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GRUPO RHEALEZA

TRADUÇÕES
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RHEALEZA TRADUÇÕES

06/2014
DIMITRI
SÉRIE HER RUSSIAN PROTECTOR #2
Roxie Rivera

Sinopse

Com medo de perder seu irmão para uma gangue de rua violenta, Hermanos,
Benny se volta para Dimitri, o completamente sexy russo que vive no
apartamento acima da padaria de sua família.
Ele é o único homem forte o suficiente para enfrentar Johnny e salvá-lo de uma
vida na prisão ou pior. Não há nada que Dimitri não faça por Benny, até
mesmo que isso signifique lidar com seu irmão encrenqueiro. Ele rapidamente
percebe que não é apenas Johnny e seus amigos bandidos que representam
uma ameaça.

Tradução: Perséfone
Revisão Inicial: Perséfone
Revisão Final: Lexi
Formatação: Perséfone e Afrodite
Disponibilização: Afrodite
Grupo Rhealeza Traduções
Capitulo 1

Com um grunhido alto, eu tentei arrastar o pesado saco de farinha da área de


descarregamento para a despensa. Eu já tinha movido seis deles e senti o pouco de energia que
restava em mim começar a acabar. Levantar às quatro horas e um dia inteiro correndo da
cozinha até o balcão da padaria estava fazendo efeito em mim.
Um calor irritante incomodou meus olhos quando o stress de tudo isso começou a
chegar. Estiquei o pescoço, na esperança de aliviar os músculos tensos, fechei os olhos
enquanto eu tentava uma respiração lenta e constante em meus pulmões. Ceder ao pânico da
minha situação catastrófica não ia me ajudar.

Meus ouvidos se animaram ao som de alguém vindo na entrada de empregados ao lado.


Finalmente!
— Johnny? — É você?

Houve uma longa pausa antes que meu irmão mais novo finalmente gritasse de volta para
mim.
— Sim.

Eu fiz uma careta e deixei o saco de farinha apoiado contra a minha perna.
— Você está com três horas de atraso. Eu precisava que me ajudasse a fechar hoje. —
Onde você estava?

— Ei, eu fico aqui, quando eu posso. - Ele apareceu na porta do almoxarifado com o olhar
briguento e fez uma careta para mim. — Saia do meu pé, Benny!
Mordi minha língua com a visão de seu jeans baggy e regata horrível. Seus tênis
estavam impecavelmente limpos e brilhantes, é claro. A tatuagem da gangue em seu pescoço
ainda me enfurecia. Quando ele chegou em casa alguns dias antes de sua formatura do ensino
médio com essa coisa feia estampada em sua pele, eu quase tive um acidente vascular cerebral.

—Olha, eu preciso de sua ajuda. O caminhão de abastecimento veio tarde hoje e eu tenho
que guardar tudo na despensa.

Ele não se moveu.


— Por que você não mandou Marco ou Adam fazer isso?

— Eu não posso pagar as horas extras, Johnny. Estamos mal cobrindo às despesas. - Eu
não estava dizendo qualquer coisa que ele já não soubesse. Nós tínhamos discutido nossas
dificuldades financeiras inúmeras vezes ao longo dos últimos meses, mas eu não acho que ele
deu muita atenção. Aparentemente, ele achava que eu iria resolver os problemas, como eu
sempre fiz.
Talvez você devesse pensar em vender para aquele cara da imobiliária. - Johnny
sugeriu e, finalmente, começou a me ajudar. Ele jogou o saco de farinha em seu ombro e
levou-o na despensa.

A lembrança do corretor empurrando um contrato de venda para mim nas últimas


semanas fez a minha mandíbula apertar. Valorizando, minha bunda!

— Nós não estamos vendendo, Johnny.

— Por que não? É um bom dinheiro, Benny.

— Dinheiro não é tudo, Johnny. Esta padaria não é apenas parte da história do bairro.
É a nossa história. Três gerações de nossa família trabalhou aqui. Nossos avós construíram esta
padaria com o seu sangue, suor e lágrimas. - Eu balancei minha cabeça. —Estamos em uma
fase difícil e nós vamos passar por isso. Nós não estamos vendendo.

— Isso é o que a senhora loja de fios e o cara da loja de móveis na rua, diziam antes de
ficarem inteligentes.
Johnny passou por mim para pegar um outro saco de farinha.

— Esse é o seu problema, nenê. Você não pensa grande. Você sabe o que poderíamos
fazer com esse dinheiro?

Revirei os olhos. Ultimamente, Johnny tinha todos esses grandes planos. O que lhe
faltava era focar e seguir. Era tão fácil de fazer esquemas e inventar, mas mais difícil era
colocar o trabalho necessário para torná-los um sucesso.
— Primeiro de tudo, pare de me chamar de nenê. E em segundo lugar, não haveria
muito dinheiro sobrando após a venda.

Ele franziu a testa enquanto levantava o saco pesado.

—O que você quer dizer? Eu vi o que o cara nos ofereceu. Isso é uma montanha de
dinheiro, Benny.
—Sim, é, mas como você acha que nós pagamos pela quimioterapia da avó e todas as
contas do hospital? Antes disso, ela havia hipotecado o prédio para poder pagar por problemas
de diabetes do vovô. Existem linhas de crédito e hipotecas.
Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço, com o stress tudo me deixava tensa.

— É complicado, Johnny.

Seus olhos se estreitaram acusando.

— Por que você a deixou pegar todos os empréstimos?


— Eu não, Johnny. Eu não sabia até que ela mostrou os livros para mim. Até o
momento, ela nos disse que ela estava doente, ela já tinha feito tudo pela sua cabeça.

— Mas a padaria faz um bom dinheiro.

— Não é tão simples assim. Os custos de material aumentaram. Tivemos que substituir
todos os fornos e os caixas. Perdemos um quarto da renda do nosso café da manhã e almoço
quando as demissões nas fábricas de gás começaram. - Eu não poderia nem mesmo mencionar
que tipo de queda livre o nosso negócio tomaria se os rumores de um Starbucks vindo para rua
fossem verdadeiros.
— Nossas taxas de seguros de saúde estão aumentando.

— Então, corte - ele sugeriu friamente. — Deixe-os pagar por suas próprias visitas ao
médico.

Eu olhei para ele.


— Você ouve a porcaria que sai da sua boca? Alguns de nossos funcionários estão com
a padaria desde o dia nossos avós abriram, Johnny!

Ele deu de ombros.

— Sim. Então? As pessoas devem pagar o seu próprio médico.

A frustração brotou dentro de mim. —Eu acho que eu deveria ter feito você pagar
todos os honorários de advogado na sua última prisão, hein? Quero dizer, você quer pagar o
seu próprio problema, certo?
Os olhos de Johnny estreitaram.
— Quantas vezes você vai jogar isso na minha cara?
— Oh, eu não sei, Johnny. Quantas vezes for preciso para você perceber o quanto
imbecil é você estar metido com toda essa besteira de gangues.

—Não é besteira, Benny. Minha equipe é a minha família.


—A sua família? - A raiva passou por mim. — Eu sou sua família, Johnny. Eu sou a única
que ama você do jeito que você é. Eu sou a única que esteve sempre com você desde que
éramos pequenos.
— Você não entende, Benny. Você nunca vai.

Eu não conseguia nem olhar para ele. Olhando para longe, eu disse entre dentes:

—Só termina de mover o material pesado, ok? Eu posso fazer todo o resto.
Ele começou a discutir comigo, mas manteve a boca fechada e voltou ao trabalho. Nós
não dissemos uma palavra enquanto mudamos as pilhas de material de cozimento de uma sala
para outra. Eu aprendi que discutir com ele apenas o empurrava para mais longe de mim. Não
havia nada que eu poderia dizer que já não tivesse sido dito.
Por algum motivo eu não conseguia entender, ele gostava de brincar de mano com o
Hermanos. Alguns dias eu tenho a sensação de que era tudo um grande jogo para ele. Só que
não era um jogo. Nem perto disso. Os Hermanos eram uma gangue de rua brutalmente
violenta que governava uma seção enorme de Houston. Eu me preocupava que Johnny logo
mudaria totalmente sua cabeça e, em seguida, o quê? Não havia uma curta distância da vida
que ele estupidamente tinha escolhido.

Seu celular tocou e ele deixou cair os baldes que carregava para atender. Um segundo
depois, uma buzina de carro começou a tocar no beco. Ele empurrou o telefone de volta no
bolso.
Eu tenho que ir, Benny.

— O quê? Não! Você tem que me ajudar a acabar com isso.

Como se forçado pela proximidade de sua gangue, ele retrucou:


— Eu não tenho que fazer nada para você, Benny.
Antes que eu pudesse responder, uma voz masculina dura rosnou:

— Não fale com sua irmã desse jeito!

Ambos os nossos olhares saltaram para a porta aberta na doca de carregamento e


beco. Dimitri Stepanov, inquilino de longa data de nossa família, estava lá. Alto, loiro e robusto,
ele estreitou seus olhos azuis gelados em Johnny.
— Você deve se desculpar com sua irmã.

— Foda-se, Dimitri. — Johnny apontou o dedo.

— Foda-se? - Dimitri deu um passo para dentro da sala nunca deixando seu olhar
inabalável desviar de Johnny. — Essas são palavras duras, Johnny. Você quer sair para o beco e
ver se você pode mantê-las?
—Não. - Mudei-me entre os dois homens e tentei diminuir a tensão latente. — Nós
não vamos ter uma briga de rua na minha padaria.

O olhar severo de Dimitri suavizou quando ele olhou para mim.


— Ele não deveria falar assim com você.
— Diga ao seu namorado que é melhor ele não se meter no meu negócio - Johnny
avisou.

Meu rosto ficou quente com a menção de Dimitri ser meu namorado. Como se um
homem como Dimitri daria uma menina baixa de quadris largos como eu um segundo olhar!

— Quando você desrespeita Benny assim, você faz ser da minha conta.
—Estou prestes a chutar o seu rabo se metendo comigo, Dimitri.
— Johnny! — Eu esbravejei com ele. — O que está errado com você?

—O que há de errado comigo? - Ele se aproximou e enfiou o dedo no meu rosto. — O que há
de errado com você? Por que você está sempre do lado dele em vez do meu?

—O quê? Johnny, não é ...

Ele ergueu as mãos.

—Eu não preciso dessa merda. Estou fora daqui.

— Johnny!

Eu o persegui, mas ele correu para fora pela porta dos fundos e desapareceu.
Momentos depois, ouvi o grito de pneus. Ombros arredondados com a derrota, eu olhava para
a porta vazia.
Eu sinto muito, Benny. Eu não deveria ter me envolvido. - Dimitri falou suavemente, suas
palavras coloridas por sua luz e sotaque russo. —Eu não queria piorar as coisas.

Eu girei para encará-lo e dei de ombros.

— Johnny estava com vontade de brigar. Você simplesmente deu-lhe um destino.

Dimitri fechou a distância entre nós. Seu aroma familiar em volta de mim e me deixou
ansiando por seu toque. Elevando-se sobre mim, ele se atreveu a tocar meu rosto. A sensação
de seus dedos ásperos movendo-se sobre a minha pele fez a minha barriga dar cambalhotas
selvagens.
—Eu sinto muito por te chatear.

Eu sorri e agarrei seu pulso.

—Você não me chateou. Estou bem.

Sua mão caiu do meu rosto. Instantaneamente, eu perdi o calor do seu toque.

—Deixe-me ajudá-la a guardar tudo isso.

Eu balancei minha cabeça.


— Não, Dimitri, este não é o seu trabalho. Você não é meu empregado.

—Não, eu sou seu amigo e eu não me importo.


Depois de cinco anos de amizade, eu reconheci que discutir não valia a pena.

— Obrigado.

Ele acenou e agarrou os sacos mais próximos de açúcar. Como se seus quilos de peso fossem
nada, ele levantou em seus ombros.
—Você deveria ter me dito que tinha uma entrega chegando hoje. Eu teria voltado para casa
mais cedo para ajudá-la.

— Eu já lhe pedi para me ajudar com o encanamento quando as pias estavam vazando na
semana passada. - Segui-o até a despensa com duas caixas de chuviscos e açúcar colorido. —
Eu me sinto como se eu estivesse tirando vantagem de você.

Dimitri bufou com diversão e deixou cair os sacos de açúcar no lugar.


— Você pode se aproveitar de mim a hora que quiser, Benny.

Eu estava feliz por estar de costas. Seu duplo sentido me fez corar de vergonha. Eu poderia
dizer que ele estava apenas brincando comigo, mas eu não podia evitar, mas me pergunto se
minha paixão por ele era tão óbvia. Claramente, Johnny tinha percebido. Ele fez essa
observação mais cedo, porque ele sabia que ia me machucar. Sabendo que seria um amor
fraterno…

Com uma risada nervosa, eu me virei e bati direto no peito de Dimitri. Ele agarrou meus
ombros para me firmar. O cheiro dele entrou nos meus pulmões. O calor do corpo suave
irradiava dele em ondas, espalhando em cima de mim e me enchendo com essa necessidade e
saudade. Anos negando minha atração para o mortalmente sexy russo foram finalmente
começando a cobrar seu preço.
Cuidado, Benny - ele murmurou.

— Sinto muito.

Quando suas mãos caíram dos meus ombros, elas escorregaram nos meus braços. A
sensação de seus dedos deslizando sobre a minha pele me deixou momentaneamente
atordoada. Eu tentei não deixar minha mente ir para o lugar sujo que queria visitar.

Ele se afastou de mim e olhou ao redor do armazém abarrotado.

— Está em uma ordem maior do que o habitual.

Finalmente despertando, eu disse:

— É para Tasting Houston, coisa que Lena me convenceu a fazer.


Algumas semanas antes, uma velha amiga da faculdade, Lena Cruz, tinha voltado em
minha vida. Por coincidência estranha, uma de suas amigas estava namorando um dos amigos
de Dimitri. Atualmente, ela trabalhava em uma das empresas de relações públicas de Houston
e se ofereceu para me fazer um grande favor em me ajudar a angariar os negócios.

— No sábado, certo?
Eu balancei a cabeça.

— Ela acha que vai ser uma boa maneira de construir a nossa marca. Eu não estou tão
certa sobre marketing e publicidade, mas ela parece realmente saber das coisas.
Eu não acrescentei que eu estava desesperada para seu plano de marketing funcionar.
Precisávamos aumentar nossa base de clientes e crescer o nosso fluxo de receita se a padaria
tinha alguma esperança de sobreviver a este momento difícil.

Lá no fundo, eu temia que nada funcionaria. Jonas Krause, o corretor imobiliário que
queria meu prédio não era o tipo de homem que gostava da palavra não. Eu tinha conseguido
afastá-lo por alguns meses, mas eu estava começando a me preocupar que ele iria aumentar a
pressão sobre mim. Eu ouvi algumas histórias duvidosas de meus vizinhos sobre as táticas que
ele tinha usado para forçar a venda.
Procurando a minha prancheta e lista de verificação, eu percebi que eu tinha deixado
no meu escritório.
— Volto já. Eu preciso pegar minha lista. Marco supervisionou a entrega, mas seus
olhos não são o que costumavam ser. Às vezes ele erra nas contas.

Ele balançou a cabeça e eu passei por ele, cuidando para não bater em seus braços ou
no peito. Toda vez que eu fiz um contato acidental, se tornou mais difícil para mim ignorar o
calor latejante na parte baixa da minha barriga.

Era estúpida, realmente, a minha paixão por Dimitri. Ao longo dos anos, eu tive a
infelicidade de ver algumas das gatas com quem ele saía. Nada parecido com uma pequena
latina um pouco acima do peso, cheia de curvas, auto- consciente fazendo uma comparação
mental de mim com as belezas que eu tinha visto no braço de Dimitri.
Todos os pensamentos de minha paixão perversa sobre Dimitri sumiram no momento
em que entrei no meu escritório. O malote do banco na minha mesa estava de cabeça para
baixo e os papéis sob ele haviam sido mexidos. Uma das minhas gavetas, aquela onde eu
guardava os contratos e documentos importantes, estava entreaberta. Mesmo antes de eu
agarrar o malote e abrir o zíper, eu sabia o que iria encontrar.
Meu estômago doeu como se eu tivesse levado um soco, quando eu contei e recontei
o caixa do dia. Trezentos dólares estavam faltando e eu sabia exatamente quem havia pegado.
Na hora, eu não tinha dado atenção ao fato de Johnny chegando na entrada lateral em vez da
porta do beco. Agora, é claro, eu entendi por que ele tinha vindo para a padaria assim.
Inundada de sentimentos feios, eu caí em minha cadeira no escritório. Sua traição me
deixou tremendo de raiva e tão profundamente triste. Que diabos havia de errado com ele? O
conhecimento que eu não conhecia o meu irmão me atingiu duramente.

Mas foi a percepção de que eu falhei com ele e quebrei a minha promessa feita a
minha avó em seu leito de morte que fez meu estômago revirar tão dolorosamente.

Como o estouro de uma barragem, uma enxurrada de estresse explodiu dentro de


mim. Com a minha cabeça enterrada em minhas mãos, eu comecei a chorar. Muito, feio,
soluços altos rasgaram através de mim até que eu estava engasgada com eles.

— Benny?

Encontrar Benny soluçando em suas mãos, causou um aperto tão doloroso no peito de
Dimitri. Ele cruzou a distância entre eles em alguns passos rápidos e se agachou na frente dela.
Lágrimas corriam pelo seu rosto e pingaram sobre sua camisa.

— Eu sinto muito. - Suas bochechas estavam coradas de vergonha. — Eu estou sendo


estúpida.

— Não - ele sussurrou baixinho. Havia uma caixa de lenços na mesa ele pegou. — Você
não está sendo estúpida. - Sempre muito gentil, ele enxugou o seu rosto. — O que há de
errado?

Tremendo os lábios, ela apontou para o saco de depósito bancário e as pilhas de


dinheiro sobre a mesa. Ele deu uma olhada e percebeu. Jurando, ele prometeu arrebentar
aquele pequeno bastardo na próxima vez que se cruzassem.
— Quanto? - Dimitri exigiu.
Trezentos - disse ela e fungou ruidosamente. — Eu não posso acreditar que ele iria
roubar de mim.

Dimitri podia. Mesmo que Benny soubesse que Johnny se metia em encrencas, ela não
tinha ideia da extensão do seu comportamento criminoso. Ela não sabia porque Dimitri vinha
protegendo ela da feiura. Ela tinha passado por tanta coisa nos últimos anos. Ele não podia
suportar ver seu coração quebrado ainda mais, pelo merdinha inútil do irmão.
— Dimitri?

— Sim? - Ele lutou contra a vontade de segurar seu belo rosto e beijar a tristeza dela.
—Por que você acha que ele precisa de dinheiro? - Ela lambeu os lábios
nervosamente, atraindo o olhar para os seus lábios rosados. — Drogas? Pior?

— Eu não sei - ele mentiu. — Poderia ser qualquer coisa. Talvez seja algo estúpido
como a compra de álcool ou jogos de azar.

Ela sustentou o olhar.

— Eu não penso assim. Acho que é algo muito mais sério.


Ele não podia confirmar as suas suspeitas. Três centenas de dólares seriam suficientes
para comprar uma arma sem marca e uma caixa de munição de um dos traficantes
clandestinos que trabalhavam na área. Se Johnny acha que ele precisa de uma arma para se
defender, isso significava que Benny não está segura. Seu intestino torceu com a ideia de
Benny ser ferida por escolhas estúpidas do irmão.
—Ouça - disse ele e esfregou as mãos sobre suas coxas. — Por que você não vem até o
meu apartamento? Deixe-me preparar o jantar. E fico de olho em você…

— Oh, Dimitri, você não precisa se oferecer para me fazer o jantar. Eu vou ficar bem.

—Eu quero fazer o jantar. - Ele não acrescentou que ele queria muito mais do que
jantar com ela.

Por mais de um ano, ele tinha sido secretamente apaixonado por Benny. A mudança de
amizade a paixão tinha vindo sobre ele tão lentamente; ele ainda não tinha totalmente
compreendido como ele se sentia em relação a ela até o dia em que sua avó morreu.

Tomada pela dor, Benny havia corrido para seus braços e ele a segurou em seu colo
enquanto ela chorava. Segura-la parecia a coisa mais natural do mundo, ele não queria deixála
ir. Ele estava sobrecarregado com a percepção de que ele a amava.

Mas ele não tinha sido corajoso o suficiente para dizer isso. Nem tinha encontrado a
coragem de fazê-lo em qualquer dia desde então. As poucas vezes em que ele se aproximou
convidando Benny para sair, jantar ou tomar uma bebida, ele tinha perdido a coragem. Ele
estava bem ciente dos enormes encargos que ela tinha sobre os ombros e ele gostava que ela
se sentisse confortável para vir -lhe pedir ajuda. A ideia de que fazer a sua declaração poderia
perturbar o equilíbrio de sua amizade e empurrá-la para longe dele, impediu Dimitri de tomar
a iniciativa.
Passando as mãos sobre os joelhos vestidos de jeans, ele disse:
— Vamos abrir uma garrafa de vinho e você pode relaxar enquanto eu cozinho algo
delicioso. E vamos conversar. Nós vamos descobrir uma maneira de lidar com Johnny e sua
bagunça. Ok?

Algo brilhou em seus olhos escuros. Interesse, talvez? Ele não se atreveu a ter
esperança de mais nada.

Com um sorriso, ela aquiesceu.

—Tudo bem.

— Maravilhoso. - Ele se levantou e fez um gesto para a mesa. — Você conta o


dinheiro. Vou ver a lista e fechar a parte de trás.

Ela entregou-lhe as chaves. Seus dedos brevemente se tocaram e o calor escaldante fez
o seu intestino apertar. Ele não podia ajudar, mas imaginou como seria a sensação de ter suas
suaves mãos pequenas, tocando em outras partes dele.

Dando um passo para trás, ele disse:


— Venha me encontrar quando estiver pronta.

—Eu vou.
Ele rapidamente se retirou do escritório e voltou para a despensa. Lista na mão, ele
verificou e checou os suprimentos entregues antes de trancar e desligar as luzes. Ouviu-a
entrar na sala de volta da padaria e esperou por ela para encontrá-lo. O cheiro doce dela, os
toques suaves de grãos de baunilha e canela, envoltos nela e aumentou a sua consciência da
presença dela. Demorou cada grama de seu controle para não levantar sua mão e puxá-la em
direção a ele na escuridão.

Sua voz suave rolou sobre ele.

— Eu estou pronta.

Deus, como ele desejava que fosse verdade.


Capítulo 2

Uma hora e meia mais tarde, eu afundei no canto confortável do sofá de Dimitri e
enrolei meus pés descalços para cima da almofada. Ele insistiu para que eu tirasse meus
sapatos no segundo que cheguei na porta. Depois de estar em meus pés doloridos durante
todo o dia, foi um pedido que eu estava feliz por aceitar.
Eu só tinha estado em seu apartamento algumas de vezes desde que ele assinou o seu
primeiro contrato de aluguel, há cinco anos, mas cada vez que vinha, notava algo diferente.
Esta noite foi a exibição de fotos que ele tinha colocado na parede. Algumas delas eram de seu
tempo no exército russo e uma de sua unidade das Forças Especiais. A boina marrom chamou
minha atenção. Eu nunca tinha perguntado a ele sobre seu tempo de trabalho na unidade de
elite, mas um pouco de pesquisa no Google tinha me mostrado que tipo de perigos que ele
enfrentou e sobreviveu durante os vários encontros com os terroristas e as guerras que
tiveram lugar durante o tempo de serviço.
Vi rostos familiares nas fotos de seu tempo aqui em Houston. Ivan, Yuri e Nikolai, seus
amigos de infância da Rússia, eram a maioria deles. Os homens todos compartilhavam as
mesmas disposições. Eles eram os tipos de homens que você via apenas uma vez e nunca
esquecia.

Meu olhar se demorou em um clipping de notícias enquadrado. Dois anos atrás, o


jornal tinha feito uma série de reportagens sobre empresas de sucesso lideradas por
imigrantes. Minha avó tinha sido entrevistada em uma dessas semanas. Empresa de segurança
privada de Dimitri tinha sido apresentado na semana seguinte. Usando sua experiência no
exército e um pouco de investimento, astuto, Dimitri tinha fundado uma empresa de pequeno
porte que selecionava e treinava seguranças noturnos da cidade. Alguns deles também
treinavam na elite academia de artes mistas marciais de Ivan.
Com todo o dinheiro que ele tinha, eu sempre quis saber por que diabos ele ficou aqui
neste apartamento. Mesmo com as melhorias que ele tinha feito no espaço, os pisos e azulejos
lindos, ainda era um apartamento sem quintal e com muito pouca privacidade.

Dimitri terminou de carregar a sua máquina de lavar louça e se juntou a mim na sala
de estar. Ele tentou derramar mais vinho no meu copo, mas eu coloquei minha mão sobre o
copo.

— Eu não deveria.

— Você deveria. - Ele empurrou os dedos de lado e jogou mais do escuro, vinho rico
em meu copo. — É a sua segunda taça. Aproveite. Relaxe.

Era a parte relaxante que me preocupava mais. Estar em sua casa, sentada à sua mesa
e comendo o delicioso jantar que ele cozinhou para mim tinha sido mais maravilhoso do que
eu imaginava. Sua oferta amigável tinha me dado um vislumbre do que eu ansiava por tanto
tempo. Eu tentei ignorar a pontada de saudade crescendo mais e mais pesado no meu peito.
Porque você não pode me ver?
Dimitri se estabeleceu na outra extremidade do sofá e virou para que ele pudesse
olhar para mim. Com um pé apoiado no joelho, ele parecia tão à vontade.

— Vamos falar sobre o negócio.

Tomei um gole de vinho e fiz uma careta com a ideia de abrir aquela caixa de pesadelos
fiscais de Pandora. — Não vamos.

— Não - ele disse com firmeza. — Você precisa falar sobre isso. Posso ver que ele está
comendo você. Estou aterrorizado que você vai ter um ataque cardíaco ou acidente vascular
cerebral do stress de tudo isso. — Ele cutucou meu pé descalço com a ponta da bota.
—Fale.

Como eu poderia negar-lhe alguma coisa?

Com um suspiro, eu disse:


— Eu estou lutando para sobreviver. - Porque isso não era bem a verdade e eu odiava
esconder algo dele, eu esclareci minha declaração. — Na verdade, eu estou basicamente
segurando tudo junto com chicletes e fita adesiva. É... ruim. - Meu instinto azedou quando eu
admiti: — Eu não tenho um salário em dez meses e eu me retirei das aulas na semana passada
porque eu não posso me dar ao luxo de continuar agora. Eu queria terminar a minha
licenciatura, mas não é viável no momento.
Dimitri soltou um som chocado.

— Há dez meses, Benny? Como diabos você está sobrevivendo?

—Eu tinha algum dinheiro deixado por mamãe e o pagamento do seguro de vida do
meu pai. Está acabando, então eu tenho que fazer alguns cortes drásticos no meu orçamento
de casa.

— Por que você não me contou? Eu teria emprestado o dinheiro!

Eu me contorci, desconfortável.

— Eu não quero seu dinheiro, Dimitri. Isso tornaria as coisas estranhas. Sem dinheiro
entre amigos, certo?

Seus olhos azuis pareciam escurecer. Eu poderia dizer que ele queria dizer alguma
coisa, mas ele mordeu a língua. Em vez disso, ele perguntou:

—Você pode se recuperar?

Eu balancei a cabeça.

—Vai ser doloroso, mas sim.


—Como?

Corri meus dedos sobre a borda do copo de vinho.


— Eu vou vender a casa.
Ele ficou rígido.

Sua casa? Mas onde você vai viver?

— Eu não tenho certeza. Eu provavelmente vou tentar arranjar um apartamento mais


perto daqui. - Tentando me fazer sentir melhor sobre a perda da casa em que eu cresci, eu
disse: — Johnny e eu não precisamos de tanto espaço. Nós nunca estamos lá por isso não
conseguimos aproveitar o grande quintal ou a piscina. O mercado está muito quente no nosso
bairro. Nós possuímos a casa, então eu espero que nós possamos ter o suficiente com a venda
para liquidar as dívidas de negócios.
Dimitri bebeu o resto de seu vinho e reservou seu copo.

—Você deveria mudar para cá.

No começo eu não o entendia. O vinho deixou meus pensamentos um pouco confusos.


Então eu entendi.

—Você está saindo? Quando? - Minha voz subiu mais e mais quando eu falei, mas eu
tinha que saber. —Por quê?

Ele olhou para mim tão intensamente que os cabelos finos em meus braços e a parte
de trás do meu pescoço estava no limite.
— Está na hora. Este lugar foi sempre suposto ser uma transição para mim, mas eu fico
bem aqui.

— Isso não é uma coisa boa? - Eu não podia acreditar o quão patética eu soou.

— Claro - respondeu Dimitri suavemente. — Mas a bagunça lá embaixo me provou


que está na hora de eu ir embora.

— Eu não entendo.
— Eu não deveria ter me envolvido com você e Johnny esta noite. Toda vez que eu
faço, ele fica desagradável com você. Tento ajudá-lo, mas eu só estou fazendo as coisas piores.

— Isso não é verdade. Eu sei que você tem tido com Johnny alguns atritos ruins. - Ele
começou a protestar, mas eu balancei minha cabeça. — Eu ouço coisas, Dimitri. Eu sei que
você colocou o seu na reta por ele uma ou duas vezes. Eu não... Eu não sei o que eu faria se eu
não o tiver aqui.

— Mesmo que eu não esteja vivendo aqui, eu sempre vou estar aqui para você e
Johnny.

Era um pequeno conforto, mas não alivia a dor do meu coração.

— Eu me preocupo que Johnny vai entrar no verdadeiro problema um dia desses.

Dimitri exalou lentamente.

—Tornar-se um homem não é uma coisa fácil, Benny. Alguns homens acham mais fácil
do que outros. Se Johnny quer bancar o adulto, deixe-o lidar com as consequências.
A ideia de Johnny se machucar dói a minha barriga.
— Eu não sei se eu posso.
Você tem que cortar o cordão umbilical. Ele fez um gesto do tipo tesoura. — Você
tem o suficiente no seu prato sem se preocupar com Johnny também. Deus, Benny, você
merece ter uma vida própria.

Eu bufei baixinho. — Uma vida? Eu nem me lembro o que isso é. — Sob efeito do vinho, eu
confessei: — Eu não tenho um encontro em quase dois anos. Inferno, eu nem me lembro da
última vez que fui beijada ou tive relações sexuais.
No segundo que minha confissão embaraçosa escapou dos meus lábios, eu queria
morrer. Deixei o meu olhar para o meu colo e desejei que um buraco se abrisse e me engolisse.
Prendi a respiração quando Dimitri se moveu. Rezei para que ele não dissesse algo
banal ou fazer uma piada estranha para aliviar a minha gafe desconfortável. Quando seus
dedos se fecharam ao redor do meu copo de vinho, eu deixei ele levá-lo embora. A mensagem
era muito clara. Ele estava me ignorando.

Mas, então, ele fez a coisa mais chocante. Ele deslizou tão perto que nossas coxas se
tocaram. Aquelas mãos grandes e fortes seguraram meu rosto e me forçaram a encontrar seu
olhar. Eu senti como se faltasse ar nos meus pulmões enquanto olhávamos um para o outro.

— Nós acabaremos com isso.

Eu pisquei.
—O quê?
Seu polegar fez círculos preguiçosos na minha pele.

— Acabamos de ter um encontro.

Sentindo-me um pouco tonta, perguntei:

— Será que nós?


Seus lábios tremeram com diversão.
— Nós tivemos.

E então ele me beijou.


Prendi a respiração enquanto seus lábios se moviam contra o meu, um beijo tão suave
e doce que me surpreendeu. Fogos de artifício explodiram imaginários em torno de mim
quando Dimitri aprofundou o beijo, a ousadia de rolar a sua língua contra os meus lábios e me
persuadir a deixá-lo entrar. Agarrei em seus braços enquanto ele saqueou minha boca, me
beijando como nenhum outro homem jamais tinha. Eu me derreti em seu abraço quente e
rezei para que o momento nunca acabasse.
Quando isso aconteceu, senti um tremor de constrangimento, quando a realidade do
que ele tinha feito me atingiu. Eu não conseguia encontrar seu olhar.

— Você não tem que fazer isso.


— Fazer o quê? - ele perguntou baixinho e passou os dedos através das extremidades
do meu rabo de cavalo.

Com meu rosto em chamas, eu disse:


Eu não preciso de seus beijos piedosos, Dimitri.

Ele segurou meu queixo e levantou meu olhar. Fiquei surpresa com a frustração escrita
tão claramente em seu rosto bonito.

— É isso que você acha? Que eu tenho pena?

Eu fiquei boquiaberta.

— Eu não sei. Quero dizer…, olhe você. Você é, tipo, tão longe do meu alcance.

— Jura? - Ele resmungou com desgosto. — Jesus Cristo, Benny, é que o que você acha?
Que eu não te acho atraente?

— Eu …

Ele me cortou com outro beijo, este punitivo e exigente. Engoli em seco quando ele me
agarrou pela cintura e me arrastou para o seu colo. A maneira como ele tão facilmente me
agarrou apertando a minha barriga. Suas mãos na curva das minhas costas quase descendo em
minha bunda.
Eu respirei tremendo quando ele apertou minha bunda. De repente, meu jeans
pareceu incrivelmente fino.
— Dimitri...
—Silêncio - ele sussurrou e me beijou novamente. — Você sabe o que eu vejo quando
eu olho para você?
Sentindo-me totalmente fora de mim, completamente fora de forma, eu
simplesmente balancei a cabeça.

— Eu vejo os mais bonitos olhos castanhos e os lábios mais tentadores. - Ele esfregou
nossos narizes juntos. — Se você soubesse quantas noites eu sonhei em ter seus lábios suaves
e inchados em volta do meu pênis.
Meus olhos se arregalaram com a sua admissão franca. Tonta com surpresa e desejo,
eu não podia acreditar que isso estava acontecendo. Eu estou sonhando?

A mão de Dimitri deixou minha bunda e deslizou para minha frente. Ele apalpou meu
peito através do algodão fino da minha camiseta da padaria. — Eu fantasiei sobre vê-la nua.
Imaginando o que seria lamber e beijar seus seios enquanto você está presa debaixo de mim
na minha cama. - Sua outra mão desceu para o meu traseiro apertando um pouco. — Algumas
noites eu acariciava meu pau e imaginava que era a sua apertada vagina molhada me
apertando. E essa sua bunda pulando no meu colo enquanto você me montava e descia no
meu pênis.
Ofegando agora, comecei a tremer. Correntes de sangue quente correndo através de
mim. Isso estava realmente acontecendo? Meu cínico interior gritou que tudo isso era algum
tipo de brincadeira colossal, mas o olhar faminto nos olhos azul-claros de Dimitri me garantiu
que ele estava falando sério. Ele me queria!

A mão de Dimitri mudou-se para a parte de trás da minha cabeça e ele me puxou para
baixo para outro de seus beijos loucamente sensuais. Meus dedos dos pés curvados contra o
sofá enquanto sua língua se lançou em minha boca. Ele mordiscou meu lábio inferior.
— Você vai ficar comigo esta noite.

Engoli em seco.

—Eu vou?
Ele me lançou um sorriso diabolicamente sexy.
—Sim.

De repente, eu me tornei consciente de mim mesma ao extremo. Massa, bandejas de


gelo, pasteis fritos, correndo da cozinha quente para a frente lotada, tudo era trabalho duro e
suado. Sentindo-me menos do que sexy, eu perguntei, nervosa:

— Eu poderia talvez, um... tomar um banho primeiro?


Ele riu e me beijou novamente.

—Só se eu puder acompanhá-la.

— Oh! - Mordi meu lábio inferior. A ideia de Dimitri me ver completamente nua sob as
luzes brilhantes de seu banheiro me deixou mais nervosa.
— Bem...
— Isso não foi um pedido. - Ele me deslocou de seu colo, mas segurou minha mão na
sua. Eu tenho a sensação de que ele temia que eu fosse correr para a porta, se ele deixasse. Ele
provavelmente estava certo. Mesmo que eu tenha fantasiado de passar uma noite com Dimitri,
eu teria coragem de fugir à realidade de que isso aconteça.
Sem dizer nada, ele me puxou junto atrás dele. Ele me arrastou para a porta da frente
e trancou, antes de me puxar para o outro lado da sala, para o quarto na parte de trás do
apartamento. Eu ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Eu tinha certeza
de que a qualquer momento eu seria acordada e me encontraria caída sobre a minha mesa de
trabalho, desmaiada de exaustão de dias de vinte horas de trabalho por meses a fio.
Mas era real. Isto estava realmente acontecendo.
Eu estava tremendo no momento em que cheguei ao banheiro. Eu não tinha visto o
interior do espaço desde que ele se mudou para o apartamento. Eu sabia que ele tinha
reformado o lugar, Vovó deixou ele ter uma pausa no aluguel enquanto fazia as melhorias, mas
eu não tinha ideia de como ficou bom. O box de vidro azul suave no chuveiro fez o pequeno
espaço parecer muito maior. Ele trocou a torneira e armários para algo mais elegante e mais
moderno.

Depois que ele ligou e ajustou a temperatura da água, Dimitri me encarou. Por um
longo momento, nós simplesmente olhamos um para o outro. Ele tirou as botas e suas meias.
Quando seus dedos começaram a folhear os botões que revestem a frente de sua camisa cinza
aço, um arrepio de excitação percorreu-me. Meus olhos se arregalaram com apreço que ele
tirou a peça de roupa.

Incrivelmente tonificados, seus músculos magros ondulavam quando ele se moveu. Ele
pegou o meu olhar sobre ele, observando cada delicioso centímetro do peito que era
ridiculamente sexy. Velhas feridas de guerra e cicatrizes espalhadas em sua pele. Compreendi
então por que ele nunca falou de seu tempo no exército russo. Eu duvidava que as lembranças
eram muito boas.
Quando ele se virou para deixar sua camisa no cesto contra a parede, avistei a tatuagem que
cobria a maior parte de suas costas. Era bonita, com rajadas fortes de cor e pesadas linhas
escuras. Ao contrário das imagens de prisão óbvias que eu tinha visto nas mãos de Ivan, a
tatuagem nas costas de Dimitri mostravam muita habilidade e arte.
— A Phoenix? - Eu perguntei, surpreendida pelo animal místico que ele tinha
escolhido.

Ele arqueou um sorriso divertido.

— Por que é que isso te surpreende?


— Eu não sei. Acho que eu esperava que se você tivesse tatuagens que seriam mais... -
Eu procurei pela palavra certa. — Primitivas. Tribal.

—Eu fiz essa quando saí do serviço e vim para cá. - Ele apontou para as costas. —
Parecia uma boa representação da mudança que eu estava fazendo. Aqui. Neste país. Eu
poderia ser qualquer coisa que eu quisesse. Eu estava começando de novo a partir das cinzas
de minha antiga vida.

Seu raciocínio ressoou em mim. Como a neta de imigrantes, eu entendi a sua história e
como ele estava relacionado. Desde o meu nascimento, os meus avós tinham infiltrado em
minha cabeça como eu tinha sorte de ter nascido aqui, em um lugar onde tudo era possível
com trabalho duro e dedicação.
— Eu entendo, Dimitri.

— Eu sabia que você iria. - Ele começou a desatar o cinto e meu coração começou a
disparar. O whomp - whomp - whomp de sangue correndo por meus tímpanos, acompanhado
minha descoberta de que Dimitri preferia boxers. Eu tinha certeza de que iria mantê-las, mas
ele escorregou para fora delas, sem um momento de hesitação.

Fiz tudo que eu podia fazer para impedir minha mandíbula de cair no chão. Seu pênis
era magnífico, se projetava adiante dos bem aparados cachos e apontavam diretamente para
mim. Se eu tinha alguma dúvida sobre sua atração por mim foi embora naquele instante. Não
havia como fingir com essa resposta.

Dimitri deu um passo em minha direção e eu um para traz. Seu sorriso ficou um pouco
brincalhão e ele continuou a avançar sobre mim. Com uma mão, ele fechou a porta e me
apoiou contra ela. Presa entre o corpo duro de Dimitri e a madeira dura nas minhas costas, eu
não tinha escolha a não ser me render a sua boca e os movimentos de suas mãos. A cabeça
avermelhada de seu pênis grosso esfregou contra a minha barriga e fez a minha mente correr
com pensamentos sujos.

Meu cérebro começou a falhar quando as palmas das mãos ásperas deslizaram sob
minha camiseta para acariciar a minha pele nua. Calor inundou o meu núcleo. Apertei minhas
coxas juntas para facilitar o pulsar lá. Anos me privando, como quando minha avó lutou e
perdeu a batalha contra o câncer, meu irmão saiu do controle e os negócios despencaram,
estavam cobrando um preço em mim. Meu corpo tinha aprendido a ser deixado de lado e
acabou com a minha libido.
Mas as mãos fortes de Dimitri movendo-se sobre a minha pele despertaram as brasas
do meu desejo. Quando seus lábios tocaram meu pescoço, as chamas da necessidade
deflagraram a vida dentro de mim. Minha pele queimava sob seu toque e eu arqueei para ele,
acolhendo os lampejos de emoção que ele evocava com a boca e as mãos.
Agachado na minha frente, estávamos quase olho no olho. Fiquei apenas uma
polegada mais baixa que ele. Ele sorriu maliciosamente antes de me beijar. Tenho certeza que
ele estava pensando o quão estranho devíamos parecer agora.

Quando ele pegou a parte inferior da minha camisa, eu levantei meus braços e deixei
que ele arrastasse para cima e sobre minha cabeça. Estando lá com meu sutiã à mostra para
ele, eu estava grata que eu ter colocado uma calcinha bonita hoje. A estampa roxa brilhante
com bolinhas brancas era mais divertida do que sexy, mas pelo menos eu não estava com sutiã
esportivo super. confortáveis e calcinha grande que muitas vezes eu colocava enquanto estava
meio adormecida pela manhã.
Dimitri puxou minha calça para baixo de meus quadris. Agradeci minhas estrelas da
sorte que eu tive tempo de me depilar durante o meu banho de manhã. Eu teria morrido se
mãos de Dimitri tivessem encontrado pelos quando ele passou as mão para cima e para baixo
em minhas pernas curtas.

Engoli em seco quando Dimitri atingido minhas costas para soltar meu sutiã. Ele
cuidadosamente tirou-os para longe do meu peito e meus braços. Eu comecei a colocar a mão
sobre meus seios nus, mas ele me parou.
— Não - ele sussurrou. — Eu quero ver você. - Ele roçou os lábios sobre o meu mamilo.
— Toda você.

Engoli em seco quando a língua dele traçou lentamente o mamilo escuro. Ele me
chupou suavemente, puxando meu mamilo entre os lábios quentes e lambendo com a língua.
Minhas mãos voaram para seus ombros enquanto ele me atormentava com a boca. Com meu
estomago girando violentamente, eu agarrei seus braços e segurei. Como se disso dependesse
a minha vida.

Suas mãos se moveram para os meus quadris e ele empurrou minha calcinha pelas
minhas coxas. Saí delas e apertei os joelhos juntos. Inundada com ansiedade, eu tentei não
focar em meus complexos, mas era tão difícil. Ele gentilmente acariciou meus quadris e pernas
nuas como se acariciando uma criatura arisca.

— Eu gostaria que você pudesse ver como você é linda para mim.
Olhei em seus olhos claros e percebi que ele estava falando sério. Ele não estava
tentando ser gentil ou lisonjeiro para algum motivo. Ocorreu- me que ele não via todas as
pequenas coisas que me deixava louca sobre o meu corpo. Ele me viu, o meu verdadeiro eu.
E ele achava que eu era linda.

Seus lábios soltaram de minha clavícula.

— Felizmente, eu tenho a noite inteira para lhe mostrar.


Eu tremia como o peso que suas palavras causavam em mim. Isso ia ser uma noite que
eu nunca iria esquecer.
Dimitri estava duro o suficiente para bater em concreto quando ele conduziu Benny
para o chuveiro. O desejo de levantá-la, envolver as pernas pequenas em torno de sua cintura
e afundar em sua carne quente ameaçava seu controle. De alguma forma ele encontrou forças
para manter os instintos mais primitivos presos. Ela merecia algo suave e fácil, ser seduzida e
ter um prazer real. Ele queria vê-la se desfazer e se entregar à paixão em seu interior e isso era
uma coisa que levava tempo.

Ele ainda não podia acreditar que a noite se desdobrou desta forma. Quando ele a
convidou para ir até seu apartamento para o jantar, ele realmente só queria mantê-la segura e
ajudá-la a descarregar alguns dos encargos que pesam tanto em seus ombros. Ele pensou que
talvez ele finalmente iria ter a coragem de beijá-la, se surgisse o momento certo. Nem em seus
sonhos mais selvagens que ele imaginou que ela iria presenteá-lo com a oportunidade perfeita
para fazer isso.
Ele tinha visto o constrangimento em seu rosto no momento em que ela admitiu
quanto tempo fazia desde que ela tivera um amante. Naquele momento, ele tinha reconhecido
a sua chance e apoderou-se dela. Ouvi-la dizer que ela não estava a sua altura, tinha doído
profundamente. Ele sentiu que ela precisaria de tranquilidade hoje. Antes desta noite acabar,
ele iria ter certeza de livra-la dessas noções tolas.

Pisando sob o jato quente, Dimitri deixou o jato de água batendo sobre ele. Benny
ficou perto da porta de vidro e acabou com seu rabo de cavalo em um coque bagunçado. Um
segundo depois ele estendeu a mão para ela. Ela veio por vontade própria e correu para os
seus braços, pressionando seu rosto contra o peito. Suas pálpebras se fecharam quando ele
saboreou a sensação de seu corpo pequeno e macio.
A excitação e emoção deu a pele marrom sedosa uma coloração rosa. Com os cabelos
escuros e olhos escuros, Benny parecia sua mãe hispânica mais do que o pai de olhos verdes
cabelos loiros. Johnny, por outro lado, parecia mais com o seu falecido pai. Dimitri muitas
vezes se perguntou se era por isso que ele tinha se jogado na gangue Hermanos. O garoto
estava compensando e tentando provar que ele era apenas como um Latino, se não mais, do
que os outros meninos.

Não querendo deixar os pensamentos desse desgraçado estragar a sua noite, Dimitri
empurrou-os de lado e concentrou-se apenas em Benny. Ele ensaboou as palmas das mãos e
levou o seu tempo passando suas mãos ao longo de suas curvas. Sua pele nua era tão bom sob
seus dedos. Ele não podia esperar para chegar em sua cama para que ele pudesse fazer mais
do que apenas acariciá-la.
As respirações de Benny se aprofundaram e seus olhos pareciam escurecer. Ele
capturou sua boca e cuidadosamente apoiou-a contra o azulejo. Ela gemeu quando suas mãos
se moviam ao longo da encosta suave de sua barriga para o “v” entre suas coxas. Quase
instantaneamente, sentiu-se tensa. Ele quebrou o beijo e olhou para baixo em seus olhos
castanhos. Não havia dúvida o brilho de pânico lá. Não movendo a mão, ele perguntou:
— Você quer parar?

Ela engoliu em seco.

— Não.

Ele esfregou o nariz com o dela.

— Mas você está com medo de continuar?

— Sim. Sua resposta sussurrou fantasmas contra seu ouvido.

Compreendendo sua mentalidade, ele decidiu que talvez fosse a hora de assumir um
papel mais dominante com ela. Até que ela estivesse mais confortável pedindo as coisas que
ela queria ou se render à paixão desabrochando dentro dela, Benny precisaria dele para guiála.

— Vamos jogar um jogo.


Ela piscou com surpresa.
—O quê?
— Um jogo - disse ele e beijou-a com ternura. Sentia um pouco da tensão deixá-la
enquanto ele gentilmente acariciou sua barriga e roçou os lábios nos dela.

Seus olhos se estreitaram com suspeita.


—Que tipo de jogo?

Sorrindo, ele disse:

— Um tipo de jogo que você vai desfrutar muito. - Ele traçou o mamilo com um dedo e
sabão, persuadindo pela raiz escura para um pico duro. — Para o resto da noite, eu estou
tirando o seu direito de dizer não.

Ela engasgou com indignação, mas ele rapidamente a emboscou com um beijo. Ele
esfaqueou a sua língua contra a dela. Ela tinha gosto de vinho e uma ligeira doçura das frutas
que ele tinha servido com a sobremesa. Espalmando seu peito, ele beliscou seu mamilo,
beliscando-o apenas o suficiente para fazê-la gemer.

Quando ela estava flexível e pronta para ouvir, ele explicou:

— Eu vou te perguntar como você se sente quando eu estou tocando em você, ou te


beijando ou fazendo amor com você. Você pode dizer vermelho, verde ou amarelo e eu vou
ajustar em conformidade.

Ele observou as emoções em conflito jogar fora em seu rosto. Para uma mulher que
sempre tinha que estar no controle, isso não seria fácil para ela. Ele esperava que ela batesse o
pé e se recusasse, mas ela o surpreendeu, levantando o queixo e balançando a cabeça. Um
pouco sem fôlego agora, ela disse simplesmente:
— Verde.

Um sorriso puxou os cantos de sua boca. Ele deixou sua mão deslizar ao longo de seu
quadril e para baixo de sua parte traseira. Ela tinha a bunda mais doce, o tipo de carne macia,
suave que implorava para ser espremida e golpeada. A imagem dela pulando em seu colo, dele
apertando seu traseiro para guiá-la para cima e para baixo sobre o seu eixo, fez as bolas de
Dimitri doerem.

Logo, ele prometeu a si mesmo. Mas agora? Isso era tudo sobre Benny e suas
necessidades.

Segurando seu olhar, ele deixou sua mão deslizar mais baixo. Ele forçou suas coxas e
tocou seu monte. Ela inalou uma respiração afiada como ele arrastou as pontas dos dedos para
cima e para baixo na sua vagina. Querendo que ela ficasse quase no clímax, ele continuou a
provocá-la.
— Ainda estamos verde?
— S, sim - ela gaguejou, sua respiração vindo mais rápido agora. — Nós estamos
muito, muito verde. O verde mais brilhante que já vi, acrescentou, com uma risadinha.

Dimitri riu em sua jovialidade e deu-lhe exatamente o que ela queria. Ele separou suas
dobras e expôs seu clitóris. A carne inchada respondeu ao seu dedo e deixou Benny
estremecendo. As mãos dela grudaram contra o azulejo quando elas voaram de volta para a
parede e procurava desesperadamente por apoio. Ele baixou a testa na dela, sua respiração se
misturando, e, lentamente, circulou seu clitóris.

Ele assistiu com espanto quando sua expressão mudou. Observando os pequenos
detalhes, ele estudou enquanto ela chegou ao clímax, seu grito estrangulado ecoando no box
de azulejos. Ele memorizou o caminho do pescoço corado e os lábios entreabertos. Ele
observou a maneira como seu corpo ficou rígido e sua respiração tornou-se quase em pânico
pouco antes de ela gozar.

A visão e o som de seu clímax aguçou seu apetite por mais dela. Ele queria vê-la gozar
novamente e novamente. E ele queria fazer isso agora.
Capítulo Três

Eu ainda não tinha recuperado a minha capacidade de respirar normalmente quando


Dimitri desligou a água e me ajudou a sair do chuveiro. Pingando no tapete de banho, recebi o
calor da toalha dele ao meu redor. Eu tentei não deixar a ansiedade invadir minha barriga, mas
o orgasmo incrivelmente rápido, que ele tinha acabado de me dar no chuveiro poderia ser
maçante autoconsciência.

Eu acho que Dimitri sentiu isso também. Ele colocou uma toalha na cintura antes de
voltar para mim. Eu não podia acreditar que ele queria me ajudar a secar, mas eu não estava a
ponto de dizer não a ter s0uas grandes mãos se movendo por todo o meu corpo novamente.
Seu toque acalmou meus nervos.

Quando eu estava seca, ele pegou minha mão e me levou para seu quarto. Minha boca
ficou seca enquanto eu olhava para sua cama. O orgasmo que ele tinha extraído de mim no
chuveiro tinha sido mais quente do que qualquer outro que eu já tinha conseguido dar a mim
mesmo. Gozar não era fácil para mim. No fundo da minha mente, eu reconheci que era uma
questão de poder. É difícil relaxar e aproveitar o momento quando você está constantemente
insegura em um encontro sexual.
Voltando no chuveiro, eu tinha sido forçada a relaxar pela força da presença
dominante de Dimitri e a minha incapacidade de dizer não. A ideia de que ele estava
simplesmente indo pegar o que ele queria de mim me fez tão molhada. Eu não conseguia
entender. Eu comecei a me perguntar se talvez eu fosse uma dessas garotas. Eu tinha lido
sobre elas em alguns dos meus livros mas eu nunca tinha considerado que eu precisava ou
queria entregar o controle a um homem.

Ou talvez, fosse simplesmente que eu queria entregar o controle para Dimitri. Talvez
ele era a razão dessa experiência me fazer sentir tão diferente e tão emocionante.

Ele deu um passo tão perto que a ponta do seu pênis roçou a parte inferior das minhas
costas. Meu clitóris pulsava impiedosamente com o calor de seu corpo enrolado em mim.
Fechei os olhos quando ele habilmente soltou o elástico que prendia o meu cabelo. Ele passou
os dedos pelas minhas ondas escuras, as unhas arranhando levemente contra o meu couro
cabeludo fazendo minha pele formigar.

Suas mãos se moveram para os meus ombros tensos. Eu sabia que ele sentiu isso,
porque seus dedos diminuíram instantaneamente o seu ligeiro aperto. Sentindo-me
constrangida, eu sussurrei:

—Eu sinto muito, Dimitri. Não é você. Realmente. Sou eu. Estou tão ...

— Shh. - Seu hálito quente atravessou meu ouvido. Ele encheu de beijos leves ao
longo do meu pescoço, causando arrepios na minha pele. — Eu entendo. Vou ajudá-la a
relaxar.
— Como?

Ele se afastou de mim e puxou as cobertas para a direita fora de sua cama. Eles
acabaram em uma pilha no canto.

— Deite na minha cama, Benny. - Sua voz era baixa e rouca. — De costas.

Tremendo agora, eu fiz o que ele disse. Engoli em seco e o observei desaparecer no seu
armário. Ouvi uma gaveta abrir e fechar. Quando ele voltou, ele tinha estranhas tiras pretas
em suas mãos. Minha barriga fazia uma dança selvagem. Restrições?

Dimitri colocou um joelho na cama.


— Estou assumindo pelo olhar em seu rosto que você sabe o que são.

Engoli em seco.

— Sim.

—Você já usou?

— Não, mas eu li sobre isso.


Ele riu.
— Lembre-me de procurar nas suas estantes a próxima vez que eu estiver na sua casa.

Eu ouvi o som da abertura do gancho e do laço como ele colocou um dos punhos sobre
as tiras de retenção. Sentindo-me realmente incerta agora, eu comecei a protestar.

— Dimitri, eu não acho que … Ele

bateu os dentes e balançou o dedo.

— Vermelho, verde ou amarelo?

Eu fiz uma careta de aborrecimento, mas sabia que ele não se deixaria influenciar.
Finalmente, eu disse:
—Amarelo.
— Boa menina. Aparentemente satisfeito que eu segui as instruções dele, Dimitri
deixou sua mão flutuar ao longo da minha panturrilha até o meu joelho antes de dobrar para
trás. — Você gosta de ler histórias onde as mulheres são restringidas pelos seus amantes, mas
você não tem certeza que você quer experimentá-las na vida real.

Ele acertou em cheio em uma tentativa.

— Basicamente.
— Sabe o que eu acho?

— Não, mas eu tenho certeza que você vai me dizer.


Ele deu em minha coxa um beliscão brincalhão.

— Fique feliz que eu não estou com pressa Benny. Caso contrário, eu poderia ter que
colocá-la em meu colo.
Mesmo que eu soubesse que ele estava brincando, minha barriga vibrou. A ideia de
ser espancado por um amante parecia tão erótica e impertinente.

— Eu acho que você precisa aprender a deixar ir e relaxar. Sua mente está
constantemente a correr. - Ele abaixou a boca até que ele tocou no meu joelho e, em seguida,
minha coxa. Meus dedos dos pés enrolaram no colchão e eu prendi a respiração.

— Hoje à noite, você está aqui para sentir. Apenas sinta - acrescentou. — Você pode
fazer isso?

—Não - eu respondi honestamente. — Você sabe que eu não posso.


— E é por isso que eu estou indo conter você.

Ele se arrastou em cima de mim, o plantando um joelhos em cada lado das minhas
coxas, brincou com sua boca sobre a minha. Meus seios roçavam o peito duro e seu pau duro
cutucou meu umbigo. Eu experimentei um tremor de pânico ao ser presa sob sua estrutura
enorme, mas ele beijou o medo fora de mim, lembrando-me quem era o chefe esta noite.
—Eu vou prender suas pernas e braços para que você não possa virar ou ficar longe de
mim quando as sensações se tornarem irresistíveis. Eu quero que você sinta todas, Benny. Eu
quero ver a paixão trancada dentro de você se libertar. - Ele arrastou as pontas dos dedos ao
longo da minha bochecha. — Eu quero ver você gritando e se contorcendo e implorando por
misericórdia quando eu enterrar meu rosto entre suas pernas e quando eu te foder.
Choques elétricos correram ao longo de minha pele quando ele descreveu o que ele ia
fazer comigo. Ele deveria ter me assustado, mas a ideia de Dimitri arrebatadora me deixou
ofegante e pulsando com a necessidade. Eu queria. Eu queria ele.

Entendendo que ele queria a minha permissão, eu levantei meus lábios nos dele. Ele
me beijou sempre muito gentil e eu sussurrei:
—Eu confio em você.

Seus olhos se arregalaram um pouco.

— Eu nunca vou trair essa confiança, Benita.


Ao ouvi-lo usar meu nome real fez a declaração tão poderosa. Eu entendi que ele não
estava apenas falando aqui em sua cama.

Prendi a respiração quando Dimitri segurou meus pulsos em uma de suas grandes
mãos e o arrastou para cima e sobre a cabeça. Ele habilmente envolveu as restrições elásticas
em torno de meus pulsos e prendeu -os para nas ripas de madeira da cabeceira da cama.
Incapaz de controlar a mim mesma, eu dei um puxão experimental. Embora as algemas
estivessem apertadas, elas não doeram, mas não havia nenhuma maneira de eu fugir delas.

— Oh!
Eu tremia e tentei virar meus quadris enquanto Dimitri passou os dedos na parte
inferior dos meus braços. A sensação de cócegas me fez rir. Por mais que tentasse, não
conseguia afastar-me dele. Suas fortes pernas apertadas em torno de meus quadris e as
restrições de ligação nos meus pulsos em cima tornou impossível.
Minha barriga mergulhou quando ele deslizou seus lábios sobre o meio dos meus
seios, fazendo cócegas em seu caminho pelo meu corpo. Ajoelhado entre as minhas coxas,
Dimitri agarrou meu tornozelo esquerdo e envolveu o punho em torno dele. Ele fez o mesmo
com o tornozelo direito e, em seguida, fez um rápido trabalho de proteger as pontas soltas das
restrições na cabeceira da cama.
Com meus pés no ar, eu me senti totalmente vulnerável e tão incrivelmente exposta.
Não havia muita folga nas restrições prendendo meus tornozelos e eu tensa.

—Não - Dimitri instruiu suavemente. — Não fique tensa, Benny. Deixe as tiras fazer o
trabalho. - Ele massageou minhas coxas e panturrilhas. — Relaxe seus músculos.
Fechei os olhos me concentrei na sensação de seus dedos fortes massageando minhas
pernas. Pouco a pouco, deixei a tensão deixar meu corpo. Assim como ele havia prometido, as
restrições fizeram todo o trabalho.

— Qual é a nossa cor, Benny?


Lambi meus lábios e olhei para ele. Ele esperou pacientemente por minha resposta.
Sem dúvida em minha mente, eu sabia que se eu dissesse vermelho, ele tiraria as restrições.

Mas eu não quero que ele faça isso. Eu queria ficar amarrada na sua cama e
completamente à sua mercê. Eu queria que ele me mostrasse todas as coisas que ele havia
prometido. Eu queria saber qual era a sensação de ser fodida em sua submissão e tremer com
prazer.

— Verde.
— Você pode mudar de ideia a qualquer momento. - Sua mão varreu da minha barriga
para os meus seios e para baixo novamente. Sua boca se curvou em um sorriso travesso. —
Mas espero que não.
Eu ainda estava rindo quando ele se inclinou para me beijar. Nesse momento,
enquanto seus lábios selaram com os meus, eu me entreguei totalmente. No fundo da minha
mente, eu não conseguia afastar o temor de que este era apenas um caso de uma noite. Se
fosse, eu tinha a clara intenção de tirar o máximo de proveito dele. Eu queria sair do
apartamento de Dimitri sem arrependimentos.
Um suspiro de prazer escapou dos meus lábios quando Dimitri mordiscou e beijou seu
caminho pelo meu corpo. Ele passou um tempo atormentando meus seios, prendendo meus
mamilos entre os lábios e os dentes passando sobre eles levemente. Eu tremia e arqueei em
seu assalto sensual.

No momento em que ele terminou com os meus seios, eles sentiram tão pesados que
doía. Meus mamilos estavam apertados em pequenos pontos que pareciam botões. Sua boca
fez uma trilha lenta na minha barriga. Ele beijou meu umbigo e em cada lado do meu quadril
antes de deslizar para baixo da cama.

Mordi o lábio inferior quando seus ombros largos entraram entre minhas coxas
abertas. Meu rosto ardeu de vergonha, enquanto ele olhava para a parte mais íntima de mim.
Seus grossos, longos dedos cuidadosamente separam minhas dobras. Ele emoldurou meu
clitóris latejante entre dois dedos e roçou os lábios em toda ele em uma provocação. Eu deixei
minha cabeça cair para o colchão e tentei me lembrar de como respirar.
— Você gosta de ser lambida?

Sua pergunta contundente me surpreendeu. Ainda mais envergonhada, admiti:

—Eu nunca recebi sexo oral.


Ele levantou a cabeça e nossos olhares se chocaram. Franzindo a testa, ele perguntou:
— Mas você fez?

Eu balancei a cabeça.

—Claro.

Seus lábios se estabeleceram em uma linha sombria.


— Esse tipo de besteira egoísta não acontece na minha cama.

Antes que eu pudesse descobrir como responder a isso, a boca de Dimitri caiu para o
meu clitóris. Eu assobiei com surpresa enquanto seus lábios macios e quentes engolfou o feixe
pulsante de nervos. Ele pegou um ritmo vagaroso, lambendo um lado da pérola rosa e depois o
outro. A sensação perversa de sua língua movendo-se sobre mim lá, fez que todos os nervos do
meu corpo formigassem.
Muito lentamente, ele mudou de tática. Sua língua girava em volta do meu clitóris
algumas vezes antes de ele chupa-lo entre os lábios e puxar a pequena protuberância. Gritei
com o prazer agudo. Meus quadris se levantaram instintivamente, apertando minha vagina
quente contra sua boca.
Com um gemido faminto, Dimitri deslizou ambas as mãos debaixo da minha bunda e
apertou. Ele festejava a minha vagina. Eu não conseguia pensar e fiquei sem ar quando ele
atacou o meu clitóris com a língua hábil. Meus dedos apertaram em punhos cerrados e as
minhas coxas com o estremecimento percorreu o meu núcleo. A qualquer momento…

— Dimitri! — Eu gritei o nome dele quando o clímax me bateu. Balançando em cima da


cama, eu gemia quando as ondas caíram em cima de mim de novo e de novo. A língua de
Dimitri manteve seu ritmo perfeito, me lambendo apenas da maneira certa e de repente, eu
vim de novo. — Ahh!
Ele atacou o meu clitóris e forçou outro orgasmo antes que eu pudesse relaxar. Eu cai
contra o colchão, meu corpo mole e minha cabeça zumbindo como os hormônios pós orgasmo
saturando minha corrente sanguínea.
Mas Dimitri não tinha terminado comigo ainda.

Seus dedos ágeis exploraram minha vagina.


— Tão fodidamente linda! - ele murmurou com espanto. —Você é tão rosa e
molhada. - Sua língua me invadiu. —Eu não me canso de você.

— Oh! - Eu gemi quando ele me penetrou, primeiro com um dedo e depois dois. Meu
néctar liso aliviou os dedos empurrando. Eu quase saltei para fora da cama quando ele
encontrou a carne esponjosa ao longo de minha parede interna e esfregou-a. Apenas as
restrições me mantiveram no lugar.
Ele riu ameaçadoramente.
— Eu acho que nós encontramos algo novo para brincar, Benny.

— Oh, não - eu implorei. — Oh Deus, eu não posso, Dimitri. Nada mais.

— Eu vou decidir quando você teve o suficiente.


E então sua boca voltou para o meu clitóris. Os dedos dentro de mim bombeado meu
ponto G, enquanto a língua dele circulou e tremulou sobre o broto inchado. Eu gritei com a
agonia requintada quando seu tormento me agarrou. Meu orgasmo socou o ar para fora de
meus pulmões e me deixou sem fôlego, ofegante e desesperada por misericórdia.
Afetados pelo poder dele, eu estremeci em cima da cama e apenas vagamente percebi
que Dimitri tinha deslizado para fora da cama. Quando ele voltou, eu consegui me concentrar
em seu rosto ridiculamente bonito. Rolou um preservativo em seu pênis impressionante e
deslizou entre as minhas coxas entreabertas.

Ele estava tão duro que nem sequer tem que guiar-se dentro de mim. No segundo que
nossos corpos estavam alinhados, ele empurrou para a frente, embainhando seu pênis
profundamente dentro do meu liso, canal quente. Eu soluçava com a invasão repentina de seu
enorme pênis. Esticada e preenchida, levou um momento para me acostumar à sensação de
Dimitri enterrado dentro de mim.
Como se tivéssemos todo o tempo do mundo, ele me levou com golpes profundos. Eu
queria desesperadamente tocá-lo. Minha mente no limite, eu finalmente pronunciei a única
palavra que eu conseguia lembrar.

—Vermelho.

Dimitri endureceu e parou instantaneamente. Preocupação estampada em suas


feições.
— Você está bem? Machuquei você?

—Não. - Eu balancei minha cabeça. — Eu quero tocar em você. Deixe-me solta.

Seu rosto relaxou.


— Ainda não - ele murmurou e colocou-se em mim novamente.

Eu gritei enquanto seus quadris bateram mais e mais rápido. Suas mãos percorriam
meu corpo nu. Ele beliscou, brincou e amassou minhas curvas até que eu estava praticamente
chorando de desejo. Minha excitação chegou a um passo de febre quando ele segurou meus
tornozelos e me fodeu mais e mais rápido do que eu já experimentei. A cama balançou abaixo
de nós e os nossos corpos juntos, o barulho abafado de pele contra pele competindo com
nossas respirações irregulares.

Como um maestro tocando seu violino, Dimitri se abaixou e esfregou meu clitóris com
o polegar. A estimulação rápida me enviou cambaleando em outro clímax, este tão forte que
eu pensei que com certeza eu iria morrer.

Eu não tinha sequer descido das alturas do êxtase quando ouvi o click das algemas se
abrindo. Dimitri caiu para a frente contra mim, nossos corpos fazendo contato total, e selou
seus lábios nos meus. Seus beijos apaixonados fez meus dedos curvarem. Envolvendo as
minhas pernas ao redor de sua cintura, eu pressionei meu rosto para o dele e segurei firme
enquanto ele dirigia em mim com força, seu pênis longo, duro acariciando todos os lugares
certos.

— Benny! - Ele gemeu meu nome, sua voz aflita e rouca quando ele chegou ao clímax.
Tremendo em meus braços, ele empurrou contra mim, derramando sua semente na bainha de
látex cobrindo-o. Eu o segurei apertado, nunca querendo deixar ir o meu grande e sexy russo e
desejei que o momento nunca acabasse.

Sentindo-se relaxado, mas ainda tentando recuperar o fôlego, Dimitri levantou suas
mãos e olhou para baixo no lindo rosto de Benny. Ele capturou sua boca em um beijo de amor.
Suas línguas dançavam como ele enredou os dedos em seu cabelo. Ele não podia ter o
suficiente de seu doce beicinho.

Fazer amor com ela tinha sido ainda melhor do que suas fantasias. Agora ele só tinha
que descobrir uma maneira de convencê-la de que as coisas entre eles poderia funcionar. Mais
do que tudo, ele temia que ela iria se afastar dele e pensar em um milhão de razões pelas quais
eles não podiam ficar juntos. Ela era uma jovem que havia perdido todos os membros da sua
família, mas seu irmão, ele estava rapidamente desaparecendo de sua vida, também. Dimitri
notou o jeito que ela ergueu paredes em torno de si mesma para não se machucar.

Mas não iria funcionar com ele. Mesmo que ele tivesse que fazer isso, tijolo por tijolo,
ele derrubaria essas paredes com as próprias mãos, antes que ele deixe-a afastá-lo.

Relutantemente, ele se separou dela. Ela gemeu e ele temia que ele a tivesse
machucado com suas ásperas, estocadas rápidas no final. Quando ela se aconchegou a ele, ele
percebeu que não era o desconforto físico que doía, mas emocional. Em vez de cuidar das
necessidades, ele rolou de costas e arrastou-a em seus braços.
Ele acariciou a pele macia de suas costas e roçou os lábios contra sua testa.

— Você foi incrível, Benny.

Ela suspirou e se aconchegou um pouco mais perto.


— Você foi incrível. Eu não tinha ideia de que poderia ser assim.

Ele começou a dizer-lhe que seria sempre assim, mas decidiu que ele estava indo muito
depressa. Ele só tinha apenas conseguido persuadi-la em sua cama. Embosca-la com a
admissão de que ele estava ansiando por ela por tanto tempo foi obrigado a fazer coisas...
desconfortáveis.
Ao invés de deixar a sua noite se tornar estranha, Dimitri apertou-a suavemente sobre
suas costas e examinou lhe os pulsos. Eles estavam um pouco vermelhos porque ela torceu e
puxou com tanta força quando ela gozou.

— está doendo?

— Não.

— Seus tornozelos? - Sentou-se para inspecioná-los em seguida.

—Tudo bem.

— Considerando sua estrutura pequena - ele disse — eu vou pegar algumas algemas
forradas para a próxima vez.

Ele percebeu seu erro no momento em que ele proferiu em voz alta o seu pensamento.
Ela olhou para ele com um misto de admiração e de incerteza em seu rosto. Ele achava que era
um sinal positivo que ela não tinha imediatamente se recusado a considerar uma próxima vez.
Talvez ela não seria tão avessa a transformar a amizade em algo mais profundo e mais íntimo.

Dimitri beijou o peito e em seguida, seu quadril.

— Eu já volto. Não se mova.

Com um suspiro cansado, mas feliz, ela virou de barriga e estendeu seus membros. Ele
ficou ao lado da cama e contou com a visão de seu corpo nu em sua cama. A realidade era mil
vezes melhor do que os sonhos sujos que ele tinha desfrutado durante o último ano.

Precisando sentir Benny pressionado contra ele, ele correu no banheiro. Quando
voltou, ela não se moveu. Ele pensou que talvez ela tivesse adormecido, mas ela levantou a
cabeça e deslumbrou-o com um sonolento, sorriso satisfeito. Deus, o que ele não faria para vê-
la sorrir assim todos os dias!

Puxando na primeira gaveta de sua mesa de cabeceira, pegou outra camisinha e jogoua
sobre o travesseiro. Pouco tempo, ele iria precisar dela. Ele deslizou de volta para a cama com
Benny e tirou os sedosos fios de seu cabelo comprido para descobrir seu pescoço. Ela
choramingou como um gatinho quando sua boca deslizou sobre sua pele. Ele pontilhou beijos
ao longo da curva de seu pescoço e sobre os ombros.

— Dimitri?

— Sim, querida?
— Você sempre tem sexo dessa forma?

Ele podia ouvir a ansiedade batendo em sua voz e procurou tranquilizá-la.

— Não, eu não preciso de escravidão para encontrar satisfação. Eu gosto de vez em


quando, mas eu não preciso ter a minha mulher amarrada o tempo todo. - Ele encheu de
beijos por sua espinha. —Por quê? Será que você não gosta?
—Eu gostei - admitiu ela em voz baixa. — Eu acho que talvez fosse exagero fazer o
tempo todo.

— Então nós só vamos fazer isso todas as vezes.

— Dimitri! —

Ele sorriu e beliscou seu traseiro gordo. Ela engasgou e tentou se esquivar dele, mas
ele segurou o braço sobre suas costas para mantê-la exatamente onde ele a queria. Já seu
pênis começou a crescer forte. Ele sempre foi bastante rápido para se recuperar entre as séries
de fazer amor, mas isso era algo para ele registrar. Era tudo por causa de Benny, é claro.
Dimitri se deslocou até que ele estava meio envolto em toda ela. Sua mão se moveu entre
suas coxas e forçou-as a abrir. Ela suspirou e meneou seu traseiro em forma de coração,
enquanto seus dedos exploraram suas profundezas.

Ofegante, ela perguntou:

—De novo? Tão cedo?

Deslizando entre as coxas, ele pegou a camisinha que ele jogou em cima da cama mais cedo e,
em seguida, agarrou seus quadris. Ele arrastou Benny sobre seus joelhos e deixou os lábios
dançar ao longo de sua parte inferior das costas.
— Eu finalmente tenho você na minha cama. Pretendo aproveitar cada momento
disso.
Uma vez protegido, ele cutucou suas coxas e foi para casa. Sua apertada, vagina molhada
agarrou-o como um punho. Ele inalou lentamente e tentou não perder o controle cedo demais,
mas ela o fez sentir bem pra caralho. Tomando um ritmo medido, ele viu seu pênis deslizando
dentro e fora dela. A visão fez seu intestino apertar e seu coração disparar.

— Você é tão sexy, porra. - Ele rosnou as palavras.


Benny fez um som de choramingar e olhou para ele. Os olhos escuros de desejo e os lábios
entreabertos, ela apresentou o quadro mais erótico. Ele fechou a mão em seu cabelo e agarrou
um punhado. Com um leve puxão, ele levantou a cabeça um pouco mais alto e baixou a boca
para seu pescoço. Ele deu-lhe uma pequena mordida, apenas o suficiente para fazê-la suspirar,
antes de sugar duro no local que ele tinha beliscado.
Ainda segurando o cabelo dela, ele se endireitou e começou a levá-la mais e mais rápido. Ele
encontrou um ritmo que fez Benny gemer. Ela agarrou os lençóis e balançou para trás para
satisfazer seus impulsos poderosos. Ele sentiu que ela estava à beira de perder o controle e
selvagem. Ela mostrou-lhe tanta paixão esta noite, mas ele sabia que não estava mais
escondido dentro dela, apenas esperando para ser solto.

Incapaz de se conter, ele plantou seu pé contra a parte externa de seu joelho. Ele não
queria nada mais do que trabalhar seu traseiro redondo com a palma da mão aberta, mas se
conteve. Ela deixou contê-la, mas surra pode ser um passo longe demais, fora de sua zona de
conforto.
Empurrando mais profundo agora, ele bateu nela. A mudança de ângulo de
penetração a fez gritar. O som de seu nome sair de seus lábios inchados por seus beijos o
deixou louco.
— Dimitri! Oh! Oh!

Querendo gozar e desesperado para sentir a sua ordenha, ele se inclinou para frente e deixou
sua mão seguir um caminho até ao local onde seus corpos se uniram. Seus dedos encontraram
o mel liso escorrendo dela. Ela chupou em uma respiração afiada quando ele localizou seu
clitóris. A pequena protuberância pulsante respondeu docemente a seus movimentos
circulares rápidos.

— Dimitri! Eu ..., ah!

— Vem - ele insistiu, ainda batendo nela. — Vem no meu pênis, Benny. Venha para
mim.

Como uma alma penada, ela gritou quando seu clímax chegou. As fortes ondas de ela mandou
de volta contra ele. As contrações esvoaçantes de sua vagina o fez gemer. Não havia como
segurar agora. Batidas profundas, ele agarrou seus quadris e segurou firme quando todos os
músculos do seu corpo enrijeceram. Ele estremeceu contra ela e arrastou um suspiro longo e
alto em seus pulmões.

Quando ambos se acalmaram, ele cuidadosamente se afastou dela e correu para o banheiro.
Ele saiu para encontrá-la esperando perto da porta. Olhando um pouco atordoada, ela sorriu
para ele antes de passar por ele. Enquanto ela cuidava das necessidades, ele se dirigiu para a
sala de estar para desligar todas as luzes e verificar novamente a porta.

De volta a seu quarto, ele ouviu o farfalhar de roupas vindo do banheiro. Ele nem sequer
bateu antes de abrir a porta. Com uma perna em sua calça jeans, ela olhou para ele, surpresa.

— Hum... você já ouviu falar de bater?

Franzindo a testa, ele ignorou a pergunta.


— O que você está fazendo?

— Vestindo.

—Sim, eu posso ver isso. Porquê?


Ela parecia nervosa e mexia com o elástico preso entre os dedos.
— Porque nós acabamos.

Suas sobrancelhas arqueadas.

— Acabamos?
— Um...

Com um aceno de cabeça, ele agarrou suas roupas da bancada e apontou para sua calça jeans.

— Tire isso.
— Mas...

— Agora, Benny.

Ela não discutiu com ele e os entregou. Seu olhar caiu para a calcinha. Com um bufo de
irritação, ela tirou e colocou na mão a espera.
Pisando de lado, ele fez um gesto com um movimento de cabeça em direção ao seu
quarto.

— Agora deite na minha cama.

— Dimitri, é tarde. Tenho que trabalhar na parte da manhã.

— Exatamente - ele disse e deu um passo na direção dela. — Quanto mais cedo você ir
para cama, mais cedo você vai descansar um pouco.

Seus narizes estavam a apenas centímetros de distância quando ela olhou para ele.

— Você quer que eu fique aqui? Durante toda a noite?

—Sim. - Ele roçou sua boca na dela, mas não deu o beijo que ela queria. Erguendo-se na ponta
dos pés, ela deu um pequeno grunhido de insatisfação quanto ele negou a ela. Ele tinha um
bom motivo, porém, segurou-lhe o queixo. — Por que você quer sair, Benny?
Olhando assim totalmente vulnerável, ela finalmente admitiu:

—Eu não quero que você se sinta obrigado a deixar-me ficar.


— Obrigado? - Ele percebeu que ia levar mais de uma noite de amor para convencê-la de que
ela era tudo que ele queria. Capturando sua boca em um beijo punitivo, Dimitri a apertou
contra seu peito e enfiou os dedos pelos cabelos. Ele devorou sua boca, apunhalando a língua
entre os lábios e saboreando-a até que ela caiu contra ele em sinal de rendição completa. —
Será que isso parece com obrigação?
—Não - ela respondeu com uma voz trêmula.

— Eu quero que você fique a noite. Eu quero acordar com você. - Ele passou a ponta do dedo
ao longo de sua mandíbula. — O que você quer, Benny?
Sua resposta veio rapidamente.
— Ficar com você.
Ele estendeu a mão.

— Então fique comigo.

Ela agarrou sua mão e o deixou levá-la de volta para sua cama. Uma vez que todas as luzes
estavam apagadas e ele definiu um alarme para ela, ele deitou ao lado de Benny e arrastou-a
em seus braços. Ela mexeu até que ela estava confortável e finalmente acabou com a cabeça
em seu peito.

Lembrando-se do jeito que ela tentou fugir como um pequeno coelho, ele entortou uma perna
sobre a dela. Ele acariciou a pele macia de suas costas e acalmou-a para dormir. Com as horas
que trabalhou e do jeito que ele tinha a amado em sua cama, Benny dormiu rapidamente.

Descontraído e completa, ele gostava da sensação dela em seus braços, mas sua mente se
recusou a se acalmar. Depois de uma infância passada em um dos mais severos orfanatos da
Rússia e uma carreira militar em que viu alguns das piores coisas que a humanidade tinha a
oferecer, Dimitri tinha aprendido a esperar para ter certeza que as coisas estavam indo bem.
Ele finalmente teve Benny exatamente onde ele queria que ela estivesse, mas o negócio com o
Johnny era preocupante. Dimitri estava disposto a fazer qualquer coisa para fazer Benny feliz,
mas deixar Johnny arrastá-la para baixo? Não era para acontecer.

Dimitri deu um beijo carinhoso na testa e, silenciosamente, jurou que faria o que fosse
necessário para mantê-la segura.

Capítulo 4

Eu acordei com o lamento irritante de um despertador. Resmungando, eu estendi a mão para


bater, mas em vez de bater na madeira fria da minha mesa de cabeceira, bati em uma pele
quente. Um grunhido rouco ecoou na escuridão. O flash de pânico que tomou conta da minha
barriga diminuiu quando as memórias da noite passada vieram à tona.

Dimitri.
Percebendo que eu tinha acabado de bater nele, eu me desculpei.

— Sinto muito.

Ele disse algo em russo que eu não entendi, mas ele não parecia chateado. Eu descobri
que o alarme estava atrás de mim e rolou para atingi-lo. Um momento depois, Dimitri
pressionou contra minhas costas. Os braços fortes me envolveram e a barba áspera em sua
bochecha raspou minha pele. Um arrepio de excitação me abalou.
Eu ainda não conseguia acreditar que a noite passada tinha acontecido. Após a esmagadora
noite com Dimitri que esperei por tanto tempo, parecia algo saído de um sonho. Mas as
grandes mãos deslizando sobre minha pele nua definitivamente não eram um sonho. Elas eram
muito reais e me tentando a nunca deixar sua cama.

— Dimitri - eu disse baixinho. — Eu tenho que me levantar.

— Ainda é cedo. Ele apalpou meu peito e passou o polegar sobre meu mamilo. Seus
lábios se moveram para o meu pescoço e eu não podia esmagar o suspiro de felicidade que me
escapou. —Fique um pouco mais.

— Eu tenho que ligar os fornos e a montar as caixas. - Mesmo eu dando desculpas, eu


sabia que ele ia ganhar.

— Vamos, Marco pode lidar com isso!

— Esta é uma das suas manhãs de diálise. E tudo sobra para mim. Meus clientes não
vão esperar pelo café da manhã.
Dimitri me chocou por me virar em minhas costas e reivindicar a minha boca em um
beijo sensual. Eu podia ouvir o sorriso em sua voz quando ele disse:

— Então, é melhor ser rápido.

Eu perdi a vontade de protestar no momento em que sua boca buscou e achou a


minha na escuridão. Beijos de Dimitri eram como uma droga e eu ansiava por mais e mais
deles. Suas carícias deixavam a minha pele em chamas. Arqueando para ele, eu apreciava a
sensação de seu peito forte contra os meus seios nus. Sua mão montou a curva suave de
minha barriga para baixo em direção ao meu sexo. Minhas coxas se separaram tão facilmente
e eu engasguei quando aqueles dedos ágeis localizaram meu clitóris.
Um toque íntimo acendeu meu desejo. Querendo senti-lo, me abaixei e agarrei o
roliço, latejante pênis sobressaindo contra o meu quadril. Seu gemido de necessidade me disse
tudo o que eu precisava saber. Eu acariciava seu grande pênis, girando a mão sobre seu eixo
antes de me atrever a deslizar minha mão pequena em seu saco tenso.
Gemendo meu nome, Dimitri caiu seus lábios nos meus e me beijou com tanto fervor.
Línguas duelando, que acariciavam o outro até que nós dois estávamos ofegantes e gemendo,
bombeando nossos quadris. Ele empurrou seu pau contra a minha mão e eu balançava para
atender aos dedos agora me penetrando. Eles mergulharam dentro e fora do meu calor liso até
que eu estava à beira de gozar.

Um momento depois, Dimitri arrancou sua boca da minha e mudou-se entre as minhas
coxas. Com um golpe duro, ele se dirigia em minha molhada vagina. Gritei com a invasão
repentina. Depois de um período tão seco, meu pobre corpo não estava acostumado com
tanto sexo.
Dimitri murmurou suavemente em sua língua materna e me beijou com tanta ternura.
Seus impulsos aliviaram e ele jogou o peso para o lado. Quando seu pau deslizou dentro e fora
de mim, as pontas dos dedos circulou meu clitóris.

— Assim é bom?

—Sim! - Meu pé se movia para cima e para baixo na perna dele, enrolando meus dedos
em sua carne dura quando eu senti um tremendo aperto embaixo da minha barriga. — Dimitri,
por favor…
—Diga-me. Seus dedos abrandaram suas ministrações pecaminosas e eu
choraminguei. — Diga-me o que você quer, Benny?

— Eu quero gozar. Eu arranhava seus ombros. Faça-me gozar, Dimitri.

Ele rosnou em russo, o áspero, surdo ruído de rolamento em cima de mim e fazendo
minha barriga apertar a sua sensualidade. Ele dedilhou meu clitóris pulsando ainda mais rápido
e eu gozei debaixo dele. O prazer explodiu dentro de mim e explodiu de minha barriga até no
meu peito. Cabeça inclinada para trás, eu gostei das brilhantes, ondas marcantes.
Pouco antes dele gozar, Dimitri murmurou algo que soou suspeito como: o meu
pequeno coelhinho. Agarrei-me a ele quando ele empurrou profundamente e estremeceu em
meus braços.
E então ele gozou.
Meus olhos se arregalaram com o choque quando eu senti o calor se espalhando do
sêmen de Dimitri dentro de mim. Um momento mais tarde, ele percebeu o que eu já tinha. Na
neblina do nosso encontro de manhã cedo, ele tinha esquecido de colocar uma camisinha e eu
não tinha pensado em lembrá-lo.
Dimitri amaldiçoou em russo e se afastou de mim, deixando um rastro molhado na
minha coxa.

— Deus, Benny, eu sinto muito. Eu não pensei ….

— Pare. Estendi a mão para ele na escuridão e finalmente encontrei seus ombros
largos. —Não é culpa sua. Nós dois fomos pego no momento.

Sua testa tocou a minha. Eu podia sentir a culpa irradiando dele.

— Estou limpo, Benny, mas se você quiser, eu vou ver o meu médico, logo que ele
abrir. - Ele hesitou antes de admitir: — Eu nunca tive relações sexuais sem preservativo.

Sua admissão não me surpreendeu muito. Dimitri sempre me pareceu o tipo de


homem que nunca teve chances - até mim, parecia.
—Você é o meu primeiro, também. Lambi meus lábios e considerei o que nós dois não
estávamos dizendo. Nossas experiências sexuais tinha sido cuidadosas, até este ponto e os
nossos riscos de pegar alguma coisa era tão baixa. Eu sabia que Dimitri iria correndo ver o
médico, primeira coisa, e teríamos o resultado em alguns dias.

Mas havia um outro tipo de resultado que levaria semanas para se tornar disponível.

— Você está...?

Ele não tem que terminar o pensamento. Eu entendi o que ele estava tentando
perguntar.
— Não, eu não estou tomando pirula.

Ele não se abateu.

— Tudo bem.
Sua resposta calma acalmou meus nervos ansiosos. Pelo menos ele não estava pirando
sobre isso. Fiquei contente que ambos podíamos ser adultos sobre nosso erro.
Quando Dimitri deslizou perto de mim e me beijou tão docemente, eu não podia deixar
de me perguntar se chamar de erro foi a palavra certa para isso. Parecia uma palavra tão dura
para chamar o que tinha acontecido entre nós. Um momento de paixão como a que tinha
acabado de compartilhar? Não, definitivamente não foi um erro.
Relutantemente, eu me desembaracei de seus braços musculosos.

— Eu tenho que tomar banho.

— Eu vou fazer um pouco de café. Ele passou a mão pela minha coxa.— Se eu te seguir
para o chuveiro, a padaria não vai abrir até o meio dia.
Rindo, eu deslizei para longe dele e para fora da cama.
— Você se importaria de ir correndo para meu escritório e pegar o segundo conjunto
de roupas que guardo no fundo da gaveta da minha mesa?

Dimitri acendeu a lâmpada, iluminando o quarto e os lençóis amarrotados, onde


tinhamos passado a noite juntos.

— Eu não me importo. Onde estão suas chaves?


— Na minha bolsa em sua sala de estar, eu disse e rapidamente corri para o banheiro.
Ele apanhou-me antes que eu pudesse desaparecer e deu na minha bunda um tapa brincalhão.
— Dimitri!

— Sinto muito, disse ele com uma risada. Eu não consegui me controlar.

Ao vê-lo sorrir, com seu cabelo loiros despenteados e à sombra de uma barba em seu
rosto, fez coisas engraçadas na minha barriga. Ele beijou minha bochecha antes de ir para o
seu armário. Eu escorreguei no banheiro e liguei o chuveiro. Uma batida chamou a minha
atenção.

— Sim?
— Há produtos de higiene pessoal extra sob a pia.
— Obrigada. - Ajoelhei-me e encontrei o que precisava no armário.

Aparentemente Dimitri gostava de fazer compras na loja grande de atacado a algumas


quadras. Ele parecia ser tão cuidadoso com seu dinheiro. Eu o admirava por controlar seu
dinheiro, porque eu sabia de onde ele vinha e como ele trabalhou duro para acumular sua
riqueza.

Claro, ele tinha tido um golpe de sorte com essas ofertas a alguns anos atrás, mas ele
não era arrogante sobre isso. Eu estava fazendo uma limpeza tarde da noite lá embaixo na
padaria quando ele chegou em casa bêbado cambaleando depois de celebrar o acordo que
havia feito. Ajudá-lo até o apartamento tinha quase quebrado minhas costas, mas de alguma
forma nós conseguimos subir.
Foi a primeira e única vez que eu já tinha visto ele assim, mas eu entendi por que ele se
soltou. Ele riscou seu caminho fora das ruas para se tornar um sucesso, era algo que eu
respeitava profundamente nele.
Pensando longe no chuveiro, eu não podia evitar, mas me sinto um pouco
desconfortável sobre as nossas situações financeiras muito diferentes. Dimitri vivia a vida fácil
de um solteiro de posses enquanto eu tinha dias em que eu estava sentada em meu escritório
rezando para que nós tivéssemos o suficiente de faturas pendentes de clientes pagas para
cobrir a folha de pagamento.

Lá no fundo, eu temia o que Dimitri pensava de mim. Como ele era em relação a
Johnny? Será que ele acha que eu iria derrubar um negócio próspero no chão com má gestão?
Não era verdade, é claro. No momento em que minha avó tinha me deixado ver os livros e ter
acesso a contabilidade criativa que ela estava usando para sobreviver, eu tinha muito poucas
opções para salvar o negócio e as pessoas dependem de mim para trabalhar. Eu tinha feito o
melhor que pude, mas não foi o suficiente.
Meu estômago revirou com a culpa e a vergonha quando eu considerei a possibilidade
muito real de que eu iria falhar e perder o negócio que tinha sido na minha família há quase
quarenta anos. Eu só podia imaginar o tipo de fofoca que correria por este bairro como um
incêndio. Eu provavelmente teria que me mudar para outra cidade só para escapar da
humilhação.
Não querendo estragar o que tinha começado como um bom dia, eu afastei esses
pensamentos feios e me sequei. Eu apertei o máximo de água do meu cabelo quanto possível e
passei o pente de Dimitri através dos grumos emaranhados. Eu não poderia encontrar um
secador de cabelo então eu deixei meu cabelo solto para secar ao ar.
Fora do quarto, encontrei o jeans, camisa e meias limpas de meu escritório empilhados
no pé de sua cama. Ela só teve um acidente de cozinha quando era uma adolescente e
trabalhava na padaria, para ensinar uma lição valiosa sobre manter uma troca de roupa extra
na mão. Se eu soubesse que eu iria usá-las pela manhã, após uma noite tórrida com Dimitri, eu
poderia ter guardado um par de calcinhas e um sutiã ali.
— Eu já joguei suas roupas na máquina de lavar. Eles vão estar seca antes de abrir.

Com o meu sutiã pendurado em seus dedos, ele encostou-se no batente da porta e
me viu entrar em meus jeans. Sua boca se curvou em um sorriso de lobo.

— Embora eu tenha que admitir que eu prefiro aproveitar a ocasião e olhar pra você.

Eu atirei-lhe um rápido sorriso.


— Você poderia. Posso ter meu sutiã?
Em vez de entregá-lo, ele entrou no quarto e colocou um braço em volta da minha
cintura. Ele fez questão de escovar seu pênis contra minha bunda. Nem mesmo o tecido dos
meus jeans ou calça de pijama de algodão podem parar o estalo de calor entre nossos corpos
se tocando. Sua grande mão segurou meu peito.

— Estenda seus braços.

Voltei a olhar para ele.

— Você percebe que eu estou usando um sutiã por, tipo, 15 anos, certo? Eu sei como
colocá-lo.
Ele acariciou minha nuca e deu um aperto no meu mamilo que me fez levantar na
ponta dos pés e suspira.
— Me agrada.

Como eu poderia dizer não a isso? Levantando os braços, eu deixo Dimitri me ajudar
com meu sutiã. Suas mãos hábeis fizeram um rápido trabalho, mas ele a deixou permanecer na
minha pele nua. Beijou minha bochecha, ele acariciou o ponto logo acima do meu umbigo.

— Eu vou fazer o café. Vou levar algo lá para baixo para você.

Eu virei em seus braços e olhei para ele.


— Você não tem que fazer isso. Volte para a cama, Dimitri.
— Uma vez que eu estou acordado, eu estou acordado.
Seu dedo traçou meu lábio inferior. —Eu quero passar um tempo com você antes de ir
ao ginásio para o meu treino. As mãos de Dimitri deslizaram pelos meus lados, antes que ele
me soltasse. —É sexta-feira.

Eu sorri e bati no seu peito. Como muitos dos nossos clientes, ele tinha memorizado a
programação que usamos para pães especiais e doces.

— Eu vou separar uma meia dúzia de pães de abacaxi que você ama tanto.

— É melhor separar uma dúzia completa. Ivan e Kostya são viciados neles agora.

Ele deu no meu traseiro um beliscão.


— Estou entrando no chuveiro. Se eu não fizer isso, você nunca vai chegar lá em baixo.

Nossos lábios se encontraram em um beijo rápido. Observei-o entrar no banheiro e


fechar a porta. Meu batimento cardíaco finalmente começou a diminuir e eu escorreguei na
camisa vermelha com o logo da padaria na parte de trás. Depois de encontrar os meus sapatos
na sala de estar, eu rapidamente trancei meu cabelo ainda úmido, peguei minha bolsa e desci
as escadas.
Mesmo que eu correndo um pouco atrasada do meu horário habitual, ainda fui a
primeira na cozinha. A maioria dos funcionários da manhã começavam a chegar em torno das
cinco. Gostei do silêncio calmo do lugar e levei um tempo para ligar as luzes e preparar os
fornos.
Depois de olhar os caixas e garantir que tudo está como deveria, eu peguei um grande
pote de café no armário da sala dos empregados. Eu fiz uma parada rápida no meu escritório
para guardar minha bolsa. A visão do saco de depósito bancário, fez meu estômago rolar com
mal-estar. Essa era uma conversa que eu deixaria mais para frente com Johnny, mas tinha que
ser feito.
De volta à cozinha, eu escorreguei em um avental e verifiquei o quadro branco para a
lista da produção do dia. Marco era por muito tempo encarregado de fazer os ajustes e eu
confiava em seu julgamento. Informada sobre a programação do dia, eu comecei a organizar
estações de trabalho para Marco, Adam e Lupe, nossos três principais padeiros. Eu já tinha
trabalhado com eles tempo suficiente para saber exatamente como eles gostava das coisas
arranjadas.
Enquanto eu esperava que os fornos pré-aquecessem, eu soquei o botão de energia no
sistema de som antigo. Os funcionários da manhã preferiam uma música calma, calma no início
das suas manhãs. O dedilhar suave de um violão e a rouquidão inconfundível de Chavela
Vargas ecoaram pelas paredes brancas. A música familiar trazia boas lembranças.

— Eu tinha um sorriso no meu rosto quando eu comecei a misturar a cobertura


streusel para o pão doce. Cores vibrantes tingidas como rosa e amarelo, a mistura de doce,
ligeiramente crocante foi pressionado para se parecer com uma concha. Quando criança, o
delicioso pão tinha sido o meu lanche favorito. Felizmente, eu tinha tido o bom senso de
diminuir uma vez eu me tornei um adolescente!

Enquanto eu trabalhava, eu ouvi a porta lateral abrir e fechar. Certa de que era Adam
vindo em seu horário habitual, cumprimentei-o, mas não foi Adam que me respondeu de volta.
— Bom dia, senhorita Burkhart.

Assustada com a voz inesperada, eu girei tão rápido que deixei cair a tigela de metal no
chão. Açúcar e farinha respingaram no chão e nos sapatos. O homem de pé na minha frente
parecia problemas. Ele usava um terno caro e sapatos bonitos, mas eu conhecia o tipo.

— Quem diabos é você? O que você está fazendo na minha padaria?

Ele deu um passo em minha direção.

— Eu acho que é hora de termos uma pequena conversa...

Dimitri ouviu a música no andar de baixo quando ele saiu do chuveiro. Suas primeiras
semanas no apartamento, ele tinha ficado louco para ouvir os sons de cozinha abaixo. Logo,
ele se acostumou a ele e tinha aprendido a esperar. As dores da solidão que às vezes sentia em
seu novo país foi aliviada pelo barulho e camaradagem que vinha de lá.

Esta manhã, porém, ele ouviu um som diferente, que fez seu coração disparar. Ele
estava vestindo sua calça jeans quando o barulho inconfundível de uma tigela bateu no piso de
ladrilho, seus ouvidos reconheceram. Ele ficou quieto e ouviu. Acidentes acontecem o tempo
todo na cozinha, mas ele temia que Benny poderia ter sido ferida.

— Quem diabos é você? O que você está fazendo aqui?

Apesar de ser abafado pelo teto e chão entre eles, a voz assustada de Benny veio alta e clara
para Dimitri. Sem se incomodar com uma camisa ou sapatos, ele fechou e abotoou a calça
jeans e deixou seu apartamento em um flash. As escadas de metal eram duras sob seus pés
descalços, mas ele não se importava. Ele pisaria em cacos de vidro para chegar até ela.
No momento em que ele se lançou pela porta lateral, Dimitri avistou o homem de
cabelos escuros. Ele não perdeu tempo tentando descobrir a situação. Com a velocidade e o
silêncio de seus muitos anos na elite da OPS, ele veio por trás do homem. Limpando a
garganta, ele disse:

— Benny, eu ouvi um barulho.


Seu visitante madrugador visivelmente enrijeceu e girou para enfrentar Dimitri.
Separados por alguns centímetros, o homem avaliou Dimitri e inteligentemente deu alguns
passos para o lado. A expressão assustada de Benny relaxou com a visão dele.

Querendo aliviar suas preocupações, ele se juntou a ela do lado da mesa de aço
inoxidável grande. A mistura de açúcar parecia areia no chão esmagando entre os dedos dos
pés. Ele segurou seu olhar apenas o tempo suficiente para passar uma mensagem silenciosa.
Você está segura comigo.

Dimitri voltou sua atenção para o homem e observou por um longo tempo. Ele viu o
vulto de uma arma delineado em seu quadril direito. Sem uma arma sua, ele estava em
desvantagem. Ele deslizou a mão para baixo da cintura de Benny e deixou seus dedos ficar lá,
pronto para empurrá-la para trás ao primeiro sinal de problemas.
— Eu acho que podemos ter começado com o pé errado, Benita. O homem sorriu, mas
Dimitri não se deixou enganar. Seu rosto fuinha e comportamento desonesto colocaram o
radar de Dimitri em alerta máximo. Meu nome é Carl e eu trabalho para propriedades
Upstreet. Eu realmente não queria assustá-la esta manhã. Estávamos simplesmente nos
perguntando por que não tinha uma resposta sua sobre a nossa oferta para o edifício.

— Então pegue o telefone e me chame. - Benny retrucou, sua voz misturada com
irritação.

Os lábios de Dimitri se contraíram com diversão com o choque registrado no rosto do


homem. É evidente que ele tinha vindo aqui com a expectativa de intimida-la, mas ela de
cabeça quente não era forçada a nada por ninguém.
Mudando de tática, Carl se desculpou com um sorriso doce enjoativo. —Você está
certa, Benita. Só que a oferta tem um limite de tempo. Esperávamos ter uma resposta nos
próximos dias.

— Por quê? - Ela endireitou os ombros e ergueu o queixo. Porque você precisa deste
prédio para que você possa garantir a aprovação em um acordo de financiamento com o banco
para rede lojas que você pretende colocar aqui?

Os lábios de Carl ficaram em uma linha apertada.

— Não é isso.

Benny levantou a mão.

— Você acha que é o único com amigos em escritórios da cidade? Meus clientes falam
comigo e eu escuto. - Com um aceno de cabeça, ela disse: — Olha, eu disse para as pessoas na
semana passada que eu não estava interessado em vender.

— E o seu irmão? Ele está interessado em vender sua parte do negócio?


Os olhos de Dimitri se estreitaram com ameaça sutil do homem. Ele não duvidou por
um minuto que esse cara iria descer tão baixo a ponto de virar um irmão contra a sua irmã com
a promessa de um pouco de dinheiro.
— Carl, você realmente não vai querer ir por esse caminho comigo. - A raiva de Benny
escureceu sua voz.
Não tão facilmente influenciável, Carl enfiou a mão no casaco. Dimitri ficou tenso, mas
o homem tirou um cartão de visita. Ele colocou sobre a superfície de aço inoxidável da mesa de
trabalho. Me ligue quando você mudar de ideia. A oferta generosa que o Sr. Krause fez expira
na segunda feira.
Colocar uma mão no ombro de Benny, Dimitri silenciosamente instruiu-a a ficar
parada. Ele acompanhou Carl até a porta e deliberadamente bateu nele quando ele começou a
descer os degraus. O homem tropeçou e só escapou por pouco de um encontro com o
pavimento.

Girando, Carl olhou mas Dimitri colocou um dedo sobre os lábios, advertindo o homem
a manter a boca fechada. Como Nikolai, Dimitri tinha dominado a arte de medo marcante em
uma pessoa com um olhar frio. Carl não era tão estúpido, ele olhou e manteve sua boca
fechada.

— Não mostre a sua cara por aqui novamente. - Dimitri levantou um dedo de
advertência e apontou-o para ele. — Se o seu chefe tem negócios com Benny, você diga a ele
para pegar o telefone para agendar uma entrevista com ela. Entendido?

Carl deu um aceno de cabeça dura e saiu para o carro preto esperando no beco. Dimitri
fez questão de memorizar a placa do carro. Ele tinha a sensação de que não seria a última vez
que veria Carl.
Fechando a porta lateral atrás dele, Dimitri voltou para a cozinha. Benny tinha varrido
a bagunça e estava na pia lavando as mãos. Seus olhares se encontraram na cozinha. Ele leu a
ansiedade por todo o rosto. Odiando vê-la tão chateada, ele abriu os braços.
— Venha aqui.

Ela correu para os seus braços e apertou sua bochecha contra o peito. Ele beijou o
topo de sua cabeça e esfregou as costas.
— Deus, ele me assustou!

— Ele não vai voltar. - Dimitri tinha a intenção de fazer dessa promessa uma realidade.
Ele mostrou a Carl como gostava de ter alguém aparecendo inesperadamente e sem aviso
prévio em seu território.

— Você acha que eles realmente vão tentar virar Johnny contra mim?

Ela já sabia a resposta, mas queria ouvir da boca dele. Embora o matava confirmar
seus medos, ele respondeu com sinceridade.

— Sim, e eu acho que Johnny vai receber uma oferta.


— Oh Deus! - Benny tentou se afastar dele, mas ele segurou firme. — Dimitri, o que
diabos eu vou fazer?
Ele colocou sua mão ao longo de sua bochecha. O brilho de lágrimas em seus olhos
bonitos fez doer por dentro. Ele pensou uma fração de segundo e tomou a decisão.

— Eu vou fazer uma oferta Johnny em sua metade do negócio.


Ela cambaleou para trás, surpresa.
—O quê? Não! Dimitri, você não pode.

Ele bufou baixinho.

— Eu posso fazer o que eu quiser, Benny. É o meu dinheiro.


— Mas, Dimitri, se o negócio falhar, você vai perder o seu dinheiro. Não vamos nos
enganar, ok? Eu estou a um mau mês longe de ter que fechar as portas. Ela colocou as mãos
em seu peito e empurrou com força suficiente para libertar-se de seu abraço. — Não.
Ele pegou-lhe o pulso e arrastou-a de volta.

— Você não vai me calar, Benny.

— Dimitri, por favor...

Ele tentou entender sua reticência mas não conseguiu. Arrastando os dedos por sua
bochecha, ele perguntou:

— O que há de tão errado comigo te ajudando?


Seus olhos se fecharam por um breve momento. Quando abriram, encheram-se de tal
medo.

— Porque isso muda as coisas, Dimitri.


— Às vezes a mudança é boa. Ele roçou sua boca contra a dela. Ontem à noite foi
muito, muito bom, não é?

—Sim. - Ela passou as mãos por seus braços. — A noite passada foi incrível, mas se
colocarmos dinheiro entre nós, vai ficar complicado muito rápido e, em seguida, o quê?

Por fim, ele entendeu.


— Benny, não seria complicado. Nós poderíamos trabalhar juntos.

— Você diz isso agora...


Dimitri levantou a ponta do queixo e brincou com os lábios dela. Ele aliviou o beijo e
esperou ela pressionar contra ele, aprofundando o acasalamento suave de suas bocas. Sinos
tocando agora, eles se agarraram um ao outro. Quando Dimitri se afastou, ele olhou para ela
por um momento antes de falar:

—Eu quero ser o seu parceiro, Benny.

Ela engoliu em seco.

— No mundo dos negócios?

Ele percebeu que era um daqueles momentos em que seu relacionamento poderia
mover adiante e crescer ou recuar e apodrecer.

— Não, não apenas nos negócios, Benny. Eu quero você, como …


— Benny, você já está na cozinha? Adam anunciou sua presença poucos segundos
antes de entrar. Houve um acidente desagradável no caminho e…
Os olhos do homem mais velho se arregalaram quando ele avistou-os abraçados.
Dimitri só podia imaginar o que Adam estava pensando. Nu da cintura para cima e com o
cabelo ainda molhado, Dimitri parecia tudo menos inocente agora.

Mas Dimitri não estava disposto a abrir mão de Benny. Ele se recusou a deixar a
alguém fazê-lo sentir vergonha por confortar a mulher que ele queria tão profundamente. Para
sua surpresa, Benny não tentou saltar longe de vergonha. Ela deu um passo em seu abraço.
Finalmente, Adam riu.

— Ei, não deixe-me interrompê-los filhos. Ele piscou para Dimitri enquanto se dirigia
para o vestiário de empregados. —Eu já fui jovem uma vez. Sei como este jogo é jogado.

Benny revirou os olhos.


— Adam!

Ainda rindo, Adam parou na porta e olhou para eles.

— E a muito tempo!
— Deus - disse ela com um gemido. — Toda a padaria estará falando sobre nós antes
mesmo de ter o nosso primeiro cliente.
Com o peito apertado, estudou seu rosto.

— Isso te incomoda?
Ela colocou a mão sobre o coração.
— Não é pela razão que você provavelmente está pensando, Dimitri. Eu passei tanto
tempo aqui com a minha família na padaria que nada é privado. - Ela mordeu o lábio inferior.
— Eu queria que isso fosse algo especial, algo só para mim.

Sentindo-se um pouco brincalhão, ele abaixou a cabeça até que sua respiração fez
cócegas em seu ouvido. Eu tenho algo só para você e eu prometo que é muito, muito especial.
— Dimitri! - Ela assobiou com indignação fingida, mas ela não conseguia parar de
sorrir. — Você vai sair daqui? Corando, ela olhou para a porta que dava para o vestiário. —
Adam irá ouvi-lo e então eu vou realmente começar a ouvir de Lupe e Celia!

Ele beijou sua bochecha e relutantemente se afastou dela. —Eu estou indo para
buscar esse café da manhã que eu prometi.

Ela balançou a cabeça e voltou ao trabalho. Eles ainda tinham muito a discutir, mas
poderia esperar. Depois que ele trouxe o café, ele estava indo para descobrir algumas
informações sobre as Propriedades Upstreet. Se eles escolheram para jogar sujo com Benny,
ele estava pronto para arrastá-los direto na lama. O tipo de informação que ele queria não
seria fácil de encontrar, mas ele sabia exatamente para onde ir, Yuri.
Capítulo 5

— Benny, Lena está aqui.

Eu terminei de cobrir com glacê branco brilhante um bolinho de chocolate e olhei para
Célia. —Diga a ela que eu já estarei lá.
Ela assentiu com a cabeça e saiu, mas não antes de disparar um sorriso bobo, do meu
jeito. Eu lutei contra a vontade de revirar os olhos. Durante toda a manhã, eu estava
recebendo olhares estranhos. Assim como eu havia previsto, Adam havia compartilhado sua
descoberta, fofoqueiro, com Lupe que, então, disse Célia, que disse a todos.

Incomodava o fato que eu não poderia mesmo ter um dia para aproveitar o meu
segredo sozinha. Eu também não conseguia afastar a preocupação de que as coisas entre nós
não dariam certo, e depois? Eu teria toda a padaria no meu pé quando Dimitri me desse o
fora? O próprio pensamento fez meu estômago doer.
Eu terminei o glacê a bandeja de biscoitos e deslizei para ser salpicado com granulado.
Depois de tirara minhas luvas, eu desatei meu avental e o pendurei em um cabides vazio. Eu
chamei a atenção de Marco e avisei que eu estava saindo da cozinha por um tempo curto.
Fora na padaria, vi Lena em uma das mesas mais próximas da porta. Ela parecia fora do
lugar no ambiente descontraído do pequeno café. Com isso, o vestido ousado azul e sapatos
peep-toe nude, Lena encarnava a imagem de uma mulher de negócios indo para um almoço.
Ela prendeu o cabelo preto lustroso e usava brincos simples. Eu meio que invejava seu olhar
polido e o seu plano de carreira em ascensão.
Fiquei maravilhada com a forma como a minha amiga tinha mudado desde que nos
conhecemos na faculdade há alguns anos atrás. A vontade de Lena para ser bem sucedida,
para fazer algo por si mesma e superar as suas origens pobres em um dos bairros mais
violentos de Houston não tinham diminuído. Ela floresceu com confiança e tinha se mostrado
mais do que capaz em seu trabalho.

O blog dela que narrava os altos e baixos da cena social de Houston que tinha crescido
de um pequeno passatempo bobo no nosso primeiro ano de um ponto de novidades na
internet que lhe permitiu ganhar uma receita de publicidade e construir a sua própria marca
pessoal. Um perito da mídia social, ela recentemente se ramificou em cobrança por tweets
transmitidos aos seus milhares de seguidores. Ela teve o cuidado de destacar unicamente
lugares que ela realmente endossava ou gozavam de manter a autenticidade de sua vida
noturna com seu selo de aprovação.

Mas com essa cara e figura bonita, Lena teve que trabalhar duas vezes mais duro para
fazer as pessoas levá-la a sério. Graduando-se com honras e um diploma de apenas três curtos
anos tinha sido um bom começo. Pegar um emprego de relações públicas no topo de uma
empresa em Houston tinha sido ainda melhor.
— Hey! - Sorrindo, eu deslizei para o assento à sua frente. —Como você está hoje?
— Bem. - Lena inclinou a cabeça e me estudou. Alguma coisa está diferente em você.
Você cortou o cabelo?

Eu balancei minha cabeça e auto-consciente toquei a ponta da trança pendurada por


cima do meu ombro.

—Não.
—Hmm… - murmurou Lena e continuou a olhar para mim. — Você só. Você parece
diferente.

Engoli em seco nervosamente e dei de ombros.

— Tudo bem.
Ela estreitou os olhos escuros.

— Você sabe que eu não vou deixar isso pra lá, né?
Com um pequeno suspiro, olhei em volta para me certificar de que ninguém iria nos
ouvir. Inclinando-me para frente, eu confessei: — Eu meio que passei a noite com Dimitri.
— O quê? - Suas mãos voaram para a mesa e ela se aproximou. Com uma expressão
escandalizada, ela perguntou: — Por que eu estou sabendo sobre isso só agora? Você deveria
ter me mandou uma mensagem esta manhã!
— E dizer o quê?
— Oh, eu não sei. Talvez você poderia ter contado todos os detalhes incrivelmente
sujos de sua noite com o sexy, o loiro Adônis? - um pouco conspiratório, ela perguntou em um
sussurro abafado: -— Como foi? Tão quente que você quase deixou a cama em chamas? Quão
grande é o seu você, sabe, o quê? - Ela olhou para seu colo. Enorme, certo?
— Oh Deus! - Eu não conseguia parar de rir enquanto eu enterrava meu rosto
vermelho em minhas mãos. Eu realmente não vou entrar em detalhes aqui.
— Então, vêm hoje à noite, disse ela. Nós vamos nos reunir Vivi vai cozinhar para nós e
Erin vai trazer mais algumas garrafas de vinho obscenamente caros da adega de Ivan. Você
pode nos deliciar com todos os deliciosos pequenos detalhes de como foi.
Há alguns meses atrás, antes de cruzar caminhos com Lena novamente, eu teria dito
não, para uma noite das meninas. A voz de Dimitri sacudiu na minha cabeça. O que ele disse?
Que eu merecia ter uma vida?
—Tudo bem. Eu irei.

— Oito horas?
— Claro, mas eu não posso ficar até muito tarde. Nós temos um compromisso com
Tasting Houston amanhã.

—Garota, eu não sei disso! — Com uma sacudida dramática de sua cabeça, ela enfiou a
mão na pasta de couro de grandes dimensões e retirou pastas vermelhas brilhantes para mim.
— Tenho tudo pronto para o seu estabelecimento. Parei na loja de impressão no meu caminho
pra cá. Eles vão fazer a sua entrega em algumas horas. Basta trazer todas as caixas até a área
de exposição. Vou separá-los enquanto montamos o seu lugar.
Balançando a cabeça, abri uma das pastas e examinei os materiais.

— Isso é muito bom.

Nós conversamos sobre seus planos para a nova filosofia da padaria. Ela estudou todas
as padarias familiares em Houston e descobriu que a nossa pequena padaria era algo como
uma joia. Embora ninguém entendesse porque não tinha divulgação, apressando o
crescimento da marca e ampliando nossa base de clientes. Queria apelar para os apreciadores
que procuravam a experiência autêntica de uma padaria mexicana e latinos que queriam um
gostinho de casa.
— Então eu acho que o objetivo é fazer um amostragem amanhã no Tasting Houston.
Fazemos a entrevista do jornal e você fala a sua história familiar. Certifique-se de colocá-lo em
destaque quando se tratar de seus avós virem aqui construir uma nova vida, uma vida melhor.
Queremos mostrar até as oportunidades que este lugar tem dado a tantos funcionários,
queremos falar sobre como ele enriqueceu o bairro.
— Eu espero que você vai me dar alguns cartões ou algo assim, porque eu tenho
certeza que eu vou estragar tudo.
Lena riu.

— Você não vai. E, sim, eu vou dar-lhe alguns pontos de discussão. Ela apontou para a
janela. Queremos ter certeza de que falar sobre como este lugar está de pé forte e lutando
para preservar a história de Houston. Não pessoas como esses candidatos políticos.
—Eu não tenho certeza se eu vou ser um dos mais bem sucedidos.
Sua expressão se transformou a um motivo de preocupação.

— Por que? O que aconteceu?

— O proprietário da Upstreet enviou um cara falar comigo esta manhã. Ele não me
ameaçou de imediato, mas ele insinuou que isso não ia acabar bem se eu não aceitar sua
oferta. Ele entrou pela porta lateral, do beco, me matou de susto, a sorte é que eu era a única
pessoa no lugar, Dimitri estava lá em cima, felizmente.

— Ooh! - disse Lena, os olhos arregalados. — Dimitri usou a força física? Porque eu vi o
quão protetor Ivan é de Erin. Ele não pensaria duas vezes antes de golpear alguém na cara por
ameaçá-la.
— Não, mas Dimitri não estava muito feliz.

— Rapaz, esses caras da Upstreet não são muito inteligentes. Há um russo ex- soldado
gigante que vive no andar de cima e eles acham que é uma boa ideia enviar um de seus
capangas para intimidar?

— Eles podem não ser muito inteligente, mas eles são implacáveis. Eu sou um dos
poucos negócios que estão em seu caminho. Carl, o tonto, esclareceu, disse que a oferta
generosa que fizeram expiraria na segunda-feira.

— Idiotas. - ela murmurou.


Sorri tristemente de acordo. Ele basicamente ameaçou ir pelas minhas costas e
comprar a parte do Johnny no negócio para forçar a minha decisão.
— Idiotas! - Ela nervosamente mordeu o lábio inferior. — Você acha que Johnny iria
vender a eles?

— Ultimamente, tudo o que ele fala sobre é ganhar dinheiro. Corri meus dedos sobre a
borda da mesa. Ele quer ter esse estilo de vida chamativo dos traficantes de drogas em sua
gangue, sabe? Carros, roupas bonitas, joias, meninas quentes, mas isso custa dinheiro. Deus
sabe que ele não está prestes a levantar um dedo para encontrar um emprego de verdade.
— Depois da porcaria que eu vi você e Erin sofrer com os irmãos, eu estou tão feliz que
eu sou filha única. - Ela estendeu a mão e tocou a minha. — O que você vai fazer? Você já falou
com Johnny?

Eu balancei minha cabeça. —Eu tentei chamá-lo esta manhã, mas ele não respondeu.
Ele está saindo com uma garota e eu tenho certeza que ele passou a noite com ela.

— Uhum oh. - Com um sorriso malicioso, ela perguntou:— Será que ela tem
sobrancelhas Sharpie e usa delineador nos lábios grossos?

Eu ri quando ela desenhou uma ampla linha em volta da boca da forma que muitas
dessas meninas preferiam.

— Não sobre o delineador de lábios, mas sim sobre as sobrancelhas.

— Eu sabia! Ela riu alegremente. Você acredita que houve um tempo em que eu
pensei que aquelas coisas eram tão legais? Eu queria ser uma delas.
— Quando você mudou?

Seu sorriso desapareceu. —Minha amiga, Mireya, achava que a única maneira que ela
pudesse obter o respeito era participar de uma das gangues em nosso velho bairro. Eles
jogaram merda nela como parte da cerimônia, mas isso não foi suficiente. Posteriormente,
fizeram ela puxar o trem. Nós estávamos na oitava série, Benny.

A expressão angustiada de Lena rasgou para mim e eu apertei sua mão. Puxar o trem
era uma gíria de rua para ter relações sexuais com vários homens em uma gangue. Eu tinha
ouvido que algumas das meninas tiveram que jogar dados para o seu número. Era horrível,
terrível e tão degradante.

Inalando um longo suspiro, ela disse:


— Depois disso, eu pensei e percebi que a única maneira para eu sair de lá era
trabalhar duro e ir para a faculdade. Que eu ia caminhar em meus próprios pés e fazer o meu
próprio caminho.

— E você conseguiu - eu disse, soltando a mão dela. — Você é incrível, Lena. Olhe para
você! Vinte e quatro anos de idade e você tem um grande trabalho. Você tem amigos que te
amam. Você está indo a lugares.
— Sozinha - respondeu ela em voz baixa. Eu acho que o preço a ser forte e
independente é que ele assustam um monte de homens.
— Os homens errados - retruquei. — O cara certo? Ele vai ver como totalmente
maravilhosa você é e cair para cima.

— Como Dimitri finalmente pegou você?


Eu suspirei quando as incertezas preocupantes retornaram.

—Eu não sei. Eu não sei o que ele quer comigo. Se ontem à noite foi o início de um
relacionamento real ou é apenas uma coisa de sexo?

— Então, pergunte a ele. Ele é um franco atirador. Ele vai lhe dizer de uma maneira ou
de outra e, em seguida, você vai saber.
Hesitei antes de contar a ela sobre a oferta que havia feito.

— Ele quer comprar a participação de Johnny do negócio.

—Whoa! - Ela sentou-se totalmente para trás em sua cadeira. — O que você disse?

— Pedi-lhe para não fazer isso. Eu não quero dinheiro entre nós. Isso é estranho,
certo? Quero dizer, nada de bom pode vir a partir daí.

Lena não respondeu de imediato. Finalmente, ela disse:


— Benny, isso depende do casal. Olhe para Ivan e Erin. Ela mora com ele agora. Ele a
ajuda enquanto ela está na escola, mas ele deixa perfeitamente claro que ela não está de
forma alguma dívida com ele. Ele ajuda, porque ele a ama e ele quer que ela siga seus sonhos,
do lado de fora, parece desequilíbrio, mas do lado de dentro? - Ela balançou a cabeça. Eles
estão em pé de igualdade. Eles são parceiros.
— Dimitri disse que queria ser meu parceiro antes que nós fomos interrompidos por
Adam.
— Ok, eu tenho que ouvir isso. Interrompida onde? Como?
Revirei os olhos.

— Não é o que você está pensando. Nós estávamos nos abraçando na cozinha. - Eu
adicionei relutantemente: — Ele não estava vestindo uma camisa de modo que parecia uma
espécie de ...

— Quente? - ela interrompeu com um sorriso. — Sexy? Delicioso?

Eu ri.

— Você não vai deixar isso pra lá, não é?


— Oh, querida, você não tem ideia. Preciso de algo para me distrair da tempestade de
porcaria na minha própria vida. Isso é muito gostoso de passar!

Preocupada, perguntei:

—O que há de errado? Posso ajudar?


Lena hesitou antes de expirar a grosso modo, a lufada de ar reprimida levando suas
frustrações.

— Então, você sabe como eu estive na empresa por um tempo, né? Quer dizer, eu era
uma estagiária durante o meu último ano de faculdade e, em seguida, eles me contrataram em
tempo integral, antes mesmo de eu me formar. Acompanhei a 716 do lançamento à melhor
casa noturna de Houston, trabalhando pra caramba e dando tudo o que tinha para torná-la um
sucesso, mas o meu gerente idiota nunca me deu qualquer tipo de reconhecimento?
— Não? - Não era um palpite difícil de fazer.

— Claro que não! Ela bateu as unhas bem ricamente cuidadas sobre a mesa. Eu estou
constantemente fora, trabalhando meus contatos, examinando os leitores do meu blog e
ouvindo o feedback que chega da mídia social. Eu escuto o que as pessoas que vão para os
clubes dizem. Tento inovar e avançar com novas ideias usando essa pesquisa. Eu sabia que
uma vez que Yuri Novakovsky abrisse seu novo lugar o 716 ia precisar se adaptar e melhorar.
Adivinhe o que o sacana do Harry fez?

Eu estremeci.

— Roubou suas ideias?

— Sim. - Raiva na voz dela. — E ele não apenas roubou e as apresentou ao russo como se
fossem suas. Não, não, não! Ele deu para a equipe desse novo clube para que ele pudesse
conseguir um emprego. Então agora o meu clube está sendo batido e eu sendo ameaçada de
perder o emprego, se eu não mudar as coisas assim rápido. - Ela estalou os dedos. — E com um
orçamento apertado, é claro. Como eles esperam que eu possa competir com o russo e grana
sem fim Eu nunca vou conseguir!

Eu me senti horrível por ela. Parecia uma situação insustentável.


— O que você vai fazer?

— Eu não sei. - Ela parecia tão confusa. — Por um lado, eu realmente gosto da empresa. Eu
sinto que aprendi muito lá e eu tive um grande mentor até que ela se mudou para Atlanta.
Ultimamente, eu sinto que estou lutando atoa. Eu não estou crescendo. Eu me sinto
estagnada.
— Então, faça uma mudança - eu aconselhei. — Por que não se estabelece por conta própria?
Ou talvez fazer algo em uma escala menor. Você tem uma enorme vantagem com a sua
presença na mídia social, seus contatos e sua rede.

— É algo que eu venho pensando, ela admitiu. Há um punhado de nós na empresa e em uma
concorrente que estão com o mesmo problema. Somos jovens. Estamos tecnologicamente
atualizados. Estamos confortáveis em assumir alguns riscos. A ideia de formar o nosso próprio
grupo tem sido cogitada, mas é um grande passo, complicado, sabe?
— Oh, eu sei.
Com um suspiro de escárnio, ela disse,

— Você pode acreditar que o idiota russo tentou me contratar depois que ele me foder
assim?

— Quem? Yuri?
Lena assentiu. Claro que sim. Ele tinha um de seus motoristas esperando por mim quando eu
saí do trabalho na segunda-feira. Eu nunca andei em um carro como esse, então eu pensei
dane-se. Conheci-o em seu arranha-céu no centro. Ele me ofereceu um bom salário e pacote
de benefícios, mas o contrato tinha algumas cláusulas que não combinam bem comigo. Eu não
sou tão ingênua!
— Eu não posso acreditar que ele iria oferecer-lhe um emprego depois de roubar suas
ideias.

— Tentou. - Seus lábios se estabeleceram em uma linha apertada. — Enganei-me uma vez,
sabe?

—Então, você disse que não?


—Claro que sim! E então você sabe o que ele fez? Ele veio até mim e pediu-me para ir
para seu iate para o fim de semana. Quem faz isso? Quero dizer, ele queria me contratar
porque ele respeita o meu trabalho, ou porque ele acha que eu tenho uma bunda gostosa?
Como você pode trabalhar para alguém assim? - Ela balançou a cabeça. — Foi tão sujo. Eu
disse a ele e saí de lá. Eu não sou estúpida o suficiente para ser a próxima garota relações
publicas acabar com um pé na bunda e sem emprego após Yuri conseguir o que queria.

— Uau! Lena, isto é como o enredo de uma novela!


— Entre você, eu, Erin e Vivi, poderíamos escrever um inferno de um roteiro! - Ela olhou para
o relógio e franziu a testa. Eu tenho uma reunião em 20 minutos. Eu deveria pegar a estrada. -
Ela pegou as pastas que ela me trouxe. — Lembre-se sobre a entrega vindo mais tarde, ok? Há
um mapa de expositores aqui. Deve ser fácil de encontrar como arrumar tudo na parte da
manhã.

— Eu estarei, com olhos brilhantes e rímel espesso.


Lena deslizou sua bolsa em um ombro e agarrou a alça de sua bolsa. Ela me olhou de forma
crítica.

— Vestir algo com mais glamour, ok? Não jeans. - Com um sorriso provocante, ela sugeriu: —
Vamos pedir a Dimitri para pegar alguma coisa para você. Tenho certeza de que ele sabe o que
fica quente em você.
Eu gemi e controlei o meu desejo de agredi-la por me provocar assim. Rindo, eu disse:
— Saia daqui!

Ela riu e se dirigiu para a porta.


— Oito horas, lembra? Estaremos esperando por você!

Eu acenei e a vi desaparecer ao virar da esquina do edifício. Eu não me levantei


imediatamente e voltei para a cozinha. Não, eu sentei e assisti a agitação da hora do almoço.

A padaria tem um pequeno café na sala da frente que é um ponto de encontro para
muitas pessoas no bairro. O ônibus para um quarteirão abaixo, atrai trabalhadores que
dependem do transporte público. Eles param para um café quente com preços acessíveis ou
um almoço rápido. Muitos deles trabalham longas horas em pé e parecem desfrutar de um
descanso tranquilo, enquanto leem o jornal e apreciam a sua refeição.
Tudo o que Lena disse sobre a preservação da história e da integridade do bairro bateu
realmente com meu pensamento. Meu coração doía com a ideia de perder tudo isso. Eu só não
sei se o negócio poderia ser salvo. Esta localização, o bairro, estava em seus agonizando.
Mesmo que eu consiga segurar Jonas Krause por alguns meses, ele iria encontrar uma maneira
de me empurrar para fora do edifício. Ele usaria seus contatos na prefeitura para enterrar
outras empresas. Eu seria um em uma longa fila cruel a cair pela ganância desse homem.
A oferta de Dimitri para comprar a parte de Johnny tinha sido um gesto simpático, mas
não iria parar o inevitável. Recusar sua oferta provavelmente não era a melhor coisa, mas a
ideia de colocar o dinheiro entre nós me deixou nervosa.

Sua menção de sermos parceiros ainda me intrigou. Eu só esperava que ele não
quisesse dizer apenas no sentido de negócio.

Não havia muitas salas de espera que Dimitri apreciava, mas fora do centro de Houston
a do escritório de Yuri era uma delas. Seu velho amigo havia mudado recentemente seu
quartel general para o Texas, agora instalado no mais belo arranha-céu da cidade. Suas
participações internacionais só ocuparam dez andares. O resto ele alugava para escritórios de
advocacia, empresas de contabilidade e afins.

Enquanto esperava por seu velho amigo, Dimitri conversou brevemente com Jake, um
dos guarda-costas que ele tinha treinado para Yuri. O ex-fuzileiro naval tinha sido um
segurança em sua lista quando ele o escolheu e preparou para proteger Yuri. Jake parecia
gostar do trabalho, especialmente das viagens e o dinheiro era muito bom.
Sozinho com seus pensamentos depois que Jake se afastou, Dimitri olhou ao redor da
sala de espera. Como tudo o que Yuri tocava, ele fez questão de ter o lugar refeito com muita
opulência. Tudo era elegante e moderno, com paredes de vidro e de recursos hídricos. A
maioria das peças de arte nas paredes cinzentas confundiam Dimitri, mas duas peças que ele
reconheceu como um trabalho de Vivian atraíram seu olhar. Ele ficou na frente deles,
enquanto esperava para Yuri, apenas olhando para as pinceladas ousadas de cores e as formas
humanas fracas neles.
— Provoca a pensar, não é? Yuri andou a passos largos para se juntar a ele. Ele inclinou
a cabeça e olhou para as telas. — Eu ainda não sei o que eles são, mas eu não consigo parar de
olhar para eles. Ela pediu-lhe para posar para esse novo projeto dela?
Dimitri assentiu.

— Eu fui ao seu estúdio há três semanas. Você vai deixá-la dar uma olhada em suas
tatuagens?

— Claro. Ele deu de ombros. É um conceito fascinante. Estou interessado em ver a


coleção final. Tudo o que ela cria é tão assombrosamente belo.

— Ela é talentosa. Conversando em sua língua materna senti tão fácil e agradável. Ela
deu um ar de privacidade para a conversa.

Yuri cantarolava com acordo.


— E completamente alheia a quanto Nikolai se importa com ela.

Dimitri lançou lhe um olhar de advertência.


— Você e eu sabemos que há uma razão pela qual ele quer que seja assim.
Yuri deu de ombros.

— Foi há muito tempo atrás, Dimitri. Acho que é hora dele se perdoar por esse
pequeno acidente.

—Eu não acho que o perdão é a questão. - Dimitri ficou desconfortável falando sobre
negócios privados do seu amigo e mudou de assunto. — Você tem tempo para falar comigo?
Yuri bateu nas costas e sorriu.

— Sempre. Vem.

Ele seguiu Yuri em seu escritório espaçoso. Uma dos muitos assistentes de Yuri levouos
para a sala. Sempre solícita, ela ofereceu-lhe uma bebida que ele recusou. Yuri pediu água e
ela apressou-se a levar para ele, cambaleando sobre os calcanhares e mal conseguia se mover
na saia lápis justa.

Houve um tempo em que Yuri teria observado cada movimento, seu faminto olhar
colado ao seu traseiro balançando ou o balançar suave de seus seios. Hoje, ele parecia estar
completamente indiferente a ela. Dimitri estudou seu amigo por um longo momento, após a
assistente sair e fechar a porta atrás de si.

— O quê? Yuri bebeu um gole de água.


Dimitri se recostou na cadeira e ficou confortável.

— Você não flertou com ela.


Ele parecia infeliz.

— Eu não flerto com cada mulher que trabalha para mim, Dimitri.

— Não? Porque você tem uma certa reputação.

Yuri fez um som rosnando irritado.


— As pessoas mudam.

— Alguns sim, mas você?


Yuri olhou para ele.

— Sim. Eu posso mudar.


Dimitri considerou como defensivo de seu amigo estava agindo.

— Você está mudando para melhorar a si mesmo ou para fazer alguém feliz? Ele riu
quando tudo começou a fazer sentido. Quem é ela?

Yuri tem um olhar distante em seus olhos.

— Alguém que me despreza.


— Eu acho isso difícil de acreditar.

Yuri deu uma risadinha autodepreciativa.


— Bem, acredite, Dimitri, porque isso aconteceu.
— Será que ela trabalha para você?
Ele balançou a cabeça. —Eu tentei contrata-la, mas ela não aceitou. Ela é brilhante e
todo mundo fala sobre seu olho afiado para relações públicas. Então ela entrou por aquela
porta - ele fez um gesto para entrada. — E eu não conseguia pensar. Eu não conseguia respirar.
Acabei agindo com ela como um garotinho estúpido… - sua voz sumiu e ele franziu a testa. —
Aparentemente, a minha reputação é do tipo de homem com que ela não vai trabalhar ou ter
um encontro.

Dimitri sentiu Yuri tinha sido ferido pela rejeição. Ele não era um homem acostumado
a ouvir não de ninguém.
— Eu sinto muito, Yuri.

Ele acenou com a mão.

— E a pior parte de tudo isso? Ela é a melhor amiga de Erin e Vivi e eu tenho que vê-la
sempre que eu estou por perto de Ivan ou Nikolai.

Dimitri piscou quando as peças se encaixaram.


— Espere. Lena? Lena Cruz?

Yuri concordou.

— Você a conhece?
— Claro, ela é íntima de Benny. Elas estão trabalhando juntas em um projeto na pada-
ria.

Yuri tem um brilho malicioso em seus olhos pálidos.

— Ah, sim. Como está a sua pequena senhoria doce?

Dimitri lançou lhe um olhar de advertência.


— Ela está bem.

—Ainda correndo atrás dela como um cachorrinho?

Dimitri se mexeu desconfortavelmente.

— Não exatamente.

Yuri riu.
— Oh, eu vejo. Será que, finalmente, teve a coragem de fazer alguma coisa? Ele
balançou as sobrancelhas. — Como ela estava? As sempre quietinhas que acabam sendo fogos
de artifício reais entre os lençóis.
A mandíbula de Dimitri apertou. Ele arrebentaria as suas bolas em um monte de
partes, mas Benny estava fora dos limites.
— Não, Yuri.

Os olhos de seu amigo se arregalaram.

— Eu vejo. Isso é sério, né?


É complicado - disse ele finalmente. —Eu não tenho certeza de que estamos na
mesma página ainda.

— Bem, eu tenho certeza que você não veio aqui para pedir conselhos sobre
relacionamento. É melhor ir para Ivan para essas respostas.

Dimitri bufou com o pensamento de buscar conselhos sobre relacionamentos de longo


prazo com um playboy bilionário, mas a sugestão para trocar ideias com Ivan era uma boa.

— Não, eu não estou aqui para esse tipo de ajuda. O que você sabe sobre as
propriedades Upstreet?

O comportamento brincalhão de Yuri sumiu.

— Nada que você vai gostar de ouvir. Porquê?

— Eles querem comprar a padaria de Benny para que eles possam colocar em um
centro de varejo. Ela disse que não e eles mandaram um dos seus homens para assustá-la esta
manhã.

Os olhos de Yuri estreitaram e um flash de raiva os escureceu. Como Dimitri, ele tinha
um problema real com que tática particular de assustar. Ir atrás de mulheres era fraco e
covarde.
— Jonas Krause é dono da empresa de desenvolvimento imobiliário. Ele tem bolsos
profundos. Nem tão profundo como o meu, obviamente, mas mais profundo do que o seu. Não
é o dinheiro que o torna perigoso, Dimitri. São suas conexões.
— Com?

— Toda e qualquer pessoa importante em Houston - continuou Yuri. — Não se engane.


Se ele quer a propriedade, ele vai buscá-la. Ele é dono de um monte de gente no governo da
cidade. Ele vai colocar pressão sobre eles para usar o domínio eminente. Se ela atrapalha isso,
ele vai encontrar uma maneira de parar as licenças que ela precisa para fazer reparos ou
melhorias. Se isso não impedi-la, ele vai barrar os empreiteiros e tornar impossível para ela
conseguir algum trabalho feito. Endureça o suficiente e ele poderia usar um pouco de
quebradores de joelhos que ele mantém em sua folha de pagamento para fazê-la aceitar.
Dimitri esfregou a parte de trás do seu pescoço. Seus músculos apertados
dolorosamente quando o retrato do que fariam contra Benny ficou claro.

— O que eu faço? Como posso ajudá-la?


— Diga-lhe para levantar a porra preço e vender, enquanto o dinheiro ainda é bom.

— Ela não vai. Esse negócio foi construção e é a história de sua família.

— O negócio pode ser mudado. Um edifício é simplesmente um edifício. É tijolos,


drywall e fios. Não é nada. Yuri espetou o ar com seu dedo. É melhor você mudar sua mente ou
ela vai ficar totalmente ferrada com isso. Estes não são o tipo de pessoas que quer enfrentar,
Dimitri. Esta será uma desagradável luta e é uma que você não vai ganhar.

O aviso de transtorno de Yuri fez virar seu estômago. Enquanto ele respeitava os
sentimentos de Benny sobre o assunto, ele temia que ela estava deixando suas emoções
atrapalharem seu julgamento. Com dinheiro suficiente com a venda do edifício e a venda de
sua casa, ela poderia começar de novo em um local melhor. Ele iria ajudá-la com os fundos, se
necessário, para ter certeza que ela ficasse solidamente no preto.
Fazê-la a concordar com essa proposta não seria fácil. Ele nunca quis que ela se
sentisse como se não houvesse saída. Ele temia que ela veria isso como uma traição, se ele
pedisse a ela para vender, mas o que mais ele poderia fazer? Yuri nunca exagerava. Se ele
disse isso, que Jonas Krause era um problema, era verdade.
— Merda. - Dimitri passou a mão pelo rosto. — Nós ainda não tivemos 24 horas juntos
como um casal e nós vamos ter a nossa primeira luta enorme.
— Agora, isso é algo que eu posso ajudá-lo, Dimitri! Posso não ser um especialista em
relacionamento como Ivan, mas eu sei exatamente o que fazer nesta situação.

Dimitri olhou com cautela.

— E o que seria isso?

— Você para na loja de joias no caminho de casa e você compra algo obscenamente
caro. Diamantes são sempre uma boa escolha. Eles vão amacia-la e torna menos provável que
você precise ir para a sala de emergência.
Dimitri fez uma careta para Yuri.

— Eu não posso imaginar por que Lena pensa que você é um mulherengo.

— Isso doeu, Dimitri. - Yuri colocou a mão em seu peito e fingiu lesão.
Seu bolso vibrou e ele pegou seu telefone. Uma mensagem de texto de Benny fez sua
peito vibrar. Sentia-se como um adolescente maldito quando ele abriu a mensagem. Um
homem adulto não deve sentir tanta emoção a partir de algo tão simples, mas ele fez.

Tendo jantar com as meninas hoje à noite. Espero que esteja bem.

Antes que ele pudesse escrever uma resposta, Yuri perguntou:


— Será que é de Benny?

— Ela só me avisou que ela vai a um jantar com as amigas. - Ele não mencionou Lena,
porque ele não queria tocar nesse ponto sensível.

— É tudo o que ela diz?


— Bem…

— Porque é provavelmente um teste, Dimitri.

Ele riu.

— É uma mensagem, Yuri. Isso é tudo.

— A não ser quando não é - respondeu Yuri. Ele estendeu a mão. Deixe-me ver.

Dimitri puxou o telefone mais perto de seu peito, mas Yuri conseguiu pegar de suas
mãos. Ele olhou para a tela e cantarolou com conhecimento de causa. —
Está vendo? Um teste!
Dimitri estreitou os olhos.
Dê-me o maldito telefone.

Yuri fechou o telefone e devolveu.

— Ela está se sentindo insegura, Dimitri. Sei que brinquei sobre os tímidos, tipos
silenciosas antes, mas eu estou falando sério agora. Mulheres como Benny precisam ser
tranquilizadas. Ela é engraçada e doce, mas ela não é a mulher mais confiante. Esta
mensagem? Ele apontou para o telefone. Essa é sua maneira de estabelecer limites.

— Limites? - Dimitri raramente se sentia em dúvida, mas o conhecimento de Yuri no


campo das mulheres superava o dele.
— Você tem uma personalidade dominante. Assim como eu, como Ivan, como Nikolai -
disse ele. Algumas mulheres adoram isso, sim? Algumas mulheres são paradas por isso.
Algumas mulheres não tem certeza. Algum lugar em Benny está no meio agora. Ela adora e
teme. Ela está dizendo que ela vai ter uma noite com suas amigas para lembrá-lo que toma
decisões por ela. Mas, - ele enfatizou, uma pequena parte dela quer saber se você vai ficar
incomodado que ela tomou uma decisão sem você. Ela está se sentindo fora. Ela está tentando
descobrir como essa relação vai dar certo.
Dimitri olhou para a tela e considerado o conselho de Yuri. Na noite passada, ele havia
sido um pouco forte no sentido de conseguir que ela passasse a noite com ele. Ele também
colocou-a em restrições. Ela amou, obviamente, mas talvez tenha sido um pouco demais para
uma noite. Ela estava se sentindo nervosos agora?
Ele correu o polegar sobre o touchscreen e pensou sobre o que escrever. Depois de
apagar a sua mensagem duas vezes, ele chegou a uma conclusão.

Divirta-se. Eu poderia vê-la mais tarde?

Com a mensagem enviada, ele olhou para cima para encontrar Yuri olhando para ele. Ele
colocou o telefone no bolso e soltou um suspiro irritado.
— O quê?

Ombros de Yuri saltaram e ele ficou de pé.


— Eu estava pensando que em breve você e Ivan vão ter fins de semana só para casais.

Dimitri mostrou-lhe o dedo, mas não tentou negar. Por tudo o que sabia, Yuri estava
certo. Ivan estava com Erin a apenas poucos meses, mas ele já tinha percebido uma mudança
dramática em seu amigo. Era provável que ele logo estará seguindo os passos de Ivan.

Yuri caminhou para a sua mesa e tirou um cartão de visita.

— Você já pensou a proposta que fiz na semana passada?

Dimitri lembrou do seu jantar no Samovar. Yuri ele tinha pego de surpresa com um
novo empreendimento que queria Dimitri encabeçasse. Você estava falando sério sobre isso?

Yuri parecia divertido.


— Alguma vez você já me viu fazer uma piada quando se trata de dinheiro e negócios?

— Não.
Ele escreveu algo sobre a parte de trás do cartão.
Eu acho que você é a pessoa perfeita para dirigir uma empresa de segurança
pessoal. Podemos transformar Front Door Segurança em uma empresa maior. Acho que você
tem algo único a oferecer, especialmente para a grande clientela internacional que está vindo
para Houston. Ele endireitou-se e deixou cair a caneta de volta. Você e eu sempre ficamos
limpos não teríamos nenhum problema.
Quando ele disse limpo, ele quis dizer no lado direito da lei. Ao contrário de Ivan e
Nikolai que tinham ficado fora e tinha ficha de um quilômetro de comprimento, Dimitri e Yuri
tinham ficado fora do crime. Isso não era dizer que não tinham cruzado a linha uma ou duas
vezes quando foi absolutamente necessário, mas tinham sido cuidadosos sobre isso.
—Deixe-me pensar nisso - Dimitri se levantou da cadeira. — Quando você quer uma
resposta?

— O fim de semana que vem? Yuri estendeu o cartão de visita. Quanto mais cedo
agirmos, melhor.
Dimitri tomou o cartão de visita e virou de ponta cabeça.

—O que é isso?

— É o nome de um joalheiro aqui em Houston. O único que eu uso. Ele é um de nós.


Por um de nós, ele quis dizer um russo. Dimitri tentou devolver o cartão.

— Eu não preciso disso. Eu não vou comprar para Benny joias apenas para evitar uma
discussão.

Yuri empurrou a mão de volta.

— Mantenha-o. Você pode precisar dele mais cedo do que você pensa.
Dimitri começou a protestar, mas acenou com a cabeça em seu lugar. Ele colocou-o no
bolso. Com um sorriso, ele perguntou:

— Será que eu ganho um desconto se eu mencionar o seu nome?

— Inferno - Yuri disse com uma risada, ele provavelmente vai aumentar o preço! Ele
bateu nas costas de Dimitri.
— Ei, vá para o clube no sábado, Ivan e Erin vão. Vai ser bom ver você e Benny juntos.

Dimitri não tinha tanta certeza Benny iria desfrutar da cena selvagem no Faze,
decadente casa noturna de Yuri em Houston, mas ele aceitou a oferta.

— Claro.

— Bom. - Yuri acompanhou-o até a porta e olhou para o relógio. Eu gostaria de


convida-lo para se juntar a mim no Samovar para o almoço, mas eu tenho um helicóptero
chegando em dez minutos. Próxima vez?

— Sim.
Os dedos de Yuri apertaram em seu ombro.
Tenha cuidado, Dimitri. Eu sei que você ama essa mulher, mas não deixe que o
amor faça de você estúpido. Ivan entrou no meio de uma guerra de gangues por Erin e quase
não sobreviveu.

—Você acha que eu sou imprudente?


— Não, mas eu também nunca vi você proteger alguém que você ama tanto quanto
Benny. Vejo em seu rosto cada vez que você menciona o nome dela. Não deixe isso cegá-lo.
Visão de túnel em um momento como este? - Ele balançou a cabeça. Mal negócio.

Dimitri levou a advertência a sério. Yuri tinha um jeito de cortar o papo furado e desta
vez não foi diferente. Eles apertaram as mãos e Dimitri dirigiu-se para os elevadores.

Sim!

Sim! Com um sorriso no rosto, ele entrou no elevador vazio. Pela primeira vez em
muitos anos, sentiu um tremor de esperança fazendo cócegas no fundo de sua barriga. Benny
era finalmente sua e ele nunca iria deixa-la ir.
Capítulo 6

Mais tarde naquela noite, quando eu parei na pequena área de estacionamento ao


lado da padaria, a minha barriga ainda doía de tanto rir. Não conseguia me lembrar da última
vez que tinha tido diversão com amigas. Mesmo que eu conhecesse Vivian e Erin a pouco
tempo, as duas mulheres tinham felizmente me acolhido no grupo e me fizeram sentir uma
parte delas. Foi um sentimento muito bom.

A caminhonete de Dimitri estava em seu lugar de costume. Eu baixei a minha viseira e


verifiquei meu reflexo no espelho. Eu retoquei meus lábios e procurei dentro minha bolsa por
uma bala de hortelã que eu rapidamente esmaguei entre meus dentes para que ele se
dissolvesse mais rápido. Minha barriga vibrou loucamente quando eu saí para fora do meu
carro e tranquei-o.

Eu ainda não tinha ido para o primeiro degrau da escada de metal, quando a porta de
Dimitri se abriu e ele saiu para me cumprimentar.
— Oi.
Eu sorri para ele e tentei manter meus joelhos sem tremer.
— Oi.

Seu sexy sorriso fez meu coração dançar. Descalço e de jeans, ele parecia tão relaxado
quando ele se encostou na porta e esperou por mim. Eu poderia dizer que ele correu as mãos
pelos cabelos loiros, deixando as extremidades um pouco desgrenhadas. Sua camisa azul
pálido esticada sobre o peito e abraçando sua espessura, braços musculosos. A memória de tê-
los ao meu redor fez a minha barriga apertar.
No segundo que me aproximei, ele deslizou um braço ao redor da minha cintura e me
puxou contra seu peito. Ele segurou meu rosto e alegou meus lábios em um beijo tão
perfeitamente sensual que tornou impossível para eu respirar. Meu coração gaguejou no meu
peito enquanto sua língua varreu a minha e ele chupou suavemente no meu lábio inferior.
Deus, o homem sabe beijar!
Ele arrastou o polegar em toda a minha boca.

— Como foi a sua noite com as meninas?

— Foi boa. Acho Lena e Erin se divertiram mais, especialmente depois que abrimos a
segunda garrafa de vinho da adega de Ivan.
Uma carranca marcou seu rosto bonito. Um pouco tenso, ele disse:

— Você não deve beber e dirigir, Benny. -

Eu me irritei com sua insinuação de que eu tinha feito algo errado.

— Eu bebi um copo quando eu entrei na porta. Passou mais de duas horas.


Ele olhou se desculpando.
Eu poderia ter me expressado de forma diferente. Eu só quis dizer que você poderia
ter me ligado. Eu teria ficado feliz em buscá-la. - Ele passou os dedos pelo meu cabelo solto. —
Eu me preocupo com você.

— Dimitri, eu sou uma menina grande. Sei me cuidar.


— Eu sei que você sabe. - Ele resmungou baixinho em frustração. — Estou trabalhando
isso. Estou tentando dizer que nem sempre você tem que fazer tudo por conta própria.

Meu aborrecimento sumiu. Eu esfreguei minha mão sobre o peito duro.

— Eu entendo. - Querendo mostrar -lhe que eu quis dizer isso, acrescentei: — A


próxima vez que eu sair com as meninas eu vou realmente me soltar, ok? Então você será o
único recebendo uma chamada tarde da noite de sua namorada embriagada pedindo-lhe para
vir buscá-la em vez do pobre Ivan.

Dimitri riu.

— Tenho certeza que Ivan amou isso.

Eu sorri com a lembrança de Erin arranhando Ivan em seu caminho para o seu SUV.
— Bem, considerando a forma como Erin tinha a camisa de Ivan metade desabotoada
pelo tempo que ele caminhou até o estacionamento, eu tenho certeza que ele amou.

Dimitri olhou em choque com a minha descrição de suas ações lascivas.

— Erin? Sério?
Eu ri.

— Sim. Ivan ficou tão perturbado com ela que ele, finalmente, apenas a pegou e jogou
por cima do ombro como um saco de batatas. A última coisa que eu vi antes dele joga-la em
seu veículo foi Erin batendo-lhe na bunda. Eu não acho que Ivan estava se divertindo tanto
quanto eu.
— Não, eu tenho certeza que ele não estava.

O sorriso de Dimitri iluminou seu rosto.

— Vamos para dentro.

Ele enrolou o braço em volta dos meus ombros e me levou para o apartamento dele.
Tirei meus sapatos antes de segui-lo para a sala de estar. Sentou-se no sofá e comecei a sentar
ao lado dele, mas com um puxão rápido, ele me puxou para o seu colo.

— Dimitri! - Tentei ficar livre, mas ele agarrou minha cintura.


— Sente-se -, ele insistiu e deu um beijo delicado em meu pescoço. — Eu senti sua
falta hoje. Deixe-me te abraçar.
Como pode uma menina discutir com isso? Relaxando, eu disse:

— Bem... tudo bem.


Ele sorriu com indulgência, mas não salientou que eu não estava exatamente
concordando com uma enorme dificuldade. Seus dedos giravam sobre a pele nua logo acima
do meu joelho. Eu chamei sua atenção. Não havia dúvida do brilho malicioso. Sua mão deslizou
um pouco mais alto, realizando manobras logo abaixo da barra da minha saia.
Mesmo que eu quisesse a mesma coisa que ele queria, decidi fazê-lo esperar. Eu
queria retardar e desfrutar a antecipação um pouco mais.

— Dimitri?

— Sim? - Ele acariciou minha nuca.


— Qual é a história por trás de Vivian e Nikolai?
Instantaneamente, ele endureceu. Surpresa com a reação, eu olhei para ele. Ele se
recuperou rapidamente e deu de ombros indiferente.

— Não é nada, apenas uma história.

Eu segurei seu olhar.

— Eu gostaria de ouvi-la. Eu não estou confortável o suficiente com Vivian para


perguntar ainda, mas eu sinto como se estivessem brincando de pegar quando eles falam.
Corri meus dedos sobre os nós dos dedos dele. — Por favor?
Ele não parecia emocionado ao fazer isso, mas finalmente cedeu.
—Tudo bem.

Eu beijei sua bochecha.

— Obrigado.
— Você sabe que a mãe de Vivian era russa, certo?

— Eu meio que assumiu essa parte. Ouvi-a falar russo para Ivan antes. Ela foi
impecável. - Durante o jantar, eu tinha ouvido Len e Vivian cacarejando uma para a outra em
espanhol, histórias antigas algumas das mais engraçados que eu ouvi em muito tempo. - Seu
espanhol é perfeito, também.
Ele acenou com a cabeça.

— Se não fosse por seu talento com um pincel, acho que ela poderia ter estudado
línguas. Ela teria se saído bem. - Sua mão varreu cima e para baixo da minha coxa, empurrando
o tecido da minha saia mais alto com cada movimento. — O pai de Vivi estava em uma gangue
de motoqueiros do México. Eles operavam em ambos os lados da fronteira.
— Como anjos do inferno ou algo assim?

— Pior ainda - disse ele, os lábios se estabeleceram em uma linha sombria. — Estamos
falando de drogas, prostituição, armas e golpes. Coisas realmente desagradáveis e pessoas
muito perigosas, Benny. Quando a mãe de Vivi casou com este homem, sua família virou as
costas para ela. Eles a cortaram completamente.

— Oh.
— Pelo que eu sei, sua mãe sempre foi um pouco... estranha. Ficou pior depois que ela
se casou e teve Vivian. Teve algum tipo de surto psicótico e tentou afogar Vivi. Uma vizinha
ouviu os gritos e a salvou. Colocaram Katya longe em uma instituição mental por um tempo,
foi quando Vivi começou a viver com a família de seu pai, mas eu não acho que era muito
melhor. Nesse momento, o pai dela foi preso por transportar carga de drogas.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo, mas eu senti que ia ficar muito pior.

— Enquanto isso, a mãe dela ficou melhor e a deixaram sair do hospital. Ela conseguiu
Vivi de volta e as coisas estavam bem por um tempo. O pai de Vivam saiu da cadeia e voltou
para casa. Os problemas começaram novamente. Seus pais eram ambos bêbados
desagradáveis. Eles espancavam um ao outro. Alguns dos veteranos que ficam ao redor do
Samovar podem contar histórias que envolvem até as unhas do pé, eles agrediam um ao outro
com facas e garrafas quebradas.
Eu fiz uma careta.

— Jesus, isso é horrível.

Ele acenou com a cabeça.

— No momento em que Vivian tinha dez anos ou mais, o seu pai voltou para a cadeia.
Sua mãe estava mais irregular e perigosa. Ela não tomava sua medicação, até que os avós de
Vivian, a mãe e o pai de Kátia, finalmente entraram em cena e assumiram a custódia de Vivi.
Sua mãe perdeu toda a esperança e ela se enforcou em um quarto de motel na cidade.
Eu engasguei com a imagem horrível que ele pintou.

— Dimitri, isso é terrível.

— Os avós de Vivian a protegeram muito da feiura, mas, em seguida, seu pai saiu da
prisão novamente. Ele não foi autorizado a ter contato com ela, mas ele encontrou uma
maneira de passar bilhetes na escola, provavelmente através de um filho de um membro da
gangue. De alguma forma, ele a convenceu a se encontrar com ele. Uma coisa levou a outra, e
logo Vivi estava vendendo drogas para ele.
— O quê? - Eu quase caí do colo de Dimitri. — Você está brincando!

Ele balançou a cabeça tristemente.

— Eu não acho que ela percebeu o que estava acontecendo. Ela era apenas uma
criança. Uma, garota estúpida e jovem, sabe? Seu pai lhe deu uma mochila e um lugar para
encontrar um primo. Ela pegaria o ônibus, conheceria esse suposto primo no shopping e
trocaria uma mochila de medicamentos para uma cheia de dinheiro.

—Oh meu Deus!

Sua mandíbula se apertou.

— Eventualmente, ela foi pega durante uma batida da narcóticos. Seu pai tinha feito
sua cabeça de tal maneira que ela não iria desistir dele. Seus avós conseguiram um bom
advogado para que ela fosse posta em liberdade condicional e em aconselhamento.

Surpresa com a história, que ele contava, eu comecei a me perguntar sobre a conexão
de Nikolai.
— Onde é que Nikolai se encaixa nesta história?
Ele respirou lentamente.
Não muito tempo depois Vivian foi pega durante uma apreensão de drogas, Nikolai
estava aqui visitando a família. Pai de Vivi tinha voltado a entrar em contato com ela. Ele a
convenceu a ajudá-lo a fazer um último trabalho para que ele pudesse obter dinheiro
suficiente para levá-la com ele. Tenho certeza que ele prometeu-lhe todos os tipos de coisas
para fazêla fazer isso. De alguma forma, ele convenceu Vivian a invadir uma casa para ajudá-lo
a roubar. Ela foi baleada pelo proprietário e caiu de uma janela ao tentar fugir. Seu pai a deixou
lá para sangrar até a morte. Nikolai estava na casa ao lado. Ele ouviu os tiros e os gritos e
salvou sua vida.

Sentei-me em silêncio, atordoada como a tragédia da história de Vivian, tomou conta


de mim. Algo sobre a maneira de Dimitri me disse que ele não iria contar, o meu olhar me disse
que havia muito mais neste conto sórdido, mas eu não ia força-lo a me contar. Eu confiava que
havia uma razão que eu não pudesse saber de tudo. O que ele me disse era ruim o suficiente!

— O que aconteceu com o seu pai?

— Até onde eu sei, ele ainda está na cadeia.


— E daí? Depois disso, Nikolai sentiu responsabilidade para com ela?
Dimitri não respondeu de imediato. Ele parecia estar escolhendo as palavras com
cuidado.
— Ele sabia que a família de sua mãe voltou para a Rússia ele manteve contato depois
que ele voltou para Moscou. Acho que a experiência de encontrar uma criança sangrando até a
morte depois de ser baleado e cair de uma janela realmente fodeu com ele.
— Seria de traumatizar qualquer um.

Ele resmungou em acordo.

— Quando viemos para cá para começar de novo, Nikolai descobriu que sua avó tinha
morrido recentemente e seu avô estava em casa com a doença de Alzheimer. Ele ofereceu-lhe
um emprego no Samovar e fez com que todos soubessem que ela tinha sua proteção.
— Ele é tão poderoso?

— Sim.

Eu decidi não me entregar a minha curiosidade sobre o que falam que Nikolai
realmente fazia para viver. Em vez disso, eu perguntei:

— É assim que você se sente por mim? Que eu preciso de sua proteção?

— Às vezes - admitiu. — Neste momento, você precisa de mim.

— Essa bagunça com Johnny e o corretor imobiliário?


— Isso não é algo que você deve resolver sozinha. Você precisa de alguém como eu
para liderar o caminho e mantê-la longe de problemas.

— Eu não sou impotente, Dimitri.


— Eu não quis dizer isso.

— Bem...
Hey - ele sussurrou baixinho e tocou minha bochecha. — Eu acho que você é incri-
velmente inteligente e capaz, Benny. Eu sei o que as pessoas, como Jonas Krause estão
dispostos a fazer para conseguir o que querem. Também sei o quão estúpido o seu irmão pode
ser. - Os cantos de sua boca mergulhou. — Você já ouviu falar dele hoje?

— Só uma chamada rápida por volta das cinco - eu disse. -— Não foi bom. Ele me disse
que estaria em casa à meia-noite. Honestamente, eu não quero brigar com ele assim ou deixá-
lo ir. Disse-lhe que ia falar no café da manhã.
Sua mão caiu sob o meu top e acariciou minha pele nua.

— É essa a sua maneira de me dizer que você não vai passar a noite?

Eu tremia enquanto seus dedos me marcaram com seu toque. Engolindo em seco, eu
disse:

— Esta é a minha maneira de dizer que tudo aconteceu muito rápido na noite passada.
Acho que devemos abrandar um pouco. - Nervosa, acrescentei:

— Se estiver tudo bem.


Seus dedos continuaram ainda. Seus olhos azuis olharam nos meus mais escuros.
— É claro que está tudo bem. Benny, você me diga o que você quer e será seu.

Eu tenho a sensação de que ele não estava falando sobre sexo. Às vezes, ele dizia
coisas como essa e eu tão desesperadamente queria ler um significado duplo. Eu queria
acreditar que ele se sentia tanto como eu sentia. Ontem à noite, tinha me jogado um laço. Eu
não tinha certeza do que estava acontecendo agora ou para onde estávamos indo. O conselho
de Lena veio à mente.

— Dimitri?
— Sim?

—O que... o que estamos fazendo?

Seus lábios tremeram com diversão.

— Eu estava planejando deixa-la nua e fode-la aqui neste sofá até que você me
pedisse para parar, mas eu suponho que poderíamos assistir a um filme em vez disso.

Engoli em seco quando ele descreveu a noite em que ele havia planejado para mim
antes que eu tinha dado a ele o discurso, vamos devagar.

— Oh isso seria bom. Vamos voltar a isso depois, ok? Mas, na verdade, eu quis dizer,
nós. Que estamos fazendo? Somos um casal? Estamos apenas brincando?

Seus dedos longos enfiada pelo meu cabelo.


— A noite passada foi o nosso primeiro encontro, então eu acho que isso significa que
estamos namorando. - Suas sobrancelhas subiram interrogativamente. — A menos que você só
queira um arranjo sexual? Amigos com benefícios ou o que eles chamam.

— Não! - Eu respondi muito rapidamente e ele sorriu.


— Quero dizer, não. Eu não quero esse tipo de arranjo. Encontro parece bom.
Então, nós estamos namorando.

—Tudo bem.

— Benny?
— Sim?
— Vamos voltar ao tópico que você apresentou.

Minhas bochechas ficaram quentes.

— O que tem isso?

Sua mão deslizou debaixo da minha saia e se moveu em direção a minha calcinha. —
Você disse que queria ir devagar. - Seus dedos avançaram ao longo da minha coxa. — Eu posso
ir muito, muito lentamente, se você quiser.

De repente, meu clitóris palpitava e minha buceta doía por ele. Tremendo de emoção,
eu sussurrei:

—Talvez rápido é bom esta noite.


Ele riu e capturou minha boca. Choramingando, eu segurava seus ombros e me
preparava para ser arrebatada por ele. Se a minha única noite com Dimitri tinha me ensinado
alguma coisa, foi que o meu grande, sexy russo era um mestre quando se trata deste tipo de
coisa. Eu praticamente vibrava com desejo e necessidade.
Ele não perdeu tempo tirando minha blusa e jogando de lado o meu sutiã. Minha saia e
calcinha rapidamente os seguiu. Ele me arrastou suavemente para baixo do encosto do sofá
numa manta e colocou-se debaixo de mim, poupando a minha pele quente do choque frio do
couro fresco.
Encaixado na manta de pelúcia, eu o assisti tirar sua camisa e jeans. Tudo que a pele
deliciosamente bronzeada acenou. Corri minhas mãos gananciosas por todo o corpo. Dando o
cós de sua cueca um pequeno puxão, eu soltei de volta contra ele. Ele riu quando eu empurrei
para baixo de seus quadris.
Seu pênis gordo, grosso saltou livre. Eu apertei o comprimento de aço dele, acariciando
a partir da base ampla para a ponta avermelhada. Dimitri respirou trêmulo enquanto meus
dedos se moviam sobre ele. Mesmo tendo certeza que iria decepcioná-lo com o minha
pequena habilidade eu tive que prová-lo. Comecei a mover em direção a ele, mas ele me
parou. Confusa, olhei para ele.
— Você não quer que eu... você sabe?

Ele empurrou os fios soltos de cabelo atrás da minha orelha.


— Sim, mas só se você quiser, não porque você sente que você tem que fazer isso.

Revirei os olhos.
— Claro que eu quero fazer isso!

Ele riu e apertou sua ereção.


— Então abra essa sua boca linda e chupe o meu pau.
Eu fiquei de joelhos e coloquei minhas mãos em seus quadris. Molhando os meus
lábios, eu deixei uma piscina saliva na ponta da minha língua antes de passar por toda a
extensão dele. Eu arrastei minha língua ao longo da parte inferior de seu grande eixo antes de
chupar em minha boca. Seu gemido aflito enviando choques elétricos de excitação através de
mim. Eu queria fazer ele se sentir tão bem como ele me fez sentir ontem à noite.
Não havia nenhuma maneira que eu poderia tirar tudo dele em minha boca. Ele
também esperou por muito tempo para isso. Com os meus lábios esticados, eu subia e descia
em seu pênis. Minha mão pegou a folga, deslizando para cima e para baixo sua ereção. Eu
podia sentir o leve sabor de pré-sêmen quando ele ficou mais e mais excitado.
Quando os dedos de Dimitri emaranharam no meu cabelo, eu olhei para ele. Nossos
olhares se encontraram, com os olhos questionando e buscando permissão. Eu entendi o que
ele queria e confiava nele para não forçar muito para dentro. Relaxei meu queixo, eu
felizmente esperei por ele para bombear seu pênis na minha boca disposta.
Delicadamente, num primeiro momento, ele empurrou seu pau contra a minha língua.
Suas narinas se apertaram quando ele deslizou alguns centímetros e depois recuou. Os
tendões apertados em seu pescoço e suas respirações curtas mostraram o quanto ele estava
lutando contra o desejo primordial para enterrar seu pau no fundo da minha garganta. Ele
conteve as suas necessidades mais básicas em cheque e me mostrou o quanto ele apreciava
minha confiança nele, tomando minha boca com movimentos cautelosos. Eu cantarolava em
torno de seu pênis bombeando e fez com que agitasse minha língua sobre a cabeça, sugando
as gotas de pré-sêmen reluzente da ponta.

—Chega - disse ele com um gemido e puxou livre. Seu pênis pulsava visivelmente como
ele negou a si mesmo o orgasmo que ele claramente queria.

Um momento depois, ele estava de joelhos e me empurrando para as minhas costas.


Ele agarrou meus joelhos e abriu as minhas pernas. Ele arrastou um dedo através de minhas
dobras, girando ao redor do meu clitóris e, em seguida, deixando-a deslizar mais baixo para
empurrar dentro do meu canal escorregadio. Ao ouvir seus gemidos suaves enquanto eu tinha
minha boca sobre ele tinha conseguido me excitar muito.
— Você está tão molhada. - Ele baixou o rosto e deu um beijo bem em cima do meu
clitóris. — Será que chupar meu pau aqueceu você, Benny?
Sem fôlego, eu confessei.

— Sim.

Ele acrescentou um segundo dedo no meu canal.

— Você quer que lamba você? Você quer gozar com a minha língua em sua vagina?

Eu engasguei com sua linguagem áspera, mas respondi honestamente.

— Sim. Por favor, Dimitri!

Com um gemido de fome, ele baixou a boca para minha vagina. Como se voraz, ele
atacou o meu clitóris. Sua língua circulou o nó inchado e desviou em torno dele. Eu levantei
meus quadris e agarrei seus ombros enquanto ele me deixou louca com essa boca perversa,
perversa. Os dedos enterrados em minhas profundezas úmidas entrava e saía em um ritmo
constante. Ele curvou-os apenas o suficiente e eu vi estrelas.
— Oooh!

Ele chupou meu clitóris, puxando a pérola rosa entre os lábios e rolando a língua sobre
ele. Os dedos pressionando contra o meu ponto G me enviou ao clímax. Uivando com prazer,
eu gozei de novo e de novo enquanto ele me empurrava mais e mais para o reino de êxtase.

Sua boca caiu na minha. Nós nos beijamos freneticamente e tateamos o outro. Eu
gemia como um cachorrinho pouco triste quando ele se afastou de mim para pegar um
preservativo do bolso de sua calça jeans. Em um instante, ele estava de volta e acariciando a
minha barriga mais baixa. Nossas bocas se tocaram novamente. Trocamos beijos apaixonados
enquanto ele rasgou a embalagem do preservativo.

Eu estava ofegante e agarrando seu antebraço quando ele embainhou a si mesmo. Ele
agarrou meus quadris e arrastou do canto inferior direito até à borda das almofadas do sofá.
Com um impulso poderoso, ele me penetrou.

— Dimitri!

— Você pode me levar - disse ele, com a voz rouca e cheia de necessidade intensa. Os
dedos dele na carne macia das minhas coxas quando ele empurrou os joelhos em direção ao
meu peito e começou a me foder. Não havia nada suave ou de dúvida sobre o nosso
acoplamento agora. Ele levou-me com força e rápido, do jeito que eu queria.

— Oh! Oh! Ahhh! - Gritei de puro prazer. Cada profundo golpe de seu pênis no meu
corpo em chamas. Ele beliscou meus mamilos, puxando levemente sobre os picos escuros até
que tocou. A deliciosa dor amplificado o pulso latejante entre as minhas coxas.

Dimitri trouxe meus dedos aos lábios. Ele chupava meus dedos, deixando agradável e
liso. Ele empurrou minha mão para baixo para o local onde estávamos unidos.

— Esfregue o seu clitóris para mim. Faça-se gozar.

Minha barriga de um flip-flop em seu comando. Timidez tomou conta de mim, mas um
olhar em seus olhos esfumaçados, cheios de luxúria e eu não conseguia encontrar a força para
dizer não. Querendo vir enquanto ele me batia com o pau grande, gordo, eu girava meus
dedos sobre o feixe de nervos que clamavam por atenção. Não precisou muito estímulo para
me colocar em vantagem.

Minha barriga tremia e girava, eu achava difícil de respirar. Meu olhar fixo com o seu
quando ele bateu em mim de novo e de novo, seu pau no fundo do poço antes que ele recuou
para ter apenas a cabeça enterrada dentro de mim.

Mais e mais, ele me levou, mais rápido e mais difícil até que eu gritei o nome dele e
desceu ao aperto feliz do orgasmo. Uma fração de segundo depois, ele me seguiu. A sequência
de palavras russas deixaram seus lábios e ele caiu contra mim, estremecendo e sacudindo,
quando as ondas de seu clímax rasgou através dele.
Quando finalmente se acalmou, ele me deixou apenas o tempo suficiente para
descartar o preservativo. De volta à sala de estar, ele me arrastou para o chão com ele. Nossos
membros estavam emaranhadas no cobertor. A madeira não era o lugar mais confortável para
descansar, mas não nos importamos.
Eu simplesmente queria sentir seu corpo quente pressionado ao meu. Ele acariciou
minha pele nua e salpicou meu rosto com beijos amorosos. De vez em quando ele sussurrou
docemente em meu ouvido, me dizendo que eu era linda e incrível e tão sexy.

Em suma, foi perfeito.

Dimitri odiava arruinar um momento perfeito, mas tinha que ser feito. De todas os
momentos, para falar, ele descobriu que agora era tão bom quanto qualquer outro. Benny
descansava em seus braços, completamente satisfeita e relaxada. Certamente ela seria mais
favorável para o que ele estava prestes a dizer.

— Querida, eu estive pensando sobre Propriedades Upstreet.

— Oh? - Ela parecia um pouco sonolenta.


— Eu acho que você deve aumentar o preço do edifício e vender.

Ela ficou rígida em seus braços. Um momento depois, ela apoiou-se nas mãos e olhou
para ele. O olhar em seu rosto prometeu um inferno de uma briga.

— O quê?

— Benny, olhe - disse ele com cuidado. — Eu fiz algumas perguntas sobre Jonas
Krause. Ele é um homem perigoso.

— E daí? Eu deveria apenas dar o que ele quer sem lutar?


Ele franziu o cenho para sua resposta ingênua.

— E quem diabos você acha que está indo para lutar esta guerra de vocês?
— O que isso quer dizer? - Ela cutucou -o no peito. — Eu nunca pedi para lutar esta
batalha para mim. Você é o único que andava em meu socorro e se ofereceu para me ajudar.

— O que você espera que eu faça, Benny? Deixe você se envolver em algo que você não
pode entender?

— Lá vai você de novo! O que há com você? Por que você supõe que eu não sei como
manobrar através destes tipos de negócios?

— Porque você não sabe - ele respondeu laconicamente. — O fato de que Jonas Krause
enviou um homem em sua padaria para intimidá-la esta manhã deveria ter impulsionado esse
ponto, Benny.

—E daí? Eu entrego? Eu vendo a história de minha família?


— É melhor vender agora do que ir à falência em um mês ou dois e não ter nada para
mostrar para ele!
Ela cambaleou para trás. Seus olhos brilharam de repente. Seu intestino apertou
dolorosamente ao perceber que ele iria machucá-la tão profundamente com a sua réplica
estúpido.

— Benny...
— Foda-se. Ela arrastou-se do chão e começou a colocar suas roupas. — Eu estou
caindo fora daqui.

Ele ficou de joelhos e arrebatou a saia antes que ela pudesse agarrá-la.

— Não. Você não está saindo assim.


— O inferno que eu não vou! Dá-me a minha saia, Dimitri.

Ele balançou a cabeça.

— Eu não vou deixar você voar daqui chateada. Você poderia sofrer um acidente.
Agora sente-se e ouça-me. - Ela começou a dizer-lhe de novo, mas ele a interrompeu com um
olhar suplicante. — Por favor, Benny. Apenas me ouça. -
Ela cruzou os braços e bufou mas finalmente se sentou. Ainda olhando com raiva, ela
disse:
—Eu estou ouvindo. Fale!

Ajoelhando-se na frente dela, ele colocou as mãos em suas coxas nuas e sustentou seu
olhar magoado. Ele se mortificava por magoa-la assim.
— Benny, eu vou apoiar qualquer escolha que você fizer. Estou com você. Eu preciso
que você saiba que na sua frente. Você acredita em mim?

Sua mandíbula se apertou e relaxou. Com um grunhido de frustração, ela admitiu: —


Sim.
— Então, acredita que eu não iria dizer-lhe para vender se eu não achasse que é a
melhor ideia. - Ele segurou seu rosto e escovou os polegares sobre suas bochechas. — Eu
quero o que é melhor para você, Benny. Acho que se você lutar contra Jonas Krause vai acabar
mal. Ele tem milhões de dólares e você é, me perdoe, ninguém no grande esquema das coisas.
Ele não vai pensar duas vezes antes de golpear você.

Ela engoliu em seco e seu lábio inferior tremeu.

— Dimitri, eu não posso simplesmente ir embora do negócio que meus avós


construíram. Você, melhor do que ninguém, deveria entender o que é para os imigrantes vir
aqui, para trabalhar duro e construir algo tão bem sucedido.

— Eu sei, Benny. Mas este negócio está falhando aqui.


Ela começou a chorar e ele sentiu como o maior idiota do mundo todo.

— Não é culpa sua. Eu vi o quão duro você trabalha. Eu vi o que vocês sacrificaram
para manter este lugar. Você herdou um negócio morrendo em um bairro morrendo. Você não
pode fazê-lo funcionar aqui, querida. Por favor, não deixe que ele te arrastar para baixo.
Ela soluçou alto, os sons irregulares rasgando seu coração. Recolhendo-a perto, ele
mudou-se para o sofá e a embalou em seu colo. Ela chorava em seus braços, suas lágrimas
quentes derramando sobre seu peito e escorrendo em sua pele. Ele sofria por ela e seu peito
apertava. O conhecimento de que ele era o único que tinha forçado essa discussão feia fez
sentir-se tão mal.

Merda. Talvez Yuri estivesse certo. Ele deveria ter comprado a porra dos diamantes.
Capítulo 7

Ainda me sentindo grogue, engoli o último gole do meu café e enchi minha caneca de
novo. Eu estava assim por uma hora, mas eu não conseguia me mover. Ontem à noite tinha me
drenado, emocionalmente e fisicamente.
Depois que eu finalmente parei de chorar, Dimitri tinha sussurrado coisas doces e
ternas para mim. Ele tinha feito amor comigo de novo, desta vez mais suave e com tal
intensidade que eu tinha lágrimas nos meus olhos novamente quando acabamos. Mesmo que
eu protestando, ele me seguiu até em casa e me levou para dentro. Aparentemente, ele leva a
sério sua promessa de proteger-me, muito a sério.

Tinha sido muito doloroso ouvir Dimitri me dizer a verdade nua e crua. Mesmo que eu
tivesse reagido tão mal, eu entendi que ele estava tentando me proteger sendo brutalmente
honesto. Ele disse em voz alta o que eu vinha secretamente temendo por tanto tempo. O
negócio não ia ser rentável neste local. Alguma coisa tinha que mudar.

Mudança? Essa parecia ser a única maneira de descrever o estado atual da minha vida.
Eu estava em um constante estado de fluxo. O futuro da padaria estava no ar. Johnny se
mantinha esquivando dos meus telefonemas e recusando-se a voltar para casa. Dimitri parecia
querer buscar algo a longo prazo comigo.

Confusão brotou dentro de mim quando eu despejei um pacote de chocolate quente e


uma colher de açúcar em meu café. A colher bateu contra o interior da caneca enquanto eu
tentava obter um controle sobre as minhas emoções descontroladamente vacilantes. Eu tive
que me controlar!
A porta da frente se abriu, as dobradiças gritando alto. Depois que ela foi empurrada e
fechada, ouvi o ranger revelador do assoalho na sala de estar. Revirei os olhos e limpei a
garganta.
— Johnny?
Com um olhar de culpa em seu rosto, ele veio para a cozinha. Mesmo com a ilha entre
nós, eu podia sentir o cheiro azedo de álcool e de plantas daninhas exalando dele. Eu enruguei
meu nariz e estendi a mão para o meu rosto. — Quando foi a última vez que tomou um banho?

Ele colocou uma mão autoconsciente sobre seu peito.

— Ontem.

Se isso fosse verdade, eu não queria nem pensar sobre onde ele passou a noite. Pelo
cheiro horrível que senti, ele deve ter estado em um lugar terrível. Rezei para que não fosse
um daqueles de baixa renda, prostíbulos que os Hermanos supostamente controlavam.
Na esperança de evitar uma briga, Fiz um gesto para uns burritos embrulhados em
papel alumínio.

— Eu fiz café.
—Eu não estou com fome.
Olhamos um para o outro. Com um suspiro, eu disse:

— Ok. Vamos esclarecer as coisas. Porque você roubou a loja?

— Eu não roubei. Esse é o meu dinheiro, também.


— Não é o seu dinheiro. Ele não é o meu dinheiro. Esse dinheiro pertence à empresa.
Esse dinheiro pertence aos nossos funcionários e nossos fornecedores.

— Foram trezentos malditos dólares, Benny! Não é uma grande quantia!

Eu gritei com ele.

— Não é grande coisa? Você roubou de sua família, Johnny! Isso é uma grande coisa.
Ele xingou porcamente e enfiou a mão no bolso de trás. Meus olhos se arregalaram em
choque quando ele tirou um envelope sujo. Notas de cem dólares flutuaram na bancada.

— Aqui! Aqui está a porra do dinheiro! Feliz?

Engoli em seco enquanto eu olhava para o dinheiro sobre o balcão e o dinheiro que
ainda estava no envelope cheio.

— Onde você conseguiu isso, Johnny?

— Não me faça perguntas estúpidas como essa, Benny. Basta ter a porra do dinheiro e
calar a boca.

Minha mandíbula se apertou.


— Não fale comigo desse jeito!

— Ou o quê? Você vai chamar Dimitri para chutar a minha bunda?


— Eu nunca pedi para Dimitri te machucar!

Ele riu.
—Você é tão cheia de merda.

— Acredite no que quiser, Johnny. Eu sei a verdade.


— Sim? Bem, eu sei que você está transando com ele. Vi seu carro lá na noite passada
e na noite anterior. É assim que ele paga o aluguel agora? - Ele gritou para mim, seus lábios se
curvaram com nojo.
Eu dei um passo para trás. O olhar de desdém em seu rosto fez minhas bochechas e
orelhas queimar.

— Não é assim, Johnny.

— Então, como é que é, Benny?


— Não é da sua conta. Eu tenho direito a ter uma vida pessoal e privacidade, Johnny.

— Sim? Assim como eu. - Ele acenou com o envelope. — Minha vida pessoal. Meu
negócio. Você fique fora disso.
Irritada, eu juntei o dinheiro que ele tinha jogado no balcão e esmaguei em uma bola
apertada. Eu joguei contra ele, atingindo-o no peito com o dinheiro sujo. — Pegue o seu
dinheiro e dê o fora!

Ele fez uma careta para mim e pegou o dinheiro que eu tinha jogado nele.
— Eu não vou a lugar nenhum. Esta é a minha casa. Porque você não vai morar com seu
gringo?

— Eu não vou a lugar algum, Johnny. Como você disse, esta é a minha casa também.

— Não por muito tempo - ele retrucou. Ele enfiou a mão no bolso da frente da calça
jeans e tirou uma pilha de papéis dobrados. Minha mente voltou para o momento em que eu
descobri o dinheiro roubado. Não tinha a minha gaveta da mesa sido aberta?
— Será que é o nosso contrato do negócio? Aquele que assinamos pouco antes que a
vovó morreu?

—Eu conversei com um advogado sobre o cara que quer comprar o prédio da padaria.
Ele disse que você não pode me impedir de vender a minha parte. Ele vai me ajudar a
conseguir a minha metade da casa também.
Meu sangue gelou.

— Johnny, o que você está dizendo? Você concordou em vender sua parte da padaria
para Upstreet?

O lampejo breve de pesar brilhou em seu rosto. Ele desapareceu rapidamente e sua
expressão tornou-se difícil.

— É a minha. Eu posso fazer o que eu quiser com ela. Eu quero o dinheiro. Preciso do
dinheiro.
— Para quê?
— Não é da sua conta, Benny.
— O inferno que não é! Você está dando a história da nossa família para um homem
que quer derrubá-la e construir um estúpido centro comercial. Você está mijando na memória
de tudo o que vovó, vovô e mamãe trabalharam a vida inteira. Eu quero saber por quê?

Ele cortou a mão no ar.

— Eu não tenho que lhe dizer merda nenhuma, Benny. - Virando as costas para mim,
ele praticamente saiu correndo da cozinha. Eu corri atrás dele.

— Johnny! Johnny!

— Foda-se, Benny! - Ele correu para cima e bateu a porta. As paredes tremeram
quando ele ligou o som que tocava as batidas de reggaeton.

Agitada e prestes a vomitar, eu estava ao pé da escada e lutei contra a vontade de


correr até lá e bater nele. Como ele pôde fazer isso? A traição de Johnny nas minhas costas
tomando uma decisão sem me consultar, me magoou tão profundamente. Se fossemos
vender, isso deveria ter sido feito em conjunto, unidos, para que pudéssemos obter o melhor
preço. Estremeci ao pensar que tipo de negócio estúpido que ele poderia ter concordado em
assinar.
Cada passo do caminho, eu o incluiu nas discussões sobre a padaria e a casa. Mesmo
quando eu sabia que ele não estava prestando atenção ou não se importava, eu ainda tinha
tempo para sentar com ele e mostrar as contas. Quando eu tinha parado de ganhar um salário,
eu conversei com ele primeiro e mostrei-lhe como iriamos viver sem nossa conta bancária.
Quando chegou a hora de considerar a venda da casa, eu ia colocar tudo em cima da mesa
para ele. Nós conversaríamos sobre agentes imobiliários e um preço justo.

Eu pensei que nós éramos parceiros. Aparentemente, não éramos nada.

Sentindo-me sem esperança, eu voltei para a cozinha peguei a minha caneca de café
começada. Desliguei a cafeteira e olhei para os burritos que eu tinha feito para o café da
manhã. Meu estômago embrulhou só de pensar em comer, então eu enfiei-os na geladeira.
Com a minha bolsa na mão, saí de casa e tranquei a porta.

O tráfego de manhã cedo no sábado fluía leve. Minha mente vagava enquanto eu
dirigia. Eu preciso de um advogado e rapidamente. Havia contratos em vigor que protegem o
negócio e delineando os nossos direitos como proprietários. Eu não sabia quanto tempo
levaria para desvendar toda essa confusão, mas eu achava que seria caro. Se Johnny estava
conversando com Upstreet sobre a venda de sua parte, eu tinha certeza de que ele
provavelmente concordou em fornecer-lhe com um advogado de negócios. Dimitri estava
certo. Eu ia me ferrar de várias maneiras.

Depois de uma noite de sono agitado, Dimitri deslizou para fora da cama e em um
chuveiro quente. Embora ele e Benny haviam ficado bem quando se separaram, ele não
conseguia afastar a sensação de preocupação. Voltando para casa para um apartamento vazio
sentiu mais sombrio do que o habitual. Uma noite com Benny em seus braços e acordar com
ela, senti-la pressionada contra ele o tinha estragado. Agora, ele queria isso o tempo todo.

O que Benny diria se ele mencionasse casualmente para morarem juntos? Se ela
vendesse a casa e o edifício da padaria, eles precisariam de lugares para ficar. Não faria
sentido viverem juntos?

Enquanto ele se vestia, ele se perguntou se isso era uma conversa que eles estavam
prontos para ter. Eles são amigos há anos, mas este emaranhado romântico era tão novo. Ela
tinha lhe dado a dica, indo rápido demais, na noite passada, mas ele não achava que ela
realmente quisesse dizer isso. A conversa de Yuri de estabelecer limites e buscar tranquilidade
fazia sentido agora.
Ele estava bebendo sua primeira xícara de café quando ouviu a van da padaria apitar
alto quanto ela encostou no seu lugar na doca de carregamento. Alguns poderiam precisar de
sua ajuda neste início da manhã, Dimitri colocou os sapatos e desceu as escadas. Ele encontrou
Marco e Adam olhando sobre uma lista e discutindo a melhor maneira de carregar as
montanhas de caixas de padaria.
Marco imediatamente o colocou para trabalhar. Ele estava feliz por fazê-lo, sabendo
muito bem que iria aliviar um pouco a pressão sobre a equipe que tentavam conciliar o evento
e as necessidades normais do dai-a -dia da padaria. Dimitri queria desesperadamente que isso
fosse um sucesso para Benny. Mesmo que ela acabasse vendendo e mudando, isso ainda seria
uma boa maneira de apresentar-se a novos clientes. Lena era inteligente o suficiente para levá-
los a seguir Benny onde quer que ela se mudasse.
Meia hora em seu trabalho, ele olhou para o relógio. Benny estava atrasada. Um
tremor de preocupação perfurou seu peito. Ela estava simplesmente atrasada ou foi outra
coisa? Ele queria sacar seu telefone para ligar para ela, mas decidiu dar-lhe mais dez minutos.
Ele estava deslizando a última bandeja de rolamento de cookies no caminhão e
trancando-a no lugar quando ele finalmente ouviu sua voz doce. O calor passou por ele
quando seu riso bobo ecoou na sala dos fundos. Ela tagarelava em espanhol, fazendo piadinhas
com Marco e deixando Adam provocá-la.
Dimitri tinha pego espanhol suficiente durante seus cinco anos vivendo sobre a padaria
e entendeu que Adam estava falando sobre ele. Os dois homens mais velhos, Marco e Adam,
Benny tratava como da família. Ele estava esperando algum deles olhar para trás, mas apenas
Marco lhe tinha lhe visto, até o momento. Dimitri esperava que sua vontade de voluntário
nesta manhã iria colocá-lo nas boas graças de Marco.

Esperando na frente do caminhão na doca de carregamento, Dimitri finalmente avistou


Benny. Em vez de seu uniforme padaria habitual, jeans e uma camisa, ela usava um vestido
curto sedutor. Ele abraçava o corpo dela em todos os lugares certos. Seu olhar para a dica
imaginária de seu decote. Era apenas o suficiente para provocá-lo.
Um olhar para o rosto dela e ele sabia que ela estava escondendo algo. Ela sorriu, mas
havia tanta tristeza em seus olhos. Havia apenas uma pessoa no mundo que poderia
machucála tanto assim, Johnny.
— Lupe tem café da manhã para nós. - Marco consultou o relógio. — Temos meia hora
antes de sair. Você deve comer.
Benny balançou a cabeça.

— Eu não estou com fome.


Marco pegou o olhar de Dimitri. Ele entendeu o que o homem mais velho estava
silenciosamente pedindo. Limpando a garganta, Dimitri disse:
— Bem, eu estou. Vamos tomar café da manhã antes de sair.

Benny franziu a testa e olhou entre os dois homens. Ela pareceu perceber que eles não
iam deixá-la passar um dia inteiro em pé, sem uma boa refeição em sua barriga. Com um
suspiro dramático, ela aquiesceu.
— Tudo bem.
Eles fizeram o seu caminho para a cozinha e pegaram duas garrafas de suco de laranja
e burritos de um refrigerador. Ela parou para falar com as mulheres na cozinha, conversando
com elas sobre os afazeres do dia. Ele esperou pacientemente, mas no momento em que ela
estava livre, ele pegou a mão dela e arrastou-a para o escritório.
Querendo privacidade, ele trancou a porta atrás dele. Ela levantou uma sobrancelha,
mas não disse nada. Ele apontou para a cadeira.

— Sente-se e coma. Falaremos quando você acabar.

Ela se sentou em sua cadeira e colocou o café da manhã na mesa.


— Eu realmente não quero falar mais esta manhã.

Deixando de lado sua comida, ele encostou-se à mesa e olhou para ela.

— O que Johnny fez?

Seu olhar saltou para o dele.

—Como você sabe?

— Ele é a única pessoa que faz você ficar desse jeito. - Dimitri preparou-se para o pior.
— Diga-me, Benny.

Ela piscou rapidamente, seus olhos escuros brilhando com lágrimas.


— Ele chegou em casa fedendo a bebida e erva. Nós brigamos sobre o dinheiro que ele
roubou. Ele tirou um envelope recheado com dinheiro e começou a jogar notas de cem dólares
para mim.
— Ele disse onde ele conseguiu o dinheiro?

Ela balançou a cabeça.


— Ele me disse para cuidar da minha vida.
Dimitri duvidava que Johnny tinha dito com uma boa maneira.

— Eu vou falar com ele.

— Não, está acabado. Eu superei. Se ele quer arruinar sua vida, deixe-o.

— Você não quer dizer isso. - Ela poderia falar duramente, mas ele sabia o quanto ela
amava seu irmão. — Você não é fria o suficiente para virar as costas para ele. Você tem um
coração grande, Benny.

— Um coração grande, estúpido - ela resmungou. — Ele me disse que ele já conversou
com um advogado sobre a venda do prédio. Ele quer o dinheiro da casa, também.

Dimitri sentou-se em surpresa.

— Só isso? Ele tomou todas essas decisões sem falar com você?
Ela assentiu com a cabeça.

— Você sabe, se ele viesse até mim e me falasse sobre o por que ele quer vender ou por
que ele precisa do dinheiro, eu teria ficado feliz em encontrar uma maneira de reestruturar e
dar-lhe o que ele quer. Mas fazer desta forma? Me ameaçar a me levar ao tribunal? Ele é um
monstro.
Ele queria poupá-la de toda essa mágoa, mas já não parecia possível.

— Vou ligar para Yuri e ver se ele recomenda um advogado.


— Dimitri, você sabe que eu não posso pagar os tipos de advogados que ele
recomendaria.
—Deixe-me lidar com isso.
—Não. Esta é a minha bagunça. Vou limpá-la.

— Benny. - Ele disse o nome dela com firmeza e num tom de voz que ele nunca tinha
usado com ela. — Nós somos parceiros agora. Eu quero ajudá-la. Por favor, não lute comigo
por isso.

Sua expressão se suavizou determinada. Ela deu um pequeno aceno de cabeça.


Eventualmente, ela admitiu:
— Eu amo que você está disposto a me ajudar, Dimitri. Realmente, eu sei como eu sou
sortuda. Eu só não quero que você se sinta …
— Obrigado? - ele adivinhou.
— Sim. Obrigado.

Ele se inclinou para frente e colocou as duas mãos sobre os braços da cadeira,
prendendo-a no lugar.

— Eu não me sinto assim. Estou ajudando você, porque eu quero ajudá-la. Estou
ajudando você porque me faz sentir bem cuidar de você.
Ela desenhou uma forma estranha em sua camisa.

— Quando você colocá-lo assim...

Ele sorriu e apertou a boca na dela. Ela relaxou sob o seu, beijo lento e fácil. O sabor do
chocolate quente e café passaram para suas papilas gustativas quando ele passou a língua
contra a dela. Suas testas se tocaram.

— Benny, nunca hesite em me pedir ajuda. Eu faria qualquer coisa por você.
Ela passou as mãos para cima e para baixo nos braços.

— Eu sei.

Sentia-se como se estivessem finalmente fazendo algum progresso. Ia ser uma batalha
difícil fazer com que ela se sinta confortável pedindo sua ajuda, mas ele estava disposto a lutar
contra isso.

— Agora, coma, assim você pode ir para essa coisa de comida e deslumbrar a todos.
Ela gemeu.
— Eu não sei porque diabos eu deveria passar por isso. O negócio está implodindo
como nós falamos. Meu irmão está, provavelmente, tráfico de drogas ou gerenciando as
prostitutas para ganhar dinheiro. Alguma forma eu tenho que engessar um sorriso estupido e
jorrar sobre os meus bolos e biscoitos?
A ideia diabolicamente perversa o pegou. Ele abaixou a boca até ela provocou toda a
dela.

—Eu sei como colocar um sorriso em seu rosto bonito.

— Oh?
Com um empurrão rápido, empurrou a cadeira para trás contra a parede e caiu de
joelhos. Ela engasgou com surpresa e tentou empurrar suas mãos longe da barra do vestido.
Sussurrando quente, ela insistiu.

— Dimitri, não podemos fazer isso aqui! Alguém vai nos ouvir!

— Não sou facilmente dissuadido - ele sorriu para ela. — Então é melhor você ficar
muito, muito tranquila.

Tirou a saia para fora do caminho e agarrou sua calcinha. Ela apertou os joelhos juntos,
mas ele os forçou. Mesmo quando ela lutou contra ele, ele podia ouvir sua respiração crescente
trêmula e animada. Com a calcinha atirada sobre a mesa atrás dele, ele fez um rápido trabalho
de dobrar a saia para cima e puxar o doce traseiro roliço para a beira da cadeira.

— Não, Dimitri! Por favor, nem…. Oh! — Ela choramingou como um gatinho quando ele
bateu em sua fenda com a língua. — Oh!
Ele riu e cuidadosamente separou os lábios rosados de seu sexo. Usando os dedos para
delinear seu clitóris, ele passou a língua sobre o pequeno broto suculento e persuadiu a
brincar. Sugou-o entre os lábios algumas vezes antes de deixá-lo solto e encontrar o ritmo
certo.
Benny agarrou o braço da cadeira e colocou a mão sobre sua boca. Ela abafou seus
próprios gemidos enquanto ele comia sua vagina. Ele não conseguia o suficiente dela. O néctar
que fluiu do seu núcleo acenou-lhe. Sua língua mergulhou dentro para prová-la, empurrando
se dentro dela como um pequeno pau e fazendo seu grito de prazer.
Logo, com a mão esquerda no braço da cadeira ela agarrou um punhado de seu cabelo.
Ele não se importava com a dor causada pela queima os dedos puxando. Ele queria deixá-la
louca, queria ouvi-la desfeita enquanto mordiscava seu clitóris e lambia sua vagina.

Quando ela chegou, foi com um gemido silencioso por muito tempo. Ela tinha uma
mão pressionada firmemente contra a boca, amortecendo o som como ele saiu de seus lábios.
A cadeira balançou, as rodas rangendo quando ela empurrou seus quadris e pressionou seu
monte contra a sua boca. Depois ela caiu para trás contra a cadeira, Dimitri continuou
lambendo e girando nela. Os tremores secundários a deixaram trêmula e ofegante.

Relutantemente, ele finalmente se afastou dela. Ele arrancou lenços da caixa sobre a
mesa e a limpou um pouco. Ela o deixou deslizar a calcinha de volta no lugar e corrigir sua saia.
Inclinando-se para trás na cadeira, ela sorriu, seu sorriso sedoso com curvas largas e os olhos
brilhantes.
— Eu deveria ficar de mau humor com maior frequência.
Ele riu e acariciou suas pernas nuas.

—Talvez você devesse me contratar como seu assistente.

Ela riu com diversão.


— Eu acho que não trabalharíamos muito.
—Você trabalha muito duro já. - Ele bicou sua bochecha. — Venha comigo esta noite.

Ela começou a aceitar, mas depois balançou a cabeça.

— Eu não estarei livre com essa coisa de degustação em Houston até o meio da tarde. Eu
realmente preciso ir limpar a casa e cortar a grama.
— Deixe que eu me preocupo com o seu quintal. - Beijou-a profundamente, porque era a
maneira mais fácil de fazê-la concordar. — Nós vamos sair e nos divertir. Yuri pediu para se
juntar a ele no Faze. Ivan e Erin vão estar lá. Vai ser bom.

Ela finalmente concordou.

— Tudo bem. Vamos sair hoje à noite.


Com os seus planos para a noite resolvidos, ele deslizou sobre a mesa e observou-a tomar café
da manhã. O que ela terminou em três mordidas e quatro longos goles levou muito mais
tempo para comer. Quando saiu de seu escritório, havia mais que um par de olhares curiosos,
mas ninguém se atreveu a dizer nada. Orelhas e pescoço vermelho brilhante de Benny traiu, é
claro. Um olhar para ela e ninguém duvidaria do que tinha acontecido naquele escritório.
Eles compartilharam um beijo rápido antes que ele lhe desejasse boa sorte e visse o carro e a
van de entrega da padaria com Marco e Adam partirem. Ele começou a voltar para o andar de
cima, mas um dos meninos que lavava a louça colocou a cabeça para fora da porta lateral e
chamou.
— Hei, D!

Um sorriso puxou os cantos de sua boca.


— Sim?

— Benny deixou as chaves no carro dela, cara. Eles estão pendurado lá na ignição. - O garoto,
Carlos, gesticulou atrás dele. — Eu pensei que talvez você gostaria de saber uma vez que ela já
se foi.

Dimitri franziu o cenho.

— Obrigado, Carlos.

—A qualquer hora, cara.

Carlos voltou para dentro do prédio, mas Dimitri tomou o caminho mais longo para a área de
estacionamento que os empregados utilizavam. Ele encontrou o carro de Benny em seu lugar
de sempre. Assim como Carlos disse, as chaves estavam na ignição e as portas destrancadas.
Balançando a cabeça, Dimitri abriu a porta e estendeu-se para pegar as chaves. Esta não foi a
primeira vez que ela tinha feito isso. Nos cinco anos que tinha conhecido ela, isso aconteceu
pelo menos uma dúzia de vezes.
Irritado com a falta de cuidado, ele decidiu que era hora de lhe ensinar uma lição. Ele moveria
seu carro em algum lugar nas proximidades. Esperemos que o choque de voltar para a padaria
e não encontrá-lo iria dar uma lição em seu cérebro. Não só ela estava arriscando perder seu
carro, mas havia sempre a possibilidade de alguém perigoso poderia levar as chaves.
Considerando-se que ela tinha uma etiqueta de endereço pendurada no chaveiro, não seria
difícil para um criminoso encontrá-la em casa. Ela estaria totalmente vulnerável então.

Ele teve que deslizar seu banco de trás, tanto quanto pode, mas seus joelhos ainda estavam
dobrados desconfortavelmente no banco da frente do carro compacto. Quando ele deu a
partida, seu olhar saltou para o medidor de gasolina e o símbolo piscava vazio. Sem gasolina e
chaves na ignição?

Sua irritação aliviou enquanto considerava o estressante inferno Benny estava vivendo nos
últimos dias. Esquecendo as chaves e deixando sem gasolina eram sintomas de uma questão
mais ampla. Ela estava tentando fazer muita coisa sozinha. Ela precisava aprender a confiar em
outras pessoas para obter ajuda. Ela precisava se sentir confortável pedindo-lhe ajuda, mesmo
com algo tão pequeno como abastecer o carro dela.

Ao invés de brincar com ela, movendo o carro, ele afivelou o cinto de segurança, saiu do
estacionamento e dirigiu até o posto de gasolina mais próximo. Após abastecer, ele levou o
carro para um serviço completo no lava rápido que seu amigo Alexei era proprietário. Ele
ignorou os olhares surpresos quando ele saiu do banco da frente do carro minúsculo. Dentro
do pequeno lobby, ele comprou um pacote que incluiu uma lavagem completa. Ele se sentou
em um assento de canto, pegou seu telefone e respondeu a e-mails e textos do gerente e o
supervisor do Front Door, enquanto esperava.
Olhando para baixo, ele mantinha os ouvidos abertos e ouvia as conversas girando em torno
dele. Ele ouviu dois homens, as cabeças juntas, sussurrando sobre algo que parecia
suspeitosamente como uma operação de tráfico de seres humanos. Não seria a primeira vez
que ele tinha ouvido falar de tal coisa. Nenhum lugar era imune a esse tipo de horror.
Nesta área, as operações eram realizadas principalmente por um punhado de gangues
asiáticas e um contingente da América Central, que traziam meninas e meninos para o mais vil
dos propósitos. Nenhum russo com metade de um cérebro faria essa ação suja. Uma suspeita
de tráfico e o lado assustador de Nikolai iria mostrar sua cabeça feia. Era um lado de Nikolai
que nenhum homem jamais queria ver.

Dimitri fingiu estar ocupado, mas ouviu atentamente. Mesmo que os detalhes cogitados
fizessem seu estomago embrulhar, ele manteve seu foco sobre os dois homens. Estas eram
coisas Nikolai gostaria de ouvir. A população imigrante grande e crescente russa estava
terrivelmente vulneráveis ao tráfico, especialmente as mulheres jovens desesperadas que
sonhavam com uma vida nova aqui.

Enquanto os dois homens se dirigiram para a porta, Dimitri tomou conhecimento de


um jovem falando rapidamente em seu telefone. Suas habilidades espanhóis não eram boas o
suficiente para ele pegar cada palavra, mas ele foi capaz de compreender o suficiente. Quando
ouviu os Hermanos mencionado, ele prendeu a respiração. Mesmo que Johnny estava em sua
lista de merda, ele queria impedi-lo de se machucar.
— Dimitri? - Alexei acenou para ele. — O carro de sua namorada está pronto.
Ele não havia mencionado que era o carro do Benny mas Alexei não precisava ser
informado. Da mesma forma, que a sua relação com Benny tinha se espalhado na sua padaria,
já tinha entre seu círculo de amigos, também.

Enfiando longe o que tinha ouvido, juntou-se Alexei no balcão e o seguiu para a
calçada. Alexei entregou as chaves de Benny.

— O seguro de carro de sua namorada está prestes a expirar. Meus meninos


perceberam isso quando eles estavam limpando o porta-luvas.

Não surpreendeu que ela tinha esquecido esse detalhe, ele agradeceu Alexei e subiu
no carro brilhando. Ele considerou conduzi-lo direto para a padaria, mas sua discussão com
Benny estava dando voltas e voltas em sua cabeça. Ele decidiu que era hora dele e Johnny
terem uma pequena conversa.

Entrando na garagem em sua casa, ele percebeu que a grama e os canteiros de flores
estavam cheio de mato uma bagunça. Tudo precisava de uma boa lavagem sob pressão. Se ela
falou realmente sério sobre a venda, todas essas pequenas coisas que tinham de ser cuidadas
para garantir que ela consiga um bom preço e passe uma impressão positiva para os
compradores. Ele fez uma lista mental de todas as coisas que ele precisava fazer na próxima
semana ou duas para ajudá-la a ficar pronta.
Ele usou as chaves para entrar em casa. Estava tranquila no interior. Incerto se Johnny
estava armado, ele limpou a garganta e gritou:

— Johnny! É Dimitri! Você está aqui?


Enquanto esperava por uma resposta, ele fez o seu caminho para a sala de estar. Ele
viu a pilha de envelopes na mesa de café. Ele não devia bisbilhotar, mas isso não o impediu de
folhear os avisos de atraso, cartão de crédito e empréstimo ali. Ele só podia imaginar o tipo de
stress que isso estava causando a Benny. Voltar para casa todos os dias e ver essa enorme
pilha de lembretes? Ela teve sorte de não ter desmoronado até agora.
— Johnny! - Dimitri mudou-se para o pé da escada e gritou até o segundo andar. —
Você está acordado? - Ele fez uma pausa e não ouviu nada. — Johnny, eu estou chegando. Nós
precisamos conversar.
No andar de cima, ele abriu as portas, em pé ao lado apenas no caso de Johnny fazer
algo estúpido e procurou o quarto certo. Ele encontrou um banheiro e depois um quarto vazio,
provavelmente o que sua avó tinha usado quando ela estava viva.
O cheiro de maconha flutuando pela porta à sua esquerda confirmou que era Johnny
antes mesmo que ele abrisse a porta. Ele olhou para dentro e experimentou uma onda de
aversão ao chiqueiro que Johnny chamava de quarto. Havia pilhas de roupas sujas e pilhas de
copos e garrafas de bebidas alcoólicas vazias sobre a mesa e os alto-falantes enormes. No
centro da cama, ainda totalmente vestido, esparramado Johnny. Ele roncava alto,
provavelmente dormindo com uma ressaca.

Dimitri estava ao lado da cama de Johnny e cutucou o braço pendurado para o lado
com a bota.

— Hey! Johnny! Acorde!


Os olhos do garoto se abriram. Uma fração de segundo depois, ele ficou de pé e virou
uma pistola para Dimitri. Agindo por instinto, Dimitri bateu fora a mão e agarrou o pulso de
Johnny forte o suficiente para fazê-lo gritar. Ele tirou a arma das mãos de Johnny e lhe deu
uma cotovelada no peito, jogando-o de volta na cama.
Johnny gemeu e esfregou seu peito.

— O que diabos você está fazendo, cara?

Dimitri olhou para ele e tornou a arma segura e revistou o tirando da cama.
— O que diabos estou fazendo? O que você está fazendo? Você poderia ter atirado em
mim!

—Você está invadindo! Teria sido o meu direito!

— E se eu fosse sua irmã? Huh? E se ela estivesse aqui tentando acordá-lo e você
atirasse nela? E depois, Johnny?

O surdo não tinha uma resposta para isso. Dimitri colocou a pistola na parte de trás de
sua calça jeans no bolso, deu uma volta revistando o quarto.
— Eu estive gritando lá embaixo para você.
Johnny sentou e jogou as pernas para o lado da cama. Ele esfregou os olhos injetados
de sangue.
— Que diabos você está fazendo aqui, Dimitri? Você não pode simplesmente entrar
dentro da minha casa.
— Eu posso fazer o que diabos eu quero, Johnny. Vista-se! Você tem trabalho a fazer.

— Você acha que só porque você está transando com Benny você pode entrar em
minha casa e me dizer o que fazer? Ela é a única chupar seu pau. De ordens a ela, não a mim.
Dimitri deu um passo ameaçador em direção a ele e apontou o dedo na cara dele.

— Se eu ouvir você desrespeitar sua irmã assim mais uma vez, eu estou a fazer bater
os dentes em sua garganta. Você deveria querer proteger a sua reputação, e não degrada-la na
frente de outras pessoas!
Johnny baixou a cabeça de vergonha. Ele era inteligente o suficiente para não
provocálo. Dimitri não estava brincando. Uma observação mais feia sobre Benny e Johnny ia
precisar de um dentista.
— O que você quer, Dimitri?

— Eu quero que você se vista e cuide do quintal. Limpe aqueles canteiros de flores.
Johnny olhou para ele como se ele fosse o homem mais estúpido do mundo.

— Por quê?
Dimitri estalou com a frustração.

— Porque esta é a sua casa e você deve ter algum orgulho dela. Você quer vender esta
casa e obter o seu dinheiro? Então vá lá e deixe-a agradável. Ajude a sua irmã!
— Foda-se com essa merda! - Johnny acenou com a mão no ar. — Eu estou tão
cansado de todo mundo me dizendo como Benny precisa de ajuda e de quanto ela se sacrifica
para a nossa família.

— Você já parou para pensar por que tantas pessoas o lembram desses fatos, Johnny?
Hum?

Johnny não respondeu.

Dimitri respirou longamente, controlando-se. Balançando a cabeça com desgosto, ele advertiu:

— Um dia desses você vai finalmente abrir os olhos e você vai perceber o quanto
Benny significa para você. Ela é sua irmã, Johnny, e ela é tudo o que resta de sua família. É
melhor esperar que não seja tarde demais e que ela não tenha finalmente desistido de você
quando você precisar mais dela.

Incapaz de tolerar mais um momento a presença de Johnny, ele girou sobre os


calcanhares e se dirigiu para a porta. Ele duvidava que ele tinha conseguido atingir Johnny. Ele
não sabia se alguém podia. Na porta, ele fez uma pausa e fixou Johnny com um olhar frio.
— Eu ouvi alguns caras no lava rápido falando sobre alguns problemas começando com
o Hermanos está noite. Seja esperto e manter o seu traseiro para dentro!
Johnny estreitou os olhos.

— Cara, por que você se importa com o que eu faço?

— Benny é tudo para mim. Eu não vou ficar parado e deixar você arrastá-la para dentro
da merda que você entrou, Johnny.

Com nada mais a dizer, Dimitri saiu do quarto e desceu as escadas. Em pé no patamar,
Johnny gritou:
— Ei, seu bastardo! Devolva a minha arma.

Dimitri parou na porta da frente e sorriu para Johnny. Ele abriu os braços.
—Vem tomá-la de mim.

Johnny se inclinou para frente, mas pensou melhor. Com raiva, ele disse:

— Cara, foda-se. Vou pegar outra.


— Você planeja roubar mais trezentos dólares de sua irmã para comprar isso?

Johnny olhou surpreso.

— Seja como for, Dimitri. Basta sair da minha casa.


— Com prazer - ele resmungou e fechou a porta atrás dele. Ele deslizou para o banco
da frente do carro de Benny e deixou cair a pistola no porta-luvas. Depois que ele voltou com o
carro de Benny, ele pegou sua caminhonete e levou a arma para Kostya. Se alguém pudesse
fazer um pedaço sujo desaparecer era ele.
Sua mandíbula apertada e seu estômago deu um nó. Dimitri não conseguia afastar a
sensação de que seus problemas com Johnny estavam apenas começando.
Capítulo 8

Exausta, mas sentindo-me incrivelmente talentosa, eu deslizei para fora do banco da


frente da van da padaria e pulei para a calçada. A padaria tinha fechado a quase uma hora e a
rua estava tranquila. Marco e Adam saíram do banco da frente de forma mais lenta. Juntos,
rolaram as bandejas vazias para dentro para serem limpas e jogou o lixo ensacado no lixo.
Eu fiquei para trás para fazer um passeio através da padaria e encontrar tudo
perfeitamente arrumado e desligado. Satisfeita, eu me dirigi a entrada lateral. Enquanto eu
procurava as chaves na minha bolsa, eu ouvi um veículo vindo e estacionando atrás de mim.
Um rápido olhar sobre o meu ombro e verifiquei que era a caminhonete de Dimitri que
eu tinha ouvido. A memória do que ele tinha feito para mim no meu escritório fez minha
barriga tremer. Eu duvidava que jamais seria capaz de entrar na sala de novo sem pensar em
Dimitri de joelhos, com o rosto enterrado entre as minhas coxas.
Eu não achava que era possível para ele olhar ainda mais sexy do que o habitual, mas ele fez.
Inclinando-se contra a porta de seu caminhão, ele me observava atentamente. Eu tremia sob o
seu olhar intenso e voltei minha atenção de volta para procurar as chaves. Eu estava quase
pronta para despejar a minha bolsa na calçada quando Dimitri assobiou baixinho. Quando eu
olhei para ele, ele balançou as minhas chaves, o tilintar suave parecendo tão alto na quietude
do início da noite.
Merda.

Ele caminhou na minha direção lentamente e deu um passo para a calçada. Mesmo em
pé sobre o degrau mais alto lá na entrada dos funcionários, eu ainda era menor do que ele. Ele
olhou para mim, seu descontentamento evidente na tensão em torno de sua boca.

—Nós já conversamos sobre isso antes, Benny.

—Eu sei. - Eu me encolhi e esperei que ele batesse no meu traseiro por ser tão
descuidada.

Para minha surpresa, ele inclinou meu queixo e me beijou com ternura. Seu polegar
traçou meu lábio inferior.
— Por favor, seja mais cuidadosa, Benny. Chega de correr na parte da manhã, ok?

Aliviada, eu assenti.

— Tudo bem.
Com um sorriso brincalhão, ele balançou as chaves fora do meu alcance.

— Eu deveria fazer você ganha-las de volta.

Eu ri e levantei até ficar na ponta dos pés para pressionar meus lábios nos dele.
— Não há ninguém na padaria para nos ouvir neste momento. Se você quiser me levar
de volta para o meu escritório e me dar uma lição, eu quero dizer.
Ele gemeu dramaticamente e me recolheu em seus braços.

— Você pequena sedutora! Se eu não tivesse que ir para o escritório para resolver
alguns problemas de programação, eu teria você deitada sobre essa mesa em um piscar de
olhos.
Minha vagina latejava quando ele descreveu o que ele faria para mim. Lambi meus lá-
bios.

— Promete?

Ele deu uma risadinha e assentiu.


— Com certeza.

Quando ele me entregou as chaves, peguei-as e dei uma rápida olhada para a noite. As
mãos de Dimitri moveu sobre meus ombros e nas minhas costas. Ele deu a minha bunda um
apertão.

— Como foi?
— Melhor do que eu esperava - eu disse, e virei-me para encará-lo novamente. —
Lena e eu tivemos uma conversa rápida sobre a possibilidade muito real de vender o edifício e
sobre os locais com movimento. Eu tinha certeza de que ela iria cair fora, porque ela queria
vender a imagem de um azarão, mas ela levou tudo na esportiva. Em 15 minutos, ela tinha
novos pontos de falar para mim e mudou a história de fundo para o repórter, ela encontrou
uma maneira de girá-lo a nosso favor, as pessoas realmente adoraram a comida. Nossos curtir
no Facebook dispararam e assim fizeram os cadastros na lista de discussão, estou
cautelosamente otimista.

Ele passou o dedo no meu rosto.

— Estou feliz que correu tudo bem. Eu queria parar e ver você, mas eu tive que resolver
outro negócio.
— Está tudo bem. Você teria sido uma grande distração de qualquer maneira. Só Deus
sabe que eu não consigo pensar direito quando você está ao meu redor.
Ele riu.

—Eu conheço esse sentimento.


Abaixo na calçada, olhei para o meu carro e levei um choque. A camada de uma
polegada de espessura de pó e sujeira havia desaparecido. Os pneus brilhavam. Olhei na janela
e encontrei os assentos e pisos completamente desprovidos dos destroços habituais e sucatas.
Virei-me sobre Dimitri.

— Será que você lavou o meu carro?


— Não pessoalmente - esclareceu ele. — Levei-o para Alexei e mandei fazer lavagem
completa.

Eu lembrei sobre o tanque de gasolina vazio e peguei minha carteira.

— Quanto que eu lhe devo pela gasolina e a lavagem de carro?


A grande mão de Dimitri fechou sobre a minha. Ele empurrou minha carteira de volta
na minha bolsa.

— Foi o meu prazer.

Eu decidi não lutar com ele em um presente. Ele, obviamente, sentiu um grande prazer
em fazer coisas como esta.
— Obrigada, Dimitri. Eu realmente aprecio isso.

Seu sexy sorriso me aqueceu por completo.

— Eu tenho uma ideia ou duas como você pode mostrar sua apreciação mais tarde esta
noite.
Eu ri um pouco nervosa.

— Tenho certeza que você tem.


Ele deslizou a mão ao longo da parte de trás do meu pescoço e baixou sua boca para a
minha. Nosso beijo me deixou formigando e doendo por mais.
— Eu vou buscá-la por volta das sete. Ivan e Erin querem que a gente se junte a eles
para jantar no Samovar. Alguma vez você já esteve lá?

Eu balancei minha cabeça. Sentindo-me um pouco envergonhada, eu admiti:


— Eu não sou realmente uma grande fã de comida russa.

Desconfiança brilharam em seus belos olhos azuis.


— Alguma vez você já provou comida russa?

— Uma vez em uma exposição cultural na faculdade.


Ele fez um som irritado.

— Bem, não é de admirar que você não gostou! Isso é como eu ir a uma das cadeias de
fast food, comer um taco e declarar que toda comida mexicana é fraca e grossa. - Ele deu um
puxão no meu cabelo. — Nós dois sabemos que não é verdade.
—É justo.

— A comida no Samovar é incrível. Você me deixa pedir para você. Vou escolher as
coisas que você gosta.

Eu não sei porque eu achei a ideia de Dimitri pedir para mim tão quente, mas eu achei.

—Tudo bem.

Ele colocou a sua boca pecaminosa contra a minha.

— Você deveria ir para casa e tirar um cochilo.


—Por quê?

Sua mão caíam no meu lado para agarrar minha bunda. Puxando contra ele, não havia
dúvida do contorno duro de seu pênis contra a minha barriga.

—Você vai querer estar bem descansada para a noite que eu tenho em mente.
Tremendo de emoção, eu poderia apenas acenar. Ele capturou meus lábios em outro
beijo deliciosamente sexy antes de eu ir para o lado do motorista. Parado, ele me olhou sair do
estacionamento e ir para a rua.

Olhei no espelho retrovisor para vê-lo subir em sua caminhonete. Uma pontada de
tristeza reverberou no meu peito. Eu não gostava de ficar separada dele, mesmo que apenas
por algumas horas. Meu súbito apego à Dimitri me preocupou um pouco.
Mas talvez não fosse tão repentina? Nós nos conheciamos há cinco anos e tínhamos
sido amigos próximos pela maior parte desse tempo. O que estava acontecendo entre nós
agora parecia estar acontecendo tão rápido, mas ao contrário de um monte de casais que não
estávamos começando do zero. Tivemos cinco anos de história atrás de nós e uma base sólida
de amizade.
Ponderando essa linha de pensamento, eu me virei para o meu bairro e fiz a curta
viagem de carro para a casa. Pela segunda vez hoje, eu estava atordoada com o que vi.
Primeiro um carro limpo e agora um gramado tão bem cuidado!

Depois de estacionar na garagem, eu levei um tempo para caminhar ao redor do jardim


da frente e inspecionar o trabalho. Os canteiros foram limpos e a calçada também. Agora tudo
que eu precisava fazer era comprar novas mudas e alguma luminárias bonitas para iluminar o
jardim da frente.
— Johnny? - Gritei para ele enquanto fechava a porta atrás de mim. — Eu estou em
casa.

Enquanto deixava minhas chaves na tigela na mesa de entrada e minha bolsa ao lado
dele, eu o ouvi sair de seu quarto. Ele apareceu no topo da escada, aparentando muito melhor
do que quando eu tinha visto esta manhã. — Você vai sair?

— Sim? Por quê? - Ele me questionou. — Você quer que eu lave a roupa e esfregue os
banheiros e o chão agora?

Eu não entendia por que ele estava sendo tão arrogante comigo. Será que ele estava
me atraindo para uma briga? Eu decidi cumprimentá-lo pelo trabalho bem feito. — Você fez o
quintal? Parece incrível! Obrigado.

— Como se eu tivesse escolha! O anormal do Dimitri ameaçou bater em mim se eu não


fizesse isso!

— O quê? - Levei um minuto processando o que ele tinha dito. — O que você quer
dizer? Dimitri te ameaçou?

— Não haja como se você não soubesse!

Horrorizada, eu insisti:

— Eu não fiz isso! Pedi a ele para não se envolver.

—Bem, ele com certeza não escuta!


Isso faz com que dois homens em minha vida não me escutem, eu pensei irritada.

— Johnny, eu sinto muito que as coisas ficaram feias entre vocês dois. Vou falar com
ele.
— Eu acho que deveria se acostumar com ele me empurrando por aí, hein? Desde que
vocês dois estão juntos agora - acrescentou. — Talvez eu deveria ir em frente e sair.

— Não seja ridículo. Você não está indo a lugar algum.

— Mas nós estamos vendendo a casa.

Meu estômago deu um nó quando me lembrei da nossa luta.

— Se é isso que você quer, sim.

— E a padaria?

— Eu tenho alguma escolha? Esta manhã, você fez parecer que você estava pronto para
assinar os papéis. Eu não vou brigar com você, Johnny.

Ele estreitou os olhos.

— Por que você está dando tão fácil de repente? Qual é o seu jogo, Benny?

—Meu jogo? O que significa isso?


— Você sabe o que significa. - A raiva e a desconfiança atravessou seu rosto. — Eu sei o
que você está fazendo! Você vai deixar o grande, bastardo russo estúpido comprar sua metade
do negócio! Ele vai segurar minha parte.
— Você está louco? Não vou deixar Dimitri comprar nada. Ele queria fazer uma oferta
para a sua parte, mas você já fez acordo com aqueles idiotas em Upstreet assim como você,
Johnny! Pegue esse negócio de merda e vamos faze-lo

— O que você quer dizer? Por que é uma merda? - Ele desceu as escadas como um
touro furioso e bateu-se contra mim. — Você sabe algo que eu não sei? Você acha que eu sou
tão estúpido você pode ir atrás das minhas costas e obter um melhor negócio. - Ele bateu o
peito contra mim, me batendo na parede. — Você está tentando me enganar?

Pela primeira vez na minha vida, eu recuei com medo de meu irmão. Eu não conhecia
esta versão do Johnny. A confiança entre nós quebrou, eu o empurrei com minhas mãos, não
mais com certeza de que ele não iria me bater.

— Johnny, por favor!


Ele ficou rígido e piscou. Com um gole visível, ele recuou. Por um momento
terrivelmente desconfortável, olhamos um para o outro. Finalmente, ele rosnou de frustração
e pegou as chaves fora da bacia.

— Eu estou indo embora.

Chocada com o rumo dos acontecimentos, eu só podia vê-lo pisar longe de mim. Na
porta, ele virou para mim e rosnou:

—Diga a seu namorado que eu quero a minha arma de volta ou que ele me deve
trezentos dólares!
A porta bateu duro e eu pulei. Incapaz de me mover, eu mantive meu olhar fixo na
porta e tentava entender o que tinha acontecido. Em uma fração de segundo, Johnny tinha
virado tão assustador. Eu nunca tinha estado com medo dele, mas agora eu me perguntava
onde diabos ele estava.
Onde estava o irmão, que tinha sido o meu melhor amigo? Isto foi culpa minha? Se eu
tivesse feito algo errado? O que eu tinha feito para empurrá-lo em direção a esses bandidos e
monstros integrantes dos Hermanos?

Desolada e sentindo-me deprimida, eu tranquei a porta da frente. A frase de despedida


de Johnny sacudia na minha cabeça. O que quer dizer com me deve trezentos dólares...

Quando Dimitri entrou na garagem de Benny, ele foi agradavelmente surpreendido ao


ver que o quintal tinha sido cortado. Johnny não era a causa perdida que ele tinha
considerado. Espero que em algum lugar o garoto doce e bem humorado que ele uma vez foi
ainda exista sob toda aquela besteira gangster. A ideia de se mudar com Benny e Johnny em
um bairro como o de Ivan borbulhava para se concretizar. Johnny poderia fazer uma ruptura
clara e começar de novo em um lugar melhor.

Enquanto esperava para Benny atender a porta, Dimitri tentou imaginar o que ela
estaria usando. Ele esperava que fosse curto e colado. Não havia nada que ele gostasse mais
de ver do que sua bunda apertada e aqueles seios deliciosos. Com todos os cantos escuros das
áreas VIP no Faze, ele não teria dificuldade em encontrar um local secreto para mostrar a ela o
quanto ele gostava de seu corpo quente.

A porta se abriu, mas não era o rosto sorridente de Benny, que o cumprimentou. Ela
parecia irritada e chateada. Seu alarme interno soou. Proceda com extrema cautela.
Mesmo com a carranca em seu rosto, ela estava linda. Ele fez questão de deixá-la
saber.
— Benny, você está maravilhosa.

— Obrigada. - Ela acenou para ele entrar. — Eu tenho que colocar meus sapatos e
colocar algumas coisas na minha bolsa para podermos ir. Estarei pronta em alguns minutos.

— Isso é bom. Nós estamos com pressa. — Ele fechou a porta atrás dele e aproveitou a
melhor iluminação para apreciar a visão dela naquele pequeno vestido preto. Simples, mas
sexy, ela se encaixava perfeitamente. Ela tinha o seu cabelo metade preso e metade para
baixo. Seus dedos coçaram para arrancar os grampos para que ele pudesse enredar seus dedos
nas longas ondas enquanto ela trabalhava os lábios para cima e para baixo no seu pênis.
Mais tarde, ele lembrou a si mesmo. Eles tinham toda a noite pela frente.

Ele percebeu o jeito que ela colocou a maquiagem e seu telefone em sua bolsa menor.
Encontrando coragem, ele limpou a garganta.
— Está tudo bem?
Suas mãos estavam paradas. Lentamente, ela girou em direção a ele. A expressão em
seu rosto era uma mistura de dor e raiva.
— Você ameaçou Johnny?

Ah. Agora ele entendeu.

— Depois que ele apontou uma arma para mim e disse algo rude sobre você? Sim. -
Não havia como negar isso. — Ele poderia ter atirado em mim. Ele poderia ter atirado em você
se você tivesse o acordado.

Seus olhos se fecharam e ficou claro que ela estava lutando contra as lágrimas. Quando
os abriu novamente, ela piscou rapidamente.

— Mas por que você veio aqui, em primeiro lugar? Achei que você ia ficar de fora.
— Eu estava, mas eu não consegui. Eu só vim aqui para falar com ele, para fazer-lhe
uma oferta em sua parte do negócio assim você estaria em melhor posição para negociar com
Jonas Krause. Quando subi para procurá-lo, ele puxou a arma para mim e as coisas...
deterioraram-se rapidamente.

— Deterioraram? - Ela zombou em voz alta. — Sim, bem, agora Johnny está convencido
de que estamos tentando prejudica-lo. Ele veio para mim com uma raiva e…

— Ele o quê? - Fúria queimado por ele com o pensamento do bastardo vindo para cima
de Benny. Ele se aproximou e olhou-a para detectar quaisquer sinais de hematomas.

—Ele bateu em você?

—Não.

— Benny.
— Não. Ele não me bateu. - Seu olhar caiu no chão. — Houve um segundo onde eu
pensei que ele poderia, mas ele se controlou e se foi ok.
—Tudo bem? Ok? - Dimitri jurou um palavrão desagradável em sua língua materna.
Com um golpe de sua mão no ar, ele ordenou:
— Você ficará comigo. Está noite.

— Não seja tão dramático, Dimitri!

— Dramático? Johnny colocou uma arma carregada na minha cara, esta manhã,
porque eu o acordei. Ele veio para você, porque você o irritou. Você realmente quer ver o que
ele vai fazer a seguir? - Ele não podia acreditar o quão suave que ela estava sendo sobre tudo
isso.
— Benny, eu não vou ficar parado e ver ele te tratar assim.

Irritada, ela gritou:

— Por que você se importa tanto?

— Porque eu te amo!

Ela se balançou sobre os calcanhares em sua explosão inesperada. Ele engoliu em seco
ao perceber que seu segredo estava exposto e não havia como tomá-lo de volta, mesmo que
ainda fosse muito cedo para dizer-lhe uma coisa dessas.
Nervosismo fez sua voz tremer, mas ele repetiu o que havia dito.
— Eu te amo, Benny. Quando eu vejo você sofrendo, isso me machuca.

— Você me ama?

— Sim.
— Eu?
Sua testa franzida.

— Sim. Você. Eu te amo.

— Mas... eu quero dizer... eu sou apenas eu.

— Só você? - Balançando a cabeça, ele tentou encontrar as palavras certas. — Benny,


você é incrível. Você é linda e engraçada. Você é a mais gentil, mais doce mulher que eu já
conheci. Toda vez que ouço você rir, o meu estomago salta. Toda vez que você sorri para mim,
eu sinto que não consigo respirar. - Ele preparou-se para a rejeição. —Talvez eu não sou o tipo
de homem que você possa amar, mas …
— Você é - ela interrompeu suavemente. Com um sorriso tímido, ela confessou: —
Dimitri, eu acho que eu sou apaixonada por você desde que eu tinha 18 anos de idade. Desde o
primeiro dia que você entrou na nossa padaria com o anúncio em sua mão, eu tinha a maior
queda por você.

Ele sorriu.
— Sério?

Ela assentiu com a cabeça.

— Sim.

— Por que você não disse nada?


— Por que não?

— Nunca parecia ser o momento certo.


Corando, ela admitiu:

— Eu pensei que você não me via.

— Oh, eu te vi, Benny. - Ele passou os braços em volta dela e puxou-a em seus braços.
— Eu estive te observando e esperando por você por tanto tempo.

Quando seus lábios se encontraram, desta vez, o beijo foi suave e de tanta emoção. A
onda de felicidade que surgiu através dele ameaçou derrubá-lo fora de seus pés. Benny
pressionada contra ele, enrolando os braços ao redor de sua cintura e sacudindo sua língua
contra a dele. Ela tentou arrastá-lo para o sofá e fazer amor com ela, mas ele musculoso
impediu seus impulsos primitivos. Ele havia prometido a ela uma noite relaxante com amigos e
queria darlhe exatamente isso.

Eles finalmente quebraram o beijo prolongado. Ela sorriu para ele, seus olhos
brilhando com lágrimas não derramadas. Não havia dúvida da profundidade do seu amor por
ele. Ele só podia esperar que ela pudesse ler o mesmo em sua expressão.
Passou o polegar sobre seus lábios rosa. Ela mordiscou a ponta de brincadeira. Rindo,
ele disse:

— Venha. Vamos comemorar.


Capítulo 9
— Estamos prontos para a sobremesa? - Sorrindo docemente, Vivi encheu meu copo de
chá gelado e água para Erin. Ela ficou de pé na beira da nossa mesa e esperou por uma
resposta. Ela era um inferno de uma garçonete. Antes, quando Dimitri tinha pedido para mim,
ela cuidadosamente conduziu-o longe de uma entrada com repolho com a menor contração,
quase imperceptível de seu nariz. Para me poupar desse destino, eu estava pronta para dar-lhe
uma enorme gorjeta.

Dimitri passou a mão ao longo do meu ombro.


— Você gostaria de alguma sobremesa?

Normalmente, eu diria que não, mas a refeição da noite tinha sido uma experiência
tão boa, eu queria tentar algo do lado doce do menu.

—Sim. - Olhei para Vivian. — O que você recomenda?


— Para você? A deusa dos doces? - Olhos brilhando com malícia, ela pensou por um
momento. — Há esse realmente delicioso pão de ló com camadas de creme de baunilha fofo e
damascos e passas. É tão gostoso!

—Você me vendeu. Vou querer isso.


— Ótimo. - Olhou para Dimitri. — E para você?

Ele deu um aceno de cabeça.

— Nada para mim.

Vivi virou-se para Ivan e Erin que estavam sentados em frente a nós. O lutador
desmedido tinha um braço sobre o encosto da cadeira de Erin e olhou para ela com tanto
carinho questionando. Para um grande, homem tão intimidante, ele mostrou incrível suavidade
para Erin.

Ivan também sacudiu a cabeça, mas Erin estudou o menu. — Como é o bolo de
marshmallow com o chocolate? Leite algo de Pássaro...

Os lábios de Ivan se contraíram com diversão. Ele esfregou o polegar ao longo do lado
do pescoço. — Ptchiye Moloko.

Erin olhou para Vivi.

— Hum... sim. Esse mesmo.

Rindo, Vivian balançou a cabeça e afastou-se da mesa. Erin voltou para Ivan e mordeu o
lábio inferior antes de tentar dizer as palavras que ele tinha acabado de falar. Ela massacrouas
duas vezes antes de ficar muito perto de pronunciá-la direito. Os olhos de Ivan brilhava com
tanto amor. Ele se inclinou e deu um beijo doce na boca. — Bom o suficiente, meu anjo.

Ele disse anjo com sotaque russo e Erin praticamente se derreteu em uma poça de
gosma bem em frente de nós.
Com o canto do meu olho, eu notei que alguém se aproximava. Nikolai Kalasnikov
cruzou lentamente o restaurante. Vestido com terno preto austero e camisa branca, ele exalava
um poder incrível. Seus olhos não eram o azul pálido de Dimitri ou Ivan, mas um estranho,
sombreado verde. Ao contrário do loiro palha de Dimitri, o cabelo levemente despenteado e
descuidado, mais escuro de Nikolai, cabelo castanho foi bem penteado. Como Ivan, ele tinha
tatuagens duras sobre os nós dos dedos e as costas das mãos. Sem dúvida, sua roupa escondia
multidões mais.
Não havia muitas pessoas que poderiam exercer esse tipo de calma, poder
desconcertante mas Nikolai fazia isso com tanta facilidade. Meu coração começou a correr
quando ele se aproximava a nossa mesa. Eu tinha estado em sua presença apenas punhado
vezes e só de forma muito breve, geralmente rápidos desentendimentos quanto ele visitou
Dimitri. Eu sabia que ele não tinha nada além da amizade para com a nossa pequena parte, mas
eu tinha ouvido rumores suficientes sobre ele, que eu nunca quis estar em seu lado ruim.

Ele parou na cadeira vazia ao meu lado e sorriu para seus dois amigos. Eles trocaram
saudações em russo Dimitri, apontou para a cadeira à minha direita. Nikolai mergulhou para
roçar um beijo rápido contra a bochecha de Erin antes de se virar para mim. Ele sorriu
calorosamente antes de suavemente bicar minha bochecha.

— É bom vê-la novamente, Benita -. Ele sorriu conscientemente para Dimitri. —


Especialmente nestas circunstâncias. - Nikolai tomou o seu lugar. — É a sua primeira vez no
Samovar?

— Sim.

— Espero que você tenha gostado de hoje à noite.

— Eu gostei. Tudo foi maravilhoso.

— Bom. - Nikolai sentou-se e lançou um sorriso brincalhão para Erin. — Como estão as
aulas de russo, Erin?

— Vivi é boa professora. Ela vai me fazer fluente até o Natal.


Nikolai riu.

— Eu não tenho nenhuma dúvida.

Seu olhar saltou para um pouco mais acima do ombro de Ivan. Notei o brilho mais
breve em seus olhos verdes quando Vivi se aproximou da mesa com um grande equilíbrio da
bandeja em sua palma. Curiosa, eu sorrateiramente olhei para seu rosto enquanto Vivi colocava
meu prato de sobremesa e de Erin na mesa.

Enquanto ela pousou os copos na frente de cada homem e uma garrafa de vodka
gelada na frente de Nikolai, ele enfiou a mão no bolso interno do paletó do terno e pegou um
pacote mais leve de cigarros. Eu estava um pouco surpresa ao vê-los. Eu nem sabia se ainda era
legal fumar dentro de um estabelecimento.

Antes que ele pudesse acender, Vivian habilmente varreu o cigarro de seus dedos
tatuados e a prata brilhando mais leve do outro lado. Ela lançou lhe um olhar de consternação e
deixou cair o contrabando no bolso da frente do avental branco engomado.
Prendi a respiração com medo por ela. Ela tinha acabado de tomar alguma coisa do
homem mais perigoso que eu já conheci. Como se para provar o ponto de Lena em uma espécie
de brincadeira de ontem à noite enquanto bebemos vinho e conversamos, Nikolai
simplesmente apertou os lábios e deixou pra lá.

Com um sorriso satisfeito, Vivi virou-se para o resto de nós.

— Posso pegar alguma coisa para vocês? Não? Okay. Volto daqui a pouco, se vocês
mudarem de ideia.

Nikolai despejou a vodka gelada no copo de Dimitri e Ivan, antes de encher o seu
próprio. Os homens compartilhavam um brinde tradicional russo antes de jogar para trás o
conteúdo de fogo.

— Então, Benny, Dimitri me diz que você está pensando em um novo local para a
padaria. - Ele tocou a mesa perto da minha mão. — Está tudo bem se eu te chamar de Benny?

— Todos os meus amigos me chamam de Benny e eu espero que nós sejamos amigos. -
Peguei o garfo de sobremesa na beira do meu prato. — E, sim, eu provavelmente vou ser
forçada a mudar.

Nikolai e Dimitri deram um olhar significativo.


— Esse Jonas Krause é um homem escorregadio. - Seu olhar caiu sobre mim
novamente. — Você deve se certificar que você tem um bom advogado antes de se sentar com
ele para negociar. Tenho certeza que Yuri pode recomendar alguém.
— Dimitri e eu discutimos isso ontem à noite. A situação é um pouco mais complicada
agora, então eu acho que eu não tenho muita escolha quando se trata de envolver um
advogado.

A expressão de Erin se transformou a uma de compreensão triste.

— Johnny?

Eu balancei a cabeça.
— Parece que ele já esteve conversando com a Upstreet.
— Eu sinto muito, Benny. É a pior sensação do mundo quando você percebe que um
irmão nos traiu.

Se alguém podia entender como eu me sentia destruída, era Erin. Quando eu ouvi os
detalhes da forma que sua irmã, Ruby, tinha começado uma guerra de gangues com o
namorado, eu quase morri. Isso me aterrorizou e me deixou tão preocupada por Johnny.
— Eu poderia ser capaz de ajudar a facilitar a transição - Nikolai interrompeu. — Um
dos meus melhores clientes é um agente imobiliário que trata principalmente do lado comercial
das coisas. Ele tem uma relação de edifícios que, provavelmente, atenderiam as suas
necessidades. Ele não está longe de onde você está agora e, em um bairro em crescimento.

Bairro em crescimento significava para corretor de imóveis, aluguéis elevados e altos


preços de venda, mas era a única pista que eu tinha, então eu agradeci. Ele estendeu a mão
para o outro lado de sua jaqueta e tirou uma caneta e um cartão de visita. Depois de anotar o
nome e o número na parte de trás, ele entregou-a para mim.
— Ele vai estar esperando a sua chamada na segunda-feira.

Notei a forma como o estilo de escrita em blocos parecia com a de Dimitri. Por ser
bilíngue deveria ser bastante difícil, mas eu não poderia me imaginar fazendo isso, quando há
dois alfabetos totalmente diferentes em jogo.

— Oh. Hum. Okay. - Eu coloquei o cartão em minha bolsa. Dimitri deu minha coxa um
aperto tranquilizador debaixo da mesa. Seu sorriso bonito fez minha barriga vibrar.

Quando Nikolai enfiou a caneta de volta no lugar, ele olhou para uma mesa a direita,
que estava ficando cada vez mais alta enquanto a noite avançava. O grupo turbulento dos
homens estava entre a multidão de sábado aqui no Samovar. Ao chegar, eu tinha notado que o
restaurante atraia uma multidão local pesada e um grande número de famílias. Era óbvio que
o restaurante tinha uma grande dose de lealdade entre os expatriados russos que vivem em
Houston.

Mas esses caras? Pareciam os empresários típicos em uma viagem de fora da cidade.
Tinham encomendado uma quantia obscena de caviar no início da noite e pareciam estar
drenando garrafas de vodka tão rapidamente quanto Vivian poderia substituí-las. Enquanto
nossa mesa tinha provado e saboreou o melhor menu que o chef tinha para oferecer, aqueles
homens estavam comendo os bolinhos e blinis delicados cheios de carne, como se fossem
baratas fast food.
Nikolai tinha uma expressão tensa quando sua atenção se voltou para nós. Eu senti que
ele estava perto de ter os homens atirados para fora de seu estabelecimento.

A conversa na nossa mesa logo se transformou para uma próxima luta. Aparentemente,
era uma espécie de campeonato e o lutador de Ivan era favorito. Os homens falaram em russo
tão facilmente, mesmo sem perceber. Erin revirou os olhos para mim do outro lado da mesa e
nós compartilhamos um sorriso secreto.
Enquanto a conversa girava em torno de mim, eu provei a minha sobremesa. Como
prometido, era a perfeição. A pão de ló estava muito úmido e o de creme e chantilly de sabor
requintado. Eu queria correr de volta para a cozinha e apertar a mão do cozinheiro chefe
confeiteiro... e pedir algumas dicas sobre como conseguir tal pão de ló celestial.

Eu estava pegando o meu copo de água quando vi Vivian se aproximar da mesa


turbulenta. Ela estampava aquele sorriso doce no rosto, mas eu podia ler sua linguagem
corporal. Os homens estavam mexendo em seus nervos.

Meus olhos se arregalaram quando um dos homens se atreveu a colocar a mão na


parte inferior das costas. Ela endureceu e empurrou a mão dele de seu corpo. Quando ela se
inclinou para deslizar uma bandeja de bebidas em cima da mesa, o mesmo bastardo tateou a
mão sob sua saia. Eu engasguei alto e chamei a atenção de Nikolai.

Em um piscar de olhos, Nikolai estava de pé e caminhando em direção ao homem


ofensivo. Ele se moveu tão rápido e com tanta determinação. Ao meu lado, Dimitri praguejou
baixinho e se levantou de seu assento. Do outro lado da mesa, Ivan fez o mesmo. Era como se
os dois homens antecipassem uma briga.

Todos os olhos no restaurante parecia colado ao Nikolai agora. Ele agarrou o homem
pelo pescoço e arrastou-o para fora da cadeira. Nikolai abaixou a cabeça e sussurrou no ouvido
do homem. Tudo o que ele disse fez os olhos do bêbado ter um flash com medo. Ele
estremeceu quando os dedos de Nikolai apertaram na parte de trás do pescoço.

Um momento depois, o idiota gaguejou:

— Eu sinto muito. Eu realmente sinto muito ter desrespeitado você.

O rosto vermelho com a humilhação de ser tão rudemente tateada, Vivi assentiu
secamente, mas não disse nada. Nikolai empurrou a cabeça do homem lá em baixo, dobrando-
o na cintura. Com a outra mão, Nikolai agarrou o pulso do rapaz e puxou-o para a suas costas.
Contorcendo em uma posição de stress, o homem caminhou desajeitadamente na direção que
Nikolai o conduziu-o. Ele usou a cabeça do homem para abrir as portas duplas que levam para a
cozinha.
Lentamente, o restaurante voltou ao normal. Dimitri e Ivan trocaram um com outro
olhares preocupados, mas voltaram para os seus lugares. O garçom idoso que os servia voltou
até a mesa onde os outros homens estavam sentados em silêncio atordoados. Ele desligou a
conta e falou algumas palavras duras. Eles praticamente pularam para fora de seus assentos e
correram para a frente para pagar a conta e sair.

Quando Nikolai reapareceu poucos minutos depois, ele passou a mão alisando a frente
de sua camisa. Seu queixo quadrado visivelmente cerrado enquanto cruzava o restaurante.
Parando perto de Vivian, ele falou baixinho para ela. Ela assentiu com a cabeça e o sorriso mais
fantasmagórico em seus lábios. Eu peguei Nikolai dando uma piscadela para ela antes que ele
fizesse o seu caminho de volta para a nossa mesa. Vivian seguiu alguns passos atrás dele.

Erin pegou a mão dela.

— Querida, você está bem? Você quer que eu envie Ivan atrás dele? Ele não dá um
soco em qualquer pessoa em algumas semanas. Tenho certeza de que ele está morrendo de
vontade de fazê-lo.
Vivian riu e olhou para Ivan mostrando os punhos de brincadeira.

— Não, obrigado. Estou bem.

Seu olhar saltou para Nikolai, que parecia calmo e tranquilo, apesar de ter jogado
apenas um homem pela porta dos fundos de seu restaurante. Aparentemente, ele ganhou
alguns pontinhos porque ela mexeu em seu avental e tirou o cigarro que ela confiscou mais
cedo.

A linha sombria de sua boca levantou um pouco quando ele permitiu que a simples
sugestão de um sorriso iluminar seu rosto. Ele aceitou o seu presente, mas não acendeu. Em
vez disso, ele segurou seu olhar enquanto ele voltou o cigarro para o bolso onde tinha
anteriormente.

Erin e eu fizemos contato visual. Suas sobrancelhas subiram um pouco e eu sabia que
ela estaria ao telefone com Lena no momento em que saísse do restaurante.

— Vivi, que horas você sai do trabalho hoje à noite?


Antes Vivian pudesse responder, Nikolai disse:
— Ela vai sair agora.
Vivian franziu o cenho antes de olhar para Erin.

— Aparentemente, eu estou saindo agora.

Erin riu.
— Venha com a gente.
— Onde você está indo?

— Para o Faze - disse ela. — Isso vai ser divertido.

Vivi fez uma careta.

— Você sabe que Lena não vai lá. Hoje é a sua única noite de folga em semanas. Eu não
quero que ela fique sozinha.

Erin fez um som frustrado.

—Eu vou ligar para ela. Ela irá.

— Bem...

— Vivi!
— Tudo bem. Eu vou. - Ela olhou para o relógio. — Vão demorar um pouco por causa
do horário do ônibus no sábado.
Nikolai disse algo a ela em russo e Vivian franziu o cenho. Ela começou a responder,
mas Nikolai gentilmente cortou. Aborrecimento escrito por todo o rosto, ela balançou a cabeça.

— Tudo bem.

Olhei para Dimitri que deslizou mais perto enquanto Vivi e Erin faziam planos. Seu
hálito quente fez cócegas em meu ouvido.

— Nikolai disse-lhe que Sergei irá levá-la. Ela não queria ter um carro, mas ele não
estava pedindo.
É evidente que eu não era a única a lidar com um homem russo mandão na minha vida!

Meia hora mais tarde, Dimitri segurou as pequenas mãos de Benny e a conduziu ao
longo da calçada que contornava o clube noturno. Ivan caminhou alguns metros à frente deles,
com o braço firmemente enrolado ao redor de Erin e abraçando-a com força para o lado dele. A
linha externa era tão longa que dava a volta no prédio. Pretensos foliões frustrados estavam
brigando pelo espaço entre as cordas de veludo.
Quando ficou claro que seu pequeno grupo iria começar a saltar a corda, alto
resmungos irromperam da multidão. Alguns empurrões perto na frente chamaram a atenção
de Dimitri. Rapidamente, ele colocou Benny na frente dele e deu um passo para a direita,
colocando seu corpo entre o dela e a multidão irritada. Mesmo com os melhores seguranças
trabalhando, brigas, muitas vezes acontecem pelas razões mais idiotas. Ele não queria que
Benny estivesse em qualquer zona de perigo.
Kelly Connally, um ex-fuzileiro naval e um inferno de um lutador sem luvas, pulou a
corda de veludo e correu para interferir. O grande touro, um homem, dirigiu a turbulenta,
multidão ligeiramente bêbada de volta na fila. Eles acomodaram-se rapidamente e se
acalmaram. Dimitri chamou a atenção do homem mais jovem e acenou com a aprovação.

Na porta, Big V, o primeiro porteiro que ele tinha contratado, liberava a passagem. Com
a cabeça raspada e tórax em barril, Vincent não tinha que se esforçar muito para intimidar.
Ninguém discutiu com ele quando o via na porta. Debaixo daquele exterior assustador, ele era
um muito bom cara.

Mas ele tinha uma reputação como uma espécie de homem que protegia as mulheres
pequenas. Era o tipo de mulher por quem Big V absolutamente amava.
Olhando com estima, ele sorriu para Benny.
— Oye, mamacita, você está parecendo muito bem esta noite.

Obviamente desconfortável, Benny ficou tensa, mas sorriu para o segurança gigante. —

Hum, obrigada.

Plenamente consciente de que enormes gigantes tinham uma propensão para


pequenas, mulheres cheias de curvas, como Benny, Dimitri fez uma careta para Big V. Suas
conquistas eram lendárias, mas ele não estava disposto a deixar tentar o seu jogo com Benny.
Ele segurou o olhar do porteiro e fez com que o homem compreendesse que Benny estava fora
dos limites. Ele não queria passar a noite inteira se preocupando com Big V enviando bebidas
para ganhar Benny. Ele estaria preocupado com ele e não seria capaz de desfrutar de sua noite.

Os olhos de Big V se arregalaram quando ele percebeu que Benny era dele. O segurança
ergueu as mãos em entendimento.
— Desculpe, chefe. Tudo bem entre nós?
Com um aceno de cabeça dura, Dimitri deslizou um braço protetor em torno da
cintura de Benny. Ela olhou para ele, mas ele apenas balançou a cabeça e indicou que ela
devia seguir Ivan e Erin.

Quando eles entraram no clube movimentado, barulhento, Benny instintivamente


apertou-se mais a seu lado, em busca de seu calor e sua proteção. Ele baixou a cabeça e roçou
os lábios em sua têmpora. O ambiente do clube não era o seu ambiente, mas ele nunca tinha
experimentado da maneira que faria hoje à noite como convidado de Yuri.

Com os braços protegendo ela, Dimitri habilmente guiou através do mar de quente, de
corpos girando. A música alta e batendo ecoou pelas paredes. Era quase dez e o lugar estava
em chamas. O oceano de corpos pulsava com a tensão sexual e luxúria induzida pela bebida. Ele
não invejava a equipe de segurança da noite. Eles estariam ganhando seus salários, com certeza
com esse público animado.
Divisórias e vidro fosco marcados por fora indicavam a área VIP no segundo andar. Yuri
observava da maior cabine, com as mãos no corrimão de ferro, enquanto olhava para sua
dançante clientela. Ele poderia ter feito seus bilhões por meio de aquisições e vendas de
operações de mineração, petróleo e gás, mas seu primeiro amor sempre foi este.

Mesmo quando eles eram crianças, ele sonhou em ter um império do entretenimento.
Agora, com os clubes em Moscou, Londres, Nova York, Los Angeles e Houston estava fazendo
exatamente isso. Yuri queria expandir para outras cidades europeias e da Ásia, mas ele ia fazelo
lentamente. Sempre cauteloso, ele nunca deu um passo grande sem o cuidado, a consideração
deliberada em cada movimento nos negócios. Dimitri respeitava profundamente o intelecto de
Yuri e sentido financeiro astuto.

Enquanto subiam as escadas até o segundo nível, Dimitri deixou sua mão deslizar das
costas de Benny para seu traseiro redondo. Ela olhou por cima do ombro para ele, mas não
tentou afastar a mão dele. Ele deu-lhe uma palmadinha na bunda e piscou para ela. Seus lábios
se curvaram enquanto ela tentava não sorrir, mas não havia nenhuma maneira que ela pudesse
negar sua reação ao seu tatear brincalhão.

No topo das escadas, ele arrastou-a de volta contra ele e baixou a boca para o pescoço
dela. Ele deu um beijo barulhento no local onde sua veia saltou loucamente e tocou os lábios
em sua orelha.
— Prometa- me uma hora. Se você não estiver se divertindo, eu vou te levar para casa.
- Ele gentilmente acariciou seu ventre através do tecido macio do vestido. Ela estremeceu um
pouco e se transformou em seu beijo. — Então eu vou me certificar que você terá um tempo
muito bom.
Capítulo 10
— Então, como estão as coisas entre vocês dois? - Erin deslizou para perto de mim no
sofá branco elegante para que pudéssemos conversar sem gritar. Ivan, Dimitri e Yuri mudou-se
para o outro lado da área VIP logo após Nikolai ter chegado. Todos juntos, eles pareciam estar
falando de algo sério. O lado curioso de mim realmente queria saber o que era.

Sentindo-me totalmente confortável com Erin, eu confessei:

— Dimitri me disse que me amava hoje à noite.

Excitação atravessou seu rosto.

— Oh meu Deus! Isso é maravilhoso. O que você disse?

— Que eu o amo.
Ela jogou os braços em volta de mim e me deu um abraço.

— Estou tão feliz por você. Isto tem sido a muito tempo pelo que eu sei.
— Aparentemente - eu disse um pouco timidamente. — Eu não sabia que Dimitri se
sentia assim sobre mim e ele não sabia que eu estava praticamente morrendo por ele também.
Fale sobre uma bagunça quente confusa!

Erin riu.
— Às vezes os relacionamentos vão por esse caminho. - Ela olhou de volta para Ivan e
sorriu. — Às vezes eles acontecem quente e rápido e não há nada a fazer senão agarrar-se
firme e desfrutar o passeio.

— Você se preocupa que as coisas aconteceram muito rapidamente? Mesmo que eu


tenha conhecido Dimitri há anos, eu continuo duvidando de mim mesmo.
— Ivan e eu aconteceu rápido. Provavelmente muito rápido - ela admitiu. — Mas
quando você tem certeza, você sabe. Eu não mudaria nada. É sempre arco-íris e pôneis? Não.
Nós temos os nossas diferenças, mas nós nos amamos para descobrir uma maneira de fazer dar
certo. - Ela apertou minha mão. —Você ama Dimitri. Ele ama você. Apenas converse e se
comprometa e você vai ficar bem.
Pelo que eu tinha visto de seu relacionamento com Ivan, eles eram totalmente abertos
um com o outro. Parecia um bom conselho e eu guardei para mais tarde.

— Então... hum... sobre o seu irmão - disse Erin nervosamente. — O que você vai fazer
sobre isso?
Eu exalei lentamente.

— Deus, eu não sei mesmo.

— Você acha que ele está cometendo um erro vender a sua parte?
Eu mexi com a bainha do meu vestido.
— Não. Honestamente, ele é o único esperto nessa situação. Ele não está deixando
suas emoções arrastá-lo mais profundamente na merda. Ele quer seu dinheiro enquanto ainda
há dinheiro a ser conseguido. Eu não o culpo por isso, mas eu me preocupo. Constantemente.
Preocupa-me que ele vai fazer algo realmente estúpido com esse dinheiro ou que ele vai
assinar algum acordo ridículo com esse corretor e perder tudo.

— Não é fácil quando você tem que assumir um papel de pai com um irmão. Acredite
em mim. - Ela revirou os olhos. — Ruby e eu temos sido assim durante anos. Em um certo
ponto, porém, você só tem que ficar para trás e dizer o suficiente. Você cometeu enganos. Eu
cometi erros. Nós sobrevivemos e aprendemos com eles. Johnny vai fazer o mesmo.

Como Dimitri, ela ofereceu sábios conselhos. Foi tão difícil pensar em me afastar de
Johnny e deixá-lo tomar suas próprias decisões. Eu queria poupá-lo de todas as dificuldades
possíveis, mas talvez ele precisava experimentá-las.

— Como está a sua irmã?


Erin fez uma careta.

— Ela está lutando com sobriedade. Quer dizer, você acha que estar na cadeia faria
ficar sóbria fácil, certo? - Com um triste aceno de cabeça, ela disse: — Eu nunca percebi o quão
maldito é fácil obter drogas na cadeia. Ela tem sido capaz de adiar até agora, mas estou muito
preocupada com o que vai acontecer quando eles a mudarem da área de tratamento da prisão
para a área geral.

— Eu sinto muito, Erin.

Ela encolheu os ombros.

— Não há muito que eu possa fazer, mas deixo que ela saiba que eu a amo e apoio.
Esta é uma batalha que ela tem de enfrentar por conta própria. Eu só rezo todas as noites que
ela permaneça forte e se lembre por que ela está tentando ficar limpa. Tem uma vida inteira
pela frente, se ela pode chutar os comprimidos.

Algo assustou Erin. Ela pegou sua bolsa e retirou seu telefone vibrando. Ela olhou para
a tela e falou de forma dramática.

— É Vivian. Lena está aí fora, mas recusando-se a entrar, agora que ela está aqui. - Ela
se levantou e deu um tapinha no meu braço. — Eu já volto. Tenho que ir resolver essa situação.

Rindo, peguei minha bebida. Eu peguei um pouco de vinho no restaurante e não senti
vontade de pedir um cocktail aqui. Tenho certeza de que a garçonete achou que eu estava
louca de recusar todo o licor top -shelf livre na ponta dos dedos, em vez de um gelado, cocktail
de limão, mas que seja.

Erin fez seu caminho para o lado de Ivan e passou a mão para cima e para baixo seu
braço musculoso. Ele abaixou a cabeça para que ela pudesse falar com ele. Com uma risada, ele
deslizou para fora de sua banqueta e saiu da área VIP. Como Dimitri, ele poderia ser muito
superprotetor. É claro que, depois do que o par tinha sobrevivido, eu não poderia culpá-los.

Embora eu estivesse totalmente bem sentada sozinha e apreciando o ambiente


abafado da área vip do clube, eu não me importei quando Yuri se juntou a mim. O bilionário
pecaminosamente sexy tinha um sorriso fácil e ar amigável.
— Eu percebo que eu não sou nenhum substituto para Dimitri, mas ele está um pouco
ocupado no momento com Nikolai. Você está se divertindo?

— Sim. Muito.

— Isto, provavelmente, não tem nada a ver comigo, mas eu queria que você soubesse
que eu estou simplesmente a um telefonema ou e-mail de distância, se você tiver alguma
dúvida sobre o seu negócio.

Meu queixo caiu em sua oferta incrível. Este homem, um dos mais ricos, mais astutos
empresários do mundo, estava estendendo uma enorme ajuda.

— Eu não sei o que dizer, Yuri. Obrigada.

— Estou feliz em ajudar. Lembro-me de como foi ser lançado no meu primeiro negócio,
sem muita experiência. Eu cometi tantos erros. Fui à falência, na verdade. Você sabia disso?

— Não.

— Bem, aconteceu. Foi uma experiência muito humilhante, mas ela me ensinou alguma
coisa. O que você está experimentando agora? Questões de contração do negócio e do fluxo de
caixa? - Ele deu de ombros como se não fosse nada. — Isso acontece. Você vai sobreviver a
este período de seca e sair mais forte.

— Eu gostaria de ter a sua confiança.


Ele sorriu.

— Você vai algum dia.


Sentindo-se mais à vontade com ele, fiz um gesto em torno do lugar.

—Você representa exatamente o homem renascentista, Yuri. Petróleo, gás, minerais e


casas noturnas? Isso é uma variedade impressionante de interesses.

Ele sorriu e acenou com a mão com desdém.


— Eu não sou realmente quem controla qualquer um dos meus empreendimentos
mais. Estou mais como um gerente de projeto nos dias de hoje. Eu realmente estou
contratando o melhores e mais brilhantes para se juntar a minha equipe. É assim que você
encontra de verdade o sucesso.

Lembrei-me de Lena me dizendo tudo sobre seu chefe na empresa de relações públicas
que roubou seu trabalho e usou para conseguir um emprego com Yuri.

— Eu aposto que você tem um monte de gente tentando truques desleais para entrar
em sua folha de pagamento.

—Infelizmente - ele concordou. — Eu não costumo julgar mal o caráter de uma pessoa,
mas isso acontece. Ultimamente, porém, me sinto amaldiçoado quando se trata de adquirir
talento real. Veja sua amiga, Lena, por exemplo.

Apertei os olhos, em silêncio, olhando preocupada.


— O que tem ela?
— Eu contratei seu antigo gerente não muito tempo atrás. Ele tentou trabalhar com a
equipe que eu tinha montado, mas ele não conseguiu. Aparentemente, ele precisa de Lena ao
seu lado. Era sua caixa de ressonância para chegar com ideias brilhantes e inovadoras. - Ele
deslizou um pouco mais perto. — O que você acha que seria necessário para eu convencê-la a
vir se juntar a mim?

— Yuri - eu disse o nome dele com cuidado. — Eu não acho que eu sou a pessoa certa
para perguntar sobre isso, mas se você quiser Lena, você vai querer começar com um pedido
de desculpas.

— Porquê? - Ele pareceu surpreso. — Será que eu a ofendi de alguma forma?

Ele parecia tão genuinamente angustiado. Imaginei se Lena ficaria chateada comigo,
mas sabendo como ela estava ferida pela traição de seu colega de trabalho, eu decidi por uma
pequena retribuição a ela.

— Yuri, você não acha que é um pouco estranho que um cara que você contratou como
relações públicas vem para você com todas essas ideias incríveis, mas não é capaz de produzir
nada de novo desde que se juntou a sua equipe? Você já se perguntou por que ele queria que
você contratasse Lena especificamente? Quero dizer, vamos lá! Sua caixa de ressonância?
O rosto de Yuri ficou tenso.

— O que está dizendo, Benny?

— Você sabe exatamente o que estou dizendo. Você é um homem inteligente, Yuri. -
Olhei para ele, expliquei. — Esse cara roubou suas ideias, as ideias que ela teve para a 716 para
mantê-los competitivos com o seu novo clube e os trouxe para você. Ele queria pular do barco
e ele usou Lena para levá-lo lá.

Yuri sentou-se e olhou para a parede oposta. Eventualmente, ele disse:

— Tenho realmente estado por fora? - Ele jurou em russo. — Não admira que ela me
disse para ir me foder quando eu lhe ofereci um emprego! - Ele se encolheu. — E então eu
realmente pisei nela, convidando-a para uma viagem no meu iate para o fim de semana.
Eu fiz uma cara simpática.
— Sim, ela está muito chateada com isso.

— Merda. Ele passou a mão pelo rosto. — Você provavelmente não vai acreditar, mas
eu entrei em pânico quando ela recusou minha oferta de emprego. Pensei que poderia seduzila
a se juntar à equipe se eu mostrasse as vantagens de ser meu empregado. - Ele fez uma careta.
— Em vez de tratá-la como a profissional brilhante que eu sei que ela é, eu voltei a fazer meu
jogo habitual. Tentei conquistá-la, piscando o dinheiro.

Sua linguagem corporal falou volumes. Ele parecia realmente enojado consigo mesmo.

Tocando o seu braço, eu chamei sua atenção.

— Yuri, talvez você não deve tentar impressiona-la.


Sua testa franzida.
— O que você quer dizer?
— O iate, a viagem e o jantar - eu esclareci. — Isso pode impressionar um monte de
mulheres, mas não vai impressionar Lena. Só vai, fazê-la cautelosa e desconfiada. De onde ela
vem, os homens oferecem grandes, presentes extravagantes, quando eles querem uma coisa e
apenas uma coisa.

— Merda.

— Olha, vocês dois vêm de origens muito semelhantes. Porque não começar por aí?

Yuri me considerou por um momento antes de assentir.

— Mas primeiro eu devo-lhe um pedido de desculpas. - Seu olhar saltou para a entrada
da área VIP, onde Vivian e Lena tinha aparecido com Ivan e Erin. — E eu acho que essa é a
minha chance. Se você me dá licença?

Eu atirei-lhe um sorriso encorajador.

— Boa sorte.
Sentada atrás, eu assisti Yuri cumprimentá-los. Ele se aproximou com cautela de Lena
e estendeu a mão. Relutantemente, ela apertou a mão dele, mas recuou um pouco quando ele
abaixou a boca para sua orelha. Ainda segurando a mão dela, Yuri a impedia de recuar. Sua
carranca lentamente desapareceu. Quando ela se afastou e olhou para ele, vi sua expressão
amolecer. Ela assentiu e Yuri apontou para uma área privada, onde eles poderiam falar.

— O que no mundo é isso? — Vivian se perguntou quando ela deslizou no sofá ao meu
lado.
— Eu acho que Benny deu uma de casamenteira - disse Erin com uma risada.

—Não! - Eu abri minhas mãos para fora na minha frente — Não casamenteira no
sentido romântico. Houve um desentendimento de negócios entre eles e eu ajudei a coloca-los
para fora. Isso é tudo.
— Claro - respondeu Erin provocando. Ela olhou para a dupla, agora profundamente
em dúvida. — Eles não seriam um casal ruim.

— Definitivamente não - eu concordei.

— Eu não sei - disse Vivi com cautela. — Yuri tem uma certa reputação. Ela não está à
procura de um cara como ele. Mais importante, Lena pode ser difícil. Ela tem um monte de
problemas com confiança.

—Você pode culpá-la? Sua mãe foi embora quando ela era criança e nunca mais voltou.
Que o pai dela é outra coisa.

Vivian concordou comigo. Com um sorriso, ela acrescentou.

— Mas se Yuri é parecido com Ivan ou Dimitri que ele vai ser muito teimoso para deixá-
la ir embora. Você sabe como esses caras são. Eles pegam o cheiro de algo que eles querem e
eles nunca deixam ir.

Como se ouvissem, Dimitri e Ivan se juntaram a nós. Nikolai permaneceu no bar privado
e cuidou de sua bebida. Eu não perdi o jeito que seu olhar permanecia em Vivian antes de
desviar rapidamente para longe para a pequena multidão acotovelando-se que nos rodilhava.
Erin ficou apenas o tempo suficiente para Ivan deslizar debaixo dela antes de senta-la em seu
colo.

Dimitri tomou o lugar que Yuri tinha ocupado durante a nossa conversa. Ele enrolou
um pouco do meu cabelo em torno de seu dedo e deu-lhe um pequeno puxão. —
Divertindose, querida?

— Sim.

— Você quer ficar?

—Um pouco mais - eu disse, completamente me divertindo. Embora eu realmente


quisesse chegar em casa e ver que tipo de prazer requintado Dimitri tinha reservado para mim,
eu gostava de passar o tempo com os nossos amigos. Depois de viver como uma eremita social
nos últimos anos, eu percebi o quanto eu tinha perdido com isso.

Quando Lena finalmente se juntou a nós, sentou-se ao meu lado e apertou minha coxa.
Eu gritei baixinho e encontrei o olhar dela se estreitando. Ela não era louca, mas eu senti que eu
iria ouvir uma bronca sobre isso em um futuro muito próximo. Ela sacudiu o dedo.
— Você é uma menina muito desobediente.

Fingi ignorância.
— Eu sou?

Com um braço ao redor de Nikolai e a bebida de Lena na mão, Yuri fez o seu caminho
para os sofás onde nós sentamos e conversamos. Vi a forma como Yuri tão habilmente
manipulou Nikolai para sentar ao lado de Vivian, antes que ele sentou no braço do sofá ao lado
de Lena e entregou sua bebida. Eu não tinha certeza do que fazer em relação a Nikolai e Vivian.
Olhando eles não se parecem.
Sentado ali, cercada por amigos meus e de Dimitri, eu me senti tão incrivelmente
sortuda. Todo o riso e as piadinhas, fomos lentamente nos tornando uma unidade coesa. Eu
não tinha certeza de como tudo acabaria, mas eu me sentia otimista.
Dimitri acariciou minha nuca. Seus lábios macios me fizeram cócegas.

— Uma dança e então eu vou te levar para casa.

Ele apertou minha mão e me levou para fora da área VIP. Eu presa perto de suas costas
largas, saboreando o calor e a força dele. Um olhar sobre o meu ombro confirmou que Erin,
Ivan, Vivi e Lena estavam perto. Parecia Nikolai não era o tipo de dança e Yuri ficou para trás
para lhe fazer companhia.

Na pista de dança, Dimitri abriu um espaço para o nosso pequeno grupo. Foi Lena, que
começou a dançar pela primeira vez. Sensual e sexy, ela balançou os quadris e jogou as mãos no
ar. Aquele cabelo longo e escuro espalhados ao redor de seus ombros. Ela tinha que bater e fez
parecer tão fácil.

Agarrando Vivian pela cintura, ela arrastou-a para perto. Meus olhos se arregalaram um
pouco com a exposição sensual de minhas duas amigas. Lena balançou contra Vivian, com a
mão ainda no quadril de sua amiga. Vivi ria visivelmente relaxada. Quando um cara tentou
pegar na bunda de Lena, Vivi colocou uma mão em seu peito e empurrou-o de volta. Com um
movimento, ela estabeleceu os limites. Ele era esperto o suficiente para ficar parado.
Para um cara grande, Ivan mudou-se com finesse surpreendente. Ele segurou Erin perto
e segurou a parte de trás de sua cabeça. Quando eles balançavam juntos, ele firmou sua boca
em um beijo exigente. Ela agarrou seus braços e levantou-se na ponta dos pés para enredar a
língua dela com a sua.

A música abrandou para uma batida. Eu não estava realmente confortável na pista de
dança. Olhei para Dimitri. Ele sorriu conscientemente e me virou para que eu ficasse de frente.
Mãos em meus quadris, ele controlava meus movimentos. A maneira como ele me segurou
agora me lembrou de outros momentos, mais íntimo que nós tínhamos compartilhado.

Fechando os olhos, eu relaxei em suas mãos fortes me comandando. A baixa


iluminação e a pista de dança, embalada me proporcionou anonimato suficiente para esquecer
a maioria das minhas inibições. Quando as mãos de Dimitri moveram-se sobre o meu corpo, eu
inalei respirações trêmulas. O formato rígido de seu pênis pressionado contra minhas costas.
Enquanto ele, eu ficava cada vez mais excitado.

Mãos deslizando minhas curvas, Dimitri mordeu minha orelha. Sua boca tocou meu
ouvido.
— Eu não posso esperar para chegar em casa. Vou deixa-la nua e amarrá-la.

Engoli em seco e tentei apertar minhas coxas juntas para aliviar o calor pulsando entre elas,
mas de alguma forma a mão de Dimitri serpenteava sob a parte de trás da minha saia. Sua
mão impediu. Os dedos longos e hábeis enroscados na renda da minha calcinha. Eu quase
gozei ali.

— Sua vagina é tão gostosa.

— Dimitri, por favor - eu implorei e rezei silenciosamente para que as luzes que se apagaram
não acendessem. Nas sombras, ninguém seria capaz de ver onde ele tinha escondido sua
mão.
— Por favor, o que, Benny? Por favor, me leve para casa e me deixe nua? Por favor, me
amarre? Por favor foda sua apertada, vagina molhada até chegar ao clímax?
— Sim. Tudo. Por favor - eu implorei sem fôlego. Virando a minha cara, eu toquei meus
lábios nos dele. — Leve-me para casa, Dimitri.

Dimitri não conseguiria tirar Benny fora desse clube rápido o suficiente. Familiarizado
com o layout, ele a levou para fora por uma entrada lateral que dava para a rua mais próxima
do estacionamento onde tinha deixado sua caminhonete. Ela correu ao lado dele, seus dedos
apertados ao redor dele. Almejando a sua boca doce, ele parou a cada poucos metros para
beijá-la. Ela gemeu contra seus lábios e pressionou os seios contra o peito. A tentação de
pegála e levá-la ali mesmo contra a parede do prédio quase o venceu. De alguma forma, ele
conseguiu encontrar a força para mantê-lo juntos.

No seu carro, ele não perdeu tempo de abrir a porta. Quando ele a pegou, ela gritou
com surpresa e deu uma risadinha. O som estridente viajou direito para suas bolas doloridas.
Ele tinha ouvido fazer aquele barulho antes, geralmente quando ele tinha sua língua no clitóris
dela.

—Espere - disse Benny ofegante e empurrou seu peito, impedindo-o de senta-la sobre
o banco do passageiro e afivelar o cinto. — Quanto você teve de beber esta noite?

Ele franziu o cenho para sua pergunta.


— Não muito.

Ela estreitou seu olhar e estudou-o.

— Eu acho que nós temos diferentes definições do que é ou não é muito. Você bebeu
vodka e cerveja no jantar. Eu vi você beber mais vodka com os seus amigos.

Ele começou a discutir com ela, mas percebeu que ela estava certa. Ele havia bebido
mais do que o habitual. Passou tanto tempo desde que ele tinha saído com seus irmãos, todos
eles juntos e suas mulheres bonitas. Ele tinha ficado muito relaxado e tinha aceitado muitas
bebidas.

Benny brincando caminhou os dedos pelo seu estômago e deslizou sua pequena mão
no bolso. Com um de pouco sedução fez questão de deslizar os dedos ao longo do
comprimento rígido de seu pênis antes de retirar as chaves. Reprimindo um gemido, Dimitri
deixou Benny se divertir.
— Ponha -me no chão. Eu vou dirigindo.

Ele não a colocou no chão. Mostrando a ela quem fez as regras, ele levou-a ao redor
para o banco do motorista e colocou -a em seu lugar. Enquanto ele ajustava a posição da
cadeira, ele informou:

—Eu vou deixar você dirigir.


Ela revirou os olhos.

— Uh -huh.
Rindo, ele bicou a bochecha dela e fechou a porta. Ela ligou a caminhonete quando ele
subiu no banco do passageiro. Reconheceu embriagado, ele era incrivelmente sortudo de ter
uma mulher o suficiente para dizer- lhe que não. Se ela o tivesse deixado dirigir, ele
provavelmente teria chegado em casa com segurança, mas não era um risco que ele estava
disposto a correr.

Assistir Benny conduzir a sua caminhonete gigante o fez sorrir. Aqui no Texas, não era
incomum, ver belezas pequenas como ela sentada ao volante de caminhonetes. Ela parecia
bem lá, como se pertencesse a ele, ela era dele. Em seu carro, em seus braços, em sua cama,
Benny pertencia a ele.
Na padaria, Benny parou no estacionamento no local que ele preferia. No momento em
que ela deligou a ignição, ele tirou o cinto e estendeu a mão para ela. Se houvesse espaço
suficiente nesse banco da frente, ele teria levantado a sua saia e aberto o zíper de seu jeans
para tê-la. Ela o queimava, deixava ofegante e dolorido com a necessidade tão forte que lhe
parecia insaciável.

De alguma forma, eles finalmente conseguiram sair do carro. O alarme chiou quando
ela apertou o botão de bloqueio na chave. Ele estava sobre ela em um segundo, prendendo-a
entre seu corpo e a caminhonete. Ela agarrou a frente da camisa com as duas mãos enquanto
devorava sua boca, apunhalando a língua entre os lábios e provando o ligeiro toque de limão e
lima ainda agarrados a ela.

— Dentro - ela ofegou. — Nós temos que entrar, Dimitri.

Com um grunhido de concordância, ele a levou em seus braços e sobre seu ombro. Ela
riu alto e bateu na sua bunda.
— O que você está fazendo?

—Levando você para dentro.

Ele deslizou a mão por sua coxa nua e debaixo de sua saia. Com uma mão presa em
sua parte inferior, ele correu para a escada de metal e subiu os degraus de dois em dois para
chegar a seu apartamento. Lembrando que Benny estava com as chaves, ele chegou e mexeu
os dedos.

— Chaves, querida.

Ela colocou-as em sua mão. Ele se atrapalhou com a fechadura e finalmente conseguiu
entrar. Chutar a porta fechando, ele virou a tranca e levou-a para a superfície da mesa de
refeições o mais próxima. Bocas juntas, eles rasgaram a roupa um do outro. Ele tirou os sapatos
e as meias e empurrou para fora do caminho para que ele não tropeçasse neles na semi
escuridão.

A luz que ele havia deixado acesa deu um brilho suave para o quarto. Com a camisa e a
calça jeans no chão, ele puxou seu vestido, sobre a cabeça e jogou para trás. Sua calcinha
rendada e sutiã sem alças, logo se juntaram ao vestido. Nua e tremendo de desejo, ela
estendeu a mão para ele. Dimitri esmagou suas bocas juntas e beijou-a até que ela
choramingou.

Embalando a parte de trás de sua cabeça, ele a guiou até o tampo da mesa e caiu de
joelhos. Com apenas sua cueca agora, ajoelhou-se ao lado do mesa e arrastou a bunda de
Benny até a borda. Ela gritou quando ele atacou seu vagina doce.
— Dimitri!

Ele gemeu contra seu clitóris e brincou com o pacote inchado de nervos com a língua.
Ela já pingava para ele. Ele poderia passar o resto de sua vida como está agora, com a boca
fechada em seu clitóris e seu mel liso sobre seu queixo, e nunca se cansar.

Ela se debatia sobre a mesa e bateu na madeira com as palmas das mãos achatadas. Ele
rodou sua língua sobre a pequena saliência e penetrou-a com um dedo. Ela gemeu com tal
desespero e levantou os quadris. Amava o jeito que ela respondia, ele deslizou um segundo
dedo em seu canal escorregadio e começou a empurrar rápida e superficialmente. Seus gritos
de lamento ficaram mais alto e mais agudo enquanto trabalhava selvagem com a língua e os
dedos.

Quando ela chegou ao clímax, ele segurou-a para baixo, forçando-a a tomar ainda mais.
Ela gritou e balançou os quadris, mas ele não a soltou. Hoje à noite, ele queria que ela ficasse
mole, sem fôlego e pairando à beira de desmaiar antes que ele acabasse com ela.

Ele sentiu quando ela tinha o suficiente, talvez demais e desacelerou para um ritmo
suave. Ela ronronou como um gatinho e arranhou as unhas em seu couro cabeludo, enquanto
ele acariciou suavemente as suas dobras. Acariciando a barriga, ele finalmente, ofegante
recheou com beijos ruidosos de sua vagina até as coxas e ao longo de seu estômago. Ele
capturou sua boca em um beijo longo, duro e beliscou seu mamilo. Ela se arqueou contra ele.

— Dimitri...

Rindo, ele aclimou-lhe o mamilo com a língua.


— Quarto?

—Sim. - Ela acariciou sua bochecha. — Eu me lembro de você prometer me amarrar


esta noite.
Ele viu o brilho de emoção em seus olhos escuros. O peito apertado com antecipação
ao pensar na surpresa que ele tinha reservado para ela. Segurando as mãos, ele puxou-a para
uma posição sentada e a levantou da mesa. Sem dizer uma palavra, ele a levou para o quarto.
Em vez da luz do teto, duras sobre o ventilador, ele escolheu as duas lâmpadas de cada lado de
sua cama. Lâmpadas com dimmers, mais suaves que mantinham o clima romântico.

Ainda segurando a mão dela, ele a arrastou para o largo e profundo armário. Ele sabia
que no momento em que avistasse a engenhoca que ele tinha instalado naquela tarde. Seus pés
vacilaram e ela ficou ao seu lado.
— É isso -? Você? Um balanço do sexo!

Ele não podia deixar de rir com o seu tom escandalizado. Deslizando os braços em volta
de sua cintura, ele enterrou seu rosto na curva de seu pescoço e inalou o doce aroma de seu
perfume. As pontas de seu cabelo sedoso fizeram cócegas na sua pele.
— A primeira noite em que estivemos juntos jogamos um pouco. Você se lembra?

Ela assentiu com a cabeça.

— Vermelho, verde ou amarelo.

—Sim. Ele estendeu a mão e deu a engenhoca bizarro um golpe. Os ganchos e argolas
de metal tilintavam enquanto ele balançava para trás e para frente. — O que você diz, Benny?

Ela nem sequer hesitou. Olhando para ele, ela sorriu com entusiasmo.

— Verde.
Capítulo 11

Minha barriga vibrou freneticamente enquanto eu olhava para o balanço preto no


armário de Dimitri. Um tremor de medo me atingiu, mas a minha curiosidade foi mais forte. Eu
tinha lido romances picantes suficiente para ter uma ideia de como isto funcionava. Isso
sempre me pareceu algo que eu só seria capaz de fantasiar, mas como as restrições de Dimitri
na nossa primeira noite juntos, esta era mais uma fantasia para se tornar realidade para mim.

Ele acariciou meus seios e mordiscou minha orelha.


— O que você está pensando, querida?

Eu amava o jeito que ele me chamou de nomes carinhosos. Sorrindo, confessei:

— Eu estava pensando que você está fazendo com que todas essas fantasias perversas
que eu nunca falei em voz alta para alguém se tornarem realidade.
— Isso me lembra - ele disse calmamente. — Eu ainda preciso olhar em suas estantes
de livros para ver esses livros sujos que você está lendo. Que eu poderia usar como um pouco
de inspiração.
Rindo, eu me derreti em seu abraço quente. Quente corpo de Dimitri, duro senti tão
bem pressionando contra mim. Luxúria começou a me dominar. Antes de ficar tonta com a
necessidade, eu perguntei:

—Será que essa coisa é segura?


Ele bufou e beijou meu pescoço.
— Fiz questão de reforçar o ponto no teto, onde ele está conectado. Também testei por
mim mesmo. Se ele me aguentou enquanto estava saltando para cima e para baixo, ele vai
conseguir prendê-la.

Minhas preocupações dissipadas, perguntei:

— Então, como, como faço para subir nele?


— Assim - ele disse me levantou em seus braços. Colada em seu peito musculoso, eu
apreciava a sua força. Havia algo tão inebriante sobre Dimitri e este lado masculino primitivo
dele.

Eu fiquei tensa quando ele me colocou no assento em forma de colher. Porque eu era
tão pequena, se encaixou bastante bem. Eu relaxei com o meu medo de cair. Um pequeno
vacilo de pânico tomou conta de mim ao ver as algemas penduradas perto da minha cabeça e
os estribos com punhos para baixo. Ser amarrado neste balanço do sexo era uma experiência
bastante diferente de ser contido em sua cama, mas eu não podia esperar para começar.
Dimitri, por outro lado, parecia feliz para arrumar as coisas e me deixar tremendo de
antecipação. Ele cruzou para a sua cama e pegou os suprimentos que ele enumerou.
Preservativos, uma toalha de mão, lubrificante... e duas coisas que eu não conseguia ver antes
que ele escondeu em sua mão.
Meus olhos se estreitaram com desconfiança, agarrei as correntes frias que apoiam o
balanço e perguntei:

— O que você tem em sua mão?

— O quê? Isto? — Ele me deu um sorriso e os conteúdos de seu punho fecharam tão
rapidamente que eu não vi tudo. — Eles são apenas algumas coisas que eu peguei esta tarde.
Engoli em seco, nervosa.

— Que tipo de coisas?

— Paciência, meu amor. - Ele colocou a braçada de suprimentos em cima de sua


cômoda para que eles ficassem de fácil acesso. — Antes de eu mostrar o que eu comprei hoje,
eu quero que você entenda que eu estou mais do que feliz em guarda-los em uma gaveta para
uma data posterior. Se o balanço é tudo que você quer hoje à noite, isso está bom. Estamos
sem pressa, Benny.

Eu puxei meu lábio superior entre meus dentes e tentei controlar meu coração
acelerado. Quando ele finalmente abriu a mão, eu quase tive um ataque do coração. Um
plugue anal pequeno e fino era simples de identificar. Mesmo que eu nunca tivesse usado um,
eu tinha visto online. Algumas vezes eu tinha ficado curiosa o suficiente para navegar por
brinquedos sexuais na internet, mas eu nunca tinha sido corajosa o suficiente para comprá-los.

O conjunto de presilhas de prata ligadas a correntes me imobilizaram. Eu sabia que o


grampos eram para mamilos, é claro, mas eu contei quatro grampos e um clipe estranho ligado
às longas correntes finas. Onde é que todos aqueles iriam?

Ele deve ter lido a confusão no meu rosto. Pisando perto do balanço, Dimitri enfiou
meus pés nos estribos. Com minhas coxas agora abertas, ele escovou os dedos para baixo a
costura da minha vagina exposta.
— Dois desses grampos vão em seus mamilos. Dois deles aqui. - Ele traçou os lábios do
meu sexo. — Este clipe? - Ele delicadamente separou as pétalas de meu sexo para revelar o
meu palpitante clitóris e gentilmente rolou pela raiz inchada entre seus dedos. — Ele vai bem
aqui.

—O quê? - Eu apertei meus joelhos juntos em um flash, prendendo sua mão. —Eu
acho que não!

Dimitri riu.

— Benny, não vai doer. Ele vai fazer se sentir muito, muito bem.

— E você sabe disso, porque você tem um clitóris?

Ele concedeu-me um sorriso divertido. — Justo o suficiente.


Um pensamento irritante surgiu na minha cabeça.

— Você usou grampos em suas outras namoradas?


— Sim.
Ciúme queimou através de mim. De repente agarrou-me pela necessidade de ser tão
legal quanto essas garotas, eu levantei meu queixo.
—Tudo bem. Vou experimentá-los.

Dimitri inclinou a cabeça.

— Benny, você está com ciúmes?


—Não.
Ele jogou os grampos para a cômoda e colocou o braço entre as costas e o balanço. Me
puxando para cima em uma posição sentada, ele enfiou os dedos pelo meu cabelo e olhou
profundamente em meus olhos.

— Benny, eu só vou dizer isto uma vez ouça com atenção. Tudo o que eu tinha com
outras mulheres em meu passado, não significa nada para mim agora. Você? Essa coisa que nós
compartilhamos? Apagou tudo.

Cauterizada por seu olhar intenso, engoli em seco e assenti. Ao ouvi-lo dizer isso
demoliu quaisquer pedaços de ciúmes que permaneciam dentro de mim. Ele me via da mesma
maneira que eu o via. Nenhum outro homem poderia se comparar com Dimitri e ele acreditava
que nenhuma outra mulher iria comparar a mim. A realização inebriante me encheu de tanta
felicidade que eu tive que lutar para conter as lágrimas.
Depois de um beijo sensual que fez uma onda até meus dedos dos pés e minha vagina
doer, eu desenhei as minhas iniciais em seu peito nu. Levantando um olhar brincalhão ao seu,
eu murmurei:

— Eu quero tentar os grampos, mas não o outro. Esta noite não, pelo menos.
Minha decisão tomada, eu relaxei no abraço do balanço. Dimitri continuou a me
provocar com seus beijos e suas mãos magistrais. As palmas das mãos calejadas modelaram as
curvas do meu corpo, enquanto seus lábios pontilhavam minha pele nua. Ele acariciou e
acariciou, atiçando o fogo apaixonado dentro de mim até que eu tinha certeza de que ele ia me
consumir.

Quando ele chupou meus mamilos entre os lábios, eu gemia e arqueava as costas. De
repente e rapidamente transformou os pontos franzidos a picos rígidos. Ele estendeu a mão
para os grampos e minha barriga vibrou. Oh, Jesus, no que eu me meti agora?
Mas ele era tão gentil comigo. Usando a boca e as mãos, levou-me a tão intenso prazer.
Quando o primeiro grampo mordeu meu mamilo, eu inalei uma respiração ruidosa. Meu bico
beliscado pulsava impiedosamente no começo, mas Dimitri me distraiu do leve desconforto,
deslizando os dedos grossos através da minha lisa dobra para provocar o meu clitóris.

Cabeça jogada para trás, eu gemi quando a segunda braçadeira apertou meu outro
mamilo. Meus seios doíam agora. Pesado e tão incrivelmente sensíveis, eles imploraram por
atenção. A corrente presa aos grampos pendia entre os meus seios. O arco formado pelo
corrente batia contra a minha barriga.

Sabendo o que estava por vir, eu fechei os olhos e tentei respirar. Dimitri não aplicou os
grampos labiais ou o grampo para clitóris imediatamente. O bastardo sujo ajoelhou-se e usou
sua boca impiedosa para me trazer direito à beira de um clímax. Ele girou e vibrou a língua
sobre o meu clitóris pulsando até que eu estava quase delirando.
Eu assobiei quando ele aplicou os grampos nos lábios macios de minha vagina. Não era
doloroso, mas realmente parecia... estranho.

— De que cor nós estamos, Benny? - Dimitri perguntou recheando de beijos e cócegas
ao redor do meu umbigo.

— Verde.
— Tem certeza?

—Sim. Fiquei olhando para a estranha joia agora adornando minhas partes mais
sensíveis. A cadeia em forma de Y parecia tão bem contra a minha pele.

Dimitri acariciou minhas coxas.


—Deus, eu gostaria de ter alguma fita.

—Fita? Por quê?


— Eu poderia amarrar algumas em torno de cada uma de suas coxas e ligar estes
grampos com a fita. - Ele balançou as pinças de metal apertando meus lábios. — Você ficaria
tão perfeitamente aberta para mim, então.
Eu tremia com a ideia de uma coisa dessas. Seu dedo rodou no vazamento úmido do
meu núcleo. Ele esparramou o néctar em volta do meu clitóris dolorido e, em seguida,
enquadrou a pequena pérola entre os dedos. Eu tive apenas uma fração de segundo de aviso
antes do clipe deslizar sobre o feixe de nervos.

— Oh!
Seu olhar preocupado pulou na minha cara.

— Benny?

— Ver - verde - eu sussurrei. — É que... é mais do que eu estava esperando.

— É doloroso?
— Não.
— Nós não vamos deixar isso a noite toda. - Ele se abaixou e deu um beijo de
provocação contra o meu clitóris. — Você é tão sensível aqui.

— Ah!

Rindo, Dimitri segurou meus tornozelos e levantou-os para fora dos estribos. Ele deixou
os meus pés no ar e algemados nas correntes de ambos os lados de seus ombros largos. Meus
pulsos foram rapidamente capturados em sua mão grande e amarrou em cima da minha
cabeça.
Presa e latejando de desejo, eu gemia.

— Dimitri, eu preciso de você. Por favor.


— Paciência, só mais um pouco. - Ele deu um passo para trás e finalmente tirou suas
boxers. Esse magnífico pênis que eu tanto amava estava ereto. Gotas de pé- sêmen adornava a
ponta do mesmo. Como eu, ele estava além de animado. Ele pegou uma camisinha da cômoda,
mas não colocou imediatamente.
Segurando o pacote entre os dentes, ele usou as duas mãos para estimular a si mesmo.
Um punho movida para cima e para baixo o seu eixo corado. Ele pegou suas bolas com a outra
mão, apoiando o saco pesado tenso em seus longos dedos. Em reverência, eu assisti ele
acariciar a si mesmo e quase tive um AVC. Molhei meus lábios e desejei que eu estivesse de
joelhos a seus pés e abrindo minha boca para receber essa ferramenta enorme.

Como se sentisse minha luxúria ultrapassar os limites, Dimitri finalmente rolou o


preservativo e se aproximou. Ele me acariciava amorosamente antes de segurar a base do seu
pau e pressionar a coroa gorda dele na minha entrada. Os grampos e clipes espremendo as
zonas erógenas estratégicas me deixou tremendo e pulsante. Senti-me mais consciente do meu
corpo do que nunca.

Em vez de um impulso rápido, duro, Dimitri entrou centímetro por centímetro


terrivelmente delicioso. Os grampos puxando meus lábios inferiores à parte fizeram uma
experiência que eu nunca iria esquecer.

— Oh! OH!

Ele rosnou em russo e começou a me levar com golpes profundos, medidos. Algemada
e superada pela excitação, eu me entreguei totalmente a Dimitri. Tudo o que ele queria de
mim, eu ficaria feliz em dar-lhe.
E, Deus, ele deu para mim!

Um fluxo interminável de gritos deixaram minha garganta. De estocadas lentas, longas,


ele gradualmente mudou para superficial e rápida. Seu pênis deslizou dentro e fora de mim,
batendo todos os pontos certos. Os grampos me segurando aberta e o clipe comprimindo meu
clitóris me mantendo à beira do clímax. Minha barriga ficou tensa e maravilhosamente
estremecida, pânico me abalou.

Dimitri passou a ponta do dedo sobre o meu clitóris e eu gemia asperamente.


Segurando as correntes em ambas as mãos agora, ele usou o impulso do balanço para me levar
mais e mais profundo. Este acoplamento foi diferente de qualquer outro que nós tínhamos
compartilhado. Com a ajuda do balanço, Dimitri estava livre para agarrar meus quadris e mover
em mim. Ele poderia usar as duas mãos para provocar e atormentar o meu corpo, porque ele
não estava usando-os para suportar seu próprio peso corporal.

Ele foi até que eu tive certeza de que eu iria morrer de puro prazer. Um momento
muito tarde, percebi que os dedos de Dimitri estavam indo. Os grampos foram ambos
removidos dos meus mamilos. O formigamento agudo de sangue correndo para os tecidos
deprimidos me fez gritar.

Um milésimo de segundo depois, os grampos de baixo abaixo foram soltos. Ele beliscou
meus lábios escuros entre os dedos e acalmou a queimadura crua com carícias suaves. Quando
ele puxou seu pênis livre do meu corpo, eu gemia em protesto e balancei os quadris,
levantando meu traseiro do balanço em uma tentativa desesperada para atraí-lo de volta
dentro de mim.

Com um sorriso diabolicamente perverso no rosto, Dimitri se ajoelhou e


cuidadosamente removeu o grampo. Meu pobre clitóris pulsava incessantemente. Ele beirava a
dolorido, mas, em seguida, a língua macia de Dimitri rodou sobre a minha palpitante carne e eu
me perdi.
Gritando seu nome, eu gozei. As ondas arrebatadoras do meu clímax interminável
bateu em mim e me arrastou para baixo nas correntes debulhando de felicidade. Eu não
conseguia pensar. Eu não conseguia respirar. Meu cérebro elétrico, eu só podia sentir. Prazer.
Dor. Mais prazer. Então, muito prazer.

Quando eu tremia com novos tremores fortes, Dimitri murmurou carinhosamente.


Numa áspera voz, surda de tanto desejo, ele disse:
— Minha doce, bela Benita.

Com rapidez e eficiência, ele me libertou das restrições e me levantou em seus braços
musculosos. Agarrei com minhas pernas trêmulas em torno de sua cintura, prendendo seu pau
duro entre sua barriga e meu sexo liso. Com passos rápidos, poderosos, ele fez o seu caminho
até a cama e se sentou.

Ocupando seu colo, eu fui junto com ele quando ele mudou-se na cama até que ele
ficou totalmente esticado e confortável. Ele segurou minha bunda com as duas mãos e
levantou meu traseiro. Um movimento de balanço depois, seu pau duro como pedra deslizou
para dentro de mim.

Cavalgando sobre ele, eu coloquei as duas mãos no peito dele. Eu respirei seu nome em
um suspiro lânguido.

— Dimitri...

— Monte-me, baby. Faça-me gozar.

Como se ele tivesse que pedir duas vezes...

Dimitri não achava que Benny tinha jamais parecido surpreendentemente erótica como
ela estava naquele momento. O rubor pós-orgasmo transformou a pele marrom em um lindo
tom de rosa. Com seu cabelo despenteado e vermelhos, mamilos inchados, ela parecia bem
devassa. Ela lambeu os lábios e começou a balançar no seu colo.

Apertada, lábios quentes envolviam seu pênis como nenhuma outra. Era um
pensamento ridiculamente sentimental e romântico, mas Dimitri não conseguia afastar a ideia
de que ela tinha sido feita apenas para ele. Eles se encaixam tão perfeitamente. Certamente
que não foi mera coincidência.
Ela suspirou seu nome novamente. Sua carinha sensual chamou sua atenção. Erguendo-
se sobre um cotovelo, ele enredou os dedos em seus cabelos longos e esfaqueou a língua em
sua boca. Ela ronronou quando ele devastou ela, transando com ela com sua língua e
marcando-a como sua.

Caindo de volta para a cama, ele apreciou a vista de seus seios deliciosos, saltando. Ele
segurou a carne macia e roçou os polegares sobre os picos. Ela inalou uma respiração difícil,
mas não pediu para ele parar. Ele sentiu sua vibração na vagina em torno dele, confirmando o
que ele viria a suspeitar sobre a sua mulher. A gatinha sexy escondida dentro de sua amada
estava se liberando e ele ficou feliz em mostrar-lhe o caminho.

Observando-a montá-lo com tanta paixão atordoou Dimitri. Apenas alguns dias atrás,
ela tinha sido tão tímida e incerta com ele. Ela aprendeu a abraçar sua vulnerabilidade e confiar
no seu amor. Vendo como ela floresceu o encheu com a sensação mais forte de orgulho.

— Deus, eu te amo. - Ele puxou-a para outro beijo. No momento em que seus lábios se
encontraram, ele plantou os pés no colchão e começou a transar com ela. Ele bateu nela,
batendo em sua vagina confortável quando ela agarrou os seus braços e deixou que ela
dançasse com sua língua.

— Dimitri! Oh! Oh!

— Venha para mim, meu amor. - Ele insistiu com ela para deixar ir, para dar para o
inferno em fúria ameaçando varrê-la para longe. — Goze mais uma vez.
Seu aperto ficou mais apertado. Sua respiração ficou trêmula e superficial. Mesmo que
os músculos do estômago queimassem, ele não deixou o seu ritmo alucinante. Mais uma. Ele só
precisava ouvir e sentir vindo mais uma vez.

Com um grito que poderia quebrar o vidro, Benny chegou ao clímax. A sensação de sua
vagina doce ritmicamente ordenhando enviou Dimitri voando para a borda do precipício. Ele
grunhiu como um urso maldito quando o esperma disparou através de seu eixo. Os frissons
ardentes de prazer o deixaram ofegante e mole.
Benny caiu para a frente contra ele. Seu cabelo estava grudado em seu rosto, mas ele
não tinha a energia para empurrar as extremidades longe de sua pele. Ofegante, ele envolveu
os braços ao redor de sua mulher e abraçou-a. O mundo inteiro poderia estar terminando agora
e que ele não se importaria. Ele tinha Benny e isso era tudo que importava.
Ela se mexeu um pouco e pressionou a testa dele. Suas respirações suaves fustigaram
seu rosto.

— Dimitri Stepanov, eu realmente, realmente te amo.

Sorrindo, ele sussurrou:

— Benita Marquez Burkhart, eu realmente, realmente te amo.

Rindo, ela caiu sobre ele e ele para o lado dela. Ele rolou para que ele pudesse olhar
para esses grandes e belos olhos castanhos. Havia tanta coisa que queria lhe dizer. Ele
simplesmente não sabia por onde começar.

Mas o seu momento perfeito foi quebrado pelo súbito, bater inesperado de um punho
contra a porta da frente.
Capítulo 12

Em um flash, Dimitri sentou-se e mudou-se o seu corpo entre a mulher que ele amava e
da porta aberta do quarto. A incessante bater não parava na porta da frente.
— Por favor! Socorro! - Uma voz de homem, abafada pela porta, ecoou no silêncio
calmo do apartamento.

Dimitri pulou da cama e agarrou Benny pela cintura. Ele a levou para o banheiro e
colocou um dedo sobre os lábios dela, impedindo-a de fazer as milhão de perguntas,
provavelmente correndo por sua cabeça. Com a voz quase um sussurro, ele instruiu: —
Tranque a porta. Entre na banheira. Mantenha a luz apagada. Não faça um som.

Ela assentiu com a cabeça e ele a beijou, seus lábios nos dela persistente. Rasgando a
boca para longe, ele a empurrou para dentro e fechou a porta. O snick da chave veio um
segundo depois. Ele colocou a mão na madeira e rezou para que ela não precisasse de sua
espessura para defendê-la de tudo o que estava esperando em sua porta.

Ele pegou sua lanterna e pistola da mesa de cabeceira e rapidamente carregou. Depois
pegando e vestindo em suas boxers, ele desligou a luz e mudou-se com discrição na sala de
estar. Ele apagou a lâmpada lá, também.
Lanterna na mão e pistola na mão, ele aproximou-se cautelosamente da porta da
frente. As batidas desesperadas não tinha parado. Ele olhou pelo olho mágico, mas não
conseguiu distinguir a forma do outro lado. Seu intestino torcer com a ansiedade, Dimitri virou
a tranca e abriu a porta.
— Dimitri, por favor... - a voz aflita de Johnny reconheceu seus ouvidos. Um momento
depois, o jovem caiu em seus braços. Algo molhado e quente derramado sobre a pele de
Dimitri. O cheiro de sangue encheu o nariz, o cheiro causou flashbacks de dias mais feios.

— Merda. Xingando aproximadamente, ele arrastou o irmãozinho de Benny em seu


apartamento e fechou a porta. Deixando de lado sua arma, ele trancou a porta, espalhando
sangue por todo o interruptor, ele acendeu a luz.
Seu rosto pálido e abatido com a dor, Johnny agarrou seu braço esquerdo. Sua camisa e
jeans estavam encharcados de sangue. Dimitri empurrou a mão do garoto para fora do caminho
e inspecionou os ferimentos de bala desagradáveis em seu braço.

— Benny! Traga toalhas. Agora! - Dimitri levantou Johnny e levou-o para a área da
cozinha, onde seria mais fácil de limpar. Depois de ligar as luzes lá dentro, ele colocou a criança
em suas costas e puxou a camisa para fora do caminho para examinar sua barriga. — Você foi
baleado em outro lugar?

— Meu lado - disse Johnny com um gemido. — Foda-se. Dói.


— É claro que essa porra dói - Dimitri retrucou. — Isso é o que acontece com punks
estúpidos que brincam de gangster.

— Johnny! - Benny chegou ao local vestindo uma de suas camisas. Felizmente, a


camisa pendiam até os joelhos e manteve sua discrição. Não que isso importava agora. — Oh
meu Deus. Oh meu Deus.

— Acalme-se, Benny. - Dimitri odiava ser curto e grosso com ela, mas a última coisa que
ele precisava era ela a desmoronar em cima dele. Ele pegou as toalhas de suas mãos. —Vá
buscar o meu telefone. Está no meu jeans. Encontre o número de Kostya. Disque e traga o
telefone aqui.

Ela olhou para Johnny e hesitou apenas um momento antes de correr para seguir suas
instruções. Enquanto Dimitri esperou que ela voltasse, ele aplicou pressão nas feridas que ele
encontrou no corpo de Johnny. Ele tinha uma bala alojada em seu bíceps e múltiplas
escoriações pelo braço e ao longo de sua caixa torácica. Cacos de vidro foram embebidos em
algumas das feridas. Ele tinha cortes e arranhões em toda parte. Alguns eram mais profundos
do que outros. Todos eles precisavam de cuidados médicos.
Como se compartilhar-se seus pensamentos, Benny deslizou ao lado dele e segurou o
telefone ao ouvido. —Nós temos que levá-lo para a sala de emergência.
—Não! - Johnny falou primeiro, mas Dimitri concordou com ele.

— Não, Benny. - Ele balançou a cabeça. — Não seria seguro.

— Mas …

— Não. - Ele não gostava de ser firme com ela, mas como Erin que tinha tropeçado no
meio de uma guerra de gangues condenados, Benny tinha ideia de como este mundo sombrio
funcionava.
Ela apertou sua mandíbula, mas não lutar com ele. Não agora, pelo menos. Não havia
nenhuma dúvida em sua mente que ela lhe daria a bronca de uma vida mais tarde.

Kostya finalmente respondeu. Soando sonolento, ele rapidamente se animou quando


Dimitri deu a ele os detalhes na sua língua, que só eles podiam entender. Como sempre, Kostya
socorreu. —Dez minutos.

Dimitri puxou sua orelha longe do telefone, uma vez que desligou na outra
extremidade. — Kostya está a caminho. Ele vai ficar com você, Benny, enquanto eu levo
Johnny para ver o médico.

Ela engoliu em seco quando ela se moveu para o lado de seu irmão e embalou sua
cabeça suada nas mãos. —O médico?
Ele acenou com a cabeça e manteve a pressão sobre as feridas de Johnny.

— Ele está na folha de pagamento de Nikolai. Confio nele para cuidar de Johnny e
manter a boca fechada.

— Mas por quê? - Benny parecia tão terrivelmente conflituosa. — Por que temos que
manter nossas bocas fechadas? Por que não podemos simplesmente chamar o 911 e chamar a
polícia e uma ambulância para cá?
— Eles vão nos matar - Johnny interrompeu, com a voz fraca e sem fôlego.

— Quem? - Ela gentilmente esfregou o rosto de seu irmão. — Quem fez isso com você?

Ele balançou a cabeça, recusando-se a responder.


— Johnny, por favor!
— Não, Benny. Você não precisa saber. Quanto menos você souber, mais seguro você
está.

Dimitri sentiu algum respeito por Johnny. Pela primeira vez em muito tempo, ele
finalmente colocou outra pessoa antes de si mesmo. Se ele dissesse a Benny os detalhes, ela
não seria capaz de mentir para a polícia que estaria farejando em breve. Ela cederia e colocaria
um alvo nas suas próprias costas. Se as pessoas que atiraram em Johnny pensasse que ela
poderia identifica-los, eles não hesitam em matá-la para se proteger também. — Benny,
coloque estas toalhas em suas feridas. Preciso me vestir.

Ela moveu-se ao lado dele e colocou as mãos sobre a dele. Ele puxou as mãos livres e
deu um beijo em sua bochecha antes de se levantar. Apressando-se para o quarto, pegou
roupas do armário e fechou a porta, escondendo a evidência de sua noite amorosa.
Ele estava calçando seus sapatos quando houve outra batida na porta. Certeza de que
era Kostya mas recusando-se a arriscar, ele pegou a arma que tinha deixado perto da porta e
olhou pelo olho mágico. A forma familiar Kostya apareceu. Ele abriu a porta e conduziu seu
amigo no interior.

O olhar de Kostya caiu para as manchas sangrentas no chão. Sua mandíbula endureceu,
mas ele não disse nada. Um homem de poucas palavras, ele não precisava perguntar o que
tinha acontecido ou o que precisava ser feito agora. Ele tinha vindo preparado, vestindo jaleco
azul hospitalar e revestimentos cirúrgicos em seus sapatos.
Seu amigo arrastou-o para a cozinha, onde Benny falou suavemente para Johnny e
pressionou duro em suas feridas. Kostya deu uma olhada na cena sangrenta e assentiu
rigidamente.

— Não tem problema, Dimitri. Vou cuidar disso.


Aliviado por ter a ajuda de Kostya, Dimitri pegou sacos de lixo e fita adesiva da
despensa. Ele colocou os curativos improvisados para trauma no local e colocou nos sacos de
evitar que o sangue vazasse por todo o lugar. Kostya se dirigiu a ele em sua língua nativa e
pediu as chaves de Dimitri. Depois pegando a pilha de roupas e sacos no chão, ele deixou o
apartamento, antes, pegou a cortina de chuveiro para colocar no banco da frente da
caminhonete de Dimitri.

Sozinho com Benny e seu irmão, ele deslizou a mão manchada de sangue ao longo de
sua cintura e puxou-a. Ele praticamente podia sentir o cheiro do medo derramando fora dela.

— Kostya irá mantê-la segura enquanto eu estiver fora. Faça tudo o que ele disser,
Benny. Vou levar Johnny para ser tratado e esconde-lo em algum lugar seguro. - Ela olhou para
seu irmão, que parecia estar indo bem. — Eu juro para você, Benny. Vou mantê-lo a salvo.
Com um soluço aterrorizada, ela jogou os braços ao redor de seu pescoço.

— Por favor, tenha cuidado. Com você - ela implorou. — Eu não posso perder a ambos.
— Você não vai. - Beijou-a, em seguida, demonstrando todo o seu amor por ela. Seus
lábios se moveram para sua testa. — Vai ficar tudo bem, Lyubimaya moya.

Ela fungou e assentiu fracamente antes de olhar para o irmão. Ela agarrou sua mão
sangrenta na dela. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.

— Johnny, eu te amo.
Ele revirou os olhos e tentou fazer face à situação.

— Eu estou bem, Benny. Não é nada. Você vai ver.

Kostya voltou ao apartamento. Dimitri não queria prolongar a terrível separação dos
dois irmãos então ele levantou Johnny do chão e levou-o para fora da cozinha e do outro lado
da sala para a porta. Ele não parou na entrada de seu apartamento.

Não, ele continuou se movendo. Movia-se com discrição e silêncio, correndo para a
porta aberta de sua caminhonete e colocou Johnny no assento. O garoto gemeu em agonia,
mas não lutou quando ele afivelou o cinto em torno dele. Verificando as duas extremidades da
rua e estacionamento, Dimitri não viu nada fora do comum. Esperando que Johnny não tenha
sido seguido. Se ele tivesse…
— Ninguém sabe que eu estou vivo, cara.

Dimitri entrou no caminhonete e deu partida. — Tem certeza?


— Sim, cara. Carro de Benny virou uma porra torrado.

— Torrado? O que você quer dizer? - Ele atirou Johnny um olhar irritado. —Você estava
dirigindo o carro de sua irmã?

— Peguei-o esta noite, depois da nossa briga.


Lembrou de como Johnny tinha agido com Benny durante a sua discussão, Dimitri lhe
informou:

— Você tem sorte de ter sido baleado. Se você bater na sua irmã em uma parede de
novo, eu vou atirar em você e eu não vou errar, porra.
—Eu sinto muito. – As desculpas que sussurrou Johnny não era o suficiente, mas era
um começo. — Eu realmente ferrei tudo, Dimitri.

— Sim, você fez.

— Eu vi o outro carro muito tarde. — A voz de Johnny tinha uma qualidade distante. —
Você estava certo, cara. Eu deveria ter ficado lá dentro.

— O que aconteceu? - Ao contrário de Benny, ele precisava saber todos os detalhes. —


Conte-me tudo. Eu não posso ajudá-lo e eu com certeza não poderei manter Benny segura se
você mentir para mim.

— Essa gangue ambiciosa está tentando invadir o nosso território. Eles querem tomar
as prostitutas e as bebidas e os cigarros que corremos. Nossos comandantes nos disseram para
sair e ser visto. Presença na rua, sabe?
Dimitri grunhiu enquanto entrou na interestadual e sua caminhonete ganhou
velocidade. Por alguma razão, estas gangues de rua queriam ser malditamente vistas. Havia
uma razão para eles terem muita dificuldade para subir em pouco tempo, com roubo e
prostituição.

Executar um negócio ilícito de sucesso precisava de sigilo e descrição, algo que Johnny e seus
companheiros não tinham. O que não falta? Violência.

— Um SUV branco virou na rua, passou direto por nós e então eles estavam atirando.
As balas atravessaram o vidro antes mesmo que eu percebesse o que estava acontecendo.
Tentei tirar-nos de lá, mas um outro SUV me bloqueou eu girei o volante e fui para o meio-fio.
Eu não andei muito antes bater em um prédio. O carro pegou fogo, ou talvez o edifício estava
em chamas. Eu não sei. - Ele parecia tão confuso. — Tudo o que eu sei é que eu consegui sair
pelo para-brisa e sair por uma das grandes janelas na lateral do prédio.

— E você deixou o carro para trás? E seus amigos?

— Eles estavam mortos. Mortos! - Cagando de medo, Johnny começou a chorar. — Eu


não podia salvá-los.

Dimitri não ia consolá-lo. Ele advertiu Johnny inúmeras vezes que esta era a vida de
violência que o aguardava. Agora, o garoto tinha visto em primeira mão o tipo de destruição e
inferno que a vida de gangue criava.
Ele fungou e enxugou o rosto com as costas da mão.

— Você está realmente me levando para um médico?

Dimitri franziu o cenho.

— Por que diabos você me pergunta isso?

— Talvez você esteja pensando que você pode finalmente se livrar de mim e ter Benny
só para si. Você pode atirar em mim e dizer a Benny que eu morri na cirurgia.
Enfurecido que Johnny pudesse até sugerir algo tão desonroso, Dimitri estendeu a
mão e deu um tapa no pequeno bastardo na parte de trás da cabeça.
— O que você pensa que sou? Um monstro? Nunca matei ninguém fora do campo de
batalha. Eu não pretendo começar com a sua bunda.
—Tudo bem! Tudo bem! Sinto muito.

— Desculpe? Você é um merdinha ingrato. - Apertando os dentes, Dimitri lutou contra


a vontade de bater nele de novo. — Você tem alguma ideia do que eu estou arriscando para
ajudá-lo hoje à noite? Hum?

Eventualmente, Johnny disse:

—Sim.
— E você sabe por que eu estou fazendo isso?

— Porque você é apaixonado pela minha irmã.


— Sim. Eu amo Benny. Farei qualquer coisa para ela, mesmo que isso signifique ficar
atolado neste Hermanos bosta que você despertou esta noite.
— Eu não comecei isso!
Não importa, Johnny. Você escolheu ser parte dela. Ninguém colocou uma arma na
sua cabeça e fez você se afiliar a este grupo. Você poderia ter tido uma vida diferente. Você
escolheu esse presente.

— Eu só queria pertencer a alguma coisa.


— Agora você pertencer a algo. - Dimitri respondeu friamente. — Você pertence a
uma irmandade de homens que veem os seus amigos serem mortos a tiros por animais. Você
pertence a um grupo de homens que vivem a cada dia com a culpa de saber que eles
sobreviveram quando seus amigos não.

Johnny afundou em silêncio. Dimitri não se importava se ele iria ferir os sentimentos
de Johnny. O garoto tinha que aprender que havia sérias consequências para suas escolhas
estúpidas.

—Você viu os homens que atiraram em você?

— Sim.

— Você os reconheceu?

— Sim.
— Quando o médico terminar com você, eu quero seus nomes. Quero suas descrições.
Quero saber tudo o que sabe sobre eles.

— Por quê?

— Se eu vou continuar a manter Benny segura, eu preciso de toda a informação que


eu possa conseguir. Você vai dar para mim.

— Eles não vão vir atrás dela. Ela não sabe de nada.
— E se você estiver errado?

Johnny considerou sua pergunta.

— Eu vou te contar tudo.

Kostya não me disse nada e eu odiava. Depois de Dimitri e Johnny saíram, ele
gentilmente me empurrou para fora do caminho e começou a trabalhar na limpeza. Viu as
roupas que foram apressadamente descartados no chão e fiquei envergonhada. Não só pelo
meu irmão, a evidência do sexo selvagem que eu tinha tido com Dimitri, agora Kostya sabia.
Corri para pegar tudo e levei de volta para o quarto de Dimitri. Eu encontrei um par de shorts
com um cordão que me encaixava muito bem. Eles eram velhos, mas eu não me importava. Eu
só queria minha bunda coberta.

O homem frustrantemente em silêncio trouxe um pequeno saco vermelho de seu


veículo. Eu assisti com uma mistura de fascínio e horror quando ele esvaziou o conteúdo sobre
a mesa da cozinha. Luvas, botas cirúrgicas, água sanitária, solventes, toalhas de papel, panos
de microfibra, sacos de lixo, escovas, ferramentas e um kit de limpeza caseiro, tinha tudo que
um soldado do submundo pode precisar para fazer provas de desaparecer.

Embora Dimitri parecia colocar um muro alto entre a sua vida e o mundo do crime
sombrio que Nikolai habitava, ele obviamente sabe para onde ir para conseguir ajuda quando
as coisas ficam feias. Kostya era um mistério para mim. Eu achava que ele era o motorista de
Ivan, mas eu não tinha certeza. Talvez, como o médico que Dimitri tinha falado, Kostya
aparecia na folha de pagamento de Nikolai.

Abaixado de quatro, Kostya começou a limpar o sangue do meu irmão. A visão


escurecida pela bagunça me congelou e revirou meu estômago. Desesperada para fazer
alguma coisa, eu perguntei:
— Posso ajudar?
O olhar de Kostya virou para o meu rosto. Sua expressão era quase cômica. Ele
balançou a cabeça.

— Este não é um trabalho para a menina bonita, jovem como você. Vá para a cama.
Deixe-me trabalhar.

— Vá para a cama? Você está louco? Eu não posso ir dormir. Meu irmão e o homem
que amo estão lá fora em algum lugar. Eles estão em uma situação perigosa.

Kostya me estudou por um momento. Finalmente, ele fez um gesto para a caixa de
luvas e botas.
— Coloque isso e venha aqui.

Foi um trabalho duro, sujo. Eu tentei não pensar em como Kostya tornou-se tão
eficiente na eliminação de provas. Os truques que ele me mostrou me deixou um pouco
tensa e com medo dele.

Será que ele me machucaria? Não. Dimitri não teria me deixado no cuidado deste
homem se ele fosse instável. Se ele machucasse outras pessoas? Isso era uma certeza.

Quando eu terminei a última rodada de esfregar com um pano de microfibra, Kostya


tomou uma luz negra, panos de limpeza e um frasco de sprayr e foi para fora. Eu só podia
imaginar o quanto do sangue Johnny tinha pingado nos degraus. Eu estava com muito medo
de colocar minha cabeça através da porta para assistir o trabalho de Kostya na escuridão da
noite. Em vez disso, eu ataquei as manchas sangrentas dos dedos de Dimitri deixados na porta
e nas luminárias.
Quando isso foi feito, Kostya pegou alguns metros de papel de embrulho branco para
fazer uma grande base e colocou no chão em frente à porta. Ele pegou o pacote de lenços
umedecidos, me apontou e apontou para o papel.

Tudo fora.

Eu pisquei para ele.


—O quê?

— Tire tudo. Não deixo nada ao acaso.

Abracei meus braços sobre o peito.

— Eu não vou ficar nua na sua frente.

Ele pareceu surpreso.

—Não, eu não quis dizer, eu nunca, eu vou virar as costas.

Kostya girou rapidamente afastando-se. Hesitei antes de fazer conforme as instruções.


Ele limpou a garganta.

— Limpe seus pés e suas mãos.

Fria e nua, eu peguei o pacote de lenços umedecidos e limpei meus dedos das mãos e
pés. Joguei os lenços sujos no papel.

— E agora?
— Vá para o quarto. Vista-se. Espere até que eu diga que é seguro sair.

Eu corri para fora do papel enrugado e corri para o quarto. Fechei a porta no meio do
caminho e corri para o armário de Dimitri. A visão do balanço de sexo bizarro onde ele tinha
me arrebatado fez meu rosto queimar. Eu realmente tinha feito isso? A ligeira dor entre
minhas coxas foram completamente fodida por me fazerem lembrar o quão bom ele tinha
sido. Eu encontrei uma outra camisa e calções para vestir. Ocorreu- me que, se isso de ficar
durante a noite ia ser rotineiro eu precisava manter uma melhor seleção de roupas de baixo
em meu escritório.
— Benny? Você pode sair agora.

Saí do quarto e encontrei Kostya vestindo jeans e uma t -shirt. Seu jaleco estava
empilhado em cima das roupas que eu tinha acabado de remover. Curiosa, eu me perguntava:
— O que você faz com tudo isso quando você termina?

— Destruo.

— Mas por que nós temos que fazer tudo isso? Eu não entendo a necessidade de tal
segredo.

Kostya me considerou por um momento longo, desconfortável. Finalmente, ele


perguntou:

— O que você acha que vai acontecer amanhã?


Engoli em seco e deu de ombros.
— Eu não sei.

— Eu sei. Os policiais estarão aqui. Eles vão fazer perguntas. Eles vão querer saber
onde seu irmão está. Eles não são os únicos que querem saber onde ele está. As pessoas que
atiraram nele? Vão querer limpar essa ponta solta. Sua própria gangue? Eles vão ter medo de
que ele os vá trair.

— Mas …

— Por isso fizemos ele desaparecer. Ele nunca esteve aqui esta noite. Ele desapareceu.
Ele acabou.

As palavras de Kostya me mataram de susto. Meu coração pulou na minha garganta.


Sumir? Fazê-lo desaparecer? Certamente Dimitri não tinha a intenção de enviar Johnny
embora quando ele tinha prometido mantê-lo seguro. Ivan tinha conseguido manter a irmã de
Erin viva e segura em sua vida. Por que ele não deveria fazer o mesmo para Johnny?

Decidindo que Kostya era mais louco do que sua primeira suspeita, eu coloquei um
pouco de espaço entre nós e fui para a cozinha. O cheiro de desinfetante queimou meu nariz.
Desesperada para me manter ocupada, abri a geladeira e armários de Dimitri e vi o que
continha. A vontade de cozinhar ou assar alguma coisa não pode ser esquecida.
Kostya deslizou sobre um dos bancos na pequena ilha.

— O que você está fazendo?

— Eu não tenho certeza ainda. Você está com fome?

— Eu não diria não a café da manhã.

Eu fiz uma lista mentalmente dos ingredientes à mão.

— Você gosta de migas?


— Eu não acho que eu já comi.

Eu ri dele.

— Há quanto tempo você está no Texas?


— Sete anos.

— E você nunca comeu migas?


Meu tom incrédulo persuadiu um sorriso dele.

— Não, mas há uma primeira vez para tudo, não é?

Com um aceno de cabeça, eu comecei a trabalhar. Não demorou muito tempo para
cortar e fritar as tiras de tortilha de milho. Eu quebrei ovos na frigideira de ferro fundido
pesado e mexi com as tiras de tortilha crocante. Dimitri ainda tinha metade de um frasco da
deliciosa salsa verde que Lupe tinha dado a todos na semana passada. Eu sempre preferi
minhas migas com delicioso queijo fresco, mas Dimitri só tinha um pequeno pedaço de queijo
Cheddar fatiado. De qualquer maneira, eles ainda seriam deliciosos.
Eu deixei cair uma colher de salsa no meu prato, mas deixei Kostya decidir o quanto
ele queria. Não surpreendentemente, ele deixou apenas um pouquinho de molho verde no
seu. Eu podia ver a incerteza em seu rosto enquanto ele se preparava para dar sua primeira
mordida. Sorri quando vi a surpresa e a cor de deleite em sua expressão.

— Eles são bons, certo?

É tão bom - ele concordou e comeu seu lanche de fim de noite. — Eu sempre gostei
de café da manhã para o jantar.

Eu ri baixinho e finquei meu garfo na bagunça pegajosa de queijo, salsa e ovos.

— Isto é, na verdade, deveria ser a cura para ressaca. É muito comum nos menus de
fim de noite em lanchonetes e caminhões de alimentos por aqui.
Caímos em uma conversa confortável enquanto nós comemos. Na parte de trás da
minha mente, preocupação constante para Dimitri e Johnny reinava suprema. O som de
passos na escada interrompeu nossa conversa. Kostya voou de seu banco e mudou-se para a
porta. Ele parecia tenso e pronto para atacar. A porta se abriu e foi Dimitri que entrou no
apartamento.

Eu relaxei com a visão de seu rosto bonito, mas meu estômago girou
descontroladamente com a visão de sangue muito seco em suas mãos e roupas. —Oh meu
Deus.

Seu olhar cansado encontraram os meus.


— Ele está bem, Benny. O médico o tratou. Ele está descansando em um lugar seguro.
Você não precisa se preocupar. Já cuidei disso.
Kostya falou baixinho para Dimitri, as palavras russas correndo de seus lábios tão
rápido que parecia turva para mim. Dimitri ouviu e finalmente assentiu. Ele começou a retirar
de sua roupa. Meus olhos se arregalaram ao perceber que ele ia ficar nu ali mesmo, mas me
lembrei do que havia dito Kostya sobre sem pontas soltas.

— Deixe-me pegar algumas roupas.


Dimitri balançou a cabeça.
— Eu vou tomar banho primeiro.

— Tudo bem. — Notei seu olhar persistente na comida que tinha comido. — Você está
com fome? Posso fazer alguma coisa?

Totalmente nu agora, ele passou os dedos pelo cabelo despenteado.


— Estou mais cansado do que com fome, mas obrigado pela oferta, querida.

Kostya não perdeu tempo na limpeza da entrada. Rolou tudo para cima dentro do
quadrado de papel e fixou com fita adesiva antes de despejar toda a bagunça de itens sujos
em um saco de lixo pesado. Os sacos menores que tínhamos enchido durante a limpeza foi
para aquele.
Armado com seus materiais de limpeza, ele foi para o quarto. Aparentemente, Kostya
ia ser muito completo esta noite. Quando o chuveiro desligou, eu comecei a arrumar a
cozinha. Eu mal podia ouvir os dois homens conversando. De vez em quando, eu ouvia o
barulho inconfundível do spray de solvente de limpeza fedorento que Kostya mantinha na
garrafa.
Quando Dimitri finalmente saiu, ele usava apenas calça de pijama. Ele pegou a escova
de esfregar prato da minha mão e balançou a cabeça.

— Isso pode esperar. Vamos dormir.

— Mas Kostya …

— Ele sabe o que está fazendo - Dimitri interrompeu suavemente. — Ele está quase
terminado ali. Ele vai cuidar da minha caminhonete e ir embora. - Ele deu um beijo na minha
testa preocupado. — Nós precisamos conversar.

Com um aceno de compreensão, agarrei a mão forte de Dimitri. Nós fizemos nosso
caminho para o quarto, deixando Kostya no corredor. O olhar sério no rosto do outro homem
me disse que sua noite estava apenas começando. Fazer-lhe uma refeição quente parecia ser o
mínimo que eu podia fazer por ele.

Quando estávamos abrigados com segurança no quarto de Dimitri e a porta da frente


estava fechada e trancada, perguntei:
— Quanto devemos Kostya?

— Nada. Dimitri deslizou sobre a cama e me puxou para baixo com ele. O raio de luar
que entrava pelas largas frestas das cortinas de madeira pintou sua pele com listras azuladas.
— Este é um favor pessoal.

— É um enorme favor, Dimitri.


— Eu sei. - Ele passou os braços em volta de mim e me segurou contra ele.
Eu pressionei meu ouvido no seu peito e fechei os olhos. O som da batida do seu
coração aliviou a tensão. Com um suspiro áspero, Dimitri disse:

— A polícia vai estar aqui em breve. Eu não vou dizer os detalhes do que aconteceu
esta noite. Eu quero que você seja capaz de ser o mais verdadeira possível com a polícia.

Minha cabeça latejava quando ansiedade tomou conta.


— O que eu devo dizer-lhes s
— Você não o viu esta noite. Você não o vê desde a sua briga. Ele pegou seu carro e foi
embora. Fim da história.

— Eu não gosto de mentir, Dimitri. Isso não é certo. A polícia não é o inimigo.

— Não, eles não são. As pessoas que mataram seu irmão? Eles são o inimigo e eles
não jogam pelas regras. Sua visão de mundo é colorida para o certo e errado, preto e branco,
mas isso não é o verdadeiro mundo, Benny. O mundo real é tons de cinza e, por vezes, para
sobreviver e proteger as pessoas que amamos, temos que mentir e arriscar nossas bundas.
Você entendeu?
— Sim. Eu me aconcheguei mais com um arrepio de medo.

Dimitri deve ter percebido o meu medo, porque ele acariciou meus braços e beijou
minha bochecha.

— Você está segura comigo, Benny. Eu nunca vou deixar ninguém te machucar.
— Eu sei que você vai me proteger.

— Mas você está preocupada com Johnny?

— Sim.
Ouça- me, eu não posso te prometer que eu vou encontrar uma solução elegante
para essa bagunça, mas eu vou fazer o que for preciso para mantê-lo vivo.

Tremi na dura realidade que Dimitri me mostrou. Meus olhos ardiam enquanto as
lágrimas começaram a brotar e derramar sobre meu rosto. Tentei chorar silenciosamente, mas
eu funguei um pouco alto demais e Dimitri endureceu.

Na escuridão, as pontas dos dedos ásperos acariciavam o meu rosto molhado. Ele me
virou de costas e olhou para mim, seu rosto apenas visível à luz do luar.

— Lyubimaya moya. - Ele me beijou carinhosamente. — Não chore.


— Eu s- sinto muito. — Eu me sentia como uma criança quando eu chorava, mas eu
não conseguia parar. O medo, a dor e a incerteza arranhavam meu coração. — Estou
perdendo a padaria. Estou perdendo meu irmão. Estou perdendo tudo, Dimitri.
Após a virada terrível que nossa maravilhosa noite tinha tomado, eu não queria correr
nenhum risco. Eu deslizei meus braços ao redor dele e segurei firme. Ele mudou-se de costas
novamente e me arrastou para ele. Seus dedos enroscavam pelo meu cabelo e sua mão varreu
para cima e para baixo das minhas costas.

— Nem tudo - ele sussurrou amorosamente e me beijou. — Você nunca vai me


perder. —

Eu silenciosamente rezei para que fosse verdade.


Capítulo 13
A batida insistente e alta me arrancou do sono profundo que eu estava desfrutando.
Por uma fração de segundo, eu não sabia onde eu estava. A sensação da grande mão de
Dimitri deslizando pelo meu braço trouxe as melhores e as piores lembranças da noite de
volta.

— Calma, Benny - ele insistiu. — É só a polícia.

Eu esfreguei meu rosto e limpei minha garganta.

— Como você pode dizer?

Ele riu.

— Isso é um golpe que eles ensinam na academia. - Ele apertou minha coxa. — Eu vou
lidar com isso. Você provavelmente deve levantar-se e fazer-se apresentável. Eles não vão
querer esperar muito tempo.

A tonalidade laranja rosada da luz solar da manhã coloriu a sala. Dimitri nem se
incomodou em pegar uma camisa. Ele deixou o quarto, fechando a porta atrás dele, e
respondeu às batidas incrivelmente altas. Minha barriga tremia de nervos, mas eu forcei a
calma.
No banheiro, eu rapidamente passei pela minha rotina matinal. Meu cabelo estava
uma bagunça selvagem, mas eu consegui domá-lo em um coque desleixado baixo. Pela
primeira vez, notei os arranhões leves no meu pescoço e as mordidas de amor inconfundíveis
que Dimitri tinha me dado. Eu provavelmente deveria ficar constrangida pela evidência de
nossa noite cheia de luxúria, mas não me importava que vissem. Nós dois somos adultos. Nós
amamos um ao outro. Fim da história.
Dimitri bateu na porta.

— Querida, quando você estiver pronta, há dois detetives aqui para ver você.
Eu abri a porta e olhei para ele.

— Eu não sei se eu posso fazer isso.


Ele apertou minha mão e beijou minha bochecha.

— Você pode.

Dimitri praticamente me arrastou para fora do quarto. Meu estômago deu um salto
mortal e eu parei atrás dele na sala de estar. Eu tinha certeza de que eu iria vomitar, até que
eu vi um rosto familiar.

— Santos?

Detetive Eric Santos ficou perto da porta. Ele sorriu para mim.
— Ei, Benny, já faz algum tempo.
Sim, faz sim. - Eu senti os dedos de Dimitri apertar a minha. Olhei para ele, mas ele
usava a máscara sem emoção, então eu não poderia dizer se ele estava com ciúmes ou curioso
sobre a minha história com o detetive.

— Sua namorada e eu crescemos juntos - explicou Santos. — Eu costumava trabalhar


lá embaixo na padaria durante o ensino médio e, enquanto eu estava na academia. - Ele
parecia um pouco triste. — Ouvi dizer que você está vendendo.
— Oh! Onde você ouviu isso?

Ele deu de ombros.

— As pessoas falam.

— No momento, o plano é mudar. Vamos ver como fica.

— Senhorita Burkhart - o outro detetive interrompeu. — Nós estamos aqui a mais de


um minuto e você não nos perguntou por que estamos aqui? Você tem algum motivo para
isso?

Consegui controlar minha expressão e manter o pânico vibrando na minha barriga.


— Detetive...?
— Carson.

— Bem, detetive Carson, eu tenho um irmão jovem que pensa que é um gangster.
Quando dois policiais aparecem à porta do meu namorado no início da manhã, eu só tenho
que assumir que ele fez algo realmente estúpido.
— Onde ele está, Benny? - Santos arqueou uma sobrancelha. — Precisamos falar com
ele.
— Eu não o vejo desde ontem. Tivemos uma discussão e a coisa ficou feia e ele saiu.
Ele roubou minhas chaves e foi embora.

— Muito feia? - Lábios Santos estabeleceu em uma linha sombria. — Ele bateu em
você?
Eu balancei minha cabeça.

— Não, isso não chegou tão longe. Era uma discussão sobre a venda da casa e do
edifício. Isso é tudo.

Ele não parecia convencido. Dimitri roçou seus lábios contra minha testa, antes que
ele se dirigiu para a cozinha para começar o café. Ele manteve um olho em mim enquanto ele
trabalhava e me assegurou que ele estava lá, se eu precisava dele.

Detetive Carson puxou o celular do bolso e bateu para a tela.


— Este carro é seu?

Cheguei mais perto e engasguei. —O que diabos aconteceu com o meu carro? Ele
pegou fogo?
Santos concordou.

— Está em uma loja vazia a dez quadras, Benny. Atiraram nele, sim, pegou fogo. É
perda total.

Sua informação me surpreendeu. Johnny caminhou ou correu dez blocos após ser
baleado e sobreviver naquele acidente?
— Meu irmão estava dirigindo o carro na noite passada. Ele está bem?

— Nós não sabemos. - Santos estreitou seu olhar desconfiado. — Você tem certeza
que você não viu ele?

— Não. Você teria me encontrado na sala de emergência, se ele viesse até mim. - O
fato de que eu achei tão fácil misturar verdade e mentira fez meu estômago virar. Que tipo de
pessoa eu estava me tornando? — Você checou os prontos socorro da cidade? Ele está em um
deles?

Santos balançou a cabeça.

— Ninguém com seu nome ou com a sua descrição entrou em qualquer sala de
emergência na cidade. - Ele hesitou. — Eu verifiquei os necrotérios, apenas no caso. Ele não
está lá.

— Bem, onde ele está? - Eu não sabia a resposta por isso foi uma coisa fácil de
perguntar.

Santos deu de ombros.


— É por isso que eu tirei você para fora da cama às seis em um domingo, Benny. Achei
que, se alguém soubesse onde ele estava, seria você.
Eu balancei minha cabeça.

—Nós não estamos tão próximos como costumávamos ser, Santos.

Detetive Carson virou-se para Dimitri.

— E você, o Sr. Stepanov? Sabe onde Juan Burkhart está?


Dimitri não perdeu o controle. Ele terminou enxaguar a panela de ferro fundido e
puxou o pano de prato de seu ombro.

— Johnny e eu não nos damos bem. Eu não concordo com o tipo de vida que leva. Ele
não viria me pedir ajuda. Você provavelmente deveria perguntar a alguns dos bandidos e
delinquentes que ele chama de sua equipe.

— Ele não é o único que tem amigos que são bandidos e delinquentes. - Santos
resmungou enquanto ele anotou algo em seu caderno.

Dimitri ouviu o comentário arrogante. Olhar fixo em Santos - ele disse. — Eu tenho
certeza que você encontrará todos os tipos em sua área de trabalho, detetive.
Santos emitiu uma risada curta e enfiou o caderno de volta no bolso de sua jaqueta.
— Benny, eu não tenho que lhe dizer o quão sério isto é. Este tiroteio? Poderia iniciar
uma guerra de gangues. Se você ver Johnny, você tem que me chamar. Ele não está seguro na
rua.

Se ele me contatar, eu te ligo.

Santos me olhou. Eu poderia dizer que ele não acreditou em mim. Com um
movimento de cabeça, indicou que o seu parceiro devia dirigir-se para a porta. Dimitri chegou
lá primeiro e sorriu para eles enquanto ele os conduziu para fora.

Parando na porta, Santos entregou um de seus cartões de visita para mim.

— Você deve estar recebendo uma chamada sobre o carro em breve. Não vai ser um
monte de papelada mas, prepare-se, Benny. Esta não vai ser uma experiência agradável.
Honestamente, você provavelmente precisará de um advogado. Isso se o proprietário do
edifício quiser processá-la.
Eu gemi e peguei o cartão dele. Poderia esta manhã ficar pior?

Santos e Dimitri trocaram um olhar. Finalmente, Santos disse:

— Você é amigo de Ivan Markovic, então eu sei que você está plenamente consciente
do tipo de merda que essas gangues de rua estão dispostas a fazer para salvar a cara. É melhor
manter um olhar atento sobre Benny.
— Eu não preciso de ninguém para me dizer como proteger a mulher que eu amo.

Santos saiu sem dizer uma palavra e Dimitri fechou a porta. Assim que eu tive certeza
de que os dois detetives não podiam nos ouvir, eu assobiei.

— Você sabia sobre o meu carro?


Dimitri esfregou a parte de trás do seu pescoço e fez uma careta.

— Sim.

— Por que você não me contou?

— Porque você não poderia fingir surpresa, Benny. Do jeito que você olhou quando
aquele detetive lhe mostrou a foto? Eles sabem que você não sabe nada.

—Mas eu não estou totalmente no escuro, Dimitri.

Exalei profundamente e limpei o meu rosto.


— Eu só menti para a polícia. A polícia, eu vou acabar na cadeia!

Ele bateu os dentes.

— Você não vai para a cadeia. Você não sabe de nada. Você não fez nada. Inferno,
mesmo Johnny não fez nada verdadeiramente criminoso na noite passada. Ele dirigiu seu carro
em um prédio, mas ele também estava tentando escapar de uma saraivada de balas. Ele não
estava bebendo. Ele provavelmente não estava usando drogas. E eu sei que ele não estava
carregando uma arma, porque eu confisquei a sua ontem. No máximo, ele poderia ser acusado
de condução imprudente.
— Então, por que não podemos trazê-lo, Dimitri? Ouviu Santos. Ele pode mantê-lo a
salvo.

— Onde? Em prisão preventiva? Proteção a testemunha? Será que Johnny sobrevive a


testemunhar em um julgamento, o que então?

— Eu não sei! - Eu joguei as minhas mãos e gritei para Dimitri.


Sua expressão se suavizou e ele me abraçou.

— Venha aqui, baby. Sinto muito. Eu não queria perturbar você.

— Não é você. Eu só não sei o que fazer. Eu sempre tenho um plano. Ultimamente, eu
sinto que estou estragando tudo. Primeiro, foi o negócio. Agora, é meu irmão.
— Você não estragou o negócio. O que aconteceu com a padaria é uma combinação
de fatores além de seu controle. Existem coisas que você poderia ter mudado? Talvez, mas é
assim que você aprende, Benny. Nós vamos mudar a padaria e começar e você vai aplicar
essas lições no novo empreendimento. - Ele passou os dedos pela minha bochecha. — E
Johnny? Ele fez isso para si mesmo. Ele é adulto o suficiente para saber o certo e o errado.
Agora ele está sofrendo as consequências.
— Não é apenas com Johnny que estou preocupada, Dimitri. Você? E Kostya? Vocês
dois serem presos por arriscarem seus pescoços na noite passada. Você ajudou Johnny porque
você me ama. Que tipo de namorada sou eu para arrastar o homem que eu amo em briga de
gangster do meu irmão?

— Não. - Dimitri repreendeu suavemente e traçou os meus lábios com o polegar. Um


sorriso maroto curvou sua boca sexy. —Você é a melhor namorada do mundo todo.

Eu ri e revirei os olhos.
— Fala sério.

— Eu estou.
—Não, você está sendo bobo.

— Eu pensei que nós poderíamos ser um pouco de bobos. O clima nesta sala está
demasiado sério.

— Há uma razão para isso.

Colocando meu rosto, ele acariciou nossos narizes juntos.

— Benny, tudo que eu fiz por você, eu ficaria feliz em fazer tudo de novo. - Antes que
eu pudesse protestar que ele tinha feito muito e se arriscado muito, ele me silenciou com um
daqueles beijos sensuais que me deixou um pouco tonta com o desejo. — Agora, vamos tomar
um banho e tomar café da manhã. Então eu vou te levar para casa para que você possa pegar
algumas roupas.
Depois de ser beijada assim, eu não conseguia pensar em uma única razão para
discutir com ele. Dentro dos limites do chuveiro, Dimitri usou aquelas mãos hábeis e sua boca
pecaminosamente e talentosa para fazer eu esquecer tudo sobre os problemas que me
assolavam. Eu escorreguei de volta para o meu vestido da noite anterior, mas não tinha
nenhuma calcinha limpa. Claro, Dimitri amou a ideia de eu ficar sem calcinha todos os dias…
Quando terminamos o café, eu esperei por Dimitri para pegar as chaves, a carteira e
telefone. Na pressa de entrar ontem à noite, eu deixei a minha bolsa em sua caminhonete.
Quando chegamos lá embaixo, eu podia ouvir a equipe da manhã abrindo a padaria para
nossas curtas horas de domingo. Eu lutei contra o impulso de cumprimentá-los. Até agora, eles
já teriam ouvido a notícia sobre Johnny. Eu não acho que eu poderia enfrentá-los agora.
Dimitri parecia entender a minha hesitação então pegamos o caminho mais longo ao redor do
prédio, desviando dando a volta. Ao dobrar a esquina para o estacionamento, os meus passos
vacilaram com a visão de cinco membros de gangues Hermanos vadiando perto de um SUV
azul escuro. Sempre forte e tão corajoso, Dimitri nem sequer diminuiu o passo. Ele entrelaçou
os dedos com os meus e me deu um daqueles sorrisos tranquilizadores que fez tudo melhor.

— Ei, Benny? - Um dos caras tatuados se adiantou, mas não se atreveu a chegar mais
perto. Seu olhar nervoso saltou para Dimitri que suavemente mudou apenas na minha frente,
pronto para bloquear qualquer coisa que possa vir. — Uh, você não me conhece, mas eu sou
amigo de seu irmão.

— E? - Eu não conhecia esse cara, mas a quantidade de tatuagens em seu pescoço e


braços me disse que era uma má notícia. Eu provavelmente deveria ter sido um pouco mais
diplomática, mas eu não quero que ele saiba o quanto ele me assustou.

— Você já viu Johnny?


Eu balancei minha cabeça.

— Não.

— Tem certeza?
— Você está chamando a minha namorada de mentirosa? - Dimitri deu um passo
adiante e todos eles se afastaram. Ele elevou-se sobre eles e teve. Estes membros de gangues
eram todos baixos e magros. Eles não poderiam competir com Dimitri em uma briga, mas ele
estaria indefeso contra uma arma. Segurei a mão de Dimitri mais apertado, com medo que ele
ficasse gravemente ferido.

— De jeito nenhum, cara. - O membro Hermanos levantou as duas mãos. — Estamos


apenas tentando encontrar o nosso cara. Nós não queremos nenhum problema com qualquer
um dos amigos de Nikolai.

— Então dê o fora daqui! - Dimitri apontou para a estrada. — Você não precisa se
preocupar com Johnny. Ele está cuidado.

Os olhos da gangue se arregalaram. A declaração de Dimitri poderia ser interpretada


de muitas maneiras. O cara não ficaria por aqui para perguntar qual era. Ele assobiou e seus
homens entraram no SUV e correram para fora do estacionamento.

Dimitri agarrou meu braço e me puxou em direção ao sua caminhonete. Ele abriu a
porta e, basicamente, me jogou para o banco da frente. Seu olhar se moveu em torno do
estacionamento, como se esperasse problemas. Quando ele entrou no banco do motorista, ele
nem se incomodou em afivelar o cinto de segurança antes que ele acelerasse e nos tirar de lá.

Não foi até que estávamos parados em uma luz vermelha que ele afivelou o cinto e
olhou para mim. Ele pegou minha mão e levou meus dedos aos lábios. Ele beijou-os
suavemente.

— Me desculpe, eu estava tão abrupto para lá. Eu não tinha certeza de como ler a
gangue. Eu não podia ter certeza que eles não iriam voltar e atirar em nós.
— Deus, Dimitri, nunca vai ser normal de novo para nós?
— Em breve - ele prometeu e acelerou quando a luz mudou para verde.

— O que você quis dizer sobre cuidar de Johnny?

— O que eu disse - ele respondeu a perguntas com naturalidade. — Ele está cuidado.
Eles não precisam se preocupar com ele. Felizmente, eles vão dizer a outra gangue a mesma
coisa.
— Mas você fez parecer que ele estava, você sabe, morto.

A mão de Dimitri apertou a minha. Pesar encheu sua voz.

— Benny, para todos os intentos e propósitos, Johnny está.

Meu coração gaguejou, e meus tímpanos latejava.

— O que você quer dizer?

Dimitri estremeceu com a minha pergunta e chiou.

— Quero dizer é que Johnny provavelmente tem uma batalha esperando por ele.
Ambos os lados desta bagunça vão querer calá-lo antes da polícia encontrá-lo. Eles já sabem
que o detective Santos e seu parceiro estavam no meu apartamento. Você pode apostar nisso.
Eles vão vigiar você e esperar que você os leve a ele.

— Eu não faria isso!


— Não de propósito - respondeu ele — mas é fácil deixar escapar alguma coisa
acidentalmente, especialmente se ele ficar por perto. — Com um aceno de cabeça, Dimitri
disse, — Não, Benny. Ele tem que ir embora.

— Por quanto tempo? — O pensamento de perder Johnny me deixou sentindo tão


vazia. Meu coração doía tanto.

— Para sempre.

Meu queixo caiu.


— Não, Dimitri!
— Benny! - Ele disse o meu nome naquele tom enérgico, calmo dele. — Você tem
duas opções aqui. Johnny fica nas proximidades, ou ele sai. Se ele ficar, eles vão encontrá-lo e
eliminá-lo. Então, você precisa decidir, Lyubimaya. Você quer visitar o seu irmão em outra
cidade ou em um cemitério?
Quando ele dizia assim, não havia realmente uma escolha a ser feita. Com a menor
oscilação de lábio, eu sussurrei.

— Mande-o embora, Dimitri. Salve sua vida.


Horas mais tarde, Dimitri sentou em uma das mesas de canto em pequeno café da
padaria. Ele tomou um gole de chá gelado e começou a resolver urgências do Front Door e
trabalhou em organizar sua agenda. Seu olhar se mudou de sua papelada e tela do laptop para
o interior do café.

Seu olhar permanecia em uma fotografia emoldurada de Benny e os empregados da


padaria tirada depois de um jogo de beisebol no campeonato de verão do ano passado. Ele
observou-a jogar algumas vezes. Ela era realmente muito boa. Para alguém tão pequeno, ela
poderia bater uma bola de beisebol com potência. Não era de estranhar que ela tinha ido para
a escola com uma bolsa de beisebol nos primeiros dois anos.

Seu olhar saltou para a porta e janelas. Encontrar bandidos dos Hermanos no
estacionamento naquela manhã o havia abalado. Ele concluiu que era hora de mudar. Embora
ele tivesse pensando na ideia durante meses, ele tinha evitado por causa de Benny. Ele
gostava de estar perto dela e o pensamento de afastar-se o havia destruído.
Agora que eles eram um casal, ele não via nenhuma razão para adiar. Benny
provavelmente iria vender o edifício em algum momento nas próximas semanas. Ele seria
expulso, logo que os novos proprietários tivessem as chaves.

Mas o mais importante, ele queria um lugar que ele pudesse facilmente protege-la.
Quando ele trabalhava à noite ou se ele aceitasse a oferta de Yuri para serem sócios ele teria
que viajar, Dimitri queria saber que Benny estava segura e protegida em sua casa.
Na noite passada, ele havia falado com Ivan sobre a área privilegiada, o condomínio
onde ele construiu sua impressionante casa. Apesar de que a invasão a sua casa, o bairro de
Ivan ainda era classificado entre os mais seguros da cidade. Havia agora mais guardas pagos
que patrulham as ruas. Dimitri estava bastante familiarizado com a área para se sentir
confortável em se mudar para lá.
Será que Benny iria morar com ele? Essa era a grande questão. Ela provavelmente
diria que não a primeira vez que ele pedisse. Ele tinha algumas ideias muito boas para
persuadi-la a aceitar.

Seu olhar se desviou para seu rosto doce. Seus olhos estavam cansados, mas ela sorriu
e conversou com cada cliente que entrou pela porta da frente. O movimento de domingo
parecia mais agitado do que o de costume. Talvez tenha sido a crescente sensação de que o
fim estava próximo. Ou talvez fosse o desejo para obter a melhor fofoca.

Depois de ter lidado com o pesadelo no departamento de polícia e seu agente de


seguros, ele tentou convencê-la a tirar o dia de folga, mas ela não poderia ser persuadida. Ela
o convenceu que o trabalho iria mantê-la ocupada e sua mente longe de Johnny. Ele
concordou finalmente, mas apenas sob a condição de que ela o deixasse passar a ficar em um
canto do café para trabalhar e manter um olho nela.

Seus olhares se encontraram. Ele sorriu para ela. Ela sorriu, a curva sexy de sua boca
um sorriso só para ele. Ele quis dizer o que disse antes. Ele não quer nada de Benny. Ele tomou
a decisão de ajudar Johnny sabendo muito bem que as consequências podiam engoli-lo. Para
protegê-la? Para mantê-la feliz e segura? Dimitri iria enfrentar as chamas, sem um segundo
pensamento.

Seu olhar saltou para a porta. Uma carranca irritada esvaziou o seu sorriso. Ele olhou e
viu ninguém menos que Jonas Krause entrar no estabelecimento. Lutando contra o impulso de
saltar de sua cadeira, Dimitri lançou um olhar atento sobre o homem. Embora ele quisesse
correr em auxílio de Benny cada vez que ela enfrentava algo perturbador, ele sabia que não
devia compromete-la nesse caminho. Ela era uma jovem capaz. Ela podia lidar com isso.

E se ela fosse precisar de sua ajuda, ela o deixaria saber.


Capítulo 14
Eu coloquei um sorriso no meu rosto, quando Jonas Krause cruzou a padaria, mas
interiormente eu gemi com desespero. De todos os dias para ele vir me ver, tinha que ser
hoje!

Ele não tinha o olhar ardiloso de seu guarda costas, Carl. Não, Jonas Krause parecia um
pai que ia ao futebol. Sua camisa polo listrada e calça cáqui dava-lhe um ar amigável, mas eu
sabia que não Eu conversei com meus vizinhos, quanto eles lentamente foram vencidos por
este homem. Eles caíram como dominós, cada um levando um preço ligeiramente inferior para
as propriedades que o outro. Eu não estava assim tão desesperada, ainda.

— Senhorita Burkhart ! - Ele sorriu como um tolo e estendeu a mão. - Sinto muito vir
até você sem avisar, mas eu me perguntei se poderíamos ter uma conversa.

— Você parece amar tentar me pegar desprevenida, Sr. Krause.

Seu sorriso escorregou, mas ele se recuperou rapidamente.


— Sobre isso, eu queria pedir desculpas por Carl. Ele entendeu mal os meus sentidos.
Asseguro-lhe que não realizo negócios dessa maneira.
Eu lutei contra a vontade de revirar os olhos. Com um movimento dos meus dedos,
me afastei do balcão.

— Podemos falar em meu escritório.

Meu olhar saltou para a mesa onde Dimitri mantinha a vigilância, atento. Seus olhos se
estreitaram quando liderei Carl para as portas da cozinha. Ele levantou de seu assento, mas
não seguiu imediatamente. Eu senti que ele estava em guerra consigo mesmo.
Por um lado, ele queria vir em meu socorro e me proteger. Por outro lado, ele queria
me deixar fazer isso por conta própria. Naquele momento, eu percebi o quanto ele realmente
me amava e me respeitava. Sabendo que não seria fácil para ele esperar aqui fora, eu fiz um
gesto rápido em direção à cozinha. Eu esperava que ele entendesse o que eu quis dizer.

Jonas olhou por cima do ombro e viu Dimitri saindo de sua cadeira.

— Ele é seu parceiro de negócios?

— Podemos dizer isso. - Levei-o até a cozinha. Todos os olhos estavam sobre nós, pois
atravessamos o espaço. Marco lançou um olhar desagradável para Jonas. Ficou imediatamente
claro para o corretor imobiliário que tipo de reputação ele ganhou com suas táticas violentas.

Dentro do meu escritório, eu apontei para uma das cadeiras em frente a minha mesa.
Eu não fechei a porta completamente, deixando-a entreaberta, apenas no caso. Eu não tinha
certeza se ele iria me ameaçar ou não.
Jeanne Crane, a mulher que tinha possuído a loja de tricô e lã na esquina tinha me
dado detalhes do seu encontro com esse homem. Ele, basicamente, tinha ameaçado usar
recentes acusações de crime sexual de seu filho para difama-la e afastar o seu negócio.
Considerando a forma como as coisas estavam indo com Johnny, eu não ia correr nenhum
risco.

— Então - disse ele ao arrancar uma caneta e um bloco de notas pequeno do bolso.

—Então - eu respondi e sentei na minha cadeira. — Este é o momento onde nós


negociamos preços para a venda, certo?
— É hora de aceitar o inevitável. Até o final da semana, vou possuir o resto dos
edifícios em ambos os lados da rua. Você fez o seu stand. Está na hora de ir tranquilamente.

— Ou?

Algo brilhou escuro em seus olhos verdes.


— Você não gostaria que “ou” fosse a opção, Benita.

Eu me recusei a deixar que ele me assustasse.

— Felizmente, as duas opções não são as únicos disponíveis para mim.

Sua pena arranhou todo o papel quando ele olhou para mim.

— Você já teve outras ofertas?

— Sim. Não era uma mentira total. Dimitri tinha se oferecido para comprar
participação de Johnny.

Ele fez um barulho pigarro.


— Eu suponho que eu tenho que agradecer os bolsos de seu inquilino por isso.

Ouvi do jeito que ele acrescentou ênfase para inquilino. A minha vida privada não era
da sua conta por isso eu não abriria a porta para discussões.

— No caso, de onde veio a oferta não importa. O que importa é que está sobre a
mesa.
— Você sabe, isso não tem que ser contraditório, Benita. Você dá um pouco. Dou um
pouco. Chegamos a um acordo e fazemos este trabalho.
Apertei meu olhar.

— Não quer dizer que eu darei muito e que você dá quase nada? Eu ouvi a maneira
como suas negociações deram certo com meus amigos nesta rua.

— Eles não eram tão tenazes como você é. - Ele arrancou a folha de cima de seu bloco
de notas, dobradas ao meio e jogou na minha mesa. — Vamos começar aqui.

Minha barriga apertou quando eu peguei o papel e desdobrei. O número escrito lá era
menos da metade do que ele havia me oferecido durante suas propostas anteriores. Debaixo
da insultante oferta havia um endereço.

— O que é isso?

— É o endereço de um edifício Eu acho que você vai gostar.

Eu levantei meu olhar para o rosto dele bajulador.


— Um edifício que você possui, tenho certeza.

— Se ajusta para as suas necessidades de negócio.


E, provavelmente, um bom acerto para um desses subornos que a cidade está
dando para as empresas imobiliárias que promovem a amizade com os negócios das minorias
- eu adivinhei.

Ele tocou-lhe o peito.


— Você me magoa, Benita. Você não sabe o quanto eu apoio a comunidade de
minoria?

A ligeira cara de desprezo em seu rosto me fez querer atirar meu peso de papel de
cerâmica nele.
— Oh, Sr. Krause, se você soubesse o que nós pensamos de você. Quer dizer, você tem
sido um bom amigo para a nossa comunidade.

Ele bufou com diversão.

— Eu vou te dar um bom acordo sobre o contrato.

Bati no papel e joguei-o para baixo na minha mesa.

— Se você considera que oferece um bom negócio, eu não estou interessada. E, de


qualquer forma, eu já tenho uma local para um novo edifício. Nikolai Kalasnikov me colocou
em contato com um amigo.
Eu vi seus lábios apertarem com a simples menção do nome de Nikolai. Eu citei apenas
por esse motivo.
Com um suspiro, eu mencionei:
— Eu não sou o único que tem que concordar com os termos de venda neste edifício.
Meu irmão é dono de parte deste negócio.

— Apenas trinta por cento - ele respondeu. — Jonhnny foi gentil o suficiente para
trazer uma cópia do contrato de parceria. Você deixa que eu me preocupo com a negociação
com ele. Esse preço é para a sua parte do edifício.
Eu balancei minha cabeça.

— Essa não é a minha maneira de trabalhar. Eu quero um preço justo por todo o
edifício. Johnny e eu vamos resolver por conta própria.

— Eu vou dar-lhe um negócio melhor se fizermos isso em separado.


— Por que razão? Você pretende ferrar meu irmão, oferecendo-lhe amendoim?

Jonas deu de ombros.

— Pelo que eu ouvi, ele não vai precisar de dinheiro onde ele está indo.

— Você deve verificar suas fontes. Você, obviamente, ouviu errado.

— Será? - Ele se recostou na cadeira e apoiou o tornozelo sobre o joelho. — Porque


eu ouvi dizer que seu irmão foi pego em um batida na noite passada e levou o seu carro em
um edifício vazio a poucos quarteirões para baixo da estrada. Eu também ouvi dizer que a
empresa imobiliária que é dono do prédio planeja processar a merda em vocês dois.
A queimadura gelada de medo se espalhou através de meu peito. Boca seca, eu disse
o óbvio.

— Você já possui o edifício.

— Sim, eu possuo! Comprei na sexta-feira, na verdade. Inferno de uma coincidência e


sorte, você não acha?
Eu queria bater aquele sorriso de merda direto de seu rosto, mas fiquei no meu lugar.

— Suponho que isso significa que você não pretende melhorar esse preço.

— Oh, eu pretendo mover para baixo, se eu não sair daqui com um acordo.

— E daí? Se eu aceitar esse negócio, você não vai me processar?

— Provavelmente não.

— Provavelmente?

— Aquele prédio sofreu um pouco de dano - ele respondeu. — Eu estaria mentindo se


eu dissesse que não estava tentado a processá-lo só para provar um ponto. - Qualquer
pretensão de simpatia desapareceu de seu rosto. — Este jogo de vocês? Custou-me um monte
de dinheiro.

— Jogo?
— A sua posição de princípio? Ele infectou mais de um de seus vizinhos e me obrigou a
passar por cima do meu orçamento de aquisições. Uma ação agradável, a gordura pode ser
uma boa maneira de me vacinar contra esse tipo de estupidez em um futuro próximo.

— Eu fiz o que eu achava que era certo, o que eu ainda acho que é certo. Este bairro
poderia ter sido salvo, mas você e esses abutres do comitê de planejamento da cidade tornou
nada fácil para nenhum de nós poder obter qualquer tipo de apoio para a melhoria.

— Esse é o seu problema, Benita. Pessoas como você? Estão todos presos no passado.
Você acha que alguém dá a mínima para a compra de tortilhas caseiras ou lã tingida à mão ou
móveis artesanais? Foda. Não. - Ele praticamente deu uma gargalhada para mim. — As
pessoas querem que seu Starbucks e as suas metas e seu McDonalds. Estou aqui para dar a
eles. Antes que eu pudesse responder, ele se sentou em frente.

— Você deveria ter sido uma boa menina, Benita. Você deveria, ter aceitado minha
primeira oferta e ter saído fora do meu caminho. Ao invés disso, você escolheu ser uma,
pirralha estúpida sobre isso e agora estou espancando sua bunda para lhe ensinar uma lição.

Enfurecida, eu amassei sua oferta de baixa qualidade e joguei-a no lixo.

— Saia.
Ele não se moveu.

— Aceite o negócio, Benita.


— Não.
— Vou levá-la ao tribunal.
Vá em frente.

— Vou levar todo último maldito centavo que você tem. Vou arruinar você. Vou ter
certeza que ninguém vai alugar para você e eu vou barrar cada um de seus empregados.
Tenho Imigração na discagem rápida. - Como se suas feias, ameaças racistas não bastasse, ele
acrescentou: — E o seu irmão? Vou pegar meus investigadores particulares para acha-lo tão
rápido quanto a sua cabeça começar a girar. Tenho certeza de que os caras que dispararam
contra ele na noite passada adorariam colocar as mãos nele.

A porta do meu escritório se chocou contra a parede. Dimitri apareceu na porta,


enchendo o espaço de largura, com seus ombros largos e altura impressionante. Seu olhar
furioso fixo direito sobre Jonas Krause.

— Eu acho que você terminou aqui.

— Eu vou dizer quando eu terminar essa merda.


Meus olhos se arregalaram com a resposta corajosa de Jonas. Dimitri realmente abriu
um sorriso, mas era perigoso.

— Posso assegurar-lhe, Sr. Krause, que se eu deixar esta porta, você estará gritando
em menos de dez segundos.
Visivelmente perturbado, Jonas se levantou da cadeira. Ele apontou o dedo para mim.
—Se eu sair por aquela porta, eu estarei a chamar meu advogado.

— Eu acho que é uma coisa boa, que eu tenha o meu na discagem rápida. - Eu não
tinha, mas era a melhor resposta que eu tinha no momento.

Ele olhou para mim e, em seguida, Dimitri.


— Vocês dois estão brincando com fogo. Você não vai gostar da forma como isto
termina.

Dimitri se afastou apenas o suficiente para dar um espaço minúsculo para Jonas sair
do meu escritório. Seu olhar inquieto pedregoso fez o corretor imobiliário se mover tão
rapidamente que eu achava que sua bunda estava em chamas. O olhar de Dimitri permaneceu
seguindo-o no corredor. Eu vi ele levantar as duas mãos, os olhos e fazer um gesto. Eu só
podia supor que um dos caras na cozinha ia seguir Jonas para fora do prédio.

Com uma longa inspiração, lenta, Dimitri se virou para mim. Raiva estava gravada em
seu rosto bonito, mas as linhas duras desapareceram, quando nossos olhares se encontraram.

—Eu sinto muito.

Eu pisquei.
— O quê? Por quê?

— Eu não deveria ter aberto a porta e o jogado para fora. Você estava lidando com
isso muito bem, mas eu simplesmente me perdi quando ele começou a falar com você desse
jeito.
Levantei e cruzei a distância entre nós. Deslizando os braços em volta de sua cintura,
eu pressionei meu rosto contra o peito dele.
Está tudo bem. Estou feliz que o jogou para fora. - Desgostosa, perguntei:

— Você acredita nessa porcaria? Na ameaça com a imigração? Como se todo mundo
que é marrom nesta cidade é ilegal ou um idiota!

— Nós temos que ter um advogado. Imediatamente.


—Eu tenho que arranjar um advogado — eu corrigi.

Dimitri segurou meu rosto e inclinou meu queixo. Ele olhou para mim com tanto amor
em seus olhos azuis pálidos.

—Eu disse que nós somos parceiros. Precisamos de um advogado. Vou ver Yuri agora.
Ele vai nos guiar na direção certa.

—Você acha que Jonas realmente vai fazer tudo o que ele ameaçou?

—Sim. - Ele nem hesitou antes de responder. — Eu acho que ele vai fazer a sua vida
um inferno.

Eu gemi e enterrei meu rosto contra ele.


— Eu não deveria ter acabado de menosprezar e aceitado a oferta. Eu realmente
estraguei tudo de novo.

— Nenhuma quantidade de dinheiro vale a pena quando é abusiva. Ele é um porco. -


Dimitri parecia que queria cuspir no chão por onde o homem tinha andado.
— Um porco bem conectado - eu esclareci. — Estou preocupada com o Johnny. E se
ele realmente tem um investigador particular que pode encontrá-lo?

— Você não precisa se preocupar com isso. A segurança de Johnny não será um
problema depois de hoje à noite.

Eu cambaleei para trás em choque.


— Hoje à noite?

Dimitri relutantemente concordou.

— Eu tenho planos em andamento. Se tudo der certo, ele vai estar fora de Houston e
longe, muito longe antes do nascer do sol.
Emoções tomaram conta de mim.

— Vou poder vê-lo de novo?

— Claro, querida. - Dimitri me beijou. — Eu não iria roubar-lhe a chance de dizer


adeus. - Seus lábios permanecia no meu. — Kostya deve chegar a qualquer minuto. Ele vai
ficar de olho em você, enquanto eu dou alguns recados rápidos. Você não deve deixar esta
padaria, entendeu? Kostya vai ser a sua sombra.

— Eu entendo.
— Ele vai trazê-lo para mais tarde.

— E eu vou ver Johnny?

Ele acenou com a cabeça.


Você poderá dizer adeus.

Dimitri saiu do banco de trás do carro particular que Yuri tinha arranjado para ele. Por
hábito, ele verificou a área ao redor da marina de luxo. O motorista lhe deu certeza de que
eles não estavam sendo seguidos, mas com a localização de Johnny tão desejada por tantas
pessoas, Dimitri não queria arriscar.

Certo de que estava tudo livre, ele fechou a porta e se dirigiu para a entrada privada
na extremidade da marina onde Yuri mantinha um de seus iates. Esta era apenas cem metros
ou pouco mais de comprimento, mas não menos ostensiva do que os mega iates que Yuri
mantinha atracado em várias partes do mundo. Esse ele usava para entreter a nível local e
para fazer viagens curtas em torno do Golfo do México e Caribe. Às vezes, ele mesmo alugava
ou emprestava para amigos.

Ontem à noite, quando Dimitri estava desesperado para encontrar um lugar para
guardar Johnny, Yuri não tinha pensado duas vezes antes de oferecer seu barco. Ele tinha
organizado tudo, o envio de um motorista e guarda para trazer Johnny até a marina privada
fora Galveston. Dimitri esperava que Johnny tivesse sido um bom convidado e não tivesse
causado nenhum problema. Yuri tinha ido acima e além da chamada de amizade neste
momento.

Um dos membros da tripulação avistou e recebeu-o no iate. Ele foi levado para dentro
do espaço luxuoso. Yuri se sentou em uma cadeira confortável e ouviu a notícia. Havia dois
laptops e três telefones celulares em torno dele. Como ele poderia se concentrar assim,
Dimitri nunca iria entender.

— Eu pensei que o ponto de ter um iate era para relaxar?


Yuri riu e fechou os laptops.
— Os mercados mundiais nunca realmente estão próximos, Dimitri. - Ele colocou os
telefones celulares em uma mesa lateral. — Você veio para visitar o prisioneiro?

— Ele tem sido difícil?

Yuri balançou a cabeça.


— Ele tem sido um modelo de prisioneiro. Eu não ouvi uma única queixa. - Ele se
levantou e fez um gesto para Dimitri a seguir. — Claro, que poderia ser de todos os analgésicos
que estão bombeando para ele.

Ele seguiu Yuri para uma das cabines espaçosas. Apoiado na cama, Johnny descansava
em seu lado direito e assistia a um filme na tela plana montada na parede oposta. Alguém
tinha montado um gancho temporário para manter o saco de líquido claro ligado a sua veia.
Johnny olhou aliviado ao vê-lo.
— Como está Benny?

— Ela está bem. - Dimitri entrou na sala e sentou-se na cadeira vazia ao lado da cama.
— Ela sente falta de você, mas eu prometi a ela que poderia vê-lo esta noite. Como está se
sentindo?

— De que merda, cara. — Johnny fez uma careta quando ele apontou para o braço
enfaixado. — Eles realmente me foderam, Dimitri.
— Você teve sorte, Johnny. Eles poderiam tê-lo matado.

Vestindo uma expressão envergonhada, ele perguntou:

— Será que Benny sabe sobre o carro?

Ele acenou com a cabeça.

— Dois detetives estavam na minha porta em torno do nascer do sol. Um deles


conhece vocês dois também.

As sobrancelhas de Johnny se juntaram.

— Espere. Eric Santos?


— É esse.

— Ele foi duro com Benny?


— Não.

— Ela está muito brava com o carro?


Atrás deles, Yuri bufou. Dimitri ignorou sutil explosão de seu amigo.

— Ela não estava feliz com isso. Há um problema maior agora. A construção que você
danificou? Ela pertence a Jonas Krause.
Johnny empalideceu.

— Você está brincando.

— Eu não faria piada sobre isso. Ele veio na padaria para tentar forçar Benny a assinar
um grande negócio para o edifício. Quando ela recusou, ele ameaçou processar e arruinar suas
chances, de abrir a padaria novamente. Ele diz que tem um investigador particular procurando
por você.

Yuri xingou em voz baixa.

— Então nós vamos movê-lo esta noite.

Dimitri olhou para o amigo.


— Concordo.

— Mover-me? Onde? - O olhar preocupado de Johnny saltou do rosto de Dimitri para


Yuri e vice-versa. — Por quanto tempo você está me mandando embora?

Este não é o tipo de coisa que some em poucos meses, Johnny. Sua gangue estava
na padaria esta manhã tentando obter respostas de Benny. Disse-lhes que tinha sido cuidado,
Johnny.

— Então você está me mandando embora para sempre?

— Você quer se arriscar nas ruas? Pense bem, Johnny. Se você deixar este barco, você
está por sua conta. Vou fazer o que for preciso para proteger Benny, mesmo que isso
signifique levá-la para fora de Houston para algum lugar onde ela não tem que olhar por cima
do ombro.

— Eu não quero que Benny se machuque. Eu nunca quis que Benny ficasse em apuros.
- Johnny esfregou o rosto. — Eu não sei o que fazer, Dimitri.

Yuri pigarreou.
— Você sabe nadar?

Johnny franziu o cenho.

— O quê?

— Você sabe nadar?


— Sim. Ele apontou para a tipoia apoiando o braço. — Quando eu não estou nisso.

— Você é trabalhador?
— Eu posso ser.

— Pode ser, ou será?


Johnny respirou.

— Eu vou ser.
Yuri chamou a atenção de Dimitri.

— Vou dar um teste no iate.


— Você quer que eu trabalhe em seu barco? - Johnny olhou surpreso. — Eu nunca
trabalhei em um barco. Eu não saberia o que fazer.

— Você vai estar no degrau mais baixo, Johnny. Pense em limpeza e recados. Se você
fizer um bom trabalho, breve poderá avançar.

Yuri levantou um dedo de advertência.

— Se eu receber um relatório de qualquer roubo ou mentira, eu vou mandar jogá-lo


ao mar. Entendido?

Johnny assentiu fracamente.

— Sim, senhor.

— Bom. - Yuri voltou para a porta. — Eu estou indo ver se conseguimos alguém aqui
fora para encobrir essa merda em seu pescoço.
Quando Yuri desapareceu, Johnny tocou a tatuagem da gangue marcando-o como um
Hermano. Lastima brilhou em seu rosto. — Você acha que eu nunca vou ser capaz de deixar
isso para trás?

Dimitri sentiu forte compaixão para com Johnny naquele momento. Pela primeira vez
em muito tempo, ele sentiu que Johnny realmente entendeu a enormidade de suas decisões
insensatas.

— Olha, você conhece Ivan, certo? Ele era como você. Ele fez alguma merda
realmente estúpida quando ele era mais jovem. Ele pagou por esses erros. Inferno, em alguns
aspectos, ele ainda está pagando por esses erros, mas ele fez uma ruptura, Johnny. Ele não diz
mas, ele se prende a isso. Mesmo quando se tratava de defender e proteger Erin, ele não
cruzou essa linha. Ele ficou contra a parede, mas conseguiu sair fora.
Johnny soltou um suspiro ruidoso.

— Eu não sei se eu sou tão forte.

— Você é. Você tem que ser. Não há outra escolha. - Ele segurou a mão de Johnny e
chamou sua atenção. — Isto é uma oportunidade única. Você começa de novo, Johnny. Você
está ficando fora de uma gangue sem ter que matar alguém. Não estrague tudo.

— Eu não vou. - Ele disse, como se estivesse xingando a ele.

Dimitri soltou a mão de Johnny.

— Isso não vai ser tão ruim. Você terá de viajar, ver o mundo e ganhar dinheiro
fazendo isso.

— Se eu não for pego em um mandado pendente - Johnny interrompeu. — E se


Santos conseguir com o procurador do distrito dê um mandado de testemunha para mim?
Conheci um cara que tinha um desses. Ele foi pego atravessando a fronteira em Laredo.

— Yuri e eu conversamos sobre isso ontem à noite. Se algo como isso acontecer, você
vai ter que ficar longe de países com tratados de extradição. - Dimitri acenou com a mão. —
Não se preocupe com isso. A equipe vai cuidar de você. Acredite em mim. Você não é a
primeira pessoa a escolher uma vida no mar para fugir de um passado obscuro.
— E quanto a manter Benny segura? Ivan conseguiu manter Erin e Ruby vivas porque
ele foi capaz de dar de volta o que eles queriam e negociar uma paz. Se você me mandar
embora, você não vai ter nada a oferecer.
— Eu não preciso de lhes oferecer qualquer coisa. Eles sabem quem está do meu lado,
ele é um inferno de muito mais aterrorizante do que qualquer coisa que eles poderiam usar
para nos ameaçar.

O rosto de Johnny mostrou alguma surpresa.

— Então somos nós agora?

O olhar de Dimitri não vacilou.


— Eu amo Benny. Eu não vou a lugar nenhum a não ser que ela me diga que acabou.
Johnny voltou seu olhar.

— Ela não vai. Ela o amava há muito tempo. - Sua mandíbula se apertou e ele estreitou
os olhos. — É melhor você não fazer nada errado, Dimitri. Juro por Deus que vou nadar minha
bunda de volta para Houston, se você machucá-la. Ela precisa de um homem em sua vida, que
ela possa contar e, obviamente, não é comigo.

Ele ouviu a dor na voz de Johnny. Era bom que a recém descoberta e auto consciência
de Johnny lhe permitiu ver o quanto ele conseguiu coisas ruins ao longo do último ano. Dimitri
esperava que este fosse o início de uma nova perspectiva para o garoto.

— Você não tem que se preocupar com Benny. Vou cuidar dela.

— Tire-a daquela casa, cunhado.


Dimitri riu.

— Oh, nós somos uma família agora, hein?

Johnny encolheu os ombros.

— Vamos ser realistas, Dimitri. Você vai se casar com ela. Posso muito bem me
acostumar a chamá-lo meu cunhado, certo?
Dimitri assentiu.

— Sim.

— Estou falando sério, Dimitri. Tire ela daquela casa maldita. Não é nada além de
lembranças. Não é saudável para ela. Ela tem que aprender a seguir em frente. Mamãe foi. Foi
Abuelito e Abuelita, meu pai se foi. Essa casa está cheia de fantasmas e o edifício da padaria,
também.
Dimitri sentou-se.
— É disso que se trata tudo isso? Você queria obrigá-la a vender para salvá-la de quê?

— Ela vai trabalhar até morrer. - Johnny sacudiu a cabeça. — Ela é tão teimosa.
Quando a minha mãe e o meu pai foram mortos em um naufrágio, ela não deixou ninguém
fazer os preparativos para o funeral. Ela tinha quinze anos! Vovô caiu morto de um ataque
cardíaco na padaria e quem estava lá fazendo RCP para tentar para salvá-lo até que os
paramédicos apareceram? Benny! E então quando Abuelita estava morrendo de câncer, era
como se Benny pensasse, se ela rezasse mais, trabalhasse mais e pesquisasse mais, ela poderia
salvar a nossa avó. Mas ela não podia, Dimitri. Isso da padaria? Vai matá-la.

— Eu estou tentando fazê-la mudar. Levei ela para jantar e dançar na noite passada.

Seus olhos se arregalaram.


— Benny? Benny foi a um clube? Droga! Ela deve realmente te amar.

Dimitri riu.

— Aparentemente, sim.

Serio agora, Johnny disse:


— Prometa-me que, se você ajudá-la a reiniciar o negócio, você não vai deixá-la
trabalhar em semanas de oitenta e 90 horas. Faça-a descansar. Faça-a viver.

— Eu vou, Johnny.

O garoto estendeu a mão e Dimitri segurou-a com força.

— Eu sei que obrigado não é suficiente para tudo que você fez por mim, mas é tudo
que eu tenho.

Dimitri apertou a mão de Johnny e assentiu.

— É o suficiente.
Capítulo 15

Eu sempre quis bisbilhotar em um iate de luxo, mas eu nunca pensei que seria assim.
Sob o manto da escuridão e depois de duas trocas de carro e motorista, Dimitri deslizou o
braço em volta de mim e me empurrou em direção ao iate branco reluzente no fim da
exclusiva marina. Eu fui rapidamente levada para o navio e em uma sala de estar muito bem
decorada.

— Benny! - Yuri sorriu e abriu os braços quando ele veio em minha direção. Ele me
envolveu em um abraço de urso e bicou minha bochecha. —É bom vê-la novamente. Lamento
que as circunstâncias não sejam as ideais.

Eu segurei firme a sua mão.


— Obrigada por isso, Yuri. Eu não sei como eu vou retribuir-lhe.
— Não se preocupe com isso. Eu que lhe devia.

Eu fiz uma careta.


— Me devia? Por quê?
— Você me ajudou a acalmar as coisas com Lena.

Meus olhos se arregalaram de surpresa.

— Ela aceitou sua oferta de emprego?

Ele riu.
— Não, mas ela me respondeu no Twitter esta manhã. Isso é progresso.

— Hum... com certeza. - Era assim que começava um romance na era da mídia social?

Ele sorriu e fez um gesto em direção a uma porta entreaberta.

— Johnny espera por você. Porque você não fica um momento com ele antes de o
advogado chegar aqui?

Olhei para Dimitri.

— O advogado?

— Johnny quer assinar sobre seus interesses na casa e padaria. Precisamos tomar
cuidado antes dele ir.

Eu não gostava de estar no escuro sobre a situação com o advogado, mas não ia
discutir com Dimitri aqui. Mais tarde, em privado, eu deixaria que soubesse que mesmo que
eu gostasse que ele cuidasse das coisas, eu também queria ser mantida informada quando era
importante.

Afastando-me de Dimitri e Yuri, entrei no outro quarto. Johnny estava sentado em


uma cadeira baixa perto de uma janela grande, larga. A visão da noite no oceano era
impressionante, especialmente com a luz da lua refletindo sobre a superfície. Ele sorriu para
mim e me chamou para mais perto.

Eu me ajoelhei na frente dele e abracei-o com cuidado.

— Você parece muito melhor.

— Eu me sinto melhor.

Meu olhar se moveu sobre ele lentamente. Eu queria tranquilizar-me que realmente
estava tudo bem e que teria uma recuperação completa. Vi algo novo em seu pescoço.

— O que é isso?

Ele fez uma careta quando ele apontou para o local onde ele teve uma vez a tatuagem
dos Hermanos.

— Yuri queria encobrir. Ele diz que os clientes que ele traz para o iate não se importam
com tatuagens em geral, mas as tatuagens de gangue óbvias os deixam nervosos.

Estudei as asas de anjo que o tatuador tinha aplicou sobre os números e letras. Ele
habilmente ocultou a marca de quadrilha. Olhei para Johnny com alguma surpresa.
— As asas de anjo?

Ele deu de ombros.


— Yuri viu meu nome completo em minha licença e passaporte quando Dimitri trouxe
no início desta tarde. Os caras com quem eu vou trabalhar já estão me chamando Johnny
Angel.

Eu esmaguei um sorriso.

— Sinto muito.

— Eu acho que isso é carma.

Mudei-me para a cadeira vazia ao lado dele e segurei sua mão.

— Santos veio esta manhã. Ele quer que você se entregue, presumivelmente para que
você possa identificar os atiradores que mataram os seus amigos. - Hesitei antes de perguntar:
— Você tem certeza que deseja ir embora?

— Eu não quero, Benny, mas eu sei que é a única maneira de sobreviver. Já fiz algumas
coisas estúpidas no último ano, mas eu nunca fiz nada violento. Ontem à noite? Levar um tiro
e ver o meus amigos e seus cérebros explodir perto de mim? - Ele balançou a cabeça. — Eu
não posso viver desse jeito. Eu não posso colocá-la em risco também. Minha gangue vai
esperar que eu pegue uma arma e vá atrás daqueles bastardos. A outra gangue? Eles vão
querer me matar.

Ele não estava dizendo nada que eu já não tivesse considerado. Eu esperava que fosse
ajudar ao ouvi-lo dizer isso, mas isso não aconteceu.
— Eu realmente vou sentir falta de você, Johnny.
— Yuri diz que você vai ser convidada a visitar sempre que quiser. Se eu trabalhar bem
neste navio, ele vai me passar para a tripulação em seu grande iate. Eles navegam no
Mediterrâneo com ele. Isso seria umas boas férias, certo?

— Claro. - Eu balancei a cabeça, com lágrimas nos olhos agora. — Eu só queria muito,
o melhor para você.

Seus olhos escuros brilhavam.

— Eu fiz isso para mim mesmo, Benny. Isso não foi culpa sua. Deus sabe que você
tentou me manter na linha.

Segurando a mão de meu irmão, eu tentei manter minha tristeza em perdê-lo em


xeque. Se eu começasse a chorar, eu nunca poderia parar. Ao meu lado, Johnny mudou de
posição na cadeira. Ele gentilmente puxou a mão livre da minha e enfiou a mão no bolso das
calças de brim novas que usava. Eu percebi que alguém tinha pego roupas novas para ele.
Dimitri? Yuri? Kostya? Eu não tinha certeza a quem eu devia um agradecimento.

Johnny lançou um olhar nervoso para a porta. Assegurando que não tinha ninguém,
ele colocou um telefone em minhas mãos. — Manter isto escondido. Dê a Santos quando você
vê-lo.
Eu empurrei o telefone no bolso da minha calça jeans e baixei a voz para um sussurro.

— Por quê?

— É o telefone de Diego. Ele estava fazendo um vídeo de algumas meninas quentes a


direita antes que a SUV parou próxima a nós. Ele filmou tudo. - Ele fez uma careta. — Não
veja, Benny. Basta dar a Santos. Ele saberá o que fazer com isso.

Lambi meus lábios e considerei o que eu sabia de procedimentos policiais de


programas de TV e livros.

— Eu não acho que eles podem usá-lo como prova, Johnny. Tenho certeza de que eles
necessitam de alguém que estava ali para validá-lo.
— É o melhor que ele vai conseguir. Ninguém vai falar, Benny. Pelo menos desta
maneira, a polícia vai saber quem fez isso. Eles serão capazes de vigia-los e talvez pegá-los
antes que eles machuquem outra pessoa.

Um movimento perto da porta chamou a atenção. Concordei com Johnny, deixando-o


saber que eu faria o que ele tinha pedido. Dimitri entrou na sala com um casal de homens que
eu não reconheci alguns passos atrás dele. Dimitri estava ao lado de minha cadeira e colocou a
mão no meu ombro. Ele gentilmente esfregou minhas costas e sorriu para mim.
Yuri entrou no quarto e fechou a porta com firmeza atrás de si. Ele bateu palmas e sor-
riu.

— Vamos começar a trabalhar. Peter, eu gostaria de apresentá-lo a Benny e Johnny


Burkhart. Benny, Johnny, Peter é um advogado que eu confio muito. Este é seu associado,
Hank. Ele é um notário. Eles concordaram em nos ajudar com esta situação pouco pegajosa.

Eu peguei uso de Yuri da palavra nós.


— E quem é nós exatamente?
— Você, eu e Johnny - disse Yuri, enquanto gesticulava entre nós três. — Você vai me
vender o prédio.

— O quê? - Olhei para Johnny, que parecia surpreso.

Um olhar para Dimitri revelou o mesmo choque no rosto. Ele franziu o cenho e se
dirigiu para Yuri em russo. Eu peguei o nome de Jonas, mas nada mais. Ocorreu- me que eu
poderia precisar procurar os serviços de Vivi, da mesma forma que Erin tinha.

Yuri apenas deu de ombros e disse:

— Estou entediado. A ideia de chocalhar sua gaiola me diverte.

Eu não sabia se ria ou o repreendia.


— Yuri, você não quer se envolver com esse cara. Ele é um idiota. Enfim nosso prédio
não vale tanto assim agora. Toda essa área foi dividida em zonas para este desenvolvimento
do varejo. Você não seria capaz de vendê-lo a ninguém, a não ser para ele.

— Eu sei. Isso é o que faz com que essa coisa toda seja tão divertida. Você pode
imaginar o olhar em seu rosto quando ele perceber que tem que negociar comigo? - Ele sorriu
maliciosamente e riu mais ainda. — Mas não é sobre o dinheiro para mim. Trata-se de lembrar
alguém que tenha tido muita sorte nos negócios que ele deveria se lembrar de onde ele
começou. - Yuri apontou para o chão. — Na parte inferior.
— Quanto? - Johnny perguntou cruelmente.

Eu repreendi ele.
— Johnny!

— O quê? - Ele me lançou um olhar pensando que eu estava louca. — Ele é obrigado a
dar mais do que Jonas Krause ofereceu. Você precisa desse dinheiro, Benny. Se você estiver
indo para começar de novo, você precisa de dinheiro. Se ele vai processá-la porque eu dirigi
em seu prédio, você vai precisar de dinheiro para que você possa resolver nos tribunais. Só
estou perguntando o quanto Yuri está colocando sobre a mesa.

O advogado, Peter, limpou a garganta e virou um bloco de notas em nossa direção. O


número escrito, o preço era justo. Era apenas alguns mil a menos do que eu teria tomado
como ponto de partida nas negociações com qualquer outra pessoa.

Antes que eu pudesse sequer pensar nela, Johnny disse:


— Nós vamos aceitar.

Eu bati o meu olhar para ele.

— Não, não vamos. Nós temos que discutir isso.


— Benny, pela primeira vez em sua vida, caramba, você não pode pegar o dinheiro e
aceitar? Você não tem que pensar tudo até a morte. Diga sim e vamos acabar com isso. Vamos
tirar Jonas Krause fora de nossas vidas para sempre.

Engoli em seco. Talvez Johnny estivesse certo. Havia alguma coisa a considerar aqui?
Yuri estava me oferecendo um preço decente para o edifício. Era o suficiente para limpar toda
a dívida e começar em um novo lugar. Um melhor bairro, mais vibrante, onde nossa padaria e
a comida deliciosa autêntica que criamos seria apreciada.

Finalmente, eu assenti.

— Tudo bem. Nós vamos aceitar.

Senti o alívio de Dimitri. Sua mão relaxou no meu ombro. Ele se inclinou e beijou
minha bochecha. Eu poderia dizer que ele estava tão feliz quanto Johnny para ver este
capítulo encerrado.

— Você pode ficar no prédio até ter um novo local pronto. - Com um sorriso
provocante destinado a Dimitri, ele acrescentou:

— Mas o aluguel acabou de subir.

Enquanto Yuri e Dimitri brincavam um com o outro, Johnny e eu lemos o contrato e os


documentos legais me dando o controle do edifício, a empresa e a casa de Johnny. Mesmo
que eu confiasse que Yuri não iria me enganar, eu li as páginas do contrato duas vezes. Era
direto e eu entendi tudo claramente.

Nós assinamos nossos nomes, em vinte minutos, tudo foi feito. O advogado e seu
auxiliar partiram. A tripulação de Yuri trouxe um bom jantar. O gesto amável deixou-me passar
mais tempo com Johnny, mas não foi o suficiente.

Logo, era hora de ir. O iate estava saindo das águas do Texas naquela noite para o
Caribe. Por mais que eu não queria deixar Johnny, eu queria que ele estivesse seguro e feliz.
— Eu amo você, Johnny.

Ele me apertou tão forte que eu não conseguia respirar.

— Eu te amo, Benny.

— Esteja seguro.
— Eu vou.

— E me ligue.
Ele riu.

— Eu vou.
Relutantemente, eu me afastei dele. Dimitri apertou sua mão e deu-lhe uma palmada
nas costas antes de deslizar um braço em volta da minha cintura. Nossa despedida chorosa me
rasgou por dentro e deixou meu coração dolorido e vazio. Apenas os braços fortes de Dimitri
ao redor e me apoiando me impediu de entrar em colapso no cais, soluçando.

Segura dentro do carro privado, Dimitri puxou o cinto de segurança no lugar e me


arrastou tão perto dele quanto possível. Eu enterrei meu rosto na curva quente de seu
pescoço e chorei baixinho enquanto ele acariciava meu cabelo. Ele sussurrou docemente e me
garantiu que isso era a melhor coisa para Johnny. Era sua chance de começar de novo, de ver o
mundo, para crescer e se tornar um homem. Rezei para que fosse verdade.
No momento em que chegamos ao seu apartamento, era quase duas da manhã. Tudo
gritava, eu experimentei tanta tristeza agora. Por 19 anos, Johnny e eu tínhamos sido tão
unidos. Ultimamente, as coisas tinham sido tensas entre nós, mas ainda havia bons tempos. A
ideia de nunca mais vê-lo sobre a mesa do café ou jogar jogos de vídeo, até que desmaiou no
chão da sala me deixou quase sem fôlego com o sofrimento.

Dimitri sentou-se na cama e me puxou entre suas coxas. Suas mãos acariciavam
minhas costas enquanto ele me encheu de beijos carinhosos ao longo do meu rosto e pescoço.
—Diga- me o que você precisa, Benny. Diga-me como te ajudar.
Eu virei o rosto e passei os dedos sobre os ângulos duros de seu rosto. Ele já me
ajudou muito.

— Eu sinto que eu sou a única que deve estar pensando em maneiras de ajudá-lo e
pagar por tudo que você fez por mim.
Ele arrastou os lábios ao longo da borda da minha garganta e mordiscou um ponto
sensível lá.
— Ajudar você me faz feliz. - Ele passou as mãos pelas minhas costas e segurou minha
bunda através dos meus jeans. Sua boca brincou contra a minha. —Deixe-me colocar um
sorriso em seu rosto, Benny.

— Dimitri... — eu gemi, enquanto suas mãos magistrais amarrarão as chamas do meu


desejo. As mãos dele deslizaram ao longo de meus quadris e pelas minhas pernas. Um
momento muito tarde, lembrei-me exatamente o que eu tinha no bolso.
Ele ainda estava quando a mão dele se moveu e encontrou.

— O que é isso?
— Um...

Seus dedos longos mergulharam em meu bolso. Ele pegou o telefone e olhou para ele.
— Onde você conseguiu isso?

— Johnny deu para mim.


— Este não é o seu telefone. Destruí o dele.
— Não, ele pertence a um amigo dele. Espere. - Eu fiz uma careta com a confusão. —
Por que você destruiu o telefone de Johnny?

— É uma maneira de localizá-lo. Dei um novo telefone limpo para que ele possa
contatá-la. - Dimitri não parecia feliz com o telefone que ele tinha tirado de mim. — Por que
Johnny lhe deu isso?

— Tem o vídeo daquela noite. Ele quer que eu dê a Santos.

Uma expressão irritada cruzou seu rosto.

— Eu pensei que nós concordamos que não ia se envolver.

Agora foi a minha vez de ficar irritada.


— Será que é nós? Porque eu sinto que você é a pessoa a tomar todas as decisões e eu
sou o única aqui de pé, balançando a cabeça e dizendo: 'Sim, Dimitri”.

Seus olhos se arregalaram. Claramente surpreso, ele rapidamente disse:


— Benny, eu nunca quis fazer você se sentir como se eu estivesse atropelando você.

— Eu sei que você está tentando me proteger, mas soltando a bomba hoje do
advogado no iate de Yuri? Você deveria ter me dito, Dimitri. Senti-me totalmente pega de
surpresa.

Ele se encolheu.
— Eu sinto muito. Você está certa. Eu deveria ter mencionado isso. Juro que não sabia
que Yuri ia oferecer para comprar o edifício de você.

— Eu sei que você não sabia. Eu pude ver em seu rosto.

Dimitri jogou o telefone de lado e deslizou as mãos para cima e para baixo nos meus
braços.

— Ouça, Benny, quando se trata de você, eu posso ser um pouco exagerado. Se eu


estou cruzando a linha, diga-me. Vou tentar ser mais auto consciente, mas não hesite em
dizerme se eu estou fazendo você se sentir desse jeito. Eu nunca quero que você sinta como se
eu estivesse tentando controlar você. Ele parecia doente com a ideia. — Isso não é o tipo de
homem que eu sou e isso não é o tipo de relacionamento que eu quero que nós tenhamos.
— Não é o tipo de relacionamento que eu quero também. - Eu escovei alguns dos fios
macios, soltos de cabelo loiro atrás da orelha. — Eu sei que você sabe melhor como navegar
nessas águas e eu aprecio a sua orientação, Dimitri. Por favor, não pense que estou sendo
ingrata.

— Eu não penso.
— Bom porque eu quero que sejamos parceiros, como você disse. Entendo que
quando é algo grande e assustador como esta situação é melhor deixá-lo tomar as rédeas, mas
talvez você possa diminuir um pouco e me dar uma pista então eu não ficarei vagando no
escuro?

— Definitivamente - ele concordou.


Ele traçou meu lábio inferior e eu mordisquei o seu polegar. Sorrindo tão
sensualmente, ele perguntou:
— Será que estamos bem agora?

— Sim.
— Então venha aqui e deixe-me fazer amor com você. - Ele passou os braços em volta
de mim e me arrastou em cima dele quando ele caiu de costas na cama. Ele vasculhou os
dedos pelo meu cabelo e me puxou para um beijo. Ocupando ele, eu derreti em seu beijo. O
leve toque da sobremesa de limão ainda se agarrava aos lábios. Eu esfreguei a minha língua
contra a sua, porque era tão bom.

‘Com um rápido, movimento fácil, Dimitri virou nos. Rastejando sobre mim, ele
capturou minha boca em um beijo punitivo. Segurei seus ombros e balancei os quadris,
arqueando em corpo de aço, quente. Presa embaixo dele, eu deixei ir toda a preocupação e
dor emocional que me assolava. Eu me entreguei à sensação de suas mãos hábeis e sua boca
perversamente erótica.
Minha camisa foi empurrada para fora do caminho e os seus lábios pressionaram
beijos marcantes em cada mama e depois a minha barriga. Dimitri desabotoou e abriu o zíper
do meu jeans e empurrou para baixo de minhas pernas. Levantando meus quadris, eu o ajudei
a me livrar dos meus jeans, calcinha e sapatos.

Nua da cintura para baixo, eu estremeci com antecipação. Ele deslizou para fora da
cama de joelhos e me arrastou para a direita até a borda. Empurrando minhas coxas abertas,
ele agarrou as costas dos meus joelhos e me segurou bem onde ele me queria. Sua língua
sondou minha vagina e eu gritei o nome dele. Ele riu levemente, as ligeiras vibrações
chacoalhando meu palpitante clitóris.

Com um gemido baixo, ele rodou sua língua ao redor da pequena protuberância.
Agarrei seus ombros, minhas unhas cavando na carne macia de suas costas enquanto ele me
deixava louca. Beliscando e chupando, Dimitri me empurrou mais perto e mais perto de gozar.
As coisas que este homem poderia fazer com a língua!

— Dimitri! Eu gemia e me debatia em cima de sua cama. — Oh! Oh!

Ele rosnou com fome e girava para mim. A velocidade impiedosa de sua língua
vibrando sobre o cume inchado de meu clitóris me enviou em disparada para uma estratosfera
de ecstasy que me deixou tremendo e ofegante.
Quando os últimos choques de clímax percorreram em mim, Dimitri arrancou sua boca
e sentou-se nos calcanhares. Desossada e flutuando no ar, eu o vi retirar sua roupa. Eu ainda
não podia acreditar que este homem grande e delicioso era todo meu.

Ficando de joelhos, eu tirei da minha camisa e joguei meu sutiã no chão. Fiz um gesto
para Dimitri se aproximar. Ele sorriu como um lobo entendendo o que eu queria fazer.

Abaixei de quatro, cheguei nesse magnífico pênis. Eu acariciava seu comprimento duro
com apenas a ponta dos dedos e, em seguida, enrolei os dedos em torno dele. Dimitri inalou
uma respiração instável e puxou o lábio inferior entre os dentes. Inclinei-me e lambi a coroa
de seu pênis. Ele gemeu alto e enfiou os dedos pelo meu cabelo.
Amava as maneiras que eu poderia fazê-lo reagir, eu chupava a ponta dele. Na ampla
circunferência estiquei meus lábios. Eu cantarolava baixinho quando eu trabalhei a minha boca
para cima e para baixo o seu eixo, alisando sua pele quente. Eu não tinha experiência
suficiente neste departamento de aprofundar a garganta nele, ele era muito longo para eu
mesmo tentar. Ele não parece se importar nem um pouco.

— Benny. - Ele murmurou meu nome com tanto carinho. Ele passou os dedos pela
minha bochecha antes enredando suas mãos no meu cabelo. Eu apreciava o puxão de seus
dedos e o calor do formigamento no meu couro cabeludo. Ele mal se controlava agora. Saber
que eu tinha esse tipo de poder? Era um afrodisíaco!

Ele enfiou na minha boca acolhedora, esfregando o comprimento de seu pênis ao


longo da minha língua. Eu apertei meus lábios em torno dele, sugando-o com força quando ele
se retirou. Mais e mais, eu brinquei com ele, até que ele tinha o suficiente.

Com um grunhido desesperado, ele saiu de minha boca. Engoli em seco quando ele
me agarrou pela cintura, me virou e me arrastou de volta contra ele. Ele emitiu um som
frustrado antes de pisar fora apenas o tempo suficiente para pegar um preservativo da gaveta
de sua mesa de cabeceira. Em tempo recorde, ele embainhou a si mesmo.
Olhei por cima do ombro e assisti-lo guiar seu pênis dentro de mim. Os músculos de
seu peito e braços estavam apertados quando violaram a minha entrada. Oprimida pela
deliciosa dor de seu enorme pau deslizando para dentro de mim, eu deixei cair a minha testa
até a cama e balancei minha bunda. Uma fração de segundo depois, a palma da mão de
Dimitri bateu no meu traseiro. — Oh!

Ele riu e esfregou o local que ele tinha acabado de bater.


— Desculpe, querida. Eu não pude resistir. Você tem a mais bela bunda.

Depois de ser amarrada e colocada em seu balanço de sexo bizarro, eu comecei a me


perguntar que outras inclinações sujas Dimitri podia ter. Empurrando para trás para satisfazer
seus impulsos, eu silenciosamente mostrei que bater na minha bunda no calor da paixão
estava bem para mim.

Ele agarrou meus quadris e bateu em mim. Abraçando a garota devassa dentro de
mim, eu deixei ir minhas inibições e decidi aproveitar cada segundo selvagem, porra, intenso
de Dimitri. Ele me surpreendeu como ele poderia ser tão incrivelmente suave e doce em um
momento e quase selvagens no outro.

Clamei a cada estocada forte. Minha barriga inferior tremeu de emoção. Meus
mamilos formaram picos tensos que doía e latejava. Eu queria estender a mão e me tocar para
aliviar a dor pulsante entre as minhas coxas, mas eu não acho que eu poderia suportar a força
de seu acoplamento duro com apenas uma mão.

Como se estivesse lendo minha mente, Dimitri se soltou do meu corpo e me jogou nas
minhas costas. Ele pulou sobre mim, rastejando entre as minhas coxas abertas e correram
para casa com um impulso fácil. Cabeça jogada para trás, eu gemia de puro deleite. Ele
mordiscou meu pescoço e balançou dentro de mim, o seu grande pau batendo todos os
lugares certos.
— Dimitri! - Eu quase perdi a ponta dos dedos quando encontrei o meu clitóris
inchado. Ele desenhou círculos apertados em torno da gema, tendo-me com movimentos
lentos e profundos. — Deus!
Segurando meu olhar, ele roçou a boca para a minha.
— Vem - ele insistiu. — Venha comigo.

Ouvindo a necessidade em sua voz me enviou para o clímax. Minhas coxas agarraram
a sua cintura enquanto eu balançava e estremecia embaixo dele. As maravilhosas ondas de
prazer foram intensificadas pela forma como ele gemia meu nome e empurrava dentro de
mim. Nossas línguas dançavam quando trememos e nos agarramos um ao outro. Nós
entrelaçamos os dedos acima da minha cabeça e olhamos um para o outro em admiração e
reverência.

Olhos fechados, eu me alegrava com a maneira que Dimitri acariciou meu pescoço e
me beijou com tanto amor. Ele não se afastou de mim imediatamente, mas parecia contente
em ficar enterrado dentro de mim e juntar-se tão intimamente.
— Eu nunca pensei que eu ia ter arrependimentos quando vim para você, Benny. - Ele
alegou a minha boca com um beijo tão profundo que eu estava quase tonta quando ele se
afastou de mim. — Mas, meu Deus, eu me arrependo de esperar tanto tempo para fazer isso.
Corri meus dedos pelo cabelo e segurei a parte de trás do seu pescoço.

— Talvez não fosse o momento certo para nós até agora. Talvez nós não estávamos
prontos um para o outro.

— Talvez. - Ele me beijou de novo. — Estou feliz por estarmos juntos agora.

— Eu também - eu sussurrei. — Eu te amo.

— Eu te amo. Ele sorriu e beijou a ponta do meu nariz. —Eu já volto.

Depois que ele se afastou de mim, eu rolei para o meu lado para assistir a exibição sexy
de sua bunda quando ele fez o seu caminho para o banheiro. A porta se fechou e eu soltei um
longo suspiro.

Descontraída e feliz, eu esfregava minha mão sobre a roupa de cama macia e deixei
minha mente vagar. Com o prédio da padaria vendido, eu teria que encontrar um novo lugar
rapidamente, instalar todo o equipamento necessário, obter licenças e lidar com todos os
outros pequenos detalhes para abrirmos rapidamente. A oferta de Yuri para deixar-me ficar
até que o novo local estivesse pronto facilitou minhas preocupações.

Ainda assim, havia outras coisas a considerar. Eu tinha que descobrir uma maneira de
me manter.
Um som estranho interrompeu meus pensamentos. Prendi a respiração e escutei. Eu
tinha certeza que o barulho tinha vindo de lá de embaixo na padaria. Meu coração disparou
quando ouvi outro barulho mais claro. Não havia dúvida do som. Vidro quebrando!
— Dimitri!

A porta se abriu um pouco mais tarde. Limpando as mãos na toalha, ele perguntou:

— O que há de errado?

— Você ouviu isso?


Ele balançou a cabeça.

— Ouvir o que, querida?


— Eu ouvi vidro quebrando no andar de baixo.

Ele ainda esperou.


—Você está certa?

Eu balancei a cabeça.
— Ouvi um barulho e prestei atenção. Então ouvi outro ruído. Foi vidro quebrado.

Franzindo a testa, ele jogou a toalha de mão no balcão e entrou no quarto. Ele pegou
sua calça jeans e pegou sua camisa. Quando ele enfiou os pés em seus sapatos, ele apontou
para a segunda gaveta de sua mesa. — Pegue minha arma.
Fiz o que ele pediu, segurando o pedaço frio de metal com extrema cautela. Foi a
primeira vez que eu toquei numa arma. Eu entreguei-a rapidamente. Dimitri me lançou um
olhar divertido antes de beijar minha bochecha. — Nós vamos trabalhar nisso. Você precisa
estar confortável com uma arma.
— Não, obrigado.

— Eu não estava pedindo. - Ele se dirigiu para a porta do quarto. — Provavelmente


não é nada, Benny, mas apenas no caso, tranque a porta atrás de mim. Se eu não voltar em
dois ou três minutos, chame a polícia. Diga-lhes que temos um ladrão.

Balançando a cabeça, eu deslizei para fora da cama e o segui para a porta da frente.
Ele saiu para a noite e eu rapidamente tranquei a porta atrás dele. Corri de volta para o quarto
e vesti a minha calça jeans e camisa.

Mas quando eu fui para o banheiro para procurar um elástico para o meu cabelo, eu
senti um cheiro que me congelou.

Fumaça.
Capítulo 16
Ele ouviu o grito estridente dos alarmes de fumaça, antes de sentir o cheiro de drywall
em chamas. Um momento depois, ele descobriu a entrada lateral que era mantida aberta com
caixas pesadas. O medo apertou seu peito. Foi um acidente na cozinha ou fogo foi colocado?

Uma breve hesitação seguiu. Se o fogo era pequeno o suficiente, ele poderia colocá-lo
para fora com um dos muitos extintores aparafusados nas paredes da padaria. Sabendo que
era provavelmente uma má ideia, ele desceu dentro do edifício de qualquer maneira.

A fumaça não estava ruim nas salas dos fundos, onde eles mantinham o estoque, mas
um passo para a cozinha e Dimitri tossiu. Grossa e pesada, a fumaça rolou para fora do espaço
do café na frente da padaria. Ele sentiu o cheiro de acelerador. O tom ocre de combustível
pairava no ar enfumaçado. Com um braço sobre o rosto, ele recuou para fora da cozinha e se
virou para a entrada lateral. Isto estava indo para cima e seria rápido. Ele tinha que chegar até
Benny.
Assim que ele entrou pela porta aberta, um taco de beisebol bateu em seu abdome.

— Ufa!

Dimitri desabou para a frente com uma dor diferente de tudo o que tinha
experimentado. Um movimento capturado com o canto do olho o estimulou a reagir, mesmo
com dor intensa. Ele bloqueou um golpe com o braço e resmungou na explosão de agonia
quando o taco fez contato.

Jurando em voz alta, ele dirigiu o punho no estômago do homem ainda escondido nas
sombras. Ele bateu em algo barrigudo e macio e sabia que ele seria capaz de levar o homem,
mesmo com uma barriga queimando e braço provavelmente quebrado. Seu atacante dobrou e
atingiu Dimitri. Agarrando a camisa do homem, ele dirigiu o joelho no rosto do atacante,
esmagando seu nariz e sua boca. Um bom soco na cabeça colocaram o homem ofegante para
baixo.
O taco caiu e rolou para as sombras. Com o braço ferido mantido firmemente em sua
barriga doendo, Dimitri empurrou o homem de costas com a ponta da bota. Uma das luzes
acesas ao longo do telhado do edifício iluminou o rosto familiar de Carl, o tonto que Jonas
Krause tinha enviado para assustar Benny naquela manhã.

— Dimitri! Sinto o cheiro de fumaça!

Ele olhou para cima para ver Benny saindo do apartamento com a bolsa na mão.

—Depressa!
Ela parou no meio do caminho descendo as escadas.

— O que aconteceu com você? Você está ferido? - Seu olhar caiu no chão na forma
inconsciente de Carl. — Quem diabos é…, Dimitri! Cuidado!

Em pânico, apontou por cima do ombro. Ele girou bem a tempo de ver três homens
vindo para ele. Esses punks usavam o uniforme de uma gangue. Com seus jeans largos,
camisas largas e correntes de ouro ao redor de seu pescoço, pareciam prontos para uma luta.
Um deles tinha uma garrafa de fluido de isqueiro na mão. Outro tinha uma faca. O outro, o
maior, só estava armado com os punhos, a menos que ele tivesse uma arma escondida nele.

— Benny! Corra!

— Eu não posso. - Sua resposta fraca o surpreendeu.

Ele olhou por cima do ombro e viu outro homem que vinha do lado oposto da rua.
Benny tinha apoiado lentamente nos degraus em direção ao apartamento quando outro
suposto invasor avançou sobre ela. Logo o fogo iria romper a seu apartamento e as chamas
estariam lambendo seus pés.

Naquele momento, ele soube o que era medo. Quatro contra dois não teriam sido
chances ruins se ele tivesse Ivan, Yuri ou Nikolai ao seu lado, mas Benny? Ela tinha apenas um
metro e meio e não tinha ideia de como lidar com si mesma em uma briga de rua. Acrescente
a isso o braço ferido e eles estavam fodidos.
Mas ele morreria antes de ele deixar alguém prejudicar sua Benny.

Estremecendo, ele tentou pegar a arma que ele tinha enfiado na cintura de suas calças
jeans. Na luta com Carl, que tinha perdido. Ele olhou ao redor, mas não podia vê-la. Estava
escuro nesta área e a fumaça agora se espalhou e a porta tornou difícil de se ver.
— Onde diabos está Johnny?
Dimitri ergueu o olhar para o cara segurando a faca. Ele tentou avaliar a situação.

— Ele se foi. Mandei-o para fora do país.


— Mentiroso.

— É verdade. Ele se foi daqui. Você nunca vai vê-lo novamente.


— Isso não é o que ele disse. - O cara fez um gesto para Carl. — Ele nos disse Johnny
estava aqui, no apartamento. — Ele voltou sua atenção para o homem perseguindo Benny e
falou com ele em espanhol rápido.
Dimitri não entendeu tudo o que ele disse, mas o espanhol era bom o suficiente para
ele entender a maior parte.

— Não, você não está levando-a de volta para o apartamento para procurar Johnny.
Ele não está aqui. Ele se foi.

— Cale a boca, você não me diga o que fazer. — O gangbanger empunhando a faca
avançou para esfaqueá-lo e Dimitri aproveitou a abertura.

Usando o braço ferido, ele bloqueou a lâmina da faca. Ele assobiou como o aço
cortado sua pele, mas de anos de treinamento e condicionamento e as experiências de guerra
suprimiu a dor e pânico que uma pessoa normal se sentiria ao ser cortado.

Não, Dimitri abraçou a barriga endurecida pela batalha que ele aperfeiçoou no
Spetsnaz. Se estes bastardos pensam que eles iriam machucar Benny, eles iriam ver.
Eu lutei contra o pânico surgindo através de mim e tentei respirar enquanto o bandido
ameaçador avançou até as escadas. No chão, Dimitri enfrentou três homens, todos eles
provavelmente armados e prontos para matá-lo. Eu queria gritar por socorro, mas ninguém
nos ouviria. Cada edifício na vizinhança estava totalmente vazio. Estávamos por nossa conta.

Houve gritos lá de baixo quando Dimitri roubou a garrafa de fluido de isqueiro de um


dos homens e pulverizou no rosto dele. Arranhando os olhos e gritando de dor, o homem caiu
de joelhos. Os outros dois correram para Dimitri. Já sangrando e ferido, ele se moveu
lentamente, mas valentemente.

Certa que Dimitri ia morrer se eu não o ajudasse, eu respirei fundo e afastei o terror
tentando segurar minha barriga. O homem, que vinha para mim parecia tão maldito e
presunçoso. Seu excesso de confiança era a minha única vantagem. Adrenalina subiu pelas
minhas veias quando eu rapidamente agarrei o corrimão de cada lado de mim. Com tanta
força quanto eu poderia reunir, eu bati os dois pés no peito do homem. Ele resmungou e
inclinou para trás. Seus olhos se arregalaram de susto quando ele perdeu o equilíbrio.

Quando ele tentou agarrar as grades, eu o chutei novamente, jogando tudo o que
tinha nele. Ele cambaleou para trás e caiu. Eu me encolhi com o som de seu corpo pesado
batendo e rolando e caindo para baixo nos degraus de metal. Ele bateu no chão duro e não se
mexeu.

Ele morreu? Deus, eu não esperava. A ideia de matar um homem me fez mal.
Os grunhidos e os socos enquanto Dimitri se defendia me estimularam a agir. Desci
correndo as escadas, pulei o homem inconsciente no chão e procurei alguma coisa, qualquer
coisa, para usar como uma arma.

A visão de um taco me chocou. De onde diabos veio isso?


Não me preocupando com os detalhes, eu peguei e corri para a briga. Dois dos
homens seguravam os braços de Dimitri enquanto outro veio para ele com uma faca. Ele tinha
sangue escorrendo pelo seu braço e pescoço. A visão do homem que eu amava sangrando me
enfureceu.

Com a familiaridade de uma menina que tinha jogado beisebol desde a segunda série,
eu balançava o taco como uma campeã e bati na parte de trás do homem mais próximo de
mim. O cheiro de fluido de isqueiro saturado no ar. Este era o único que tinha pulverizado
minha padaria e Dimitri o tinha esguichado com sua própria arma de destruição. O homem
caiu para a frente com dor. Eu bati nele novamente, desta vez acertando os joelhos e fazendo
cair como um saco de pedras.
Dimitri me encarou em choque, mas não hesitou. Ele agarrou as calças de brim do
homem à sua direita e empurrou para o cara segurando a faca. O cara que eu tinha derrubado
com o bastão tentou se levantar eu o acertei novamente. Gemendo de dor, ele ficou tonto e
beijou o chão.

Enfrentando os dois homens, Dimitri mostrou habilidade excepcional. Mesmo assim,


eu sabia que ele precisava de ajuda. Eu recuei com o bastão, pronto para balançar a qualquer
momento. Minha chance veio quando Dimitri chutou um dos homens do meu lado. Bati em
seu ombro. A faca que ele estava segurando caiu no chão perto do meu pé.
Chutei-o para fora do caminho e colocou o bastão contra sua mandíbula. — Um
movimento e você vai ficar sem comer pelos próximos seis meses!

O barulho de tiros me chocou. Olhei para cima para ver o único membro da gangue de
pé apontar sua arma para Dimitri. Agarrando seu braço, ele caiu para a frente. O sangue
escorria entre os dedos. Meu corpo encolheu com horror ao perceber que ele tinha sido
baleado.

— Dimitri!

Sempre um herói maldito, ele entrou na linha de fogo, protegendo-me com seu corpo
enorme.

— Benny, corra!
— Não!
— Benny!

— Houston PD! Largue essa arma! - Detetive Eric Santos invadiu o local, logo atrás do
atirador. Arma apontada para o homem tentando matar Dimitri, ele gritou com força.

— Mãos ao ar! Agora!


Dimitri deslizou para o lado, me bloqueando totalmente com o seu corpo, então eu
não podia ver o que aconteceu. Ouvi brigando e xingando e só podia adivinhar que Santos
tinha retirado o atirador.
Quando era seguro, Dimitri cambaleou em minha direção. Ele agarrou minha mão e
me puxou em torno dos corpos gemendo na calçada do beco.
— Depressa, Benny. Este lugar poderia explodir a qualquer momento.

— Leve-a para a rua - gritou Santos. — Eu tenho o socorro e a emergência a caminho.

O taco escorregou dos meus dedos trêmulos e agarrei a mão de Dimitri firmemente.
Corremos para fora do beco e quase colidimos com os dois oficiais que corriam para dentro.
Dimitri levantou a mão e empurrou-me para o lado, pronto para suportar o peso de qualquer
equivocada violência que podia acontecer.
— Eles são vítimas! Deixe-os passar!

Com a ajuda de Santos, temos o inferno fora de lá. Dimitri me levou para o outro lado
da rua em segurança. Ele me apoiou contra a parede, prendendo o meu corpo menor entre o
seu e a alvenaria de tijolo. Ele tinha um olhar feroz no rosto.
— Que diabos você estava pensando? Por que você não correu? Você poderia ter
morrido!
Sem fôlego, eu disse a única coisa que importava.

— Eu te amo. Você não teria me deixado para trás. Eu não ia deixá-lo.

— Você é teimosa, mulher bonita, corajosa. - Com um suspiro áspero, Dimitri tocou
sua testa na minha. — Lyubimaya moya. Que diabos eu vou fazer com você?

— Me amar?

Um som áspero escapou de sua garganta.

— Eu amo, Benny. Eu te amo.

Nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado enlouquecido. A sensação de


seu sangue liso sob a minha mão me arrancou do momento romântico. Ele fez uma careta
quando eu pressionei a minha mão na ferida.

— Nós temos que levá-lo a um hospital. - Eu atirei-lhe um olhar de advertência. — Um


hospital real.

Ele bufou com diversão.


— Eu não vou discutir por isso.
Sirenes soaram mais e mais altas. Carros de bombeiros, carros de polícia e
ambulâncias pararam na rua. Lado a lado com Dimitri, vimos o drama se desenrolar. Os bancos
traseiros dos carros de polícia foram rapidamente preenchido com os bandidos vilões que
atacaram e tentaram nos matar. O que eu tinha empurrado para baixo das escadas foi
colocado em uma maca. A visão fez me contorcer por dentro.
— Ele vai ficar bem. - Santos deve ter visto o olhar preocupado sobre o meu rosto
quando ele se aproximou de nós com paramédicos e dois policiais. — Você quebrou a
clavícula, mas ele não está paralisado ou qualquer coisa. - Ele jogou os dedos e apontou para
Dimitri. — Este tem um ferimento a bala.

Eu dei um passo de lado, quando os médicos examinaram Dimitri. Ele tinha uma
expressão grave quando eles mexeram em seus ferimentos. Santos questionou Dimitri
primeiro e depois eu.
— Você conhece algum desses homens, Benny?

— Só o gordo - eu disse e apontou para a maca onde Carl estava deitado. — Ele
trabalha para Jonas Krause. Algumas manhãs atrás, ele apareceu na padaria para tentar me
intimidar.

Santos esfregou o queixo.

— Krause, hein? Sim, essa não é a primeira vez que eu ouço o seu nome envolvido em
circunstâncias como esta. Mas nunca com uma gangue de rua Latina - comentou ele e franziu
a testa. — Estranhos companheiros.

— Não realmente - Dimitri interrompeu. — Jonas ameaçou Benny ontem, quando ela
não aceitou a sua oferta. Ele tentou chantageá-la com ameaças de entregar Johnny para a
gangue rival e chamar a Imigração.
Eu repassei a conversa que eu tive com o desagradável corretor imobiliário.
— Ele disse que eu estava brincando com fogo.

Caneta de Santos anotava em seu notebook.

— Eu acho que talvez seja hora de fazer ao Sr. Krause uma visita. — Ele olhou para
Dimitri que grunhiu em acordo. — Na minha posição de oficial da polícia de Houston - ele
emendou.
Dimitri não respondeu. Será que ele vai atrás de Santos para se vingar de Jonas Krause
por orquestrar o ato diabólico de hoje à noite? Eu decidi então que eu ia ter uma conversa
com Dimitri. Com o departamento de polícia envolvido, toda essa confusão poderia ser tratada
legalmente. Eu não queria que ele cruzasse a linha por mim.

— Então, você chutou o cara descendo as escadas e, em seguida, o que aconteceu,


Benny?

— Eu vi o taco de beisebol. Agarrei e comecei a bater.

— Um taco de beisebol, né? - Sorrindo, Santos balançou a cabeça. — Cara, isso me fez
lembrar! Lembra daquela vez que você me arrastou até o parque para disputar um home
run¹? Droga, chegamos tão tarde em casa. Pensei que sua avó iria me dar uma boa palmada.
A memória feliz parecia tão fora de lugar no pesadelo que eu estava vivendo, mas eu
não conseguia parar o sorriso se espalhando por todo o meu rosto.
— Parece uma eternidade atrás, não é?

— Não muito tempo - disse ele. — Eu estava, no que, no último ano? Você era uma
caloura? - Ele deu de ombros. — Isso faz o que? Dez anos?

— Muita coisa pode mudar em dez anos - eu disse, olhando para o inferno do outro
lado da rua.
— Eu realmente sinto muito, Benny. - A angústia era clara no rosto de Santos. — Eu
gostaria de ter chegado aqui mais cedo.
— O que você está fazendo aqui, em primeiro lugar?

— Eu estava preocupado que Johnny poderia tentar se esconder na padaria ou com


Dimitri. Eu tinha ouvido falar que algum investigador particular extorquio membros dos
Hermanos procurando por ele. Quando eu dirigia por aqui, vi as chamas e o tiro lá dentro me
chamou a atenção. - Ele balançou a cabeça. — Eu estou feliz que eu fui capaz de chegar a
vocês dois a tempo.

— Obrigado, Detetive - Dimitri estendeu a mão, a pele suja com sangue seco. Santos
não hesitou em agarrar e agitá-la. — Você salvou nossas vidas. Estou em dívida com você.

— Só estou fazendo meu trabalho - respondeu Santos. Ele olhou para o técnico da
cena do crime, que veio para a frente com três caixas brancas. Ela as abriu para revelar armas
que tinham sido apreendidas no beco. Fiquei espantada com a rapidez com que tinham
pegado e etiquetado todas as provas, mas aparentemente eles trabalhavam rapidamente
quando a ameaça de fogo e um dilúvio de água eram iminentes.
— Recuperamos três armas no beco. Uma dessas é sua, Dimitri? - Santos fez um gesto
para as armas.
— Aquela, disse Dimitri, elevando a cabeça. — E, sim, eu tenho uma licença para porte
de arma. É legal.

Os lábios de Santos se contraíram.

— Eu não disse que não era.

— Você não precisa - Dimitri respondeu e depois assobiou com desconforto. Um dos
médicos apalpavam a sua barriga. — Ei, vá com calma, sim?

—Desculpe - disse o médico com um sorriso de desculpas. — Você vai precisar de


exames e raios x, quando chegarmos ao pronto socorro.

Dimitri resmungou, mas não recusou o tratamento. Provavelmente porque ele sabia
que eu ia fazer uma guerra se tentasse evitar uma ida ao hospital. O corte em seu braço
precisava de pontos e a terrível contusão em sua barriga me assustava.

— E se ele tem uma hemorragia interna? Não deveríamos correr?

Os médicos e Dimitri olharam para mim.

— Está tudo bem - disse Dimitri. — Dói, mas eu não estou morrendo. Já tive piores.
— Eu não acho isso reconfortante, Dimitri.

Ele estendeu a mão e eu me aproximei da maca onde ele agora estava. Ele não teve
que dizer nada. O olhar em seu rosto me disse tudo o que eu precisava saber. Quando ele
apertou minha mão na sua, os médicos colocaram curativos em suas outras feridas sangrando.
Atrás dele, a padaria em chamas iluminava o céu noturno. Lágrimas queimaram meus
olhos enquanto eu observava a história da minha família ficar em chamas. Os bombeiros
combateram as chamas, mas o estrago estava feito.
Eu me preparei para dizer adeus a este capítulo da minha vida, mas não desta forma.
Para perder tudo por causa de um incêndio, vingança e chantagem? Isso me doía.

— Oh, Dimitri e sobre Yuri? Ainda temos um acordo? Será que ele irá querer esse
horrível e queimado edifício? Isso não está certo! Isso não é justo com ele.
Seu olhar saltou do meu rosto para a rua.

— Você terá que perguntar a ele.

Olhei para trás e vi Yuri e Nikolai caminhando pela calçada em nossa direção. Ambos
os homens usavam expressões de pedra. O brilho nos olhos teriam dado medo no coração até
mesmo do homem mais endurecido. Eu sei que não queria ser o objeto de sua ira.

— Como nesse mundo? Como eles chegaram aqui tão rápido?


Santos bufou.

— Olhos e ouvidos do rei, eu tenho certeza.

Eu fiz uma careta. Será que ele quis dizer Nikolai? Não me surpreende que Nikolai tinha uma
rede de informantes nas ruas, mas por que eles estariam nos observando? Nikolai me pareceu
o tipo de homem que acreditava profundamente na proteção de seus amigos. Será que ele
tem algum tipo de vigia sob Dimitri?
Santos deu um passo atrás para falar com os seus colegas, mas eu notei a forma como
o seu olhar se desviou para o rosto de Nikolai. Os homens compartilharam olhares gelados
mas não demonstraram que se conheciam formalmente. Aparentemente, havia um pouco de
história aí.

— Benny! - Yuri me chocou por me engolir em um abraço de urso que apertou o ar


diretamente de meus pulmões. Ele me colocou de volta no comprimento do braço para me
olhar. — Você está bem?

— Eu estou bem, Yuri. Seu prédio ...

Ele acenou com a mão.

— Eu não me importo sobre o edifício. É apenas tijolos e argamassa e dinheiro. Posso


substituir qualquer um desses facilmente, mas você e Dimitri? - Ele balançou a cabeça. Seu
olhar caiu sobre Dimitri. Cuidadosamente, ele apertou o ombro de seu amigo. Eles falaram
brevemente em russo. O que quer que Dimitri disse colocou Yuri à vontade.

—Senhor? — O médico que estava avaliando Dimitri fez um gesto para a ambulância.
— Precisamos levá-lo a um hospital.

Dimitri olhou para mim e depois para Yuri e Nikolai. Antes que ele mesmo tivesse que
pedir, Nikolai assegurou-lhe:

— Nós vamos cuidar dela.

Eu abri minha boca para protestar, porque eu queria ir com Dimitri. Ele pegou o meu
olhar preocupado e me lançou um olhar suplicante. Eu finalmente entendi por que ele me
queria com seus amigos. No hospital, a gente se separaria e eu provavelmente iria acabar
sozinha na sala de espera da emergência. Eu só podia imaginar o quão ansioso ele estaria com
a minha segurança nessa situação.
Desesperada para ele ser tratado e ficar saudável de novo, eu escovei meus lábios à
sua boca.
— Eu vou ficar bem. Vamos vê-lo o mais rápido possível.

Dimitri segurou a parte de trás do meu pescoço e me puxou para baixo para o tipo de
beijo que me deixou tonta e tremendo por dentro. — Quando eu sair do hospital, nós
ficaremos juntos.

Tudo o que eu podia fazer era acenar.

—Tudo bem.

Os médicos se aproximaram da maca e eu saí do caminho. Yuri colocou a mão no meu


ombro, me firmando enquanto eu os assistia colocar Dimitri na ambulância. Eles deram o
nome do hospital onde estavam levando. As portas se fecharam e eu experimentei a tristeza
esmagadora de ver o homem que eu amava ser levado em uma ambulância e foi tudo culpa
minha.

—Não - Nikolai se atreveu a tocar meu rosto, usando os dedos fortemente tatuados
na ponta do meu queixo. — Eu conheço esse olhar. Você não tem nenhuma razão para se
sentir culpada.
—Não? — Fiz um gesto para as ambulâncias, carros de bombeiros e carros de polícia
que revestem ambos os lados da rua. — Dimitri nunca teria sido ferido se não fosse por mim. -
Enxuguei as lágrimas escorrendo no meu rosto. — Olhe o que se envolver comigo lhe custou
Eu sou, tipo, a pior coisa que já aconteceu com ele.

—Não - respondeu Nikolai com seriedade absoluta. — Essa honra pertence a mim.

Sua refutação franca me surpreendeu em silêncio. Ele bateu minha bochecha e deixou
cair a mão para o seu lado. — Mas você, Benny? Você é a melhor coisa que já aconteceu com
ele. Tudo isso? - Ele apontou para o cenário de destruição e caos. — Não é nada para ele, não
quando isso significa mantê-la segura e em sua vida.

Santos pigarreou. Havia um brilho de surpresa em seus olhos escuros enquanto ele
observava Nikolai. Quando ele estendeu a mão para mim, avistei minha bolsa. — É sua? Eles
acharam no beco.

— Sim. Eu me arrepiei quando peguei a bolsa encharcada de sua mão. O zíper estava
firmemente no lugar e eu rezava para que o conteúdo tivesse sido poupado do dano da água.
Uma espiada dentro aliviaram minhas preocupações. Na minha saída da porta, eu peguei as
chaves de Dimitri e a carteira do chão, onde tinha caído para fora de seu jeans, e o telefone
Johnny tinha me dado. — Santos?
— Sim?

Eu lhe presentiei com o telefone.

— Eu não tenho certeza de quanta ajuda isto será, mas Johnny queria que desse a
você.

Santos olhou para o telefone.


— Johnny deu isso para você? Quando? Onde?

Eu senti Yuri deslocar ao meu lado. Mesmo que eu odiasse mentir para Santos, eu fiz.

— Eu não posso lhe dar os detalhes. Ele insistiu que eu desse isso para você. Ele disse
que há um vídeo do tiroteio nele. Eu não sei como a lei de evidências funciona em uma
situação como esta.
— Não - disse ele com uma careta. Com um toque de seus dedos, ele fez um gesto
para um dos técnicos da cena do crime para se juntar a nós. — Embale e etiquete.

Esperei que o técnico fotografasse e etiquetasse o telefone enquanto Santos tomou


uma declaração juramentada de mim. Se isso iria ajudar o seu caso, eu não poderia dizer, mas
me senti um pouco melhor sabendo que eu tinha cumprido minha promessa para Johnny. Eu
não gostava de ficar no lado errado da lei e queria desesperadamente voltar para o lado
direito, onde eu sempre vivi.

Uma vez que eu estava liberada para deixar a cena, Yuri pegou as chaves de Dimitri de
mim e Nikolai indicou que eu deveria ir com ele. Eu não perdi a expressão infeliz no rosto de
Santos. Eu tinha certeza de que a próxima vez que nos víssemos um ao outro ele iria me dar
um sermão por me misturar com pessoas erradas.
De repente, eu me senti tão conflituosa. Pessoas errados? O que era isso exatamente?
Era Nikolai e Kostya? Eram realmente tão terríveis como a sua reputação? Lembrei-me da
escola e da maneira que histórias desagradáveis foram repetidas e exageradas. Eu tinha visto
tantas mulheres jovens esmagadas por aqueles feio rumores e só Deus sabia quantos deles
eram falsos.

Era esse o caso com homens como Nikolai e Kostya? Eram tão escuros e sujos como
suas reputações para que eu acredite? Eu considerei Johnny. Oh, ele tinha feito algumas coisas
estúpidas. Ele tinha feito coisas perigosas e irresponsáveis . Ele foi uma pessoa má? Não. Ele
foi mal orientado e ele pagará pelos erros de sua juventude para o resto de sua vida.

E sobre Nikolai? Eu furtivamente olhei para ele quando nós andamos pelas ruas do
centro de Houston na parte traseira de um dos carros particulares de sua frota pessoal. Os
dois SUVs nos seguindo e protegendo não havia escapado a minha visão.

Era Nikolai tão terrível como a sua reputação quer que eu acredite? Ele era como Ivan?
Se ele tivesse vindo aqui para começar de novo, mas foi mal sucedido em fazer uma ruptura?
Ele estava lentamente mudando seus caminhos?
Eu honestamente não sei. Eu queria acreditar que isso não importa, mas eu não era
tão ingênua. Isso não importa, mas eu não tinha certeza de nada mais.

Minhas emoções confusas me perturbaram. Ausência de Dimitri me afetou


profundamente. Nos últimos dias, teríamos ficado tão incrivelmente perto. Admitir que nos
amávamos e precisávamos um do outro tinha sido a coisa mais natural do mundo. Agora, ser
separada dele parecia o mais terrível, uma coisa imaginável.

No hospital, o carro parou para um espaço vazio ao longo do meio-fio. Segui Nikolai
para fora do carro e para a calçada. Surpresa com a visão de Ivan, Erin, Vivian e Lena
esperando por nós lá.

Lena estava ao meu lado em um instante, jogando os braços em volta de mim e me


abraçando com força.

— Você está bem? Queríamos ir até a padaria, mas Ivan nos convenceu a vir aqui.

— Eu estou bem. Dimitri ficou ferido, mas não muito mal.


Ela me soltou e esfregou minhas costas.
— Você quer que eu entre e fique com você? A sala de espera esta uma loucura. Eles
são um pouco rabugentos lá sobre ter muitos membros da família à espera de um paciente.

Os membros da família? Com um baque, a revelação de que eu não era, na verdade,


só me bateu doendo. Sim, eu tinha perdido Johnny esta noite. Meu irmão estaria longe da
minha vida para o futuro próximo, mas isso não significava que eu não tinha família. Nem
sempre era sobre as conexões sanguíneas. Dimitri, meus amigos, seus amigos, estávamos
todos conectados em graus variados.

Sorrindo para Lena, eu aceitei sua oferta.


— Eu gostaria disso. Obrigada.

Depois de trocar abraços com Ivan, Erin e Vivi e assegurar Nikolai que eu não iria a
lugar nenhum sozinha dentro do hospital, exceto para me juntar a Dimitri, entrei na sala de
espera com Lena. Como ela havia descrito, era um hospício.
Com alguma dificuldade, eu fiz o meu caminho para o balcão de registo e pedi para
informar Dimitri que estiva aqui. A enfermeira não parecia com pressa para chegar nele, mas
eu não fiquei contra ela. Eu só podia imaginar que tipo de desgaste que ela experimentava
trabalhando noite após noite em um lugar como esse.

Lena e eu achamos um lugar livre contra uma parede. Inclinando-se para trás contra
ela para me apoiar, conversamos em voz baixa sobre o que tinha acontecido. Eu podia ver o
terror refletido em seus olhos escuros enquanto eu relatei os detalhes terríveis de nossa
provação. Recusei-me a pensar sobre o quanto poderia ter sido pior. Dimitri e eu realmente
tínhamos a sorte de estarmos vivos. Um movimento errado, um erro de cálculo e poderíamos
termos sido baleados, esfaqueados ou espancados até a morte.

— Benny Burkhart? - Um homem de uniforme verde escuro estava na porta de


entrada do pronto socorro. Lena me deu um pequeno empurrão e eu me apressei para
atravessar a sala. Voltei a olhar para ela, mas ela me acenou antes gesticulando, em silêncio,
me informando de sua intenção de esperar lá.

Eu segui o enfermeiro pela a sala de emergência. Nós ultrapassamos as maiores salas


de trauma para um pequeno corredor formado por cubículos separados com cortinas. Ele
arrastou a cortina sobre um deles para revelar Dimitri.

Seus olhos azuis se abriram ao som. Embora ele ficasse tenso no início, ele me viu e
relaxou. Eu não podia chegar até ele rápido o suficiente. Um pequeno soluço deixou minha
garganta enquanto eu pressionei meus lábios nos dele. Ele gentilmente acariciou minha
bochecha.

— Não chore, querida. Eu estou bem.

— Não, você não está. - Aqui na luz clara, brilhante do hospital, eu podia ver todo o
dano que a rua escura havia escondido de mim. As facadas e arranhões que tinha sofrido havia
sido suturadas e cobertas. Havia golpes e cortes em seus antebraços e mãos. A, manchas
negras e vermelha ao longo de sua mandíbula e a barriga me fez estremecer. O braço que ele
estava protegendo durante a luta agora repousava em uma tipoia. O outro braço, o que tinha
sido atingido por uma bala, foi suturado de forma limpa e coberta com um curativo limpo. —
Deus, Dimitri! Olhe para você.
— É temporário. Vou sarar. - Ele inclinou a cabeça em direção ao ferimento de bala.
— Este foi apenas um arranhão. Alguns pontos e eu estou bem. Este braço não está mesmo
quebrado. Preciso de um par de dias para descansar e eu vou estar de volta em pé.

Meus olhos se arregalaram.

— Um par de dias? Você precisa de uma semana na cama para se recuperar.


Ele fez esse som grunhindo que significava que ele não estava de acordo, mas não
queria discutir.

— Isso é um exagero, Benny.


—Eu não estava pedindo, Dimitri. - Eu enfiei os dedos pelo cabelo despenteado. —
Deixe-me cuidar de você pela primeira vez.
—Bem - ele murmurou e levantou-se para um beijo. — Quando você coloca assim…-
Eu deixei ter o beijo longo e sensual que ele queria. Ele tocou a cama. — Suba aqui comigo.

Olhei por cima do ombro para a cortina entreaberta.

— Eu não acho que isso é permitido.

— Pelo o que eu provavelmente estou pagando por esta barraca de cavalo, eu


realmente não me importo com o que eles permitem ou não permitem. Venha aqui.

Não querendo que ele causasse um tumulto, eu deslizei para a cama, com cuidado
para evitar suas áreas machucadas. Ele não parecia nem um pouco assustado com a idéia de
desconforto e arrastou-me ainda mais perto de seu lado, colocando a minha cabeça contra o
seu peito e beijando o topo da minha cabeça.
— O prédio foi uma perda total?

— Não. Eu ouvi um dos bombeiros dizer a Santos, que a maior parte do segundo andar
foi salva. Espero que você seja capaz de salvar a maioria de suas coisas.

Dimitri acariciou minha nuca.


— É só o material. Estamos vivos. Isso é tudo que importa.
—Não é apenas o material, Dimitri. Suas fotos, suas memórias, minhas lembranças...

— Querida, eu sinto muito sobre a padaria. Eu nunca quis que você a perdesse dessa
forma.
Engoli a vontade de chorar, empurrando a bola dolorosa de emoções na minha
garganta e me recusando a deixá-la me oprimir aqui. Mais tarde, em privado, eu ficaria de luto
pela perda terrível. Eu repeti o que ele disse para mim. — Estamos vivos, Dimitri. Isso é o que
realmente importa.

— Mas tudo pendurado nas paredes? A arte, os recortes de jornais e fotografias...

— Alguns nunca poderão ser substituído - concordei. — Mas felizmente a maioria das
cartas emolduradas, recortes de jornais e fotos eram cópias. Nós mudamos aqueles de lá
quando minha avó ainda estava aqui.

— Vamos começar a procurar um novo prédio esta semana.

— Dimitri - eu repreendi suavemente. — Você tem que se recuperar primeiro. Enfim,


eu não sei mesmo a quem o edifício pertence agora. Ainda é meu? Será que o acordo com Yuri
ainda está de pé? Será que o meu seguro de incêndio cobre? Eu nem sei como isso funciona.

— Nós vamos descobrir isso - ele me assegurou. — Não se estresse sobre isso agora.

— Eu não tenho escolha. Há dezessete funcionários que esperaram começar a


trabalhar em poucas horas. Como diabos eu vou pagá-los enquanto eu não encontrar um novo
edifício, equipado para fazer todo o trabalho? Com o negócio que Yuri me ofereceu, eu
poderia manter um negócio funcionando enquanto eu preparava o outro. Isso significava que
meus empregados teriam uma renda estável, mas agora.
Dimitri colocou o dedo em meus lábios.
— Silêncio. Hoje não, Benny. Vamos resolver tudo isso na parte da manhã. Se você
continuar se preocupando assim, você vai ser a pessoa que precisa de uma cama de hospital.

Eu decidi deixá-lo ser hoje o mandão. Depois do que ele tinha feito, ele merecia. Com
um pequeno sorriso, eu disse:

— Bem, eu poderia ter um período de férias.


— Vamos ter um em breve. - Ele beijou minha testa. — Vamos a qualquer lugar que
você quiser.

— Eu gostaria de ver o meu irmão.

— Então, nós vamos fazer isso. Tenho certeza que vai ser um lugar maravilhosamente
quente por volta do Natal.

— Eu gosto do som disso. - Aconchegando mais perto do meu grande, sexy russo, eu
gostava de seu abraço amoroso. O barulho da movimentada sala de emergência girava em
torno de nós, mas nada disso importava para mim. Aqui, em seus braços, tudo era perfeito.

— Benny?
— Sim?
— More comigo.

Não houve questionamento em sua declaração. Eu me inclinei para trás e olhei para
aqueles olhos azuis que eu viria a amar tanto. Ele olhou para mim com tanto amor e com um
indício de medo, como se ele esperasse que eu iria rejeitar.
Em qualquer outro momento, eu provavelmente teria educadamente feito
exatamente isso ou pedido mais tempo para analisar, mas hoje à noite? Esta noite tinha me
mostrado que a tentativa de planejar e controlar tudo, até o último detalhe foi fútil. Eu quase
o tinha perdido e recuso-me a ter arrependimentos onde Dimitri estava envolvido.

Eu respondi-lhe com um sorriso brincalhão.


— Bem, considerando que você é basicamente um sem-teto agora, eu não deveria
estar pedindo para você morar comigo?

Ele riu e acenou com a cabeça lentamente.

— Sim.

Cuidadosamente, eu entrelacei os meus dedos com os dele. — Depois que eu vender a


casa, podemos mudar para uma nova casa juntos.

Seus olhos tornaram-se desconfiado cintilante.


— Sim. Juntos.
Capítulo 17

Dimitri estremeceu quando ele tirou a tipoia que embalava seu braço esquerdo. Fazia
seis dias e sua maldita articulação do cotovelo ainda doía muito a qualquer momento que ele
a estende-se totalmente. O impacto chocante do taco contra seu antebraço havia abalado as
articulações gravemente, mas não era nada que o tempo não curasse. Como as suturas,
hematomas e cicatrizes que marcam o seu corpo, a dor logo desaparecera.

Olhando ao redor do escritório de Yuri, ele lembrou-se da última vez que tinha estado
ali. Então, Yuri havia lhe feito uma oferta de negócio que o tinha deixado em conflito sobre
aceitar ou não. Agora ele se sentia mais seguro de si mesmo.

A Front Door Segurança tinha crescido tanto quanto poderia em uma cidade deste
tamanho. Ele tinha grandes relações com os clubes para os quais ele fornecia seguranças, mas
ele estava satisfeito com o seu sucesso. Talvez fosse hora de ser ambicioso novamente.
Com o canto do olho, ele viu Nikolai entrar sutilmente no canto da sala. Yuri tinha
diminuído as luzes e o sol de setembro derramava apenas luz suficiente para dar ao escritório
espaçoso um aspecto quase sinistro. Ele esperava que o ambiente tivesse um tom mais
ameaçador antes que Jonas Krause chegasse.
Dimitri tinha sido avisado por Eric Santos para não ser levado para emoção. Embora
ele gostaria nada mais do que bater a merda direto na incorporadora, Dimitri sabia que estava
sendo observado. Ele poderia facilmente contratar homens para fazer o trabalho sujo, mas
afetaria Benny de uma maneira que ele não permitiria.
Enquanto ele caminhava nessa linha cinza entre o mundo dos cidadãos cumpridores
da lei e do submundo escuro que Nikolai habitava, Dimitri não iria atravessar, especialmente
agora que ele tinha muito a perder. Benny significava mais para ele do que qualquer
satisfação, que ele teria alcançado batendo com o punho no rosto de Jonas Krause.
O som de vozes que se aproximavam da porta chamou sua atenção. A capacidade de
Yuri para encantar nunca surpreendeu Dimitri. Ele tinha visto o amigo falar a sua maneira com
lendários sem nenhum arranhão. Como ele conseguiu convencer Jonas ir visitar seu escritório
após o horário do expediente, Dimitri nunca saberia. Não há dúvida de que havia cifrões
anexados.

Todo sorriso e gentilizas, Jonas Krause passou pela porta. Yuri entrou logo atrás dele e
fechou a porta. Do outro canto perto da entrada, Ivan apareceu com discrição. Se Dimitri não
soubesse que ele tinha se escondido lá, ele nunca teria visto o lutador desmedido.

Quando ele se virou para fazer uma piada com Yuri, Jonas percebeu Ivan deslizando na
frente da porta, bloqueando a única chance do homem de escapar. Dimitri quase podia sentir
o cheiro do medo que irradiava de Jonas agora.

— O que está acontecendo?


— O quê? Ivan? - Ombros de Yuri saltou facilmente. — Ele está substituindo um dos
meus guarda-costas com intoxicação alimentar. - Ele mentiu.

Dimitri sabia que o momento em que o outro homem o viu, Jonas endureceu e seus
olhos se arregalaram, os brancos eram tão grandes e brilhantes, Dimitri queria rir. O corretor
imobiliário não avistou Nikolai ainda. Dimitri achava que a equipe de limpeza de Yuri estaria
vindo esta noite, porque o homem estava, provavelmente se mijando.
— O que ele está fazendo aqui? - Nervoso e inquieto, Jonas deu um passo para o lado
para que ele pudesse falar com Yuri, mas manteve um olho sobre Dimitri e Ivan.

— Ele é um parceiro de negócios. Pensei que ele gostaria de estar aqui para essa
discussão.
— Então eu acho que vou passar. — Ele deu um passo em direção à porta, mas Ivan
avançou. Jonas bateu em retirada. Seu olhar correu ao redor da sala em busca de outra saída.
Ele congelou de repente. O seu pomo de Adão deslizou para cima e para baixo quando ele
conseguiu ver Nikolai.

Com as mangas brancas da camisa enroladas até os cotovelos, Nikolai tinha


descoberto a faixa impressionante e intimidante de tatuagens marcando-o de seus dedos até
as bordas da camisa. Alguns botões de sua camisa estavam abertos, mostrando ainda mais
tatuagens pesadas em seu peito. Um cigarro preso entre os lábios, ele acendeu o isqueiro e fez
com que o promotor imobiliário desse uma boa olhada para a chama brilhante.

Depois de acender um cigarro, ele deu uma longa tragada, devagar e olhou para Jonas
com o gelado olhar, o brilho de gelar os ossos que ele tinha aperfeiçoado. Ele segurou o
cigarro entre os dedos e apontou para a cadeira vazia na frente da mesa de Yuri.

— Você. Sente-se. Agora.


Jonas tentou parecer calmo enquanto caminhava para a cadeira, mas Dimitri viu os
dedos trêmulos, ele fechou seus punhos em seus lados. Uma vez sentado, ele olhou em volta,
nervosamente.
— É aqui que os quatro vão me amarrar no chão e se revezarem para me bater?

— Jonas, Jonas, Jonas - disse Yuri com uma risada. — Você me insulta. Ao contrário de
você, eu não tolero a violência para assustar as pessoas. - Yuri foi até sua cadeira de couro de
grandes dimensões e ficou confortável. — Eu não encontro qualquer prazer em aterrorizar os
mais fracos do que eu, digamos, acabando com os seus negócios em chamas.

Jonas engoliu em seco. Dimitri esperou que ele dissesse a mesma mentira que ele
estava usando para se defender contra a polícia e na imprensa, de que foi um ganancioso,
trapaceiro empregado que tinha agido sem a sua aprovação ou conhecimento. Em vez disso, o
homem soltou uma respiração trêmula.

— Eu nunca quis que isso acontecesse!


A raiva transbordou no peito de Dimitri, a raiva estava fervendo e ameaçando seu
controle. — Você enviou cinco homens à minha casa, a padaria da minha namorada, com
fluido de isqueiro, armas, facas e um taco de beisebol! O que você achou que ia acontecer?
Jonah deslizou de volta em sua cadeira.
— Não é isso - disse ele e gesticulou freneticamente para o corpo machucado e
surrado de Dimitri. — Eles eram apenas para vandalizar o lugar. Eles deveriam fazer parecer
que eles estavam atrás de seu irmão. Como diabos eu poderia saber que eles iriam levá-lo tão
longe?

— Eles dispararam em um carro e mataram pessoas. Isso é o que eles fazem. Eles são
idiotas, assassinos bárbaros. Eles levam as coisas longe demais. - Dimitri se aproximou,
controlando o desejo de atingir o homem. — A única razão que você ainda está respirando é
porque Benny não ficou ferida. Se um fio de cabelo dela tivesse sido chamuscado, você estaria
usando sapatos de cimento. Você entendeu?

A cabeça do homem se moveu enquanto se apressava para mostrar que ele entendeu.

— Eu sinto muito. Eu realmente sinto muito. Eu não vou processá-la sobre o prédio
que seu irmão destruiu.

— Isso não é bom o suficiente para mim.

Jonas engoliu em seco e olhou entre Dimitri e seus amigos.

— O que você quer?


A hora de Yuri na conversa desta noite chegou. Ele pegou uma pasta azul marinho de
sua mesa e atirou-a para o homem.
— Assine aqui.

Com as mãos trêmulas, Jonas abriu a pasta e começou a olhar as páginas mantidas no
interior. A cor desapareceu de seu rosto.

— Você quer que eu lhe dê o meu empreendimento de varejo?


— Não me dê - corrigiu Yuri. — Eu vou comprá-lo de você.

— Por um terço do que eu paguei por ele!

— Você adquiriu a maioria dessas construções e os lotes através de chantagem e


extorsão. - Yuri bateu os dentes e balançou o dedo. — Você foi um menino muito travesso.
Os olhos de Jonas assumiu o mesmo brilho malicioso que eles tinham no dia em que
ele tinha sido tão desagradável com Benny. Ele jogou a pasta em Yuri.

— Foda-se.

Yuri nem sequer pestanejou.

—Foda-se?

Nikolai se aproximou ao lado da mesa e levantou seu sapato. Ele apagou a ponta
ardente do cigarro na sola e jogou no lixo. Estalando os dedos, ele perguntou:

— É aqui que eu começo a jogar?

Jonas estava fora de sua cadeira em um piscar de olhos. Ele pulou por trás e levantou
uma mão.
— Se ele me tocar, eu juro que eu vou processar, porra! Yuri riu.
Se ele te tocar, você provavelmente vai precisar de um cirurgião de trauma ou,
eventualmente, um agente funerário, mas definitivamente não de um advogado.

Dimitri não achava que era possível, mas o homem empalideceu ainda mais. Cuspindo,
ele gritou:

— Isso é extorsão!
— É mesmo? - Yuri deu de ombros. — Estou apenas fazendo da mesma forma que
você. Isto não é como os negócios são conduzidos aqui?

O rosto de Jonas avermelhou. Se era da humilhação de encontrar a si mesmo


manobrado ou a raiva de estragar-se mais, Dimitri não podia dizer. Ele atacou com tanta ira.

— Você me atraiu aqui com a promessa de um negócio de milhões de dólares.

Yuri fez um gesto para a pasta.


— Isso é um negócio de milhões de dólares. Simplesmente não é aquele que vai
encher seus bolsos.

Jonas respirou fundo quando ele tentou tomar sua decisão. Finalmente, ele rosnou
com nojo e saiu da mesa. Ele pegou a pasta, tirou o contrato fora dela e puxou uma caneta do
suporte sobre a mesa de Yuri. Furioso, ele rabiscou suas iniciais e nome completo nos locais
apropriados. Ele jogou o contrato assinado em Yuri.
— Eu não vou esquecer essa porra.

— Não, eu tenho certeza que você não vai - Yuri respondeu calmamente empilhando
juntas as páginas. — Claro que, se meus contatos no escritório do procurador do distrito estão
corretos, você terá tempo de sobra para lembrar desse momento para onde você está indo.
A expressão de Jonas mudou do medo para puro pânico. Ele se recuperou rapidamen-
te.

— Vamos ver sobre isso.


Yuri concordou com a cabeça e enfiou o contrato para a pasta.
— Sim, nós o faremos.

— Terminamos?

Yuri olhou para Dimitri.


— O que você diz? Devemos deixá-lo ir?

A mandíbula de Dimitri ficou tenso e ele cerrou os dentes. Odiando que ele não
poderia colocar as mãos sobre o homem que tentou matá-los, ele balançou a cabeça com
firmeza.

— Saia da minha frente.

Jonas não esperou duas vezes. Ele correu para a porta, mas Ivan bloqueou seu
caminho. Dimitri gostava de ver um homem crescido tão obviamente agitado. Ele queria que o
corretor imobiliário experimentasse o mesmo medo que Benny teve naquela noite terrível.
Ei, Jonas? - Yuri chamou com um ar amigável. — Se as coisas forem bem para você
no julgamento e você conseguir escapar da prisão, eu ficaria feliz em ouvir um bom
comentário seu sobre as grandes lojas de varejo que vou estar abrindo no próximo outono.

Os olhos de Jonas se estreitaram e ele resmungou baixinho. Ivan sorriu e abriu a porta.
Jonas não tentou colocar um ar corajoso quando ele saiu. Ele correu para fora de lá tão rápido
que Dimitri ficou chocado que suas calças não pegaram fogo por atrito.
— Você tem sorte que ele não se mijou. - Ivan comentou com um sorriso alegre. — Eu
tinha certeza de que ia quando viu Nikolai.

Rindo, Yuri colocou a pasta em sua valise.

— Eu gostaria imensamente. Sinto muito que você não pode aliviar um pouco dessa
sede de sangue, Dimitri, mas assim foi o melhor.

Dimitri acenou com a mão.

— Eu quero machucá-lo, mas eu quero mais manter Benny feliz. Ela ficaria furiosa
comigo se eu colocasse minhas mãos nele e arriscar nossa vida juntos.

Nikolai rolou as mangas da camisa, cobrindo as tatuagens que ele geralmente


mantinha tão cuidadosamente escondida.

— Como é que ela está? Ouvi Vivian falando com ela ao telefone sobre pesadelos.
— Isso é normal, eu acho - respondeu Yuri. — Foi uma experiência traumática para
uma menina doce como ela. Ela teve traumas pessoais, sem dúvida, mas a última semana foi
particularmente violenta para ela.

Dimitri odiava que ele não tinha sido capaz de protegê-la do lado mais feio da vida.
Que ela tinha que ver seu irmão e namorado levando um tiro no mesmo fim de semana? Foi
terrível.

— Ela é forte - disse ele finalmente. — Ela vai superar.


— Erin está no mesmo caminho - Ivan tranquilizou-o. Suas bochechas assumiu o
estranho tom de rosa quando ele sugeriu: — Ajuda se você segurá-la enquanto ela dorme.
Elas se sentem seguras e protegidas dessa forma.

Dimitri apreciou o conselho, mas Nikolai gargalhou com nojo simulado.

— Se começarmos a falar sobre nossos sentimentos, vou me jogar pela janela.

Yuri riu e mudou de assunto.

— Ouvi dizer que vocês dois deram uma olhada no prédio que o amigo de Nikolai tem
para venda. O que ela acha disso?
— Estamos fazendo uma oferta amanhã. É o tamanho certo e a área é aquele em que
o negócio iria prosperar. Espero ser concluído até o final da próxima semana. Ela já está em
conversações com um empreiteiro que ela conhece e confia. Quer estar aberta no novo local
em oito a dez semanas.
Yuri deu de ombros.
Eu já vi muitas construções maiores concluídas mais rápido do que isso. Ela deve es-
tar bem. - Ele pegou o telefone e ligou para o carro dele. Quando ele teve tudo arranjado, Yuri
acrescentou: — Diga a ela para não se preocupar com o nosso contrato. Nós vamos trabalhar
com isso, uma vez que a poeira assente.

Dimitri sabia que isso era um ponto de muita preocupação para Benny.

— Ela sente como se você estivesse pagando demais pra ela, ao concordar em honrar
o preço original. Ela tem um ponto, Yuri. O edifício está destruído.

— Eu iria derruba-lo. É o lugar que é importante para mim. - Ele cortou a mão no ar. —
Apenas diga a ela que se preocupe sobre a obtenção de seu seguro de incêndio e o pagamento
para que ela possa começar de novo em seu novo local. Estou feliz com o acordo que
aceitaram antes do incêndio. Quanto ao seu fim está resolvido, vamos elaborar um novo
contrato para o lote e seguir em frente.

Dimitri queria agradecer Yuri por ser razoável, mas não o fez. A Yuri não precisava ser
dito o que ele já sabia.

— Está tudo certo para hoje à noite? - Ivan recostou-se contra a porta. — Você sabe
como Erin gosta de ter essas festas. - Ele disparou para Yuri um sorriso. — Lena vai estar lá.

— Por que eu deveria me importar se ela está lá? - O olhar de Yuri caiu para sua mesa
quando ele fez uma grande cena de reunir suas coisas. —Eu não posso ficar muito tempo.
Estou voando para Londres esta noite.

Dimitri, Ivan e Nikolai trocaram olhares, mas deixaram passar. Ele suspeitava que os
sentimentos de Yuri em direção a Lena eram tão complicado como o seu tinha sido uma vez
com Benny. Ele não invejava seu amigo por estar nessa posição.

Ele chamou a atenção de Nikolai novamente.

— E você?

Nikolai assentiu e pegou o paletó.


— Eu tenho que parar em casa e me trocar em primeiro lugar.

Yuri fez uma careta.


— Por quê? Eu não estava ciente de que havia um código de vestimenta. Ivan, eu
pensei que você estava jogando bifes na grelha.

— Eu vou.

Nikolai relutantemente admitiu:


— É o maldito cigarro. Se Vivi pega um cheiro dele na minha camisa, ela vai ficar
emburrada para o resto da semana.

— Meu Deus! - Yuri deu uma gargalhada. — Ela é pior do que uma mulher!

Dimitri assistiu a máscara de Nikolai deslizar no lugar. Em seu grupo coeso, Yuri era o
único corajoso o suficiente para fazer esse tipo de comentário. Ivan se mexeu
desconfortavelmente, mas Nikolai jogou-o com um encolher de ombros indiferente.
Estou feliz em deixá-la praticar em mim. Algum dia ela vai achar um bom homem e
será uma boa esposa.

Dimitri percebeu que Nikolai queria mudar de assunto. Se o afeto de Nikolai por Vivian
era fraternal ou, como Yuri acredita, mais romântico, Dimitri não poderia dizer. Não era da
conta dele e ele com certeza não ia bisbilhotar.

Ainda assim, foi uma situação curiosa. Houve momentos que Dimitri poderia jurar que
ele tinha pego o flash brevíssimo de amor não correspondido no olhar normalmente frio de
Nikolai. Foi só Vivian que inspirou esse olhar.

Como Ivan, Dimitri há muito suspeitava que Nikolai não era capaz de amar uma
mulher dessa maneira. Para amar como ele amava Benny, um homem tem que se abrir a tal
vulnerabilidade e está era uma coisa que Nikolai nunca faria. Mostrar fraqueza? Ele nunca
permitiria isso.

Às vezes ele desejava que Nikolai contasse a verdade para Vivian sobre o que
realmente aconteceu naquela noite há quase dez anos. Seria bom se todos soubessem a
verdade pela primeira vez. Quando Benny lhe perguntou sobre a história dos dois, ele ainda
não sabia o que dizer. Ele sentiu que ela não acreditava nele, mas ela não tinha forçado por
mais detalhes.
Algum dia ela iria perguntar novamente e o que ele diria? Não era o seu segredo para
contar, mas ele não gostava de mentir para Benny sobre qualquer coisa. Proteger o segredo de
Nikolai pode ser a única coisa que ele iria fazer uma exceção à sua regra de só falar a verdade
para ela. Nada bom viria com a abertura da Caixa de Pandora.
O celular de Ivan tocou e ele pegou do bolso. Dimitri assistiu a expressão de seu amigo
mudar para confusa. Olhando para cima, ele perguntou: — Que diabos é um copo parfait?
(Sobremesa gelada)

Yuri riu.
— Outro dos recados de Erin?

Ivan tentou parecer irritado, mas nenhum deles acreditou.


— Seria bom se ela me enviasse fotos, quando ela me envia para procurar essas coisas.

Sorrindo, Dimitri pegou a tipoia que tinha descartado e se juntou a Ivan perto da porta.
— Eu sei o que são. Há uma loja no caminho para sua casa.

Ivan pareceu aliviado quando ele mandou uma mensagem a sua namorada de volta. Depois de
embolsar seu telefone, ele olhou para a tipoia de Dimitri.
— É melhor você colocar isso de volta, antes de chegar em casa. Ouvi Benny dar a
ordem quando saímos.

Dimitri grunhiu com irritação, mas escorregou de volta. Ele havia prometido usá-la.
Tão preocupada quanto ela estava sobre ele, ele não queria que Benny se preocupando
desnecessariamente.
— Vemo-nos em breve? - As sobrancelhas de Ivan arqueou enquanto esperava Nikolai
e Yuri assentir. Com um movimento de seus dedos, Ivan fez um gesto para ele seguir.
Atravessaram o saguão vazio.
Dois guarda-costas de Yuri acenaram para eles quando Dimitri e Ivan fizeram o seu
caminho para o elevador. A visão deles estimulou seus pensamentos sobre o novo
empreendimento. Hoje à noite, no jantar, ele encontraria um jeito de ficar a sós com Yuri para
conversar com ele sobre isso com mais detalhes.

Dimitri esticou o pescoço e empurrou a alça áspera de sua tipoia longe de sua pele.
Ivan percebeu o movimento e lançou lhe um sorriso simpático.
— Essas coisas são um pé na bunda.

— É realmente desnecessário. Eu não sou uma criança. Inferno, mesmo quando


éramos crianças, não fomos mimados como agora.

Ivan riu e entrou no elevador que tinha chegado.


— Ela se preocupa com você. Mimar você é sua maneira de mostrar o quanto ela te
ama. - Com um brilho malicioso nos olhos, Ivan apertou o botão térreo. — Alimente sua
necessidade de ser enfermeira agora. Mais tarde, quando você estiver curado, ela vai ficar
muito feliz em se entregar ás suas necessidades...
Capítulo 18

Eu observava qualquer sinal de desconforto de Dimitri enquanto estávamos lado a


lado no meu banheiro escovando os dentes. Tinha sido um longo dia e eu me preocupei que
ele exagerou. O jantar com Erin e Ivan tinha sido lindo, mas a noite tinha começado um pouco
estridente quando nós nos sentamos no quintal e ouvimos os homens partilharem as histórias
selvagens de suas infâncias. Era depois da meia-noite quando finalmente saímos.

— O quê? - Dimitri perguntou, seus lábios se contraindo com diversão quando ele
secou sua boca com uma toalha de mão. Ele estendeu a mão e tocou de leve meu queixo. —
Você parece que quer me repreender.
— Ficamos até tarde esta noite.

— Nos divertimos. - Ele tocou minha bochecha. — Vê-la rindo com as meninas me fez
feliz. Você precisa relaxar mais.
— Você precisa descansar, Dimitri. Seis noites atrás, você foi esfaqueado e quase mor-
to.
— Eu estou bem agora. - Ele colocou mechas de cabelo atrás da minha orelha. —
Você está exagerando. As feridas não eram nada comparado com o que eu sofri durante anos
em Grozny.
Eu pisquei.

— Não foi na Chechênia?

A mandíbula de Dimitri ficou tensa e ele olhou para longe de mim.


— Sim.

Foi a primeira vez que ele já tinha falado do seu tempo no serviço militar por lá sem
quaisquer detalhes. Senti que foi um deslize que não faria novamente.

— Nós não vamos falar sobre a sua carreira militar, não é?


Olhos assombrados de Dimitri fez meu coração doer.

— Não, Benny. Isso é definitivamente algo que eu nunca quero me lembrar. - Ele
segurou meu rosto e esfregou o polegar sobre a minha pele. — Eu não quero que esse
horror toque em você.

Eu levantei na ponta dos pés para beijá-lo.

— Eu nunca vou perguntar de novo.

Alívio relaxou suas feições.

— Obrigado.
Certo, ele queria mudar de assunto, então perguntei:
— O que você e Yuri estavam cochichando antes dele partir para Londres?

— Ah, isso - disse ele, com uma expressão envergonhada. — Eu ia falar com você
sobre isso no café da manhã, mas podemos discutir isso agora.

— Tudo bem. O que é?

— Eu vou expandir o negócio. Fiz um bom nome para mim, selecionando e treinando
seguranças profissionais para os clubes aqui e fornecer segurança pessoal em pequena escala,
mas estou deixando de ganhar um monte de dinheiro. Você sabe que eu escolhi e treinei os
guarda-costas de Yuri?

— Eu não.

— Bem, eu fiz. Ele sempre recebe perguntas sobre a empresa em que ele contratou.
Isso é muito dinheiro, Benny. Há pessoas ricas que precisam de segurança confiável. Acho que
eu poderia preencher esse papel.

— Então você seleciona e treina e depois? Contrata como prestadores de serviços?

— Basicamente - ele concordou. — Nós vamos sentar na semana que vem e faremos
alguns planos concretos. - Olhando um pouco nervoso, ele perguntou: — O que você acha?
— Eu acho que é uma grande oportunidade. Yuri não iria guia-lo errado. Ele tem um
grande senso de negócios. E você é danado de bom no que faz. Você deve fazer.
Ele respirou um pouco mais fácil.

— Estou feliz que você aprove.


— Você acha que eu não iria apoiá-lo? - Tentei não ser afetada pela ideia de que ele
não encontraria apoio.
— Benny - ele disse meu nome. — Eu não quis dizer isso. Eu só quis dizer que você
tende a ser extremamente cuidadosa e conservadora sobre mudanças. Odeio pensar em você
estar ansiosa sobre os meus empreendimentos.
— Eu confio em você para tomar as decisões corretas. O Senhor sabe que você
sempre foi melhor no lado comercial das coisas do que eu.

Seu rosto se suavizou.

— Você não é uma mulher de negócios ruim, Benny. Você herdou um emaranhado.
Levou tempo para resolver o problema, mas você vai fazer sucesso no novo local. Yuri se
ofereceu para orientá-la. Lena concordou em continuar trabalhando de relações públicas para
a padaria. Você não pode dar errado com os dois ao seu lado.

— Não - eu concordei plenamente. Esfregando o braço, eu disse: — Você precisa ir


para cama. Já é tarde e eu tenho certeza que você está exausto. Amanhã, você vai passar o
máximo de tempo possível no sofá, relaxar e descansar.
Ele brincando puxou um punhado de meu cabelo.

— Você sabe que eu amo o jeito que você está me mimando, Benny, mas eu não sou
esse cara. Eu não posso sentar no sofá e assistir televisão sem sentido quando há trabalho a
ser feito.
Eu me aproximei e deslizei os braços ao redor da sua cintura. As contusões
amareladas, crostas sobre os arranhões e áreas suturadas marcavam a ampla faixa de seu
peito sexy. Coloquei um beijo carinhoso para o local logo acima de seu coração.

— Eu não quero que você tenha qualquer recaída.

Dimitri passou os dedos pelo meu cabelo.


— São pontos e contusões. Não haverá recaída. Eu prometo. - Ele bateu o dedo no
meu nariz. — Mas você está certa. Precisamos ir para a cama. Nós temos que estar no
escritório do corretor de imóveis bem cedo.

Segurando minha mão, ele me levou para fora do banheiro. Eu bati o interruptor de
luz no caminho para o meu quarto. Sentia tão incrivelmente estranha em ter Dimitri no quarto
onde eu passei toda a minha infância. De repente eu estava muito feliz que eu tinha tido
tempo para mudar o rosa quente em uma decoração verde limão no verão passado. Sua
reação ao meu edredom branco com babados e fronhas não tinha passado despercebida. Era
óbvio que íamos ter que encontrar um meio termo quando se trata de decorar a nossa casa.

— Eu pensei que depois que colocarmos a casa a venda podemos dar uma olhada em
alguns dos lotes disponíveis no bairro de Ivan.
Minha surpresa foi grande. Dobrei o topo do edredom em direção ao pé da cama. —
Hum... É uma área muito cara, Dimitri.
Ele franziu o cenho.

— Eu suponho.
Eu decidi dizer o óbvio.

— Eu estou, sem dinheiro. Quando concordei em morarmos juntos, eu pensei que nós
estávamos falando em algo menor e mais acessível. O pagamento do seguro de incêndio e da
venda do lote a Yuri estão dando a padaria um bom início, mas as minhas finanças pessoais
ainda são uma bagunça. Metade dos rendimentos com a venda deste lugar vai para Johnny, o
restante irá para reembolsar o empréstimo que você me deu para o novo prédio e pagamento
de salários para os meus funcionários.
Ele sentou-se na beira da cama e me puxou entre suas pernas. Mãos na minha cintura,
ele insistiu:

— Não é um empréstimo, Benny. Você não tem que pagá-lo.

Nós tínhamos evitado esse assunto por vários dias. Embora nós estivéssemos nos
amando e sermos um casal, eu ainda me sentia tão estranha em aceitar dinheiro dele.

— Dimitri, eu nunca quero que você sinta que eu estou te usando.


Ele zombou.

— Você não está me usando e eu não me sinto assim. Eu estou dando esse dinheiro
para você. Estou ajudando você porque eu gosto de ajudar. Não há expectativas sobre esse
dinheiro, Benny.
— Mas…

Ele me calou com um beijo exigente.

— Nós não vamos discutir sobre isso. Nós somos parceiros agora. O dinheiro para o
novo prédio não é um empréstimo.

— Se nós somos parceiros, você deve estar na documentação. Devemos torná-lo legal.

Dimitri olhou para mim por um longo momento.

— Tudo bem. Vamos torná-lo legal. - Ele trouxe meus dedos aos lábios e beijou cada
um deles. — Case-se comigo, Benny.

Minha barriga tremeu violentamente e meu coração pulou algumas batidas. Engoli em
seco e tentei não desmaiar de choque.

— O …, o que?

O torto, sorriso de menino de Dimitri fez meu coração inchar com amor.

— Eu sei que esta não é a proposta ideal. Eu não tenho um anel e nós estamos em um
quarto e não um local romântico.
— Eu não me importo com isso.

— Não, eu não acho que você se importaria. - Ele segurou os dois lados do meu
pescoço e olhou nos meus olhos. — Nós fomos feitos um para o outro. Não é coincidência que
a vida me trouxe aqui, para Houston, para o apartamento, para você. Isso foi sorte. Você é
importante pra mim, Benita. Sempre foi, tinha que ser você. - Ele alegou a minha boca sempre
tão ternamente. — Case-se comigo?

—Sim. Eu não hesitei. Eu não pensei. Eu escutei o meu coração. Eu confiei em meu
instinto. Ele estava certo. Nós fomos feitos um para o outro. Nossa amizade se estendeu por
cinco anos e só cresceu mais forte. Nos últimos dez dias, tínhamos vivido mais do que a
maioria dos casais faria em uma vida inteira juntos. Não havia nenhuma dúvida em minha
mente que Dimitri era o homem certo para mim.

— Sim? - Exultante, ele respirou de emoção. Seu sorriso entusiasmado me encheu de


tanta felicidade. Ele me apertou com força em seus braços musculosos e quase me sufocou
com beijos apaixonados. — Eu vou passar o resto da minha vida fazendo tudo que eu puder
para fazer você feliz, Benny.
Com lágrimas nos olhos, eu sussurrei:

— Você já faz.

Com aquele sorriso sexy dele, Dimitri passou as mãos pelas minhas costas. Ele segurou
minha bunda através do tecido fino da minha camisola. —Que tal ir para a cama e vamos ver o
quão feliz eu posso te fazer esta noite?
— Nós não podemos fazer isso! Você ainda está curando.

Ele estreitou os olhos. Pegando minha mão, arrastou-a para a dura protuberância na
parte da frente de seu pijama. — O que estou sentindo é que precisa de cura. — Não.
Já se passaram seis noites, Benny. Tenho sido paciente junto com suas ordens para
o descanso, mas não esta noite. A mulher que eu amo concordou em ser minha esposa. Eu
não estou caindo no sono até que você grite meu nome pelo menos três vezes.

Engoli em seco e enrolado meus dedos contra o tapete de pelúcia. — Por três vezes,
né?

Seus lábios rasparam minha garganta e me fez estremecer. — Bem, talvez quatro, mas
só se você pular nesta cama, sem outro argumento.

Ele não tinha que fazer essa oferta duas vezes. Eu subi na cama e tirei minha camisola.
Não houve calcinhas no caminho. Ele tinha feito uma regra após o retorno do hospital. Ele me
queria completamente nua na cama.
Mesmo que eu estivesse queimando de desejo, eu olhava Dimitri com alguma
preocupação.
— Você tem certeza que devemos abusar da sorte? Eu sei que seu estômago ainda dói
e seus braços estão incomodando.

— Querida - ele sorriu diabolicamente. — O que eu planejei não exige muito esforço
físico da minha parte.
— Oh? - Meus mamilos ficaram tensos com as imagens mais sujas que encheram
minha cabeça. Ontem, eu peguei Dimitri folheando minhas estantes. Ele se concentrou em
meu estoque de erotismo de fetiche e super sexy de romance. Eu só podia imaginar que cenas
que ele tinha lido e guardado como inspiração para os nossos encontros.

Ele jogou travesseiros da cama e reclinou lentamente. Enfiei minha mão atrás das
costas para guiá-lo para baixo. Ele não vacilou ou estremeceu com desconforto, mas eu sabia
que ele sentiu. Essa expressão estoica de seu rosto não me enganou.
Deitado de costas, Dimitri estendeu a mão para mim. Eu encontrei-me na posição que
normalmente eu ocupava, apoiado em um cotovelo e beijando-o. As palmas ásperas de sua
mão deslizavam sobre minha pele nua. Tremendo de desejo, eu gemia enquanto ele
acariciava.

— Eu adoro quando você faz esses sons. - Dimitri murmurou antes de capturar minha
boca. — Você faz meu pau tão duro.

Sua explicação suja me deixou pulsando e incrivelmente molhada e ele sabia disso. Vi
o brilho perverso em seus olhos.

Ele deslizou a mão entre nossos corpos e empurrou minhas coxas. —Você está
molhada para mim, Benny?

Engoli em seco quando ele sondou minhas dobras. Seus dedos circularam meu clitóris
antes de cair mais baixo e pressionar na minha vagina lisa. Gemendo de prazer, eu abri mais
minhas coxas e deixei ele lentamente me foder com seus dedos grossos. Ele mordiscou meu
pescoço e me deixava louca sussurrando todas as coisas sujas que ele ia fazer para mim uma
vez que ele estivesse totalmente recuperado.
Nossas línguas emaranhadas em um duelo pela supremacia. Como sempre, ele ganhou
e me dominou, mesmo com seus beijos. Ele segurou a parte de trás do meu pescoço, mas
rompeu com o beijo. — Eu quero que você se ajoelhe sobre o meu rosto.

Meus olhos se arregalaram, a seu pedido franco.

— Você... o quê?
Ele achatou seus ombros no colchão e deu um tapa na minha bunda.

— Venha aqui. Ponha seus joelhos em cada lado da minha cabeça.

Formei uma imagem mental do que ele estava ensinando.

— Mas, então, a minha ... você sabe... ficaria bem em cima de você.

Ele riu e deu a minha bunda mais uma boa pancada. — Esse é o ponto, Benny. Estou
morrendo para ter um gostinho da sua vagina doce. Agora levante-se aqui!
Tremendo de excitação e ansiedade, eu fiz exatamente como ele mandou. Ocorreu-
me que eu me coloquei no lugar que esta era provavelmente a única maneira confortável para
ele fazer isso. Eu tinha a sensação de que eu estava em um passeio selvagem.
— Oh! - Eu inclinei minha cabeça para trás enquanto a ponta aguda de sua língua me
roubou. Cuidando para não me mover por medo de bater seu bíceps suturado ou empurrar o
cotovelo dolorido, eu fiquei o mais imóvel possível enquanto sua língua buscou e vibrou sobre
a parte mais íntima de mim.

Ele gemeu com fome, me mostrando o quanto ele amava que eu estivesse em cima
dele, e ele segurou minha cintura em suas mãos grandes. Eu quase morri quando sua língua
mergulhou dentro da minha buceta. Ele fodeu-me com ela, a sensação diferente de qualquer
outra que eu já senti. Ofegante e dolorida, eu apertei meus músculos da coxa e tentei manter
uma aparência de controle.

Aquela língua hábil mudou-se para o meu clitóris. Ele lambeu meu broto inchado e
sugou suavemente. A atração, me deixava cada vez mais perto do clímax. Com um grito
estrangulado, eu gozei contra sua boca maravilhosamente talentosa.
Mas ele não tinha acabado comigo.

Segurando firme os meus quadris, Dimitri foi à loucura entre as minhas coxas. Ele usou
essa boca pecaminosa para me atormentar até que eu gritei o nome dele e gozei com tanta
força que eu tinha certeza de que eu apaguei de puro prazer.

Ainda tremendo, eu caiu em cima dele na cama. Rolei para o meu lado, eu tentei
recuperar o fôlego e olhei para ele com tanta reverência. — Você vai me matar uma dessas
noites.
Rindo, ele me pegou pela cintura.

— Nós não terminamos ainda. Só ouvi o meu nome uma vez.


— Oh Deus! - Eu não tentei lutar com ele quando ele me pediu para sentar em sua
cintura, mas primeiro eu decidi retribuir o favor. Uma vez que eu tirei suas calças de pijama,
eu libertei o seu grande pênis para dar uma atenção oral.
— Benny! - Ele gemeu meu nome enquanto eu pintei o seu eixo com a minha língua.
Chupando a ponta dele, eu acariciava seu comprimento duro e segurava seu saco tenso. Ele
soltou uma série de palavras em russo quando eu engoli mais dele. Amava o gosto e a
sensação dele na minha boca, eu aproveitei cada momento.

Foda-me. - Ele praticamente implorou. — Suba em mim, Benny. Agora.


Quando ele usou esse tom, não havia como negar nada a ele. Arrastei-me sobre seus
quadris e agarrei a base de sua ereção. Arrastando a coroa corada dele por minhas dobras
molhadas, eu empurrei-o contra a minha entrada. Ele empurrou-se para dentro de mim,
enterrando-se ao máximo. Nós dois gememos de prazer.

Com nosso olhares fixos, encontramos um ritmo que nos deixou ofegantes. Eu fiz a
maior parte do trabalho, balançando para frente e para trás como uma dançarina do ventre
em seu colo. Dimitri relaxado na cama, varreu as mãos para cima e para baixo do meu corpo.
Quando ele brincava com meus mamilos, eu inalei uma respiração profunda. Ele beliscou e
rolou os picos escuros, fazendo deliciosos pequenos choques viajar direto para o meu pulsante
clitóris.

Lambendo o polegar, ele trouxe-a para o local onde os nossos corpos se uniram. Ele
separou meus lábios e o outro sobre o meu clitóris. Meu ventre ficou tremendo junto com a
necessidade quente e louca entre as minhas coxas. Sua outra mão apertou meu peito e
atormentou meu pobre mamilo. Agarrei seu pulso com a primeira vibração de estremeceu no
fundo do meu núcleo.

— Dimitri! Eu, a Dimitri!


Eu podia ouvi-lo rindo quando eu gozei. Tirando meus quadris, eu montei o seu pau
quando as ondas de prazer explodiu em minha barriga e se esparramou pelo meu peito.

— Isso foram duas - disse ele e colocou-se em mim. —Vamos ver o quão rápido eu
posso levá-la a gritar de novo.

— Não! Espere! Oh! - Eu não estava pronta para tentar entrar novamente, mas ele
tinha aquele sorriso perversamente sexy em seu rosto. Eu assobiei quando ele roçou o polegar
sobre meu clitóris super sensível. O polegar movia apenas ao lado do botão de pulsação. O
movimento lento para cima e para baixo me deixou ofegante e tremendo enquanto o êxtase
aumentou mais e mais em meu núcleo.
Desta vez, quando eu gozei em cima dele, eu joguei minha cabeça para trás e gritei
seu nome. Minha buceta vibrou ao redor de seu pênis. Eu podia senti-lo a crescer mais e mais
grosso dentro de mim. Com um grunhido, ele empurrou-se dentro de mim e se juntou a mim
em um intenso orgasmo, compartilhado. Seus dedos apertaram a suavidade carnuda da minha
bunda tão drasticamente que eu tinha certeza de que haveria pequenas contusões lá, pela
manhã, mas eu não me importei.

Cai contra seu peito, eu enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e inalei o cheiro
familiar de sua colônia e suor. O calor do seu corpo acalmou e me relaxou. Aninhado contra
seu corpo de aço e segura em seus braços, não havia nenhum outro lugar que eu queria estar.
Capítulo 19
Cinco semanas depois

—Parabéns! - Erin me envolveu em seu abraço e fez uma pequena dança feliz comigo.

Rindo, eu a abracei de volta.

— Eu sei. - Sorrindo, ela me soltou. — Mas o que é uma festa de noivado sem uma
nova rodada de parabéns?

Ela tinha razão. Olhei em volta do Samovar e não podia acreditar quantas pessoas
cabiam dentro do restaurante. Nikolai tinha tomado para si a responsabilidade de sediar uma
grande festa de noivado. Lena, Erin e a ajuda de Vivian, tinham organizado a coisa toda. Até
agora todos pareciam estar se divertindo muito. Claro, toda a comida incrível e bebida de
graça, provavelmente ajudava.

— Ivan e eu compramos dois presente para o casal, mas eu tenho uma coisinha extra.
- Erin me entregou um retângulo enrolado.

— Erin, você não tem que me dar nada.


— Pegue-o. - Sorrindo, ela empurrou-o em minhas mãos.
Eu tirei o papel de embrulho rosa bonito e comecei a rir quando eu percebi o que era.

— Um livro russo!
Rindo, ela explicou:

— Eu sei como é chato ser incapaz de entender uma coisa maldita que sai da boca do
seu homem. - Ela olhou para Ivan que estava rindo e contando uma história animada com Yuri
para um pequeno grupo de homens. Amor queimava brilhantemente em seus olhos para esse
gigante lutador sem luvas dela. Olhando para trás, para mim, ela acrescentou: — Ivan foi
muito tocado quando eu comecei a aprender a língua dele. Significou muito para ele.

— Tenho certeza que Dimitri vai apreciar o gesto. - Com um sorriso autodepreciativo,
eu disse:
— Eu provavelmente vou ter que contratar Vivian como minha tutor.

— Definitivamente - Erin concordou. Olhando em volta, ela perguntou: — Onde diabos


ela está?

— Um... - Levantei-me na ponta dos pés para fazer a varredura da multidão. Meu
olhar pousou na Lena primeiro. Ela conversava com um casal de mulheres e um homem que
eu não conhecia. Quando ela enfiou a mão na bolsa e retirou cartões de visita, percebi que ela
estava trabalhando. Será que essa garota nunca fazer uma pausa?

— Oh, lá está ela! - Erin apontou Vivian perto da frente do restaurante. Suas
sobrancelhas juntas. — Será que você convidou o detective Santos?
Surpresa com a menção do nome do meu velho amigo, eu balancei minha cabeça.

Eu não sei. Lena que escreveu todos os convites. Ele é um amigo de muito tempo
atrás, então talvez ela colocou na minha lista de convidados.

— Hmm… - Erin cantarolava baixinho. — Não, eu acho que ele está aqui por Vivian.
Ele ainda está usando sua arma e distintivo.
— Por que ele estaria aqui para Vivian? - Eu me estiquei o suficiente para ver os dois
amontoados. O que eles estavam falando, não era bom. Vivian parecia realmente chateada e
Santos tinha uma expressão de desagrado.

— Eles são primos. Talvez seja uma coisa de família.

Eu recuei em choque.

— Vivian e Eric Santos são primos?


Ela assentiu com a cabeça.

— Eu também não sabia até depois que tivemos uma briga com a gangue Hermanos
na casa de Ivan. Santos foi o detetive em nosso caso. Mais tarde, Vivian me disse que eles
eram primos. Seu pai e sua mãe são irmão e irmã, aparentemente, o lado Santos da família
não fala com seu pai. Eles basicamente evitam porque ele era um criminoso.

Lembrei-me da história sórdida que Dimitri tinha me dito. A situação familiar de Vivian
parecia ainda mais sombria agora. Um movimento à direita de Vivian chamou a atenção.
Nikolai se afastou de um grupo de foliões para assistir a intensa discussão.
Vestido todo de preto, com camisa branca brilhante que ele preferia, o russo
imponente cruzou os braços e parecia estar lutando contra o desejo de se envolver. Seu
comportamento relaxou de repente. Olhei para Vivian e Santos. Eles estavam se abraçando e
parecia ter resolvido a sua briga. Santos entregou-lhe um presente embrulhado e rapidamente
deixou o restaurante.

Sem sequer tentar esconder sua bisbilhotice, Erin acenou para Vivian. Ela cruzou a
sala, desviando da multidão para limpar o caminho para nós. Ao longo do caminho, Lena se
juntou a ela, envolvendo seus braços juntos no cotovelo. Quando chegaram em nosso
cantinho isolado, Erin atacou.

— O que diabos foi isso, Vivi?

Tensa e obviamente desconfortável, ela irradiava ansiedade.

— É o meu pai. Ele vai ser libertado antecipadamente da pena federal.

— O quê? - Tom áspero de Lena me fez estremecer. — Como? Quando?


Vivian balançou a cabeça.

— Eu não sei como ele conseguiu a libertação antecipada. Nem Eric. Será por volta do
Ano Novo, quando eles o deixaram sair.

Erin estendeu a mão e deu um tapinha no braço de Vivian.


— O que você vai fazer?
Ela encolheu os ombros.

— O que eu posso fazer? Eu provavelmente vou ter Eric me ajudando a colocar uma
ordem de restrição contra ele, mas eu duvido que ele vai deixar um pedaço de papel impedi-lo
de tentar falar comigo.

Lena olhou por cima do ombro antes de relutantemente perguntar:


— Talvez você possa pedir a Nikolai para fazer algo sobre isso.

Vivian olhou para seu protetor. Com a voz suave, ela disse:

— Eu não acho que eu vou ter que pedir. Algo me diz que ele já sabia.

Quando ela se virou para nós, trocamos olhares incertos. Eu, por exemplo, não tinha
ideia do que dizer sobre isso. Éramos todos amigos, mas eu não estava ciente de todas as
dinâmicas envolvidas nessa situação.
Lena procurou aliviar o clima sombrio. Ela pegou minha mão esquerda.

— Garota, é melhor ter cuidado trabalhando naquela cozinha de vocês. Você perde
isso em um lote de pan dolce ou uma bandeja de biscoitos e você vai ter que dar uma grande
recompensa para recuperá-lo!
Olhando para o lindo solitário de esmeralda que Dimitri tinha escolhido, eu confessei:

— Ele me fez jurar que eu não iria usá-lo na cozinha. Eu disse a ele que não há
problema.
— É realmente um lindo anel - disse Vivian e puxou minha mão mais perto para ver
melhor. — É tão perfeitamente você. Ele escolheu muito bem.

—Sim, ele escolheu. — Eu procurei Dimitri em todo o restaurante. Ele tomava um gole
de cerveja e ria com Ivan e Yuri.

— Então, como a montagem da padaria está indo? - Erin pegou uma taça de
champanhe de um dos garçons que passavam. — Ivan disse que vocês estão chegando perto.

—Estamos. Mais rápido do que eu esperava, mas temos alguns membros da equipe da
padaria chegando para ajudar. Um monte de caras que trabalham para mim ajudaram a
colocar piso ou instalar drywall no fins de semana de qualquer maneira. Eles conhecem o
empreiteiro que contratei e ele está muito feliz em ter mais mãos no trabalho.

— Provavelmente porque Dimitri inseriu um desses pagamentos de bônus para


conclusão antecipada - Lena comentou. — É uma boa maneira de manter um empreiteiro
estimulado. - Ela se afastou para pegar um copo de vinho branco de outro garçom. — Não se
esqueça que estamos reunidos na casa do cara da gráfica amanhã. Nós temos que dar ok aos
projetos para o lançamento.

— Eu não vou. - Eu comecei usando seu sistema de agendamento de um código de


cores para manter o controle de tudo. Eu não iria nunca perder um compromisso de novo.
— Eu ouvi o comercial no rádio no caminho para a aula hoje de manhã - disse Vivian.
— Foi cativante. Gostei.
— Isso é tudo Lena. - Eu sorri para ela. — Esta menina sabe como apressar.
Só então, um garçom parou no nosso grupo com uma bandeja de canapés. O cheiro
insuportável de salmão e dill e algum tipo de salada de ovo fez-me enjoada. Mudei-me para o
lado e apertei a minha mão na boca e nariz.

Erin me lançou um olhar preocupado depois de acenar para o garçom para ir.

— Você está bem?


— Tudo bem - eu disse, e engoli a seco. Meu estômago se acalmou um pouco. —Eu
acho que eu peguei um caso leve de intoxicação alimentar daquele lugar Thai na outra noite.
Estou mal do meu estômago desde então.

Erin franziu o cenho.

— Benny, comemos há uma semana atrás. Você está enjoada por uns sete dias?

— Você tem certeza que é intoxicação alimentar? - As sobrancelhas escuras de Lena


tinham arqueado para a linha dos cabelos.

— Tenho certeza - eu respondi.

Vivian inclinou para frente e sussurrou:


— Você está atrasada?

— Por quê?
Ela revirou os olhos antes de concentrar seu olhar em minha barriga.

—Você sabe.
—Não, eu... - Meu cérebro deu um curto-circuito enquanto eu tentava me lembrar da
última vez que eu tinha tido um período. Tinha sido uma semana antes de Dimitri e eu termos
ficado juntos o que significava o meu período era pra … Minha barriga pulou quando eu
apressadamente calculei.

— Estou com três semanas de atraso.

Calmamente, Erin perguntou:


— Você tem certeza? Poderia ser o stress de tudo que você passou no último mês e
meio.

— Sim, eu tenho certeza.

— É provável que você tenha um pão Dimitri em seu forno? - Lena fez a pergunta
óbvia. — Quero dizer, vocês dois estão juntos, sem..?

Corei como eu me lembrava que a primeira manhã quando tinha feito amor e, em
seguida, novamente a noite em que ele me pediu para casar com ele.
— Sim. Duas vezes.

— Há uma farmácia na esquina que fica aberta a noite toda. Eu poderia correr e pegar
um teste - Vivian ofereceu.
— Não. - Eu peguei o olhar questionador de Dimitri. Mesmo a essa distância, ele podia
me ler tão facilmente. Olhando para trás, para as meninas, eu disse:

— Se eu vou testar, eu vou fazer com ele.

— Você não vai dizer nada até ter certeza?

— Não.

— Definitivamente não.

— Seu segredo está seguro comigo.

Assegurada que iria manter o segredo até que o tempo estivesse certo, eu me
desculpei. Lena apertou meu ombro quando saí e sorriu encorajadora. Movendo-me por entre
a multidão, eu era parada a poucos metros, abraçada e parabenizada. Algumas das pessoas
bem intencionadas que eu conhecia e outros que não. Aqui, porém, éramos todos amigos.
Borboletas invadiram a minha barriga quando me aproximei de Dimitri. Ele ainda
conversava com Yuri, Nikolai e Ivan, mas seu olhar saltou para mim, quando eu fiz a minha
abordagem. Eu não sei como diabos eu ia dizer a ele o que eu suspeitava. Lutei contra a
vontade de pressionar a mão para a minha barriga ainda plana.
Lá no fundo, eu sabia que era verdade. Todas as pequenas coisas que eu estava
ignorando e culpando ao estresse durante as últimas semanas fazia sentido. A náusea, dores
de cabeça, sonolência, meus super. seios doloridos, eles eram todos os sinais claros de
gravidez, mas eu estava cega para eles.

Dimitri estendeu a mão grande quando eu cheguei perto. Eu coloquei minha mão
sobre a dele e gostei do calor de seus dedos envolvendo a minha. Arrastada para o lado dele,
eu passei meus braços ao redor de sua cintura. Ele beijou o topo da minha cabeça e acariciou
minha parte inferior das costas.

— O que vocês quatro estavam sussurrando tão conspiratórias?

— Oh, isso? - Dei de ombros e consegui disfarçar. — Só papo de garotas.

Os olhos de Dimitri se estreitaram com desconfiança, mas ele não se intrometeu. Em


vez disso, ele disse:

— Yuri estava se vangloriando de você. Aparentemente, você está se saindo muito


bem em suas aulas.

Atirei ao playboy bilionário um sorriso agradecido.


— Ele está me ensinando todos os tipos de truques úteis para a execução de um
negócio com baixo investimento. Estou começando a olhar para a frente e verificar meu e-mail
todos os dias para minha próxima aula.
Yuri riu.

— Eu estou gostando realmente. É bom passar algumas das coisas que eu aprendi
para alguém que realmente quer aprender. Normalmente, quando eu recebo pedidos de
orientação, eles são de pessoas que querem fazer um dinheirinho rápido.
— Bem, isso não é comigo - eu disse com uma risada. — Se eu fosse atrás de dinheiro
rápido, eu comecei no negócio errado.

— Rápido raramente é bom. Às vezes, a, construção lenta é o melhor caminho para a


felicidade.

Seu sorriso maroto me disse Yuri não estava falando sobre o negócio agora. Ele quis
dizer relacionamentos. A minha relação com Dimitri se encaixam nessa conta. Estava ele
também falando sobre seu relacionamento com Lena? Eu não estava realmente certa de onde
e o que estava acontecendo. Eles não eram amigos, mas eles não eram inimigos também. Eles
eram conhecidos... com a possibilidade de algo mais.

As notas suaves da música desapareceu e o DJ mudou para algumas verdadeiramente


da velha escola R & B. Etta James cantava sobre nossas cabeças. Ao meu lado, Ivan praguejou
baixinho em sua língua materna. Vi que Erin vinha para ele, estendendo a mão. Eu senti que
ele não queria, na verdade, dançar, mas ele não iria dizer -lhe isso. Ele deixou-a arrastá-lo para
a pista. Sorrindo e rindo, ele a puxou para perto e colocou seu braço ao redor dela. Não havia
dúvida do amor que sentiam um pelo outro.
— Dança comigo? - Dimitri me deu um puxão suave para os casais balançando. Eu fui
feliz com ele. Meus olhos se fecharam brevemente enquanto eu pressionei meu rosto contra o
seu peito. Seu aroma e calor acalmou meus nervos. Tentei decidir se agora era a hora de
contar a ele ou se eu deveria esperar até que estivéssemos sozinhos e tivéssemos privacidade.
— O que você estava realmente falando com as meninas? - Dimitri olhou para mim
com preocupação em seus olhos pálidos. — Você parecia em pânico. Tem algo a ver com essa
discussão tensa que Vivian teve com detective Santos?

— Não. Você sabia que eles são primos?

Sua expressão de surpresa respondeu que não.


— Não, eu não.

— Bem, eles são. Ele estava vindo para lhe dar a notícia que seu pai está saindo da
prisão mais cedo.

— Merda. - O olhar de Dimitri saltou do meu rosto para algum lugar atrás de mim. Eu
não tive que olhar por cima do ombro para saber que ele estava procurando por Nikolai. —
Isso vai ser um problema.

— Percebi isso.

Ele deslizou um dedo sob meu queixo e obrigou-me a encontrar o seu olhar curioso.
— Se fosse isso, então por que você estava tão em pânico?

Engoli em seco, minha boca secou de repente e tentei descobrir a melhor maneira de
contar a ele.

— Hum... o que você acha sobre as crianças?


— Crianças? - Ele pareceu surpreso com a pergunta inesperada. — Eu acho que eles
são divertidos. Presumi que teríamos algum.
— Tipo... quando?

Ele riu nervosamente.

— Eu não sei. Quando você quiser, eu suponho. Porquê? É este o seu jeito de me dizer
que você gostaria de começar a tentar depois de nos casarmos?

— Bem...

Dimitri parou de dançar. Choque estampado em seu rosto quando ele reuniu as dicas.

— Está? Estamos?

— Eu não tenho certeza - eu apressadamente bati no peito. — Estou atrasada. Assim


tipo, muita atrasada e eu tenho outros sintomas e fizemos... você sabe... duas vezes.

Lentamente, sua boca se curvou em um sorriso mais extasiante. Foram-se todos os


vestígios de choque. Ele parecia completamente e totalmente emocionado pela possibilidade.
Tocou sua testa na minha, ele sussurrou:

— Vamos comprar um teste no caminho de casa. Espero que seja positivo.


— Sério? - Eu segurei seu olhar e verifiquei a sua sinceridade. — Você não está
chateado?

— Chateado? Sobre fazer um belo bebezinho com a mulher que eu amo? Nunca!
Eu nunca o tinha visto tão feliz. A ansiedade que eu estava experimentando acabou. —

Você está chateada?

— Não - respondi de forma rápida e honesta. — Estou um pouco assustada. Dois


meses atrás, eu não estava nem mesmo namorando. Agora eu estou noiva e provavelmente
grávida. É muito e muito rápido.
— A vida não segue horários prescritos, Benny. Às vezes só... acontece. - Ele segurou
meu rosto e capturou a boca em um beijo de amor. — Eu prometo que vou ser um bom pai.

Após a infância miserável que tinha experimentado, Dimitri provavelmente iria


estragar o nosso pobre bebé, mas ele seria um pai maravilhoso. Meu coração ameaçava
explodir enquanto eu olhava para os olhos cintilantes do homem com quem pretendia me
casar.

— Eu sei que você vai. Isso é uma coisa que eu nunca duvidei. Você é o melhor
homem que eu já conheci, Dimitri. Eu não posso imaginar compartilhar tudo isso com mais
ninguém. Ele me puxou perto e começou a dançar comigo novamente.
— Nós vamos ter que adiantar a data do casamento. Yuri ofereceu para usarmos um
dos iates para a cerimônia e recepção para Johnny pode estar lá. - Ele riu e brincou: — É claro,
Johnny provavelmente vai me dar um soco na cara quando ele descobrir que eu tenho sua
irmã grávida.
— Provavelmente - eu concordei com uma risada curta.
Ele tinha sido a favor quando eu tinha chamado para informá-lo do noivado.
Honestamente, o meu irmão não parecia nem um pouco surpreso. Eu gostaria de saber se ele
e Dimitri não tinham já discutido a possibilidade de ele propor em algum momento.

— Você vai ter que diminuir o trabalho - Dimitri insistiu. — O que você acha da
contratação de um gerente de escritório para lidar com a parte do negócio que você não gosta
tanto assim?
— Não é uma má ideia.

— E você vai ter que parar de ir para o turno da manhã. Você precisa descansar. Nós
vamos ter que arrumar um banquinho agradável, confortável para trabalhar na mesa de
decoração. Você não pode estar de pé durante doze horas por dia - acrescentou
apressadamente. — Isso não pode ser saudável para você.

Divertindo-me com sua superproteção, mas também um pouquinho irritada, eu


comecei a discutir com ele. Então me lembrei de como eu o mimei quando ele tinha sido
ferido. Com um sorriso submisso, eu respondi:

— Sim, Dimitri.

— Só isso? Não discutindo?


— Será que isso ajuda?
Ele riu.

— Não.
— Exatamente.

Acariciando meu rosto, ele murmurou.


— Eu não posso esperar para chegar em casa. Nós vamos ter que começar uma nova
rotina noturna para você.

— Oh? - Minha barriga tremia de emoção quando eu me perguntei o que ele tinha em
mente.
— Um bom, banho relaxante, pé e costas massageados e então eu vou fazer amor
com você - ele decidiu. — O que acha disso?

— Fantástico. Eu me levantei para atender seu beijo. Ridiculamente apaixonada pelo


meu grande, sexy russo, eu deslizei minhas mãos até seus braços e segurei firme. — Eu te
amo, Dimitri.

Sorrindo, ele beijou a ponta do meu nariz.

— Eu te amo, Benny.

Embalada em seu peito, me senti segura. Se era assim que nós iriamos passar o resto
de nossas noites, eu não podia esperar para começar o próximo capítulo de nossas vidas
juntos.

Fim …

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