Você está na página 1de 4

Aristides Almeida Rocha, Chester Luiz Galvão Cesar, Helena Ribeiro.

Saúde pública: bases


conceituais. 2. ed. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2013 - CAP 1 e 6

1) Inter-relacionar o documentário sobre Políticas de Saúde no Brasil com os primeiros textos


apresentados (acima)

2) Apresentar suas impressões sobre o Sistema de Saúde Pública – SUS, abordando:

- Pontos positivos

- Ponto negativos

- Propostas para melhorar o SUS.

O documentário traça um panorama histórico completo desde 1900 até a atualidade,


encerrando no período do primeiro governo do Presidente Lula. Em sua trajetória, mostra
como as instabilidades políticas transformaram a economia do país numa montanha-russa
descontrolada, arrastando a vida do trabalhador da pobreza para a miséria. E é nesse contexto
de intensas lutas sociais que, cansada de ver os militares sucateando os serviços públicos, em
especial os de saúde, e diante das péssimas condições que viviam, a população começa a se
organizar para mudar essa realidade.

Assim como o texto também aborda, o documentário mostra de forma clara como o Estado
neoliberal, apregoando o afastamento do Estado da assistência pública, foi responsável por
atirar a população à própria sorte, expostos a diversas epidemias e doenças endêmicas. A
saúde pública não era uma prioridade política.

A criação do SUS foi o resultado de forças políticas de base, no sentido de serem forças
originadas no seio do povo pobre trabalhador em busca pela garantia de uma saúde pública
garantida pelo Estado. Uma luta que poderia ter sido menos custosa, mais rápida e tranquila,
não fosse pela atuação dos militares e da elite brasileira, aí incluída a classe médica, que
constituíram o núcleo de poder do país durante muito tempo – e ainda constituem até os dias
atuais.

Atualmente, não vejo pontos negativos a serem apontados no SUS, mas reconheço que é um
sistema em risco no Brasil de 2022. É preciso assegurar que a ganância privada não se aproprie
ou arruíne o Sistema Único de Saúde como já tentou fazer no passado, é preciso protegê-lo do
atual e de outros futuros chefes dos Poderes da República que possam tentar destruí-lo, e
assegurar que ele seja ampliado, principalmente em termos de saúde mental.

ANOTAÇÕES - Políticas de Saúde no Brasil – Documentário de Renato Tapajós

Inicia em 1900

Atendimento filantrópico nos hospitais de caridade

Por outro lado, euforia com o novo século.


Os pobres sendo vistos como um problema dentro da cidade.

Lutas antivax.

Proliferação de doenças.

Gripe espanhola.

Movimentos grevistas.

Inércia do governo.

Revoltas internas.

Getúlio Vargas toma o poder.

Alta industrialização do país.

Delírios comunistas e paranoia geral.

Ditadura militar.

II Guerra Mundial.

Banimento do Partido Comunista.

Criação do Ministério da Saúde.

Morte de Getúlio Vargas.

JK implementa indústria de carros e a construção de Brasília.

Surgimento da Medicina de Grupo – as empresas médicas.

IAPs construindo novos hospitais, mas havia uma insatisfação com o serviço prestado.

Renúncia de Jânio Quadros.

Novo golpe.

Castelo Branco assume.

Discussões sobre a saúde ser pública ou privada, à medida que a classe operária mergulhava
cada vez mais na miséria. Doenças se proliferam. Baixos investimentos em saúde.
Sucateamento da saúde pública. A ditadura apenas repassava dinheiro à iniciativa privada.

A ditadura então reúne os IAPs e outros serviços sob o INPS – Instituto Nacional de Previdência
Social para gerir todas as contribuições sob um mesmo instituto (previdência, etc.).

Prisões e torturas. Novos delírios comunistas.

Novas obras: Ponte Rio-Niterói, Rodovia Transamazônica, novos hospitais.

Trabalhadores passam a ter direito a aposentadoria.

Sucateamento dos serviços públicos, principalmente a saúde.

Epidemia de meningite.

Censura.
“Inimigos da democracia” em todos os cantos.

Movimento popular de saúde, lutando por uma saúde pública de qualidade.

Criação do SINPAS – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, que agregava todos
os órgãos de assistência médica do INAMPS, e os órgãos de aposentadoria e pensões do INPS.
A administração dos recursos do sistema financeiro passou a ser controlada pelo IAPAS.

Lula <3

Os trabalhadores começam a se organizar politicamente para tentar melhorar pela via política
a qualidade de vida e acabar com a miséria do povo.

IAPAS entra em falência, não dispondo mais de recursos financeiros para gerir o INAMPS, nem
aposentadorias e pensões do INPS.

O “governo” responde com aumento de contribuições (impostos).

Início do movimento pelas Eleições Diretas Já.

Fim da ditadura.

Governo atribui a falência da saúde à Previdência, que teria muitos gastos com aposentados
enquanto poucas pessoas trabalham para sustentar a saúde – uma falácia.

Os médicos privados que receberam altos investimentos da ditadura deixam o sistema do


INAMPS após se capitalizarem, deixando o povo desassistido.

1986: Na 8.ª Conferência Nacional de Saúde começam a fermentar as ideias de um sistema


único de saúde. Os movimentos sociais populares começam a pressionar a Assembleia
Constituinte por adicionar à Constituição em elaboração as propostas desse novo sistema.

Em 1988, com a CRFB, conquistamos o SUS, com os seguintes princípios:

a) Universalidade;
b) Integralidade;
c) Equidade;
d) Participação Social.

A saúde passa a ser um direito, e não um favor, com justiça social e garantia da participação
social. Foi garantida também a participação dos profissionais de saúde. Foi estabelecido
Conselhos e Conferências de saúde.

Impedimento de Collor.

A implantação efetiva do SUS ainda não engrena.

1994: Embratel lança o serviço de internet no Brasil.


Programa Saúde da Família. Atendimento domiciliar.

Abertura da Internet à exploração pelo setor privado.

FHC toma posse.

Tentativa de terceirizar o SUS. O setor privado receberia os hospitais públicos, com um


orçamento público. A proposta foi combatida.

Posse de Lula

Começa-se a discutir a reforma da Previdência.

2006: SUS consolidado no país.

SAMU implantado.

Você também pode gostar