de 2 e 6) B {de 1 e 7}
8
8 ~D {de 3 e 4} 9 -B {de 3 e 7)
9 ~F {de 7 e 8) 10
•. (A • B) {de 3 ; 8 contradiz 9)
U m a premissa “F ” o tornaria
Válido
20. Válido 1 (B 3 A)
(~A 3 (S • C)) 2 ~(A • C)
* 1
(~D 3 -S) 3 (B v C)
* 2 [ (A - B)
(~A 3 D) ass:~(A = B)
ass: - ( - A 3 D) ■ (A v B) {de 4)
. ~A {de 3) -(A • B) (de4|
~D {de 3} ass: ~B {quebra del)
(S • C) {de 1 4) ... C {de 3 e 7)
S (de 6}
Respostas para os problemas escolhidos 475
8 .1 a 10. Válido
1. ~Gx 1 (x)(Fx a Gx)
3. (3x)~Gx 2 (3x)~Gx
5. [ (3x)~Fx
« G x (\Jx)6X
10. ~(3x)(Lx • Mx) 3 - ass: ~(3x)~Fx
15. (3x)(Áx • (Cx • ~Lx)) 4 .*. ~Ga {de 2}Ç_ £
20. ~(x)(Gx D Rx) 5 .*. (x)Fx {de 3} 1 Q
25. (x)(Mx • Lx) 6 ^(Fa-G a) (del)CU
7 (p. (Fa D Ga} {de6}*l
8 .2 a 8 U\ (Ga D Fa) {de 6} d
9 -Fa {de 4 e 7} V I T
1. Válido 10 Fa {de 5) C 0
1 (x)Fx 11 .\(3x)~Fx {de 3; 9 contradiz 10}
[ *. (x)(Gx v Fx)
* 2 - ass: ~(x)(Gx v Fx) 8 .2 b
* 3 .\ (3x)~(Gx v Fx) {de
1. Válido
* 4 ~(Ga v Fa) {de 3} C
5 /. ~Ga {de4}i*j/*G L (x)(Dx D Ax)
6 ~Fa {de 4} M, (x)Dx
7 .-. Fa {de 1} £j j (x)Ax
8 *. (x)(Gx v Fx) {de 2; 6 ass: ~(x)Ax
contradiz 7} •£) £) .*. (3x)~Ax {de 3}
.*. ~Aa {de 4}
3. Válido • (D aD A a) {dei}
* 1 ~(3x)(Fx Gx) .*. ~Da {de 5 e 6}
* 2 (3x)Fx Da {de 2}
[ (3x)~Gx (x)Ax {de 3; 7 contradiz 8}
* 3 “ ass: ~(3x)~Gx
4 (x)~(Fx • Gx) {de 11X0 3. Válido
5 Fa {de 2} £ £ *1 ~(3x)(Sx • Ox)
í6 (x)Gx {de 3} j Q 2 (x)(Qx D Ox)
~(Fa«Ga) {de 4} £ J
[ .*. ~(3x)(Sx • Qx)
C s ••• ~Ga {de 5 e 7 )§ Q
: 3 ass: (3x)(Sx • Qx)
9 Ga íd e6 l C W *** 4 (x)~(Sx • Ox) {dei}
10 (3x)~Gx {de 3; 8 contradiz 9}
5 (Sa • Qa) {de 3}
5. Válido 6 /. Sa {de 5}
1 (x)(Fx D Gx) 7 /. Qa {de 5}
* 2 (3x)Fx * 8 (Qa D Oa) |de 2}
[ .-. (3x)(Fx • Gx) 9 /. O a {de 7 e 8}
* 3 - ass: ~(3x)(Fx • Gx) * 10 ~(Sa • Oa) {de 4}
.'. Fa {de 2} 11 _ ~Oa {de 6 e 10}
.’. (x)~(Fx • Gx) {de 3} 12 .*. ~(3x)(Sx • Qx) (de 3; 9
t 6 (Fa D Ga) {dei} contra 11}
>' 7 .-. Ga {de 4 e 6}
/. ~(Fa • Ga) {de 5} 5. Válido
* 8
9 _ .*. -G a {de 4 e 8} 1 (x)(Cx D Ex)
10 .-. (3x)(Fx • Gx) {de 3; 7 *2 ~(3x)(Ex • Cx)
contradiz 9} [ .*. ~(3x)Cx
Introdução à lógica
478
* 5 (3x)-Fx (de 2)
* 3 | ass: (3x)Cx
4 , (x)~(Ex • Cx) {dc 2} 6 (x)~Gx {dc 3}
5 .-.Ca {dc 3} 7 /. ~Fb {dc 5}
♦ 6 (Ca D Ea) {dc 1) 8 ~Ga {dc 6}
7 Ea {dc 5 c 6} 9 Fa {dc 4 c 8}
* 8 -(Ea • Ca) (de 4) 10 ~Gb {dc 6}
9 ~Ea jdc 5 c 8} 5. Inválido a
10 ~(3x)Cx {dc 3; 7
~Ga, ~Fa
contradiz 9}
* 1 ~(3x)(Fx • Gx)
10. Válido 2 (x)~Fx
*1 ~(3x)(Bx • Cx) [• *. (x)Gx
* 3 ass: ~(x)Gx
*2 (3x)(Lx • Cx)
4 (x)~(Fx • Gx) (d ei)
3 (x)(Cx D Rx)
* 5 (3x)-Gx (dc 3)
[ .-. (3x)(Rx • (Cx • ~Bx))
»4 ass: ~(3x)(Rx • (Cx ~Bx)) 6 ~Ga {de 5}
5 (x)~(Bx • Cx) {dc 1} 7 ~Fa {dc 2}
*6 (La • Ca) (de 2] 8 -(Fa • Ga) (de 4)
7 (x)~(Rx • (Cx • ~Bx)) {dc 4] a, b
10. Inválido
8 La {dc 6}
9 Ca {dc 6} Ga, ~Fa
* 10 (Ca D Ra) (de 3) Fb, ~Gb
11 Ra {dc 9 c 10} *1 (3x)~Fx
* 12 /. ~(Ba • Ca) {dc 5} *2 (3x)~Gx
13 ~Ba {de 9 e 12} [ /. (3x)(Fx b Gx)
* 14 -(Ra • (Ca • -Ba)) (de 7) *3 ass: ~(3x)(Fx ■ Gx]
* 15 ~(Ca • -Ba) {de 11 c 14} 4 /. ~Fa» {de 1}
16 Ba {dc 9 c 15} 5 .*. -G b {de 2}
17 \ (.\x)(Rx • (Cx • ~Bx)) 6 .-. (x)~(Fx ■ Gx) de 3)
{dc 4; 13 contradiz 16} *7 /. ~(Fa a Ga) {de 6}
*8 /. (Fa v Ga) %{dc 7}
8.3a 9 /. ~(Fa • Ga) {de 7}
10 .*. Ga {de 4 e 8}
1. Inválido a, b * 11 .*. ~(Fb ■ Gb) {de 6}
Fa, ~Fb * 12 /. (Fb v Gb) {dc 1}
* 1 (3x)Fx 13 .*. ~(Fb • Gb) {deli}
[ . . (x)Fx 14 .•. Fb {de 5 e 12}
* 2 ass: ~(x)Fx
3 Fa {de 1} 8.3b
* 4 (3x)~Fx {de 2}
1. Inválido a, b
5 ~Fb {de 4}
Ma, Ca
3. Inválido a, b Mb, ~Cb
Fa, ~Ga 1 (3x)(Mx • Cx)
~Fb, ~Gb (x)(Mx D Cx)
* 1 (3x)(Fx v Gx) * 2 ass: ~(x)(Mx D C x)
* 2 ~(x)Fx * 3 .’. (3x)~(Mx D Cx) (de 2}
[ /. (3x)Gx * 4 (Ma • Ca) {de 1}
Ü- 3 ass: ~(3x)Gx 5 .*. Ma {de 4}
4 (Fa v Ga) {de 1} 6 •\ Ca {de 4}
Respostas para os problemas escolhidos 479
l
Respostas para os problemas escolhidos 481
15. Válido * 3 /. (Fb • ~b=a) {de 2}
*1 (V D (H • (x)(Mx D Ex))) 4 /. Fb {de 3}
2 (x)(Ex D Ix) 5 .-. ~b=a (de 3}
3 Mt 3. Válido
4 ~It
[ /. ~V 1 a=b
5 ■ass: V 2 b=c
*6 (H • (x)(Mx D Ex)) {de 1 e 5} [ .\ a=c
3 f" ass: ~a=c
7 /. H {de 6}
4 L .'. ~b=c {de 1 e 3}
8 (x)(Mx D Ex) {de 6} /. a=c {de 3; 2 contradiz 4}
5
*9 /.(E t D It) {de 2}
10 /. ~Et {de 4 e 9} 5. Inválido a, b, c
* 11 .*. (Mt D Et) {de 8} ~a=b, ~a=c
12 /. Et {de 3 e 11} ~c=b
13 /.~V {de 5; 10 contradiz 12} 1 ~a=b
2 ~c=b
20. Válido
[ /. a=c
-1 -(3x)(~Cx • Ix) 3 ass: ~a=c
2 (x)(Ex D Ix) a
10. Inválido
[ (x)(Ex D Cx) a=a
* 3 - ass: ~(x)(Ex D Cx)
4 (x)~(~Cx • Ix) {dei} [ .-. (3x)(3y)~y=x
*5 (3x)~(Ex D Cx) {de 3} * 1 ass: ~(3x)(3y)~y==x
2 /• (x)~(3y)~y=x {de 1}
*6 ~(Ea D Ca) {de 5}
* 3 /• ~(3y)~y=a {de 2}
7 Ea {de 6}
4 ••• (y)y=a {de 3}
8 ~Ca {de 6}
5 /. a=a {de 4}
*9 (Ea D Ia) {de 2}
10 Ia {de 7 e 9}
9 .2 b
* 11 ~(~Ca • Ia) {de 4}
12 . ~Ia {de 8 e 11} 1. Válido
13 /. (x)(Ex D Cx) 1 k=s
{de 3; 10 contra 12} 2 Bs
3 Dk
9 .1 a [ /. (3x)(Dx • Bx)
* 4 ass: ~(3x)(Dx • Bx)
1. La
5 Bk {de 1 e 2}
3. ~a=p
5. (3x)(3y)(~x=y • (Lx • Ly))
6 /. (x)~(Dx • Bx) {de 4}
* 7 .-. ~(Dk • Bk) {de 6}
10. (3x)(Lx • ~(3y)(~y=x • Ly))
8 /. ~Bk {de 3 e 7}
15. (Ca • ~a=r) 9 (.'.x)(Dx • Bx) {de 4; 5
contradiz 8}
9 .2 a
3. Válido
1. Inválido a, b
1 Op
Fa, ~Fb 2 ~Od
~b=a
[ ~3=p
1Fa 3 r ass: d=p
[ /. ~(3x)(Fx • ~x=a) 4 L /. ~Op {de 2 e 3}
* 2 ass: (3x)(Fx • ~x=a) 5 .•. ~d=p {de 3; 1 contradiz 4}
Introdução à lógica
. 482
5. Inválido _____a>v
~Ma, ~Mv 1. (x)(Rx D (y)Ayx) ou,
~v=a equivalentemente, (x)(y)
1 -Ma (Ry D Axy)
2 ~Mv 3. (3x)(Rx • (3y)Ayx) ou,
[ .*. v=a equivalentemente,{3x)(3y)
3 ass: ~v=a (Ry *Axy)
5. (x)(Rx D (3y)(Iy • Axy))
10. Válido 10. ~(3x)(Ix • (y)Axy)
* 1 (Sv v Sl) 15. ((x)Atx D (3x)(Ix • (y)Axy))
2 ~Sv 20. (x)(3y)Cyx
[• •. ~v=l 25. (x)(y)(Cxy D Axy)
3 ass: v=l
4 /.SI { d ele 2}
9 .5 a
5 .-.-SI {de 2 e 3}
6 .-. ~v=l {de 3; 4 conlradiz 5} 1. Inválido b
Aab, Aaa
15. Válido
~Aab
* 1 (3x)(Mx • ~(3y)(~y=x • My)) 1 (x)Axa
2 Mp [ (x)Aax
3 Fp * 2 ass: ~(x)Aax
[ .-. (x)(Mx D Fx) * 3 .*. (3x)~Aax {de 2}
* 4 * ass: ~(x)(Mx D Fx) 4 /. -Aab {de 3}
* 5 .*. (3x)~(Mx D Fx) {de 4}
5 /. Aaa {de 1}
* 6 .-. ~(Ma D Fa) {de 5}
7 .-. Ma {de 6}
6 /. Aba {de 1}
8 .-. -Fa {de 6} 3. Inválido
* 9 /. (Mb • ~(3y)(~y=b • My)) -Aaa
{dei} 1 (x)(y)(AxyDx=y)
10 /.M b {de 9} [ /. (x)Axx
* 11 .-. ~(3y)(~y=b • My) {de 9}
12 .*. (y)~(~y=b • My) {deli} 2 ass: ~(x)Axx
3 .*.(3x)~Axx {de 2}
* 13 .-. ~(~a=b • Ma) {de 12}
14 .'. a=b {de 7 e 13} 4 /. -Aaa {de 3}
* 15 .%~(~p=b • Mp) {de 12} 5 .*. (y)(Aay D a=y) {dei}
16 .'. p=b {de 2 e 15} 6 .*. (Aaa D a=a) {de 5}
17 .-. -Fb {de 8 e 14} 5. Válido
18 -Fp (de 16 e 17}
19 . (x)(Mx D Fx) {de 4; 3 1 (x)(y)Axy
contradiz 18} (x)(y)((Fx • My) D Axy)
* 2 - ass: ~(x)(y)((Fx • My) D Axy)
9 .3 a * 3 .*. (3x)~(y)((Fx • My) D Axy)
{de 2}
1. (Ato • Aot) * 4 ~(y)((Fa • My) D Aay) {de 3}
3. (x)(Rx D Atx) * 5 (3y)~((Fa • My) D Aay) {de 4}
5. ((x)Axo • ~(x)Aox) * 6 /. ~((Fa • Mb) D Aab) {de 5}
10. (x)(Axx D Aox) * 7 /. (Fa • Mb) {de 6}
15. (x)(Cdx D Adx) 8 .‘.-A ab {de 6}
20. (x)(Cdx D Mdx) 9 .*. Fa {de 7}
Respostas para os problemas escolhidos 483
15-.V £Sòo * l -O A
1 z ^ v rp O (B ■ A>
r ov \ -O B
> - ís s -Q V * 3 asse OB
> X ; A V Y f ie 2 } * 4 a O -A {deli
4 W .\~ Y |ò í3 - 5 W .\ B fde 3|
> > Y .\ ( - Y Z ? \ 1 fie l} 6 ^ a -A {de 4}
y - \ T . \ V tóe 4 e 51 * - \ T a (B « A ) {de 2)
7 _ V >de 2:4 oocftndiz 61 * § \T (B D A) {de ?}
ü T . \ ( A D B ) {de 7}
i : -O 1 1C \5‘ A {de 3 e $}
1 *n W W ,\( B « A ) (de 2 }
r* ^ o V* A
* 12 W . \ ( B D A ) {deli}
\P£~ -A S3 \ P 5T (A D B ) {de 1 1 }
> 1OA 14 \P T -B {de 6 e 1 2 }
K- ~ 4
> xss ~ A ÍC 3 b
V .- .A *3el}
4 1 . YiBdo
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5 'A {de 41 * 1 ( P D O ( \O A ) >
^ -J O (V • - A>
5- farralsdo « A. [-
^TST Bs A 3 ass?
1 OA 4 ;.0 ( V D A ) {de 1 e 3}
* 3 OB * 5 V ,- ,( V * - A ) {de 2 }
1 »*-0 \A • B) 6 V , \ V {de 5}
5 i s ~ 0 \A • B) 7 T a - A {de 5}
4 ^ST .-. A {de 1} » $ V :.{ V D A ) {de 4}
5 ^nsr b fde 2 | 9 . W .-.A {de 6 e S}
6 G -(A • B) \àc 5] 10 ~P {de 3; 7 contradiz 1
> - Y _-. - VA • B; 'de 6 }
s .-. - 3 •|á í4 e /} 3. Invalid©
* 9 xnsr X ~{A • B) ide 61 W
i: T S T . - A Jd e5 e9 f 1 0 (S D S )
IrrráSdc» A3T A. -B [ - (S O O S)
ass: -{S D OS)
A 3 *- S {de 2 }
1 (O A D O B ) * 4 ----O S |d e 2 |
í -'- O (A 3 B) * 5 O -S {de 4}
* "k 2k - D ( A 3 B )
* 3
6 A T -.-S {de 5}
O —(A D B ) {de 2 J / (SICS) {de 1}
* 4 Y . - - n A 3 B ; Jde 3) S AST {S D S) {dei)
3 Y . \ A ide 4}
6 W - 3 fáe4J 3. Inválido f ~R,
« is s -QA. fqaebn de 11
« S 1 G (R D L )
O -A |de 7} 0 (Ü D ~R)
9 w . . A iá c s | í .* . - a ( L D ü )
12LInrálâáo AB 3 ass: D ( L 3 Ü )
4 (R D L) {dei}
~B 5 -*• (Ü 13 -R I fde 2 }
Respostas para os problemas escolhidos 487
* 8
qualquer sistema L
8 W -F a {de 6}
W .\ -D D {de 5 e 7} 9 (x)OFx {de 2; 7 contradiz 8}
* 9 W .*. O-D {de 8}
10 W ~D {de 9} W => WW 10. Válido
11 W .- .D {dei} * 1 (3x)QFx
_ requer S4 ou S5 [ .-. 0(3x)Fx
12 /. ~N {de 4; 10 contradiz 11} x 2 - ass: ~0(3x)Fx
* 3 /. O Fa {dei}
11.2a 4 /. □~(3x)Fx {de 2}
1. (x)OIx 5 W /. Fa {de 3}
3. DNj X 6 W ~(3x)Fx {de 4}
5. (Ns • O -N s) 7 W .*. (x)~Fx {de 6}
10. (x)(Nx D DAx) 8 _ W /. ~Fa {de 7}
15. 0(x)(C x D Vx) 9 /. 0(3x)F x {de2;5
20. (3x)(HIx contradiz 8}
11.3a 11.3b
1. Válido 1. Inválido a, e
a 1 (3x)DFx
Be
[ .-. □(3x)Fx
2 r ass: ~D(3x)Fx W -Be, ~Ba
3 /. DFa {dei} a=e
x 4 .-. 0~(3x)Fx {de 2} 1 Be
x 5 W .-. ~(3x)Fx {de 4} [ □(x)(-B xD -x=e)
6 W /. (x)~Fx {de 5} * 2 ass: ~D(x)(~Bx D ~x=e)
7 W .-. Fa {de 3} * 3 .’. 0~(x)(~Bx D ~x=e) {de 2}
8 -W ~Fa {de 6} * 4 W .'. ~(x)(~Bx D ~x=e) {de 3}
9 .\(3x)Fx {de 2; 7 contradiz 8} * 5 W .-. (3x)~(~Bx D ~x=e) {de 4}
* 6 W /. -(-B a D ~a=e) {de 5}
3. Válido
7 W /. -Ba {de 6}
[ /. □(3x)x=a 8 W a=e {de 6}
* 1 rass: ~D(3x)x=a 9 W /. ~(~Bc D ~e=e) {de 6 e 8}
* 2 0~(3x)x=a {dei} 10 W / .- B e {de 7 e 8}
* 3 W .-. ~(3x)x=a {de 2}
4 W .-. (x)~x=a {de 3} 3. Válido
5 W .*. ~a=a {de 4}
6 L w .*. a=a {to contradict 5} 1 ~a=p
7 .*. D(3x)x=a {dei; 5 * 2 (((3x)Dx=p • -(x)Dx=p) D S)
contradiz 6} [ -.s
. . 490 Introdução à lógica
10. Válido
1 3 .3 a
* 1 ~ 0(A - B)
[ .*. ~(y:A • ~v:~B) 1. v:Sa
* 2 - ass: (v:A • ~v:~B) 3. v:OSa
3 .-. D -(A -B ) {del} 5. v:Sa
4 /. v:A {de 2} 10. (v:OAy D Ay)
* 5 /. ~v:~B {de 2} 15. (v:Axv D Avx)
6 v .*. B {de 5}
* 7 v .*. ~(A • B) {de 3} 1 3 .4 a
8 v .•. ~A {de 6 e 7}
9 _v .*. A {de 4} 1. Válido
10 ,.’. ~(v:A • ~v:~B) [ •*• ~(v:A • v:~A)
{de 2; 8 contra 9} * 1 r ass: (v:A • v:~ A)
2 /. v:A {de 1}
1 3 .2 b 3 .'. v:~A {del}
4 v .-. A {de 2}
1. Válido
5 (_v /. ~A {de 3}
□(A D B) 6 .*. ~(v:A • y:~A)
~y:B {de 1; 4 contra 5}
[ ~v:A
3 " ass: v:A 3. Inválido
4 v ~B {de 2}
* 5 v /. (A D B) {del} [ (v:Ba v v:~Ba)
6 v .*. ~A {de 4 e 5} * 1 ass: ~(v:Ba v v:~Ba)
7 _v /. A {de 3} * 2 .-. ~y:Ba {del}
8 ~v:A {de 3; 6 contradiz 7} 3 ~v:~Ba {de 1}
4 v -Ba {de 2}
3. Inválido 5 w Ba {de 3}
1 v:A 5. Inválido
[ ~y:~A
2 ass: v:~A 1 v:(x)OAx
3 v .*. ~A {de 2} [ v:Av
2 ass: ~v:Av
5. Inválido 3 v -Av {de 2}
[ (v:A v v:~A) 10. Válido
* 1 ass: ~(y:A v v:~A)
* 2 /. ~v:A {del} 1 O(ADB)
[ ~(v:OA • ~v:B)
Respostas para os problemas escolhidos 495
496
5. Válido
[ Oh:C 1 D(E 3 C)
* 2 ass: -O frG * 2 Oy:E
* 3 /. R-fcC (de 2| [ /. Ov:C
* 4 D A -fcC (de 3| * 3 ass: ~Oy:C
5 Db /. -C (de 4) » 4 .*. R~y:C |dc 3)
6 D .'. i:(C *D ) (deli
*5 D ~v:C (dc 4)
* 7 Da.'- ( O D) (de 6)
8 Da C (dc 7) (j Dv .*. ~C {de 5)
9 Da D (de 7)
* 7 D v/.(E D C ) {d el )
8 Dv ~E {de 6 e 7)
10. Válido 9 D /. y:E {de 2)
1 Oy:(A 3 OBv) 10 LDv .*. E {de 9)
~(y:A • -y:Bv)
[ 11 ~Oy:E {de 3; 8 contradiz 10)
# 2 r ass: (y:A • ~v:Bv)
3 /. y:A {de 2) 10. Válido
* 4 ~y:By {de 2) a:F
5 v ~Bv {de 4) Oâ:F
6 /. y:(A D OBv) ~F
7 v /. A {de 3) C
* 8 v /. (A D OBv) a:(F v C)
9 v /. OBy {de 7 e
~K
10 _ v /. Bv {de 9} [ /. (((Oa:(F v C) • (F v C))
11 ~(y:A • ~y:Bv)
• a:(F v C)) • ~K)
{de 2; 5 contra 10)
ass: ~(((Oa:(F v C) • (F v O)) •
a:(F v O)) • -K)
13.6b -((Oa:(F v C) • (F v Q )
1. Válido • a:(F v C))
1 Oy:G (de 6 e 7)
[ . \ ~Rv:~G * 9 ~(Oa:(F v C) • (F v C))
* 2 - ass: Rv:~G (de 5 e 8)
3 D .'. v:~G {de 2) 10 ass: -(F v C) (qvebra de 9)
4 D .'. y:G {dei) 11 -C (de 10)
3 Dv /. ~G {de 3} 12 /. ( F v C ) (de 10; 4 contradiz
6 Dv.*. G {de4}
11)
7 /. ~Rv:~G {de 2; 5 * 13 -Oa:(F v C) (de 9 e 12)
contradiz 6)
* 14 •. R -a:(F v C ) (de 13)
3. Válido M3 D /. -a:(F v C ) (de 14)
0~(v:O A v • ~v:Av) 16 D /. a:F (de 2)
[
* 1 ass: ~0~(y:O A y • ~v:Av) 17 Dv /. -(F v C) (de 15)
* 2 .*. R(v:OAv • ~y:Ay) {de 1) 18 Dv F (de 16)
* 3 D .*. (y:OAy • -y:Ay) {de 2} 19 D v / . - F (de 17)
4 D .*. y:OAy {de 3) 20 . . (((Oa:(F v C) • (F v C))
* 5 D /. ~y:Ay {de 3) • a:(F v O ) • -K)
6 Dv -A y {de 3) (de 7; 18 contradiz 19)
7 Dv .*. OAy {de 4)
8 . Dv /. Ay {de 7) 15. Vál ido
9 .'. 0~(y:O A v • ~y:Av) 1 Ov:(M D F)
{de 1; 6 contradiz 8) [
Respostas para os problemas escolhidos 497
* 2 ass: (y:M • -v:F) falsa. (Você não foi exigido a dar uma
3 y:M {de 2} refutação).
* 4 /.~y:F {de 2}
5 v ~F {de 4} 14.6 (Ver nota de rodapé ao final do
6 y:(M D F) {dei} Capítulo 14)
7 v /. M {de 3}
* 8 v /. (M D F) {de 6} [ .'• ~(y:RA • ~*:(3F)(FA
9 - v .'.-M {de 5 e 8} • ■(XXFX 3 RX)))
10 ~(y:M • ~y:F) {dc 2; 7 contra 9} 1 ass: (v:RA • ~ v:(3FXFA
• ■ (XXFX 3 RX)))
20. Inválido
/.i:R A |de 1}
1 0-(y:A • -y:B) * 3 ~y:(3F)(FA • »(X)
[ / . (v:A D v:B) (FX 3 RX)) Ide 1}
♦ 2 ass: ~(v:A D v:BJ ♦ 4 v - o f x f a • mx)
3 v:A {de 2} (FX 3 RX)) ide 3}
4 -v:B {dc 2} 5 v RA |de 2|
5 ~(v:A • -y:B) {dei} 6 v /. (3FXFA • *(XXFX 3 RX))
♦* 6 ass: -y:A {qvebra de 5} {de 5 por G5)
7 v -A {de 6} 7 /. ~(y:RA • ~v:(3FXFA • »(X
25. Válido (FX 3 RX))) (de I; 4 contradiz 6)
1 Oy:(P D OAy) 2- [ . ~(y:Av • ~y:(3FXF*Ay • »(X)
2 Oy:P (FX 3 MX)))
[ y:Ay * 1 " ass: (y:Ay • -y^3F)(F*Ay • BQÇ)
* 3 r ass: ~y:Av (FX 3 MX)))
4 v -Ay {de 3} 2 v:Ay {dei}
5 /. v.-(PDOAy) [dei] * 3 /. ~y:(3F)(F*Ay • »(X)
6 .-.v.P Ide 2) (FX 3 MX)) {del}
* 7 v.-. (PDOA í ) [de 5| * 4 v ~(3F)(F*Ay • B(X)(FX
8 v .'. P {de 6} 3 MX)) {de 3}
9 v .*. OAy {de 7 e 8} 5 v .-. Ay {de 2}
10 v .*. Ay {de 9} 6 v ass: ~RAy
11 .*. v:Av {de 3; 4 contradiz 10} 7 v .*. O-Ay {de 6}
30. Inválido a» b 8 v -Ay {de 7}
9 v .*. RAv {de 6; 5 contradiz 8}
1 (x)Ra:A D a:A, -b:A
1U v.-.(3FXFAy«(XXFX3RX))
[ R(x)j:A DD b:A, -a:A (de 9 por G5}
* 2 ass: -R(x)x:A * 11 v /. (GAy • m X X G X 3 RX))
3 /. 0-(x)x:A {de 2} {de 10}
* 4 Ra:A (dei) 11 v.-. GAy {de 11}
5 D /. a:A [de 4] ii v /. B(X)(GX 3RX ) {de 11}
♦ 6 D . . - ( x)í :A (de 3) 14 v (X)(3F)F'"X {pela regra G11}
* 7 D /. (3x)-x:A (de 6] * 15 v .*. (3F)F*Ay {de 14}
* 8 D -b:A (de 7) 16 v H*Ay {de 15}
9 Db /. -A |de 8) * 17 v (HAy • (F)(FAy D D(X)
* 10 Rb:A (dei) (HX 3 FX))) {de 16 por G 10}
11 DD /. b:A (de 10) 18 v HAy {de 17}
Loop infinito: acrescente “~a:A" ao 19 v /. (FXFAy3 0(X)
mundo DD para tornar a conclusão (HX 3 FX)) {de 17}
- 2: v a (GAs - DQCVHX D GX>'
lie 19|
21 v a □QQ(HX 3 GX
frUcXl
21 T A (FHF^Av • ■ X
(FXDMX))
*25 ▼a -(H*Aj; • ■ X \H X
DMX') > 2 2
{òc 16 c 25)
*25 tH a ^H XTM X
J3c 24 p er G S}
*26 rH A l^ H X rX ü ^ l'
* 27 » H A -(H ÍD N D fd e A J
2S tH aH SI^cIT J
29 tH a -M S M c 27|
32 vH a Q O H X ^G X ) 3 c21}
* 31 vH a (H B - GB> Me 3DJ
32 iH a G B M c2 S c3 1 J
33 tH a (X X G X D R ^ )
, (ie 13 po r G7]
*34 vH A ( G B D R £ ) ;ie 3 3 )
35 t H a R B M c 3 2 c 34}
36 L vH a MB iie 35 rv»r Gl}
37 a -\v--Ax • ~xA3F kF ^ Av
• ^ X x F X D .\Q Q ) ) ( d c I ;2 9
contradiz 36J
ÍN D IC E O N O M Á S T IC O E D E A S S U N T O S
História da lógica, 5, 13, 420, 433, 458, Lei de Ohm, 130, 131, 132, 139,141
501 Lei de Poincaré, 341-342
Hitler, A., 73-74 Lei de, 22, 82, 130-133, 139, 141, 192,
Hobbes, T., 40 193,244,338-342,344,389,420-421,
Hughes, G., 303 435-437,439,440,450,452,453,456,
Hume, D., 33, 42, 66, 75, 98, 99, 142, 492, 493; veja entradas sem essas
170,341-342, 344 palavras iniciais
Lei universal, fórmula da, 346,362,364,
Identidade, 221,248-249,251-252,254, 381,398, 401
262,264, 464, 500 Leibniz, G., 427
Ignorância, apelo a, 76, 81 Leis dc De Morgan, 427
Imparcialidade, 381, 387, 389, 398-399, Leis lógicas, bases para, 453-454, 502
401 Letra modalizada, 284, 292
Implicação material, 442-443 Lewis, C. L, 427, 432
Inconsistência, 88-89, 91-92, 327, 338, Lewis, C. S., 162
341,353,355,362,378,386,387,389, Lincoln, A., 253, 357
439,451,499; veja também lógica de Linguagem, 14, 24, 41, 45, 46, 55, 60,
crenças, consistência 66, 70-72, 74, 147, 221, 275, 303,
Indução matemática, 406 305, 387, 412, 423, 426, 427, 431,
Indução matemática, 406 432, 440, 447, 448, 449, 453, 454,
Indutivo, 5, 12, 13, 62, 74, 77, 79, 101- 456, 499
103,116,117-119,122,124,132-137, Linha derivada, 189, 251, 280-281, 339,
140-146, 464, 467, 468,469, 500 374, 394,396,411
Inferência à melhor explicação, 6, 139- Lipman, M., 9
140,163 Locke, J., 266
Inferência da melhor explicação, 139- Lógica a três valores, 434; veja também
140, lógica multivaorativa
Inferência de Barcan, 317 Lógica antiga, 420, 424, 501
Inválido (oposto de válido); veja regras-I Lógica árabe, 424
válidas, Lógica budista, 423
Lógica de crenças, 6, 13, 349-352, 355,
James, W., 23, 59, 192-193, 201, 232,
359,362-363,365,371-372,375-376,
244, 245, 433
Jeffrey, R., 458 378,380-381,388
Lógica de relevância, 434, 442-445, 502
Jesuíta, 202,246
Lógica deôntica, 13, 321, 332, 334, 348,
Jesus, 381
393-394, 501
Kalam, 192, 244 Lógica deviante, 5, 458
Kant, I., 33,41,42,63,75,170, 191,233, Lógica dialética, 2, 427, 436
237,238,245,246,296,330,340,341, Lógica fuzzy, 433, 435-436
342, 344- 347, 362, 364, 376, 398, Lógica imperativa, 321, 328, 331
427,492-493 Lógica informal, 13, 119, 122, 433, 457
King, L , 11,22,25 Lógica intuicionista, 433-434, 440, 502
King, M. L., 11 Lógica livre, 316-317
Kneale, W. e M., 433 Lógica medieval, 17, 424, 426
Kripke, S., 67, 432 Lógica modal, 13,64,122,153,275,276,
299, 303-306, 312, 314-315, 339,
Landon, A., 118 355-356,421-422,424,426,432-433,
Latim, 76, 78, 181,424, 425 445, 457, 501
Lei (científica), 110,136 Lógica multivalorativa, 434, 436, 455
Lei dc Hare, 338, 339, 341, 389 Lógica não clássica, 432-433
Lei de Hume, 341-342, 344 Lógica paraconsistente, 433, 436, 438,
Lei de Kant, 340-342, 492-493 439, 440, 442, 502
índice onomástico e de assuntos 503
Paradoxo, 272, 346, 373, 420, 424, 430- Prova formal, 74,186-187,189-190,376
432, 437, 442,443, 454-456 399, 405
Parmenides, 420 Prova indireta, 186
Paul, St, 76, 256, 286, 312, 313, 433, Prova, 5-6, 8, 13, 39, 41, 58, 74-75, 84,
442, 458 8 6 , 88, 134, 144-145, 147, 169,173,
Peano, G., 430 175-176,178,182,186-191,194,198,
Pedro de Espanha, 425 203-207,209,212-221,227,228,229,
Peirce, C. S., 432 230.233.235.236.238.241- 243,251-
Pensamento preto branco, 80 254,264-266,268-269,275,280-285,
Platão, 2,24,86,163,168,174,198-199, 289, 292-293, 295, 300-301, 303,
214,251,297,312,420, 447 307-311,315-317,324,328-329,336,
Platinga, A., 271 339,342-344,351,353-354,356-358,
Platonistas, 447 362-363,368-369,373,376,386,389,
Poincaré, J., 341-342 392-393,396,399-401,405-412,415,
Política, 7, 53, 70, 73, 81, 83, 338, 341, 419, 429, 431,441,500
343, 346, 352-356, 427, 436 Provas diretas, 217
Pollock, J., 370 Provas tradicionais, 217,218, 220
Popper, K., 144 Pseudo dionísio, 437
Porta e, 185
Porta lógica, 185 Quadrado dentro/quadrado fora, 278-
Porta ou, 185 279, 296, 307,314, 422, 424
Quantificador existencial, 223,230-231,
Positivismo lógico, 57, 214; veja tam
235, 265, 392
bém Ayer
Quantificador universal, 223, 231,234-
Post hoc ergo propter hoc, 76, 465
235, 264, 305
Post, E., 431
Quantificador, 222-224, 227-231, 234-
Pragmatismo, 59,450-452; veja também 235.239.241- 242,249,25
James
259-260,264-266,272,305,318,322-
Prefixo de mundo, 280-282, 285, 299, 333,335, 391-392, 429, 448
336-339, 352, 354-356, 368, 374, Questão complexa, 81, 465
393-396 Quine, W., 63, 432, 448-449, 457-458
Premissa implícita, 39, 174, 269, 351,
353,471 RAA (“redução ao absurdo”), 187, 188,
Premissa, 1-6, 435, 438-439, 443-444, 189,190,197,204-205,208-209,212,
452-454, 461,469,471,474,483, 230, 281, 285, 353, 355, 405, 406,
Priest, G., 437,445, 456, 458 408-409, 410
Prima fade, 332,338,341,343,359,375 Raciocínio, 1-3 (e o restante do livro),
Princípio de explosão, 438-439 5-10, 12-13, 22, 39, 46, 71, 74-75,
Princípio de, 39, 91, 97, 140, 173, 245, 77, 79-80, 93, 96-98, 100-102, 107,
345, 368, 373-374, 376, 385, 389, 116-117,120-122,124-125,132,136,
393,395,398,399,406,434,438-439, 138-139,143-146,168,173,176,186,
453; veja entradas sem essas palavras 194,200-201,220,295,311,406,413,
iniciais 419-420, 427, 449, 452, 456-457,
Princípio ético formal, 346, 368 467-468, 500
Pro-con, 79-81, 465 Racional, 376, 377, 378
Probabilidade, 12, 101-115, 202, 373, Racismo, 25, 53, 191,192, 206
444, 467, 500 Rahner, K., 246
Propriedade de emergência, 77 Rawls, J., 245
Propriedade necessária, 306-314, 317- Reagan, R., 444
318, 320 Realismo, 170, 216, 450,453-454
Propriedade universal, 389-392, 395, Reductio ad absurdum\ veja RAA, 188
396-398 Reflexivo, 262, 451
Prova condicional, 309 Refutação, 74, 195, 196-198, 204-205,
índice onomástico e de assuntos
505
208,212-214,220,233-236,242-243, Sistema formal, 412-413. 419, 429 4 3 \.
232-254,264-269,289-290,292-293, veja também cálculo
307,309,310-311,317,323-326,328- Sócrates, 29, 38, 50, 89, 118. 173
329,343-344,358,363,368-369,409, 214, 272, 306, 308, 313, 320,
497; veja também auto contradição Supernaturalismo, 450
(incluindo auto refutação) Swinburne, R., 244,
Regra cortar existencial, 227, 317
Regra cortar losango, 282 Tabela de verdade, 111, 144, 151-152
Regra cortar quadrado, 299, 302 157, 159-160, 162, 165, 279, ■>%
Regra cortar universal, 228, 316 403-405, 407, 422, 435-440' 45"»-
Regra de inferência, 176, 190, 241, 453,500
281, 318, 324, 353-354, 389, 393, Tales, 57-58
396, 41 1 Tarski, A., 431, 455-456,
Regra de inversão de operadores, 339 Tautologia, 158,331,437, veja também
Regra de ouro literal, 362,382-383, 385 verdade necessária
Regra de ouro, 5, 13, 345,362,367,368, Taylor, R., 270
370,376-378,381-383,385,386,387, Teilhard, P., 202
389,390,397,399,401,419, 457 Teorema de Church, 265,431
Regra de transferência indicativa, 394 Teorema de Gódel, 412, 413, 416, 419,
Regras B+ e B-, 358, 374 431,459, 501
Regras S, 176, 178, 182-183, 185-190, Teorema, 265, 406-407, 412, 413, 415-
281,285,405, 500 420, 426, 436, 442, 459. 463, 501
Relações, 68, 221-222, 248, 256, 258- Teoria (científica), 244, 254, 273. 297,
259, 262, 264, 373, 397, 429, 433, 305, 376, 430-431, 448, 451. 454,
448, 458, 500 455-457, 501
Relativismo cultural, 50-52, 88, 176, Teoria das descrições de Russell, 456
296, 462 Terceiro excluído, lei do, 158, 421-422,
Rio Cuyahoga, 16, 22, 31,46,232,238 435, 440-441,455-456
Roosevelt, F., 118 Termo geral, 43, 222
Russell, B., 237,271- 274,314-315,411- Termos singulares, 15,21,222,24S-249:
412, 429-433, 448,449,456, 502 veja também descrição definida,
Ryle, G., 296 lógica livre
S5, S4, B e T, 299, 301-304, 487, 488, Termos vazios, 42-43
489, 490 Teste da estrela, 5-6, 16-20, 22, 29. 33,
Sartre, J. P., 286 39,43-44,122
Ser necessário, 238, 270, 271, 295, 304, Transitivo, 262
305,317 Turing, A., 432, 459
Shannon, C., 432 Universalizabilidadc, 91, 345. 3S9, 390.
Significado, 170,172,194,201,238,275,
395,397,401
278,292,302,304,307,334,346,431, Universo dc discurso, 225-226,232,23/.
434,435,437,439,448,452,454,456,
245,267,313,332
457, 462, 463, 499
Silogismo conjuntivo, 179 Válido, 7-30, 34-37, 39-40. 43. 45. 52,
Silogismo de projeção amostrai, 141 54, 70-71, 74, 80, 90, 93-98, 101.
Silogismo disjuntivo, 438, 440 103,134,144-145,159-162,164.166,
Silogismo estatístico, 101-102,116,11S, 173-174,187-191,194,196-198,205,
140,500 207-210,212,214,21S-220,229-232,
Silogismo, 5, 16-18, 20, 26, 34, 39, 42- 236-237,242-243,252-253-254,264,
44, 102-103, 116, 118,121-122, 140, 268-269,272,283-286,292-293,299,
141,142,180,423,425-428,438,440 301-304,309-313.315.324.326,328-
Simétrico, 262 329,331,339-340,343-344,351,353,
Singer, P., 192, 329 355,358,362-363,368-369,379,405,
■ 506 Introdução à lógica