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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2006/1ª
1. A validade é uma propriedade…
(A) dos argumentos.
(B) das conclusões.
(C) das premissas.
(D) das proposições.

2. Um argumento dedutivamente válido NÃO pode ter…


(A) a conclusão falsa e todas as premissas verdadeiras.
(B) a conclusão falsa.
(C) todas as premissas falsas e a conclusão verdadeira.
(D) todas as premissas e a conclusão falsa.

2006/2ª

1
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2006/2ª

1. Um argumento é dedutivamente válido em virtude…


(A) da sua forma lógica.
(B) do seu conteúdo.
(C) de a conclusão ser particular.
(D) de a conclusão ser verdadeira.

2007/1ª
5. Os filósofos querem saber se o conhecimento é possível, porque procuram o conhecimento,
e quem procura o conhecimento quer saber se o conhecimento é possível.
O argumento anterior é…
(A) válido, porque as premissas são verificáveis.
(B) inválido, porque a conclusão não é uma consequência das premissas.
(C) válido, porque a conclusão é uma consequência das premissas.
(D) inválido, porque as premissas não são verificáveis.

PERCURSO B

2
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

1. Traduza a fórmula seguinte para a linguagem natural, tendo em conta o dicionário


apresentado:
(~ C  B) → ~ A
A = A pena de morte é moralmente aceitável.
B = A punição tem como objectivo a reabilitação.
C = Tirar a vida é moralmente aceitável.

2. Admitindo que uma conjunção é falsa, será possível determinar o valor de verdade da
disjunção composta pelas mesmas proposições simples? Justifique.

2007/2ª
PERCURSO B
1. Traduza a fórmula ~ P → ~(Q  R) para a linguagem natural, tendo em conta o
seguinte dicionário:
P = Deus existe.
Q = A vida tem sentido.
R = A vida vale a pena ser vivida.

2. Admitindo que uma condicional é falsa, qual é o valor de verdade de uma conjunção
composta pelas mesmas proposições simples? Justifique.

2007/2ª
5. Os filósofos querem ser justos, pois são pessoas bondosas, e todas as pessoas bondosas
querem ser justas.
O argumento anterior é válido, porque…
(A) a verdade das premissas implica a verdade da conclusão.
(B) a conclusão é verificável.
(C) é verdade que os filósofos querem ser justos.
(D) as premissas são verdadeiras.

2012/1ª
2.2. Num raciocínio indutivo forte, a verdade
(A) da conclusão é garantida pela verdade das premissas.
(B) das premissas torna provável a validade da conclusão.
(C) da conclusão é garantida pela validade das premissas.
(D) das premissas torna provável a verdade da conclusão.

2.3. Consideram-se falácias formais os argumentos que


(A) contêm uma premissa errada.
(B) cumprem as regras da inferência.
(C) parecem ser dedutivamente válidos.
(D) parecem ser verdadeiros.

2.4. Para a lógica formal, a validade dos argumentos diz respeito à

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(A) relação de consequência entre proposições.


(B) verdade ou falsidade dos argumentos.
(C) probabilidade da conclusão.
(D) certeza das premissas.

PERCURSO B
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou
outro método.

Se o António é um intelectual português contemporâneo, então leu Eduardo Lourenço e leu


José Gil. O António não leu Eduardo Lourenço nem José Gil. Logo, o António não é um
intelectual português contemporâneo.

2012/2ª
PERCURSO B
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou
outro método.

Se Cícero é um orador persuasivo, então utiliza um discurso sedutor e cativa o auditório.


Cícero é um orador persuasivo. Logo, Cícero cativa o auditório.

2012/EE
3. Defina «argumento dedutivamente válido».

PERCURSO B
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou
outro método.

Emanuel orienta o seu comportamento tendo em conta os seus deveres ou orienta o seu
comportamento prevendo as consequências das suas ações. Se Emanuel orienta o seu
comportamento prevendo as consequências das suas ações, é omnisciente. Mas Emanuel não
é omnisciente. Logo, Emanuel orienta o seu comportamento tendo em conta os seus deveres.

2013/1ª
PERCURSO B
2. B. Considere o enunciado seguinte.
«Se os cientistas não criarem novas teorias e não criarem novos modelos de explicação da
vida, então não poderemos provar que há vida em Marte».
Simbolize o enunciado apresentado.
Comece por criar um dicionário apropriado.

3. B. Considere a forma argumentativa seguinte:


(P Ʌ Q) → Q
Q
PɅQ

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

Teste a validade da forma argumentativa, através do método das tabelas de verdade ou


de outro adequado. Caso seja inválida, identifique a falácia cometida.

2013/2ª
4. Do ponto de vista dedutivo, é correto afirmar que
(A) a validade dos argumentos depende unicamente do conteúdo.
(B) os argumentos são inválidos se as premissas forem falsas e a conclusão verdadeira.
(C) a validade dos argumentos depende da forma e do conteúdo.
(D) os argumentos são inválidos se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa.

2. B. Considere a fórmula seguinte.


(P Ʌ Q) → ¬R
Traduza em linguagem natural a fórmula apresentada.
Comece por criar um dicionário apropriado.

3. B. Considere as proposições seguintes.


«Se Espinosa tem razão, então tudo está determinado ou não há livre-arbítrio. Ora, Espinosa
tem razão.»
Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores,
aplicando uma das formas de inferência válida estudadas. Indique a forma de inferência
válida aplicada.

2014/1ª
1. Considere as frases seguintes.
1. As baleias são peixes.
2. As baleias não são peixes.
3. As baleias são peixes?
4. Ensinar a pescar, em vez de dar o peixe.
Selecione a opção correta.
(A) As frases 1, 2 e 4 exprimem proposições; a frase 3 não exprime uma proposição.
(B) As frases 1 e 2 exprimem proposições; as frases 3 e 4 não exprimem proposições.
(C) As frases 1 e 3 exprimem proposições; as frases 2 e 4 não exprimem proposições.
(D) A frase 1 exprime uma proposição; as frases 2, 3 e 4 não exprimem proposições.

2. «Cada pessoa tem a sua opinião, como se vê nos debates televisivos, em que nunca se
chega a um acordo. Por isso, não podemos negar que a verdade é relativa, pois haveria
consenso entre as pessoas se a verdade fosse absoluta.»
O texto anterior exprime um argumento cujas premissas são:
(A) Se a verdade fosse absoluta, haveria consenso entre as pessoas; não há consenso entre as
pessoas.
(B) Cada pessoa tem a sua opinião, como se vê nos debates; não podemos negar que a
verdade é relativa.
(C) Quando discutem, as pessoas deveriam chegar a um acordo; não devemos procurar uma
verdade absoluta.
(D) Os debates televisivos são inúteis, porque não se chega a um consenso; a verdade não é
absoluta.

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

PERCURSO B
1. B. Complete o enunciado seguinte, escrevendo a premissa em falta, de modo a
construir um argumento válido.
Ao completar o enunciado, aplique uma das formas de inferência válida estudadas.
O Tiago é jornalista ou não usa microfone.
Logo o Tiago não usa microfone.
Identifique a forma de inferência válida aplicada.

2. B. Admitindo que a proposição «A Joana está sentada» é verdadeira, será possível


determinar o valor de verdade da proposição seguinte?
Se a Joana não está sentada, então está a correr.
Apresente a justificação completa da sua resposta.

2014/2ª
1. Considere as afirmações seguintes.
1. Todos os argumentos com premissas e conclusão verdadeiras são válidos.
2. Se um argumento é inválido, então tem premissas falsas.
3. Argumentos com conclusão falsa podem ser dedutivamente válidos.
Selecione a opção correta.
(A) As afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(B) As afirmações 1 e 2 são falsas; a afirmação 3 é verdadeira.
(C) As afirmações 1 e 2 são verdadeiras; a afirmação 3 é falsa.
(D) As afirmações 1, 2 e 3 são falsas.

1. B. Formalize a proposição seguinte.


Comece por apresentar um dicionário apropriado.
Se Colombo nasceu no Alentejo, então é português e não nasceu em Itália.

2. B. Teste a validade da seguinte forma argumentativa, por meio da construção e da


interpretação de uma tabela de verdade.
¬P → Q
 Q → ¬P

2014/EE
1. Os argumentos
(A) são verdadeiros ou falsos; não são válidos nem inválidos.
(B) não são verdadeiros nem falsos; não são válidos nem inválidos.
(C) são verdadeiros ou falsos; são válidos ou inválidos.
(D) não são verdadeiros nem falsos; são válidos ou inválidos.

PERCURSO B
1. B. Interprete a fórmula ¬P → ¬Q, traduzindo-a para a linguagem natural.
Recorra ao dicionário seguinte.
P: A ciência é racional.
Q: O erro é uma fonte de aprendizagem.

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2. B. Construa uma inferência válida que tenha como única premissa Se Descartes é
racionalista, então é alemão.
Use uma das formas de inferência válida estudadas.
Identifique a forma de inferência válida aplicada.

2015/1ª
4. Qual das frases seguintes exprime, inequivocamente, uma proposição?
(A) Amanhã vai chover.
(B) Que bom seria se amanhã chovesse.
(C) Amanhã vai chover?
(D) Prometo que, se amanhã chover, fico em casa.

1. B. Traduza as fórmulas seguintes para a linguagem natural, com base no dicionário


apresentado.
a) ¬Q → ¬P
b) P Ʌ Q
Dicionário:
P: A Sandra tem bons hábitos alimentares.
Q: A Sandra come legumes com regularidade.

2. B. Identifique a antecedente da proposição expressa a seguir.


A Catalunha separar-se-á da Espanha se o governo espanhol for autoritário e reduzir os apoios
à indústria catalã.

3. B. Construa um argumento, com a forma modus ponens, cuja conclusão seja «O Luís
vai ao cinema».

2015/2ª
6. Um argumento sólido
(A) tem de ter premissas verdadeiras, mas pode ter conclusão falsa.
(B) tem de ter premissas e conclusão verdadeiras.
(C) pode ter premissas falsas, mas a conclusão tem de ser verdadeira.
(D) pode ter premissas e conclusão falsas.

1. B. Identifique a consequente da proposição seguinte.


A mentira é errada e indesejável se tiver maus resultados ou for desnecessária.

2. B. Identifique a falácia que ocorre na inferência seguinte. Justifique a identificação


feita.
Se vive no Funchal, o Luís não vive no continente. Ora, ele não vive no Funchal. Portanto,
vive no continente.

2015/EE
1. Um argumento é dedutivamente válido quando
(A) é provável que as premissas ou a conclusão sejam verdadeiras.
(B) as premissas são verdadeiras e a conclusão também é verdadeira.
(C) é impossível que a conclusão seja falsa e as premissas verdadeiras.
(D) a conclusão é verdadeira, mesmo que as premissas sejam falsas.
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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2. Considere as afirmações seguintes.


1. Todos os argumentos válidos são sólidos.
2. A conclusão dos argumentos sólidos é verdadeira.
3. Todos os argumentos sólidos são válidos.
(A) As afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras.
(B) As afirmações 2 e 3 são verdadeiras; a afirmação 1 é falsa.
(C) As afirmações 2 e 3 são falsas; a afirmação 1 é verdadeira.
(D) As afirmações 1, 2 e 3 são falsas.

1. B. Formalize as proposições seguintes, utilizando o dicionário apresentado.


a) Se os jornalistas são precipitados, as notícias não são rigorosas.
b) Os jornalistas são precipitados, mas as notícias são rigorosas.
Dicionário:
P: Os jornalistas são precipitados.
Q: As notícias são rigorosas.

2. B. Considere que R e S representam duas proposições. Sabendo que R é falsa e que R


V S é verdadeira, determine o valor de verdade de S. Justifique a sua resposta.

2016/1ª
1.
Considere o argumento seguinte.
«Alguns futebolistas ganham muito dinheiro. Outros, porém, ganham pouco. No entanto, o
futebol é um desporto bastante igualitário. Se o compararmos com a natação, o basquetebol
ou o râguebi, percebemos porquê. Qualquer um pode jogar futebol, mas, para jogar
basquetebol ou râguebi, poucos atletas são suficientemente altos ou musculosos. E pode-se
jogar futebol em qualquer lugar, desde que alguém tenha uma bola, ao passo que a natação
exige instalações desportivas muito dispendiosas. Na verdade, só um grande investimento
permite dispor de uma piscina.»
A conclusão do argumento é
(A) «só um grande investimento permite dispor de uma piscina».
(B) «alguns futebolistas ganham muito dinheiro».
(C) «pode-se jogar futebol em qualquer lugar».
(D) «o futebol é um desporto bastante igualitário».

2. Admitindo que um argumento indutivo tem como conclusão bastante provável que o
próximo desfile de Carnaval em Torres Vedras será animado, a premissa desse argumento
seria
(A) os desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram sempre animados.
(B) todos os desfiles de Carnaval em Torres Vedras serão animados.
(C) alguns desfiles de Carnaval em Torres Vedras foram animados.
(D) talvez os desfiles de Carnaval em Torres Vedras sejam animados.

4. «Retirar das escolas e dos hospitais públicos todos os símbolos religiosos é inaceitável, pois
isso é o mesmo que impor o ateísmo.»
O orador que apresentasse o argumento anterior incorreria na falácia

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(A) do boneco de palha.


(B) da petição de princípio.
(C) do apelo à ignorância.
(D) ad hominem.

1. B. Atente na proposição complexa expressa pela frase seguinte.


Quer Schubert quer Schumann eram compositores.
Identifique a conectiva que liga as duas proposições simples que a constituem.

2. B. Recorrendo ao dicionário apresentado, formalize a proposição seguinte.


Se Cristiano Ronaldo ganhar quatro Botas de Ouro ou três Ligas dos Campeões, ficará
na história do desporto.
Dicionário:
P: Cristiano Ronaldo ganha quatro Botas de Ouro.
Q: Cristiano Ronaldo ganha três Ligas dos Campeões.
R: Cristiano Ronaldo fica na história do desporto.

3. B. Mostre que a forma argumentativa seguinte é inválida, recorrendo ao método das tabelas
de verdade.
AVB
A
` ¬B

2016/2ª
1. O argumento «Alguns minhotos são portugueses; portanto, alguns portugueses são
minhotos» é
(A) válido, porque a conclusão se segue da premissa.
(B) válido, porque a conclusão é verdadeira.
(C) inválido, porque a premissa é falsa.
(D) inválido, porque a premissa não apoia a conclusão.

2. A proposição «os gatos têm asas» não pode fazer parte de um argumento
(A) não sólido.
(B) inválido.
(C) sólido.
(D) válido.

1. B. Interprete a fórmula seguinte, tendo em conta o dicionário apresentado.


P = Francis Bacon é filósofo.
Q = Francis Bacon é político.
R = Francis Bacon é pintor.
(P V Q) → ¬R

2. B. O que se segue da afirmação dada, aplicando uma das leis de De Morgan?


É falso que Hume seja inglês ou irlandês.

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2016/EE
1. Atente nas frases seguintes.

1. O cinema 3D ainda não se conseguiu impor.


2. O principal defeito do cinema 3D é exigir a utilização de óculos especiais.
3. Vai ver um filme em 3D antes de dares as tuas opiniões.
4. Sabes se o Guilherme já viu algum filme em 3D com óculos especiais?
(A) As frases 1 e 2 exprimem proposições; as frases 3 e 4 não exprimem proposições.
(B) As frases 2 e 4 exprimem proposições; as frases 1 e 3 não exprimem proposições.
(C) A frase 1 exprime uma proposição; as frases 2, 3 e 4 não exprimem proposições.
(D) As frases 2 e 3 exprimem proposições; as frases 1 e 4 não exprimem proposições.

2. O Estado deve financiar diretamente as pessoas com deficiência para que tenham uma vida
independente. Porém, o Estado tem optado por financiar instituições que apoiam essas
pessoas; só que, assim, o Estado acaba por gastar mais do que gastaria se financiasse
diretamente as pessoas com deficiência que querem ter uma vida independente. Mas, mais
importante ainda do que as questões financeiras, é a razão moral de que ter uma vida
independente é um bem.
As premissas deste argumento são as seguintes:
(A) ter uma vida independente é um bem; o Estado deve financiar diretamente as pessoas com
deficiência para que elas tenham uma vida independente.
(B) o Estado tem errado ao contrariar o que é desejável; o Estado tem financiado inutilmente
instituições que apoiam pessoas com deficiência.
(C) ter uma vida independente é um bem; o Estado gastaria menos se financiasse diretamente
as pessoas com deficiência que querem ter uma vida independente.
(D) o Estado tem errado ao contrariar o que é desejável; o Estado deve financiar diretamente
as pessoas com deficiência para que elas tenham uma vida independente.

4. «Perante o terrorismo, temos de escolher se prescindimos das liberdades civis para termos a
segurança que queremos dar às nossas famílias, ou se sacrificamos a segurança das nossas
famílias para mantermos todas as liberdades. Ora, para quem é pai, a escolha não é difícil,
pois a família está sempre em primeiro lugar.» Este é um argumento
(A) válido, pois segurança e liberdade são, por definição, valores incompatíveis.
(B) falacioso, pois segurança e liberdade são objetivos políticos compatibilizáveis.
(C) sólido, pois garantir a segurança da família é o primeiro dever dos pais.
(D) inválido, pois todas as pessoas, e não apenas os pais, valorizam a segurança.

1. B. Sabendo que C é uma proposição verdadeira, determine o valor de verdade de uma


proposição com a forma A  (BC). Justifique a sua resposta.

2. B. Identifique a falácia em que se incorre no argumento seguinte. Justifique a sua resposta.


Se D. Dinis escreveu O Leal Conselheiro, então foi um rei amante das letras.
D. Dinis não escreveu O Leal Conselheiro.
Logo, D. Dinis não foi um rei amante das letras.

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2017/1ª
3. As frases «A foz do Tejo é em Lisboa» e «O Tejo desagua em Lisboa»
(A) representam duas proposições verdadeiras.
(B) representam a mesma proposição.
(C) não representam qualquer proposição.
(D) representam duas proposições válidas.

4. Considere o argumento seguinte.


Todos os homens são imortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é imortal.
Este argumento não é sólido porque
(A) a conclusão não se segue das premissas.
(B) é reconhecidamente falso.
(C) uma das premissas é falsa.
(D) o número de premissas é insuficiente.

10. A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime
sentimentos», por modus tollens, infere-se que
(A) se algo exprime sentimentos, então é arte.
(B) a acrobacia nunca poderá exprimir sentimentos.
(C) a acrobacia é uma arte, mas não exprime sentimentos.
(D) é falso que a acrobacia seja uma arte.

2017/2ª
3. Suponha que a proposição «O João perdeu o debate» é a conclusão de um argumento que
constitui uma falácia da petição de princípio.
A premissa desse argumento seria
(A) «O adversário do João argumentou bem».
(B) «O João não usou bons argumentos».
(C) «O João foi excessivamente arrogante».
(D) «O adversário do João ganhou o debate».

4. Considere o argumento seguinte: «O Dalai-lama é uma pessoa bondosa; por isso, rejeita a
violência.»

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

Que premissa deve ser introduzida no argumento para o tornar válido?


(A) «O Dalai-lama não é uma pessoa violenta».
(B) «As pessoas que rejeitam a violência são bondosas».
(C) «As pessoas bondosas rejeitam a violência».
(D) «A violência não é uma disposição bondosa».

2. Considere o argumento seguinte.


A China tem mais habitantes do que a Índia.
A Índia, por sua vez, tem mais habitantes do que o Brasil.
Logo, a China é o país com mais habitantes do mundo.
O facto de este argumento ter premissas e conclusão verdadeiras torna-o sólido?
Justifique.

2017/EE
1. Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los. Por isso,
os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores. É um facto que precisamos de
cidades com mais espaços verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as
pessoas não terem onde deixar os seus carros.
A conclusão deste argumento é
(A) «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»
(B) «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los.»
(C) «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»
(D) «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área de estacionamento.»

2. «Alguns cozinheiros premiados são portugueses. Logo, alguns portugueses são cozinheiros
premiados.» Para determinar a validade do argumento anterior,
(A) apenas é preciso apurar se a conclusão e a premissa são verdades conhecidas.
(B) apenas é preciso verificar se a conclusão pode ser falsa, caso a premissa seja verdadeira.
(C) é preciso saber se há cozinheiros premiados que sejam também portugueses.
(D) é preciso conhecer, pelo menos, um português que seja um cozinheiro premiado.

PERCURSO B – Lógica proposicional


1. Considere o dicionário seguinte.
Dicionário
P – Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito.
Q – Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Economia.
R – Marcelo Rebelo de Sousa é presidente da República Portuguesa.
A fórmula que traduz «Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito e é presidente da
República
Portuguesa» é P  R .
Escreva as fórmulas que traduzem as proposições seguintes.
a) Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito ou de Economia.
b) É falso que Marcelo Rebelo de Sousa não seja professor de Direito.
c) Se Marcelo Rebelo de Sousa é presidente da República Portuguesa, então não é professor
de Direito nem é professor de Economia.

2. Atente no argumento seguinte.

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LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

Se J. K. Rowling deseja ocupar um lugar de destaque entre os escritores britânicos, então tem
ambição literária. Mas J. K. Rowling não deseja ocupar um lugar de destaque entre os
escritores britânicos. Isso mostra que J. K. Rowling não tem ambição literária.
O argumento é inválido. Porquê?
2018/1ª
PERCURSO B – Lógica proposicional
1. A tradução de «Platão é filósofo e grego» é P ˄ Q, em que P é «Platão é filósofo» e Q é
«Platão é grego».
Recorrendo ao dicionário apresentado, traduza as proposições seguintes:
a) Caso Platão seja filósofo, é grego.
b) Platão é filósofo ou não é grego.

2. Considere que a proposição seguinte é a conclusão de uma inferência com uma única
premissa.
Se Joana Schenker é campeã mundial de bodyboard, então treina intensamente.
Escreva a premissa que, mediante a aplicação de uma das formas de inferência válida
estudadas, permite obter a conclusão apresentada.
Na sua resposta, identifique a forma de inferência válida aplicada.

3. No texto seguinte, encontra-se um argumento que tem uma das formas lógicas válidas
estudadas.
Tomé da Fonseca, um velho general reformado, revive com frequência a atividade militar. À
sua maneira, foi desde a infância uma pessoa sociável e enérgica, e o universo militar sempre
lhe deu muito prazer. Ora, o velho general não revive com frequência a atividade militar se
não jogar muitas vezes jogos de estratégia. Portanto, Tomé da Fonseca joga muitas vezes
jogos de estratégia.
Formalize o argumento que se encontra no texto, indicando o dicionário utilizado.

2018/2ª
1. Para ser sólido, um argumento
(A) tem de ser válido, mas pode ter premissas falsas.
(B) tem de ser válido e ter as premissas verdadeiras.
(C) apenas tem de ter as premissas verdadeiras.
(D) apenas tem de ter a conclusão verdadeira.

2. A frase «na manhã do dia 15 de janeiro de 1770, o Marquês de Pombal, em vez de tratar de
assuntos políticos, deixou-se ficar na cama a beber chocolate e a ler poesia»
(A) não exprime uma proposição, porque não sabemos se é verdadeira ou falsa.
(B) exprime uma proposição, ainda que não seja verdadeira nem falsa.
(C) exprime uma proposição, ainda que ignoremos qual é o seu valor de verdade.
(D) não exprime uma proposição, porque não é verdadeira nem é falsa.

5. Considere o argumento seguinte.


O direito à vida implica o direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis. Assim, numa sociedade justa, se todos têm igual direito à vida, então
todos têm igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos

13
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

disponíveis. Por conseguinte, numa sociedade justa, não é aceitável que o acesso aos melhores
cuidados médicos disponíveis dependa do poder económico dos indivíduos ou das suas
famílias. Em contrapartida, numa sociedade injusta, impera literalmente o princípio do «salve-
se quem puder».
A conclusão do argumento anterior é
(A) o acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis não deve depender do poder
económico dos indivíduos ou das suas famílias.
(B) numa sociedade injusta, apenas se salva quem pode pagar o acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.
(C) todos temos igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.
(D) não ter direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis é o mesmo que não ter direito à vida.

2018/EE
1. Leia o texto argumentativo seguinte.
De acordo com a lei portuguesa, um peão pode ser multado por atravessar uma via urbana
fora das passadeiras. Isso significa que as pessoas que se deslocam a pé devem procurar
passadeiras para atravessarem a rua. Deste modo, para que os condutores de automóveis
possam circular despreocupadamente a maior velocidade, as pessoas que se deslocam a pé são
obrigadas a fazer trajetos mais longos. Tal desigualdade é injusta e só pode ser corrigida por
uma alteração da lei.
O propósito do texto é concluir que
(A) não se devia multar os peões por atravessarem uma via urbana fora das passadeiras.
(B) os peões são obrigados a fazer trajetos mais longos para utilizarem as passadeiras.
(C) a lei portuguesa em vigor favorece os condutores em detrimento dos peões.
(D) a alteração da lei portuguesa retirará aos condutores as vantagens a que se habituaram.

A Lógica dá-nos instrumentos que permitem


(A) saber que proposições são verdadeiras.
(B) distinguir as proposições válidas das proposições inválidas.
(C) distinguir as conclusões a priori das conclusões a posteriori.
(D) saber que proposições se seguem de outras.

PERCURSO B – Lógica proposicional


1. Considere as proposições seguintes.
a) É falso que Joaquim e Gonçalo joguem xadrez nas tardes de sábado.
b) Orwell teria escrito mais ensaios e mais ficção se não se tivesse envolvido na atividade
política.
c) A Clara sorri, mas está triste.
Destas três proposições, apenas uma é uma conjunção.
Identifique as proposições simples que a compõem.
Sugestão: Comece por traduzir as proposições para a linguagem proposicional.

14
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2. Considere o argumento seguinte.


Não é só porque Ricardo Pacheco joga em equipas estrangeiras ou ganha muito dinheiro
que é um grande jogador; é também porque, se ganha muito dinheiro, então é um grande
jogador.
Teste a validade do argumento apresentado, recorrendo ao método das tabelas de
verdade.

3. Considere o argumento seguinte.


A Maria aproveita as férias grandes para trabalhar como nadadora-salvadora ou para
trabalhar como monitora num campo de férias.
Logo, a Maria aproveita as férias para trabalhar como nadadora-salvadora.
Introduza uma nova premissa no argumento, de modo a obter um argumento com
uma das formas válidas estudadas. Identifique essa forma de inferência válida.

2019/1ª
PERCURSO B – Lógica proposicional
9. Considere as condicionais seguintes.
1. Adília Lopes é poetisa se escreve rimas e quadras.
2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.
A proposição de que Adília Lopes escreve rimas e quadras
(A) é a consequente nas duas condicionais apresentadas.
(B) é a antecedente nas duas condicionais apresentadas.
(C) é a antecedente na condicional 1 e é a consequente na condicional 2.
(D) é a consequente na condicional 1 e é a antecedente na condicional 2.

10. Suponha que um argumento tem a forma P V Q, Q V R  P V R.


A tabela de verdade dessa forma argumentativa é a seguinte.

Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma
seria
(A) inválido, pois existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão
falsa.
(B) inválido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem falsas.
(C) válido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem
verdadeiras.

15
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(D) válido, pois não existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão
falsa.

1. O Carlos encontrou a Diana numa esplanada sobre o rio Guadiana. A Diana disse-lhe:
‒ Gosto de rios, mas também gosto de lagos rodeados de montanhas.
O Carlos acrescentou:
‒ Nesse caso, gostas de alguns lagos suíços, pois na Suíça há lagos rodeados de montanhas.
Qual dos dois tipos de argumentos – dedutivo ou não dedutivo – usou o Carlos para
concluir que a Diana gosta de alguns lagos suíços? Justifique.

2019/2ª
1. As frases «António Costa era primeiro-ministro de Portugal em 2018» e «Em 2018,
Portugal tinha como primeiro-ministro António Costa»
(A) representam duas proposições verdadeiras.
(B) representam a mesma proposição.
(C) não representam qualquer proposição.
(D) representam duas proposições válidas.

PERCURSO B – Lógica proposicional


1. Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar
à conclusão.
Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de
Plutão, e orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.

2. Considere as frases seguintes.


Se a Maria é ecologista, então prefere comprar um automóvel elétrico.
A Maria prefere comprar um automóvel elétrico.
Suponha que estas frases são as premissas de um argumento.
Será possível, a partir das premissas dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista?
Justifique.

2019/EE
1. Num argumento válido, as premissas
(A) também têm de ser válidas.
(B) têm de ser evidentes.
(C) podem ser falsas.
(D) podem não ter valor de verdade.

7. Durante muito tempo, a combustão foi explicada com base numa substância – o flogisto –
que se supunha existir. Mas a investigação mostrou que, afinal, essa substância não existia.
Isto significa que argumentos que se apoiassem na existência do flogisto não poderiam ser
sólidos, porque
(A) uma das suas premissas não tinha justificação.
(B) não eram completamente plausíveis.
(C) não reuniam o consenso dos estudiosos.
(D) uma das suas premissas não era verdadeira.

16
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

PERCURSO B – Lógica proposicional


1. Formalize o argumento seguinte, começando por apresentar o dicionário.
Não é verdade que a Luísa tenha estudado turismo e teatro. Por conseguinte, a Luísa estudou
turismo ou teatro.

2. Que proposição se pode inferir validamente das duas proposições seguintes, usando uma
das regras de inferência estudadas?

Aristides de Sousa Mendes desprezava a sua vida ou era altruísta.


É falso que Aristides de Sousa Mendes desprezasse a sua vida.

2020/1ª
11. Atente na afirmação seguinte.
Todos os atos têm uma motivação egoísta.
Caso discordasse desta afirmação, teria de mostrar que nenhum ato tem uma motivação
egoísta? Justifique.

12. Considere o argumento seguinte.


Se o Manuel perder o último comboio do dia, então dorme em casa de amigos.
Logo, o Manuel dorme em casa de amigos.
Utilizando uma das regras de inferência estudadas e, em conformidade com essa regra,
introduzindo uma segunda premissa, o argumento anterior torna-se válido.
Escreva a premissa que torna o argumento válido e a regra de inferência usada.

13. Utilize o dicionário seguinte para formalizar as quatro frases apresentadas.


Dicionário
P: Stuart Mill é liberal.
Q: Stuart Mill é socialista.

I) Stuart Mill não é liberal.


II) Stuart Mill é liberal ou socialista.
III) Se Stuart Mill é liberal, então não é socialista.
IV) É falso que Stuart Mill seja liberal e socialista.

2020/2ª
1. Leia o seguinte discurso argumentativo.
Tendo em conta as questões ambientais, será razoável adiar o investimento em comboios de
alta velocidade? As viagens de comboio elétrico têm uma menor pegada carbónica do que as
viagens de avião. Mas as viagens de comboio só atraem passageiros se forem muito rápidas.
Ora, a rapidez destas viagens consegue-se com estações ferroviárias centrais e comboios de
alta velocidade.
Selecione a opção que apresenta a principal tese defendida por quem profere o discurso
anterior.
(A) As viagens de comboio têm a menor pegada carbónica.
(B) É preciso que as estações de comboio fiquem no centro das cidades.
(C) O investimento em comboios de alta velocidade não deve ser adiado.
(D) Os passageiros preferem as viagens de comboio elétrico.

17
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

2. Atente na afirmação seguinte.


Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas, apesar de ter nascido em Estagira.
Para formalizar a proposição expressa pela afirmação anterior, o dicionário correto é
(A) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Aristóteles nasceu
em Estagira.
(B) P: Aristóteles viveu em Atenas; Q: Aristóteles trabalhou em Atenas; R: Ter nascido em
Estagira.
(C) P: Aristóteles viveu e trabalhou em Atenas; Q: Aristóteles nasceu em Estagira.
(D) P: Aristóteles viveu em Atenas e trabalhou em Atenas; Q: Apesar de ter nascido em
Estagira.

3. A negação de «Todas as religiões cristãs são monoteístas» é


(A) «Há religiões monoteístas que são cristãs.»
(B) «Nem todas as religiões cristãs são monoteístas.»
(C) «Nenhuma religião cristã é monoteísta.»
(D) «Só as religiões monoteístas são cristãs.»

2020/EE
2. Nos argumentos que são válidos, mas que não são sólidos,
(A) a conclusão não se segue das premissas.
(B) as premissas são contraditórias.
(C) pelo menos uma das premissas é falsa.
(D) a conclusão tem de ser falsa.

3. Qual das seguintes formas proposicionais representará uma proposição falsa, caso tanto P
como Q representem proposições verdadeiras?
(A) ¬ P ˅ Q
(B) ¬ P ↔ ¬ Q
(C) P → ¬ Q
(D) ¬ (¬ P ˄ ¬ Q)

4. Identifique a proposição que é uma universal negativa.


(A) Nem um só planeta tem luz própria.
(B) A maioria dos planetas não tem luz própria.
(C) Não há planeta que não tenha luz própria.
(D) Nem todos os planetas têm luz própria.

5. Atente no argumento seguinte.


Se a alma for eterna, vale a pena sermos bons. Ora, a alma não é eterna. Portanto, não vale a
pena sermos bons.
O argumento anterior é um caso
(A) de inferência por modus ponens.
(B) de inferência por modus tollens.
(C) da falácia da negação da antecedente.
(D) da falácia da negação da consequente.

2021/1ª

18
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

1. Imagine que um estudo feito a uma amostra representativa da população portuguesa indica
que a percentagem das pessoas que exercem o direito de voto aumenta à medida que o
rendimento das pessoas também aumenta.
Incorreríamos numa falácia da petição de princípio se justificássemos os resultados do estudo
com a ideia de que as pessoas com mais rendimentos
(A) percebem que têm influência sobre os representantes políticos.
(B) têm mais qualificações, reconhecendo a importância de votar.
(C) têm mais confiança no sistema político que lhes permite serem bem-sucedidas.
(D) exercem mais o direito de voto do que as pessoas com menos rendimentos.

2. Considere que, para se opor à perspetiva de Kant, alguém argumenta do modo seguinte.
Kant erra ao atribuir uma excessiva importância ao dever. E esse erro acontece porque Kant
vive fechado num mundo pequeno e provinciano, que o impede de compreender a
complexidade da natureza humana. Além disso, limitado pela frieza germânica, Kant não
reconhece que a boa ação possa simplesmente vir de um bom coração.
O argumento apresentado é
(A) fraco, pois baseia-se numa descrição da vida e do carácter de Kant, irrelevante para a
avaliação da sua perspetiva.
(B) forte, pois é proposta uma tese alternativa acerca da moralidade da ação, e não apenas
uma análise das motivações de Kant.
(C) fraco, pois as circunstâncias da vida e o contexto social de um filósofo não são relevantes
para a génese da sua perspetiva.
(D) forte, pois o facto de o valor moral das ações também poder depender dos sentimentos do
agente refuta a perspetiva de Kant.

11. Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa. Porquê?


12. Prove que o argumento seguinte é inválido, construindo e interpretando a tabela de
verdade adequada.
Se Antígona é uma tragédia, então a heroína de Antígona morre.
Logo, se Antígona não é uma tragédia, então a heroína de Antígona não morre.

Na sua resposta, comece por formalizar o argumento, utilizando o dicionário apresentado.


Dicionário
P: Antígona é uma tragédia.
Q: A heroína de Antígona morre.

2021/2ª
2. Um argumento que tenha conclusão verdadeira
(A) tem de ser válido, mas não tem de ser sólido.
(B) tem de ser válido e sólido.
(C) pode ser sólido, mas não ser válido.
(D) pode ser válido e sólido.

3. O João trabalha no armazém de uma loja de desporto. Uma das suas funções é verificar a
conformidade das encomendas. Num certo dia, o João teve de verificar uma encomenda de
200 caixas de 50 bolas. Para isso, abriu algumas caixas e contou as bolas das caixas abertas.
Qual dos argumentos seguintes, formulados pelo João, é uma generalização?
(A) Nesta caixa preta, estão 49 bolas. Nesta caixa verde, estão 48 bolas. Nesta caixa azul,
estão 51 bolas. Portanto, ao todo, nestas três caixas, estão 148 bolas.

19
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(B) Nesta caixa preta, estão 49 bolas. Nesta caixa verde, estão 49 bolas. Nesta caixa azul,
estão 49 bolas. Portanto, cada uma destas três caixas tem o mesmo número de bolas.
(C) Nesta caixa, estão 45 bolas. Portanto, nesta encomenda há pelo menos uma caixa à qual
faltam 5 bolas, ou seja, 10% do conteúdo indicado na caixa.
(D) Nesta caixa, estão 49 bolas. Na anterior, estavam 48 bolas. Noutra, estavam 51 bolas. E
noutra ainda, estavam 52 bolas. Portanto, em média, cada uma das 200 caixas tem 50 bolas.
4. Toda a gente sabe que Paris é a capital de França. Logo, toda a gente sabe que a capital de
França é Paris.
Este argumento é
(A) uma falácia formal.
(B) uma petição de princípio.
(C) uma previsão.
(D) uma falácia ad populum.

5. É verdade que algumas pessoas importantes recebem condecorações, mas também é


verdade que nem todas as pessoas que recebem condecorações são importantes.
Tendo isso em conta, selecione a opção que apresenta duas proposições falsas.
(A) «Nenhuma pessoa importante recebe condecorações»; «todas as pessoas que recebem
condecorações são importantes».
(B) «Todas as pessoas importantes recebem condecorações»; «algumas pessoas que recebem
condecorações são importantes».
(C) «Nenhuma pessoa importante recebe condecorações»; «nenhuma pessoa que receba
condecorações é importante».
(D) «Algumas pessoas importantes não recebem condecorações»; «todas as pessoas que
recebem condecorações são importantes».
6. Na tabela de verdade seguinte, há dois valores de verdade que não foram calculados.

P Q ¬(P ∧ ¬Q)  ¬P ∨ Q
V V V V
V F F F
F V I II
F F V V

Selecione a opção que identifica os dois valores de verdade em falta.


(A) I – V; II – V.
(B) I – F; II – V.
(C) I – V; II – F.
(D) I – F; II – F.

2021/EE
2. Considere o argumento seguinte.
As pessoas bondosas estudam Ética.
Quem estuda Ética considera os interesses dos outros.
Logo, as pessoas bondosas consideram os interesses dos outros.
O argumento anterior
(A) não é sólido, porque é inválido e tem conclusão falsa.
(B) é sólido, porque as premissas são todas verdadeiras.
(C) não é sólido, porque tem, pelo menos, uma premissa falsa.

20
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(D) é sólido, porque é válido e a sua conclusão é verdadeira.

3. Considere os diálogos seguintes.


(I)
João – Estou com dificuldades em Matemática. Podes ajudar-me, Luís?
Luís – Poderia, mas isso não seria bom para ti. Se eu te ajudar agora, vais sempre precisar da
minha
ajuda e, no futuro, perante qualquer dificuldade, procurarás alguém para resolver por ti as tuas
dificuldades.
(II)
Tânia – A Grande Conjunção de Saturno e Júpiter ocorreu em dezembro de 2020, pouco
tempo antes de eu ter recebido a oferta de emprego com que sempre sonhei.
Ana – Isso mostra que tal oferta foi causada pela Grande Conjunção.
(III)
Paula – Creio que incentivar o uso de bicicletas e desenvolver a rede de transportes coletivos
é mais sensato do que apostar na substituição do parque automóvel dependente da indústria
petrolífera por um parque automóvel dependente da mineração de lítio.
Miguel – A tua posição é típica de um sonhador irrealista, sem grandes responsabilidades
familiares, que pode fazer a sua vidinha a passear de bicicleta.

O Luís, a Ana e o Miguel incorrem, respetivamente, nas seguintes falácias.


(A) Falso dilema; amostra não representativa; ad hominem.
(B) Falso dilema; falsa relação causal; boneco de palha.
(C) Derrapagem; amostra não representativa; boneco de palha.
(D) Derrapagem; falsa relação causal; ad hominem.

4. Atente no excerto seguinte, extraído da obra em que Copérnico procura mostrar que é
errada a velha teoria de Ptolomeu segundo a qual a Terra é imóvel e todos os corpos celestes
giram à sua volta.
Segundo Ptolomeu de Alexandria, se a Terra se movesse com uma rotação diária […],
teria de haver um movimento muito rápido […] para poder levar a Terra a fazer um circuito
completo em 24 horas. Realmente, as coisas que fazem uma rotação veloz parecem
extremamente incapazes de se associar e capazes de se dispersar […], e os seres vivos e
outros corpos pesados e soltos ainda menos teriam ficado nos seus lugares. […]
Mas por que razão não se levanta a mesma questão, ainda com mais intensidade,
acerca do Universo, cujo movimento tem de ser tanto mais rápido quanto o Céu é maior do
que a Terra?
N. Copérnico, As Revoluções dos Orbes Celestes, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,
1984, pp. 38-39. (Texto adaptado)
Neste excerto, para contra-argumentar, Copérnico recorre a
(A) um argumento por analogia.
(B) uma previsão indutiva.
(C) um argumento de autoridade.
(D) uma generalização.

12. Avalie o argumento seguinte quanto à sua validade, construindo e interpretando uma
tabela de verdade.
A nossa vida tem um propósito dado por Deus se e apenas se Deus existir e for o nosso
criador.
Ora, é falso que Deus exista e seja o nosso criador.

21
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

Logo, a nossa vida não tem um propósito dado por Deus.


Na sua resposta, comece por formalizar o argumento, utilizando o dicionário apresentado.
Dicionário
P: A nossa vida tem um propósito dado por Deus.
Q: Deus existe.
R: Deus é o nosso criador.

2022/1ª
1. Considere o argumento seguinte.
Se o Pedro tem cabelos pretos, então tem olhos escuros.
O Pedro não tem olhos escuros.
Logo, não tem cabelos pretos.
A validade deste argumento depende de
(A) «cabelos pretos» e «se … então».
(B) «não» e «olhos escuros».
(C) «se … então» e «não».
(D) «cabelos pretos» e «olhos escuros».

2. A Ana acredita que sempre haverá marés vivas. A crença da Ana poderia ser justificada por
um argumento
(A) por analogia se partisse da informação, dada pela sua observação e pela de outros, de que
sempre houve marés vivas.
(B) de autoridade se partisse da informação, dada pela sua observação e pela de outros, de que
sempre houve marés vivas.
(C) por analogia se, na página eletrónica do Instituto Hidrográfico, tivesse lido que sempre
haverá marés vivas.
(D) de autoridade se, na página eletrónica do Instituto Hidrográfico, tivesse lido que sempre
haverá marés vivas.

3. Dizer que «a biologia é uma ciência, porque sim» é usar um argumento


(A) falacioso, além de inválido. (B) falacioso, embora válido.
(C) não falacioso, além de válido. (D) não falacioso, embora inválido.

5. A Rita fez a seguinte declaração: «se o candidato do meu partido não convidar o Luís para
a sua lista, eu não votarei nele».
Que acontecimentos mostrariam que a declaração da Rita era, afinal, falsa?
(A) O candidato do partido da Rita não convidou o Luís para a lista dele; a Rita votou no
candidato do seu partido.
(B) O candidato do partido da Rita não convidou o Luís para a lista dele; a Rita não votou no
candidato do seu partido.
(C) O candidato do partido da Rita convidou o Luís para a lista dele; a Rita votou no
candidato do seu partido.
(D) O candidato do partido da Rita convidou o Luís para a lista dele; a Rita não votou no
candidato do seu partido.

6. Considere que um dado argumento tem conclusão falsa. Isso significa que
(A) uma das suas premissas é falsa.

22
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(B) é inválido ou que uma das suas premissas é falsa.


(C) é inválido.
(D) é inválido e que uma das suas premissas é falsa.

2022/2ª
1. Um argumento que seja dedutivamente válido
(A) não pode ter as premissas falsas.
(B) pode ter a conclusão falsa.
(C) tem conclusão verdadeira.
(D) tem premissas verdadeiras.

2. Imagine que alguém argumenta do modo seguinte.


Assim como não faz sentido perguntar o que existiu antes do Big Bang, também não faz
qualquer sentido perguntar o que existiu antes de Deus. Tal como os cientistas consideram
que o espaço e o tempo começaram a existir no instante do Big Bang, eu defendo que o
espaço e o tempo começaram a existir quando Deus criou o Universo a partir do nada.
Argumentar deste modo é apresentar um argumento
(A) de autoridade, cuja conclusão é a de que Deus existe.
(B) indutivo, cuja conclusão é a de que o Big Bang existiu.
(C) por analogia, cuja conclusão é a de que não faz sentido perguntar o que existiu antes de
Deus.
(D) dedutivo, cuja conclusão é a de que não faz sentido perguntar o que existiu antes do Big
Bang.

3. Suponha que um vulcanólogo afirma que um certo vulcão, que acaba de entrar em erupção,
estará ativo por um período entre um e três meses. É razoável pensar que a informação que
melhor sustentaria esta previsão é a de que, de acordo com os dados disponíveis,
(A) esse e outros vulcões da mesma região sempre estiveram ativos por um período entre um
e três meses.
(B) o mesmo vulcão, na única erupção conhecida, esteve ativo por um período exato de dois
meses.
(C) o mesmo vulcão, na erupção mais recente, esteve ativo por um período inferior a quatro
meses.
(D) esse ou outros vulcões da mesma região estiveram várias vezes ativos por períodos
inferiores a quatro meses.

4. Suponha que a Elsa quer defender que a proteção do bem-estar animal não justifica a
imposição de limites morais aos testes de produtos cosméticos.
A Elsa incorreria numa falácia do apelo à ignorância se argumentasse do modo seguinte.
(A) Há quem esteja sempre a falar de sofrimento animal, mas os animais não falam. Ora, se os
principais interessados nada nos dizem, não podemos saber se sentem prazer ou dor, sendo
razoável presumir que não sentem.
(B) As pessoas que atacam a indústria cosmética consideram a beleza um valor secundário, e
isto é razoável. Contudo, mal cessassem os testes na indústria cosmética, estas pessoas iriam
atacar toda a experimentação animal.

23
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(C) Há quem pense que seria possível limitar os testes com animais sem limitar o
desenvolvimento da indústria cosmética. Mas isto é falso, e atacar a indústria cosmética é
atacar o emprego e a vida de quem dela depende.
(D) As pessoas que se preocupam muito com os animais acabam por se preocupar pouco com
as outras pessoas. Todo o radicalismo acaba por levar à incompreensão e à completa inversão
dos valores morais.

5. Selecione a opção em que se ordenam do menor para o maior âmbito as conectivas que
ocorrem em
P → (Q ˄ ¬R).
(A) Conjunção, negação, condicional. (B) Negação, condicional, conjunção.
(C) Condicional, conjunção, negação. (D) Negação, conjunção, condicional.

6. Verifique se, nos argumentos seguintes, a conclusão é uma consequência lógica das
premissas.
I
Se temos de respeitar as normas de segurança rodoviária, precisamos de as conhecer.
Se precisamos de conhecer as normas de segurança rodoviária, é importante elas serem
ensinadas na escola.
Por conseguinte, se é importante as normas de segurança rodoviária serem ensinadas na
escola, temos de respeitar essas normas.
II
Precisamos de conhecer as normas de segurança rodoviária ou essas normas têm de ser
ensinadas na escola.
Ora, precisamos de conhecer as normas de segurança rodoviária.
Logo, as normas de segurança rodoviária não têm de ser ensinadas na escola.
Selecione a opção que apresenta o resultado da verificação feita.
(A) As conclusões de I e de II são uma consequência lógica das respetivas premissas.
(B) As conclusões de I e de II não são uma consequência lógica das respetivas premissas.
(C) A conclusão de II é uma consequência lógica das suas premissas, mas a conclusão de I
não é.
(D) A conclusão de I é uma consequência lógica das suas premissas, mas a conclusão de II
não é.

2022/EE
2. Vasari, um influente pintor e arquiteto italiano do século XVI, escreveu uma importante
obra biográfica intitulada As Vidas dos Mais Ilustres Pintores, Escultores e Arquitetos, na
qual afirma que a arte imita de perto a natureza.
Se o Manuel formou a sua convicção de que a arte imita de perto a natureza por saber que
Vasari o afirmou, pode dizer-se que o Manuel foi

24
LÓGICA (cálculo proposicional) – QUESTÕES DE EXAME

(A) inadequadamente persuadido por um argumento de autoridade, pois a afirmação de Vasari


é disputada por outros especialistas.
(B) adequadamente persuadido por um argumento de autoridade, pois Vasari apoia a sua
afirmação em exemplos, e não em meras especulações.
(C) inadequadamente persuadido por um argumento de autoridade, pois o que os especialistas
pensamnão é relevante.
(D) adequadamente persuadido por um argumento de autoridade, pois o autor invocado tem
um vasto conhecimento do assunto em causa.

3. Atente nos argumentos seguintes, ambos falaciosos.


I
Não há provas de que os extraterrestres existam. Logo, os extraterrestres não existem.
II
Ou és a favor da descriminalização do consumo de drogas ou és contra a autonomia pessoal.
Ora, tu não és contra algo tão importante como a autonomia pessoal. Por isso, tens de ser a
favor da descriminalização do consumo de drogas.
Selecione a opção em que se apresentam os erros cometidos em cada um dos argumentos.
(A) A premissa de I é duvidosa; a primeira premissa de II é insuficiente.
(B) A premissa de I é insuficiente; a primeira premissa de II também é insuficiente.
(C) A premissa de I é duvidosa; a primeira premissa de II também é duvidosa.
(D) A premissa de I é insuficiente; a primeira premissa de II é duvidosa.

4. Considere a frase seguinte.


Se Descartes sujeitou os seus argumentos filosóficos à avaliação crítica de Mersenne e de
Hobbes, então admitia que podia estar errado.
Quais os símbolos da lógica proposicional que deveria usar na formalização da frase?
(A) ↔, Λ. (B) →, V.
(C) Λ, →. (D) V, ↔.

5. Avalie os dois argumentos seguintes quanto à sua validade.


I
É falso que a árvore seja um ser heterotrófico ou tenha a capacidade de se movimentar. Por
conseguinte, a árvore não é um ser heterotrófico nem tem a capacidade de se movimentar.
II
Os ovos que a Carla comeu não estão estragados, porque a Carla não tem dores de estômago;
ora, se os ovos estivessem estragados, ela teria dores de estômago.
Selecione a opção em que se apresenta a avaliação correta dos dois argumentos.
(A) I é válido; II é inválido.
(B) I é inválido; II é válido.
(C) Ambos são inválidos.
(D) Ambos são válidos.

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