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Lógica

11º ANO
Módulo — Racionalidade Argumentativa da Filosofia e a Dimensão Discursiva do Trabalho Filosófico

Lógica Formal

1. Na resposta a cada um dos itens, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. A lógica formal
A. tem por objeto o pensamento (preocupando-se com a sua correção), mas não com o discurso.
B. é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos válidos e argumentos corretos.
C. ajuda-nos somente a adquirir competências que nos permitem avaliar a veracidade dos argumentos
que nos são apresentados.
D. permite-nos analisar diversos tipos de discurso para nos certificarmos da sua validade formal.

2. Num argumento, denominam-se premissas


A. os conceitos presentes nas proposições.
B. as conclusões da inferência.
C. as proposições que justificam a conclusão.
D. as proposições que o constituem.

3. Num argumento dedutivamente válido,


A. as premissas são válidas e a conclusão é verdadeira.
B. a conclusão é válida se as premissas são verdadeiras.
C. as premissas são sustentadas pela conclusão.
D. a conclusão deriva necessariamente das premissas.

4. Na lógica formal:
A. não é possível distinguir um modo (ou forma) correto de um modo (ou forma) incorreto.
B. podemos aceitar a correção de uma forma mas para que isso ocorra é necessário aceitar o
conteúdo das quais se parte e das crenças a que se chega.
C. os meios que possibilitam a organização coerente dos pensamentos não são tidos como
importantes na medida em que ela (a lógica) permite-nos analisar diversos tipos de discursos.
D. são desenvolvidas competências argumentativas e demonstrativas, a fim de podermos comunicar
com rigor e coerência.
5. A validade é uma propriedade
A. da proposição.
B. da inferência (argumento).
C. das premissas.
D. da conclusão.

6. A validade está associada


A. à correspondência com a realidade.
B. ao conteúdo das premissas.
C. à estrutura formal do argumento.
D. à não correspondência com a realidade.

7. Um argumento é
A. uma ideia sobre algo.
B. o resultado da inferência realizada a partir de uma ou mais proposições.
C. a relação estabelecida entre dois ou mais conceitos.
D. a posição defendida por alguém sobre um determinado assunto.

8. Um conjunto de proposições é um argumento quando


A. as proposições descrevem corretamente a realidade.
B. se justifica uma proposição com base nas outras.
C. as premissas estão relacionadas entre si.
D. a conclusão justifica as premissas.

9. No argumento «Miguel é médico e, por isso, Miguel tem formação universitária», a premissa omitida
é
A. «Os indivíduos com formação superior são médicos».
B. «Os médicos têm formação universitária».
C. «Os universitários têm formação superior».
D. «Os médicos são profissionais de saúde».
10. Considere os seguintes enunciados relativos a argumentos.
1. As proposições de um argumento ou são verdadeiras ou são falsas, mas um argumento não é
verdadeiro nem falso.
2. Os argumentos têm valor de verdade porque são constituídos por proposições.
3. Uma proposição é verdadeira se fizer parte de um argumento válido.
4. A validade e a invalidade lógicas são características exclusivas dos argumentos.
Deve afirmar-se que:
A. 1 é correto; 2, 3 e 4 são incorretos.
B. 4 é correto; 1, 2 e 3 são incorretos.
C. 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.
D. 3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorretos.

11. “Existe pelo menos um urso panda que não é carnívoro” na forma canónica/padrão é uma
proposição
A. do tipo O.
B. do tipo E.
C. do tipo I.
D. do tipo A.

12. A validade lógica refere-se à análise do modo como os argumentos estão estruturados. Esta
afirmação é
A. Falsa, uma vez que os argumentos não podem ser considerados válidos, apenas verdadeiros ou
falsos.
B. Verdadeira, uma vez que um argumento pode ser válido mas ter premissas e conclusão falsas.
C. Falsa, uma vez que a validade de um argumento se refere também, e sempre, à condição de
verdade dos argumentos.
D. Verdadeira, uma vez que um argumento é correto quando é verdadeiro, isto é, quando o seu
conteúdo se adequa à realidade.
13. Considere os seguintes enunciados relativos à distinção entre verdade e validade.
1. Um argumento válido pode, de certa forma, ser também verdadeiro.
2. A conclusão de um argumento dedutivo válido com premissas verdadeiras tem de ser verdadeira.
3. Só podemos construir argumentos válidos com premissas e conclusão verdadeiras.
4. Um argumento com premissas e conclusão falsas será sempre inválido.
Deve afirmar-se que
A. 1 e 4 são corretos; 2 e 3 incorretos.
B. 1, 2, 3 são corretos; 4 é incorreto.
C. 1, 3, 4 são incorretos; 2 é correto.
D. 1 e 4 são incorretos; 2 e 3 corretos.

14. Considere as frases seguintes:


1. Os pandas são carnívoros.
2. Os pandas não são peixes.
3. Os pandas são herbívoros?
4. Ensinar os pandas a pescar, em vez de dar o peixe.
Selecione a opção correta.
A. As frases 1,2 e 4 exprimem proposições; a frase 3 não exprime uma proposição.
B. As frases 1 e 2 exprimem proposições; as frases 3 e 4 não exprimem proposições.
C. As frases 1 e 3 exprimem proposições; as frases 2 e 4 não exprimem proposições.
D. A frase 1 exprime uma proposição; as frases 2,3 e 4 não exprimem proposições.

15. Relativamente aos indicadores “Como” e “daí que”


A. ambos são indicadores de premissa.
B. ambos são indicadores de conclusão.
C. “como” é indicador de premissa e “daí que” é indicador de conclusão.
D. “como” é indicador de conclusão e “daí que” é indicador de premissa.

16. A validade está associada


A. à correspondência com a realidade.
B. ao conteúdo das premissas.
C. à coerência do discurso.
D. à veracidade.
17. Considere os seguintes enunciados relativos a proposições e argumentos.
1. As proposições de um argumento têm valor de verdade.
2. Premissas e conclusão são válidas ou inválidas.
3. Um argumento pode ter várias conclusões.
4. Os argumentos nunca podem ser constituídos por uma única proposição.

A. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 incorretos.


B. 3 e 4 são corretos; 1 e 2 incorretos.
C. 1 e 4 são corretos; 2 e 3 incorretos.
D. 1 e 3 são corretos; 2 e 4 incorretos.

18. No argumento “Sócrates não tomava banho, pois era filósofo” a premissa omissa é
A. “Os filósofos não tomam banho”.
B. “Todos os filósofos são Sócrates.”
C. “Alguns filósofos são Sócrates.”
D. “Alguns Filósofos não tomam banho”.

19. Uma inferência ou raciocínio


A. é a operação que efetua a transição lógica entre proposições.
B. é a operação mental que permite uma relação entre conceitos.
C. é o elemento básico do pensamento.
D. é o pensamento ou conteúdo, verdadeiro ou falso, expresso por uma frase declarativa.

20. «Nem todos os humoristas não são críticos do islamismo» é uma proposição
A. do tipo A.
B. do tipo I.
C. do tipo 0.
D. do tipo E.
21. No argumento “O Florindo é cantor, pelo que tem a voz afinada”, a premissa omitida é:
A. “Os indivíduos que têm a voz afinada são cantores”.
B. “Os cantores têm a voz afinada”.
C. “O Florindo tem a voz afinada”.
D. “Alguns cantores chamam-se Florindo”.

22. Um argumento sólido


A. tem de ter premissas verdadeiras, mas pode ter conclusão falsa.
B. tem de ter premissas e conclusão verdadeiras.
C. pode ter premissas falsas, mas a conclusão tem de ser verdadeira.
D. pode ter premissas e conclusão falsas.

23. Um argumento é dedutivamente válido quando


A. é provável que as premissas ou a conclusão sejam verdadeiras.
B. as premissas são verdadeiras e a conclusão pode ser verdadeira.
C. é impossível que a conclusão seja falsa e as premissas verdadeiras.
D. a conclusão é verdadeira, mesmo que as premissas sejam falsas.

24. «Cada pessoa tem a sua opinião, como se vê nos debates televisivos, em que nunca se chega a um
acordo. Por isso, não podemos negar que a verdade é relativa, pois haveria consenso entre as
pessoas se a verdade fosse absoluta.» O texto anterior exprime um argumento cujas premissas
são:
A. se a verdade fosse absoluta, haveria consenso entre as pessoas; não há consenso entre as
pessoas.
B. cada pessoa tem a sua opinião, como se vê nos debates; não podemos negar que a verdade é
relativa.
C. quando discutem, as pessoas deveriam chegar a um acordo; não devemos procurar uma verdade
absoluta.
D. os debates televisivos são inúteis, porque não se chega a um consenso; a verdade não é absoluta.
25. Considere as afirmações seguintes relativas a argumentos dedutivos.
1. Todos os argumentos com premissas verdadeiras são válidos.
2. Se um argumento é inválido, então tem premissas falsas.
3. Argumentos com conclusão falsa podem ser dedutivamente válidos.
Selecione a opção correta.
A. As afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras.
B. As afirmações 1 e 2 são falsas; a afirmação 3 é verdadeira.
C. As afirmações 1 e 2 são verdadeiras; a afirmação 3 é falsa.
D. As afirmações 1, 2 e 3 são falsas.

26. Há argumentos que


A. não têm nenhuma proposição.
B. têm mais do que uma premissa.
C. não têm nenhuma conclusão.
D. têm mais do que uma conclusão.

27. Considere o argumento seguinte.


«Alguns futebolistas ganham muito dinheiro. Outros, porém, ganham pouco. No entanto, o futebol é um
desporto bastante igualitário. Se o compararmos com a natação, o basquetebol ou o râguebi,
percebemos porquê. Qualquer um pode jogar futebol, mas, para jogar basquetebol ou râguebi, poucos
atletas são suficientemente altos ou musculosos. E pode-se jogar futebol em qualquer lugar, desde que
alguém tenha uma bola, ao passo que a natação exige instalações desportivas muito dispendiosas. Na
verdade, só um grande investimento permite dispor de uma piscina.»
A conclusão do argumento é
A. «só um grande investimento permite dispor de uma piscina».
B. «alguns futebolistas ganham muito dinheiro».
C. «pode-se jogar futebol em qualquer lugar».
D. «o futebol é um desporto bastante igualitário».

28. A proposição «os gatos têm asas» não pode fazer parte de um argumento
A. não sólido.
B. inválido.
C. sólido.
D. válido.
29. A conclusão de um argumento é
A. uma proposição.
B. uma proposição verdadeira.
C. uma proposição que serve de justificação.
D. uma proposição que pretende apoiar as premissas.

30. A validade dedutiva é


A. condição suficiente para que um argumento seja sólido.
B. condição necessária mas não suficiente para que um argumento seja sólido.
C. uma característica essencial das proposições dos bons argumentos.
D. uma característica que depende da solidez de um argumento.

31. A proposição «Alguns canários das Canárias são mascotes» estabelece as seguintes relações de
oposição:
A. subcontrária: Nenhum canário das Canárias é mascote; subalterna: Todos os canários das Canárias
são mascotes; contraditória: Alguns canários das Canárias não são mascotes.
B. contraditória: Nenhum canário das Canárias é mascote; subalterna: Todos os canários das Canárias
são mascotes; Subcontrária: Alguns canários das Canárias não são mascotes.
C. subalterna: Nenhum canário das Canárias é mascote; contraditória: Todos os canários das Canárias
são mascotes; Subcontrária: Alguns canários das Canárias não são mascotes.
D. contraditória: Nenhum canário das Canárias é mascote; subalterna: não existe; Subcontrária: Alguns
canários das Canárias não são mascotes.

32. Caso exista pelo menos uma circunstância possível em que as premissas são verdadeiras e a
conclusão falsa, dizemos que o argumento dedutivo é
A. sólido.
B. válido.
C. inválido.
D. válido, contudo, não é sólido.
33. Alguns porcos são apreciadores de maçãs.” A contraditória desta proposição é
A. todos os porcos são apreciadores de maçãs.
B. alguns porcos não são apreciadores de maçãs.
C. nenhum porco é apreciador de maçãs.
D. não existe.

34. A proposição “Todos os políticos populistas são vampiros” não poderia fazer parte de um
argumento
A. sólido.
B. válido.
C. inválido.
D. verdadeiro.

35. A validade dedutiva depende


A. do conteúdo das premissas.
B. do modo como as diferentes proposições que o constituem estão encadeadas.
C. da verdade das proposições.
D. da matéria das premissas.

36. Considere o argumento seguinte.


Todos os homens são imortais.
Todos políticos populistas são homens.
Logo, todos políticos populistas são imortais.

Este argumento não é sólido porque

A. a conclusão não se segue das premissas.


B. é reconhecidamente falso.
C. uma das premissas é falsa.
D. o número de premissas é insuficiente.
37. A frase «na manhã do dia 15 de janeiro de 1770, o Marquês de Pombal, em vez de tratar de
assuntos políticos, deixou-se ficar na cama a beber chocolate e a ler poesia»
A. não exprime uma proposição, porque não sabemos se é verdadeira ou falsa.
B. exprime uma proposição, ainda que não seja verdadeira nem falsa.
C. exprime uma proposição, ainda que ignoremos qual é o seu valor de verdade.
D. não exprime uma proposição, porque não é verdadeira nem é falsa.

38. Qual das seguintes proposições não podemos acrescentar ao conjunto “Todas as obras de arte
expressam emoções”, “Alguns quadros de Mark Tothko não expressam emoções”, se não
quisermos torná-lo inconsistente?
A. Alguns quadros de Mark Rothko são obras de arte.
B. Alguns quadros de Mark Rothko não são obras de arte.
C. Nenhum quadro de Mark Rothko é uma obra de arte.
D. Todos os quadros de Mark Rothko são obras de arte.

II – Itens de seleção (Verdadeiros e Falsos)

1. Num argumento dedutivamente válido a validade das premissas garante a validade da conclusão.
2. Um argumento sólido pode ter premissas falsas e conclusão verdadeira.
3. Todas as proposições podem estabelecer quatro relações de oposição.
4. Um argumento pode ter uma ou mais conclusões.
5. Há argumentos dedutivos válidos com premissas verdadeiras e conclusão falsa.
6. Todas as proposições estabelecem uma relação de contrariedade.
7. Quando um argumento dedutivo tem uma conclusão falsa é inválido.
8. Um entimema é uma proposição falsa que parece ser verdadeira.
9. Todas as frases declarativas exprimem diferentes proposições.
10. A verdade é uma característica que as proposições podem apresentar.

III – Itens de construção

1. Defina os seguintes conceitos:

1.1. Argumento
1.2. Proposição
1.3. Tese
2. Leia o texto A.

TEXTO A
«Um dos meus amigos divertia-se lançando contra toda a espécie de lógica uma objeção que
considerava decisiva: “ela não cura nem os idiotas nem os loucos, e às pessoas sensatas não serve para
coisa alguma.” Mas teve de reconhecer o erro quando lhe apresentei o exemplo de um rústico que,
ouvindo falar do microscópio, perguntou se curava os cegos; e, tendo sabido que não, não compreendia
que vantagem podiam tirar dele os que possuem olhos sãos.»
A. Padoa
A partir do texto A, justifique a pertinência da aprendizagem da lógica. Na sua resposta, apresente uma
definição desta disciplina.

3. Leia o texto B.

TEXTO B
«Diz-se, por vezes, que a Lógica é o estudo dos argumentos válidos; é uma tentativa sistemática para
distinguir os argumentos válidos dos não válidos; (…) o que é afinal um argumento? Ou, já agora, qual a
relação das proposições com os argumentos?»
Newton Smith
Responda às questões apresentadas pelo autor no Texto B.

4. A proposição «Nenhum Ninja é político» é a contraditória da proposição original. Encontre a


proposição original.

5. Tendo como referência que «Alguns patos não são seres belos» é a contraditória encontre a
proposição original e as outras opostas.
IV – Itens de exame

1. 2012 1.ª Fase

Para a lógica formal, a validade dos argumentos diz respeito à


A. relação de consequência entre proposições.
B. verdade ou falsidade dos argumentos.
C. probabilidade da conclusão.
D. certeza das premissas.

2. 2012 Época Especial

Defina «argumento dedutivamente válido».

3. 2013 2.ª Fase

Do ponto de vista dedutivo, é correto afirmar que


A. a validade dos argumentos depende unicamente do conteúdo.
B. os argumentos são inválidos se as premissas forem falsas e a conclusão verdadeira.
C. a validade dos argumentos depende da forma e do conteúdo.
D. os argumentos são inválidos se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa.

4. 2014 Época Especial

Os argumentos
A. são verdadeiros ou falsos; não são válidos nem inválidos.
B. não são verdadeiros nem falsos; não são válidos nem inválidos.
C. são verdadeiros ou falsos; são válidos ou inválidos.
D. não são verdadeiros nem falsos; são válidos ou inválidos.
5. 2015 Época Especial

Considere as afirmações seguintes.


1. Todos os argumentos válidos são sólidos.
2. A conclusão dos argumentos sólidos é verdadeira.
3. Todos os argumentos sólidos são válidos.

A. As afirmações 1, 2 e 3 são verdadeiras.


B. As afirmações 2 e 3 são verdadeiras; a afirmação 1 é falsa.
C. As afirmações 2 e 3 são falsas; a afirmação 1 é verdadeira.
D. As afirmações 1, 2 e 3 são falsas.

6. 2016 2.ª Fase

O argumento «Alguns minhotos são portugueses; portanto, alguns portugueses são minhotos» é
A. válido, porque a conclusão se segue da premissa.
B. válido, porque a conclusão é verdadeira.
C. inválido, porque a premissa é falsa.
D. inválido, porque a premissa não apoia a conclusão.

7. 2016 Época Especial

Atente nas frases seguintes.


1. O cinema 3D ainda não se conseguiu impor.
2. O principal defeito do cinema 3D é exigir a utilização de óculos especiais.
3. Vai ver um filme em 3D antes de dares as tuas opiniões.
4. Sabes se o Guilherme já viu algum filme em 3D com óculos especiais?

A. As frases 1 e 2 exprimem proposições; as frases 3 e 4 não exprimem proposições.


B. As frases 2 e 4 exprimem proposições; as frases 1 e 3 não exprimem proposições.
C. A frase 1 exprime uma proposição; as frases 2, 3 e 4 não exprimem proposições.
D. As frases 2 e 3 exprimem proposições; as frases 1 e 4 não exprimem proposições.
8. 2016 Época Especial

O Estado deve financiar diretamente as pessoas com deficiência para que tenham uma vida
independente. Porém, o Estado tem optado por financiar instituições que apoiam essas pessoas; só que,
assim, o Estado acaba por gastar mais do que gastaria se financiasse diretamente as pessoas com
deficiência que querem ter uma vida independente. Mas, mais importante ainda do que as questões
financeiras, é a razão moral de que ter uma vida independente é um bem.

As premissas deste argumento são as seguintes:


A. ter uma vida independente é um bem; o Estado deve financiar diretamente as pessoas com
deficiência para que elas tenham uma vida independente.
B. o Estado tem errado ao contrariar o que é desejável; o Estado tem financiado inutilmente instituições
que apoiam pessoas com deficiência.
C. ter uma vida independente é um bem; o Estado gastaria menos se financiasse diretamente as
pessoas com deficiência que querem ter uma vida independente.
D. o Estado tem errado ao contrariar o que é desejável; o Estado deve financiar diretamente as
pessoas com deficiência para que elas tenham uma vida independente.

9. 2017 1.ª Fase

As frases «A foz do Tejo é em Lisboa» e «O Tejo desagua em Lisboa»


A. representam duas proposições verdadeiras.
B. representam a mesma proposição.
C. não representam qualquer proposição.
D. representam duas proposições válidas.

10. 2018 2.ª Fase

Para ser sólido, um argumento


A. tem de ser válido, mas pode ter premissas falsas.
B. tem de ser válido e ter as premissas verdadeiras.
C. apenas tem de ter as premissas verdadeiras.
D. apenas tem de ter a conclusão verdadeira.

11. 2017 1.ª Fase

Considere o argumento seguinte.


Todos os homens são imortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é imortal.

Este argumento não é sólido porque


A. a conclusão não se segue das premissas.
B. é reconhecidamente falso.
C. uma das premissas é falsa.
D. o número de premissas é insuficiente.

12. 2017 2.ª Fase

Considere o argumento seguinte: «O dalai-lama é uma pessoa bondosa; por isso, rejeita a violência.»
Que premissa deve ser introduzida no argumento para o tornar válido?
A. «O dalai-lama não é uma pessoa violenta».
B. «As pessoas que rejeitam a violência são bondosas».
C. «As pessoas bondosas rejeitam a violência».
D. «A violência não é uma disposição bondosa».

13. 2017 Época Especial

Nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los. Por isso, os lugares de
estacionamento devem passar a ser maiores. É um facto que precisamos de cidades com mais espaços
verdes e menor área de estacionamento, mas seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus
carros.
A conclusão deste argumento é
A. «seria absurdo as pessoas não terem onde deixar os seus carros.»
B. «nas últimas décadas, os carros tornaram-se maiores e é mais difícil estacioná-los.»
C. «os lugares de estacionamento devem passar a ser maiores.»(
D. «precisamos de cidades com mais espaços verdes e menor área de estacionamento.»

14. 2017 Época Especial

«Alguns cozinheiros premiados são portugueses. Logo, alguns portugueses são cozinheiros premiados.»
Para determinar a validade do argumento anterior,
A. apenas é preciso apurar se a conclusão e a premissa são verdades conhecidas.
B. apenas é preciso verificar se a conclusão pode ser falsa, caso a premissa seja verdadeira.
C. é preciso saber se há cozinheiros premiados que sejam também portugueses.
D. é preciso conhecer, pelo menos, um português que seja um cozinheiro premiado.

15. 2018 2.ª Fase

A frase «na manhã do dia 15 de janeiro de 1770, o Marquês de Pombal, em vez de tratar de assuntos
políticos, deixou-se ficar na cama a beber chocolate e a ler poesia»
A. não exprime uma proposição, porque não sabemos se é verdadeira ou falsa.
B. exprime uma proposição, ainda que não seja verdadeira nem falsa.
C. exprime uma proposição, ainda que ignoremos qual é o seu valor de verdade.
D. não exprime uma proposição, porque não é verdadeira nem é falsa.

16. 2018 Época Especial

Leia o texto argumentativo seguinte.


De acordo com a lei portuguesa, um peão pode ser multado por atravessar uma via urbana fora das
passadeiras. Isso significa que as pessoas que se deslocam a pé devem procurar passadeiras para
atravessarem a rua. Deste modo, para que os condutores de automóveis possam circular
despreocupadamente a maior velocidade, as pessoas que se deslocam a pé são obrigadas a fazer
trajetos mais longos. Tal desigualdade é injusta e só pode ser corrigida por uma alteração da lei.
O propósito do texto é concluir que
A. não se devia multar os peões por atravessarem uma via urbana fora das passadeiras.
B. os peões são obrigados a fazer trajetos mais longos para utilizarem as passadeiras.
C. a lei portuguesa em vigor favorece os condutores em detrimento dos peões.
D. a alteração da lei portuguesa retirará aos condutores as vantagens a que se habituaram.
17. 2018 Época Especial

A Lógica dá-nos instrumentos que permitem


A. saber que proposições são verdadeiras.
B. distinguir as proposições válidas das proposições inválidas.
C. distinguir as conclusões a priori das conclusões a posteriori.
D. saber que proposições se seguem de outras.

18. 2019 2.ª Fase

As frases «António Costa era primeiro-ministro de Portugal em 2018» e «Em 2018, Portugal tinha como
primeiro-ministro António Costa»
A. representam duas proposições verdadeiras.
B. representam a mesma proposição.
C. não representam qualquer proposição.
D. representam duas proposições válidas.
Lógica proposicional

Módulo IV — O conhecimento e a racionalidade


GRUPO I

1. Na resposta a cada um dos itens, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. 1.1. A diferença, em termos de valores de verdade, entre a disjunção exclusiva e a disjunção


inclusiva é:
A. a disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos uma das proposições disjuntas for
verdadeira e a exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma das suas proposições disjuntas for
verdadeira.
B. a disjunção inclusiva é verdadeira se, e só se, todas as proposições disjuntas forem verdadeiras e a
exclusiva se pelo menos uma das proposições disjuntas for verdadeira.
C. a disjunção inclusiva é verdadeira se pelo menos uma das proposições disjuntas for verdadeira e a
exclusiva é verdadeira se todas as proposições disjuntas forem falsas.
D. a disjunção inclusiva é verdadeira se pelo menos uma das proposições disjuntas for falsa e a
exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma das suas proposições disjuntas for verdadeira.

2. Uma fórmula _________ se, e somente se, existem atribuições de valores de verdade às variáveis
proposicionais que a tornam falsa e outras atribuições que a tornam verdadeira.
A. diz-se contraditória.
B. diz-se traumatológica.
C. diz-se contingente.
D. diz-se tautológica.
3. Formaliza o argumento seguinte:
"Se não houvesse testes de lógica então todos passariam. Há testes de lógica. Logo, nem todos
passam."
A. ¬P→Q, ¬P ∴¬Q
B. P→¬Q, P ∴¬Q
C. ¬P↔Q, P ∴¬Q
D. ¬P→Q, P ∴¬Q.

4. «Ou é um avião ou é um helicóptero. Não é um avião. Logo, é um helicóptero» é um argumento


válido cuja forma corresponde:
A. ao silogismo disjuntivo.
B. a uma contraposição.
C. à Lei de Morgan.
D. ao silogismo hipotético.

5. «Para que a classificação seja justa, é necessário estudar, a menos que consigas copiar nos testes»
pode ter a seguinte simbolização:
A. P → (Q ∨ ¬ R)
B. P → (Q ∧ ¬ R)
C. P → (Q ∨ R)
D. P → (Q ∧ R)

6. «Quando os políticos falam, as crianças brincam, mas os políticos não falam» tem a seguinte
linguagem simbólica:
A. (P → Q) ∧ ¬ P
B. (P → ¬ Q) ∧ Q
C. (P → ¬ Q) ∧ ¬ Q
D. (P → Q) ∧ ¬ Q

7. A proposição “Ontem fui à praia e ao cinema” é verdadeira se, e só se ...


A. é verdade que “Ontem fui à praia” e é verdade que “Ontem fui ao cinema”.
B. é verdade que “Ontem fui à praia” ou é verdade que “Ontem fui ao cinema”.
C. é verdade que “Ontem fui à praia” embora não seja verdade que “Ontem fui ao cinema”.
D. é verdade que “Se ontem fui à praia, então fui ao cinema”.
8. A proposição “Ontem comi carne ou peixe” é falsa se, e só se, ...
A. é verdade que “Ontem comi carne” e é verdade que “Ontem comi peixe”.
B. é verdade que “Ontem comi carne” e é verdade que “Ontem comi peixe”.
C. não é verdade que “Ontem comi carne” embora seja verdade que “Ontem comi peixe”.
D. não é verdade que “Ontem comi carne” e não é verdade que “Ontem comi peixe”.

9. Afirmar que “Não é verdade que temos livre-arbítrio e o determinismo é verdadeiro” é o mesmo que
afirmar que ...
A. Não temos livre-arbítrio ou o determinismo não é verdadeiro.
B. Temos livre-arbítrio ou o determinismo é verdadeiro.
C. Se não temos livre-arbítrio, então o determinismo é verdadeiro.
D. Se não temos livre-arbítrio, então o determinismo não é verdadeiro.

10. Afirmar que “Não é verdade que temos livre-arbítrio ou o determinismo é verdadeiro” é o mesmo que
afirmar que ...
A. Não temos livre-arbítrio ou o determinismo não é verdadeiro.
B. Temos livre-arbítrio e o determinismo não é verdadeiro.
C. Não temos livre-arbítrio e o determinismo é verdadeiro.
D. Não temos livre-arbítrio e o determinismo não é verdadeiro.

11. Sendo P a representação de “A vida faz sentido”, Q a representação de “Há eternidade” e R a


abreviatura de “Deus existe”, a frase “A vida não faz sentido nem há eternidade caso Deus não
exista” expressa uma proposição com a seguinte forma lógica:
A. ((¬PɅ ¬Q) →¬R
B. (¬R→(¬PɅ¬Q))
C. ((¬R→ ¬(PɅQ))
D. ((¬PɅ ¬Q) Ʌ¬R)
12. Considera as fórmulas lógicas proposicionais que se seguem. Seleciona, depois, a alternativa que
as descreve corretamente.
1. ¬ ((¬QɅ (P → Q)) →¬P)
2. (((P → Q) Ʌ(Q→R)) →(P→R)
3. ((P→Q) Ʌ(PɅ¬Q))
4. (¬(PVQ) →¬(PɅ¬Q))

A. Só 1 e 2 são tautologias, mas 3 é contraditória e 4 é contingente.


B. Só 3 e 4 são tautologias, mas 1 é contraditória e 2 é contingente.
C. Só 1 e 3 são tautologias, mas 2 e 4 são contraditórias.
D. Só 2 e 4 são tautologias, mas 1 e 3 são contraditórias.

II – Itens de construção

1. Simbolize os seguintes enunciados. Indique o dicionário utilizado.


a. Gosto de passear, mas prefiro fazer desporto.
b. Serei rico se e só se ganhar o Euromilhões.
c. Nem vi o filme nem fui à praia.
d. A Maria não vê televisão.
e. Se a Maria vê televisão, o Pedro ouve música.
f. Fico em casa e leio um livro ou vou |à praia e tomo um banho no mar.
g. Se hoje não é quarta-feira, então hoje é quarta-feira.
h. Se estudares bastante ou tiveres muita sorte, então passas neste teste.
i. Se não fizeres o trabalho, não passas de ano.
j. Vou ao teu aniversário, a menos que surja algum imprevisto.
k. Se o Ricardo ou o Vasco assaltaram o banco, e não foi o Vasco, então foi o Ricardo.
l. Se Deus existe só se não há mal no mundo, e não há mal no mundo, então Deus não existe.
m. Se há desacordo, então os juízos morais não são objetivos, e há desacordo, logo os juízos morais
não são objetivos.
n. A nossa ação só tem valor moral se for universalizável.
o. A nossa ação tem valor moral sempre que maximizar a felicidade.
2. A partir do dicionário que se apresenta, traduza para a linguagem natural cada uma das fórmulas
que se seguem.
Dicionário:
P – A Leonor tem uma dúvida.
Q – O teste é fácil.
R – O Tomás estuda Filosofia.
S – A Filosofia é muito interessante.
T – O professor é muito simpático.

a. PɅ¬R
b. (QS) ɅT
c. ¬(RɅQ) →(TɅP)
d. (Q→R) →S
e. ¬P→(SVR)
f. (P→T)Ʌ( Q→R)
g. (RVQ) Ʌ¬P

3. Sabendo o valor lógico de cada uma das proposições, simbolize e determine o valor lógico dos
seguintes enunciados.
3.1 É verdade que a ética de Mill é hedonista mas não é deontológica.
a. A ética de Mill não é hedonista nem deontológica.
b. A ética de Mill é hedonista e deontológica.
c. A ética de Mill é hedonista e não é deontológica.
d. A ética de Mill não é hedonista, mas é deontológica.
e. Não é verdade que a ética de Mill não é hedonista.

3.2 Sabe-se, é falso, que vou para a Fonte da Telha e não vou para as Maldivas.
a. Não vou para a Fonte da Telha e não vou para as Maldivas.
b. Vou para a Fonte da Telha e vou para as Maldivas.
c. Ou vou para a Fonte da Telha ou vou para as Maldivas.
d. Não vou para a Fonte da Telha, embora vá para as Maldivas.
e. Só ou para as Maldivas se não for para a Fonte da Telha.
4. Conclua, de forma válida, os seguintes argumentos, utilizando as formas de inferência Modus
Ponens ou Modus Tollens. Se não puder concluir validamente, registe nada se pode concluir.
4.1 Se me atraso, então marcam-me falta.
a. Atraso-me, logo ...
b. Não me atraso, logo ...
c. Marcam-me falta, logo ...
d. Não me marcam falta, logo ...

4.2 Terás a possibilidade de ser feliz se cumprires a lei moral.


a. Não tens a possibilidade de ser feliz, logo ...
b. Tens a possibilidade de ser feliz, logo ...
c. Cumpres a lei moral, logo ...
d. Não tens a possibilidade de ser feliz, logo ...

5. Avalie a forma proposicional dos enunciados apresentados, justificando a avaliação com a tabela de
verdade da proposição.
5.1 ¬(PɅQ)V(Q→P)
5.2 (PɅQ) VR
5.3 PV(QɅ¬P)
5.4 ¬P→¬(PɅQ)
5.5 ¬((PVQ)ɅR))((PVQ)ɅR))

6. Formalize os argumentos e avalie a sua validade usando um inspetor de circunstâncias.

6.1 Se há acordo acerca de alguns juízos morais, então alguns juízos morais são objetivos. Se alguns
juízos morais são objetivos, então alguns juízos morais são falsos. Logo, se há acordo acerca de
alguns juízos morais, há juízos morais falsos.

6.2 Se cumpro o meu dever, então a minha ação não instrumentaliza o ser humano. Não cumpro o meu
dever, logo a minha ação instrumentaliza o ser humano.
7. Traduza em linguagem natural a fórmula proposicional ”(¬PɅQ)→¬R”. Comece por criar um
dicionário à sua consideração.

8. “A vida não tem sentido, a menos que Deus exista. Ora, a vida não tem sentido. Portanto, Deus não
existe”. Identifica a falácia que ocorre no presente argumento. Justifique a identificação feita.

9. Leia o diálogo filosófico.

Sócrates: Quando dizes que é um bem acusar o teu próprio pai por causa dele cometer homicídio, o
que queres dizer por bem?
Eutífron: Pretendo apenas sustentar que o bem depende da vontade dos deuses.
Sócrates: Discordo da tua tese. Questionemos, então, o que dizes: será que o bem é desejado pelos
deuses porque é objetivamente um bem ou, pelo contrário, só se torna bem porque é desejado
pelos deles?
Eutífron: Podes explicar melhor por que razão negas a minha tese?
Sócrates: Repara no seguinte, se o bem depende da vontade dos deuses, então alguma coisa é boa
pelo motivo de os deuses a desejarem e o bem é algo arbitrário. Todavia, não é verdade que
alguma coisa seja boa pelo motivo de os deuses a desejarem e que o bem seja algo arbitrário.
Eutífron: Dizes bem. Daí se segue a tua tese. Mas preciso de analisar melhor se esse é realmente
um bom argumento.
Adaptação de Domingos Faria e Luís Veríssimo de Eutífron, de Platão

Será o argumento de Sócrates Válido?


Justifique a sua resposta, seguindo os seguintes passos:
- Apresentação do argumento na forma canónica;
- Construção do dicionário;
- Formalização do argumento;
- Construção de um inspetor de circunstâncias;
- Análise do resultado obtido.
Itens de Exame

1. 2012 1.ª Fase

Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou outro método.
Se o António é um intelectual português contemporâneo, então leu Eduardo Lourenço e leu José Gil. O
António não leu Eduardo Lourenço nem José Gil. Logo, o António não é um intelectual português
contemporâneo.

2. 2012 2.ª Fase

Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou outro método.
Se Cícero é um orador persuasivo, então utiliza um discurso sedutor e cativa o auditório. Cícero é um
orador persuasivo. Logo, Cícero cativa o auditório.

3. 2012 Época Especial

Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou outro método.
Emanuel orienta o seu comportamento tendo em conta os seus deveres ou orienta o seu comportamento
prevendo as consequências das suas ações. Se Emanuel orienta o seu comportamento prevendo as
consequências das suas ações, é omnisciente. Mas Emanuel não é omnisciente. Logo, Emanuel orienta
o seu comportamento tendo em conta os seus deveres.

4. 2013 1.ª Fase

Considere o enunciado seguinte.


«Se os cientistas não criarem novas teorias e não criarem novos modelos de explicação da vida, então
não poderemos provar que há vida em Marte».
Simbolize o enunciado apresentado.
Comece por criar um dicionário apropriado.
5. 2013 1.ª Fase

Considere a forma argumentativa seguinte:


(P Ʌ Q) → Q
Q
PɅQ
Teste a validade da forma argumentativa, através do método das tabelas de verdade ou de outro
adequado.
Caso seja inválida, identifique a falácia cometida.

6. 2013 2.ª Fase

6.1 Considere a fórmula seguinte.


(P Ʌ Q) → ¬R
Traduza em linguagem natural a fórmula apresentada.
Comece por criar um dicionário apropriado.

6.2 2013 2.ª Fase


Considere as proposições seguintes.
«Se Espinosa tem razão, então tudo está determinado ou não há livre-arbítrio.
Ora, Espinosa tem razão.»
Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores, aplicando uma das
formas de inferência válida estudadas.
Indique a forma de inferência válida aplicada.

7. 2014 1.ª Fase


7.1 Complete o enunciado seguinte, escrevendo a premissa em falta, de modo a construir um argumento
válido. Ao completar o enunciado, aplique uma das formas de inferência válida estudadas.

O Tiago é jornalista ou não usa microfone.


__________________________________
Logo, o Tiago não usa microfone.

Identifique a forma de inferência válida aplicada.


7.2 Admitindo que a proposição «A Joana está sentada» é verdadeira, será possível determinar o valor de
verdade da proposição seguinte?

Se a Joana não está sentada, então está a correr.

Apresente a justificação completa da sua resposta.

8. 2014 2.ª Fase

8.1 Formalize a proposição seguinte.


Comece por apresentar um dicionário apropriado.

Se Colombo nasceu no Alentejo, então é português e não nasceu em Itália.

8.2 Teste a validade da seguinte forma argumentativa, por meio da construção e da interpretação de
uma tabela de verdade.
¬P → Q
Q → ¬P

9. 2014 Época Especial

9.1 Interprete a fórmula ¬P → ¬Q, traduzindo-a para a linguagem natural.


Recorra ao dicionário seguinte.
P: A ciência é racional.
Q: O erro é uma fonte de aprendizagem.

9.2 Construa uma inferência válida que tenha como única premissa Se Descartes é racionalista, então é
alemão.
Use uma das formas de inferência válida estudadas.
Identifique a forma de inferência válida aplicada.
10. 2015 1.ª Fase

10.1 Traduza as fórmulas seguintes para a linguagem natural, com base no dicionário apresentado.
a) ¬Q →¬P
b) P Ʌ Q

Dicionário:
P: A Sandra tem bons hábitos alimentares.
Q: A Sandra come legumes com regularidade.

10.2 Identifique a antecedente da proposição expressa a seguir.


A Catalunha separar-se-á da Espanha se o governo espanhol for autoritário e reduzir os apoios
à indústria catalã.

10.3 Construa um argumento, com a forma modus ponens, cuja conclusão seja «O Luís vai ao cinema».

11. 2015 2.ª Fase

11.1. Identifique a consequente da proposição seguinte.


A mentira é errada e indesejável se tiver maus resultados ou for desnecessária.

11.2 Identifique a falácia que ocorre na inferência seguinte. Justifique a identificação feita.
Se vive no Funchal, o Luís não vive no continente. Ora, ele não vive no Funchal. Portanto, vive no
continente.

12. 2015 Época Especial

12.1 Formalize as proposições seguintes, utilizando o dicionário apresentado.

a) Se os jornalistas são precipitados, as notícias não são rigorosas.


b) Os jornalistas são precipitados, mas as notícias são rigorosas.

Dicionário:
P: Os jornalistas são precipitados.
Q: As notícias são rigorosas.
12.2 Considere que R e S representam duas proposições. Sabendo que R é falsa e que R V S é
verdadeira, determine o valor de verdade de S. Justifique a sua resposta.

13. 2016 1.ª Fase

13.1 Atente na proposição complexa expressa pela frase seguinte.

Quer Schubert quer Schumann eram compositores.

Identifique a conectiva que liga as duas proposições simples que a constituem.

13.2 Recorrendo ao dicionário apresentado, formalize a proposição seguinte.

Se Cristiano Ronaldo ganhar quatro Botas de Ouro ou três Ligas dos Campeões, ficará na
história do desporto.

Dicionário:

P: Cristiano Ronaldo ganha quatro Botas de Ouro.


Q: Cristiano Ronaldo ganha três Ligas dos Campeões.
R: Cristiano Ronaldo fica na história do desporto.

13.3. Mostre que a forma argumentativa seguinte é inválida, recorrendo ao método das tabelas de
verdade.

AVB
A
¬B

14. 2016 2.ª Fase


14.1 Interprete a fórmula seguinte, tendo em conta o dicionário apresentado.
P = Francis Bacon é filósofo.
Q = Francis Bacon é político.
R = Francis Bacon é pintor.
(P V Q) → ¬R
14.2 O que se segue da afirmação dada, aplicando uma das leis de de Morgan?

É falso que Hume seja inglês ou irlandês.

15. 2016 Época Especial

15.1 Sabendo que C é uma proposição verdadeira, determine o valor de verdade de uma proposição
com a forma ¬A→ (B V C). Justifique a sua resposta.

15.2 Identifique a falácia em que se incorre no argumento seguinte. Justifique a sua resposta.

Se D. Dinis escreveu O Leal Conselheiro, então foi um rei amante das letras.

D. Dinis não escreveu O Leal Conselheiro.

Logo, D. Dinis não foi um rei amante das letras.

16. 2017 1.ª Fase

15.3 A formalização de «Se Freud é cientista, então não recusa as hipóteses especulativas mas usa o
método científico» poderia ser:

A) P ¬(Q V R)
B) P ¬(Q Ʌ R)
C) P → (¬Q Ʌ R)
D) P → ¬(Q V R)

15.4 A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que
(A) se algo exprime sentimentos, então é arte.
(B) a acrobacia nunca poderá exprimir sentimentos.
(C) a acrobacia é uma arte, mas não exprime sentimentos.
(D) é falso que a acrobacia seja uma arte.
16. 2017 Época Especial

16.1 Considere o dicionário seguinte.

Dicionário
P – Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito.
Q – Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Economia.
R – Marcelo Rebelo de Sousa é presidente da República Portuguesa.

A fórmula que traduz «Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito e é presidente da República
Portuguesa» é P Ʌ R.
Escreva as fórmulas que traduzem as proposições seguintes.

a) Marcelo Rebelo de Sousa é professor de Direito ou de Economia.

b) É falso que Marcelo Rebelo de Sousa não seja professor de Direito.

c) Se Marcelo Rebelo de Sousa é presidente da República Portuguesa, então não é professor de


Direito nem é professor de Economia.

16.2 Atente no argumento seguinte.

Se J. K. Rowling deseja ocupar um lugar de destaque entre os escritores britânicos, então tem
ambição literária. Mas J. K. Rowling não deseja ocupar um lugar de destaque entre os escritores
britânicos. Isso mostra que J. K. Rowling não tem ambição literária.

O argumento é inválido. Porquê?

17. 2018 1.ª Fase

17.1 A tradução de «Platão é filósofo e grego» é P Ʌ Q, em que P é «Platão é filósofo» e Q é «Platão é


grego».
Recorrendo ao dicionário apresentado, traduza as proposições seguintes:

a) Caso Platão seja filósofo, é grego.

b) Platão é filósofo ou não é grego.


17.2 Considere que a proposição seguinte é a conclusão de uma inferência com uma única premissa.

Se Joana Schenker é campeã mundial de bodyboard, então treina intensamente.

Escreva a premissa que, mediante a aplicação de uma das formas de inferência válida estudadas,
permite obter a conclusão apresentada.

Na sua resposta, identifique a forma de inferência válida aplicada.

17.3 No texto seguinte, encontra-se um argumento que tem uma das formas lógicas válidas estudadas.

Tomé da Fonseca, um velho general reformado, revive com frequência a atividade militar. À sua maneira,
foi desde a infância uma pessoa sociável e enérgica, e o universo militar sempre lhe deu muito prazer.
Ora, o velho general não revive com frequência a atividade militar se não jogar muitas vezes jogos de
estratégia. Portanto, Tomé da Fonseca joga muitas vezes jogos de estratégia.

Formalize o argumento que se encontra no texto, indicando o dicionário utilizado.

18. 2018 Época Especial

18.1 Considere as proposições seguintes.

a) É falso que Joaquim e Gonçalo joguem xadrez nas tardes de sábado.


b) Orwell teria escrito mais ensaios e mais ficção se não se tivesse envolvido na atividade política.
c) A Clara sorri, mas está triste.

Destas três proposições, apenas uma é uma conjunção.


Identifique as proposições simples que a compõem.

Sugestão: Comece por traduzir as proposições para a linguagem proposicional.


18.2 Considere o argumento seguinte.

Não é só porque Ricardo Pacheco joga em equipas estrangeiras ou ganha muito dinheiro que é um
grande jogador; é também porque, se ganha muito dinheiro, então é um grande jogador.

Teste a validade do argumento apresentado, recorrendo ao método das tabelas de verdade.

18.3 Considere o argumento seguinte.

A Maria aproveita as férias grandes para trabalhar como nadadora-salvadora ou para trabalhar como
monitora num campo de férias. Logo, a Maria aproveita as férias para trabalhar como nadadora-
salvadora.

Introduza uma nova premissa no argumento, de modo a obter um argumento com uma das formas
válidas estudadas. Identifique essa forma de inferência válida.

19. 2019 1.ª Fase

19.1 Considere as condicionais seguintes.

1. Adília Lopes é poetisa se escreve rimas e quadras.


2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.

A proposição de que Adília Lopes escreve rimas e quadras

(A) é a consequente nas duas condicionais apresentadas.


(B) é a antecedente nas duas condicionais apresentadas.
(C) é a antecedente na condicional 1 e é a consequente na condicional 2.
(D) é a consequente na condicional 1 e é a antecedente na condicional 2.
20. 2019 2.ª Fase

20.1 Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar à
conclusão.
Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de Plutão, e
orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.

20.2 Considere as frases seguintes.

Se a Maria é ecologista, então prefere comprar um automóvel elétrico.


A Maria prefere comprar um automóvel elétrico.

Suponha que estas frases são as premissas de um argumento. Será possível, a partir das premissas
dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista? Justifique.

21. 2019 2.ª Fase

Suponha que um argumento tem a forma P V Q, Q V R  P V R. A tabela de verdade dessa forma


argumentativa é a seguinte.

P Q R PVQ QVR P V R
V V V V V V
V V F V V V
V F V V V V
V F F V F V
F V V V V V
F V F V V F
F F V F V V
F F F F F F

Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma seria
A. inválido, pois existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
B. inválido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem falsas.
C. válido, pois existe a possibilidade de tanto as premissas como a conclusão serem verdadeiras.
D. válido, pois não existe a possibilidade de as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
22. 2019 2.ª Fase

22.1 Identifique a conclusão do argumento seguinte e a regra de inferência utilizada para chegar à
conclusão.
Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de Plutão, e
orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.

22.2 Considere as frases seguintes.


Se a Maria é ecologista, então prefere comprar um automóvel elétrico.
A Maria prefere comprar um automóvel elétrico.

Suponha que estas frases são as premissas de um argumento. Será possível, a partir das premissas
dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista? Justifique.

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