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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Principais características de cultivares de azevém-anual


utilizados no estado de Santa Catarina, Brasil
Ângela Fonseca Rech¹, Ulisses de Arruda Córdova², Vanessa Ruiz Fávaro¹ e Jefferson Araújo Flaresso²

Resumo – O azevém-anual é amplamente utilizado em sistemas pastoris do sul do Brasil por ser resistente ao frio, produtivo,
vigoroso, de elevado valor nutricional, sendo recomendado para compor a dieta de bovinos e ovinos de maior exigência
nutricional e por proporcionar altos ganhos na produção animal. Os vários cultivares de azevém-anual comercialmente
disponíveis podem ser divididos em azevém-anual (diploides ou tetraploides) variedade westerwoldicum (Lolium multiflorum
Lam. var. westerwoldicum) e azevém-anual variedade itálico (L. multiflorum Lam. var. italicum). Originalmente, o azevém-anual é
diploide (2n), mas após hibridização natural e/ou melhoramento genético vários cultivares tetraploides (4n) foram desenvolvidos
e disponibilizados. As diferenças entre eles incluem relação folha/colmo, tamanho de folhas, perfilhos e sementes, número de
perfilhos, vigor inicial, produção de matéria seca, qualidade nutricional, resistência à seca, duração do ciclo produtivo, entre
outras características. Mas a variedade e o nível de ploidia são insuficientes para determinar superioridade de um material sobre
outro e, no momento de decidir qual semente adquirir, devem ser observadas cuidadosamente as características particulares
de cada cultivar e do sistema pastoril onde será utilizado. O objetivo deste estudo foi reunir informações sobre o azevém-anual
e alguns dos cultivares comercializados no estado de Santa Catarina, Brasil.

Termos para indexação: Forragem de clima temperado; Lolium multiflorum; Nível de ploidia.

Characteristics of the main cultivars of annual ryegrass used in the state of Santa Catarina, Brazil

Abstract – The annual ryegrass is widely used in pastoral systems in southern Brazil because it is cold-resistant, productive,
vigorous, high nutritional forage, being recommended to compose the diet of cattle and sheep with greater nutritional demand
as it provides high gains in animal production. The various commercially available ryegrass cultivars can be divided into annual
ryegrass (diploids or tetraploids) westerwoldico variety (Lolium multiflorum Lam. var. westerwoldicum) and italic ryegrass
variety (L. multiflorum Lam. var. italicum). Originally, annual ryegrass is diploid (2n), but after natural hybridization and/or
genetic improvement, several tetraploid (4n) cultivars were developed and made available. The differences between them
include leaf/stem ratio, size of leaves and tillers, number of tillers, initial vigor, dry matter production, nutritional quality,
drought resistance, length of the productive cycle, among other characteristics. Although, the variety and ploidy level are
insufficient to determine the superiority of one material over another and, when deciding which seed to acquire, the particular
characteristics of each cultivar and the pastoral system where it will be used must be carefully observed. The aim of this study
was to gather information about the annual ryegrass and some of the cultivars commercialized in the State of Santa Catarina,
Brazil.

Index terms: Temperate climate forage; Lolium multiflorum; Ploidy level.

Introdução nas recomendações das empresas que tivares mais recomendados e outros
produzem as sementes. O custo elevado impróprios. Além disso, os resultados
Atualmente existe um grande núme- de alguns cultivares dificulta ainda mais esperados só serão alcançados se as
ro de cultivares de azevém-anual com essa decisão. É importante mencionar recomendações técnicas de adubação,
características particulares de semea- que não existe um cultivar de azevém- semeadura e manejo de altura para o
dura, manejo de altura, ciclo de produ- anual indicado para todas as finalidades
cultivar adquirido, forem seguidas.
ção, tolerância a pragas e produtividade, e que fica mais fácil escolher o cultivar
se as características da propriedade, O objetivo deste estudo é disponibi-
entre outras. Para decidir qual cultivar
(cv.) utilizar, muitos pecuaristas e téc- suas limitações, condições disponíveis lizar aos técnicos e pecuaristas algumas
nicos levam em consideração informa- para implantação e as demandas a se- indicações e informações técnicas sobre
ções baseadas em opiniões leigas, em rem atendidas forem analisadas antes. essa forrageira e alguns cultivares dis-
conversas de balcão ou, quando muito, Para cada situação poderá existir cul- poníveis no comércio (Figura 1).

Recebido em 02/09/2021. Aceito para publicação em 27/10/2021. https://doi.org/10.52945/rac.v35i1.1306


¹ Zootecnista, Estação Experimental de Lages (Epagri/EEL), C.P. 791, 88502-970 Lages, SC, fone: (49) 3289-6400, e-mail: angelarech@epagri.sc.gov.br,
vanessafavaro@epagri.sc.gov.br
² Engenheiro-agrônomo, Estação Experimental de Lages (Epagri/EEL), C.P. 791, 88502-970 Lages, SC, fone: (49) 3289-6400, e-mail: ulisses@epagri.sc.gov.br,
flaresso@epagri.sc.gov.br

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Commons Atribuição 4.0 Internacional.
mizar a época de floração ou até criar
novos caminhos (COLASANTI & CONE-
VA, 2009). Segundo Pasquali & Barcac-
cia (2020), o controle da época de flora-
ção em L. multiflorum é extremamente
complexo devido às diferentes necessi-
dades indutivas e consequentes hábitos
de floração contrastantes, o que pode
provocar informações imprecisas sobre
o assunto. Os mesmos autores também
consideram que, na falta de informa-
ções a respeito do controle genético so-
bre a época de floração em L. multiflo-
rum, é racional supor que os tipos bia-
nuais1 (itálicos) e as outras espécies de
inverno do gênero tenham mecanismos
regulatórios comparáveis aos de L. pere-
ne. Os requisitos indutivos necessários
para a floração, segundo Cooper (1960),
variam com a população, onde as varie-
dades perenes (L. perene) do noroeste
Figura 1. Animais pastejando azevém-anual cv. Winter Star da Europa possuem requisitos obriga-
Foto: Vanessa Ruiz Fávaro tórios para frio ou dias curtos antes da
Figure 1. Animals grazing annual ryegrass cv. Winter Star indução floral, enquanto o azevém-anu-
Photo: Vanessa Ruiz Fávaro al westerwoldico não necessita de frio
nem de dias curtos. Griffith & Chastain
(1997) também concluíram que no gê-
Azevém-anual (Lolium et al., 2006; HELLBRUGGE et al., 2008).
nero Lolium sp., e nos genótipos dentro
Em Santa Catarina, o azevém-anual
multiflorum L.) é muito utilizado, tanto de maneira iso-
de cada espécie, existe um gradiente
contínuo de requisitos de indução flo-
lada como em consórcio com outras es-
O azevém-anual é nativo de alguns ral que variam de obrigatórios para dias
pécies. Os cultivares de azevém-anual curtos (8h) e/ou baixas temperaturas
países da África, Ásia e Europa, e foi
disponíveis no comércio podem ser (0–3°C) (geralmente associados à pe-
introduzido em muitos países, como
classificados em azevém-anual varieda- renidade como o L. perene), a faculta-
Brasil, Nova Zelândia, Austrália, Esta-
de westerwoldicum, também chamado tivos, chegando até a nenhum estímulo
dos Unidos, entre outros (CABI, 2020).
Atualmente é cosmopolita, cultivado convencional ou westerwoldico, (Lo- ambiental necessário, somente a indu-
em todos os continentes por ser uma lium multiflorum var. westerwoldicum) ção genética (geralmente associados
forrageira de clima temperado e tole- e azevém-anual variedade itálico (Lo- à anuidade). Desta forma, é possível
rante ao frio, produtiva, vigorosa, que lium multiflorum var. italicum). Ambos identificar três tipos de L. multiflorum
perfilha em abundância e é considerada os cultivares podem ser diploides ou que diferem entre si quanto à floração:
uma espécie do tipo competidora (GA- tetraploides. Esses cultivares são pro- o azevém itálico tipo bianual, com in-
LON et al., 2011; TIRONII et al., 2014). venientes de pesquisas feitas no Brasil, termediário requisito primário de indu-
Quando bem fertilizada, pode superar Itália, Nova Zelândia, EUA, Austrália, Ar- ção floral; o azevém itálico tipo anual,
outras espécies de inverno, aumentan- gentina e Uruguai, entre outros países, com requisitos de indução parecidos,
do consideravelmente a produção de e possuem características e comporta- e o azevém-anual westerwoldico, sem
biomassa em resposta à adubação ni- mentos produtivos diferentes entre si necessidade de dias curtos ou baixas
trogenada e fosfatada (FONTANELI et (Tabela 1). temperaturas (COOPER, 1960; AAMLID
al., 2012). Além disso, apresenta eleva- Para Lolium multiflorum Lam. a épo- et al., 2000; PASQUALI & BARCACCIA,
do valor nutritivo, alto teor de proteína ca de floração e os requisitos de indu- 2020). Em resumo, a época de floresci-
e alta digestibilidade. É recomendado ção floral são temas não totalmente mento de cultivares de azevém-anual (L.
para compor a dieta de bovinos e ovinos elucidados. Os fatores genéticos estão multiflorum) é controlada por mecanis-
com grande necessidade de nutrientes, intimamente conectados ao meio am- mos genéticos e estímulos ambientais,
possibilitando maior ganho de produ- biente e a planta pode utilizar todos os que podem variar de obrigatórios a in-
ção animal (FLUCK et al., 2016; DIFANTE mecanismos a sua disposição para oti- termediários para os azevéns itálicos, a

1
Alguns azevéns itálicos, dependendo das condições climáticas, podem vegetar por mais de dois anos. Esse fato é comum nas regiões frias e de altitude na
Serra Catarinense.

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nenhum para azevéns westerwoldicos. centagem de folhas, folhas maiores, os materiais (2n ou 4n) podem produzir
mais largas e mais escuras (Figura 3), bons resultados (RAMOS, 2017; MIOTO,
Variedades de azevém- menor número de perfilhos, mas de 2014; TONETTO, 2009). As diferenças na
maior tamanho e mais pesados. Apre- produção de matéria seca e na compo-
anual sentam também sementes maiores e sição encontradas em vários trabalhos
mais pesadas, com maior vigor inicial, podem estar mais relacionadas às varie-
O azevém itálico pode ser classifi- maior potencial de produção de matéria dades (italicum ou westerwoldicum), ao
cado como anual de ciclo longo e até seca e qualidade nutricional, e menor manejo de alturas, número de cortes ou
bianual, dependendo do cultivar e de resistência ao estresse hídrico e ao frio pastejos, clima e adaptação ao ambien-
fatores ambientais como manejo, cli- (RAMOS et al., 2017, CONTERATO et al., te do que ao nível de ploidia. Segundo
ma e altitude. Em geral, no sul do Bra- 2016; SUGIYAMA, 2006). Também apre- Kagimura (2017) e Beskow (2016), so-
sil, os azevéns itálicos se comportam sentam menor resistência ao pastejo, mente a ploidia é insuficiente para de-
como anuais de ciclo longo, porém foi maior exigência em fertilidade e menor terminar superioridade de um azevém-
observado que, em altitudes superio- produção de sementes (INIA, 2010). A
res a 1200m, alguns cultivares podem anual sobre outro e, desta forma, maior
tetraploidia no azevém-anual aumenta a
vegetar por 2 a 3 anos. Mas melhores atenção deve ser dada às características
taxa de alongamento celular (pode pro-
resultados são obtidos por meio de uma particulares de cada cultivar do que ao
vocar afrouxamento da parede celular),
nova semeadura a cada ano (HAVILAH, nível de ploidia em si.
aumenta também o conteúdo celular
2017). em relação à parede celular, o tamanho
O azevém westerwoldico é de ma- das células e das folhas, a proporção fo- Cultivares de azevém-anual
turação precoce e por excelência anual, lhas/colmo, o teor de água, a concentra-
ou seja, floresce e encerra o ciclo no ção dos carboidratos solúveis em água, A escolha do cultivar capaz de se
mesmo ano em que foi semeado, in- o teor de proteína e, por implicação, o adaptar às condições ambientais especí-
dependente da época de semeadura; valor nutritivo dos cultivares, tornando- ficas e ao manejo deve ser feita levando
em geral possui um ciclo menor que os mais palatáveis, quando comparados em consideração as características agro-
os itálicos (INIA, 2010; HAVILAH, 2017; em igualdade de condições aos culti- nomicamente importantes da cultura,
BESKOW, 2016). Botha et al. (2015), na vares diploides (Figura
África do Sul, observaram um declínio 2) (COSTA et al., 2018;
mais acentuado na taxa de crescimen- KAGIMURA, 2017; INIA,
to de westerwoldico a partir de setem- 2010; SUGIYAMA, 2005;
bro, enquanto o azevém itálico mante- SMITH et al., 2001). Se-
ve taxas de crescimento mais elevadas gundo Kagimura (2017)
até novembro. Porém, o potencial de e Havilah (2017), os
produção e o crescimento sazonal dos cultivares tetraploides
cultivares anuais podem não seguir o apresentam teores de
mesmo padrão de produção de outras açúcares mais elevados,
regiões, pois também são afetados pelo maior digestibilidade,
clima (BOTHA et al., 2015; CÓRDOVA et rápido crescimento e
al., 2020). Outra característica impor- renovação dos tecidos
tante é a temperatura ideal para seu e maior comprimen-
melhor desenvolvimento, que, em ge- to final de lâminas, o
ral, está entre 20° e 25°C na primavera e que pode levar à maior
no outono (KUSVURAN & TANSI, 2011). captação de radiação e
Plantas do tipo westerwoldico apresen- maior produção de for-
tam menor tolerância ao calor que ou- ragem. Os diploides são
tros azevéns-anuais (HAVILAH, 2017). geralmente menos exi-
gentes em fertilidade,
Nível de ploidia se adaptam melhor a
manejos menos contro-
Originalmente o azevém-anual é di- lados, são mais toleran-
ploide (2n) possuindo 14 cromossomos, tes ao pastejo e regene-
mas após hibridização natural e/ou me- ram mais rapidamente,
lhoramento genético, novos cultivares (HAVILAH, 2017; INIA,
tetraploides (4n) com 28 cromossomos 2010). Porém, em con- Figura 2. Azevém-anual, diploide, westerwoldicum, cv. SCS317
Centenário
foram desenvolvidos e lançados no dições de cultivo seme-
Foto: Dediel Rocha
mercado. lhantes, adubação, ma- Figure 2. Annual ryegrass, diploid, westerwoldicum, cv.
Os tetraploides, quando compara- nejo e clima favoráveis SCS317 Centenário
dos aos diploides, possuem maior por- aos cultivares, ambos Photo: Dediel Rocha

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como época de floração, tolerância ao dos para melhoramento de campo na- resultados para um cultivar de ciclo
estresse abiótico e resistência a doen- tivo ou em áreas com rotação de forra- médio, com boa produção no inverno/
ças (PASQUALI & BARCACCIA, 2020). geiras e culturas de verão de semeadura primavera, mostrando seu potencial
Os cultivares de azevéns-anuais re- tardia. Os de ciclo longo são indicados para utilização nessas estações. O cv.
centemente lançados necessitam de para áreas destinadas a pastagens ao Empasc 304 - Serrana pode ser indica-
tecnologia para que possam expressar longo do ano e para reduzir o vazio for- do também para consórcio com outras
seu potencial genético e devem receber rageiro de primavera e início de verão. forrageiras, no melhoramento de pasta-
tratamento semelhante às outras cultu- Alguns resultados de avaliações de gens naturais na região Serrana de San-
ras. Pastagens de qualidade e rentáveis cultivares de azevéns-anuais de várias ta Catarina, possibilitando ganho médio
somente são possíveis caso as práticas regiões do Estado, que apresentaram diário 0,700kg animal-1 dia-1 e 669,85kg
de manejo e de implantação recomen- potencial de utilização em SC, estão des- de PV ha-1 de carga animal (CÓRDOVA et
dadas sejam efetivamente aplicadas critos na Tabela 1. Córdova et al. (2015) al., 2018).
(CÓRDOVA & FLARESSO, 2015). Em ge- e Córdova et al. (2016) encontraram no O cultivar SCS316 CR Altovale, ava-
ral, os cultivares de ciclo curto (Tabela período da primavera valores médios liado em três regiões distintas do Esta-
1) são recomendados para utilização na de proteína bruta (PB) e digestibilidade do (Ituporanga, Lages e Canoinhas) por
integração lavoura e pecuária, com ou- acima de 23% e 75%, respectivamente. dois anos, apresentou excelente adap-
tras culturas como de milho e soja, com Porém, no verão, com a aproximação do tação a várias condições edafoclimáti-
rotação de pastagens de verão, ou para final do ciclo, espera-se uma queda nes- cas, alta produtividade, precocidade ao
melhoramento de campo nativo. Como ses valores em relação à primavera, mas primeiro pastejo, ciclo intermediário,
normalmente são mais precoces, po- ainda mantendo bom valor nutricional. rapidez de rebrote e adaptação ao clima
dem reduzir o vazio forrageiro outonal. O cultivar que se destacou pela maior Cfa, onde as temperaturas no inverno
Porém, deve-se evitar cultivares de ciclo produção de MS foi o KLm 138 (Figura 1) são mais elevadas. Possui porte mais
muito curto, que floresçam e encerrem em função de o seu ciclo vegetativo lon- ereto em relação aos azevéns-anuais da
seu ciclo em setembro ou início de ou- go possibilitar maior número de cortes. variedade westerwoldicum, sem perder
tubro, quando ainda não é possível im- O cultivar Empasc 304 - Serrana (Figura a capacidade de produzir perfilhos (HA-
plantar as lavouras de verão, em regiões 4), utilizado como testemunha nesses NISCH et al., 2019).
mais frias. Os de ciclo médio são indica- ensaios, também apresentou ótimos Em estudos com sete cultivares de

Figura 3. Azevém-anual, tetraploide, westerwoldicum, cv. Winter Figura 4. Azevém-anual, diploide, westerwoldicum cv. Empasc 304
Star Serrana
Foto: Vanessa Ruiz Fávaro Foto: Angela Fonseca Rech
Figure 3. Annual ryegrass, tetraploid, westerwoldicum, cv. Winter Figure 4. Annual ryegrass, diploid, westerwoldicum cv Empasc 304
Star Serrana
Photo: Vanessa Ruiz Fávaro Photo: Angela Fonseca Rech

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Tabela 1. Caracterização de alguns cultivares de azevém-anual (Lolium multiflorum Lam.) comercializados em Santa Catarina.
Table 1. Characterization of some ryegrass cultivars (Lolium multiflorum Lam.) commercialized in Santa Catarina.
Produtividade
Subespécie ou Empresa esperada
Cultivar Ploidia Características Indicações Semeadura Ciclo
variedade (t ha-1 ano-1 de
MS)
Pastagem; consórcios; melhoramento de
Empasc 304
Diploide westerwoldicum Epagri Azevém-anual indicado para regiões mais frias. pastagem natural. Em torno de 60 dias após Março a maio. Médio 6a8
- Serrana
emergência pode ser pastejada ou cortada.
Menos exigente; adequado em solos e situações de menor Pastagem em sucessão com as culturas de
SCS317
Diploide westerwoldicum Epagri potencial produtivo; perfilhamento precoce e intenso. Boa verão; melhoramento de campo nativo; Março a maio. Médio 6a8
Centenário
adaptação a climas Cfa. corte.
Pastagem; integração lavoura-pecuária;
SCS316 CR
Diploide westerwoldicum Epagri Formação precoce, com ciclo médio. Adaptado ao clima Cfa. cobertura do solo (até novembro); silagem Março a maio. Médio 6a8
Altovale
pré-secada; corte.
PGW Wrightson
INIA Bakarat Diploide westerwoldicum Alta produção de forragem na primavera; alto perfilhamento. Pastejo; corte; feno silagem. Março a maio. Curto 4a6
Seeds
INIA PGW Wrightson Pastagem; adapta-se a diferentes manejos
Diploide westerwoldicum Rústico; alta capacidade de perfilhamento. Março a maio. Médio 4a7
Camaro Seeds de pastejo ou corte.
Pastagem ou corte; melhoramento de
São Gabriel Diploide westerwoldicum Fepagro Formação precoce Março a maio. Curto 4a6
campo nativo; feno.
Precoce; alta capacidade de rebrota; boa tolerância a pragas Pastagem; corte; integração lavoura-
BRS Ponteio Diploide westerwoldicum Embrapa Março a maio. Curto 6a8
e doenças; suscetível a brusone. pecuária.
La Floração precoce, rústico; alta produção no outono-inverno;
Estanzuela Diploide westerwoldicum Domínio público adapta-se em situações de menor potencial produtivo e Pastagem; corte. Março a maio. Curto 5a7

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284 manejo poucos controlados.
Abril a junho,
Médio
Bar HQ Tetraploide westerwoldicum Nuseed Boa produção de folhas. Pastagem; feno; pré-secado; corte. temp. solo 6a8
Longo
inferior a 18°C.
Pastagem; melhoramento de campo nativo; Longo
Barjumbo Tetraploide westerwoldicum Nuseed Bom perfilhamento; rápido rebrote; boa relação folha/colmo. Março a junho. 6a8
corte. Médio
KLm 138 Alta porcentagem de folhas durante todo o ciclo produtivo; Pastoreio rotativo; corte. Região Oeste,
PGW Wrightson
(Magno Tetraploide italicum pode persistir por mais de um ano em altitudes superiores a meio oeste, planalto sul principalmente Março a maio. Extra 5a9
Seeds
Italiano) 1.000 m; baixa ressemeadura. Região Serrana. Longo
INIA PGW Wrightson Hábito semiereto; Meados de
Tetraploide italicum Pastagem; corte; primavera até dezembro. Longo 6a8
Escorpio Seeds bom perfilhamento; baixa ressemeadura. março.
INIA Titan Tetraploide italicum Domínio público Rápido rebrote Pastejo; corte. Março a maio. Longo 4a7
Abril a junho;
Nuseed
Potro Tetraploide italicum Rebrote vigoroso; bom perfilhamento; rústico. Pastejo; corte. temp. solo Longo 6a8
inferior a 18°C.
Abril a junho;
temp. solo
Maximus Tetraploide westerwoldicum Nuseed Precoce; elevada proporção de folha. Pastejo; corte. Médio 6a8
decrescente
inferior a 18°C.
PGW Wrightson Alta produção no outono e inverno, ótima qualidade, boa Pastagem de inverno, rotação com culturas
Winter Star Tetraploide westerwoldicum Março a maio. Médio 6a8
Seeds densidade perfilhos. de verão.
Início do
Alta produção no outono e inverno; semiereto; bom outono;
Winter PGW Wrightson Pastagem pura ou consorciada; pastoreio
Tetraploide westerwoldicum perfilhamento e rebrote; rústico; floresce na 1ª quinzena de primeira Médio 6a8
Star 3 Seeds rotativo; pré-secado; corte.
outubro. quinzena de
março.
Fonte: Adaptado de Epagri, 2020 e análises críticas dos autores
Source: Adapted from Epagri, 2020 and critical analysis of the authors

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pasc 304 Serrana, obser- do cultivar BRS Ponteio e LE 284, ambos
varam produtividades diploides, na região da Campanha do
variando de 5,6 a 6,9t Rio Grande do Sul, observaram que os
ha-1 de MS, obtidas em cultivares testados apresentaram com-
oito cortes. Com exce- portamento relativamente semelhante
ção do cv. Bakarat e Es- com relação à distribuição da produção
tanzuela 284, que foram de folhas ao longo da estação de cresci-
os menos produtivos, os mento e ao ciclo produtivo.
demais cultivares avalia- Schmidt (2020), avaliando o de-
dos não apresentaram sempenho produtivo de cultivares de
diferenças entre si (itali- forrageiras anuais de clima temperado,
cum e westerwoldicum; no Meio-Oeste de SC, como o azevém-
diploides e tetraploides) anual, aveias e centeio, para sobresse-
e nenhum dos cultiva- meadura em pastagem estabelecida de
res testados apresentou Tifton 85, observou que os cultivares de
desempenho significati- azevém Empasc 304 - Serrana, SCS316
vamente superior ao da CR Altovale, LE 284 Estanzuela e Winter
testemunha, cv. Empasc Star 3 apresentaram as maiores produ-
304-Serrana. Os autores ções de massa seca acumulada (respec-
concluíram que o am- tivamente: 8.206; 8.214; 8.029; 7.644kg
biente tem influência di- ha-1) em relação às aveias, aos trigos e
reta na duração do ciclo aos centeios.
produtivo e na produção Em função das respostas dos genó-
de massa de forragem tipos aos diferentes ambientes (inte-
no azevém-anual, e que ração genótipo por ambiente, G × E) a
na região Oeste de San- recomendação de cultivares torna-se
Figura 5. Azevém-anual, tetraploide, itálico, cv. 138 KLm ta Catarina existem con- complexa. Em estudo com INIA Escor-
Foto: Angela Fonseca Rech dições edafoclimáticas pio, INIA Titan, KLm 138, INIA Camaro,
Figure 5. Annual ryegrass, tetraploid, italic, cv. 138 KLm excelentes para a explo- Winter Star, INIA Bakarat e Empasc 304
Photo: Angela Fonseca Rech ração dessa cultura. - Serrana, em três regiões de Santa Ca-
O cultivar KLm 138, tarina, o ambiente explicou 14,3% da
azevém-anual, sendo três da variedade avaliado por Conterato et al. (2016), no variabilidade na taxa de acúmulo de for-
italicum, KLm 138, INIA Escorpio e INIA município de São Gabriel, RS, apresen- ragem e no rendimento total de massa
Titan (tetraploides) e quatro westerwol- tou altas porcentagens de folhas duran- seca e o genótipo 85,7% (ROCHA et al.,
dicum: Winter Star (tetraploide) e os te todo o ciclo produtivo e possibilitou 2018). Fávaro et al. (2019) observaram
diploides INIA Camaro, INIA Bakarat, e um sétimo corte no final de outubro, que fatores climáticos, como o número
Empasc 304 - Serrana, como testemu- período considerado de transição crítica de horas de sol, foram responsáveis por
nha, em três regiões de Santa Catarina, na oferta de forragem para uma região mais de 50% da variabilidade explicada
Córdova et al. (2020) concluíram que, da Campanha do RS (Clima Cfa). para o acúmulo de forragem e produção
nas condições edafoclimáticas dos en- O azevém-anual cv. Winter Star (Fi- de matéria seca do cv. Winter Star, em
saios, o ambiente influenciou o rendi- gura 2) apresenta ciclo médio a longo dois anos consecutivos. Este aspecto
mento total de massa seca de cultivares (dependendo da fertilidade e do regime demonstra que, para um mesmo culti-
de azevém-anual, com maior produti- hídrico), alta produção no outono e in- var, em uma mesma região, a produti-
vidade de todos os materiais na região verno, boa qualidade, hábito semiere- vidade pode ser diferente em função da
Oeste, com exceção do cv. INIA Bakarat. to e bom índice de perfilho. Em Lages, variação climática ocorrida de um ano
O efeito entre os cultivares só foi mani- o sistema de pastejo rotacionado do para outro.
festado na região do Planalto Sul Cata- azevém-anual cv. Winter Star, com con-
rinense, onde o cultivar KLm 138 foi o trole das alturas do dossel forrageiro Considerações finais
mais produtivo nos dois anos de avalia- para entrada e saída dos animais, per-
ção, mostrando melhor adaptabilidade mitiu ganhos de peso médios de 0,91kg Os cultivares de azevém-anual, alvo
a esse ambiente. Em Campos Novos dia1 e 0,85kg dia1 para bovinos machos desta revisão, possuem diferenças entre
também não houve diferenças entre os e fêmeas respectivamente, na fase de si em função da genética e do ambien-
cultivares. recria. Contudo, os fatores climáticos te a que são submetidos, influenciando
Em Chapecó, Portes et al. (2019), podem influenciar a produção de forra- a distribuição da produção de matéria
avaliando três cultivares de azevém da gem e consequentemente a carga ani- seca e o valor nutricional da forragem
variedade italicum: KLm 138, Escorpio mal e produção por área (FÁVARO et al., ao longo do ciclo produtivo. Desta for-
e INIA Titan; e cinco cultivares da va- 2020). ma, a data de semeadura pode influen-
riedade westerwoldicum: Winter Star, Montardo & Mittelmann (2009), es- ciar na produção dos cultivares e pode-
Camaro, Bakarat, Estanzuela 284 e Em- tudando o comportamento produtivo rá ser utilizada para fornecer forragem,

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forragem iniciar em maio e for até no- de matéria seca e valor nutricional do
J. K.; MALDANER J.; BREMM C. Comporta-
vembro, o que inclui os meses críticos cultivar ao longo do ciclo, período a ser
mento agronômico de azevém anual (Lolium
de inverno, deve ser plantado durante utilizado ou período crítico de oferta de multiflorum l.) no estado do Rio Grande do
o mês de março (clima Cfb) ou meados forragem; forma de utilização (pastejo Sul. Bol. Ind. Anim., Nova Odessa, v.73, n.3,
de abril (clima Cfa). Se o objetivo é ter contínuo ou rotacionado, integração la- p.198-205, 2016. Disponível em: http://iz.sp.
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(Clima Cfb) ou até junho (clima Cfa). consórcios, fenação, pré-secado); tole-
Independentemente da variedade, o rância à seca, clima; fertilidade do solo; COOPER, J. Short-day and low-temperature
azevém-anual não deve ser plantado necessidade de adubação; custos de induction in Lolium. Ann. Bot. v.24, p.232–
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de 120 a 180 dias, dependendo do culti- opções por apresentarem elevadas pro- CÓRDOVA, U. A.; FLARESSO, J. A.; HANISCH,
var, da região e da época de semeadura, duções, boa composição nutricional e A. L.; PORTES, V. M. Produção de forragem
embora as variações climáticas ocorri- estarem adaptados ao clima de SC. de cultivares de azevém-anual em três regi-
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deve ser feito aumentando ou reduzin- erwolds Ryegrass in the Southern Cape of
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