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Título do Simpósio: Políticas Linguísticas em Contato

Políticas Linguísticas: A língua russa no Brasil

Flávia da Silva Rabelo Nobre (USP)

Resumo
Este artigo trata-se de uma apresentação dos resultados parciais da pesquisa de Iniciação
Científica “Estado da Arte do Ensino de Língua Russa: documentos oficiais, materiais
didáticos e produção acadêmica”, cujo objetivo é realizar um mapeamento de
documentos oficiais, materiais didáticos e produção acadêmica acerca do ensino de
russo no Brasil, a partir das metodologias de cienciometria e bibliometria. Além disso,
pretende-se também produzir uma análise deste mapeamento apoiada nos conceitos de
orientalismo e dezescrita. O que se pretende especificamente neste artigo é apresentar as
políticas linguísticas russas soviéticas e pós-soviéticas, seus impactos no ensino da
língua russa no Brasil e nas relações políticas entre os dois países ao longo da história,
além de fornecer um breve panorama do ensino da língua no Brasil atualmente. Deste
modo, busca-se oferecer perspectivas de mudança e permanência na história e nos
espaços de ensino diante da escassez de pesquisas que trabalhem com gestão e análise
de dados na área de ensino de língua russa no Brasil.
Palavras-chave: Políticas Linguísticas; Ensino de Russo; Russo no Brasil.

Abstract
This article presents the partial results of the research project “State-of-the-Art of
Russian Language: official documents, teaching materials and academic production”,
which has the objective of carrying out a mapping of official documents, teaching
materials and academic production about Russian language teaching in Brazil, based on
the methodologies of scientometrics and bibliometrics. In addition, an analysis of this
mapping centered around the concepts of orientalism and dezescrita (unwriting) is also
presented. This article specifically intends to present Soviet and post-Soviet Russian
language policies, their impacts on Russian language teaching in Brazil and on political
relations between the two countries throughout history, in addition to providing a brief
overview of Russian language teaching in Brazil in the present day. This way, we seek
to offer perspectives of change and permanence throughout history and in teaching
spaces in face of the scarcity of researches that work with data management and
analysis in the field of Russian language teaching in Brazil.
Keywords: Language Policies; Russian Language Teaching; Russian in Brazil.

Аннотация
В данной статье говориться о результатах, полученных до сих пор, через
исследовательский проект «Уровень развития русского языка: официальные
документы, учебные и академические материалы». Цель такого поиска –
обнаружение официальные документы, учебные материалы и академические
работы по русскому языку обучению в бразильском контексте. Для этого, наша
работа основана на методологиях наукометрии и библиометрии. Кроме того, из
собранных данных намерены их проанализировать по концепциям ориентализма и
dezescrita (распишитесь). Эта статья специально предназначена для представления
советской и постсоветской языковой политики, ее связь с преподаванием русского
языка в Бразилии и влияние на политические отношения между этими двумя
странами на протяжении всей истории; a также будет представляться краткий
обзор преподавания русского языка в Бразилии в настоящее время. Таким
образом, мы стремимся предложить перспективы изменений и постоянства на
протяжении всей истории и в учебных пространствах перед нехваткой
исследований, которые работают с управлением и анализом данных в области
преподавания русского языка в Бразилии.
Ключевые слова: Языковая политика; Обучение русскому языку; Русский в
Бразилии.

1. INTRODUÇÃO

O projeto de Iniciação Científica que conduz as considerações feitas ao longo


deste artigo se deu como um desdobramento do projeto “Produção de Materiais
Didáticos e Metodologias para Ensino de Línguas no Contexto Brasileiro”, que ocorreu
sob orientação do Prof. Milan Puh, compondo o Programa Unificado de Bolsas da
Universidade de São Paulo para os anos de 2020/2021. O projeto resultou na confecção
de Guias Formativos para Aprendizes e Futuros Profissionais de Línguas na
Universidade de São Paulo. Ao longo da produção dos guias e de todo o projeto, foi
priorizada a reflexão sobre a produção de materiais didáticos e metodologias vinculadas
ao ensino no Brasil das diferentes línguas que compunham o projeto.
A partir destas reflexões surgiram algumas questões teóricas e metodológicas
pertinentes ao ensino de línguas estrangeiras não hegemônicas no contexto brasileiro,
como é o caso da língua russa e demais línguas eslavas (PUH, 2020), que deram origem
à pesquisa de Iniciação Científica de título “Estado da Arte do Ensino de Língua Russa:
documentos oficiais, materiais didáticos e produção acadêmica”, também sob orientação
do Prof. Milan Puh.

2. METODOLOGIA

Este projeto pesquisa introdutória de caráter exploratório em uma área de


produção ainda pouco desenvolvida no país, tendo como objetivo um levantamento e
mapeamento da produção sobre a língua russa a partir de três frentes principais:
documentos oficiais, produção acadêmica e materiais didáticos. Serão priorizados ao
longo do levantamento materiais em uso no Brasil, a produção brasileira acerca do
tópico e documentos oficiais de ambos os países e também de grupos de cooperação
multilateral.

Sendo então um dos objetivos a constituição de um ponto de partida para


futuros estudos em diferentes áreas, já que há uma escassez de pesquisas que trabalhem
com gestão de dados e análise de produção acadêmica na área de ensino de língua russa
no Brasil, o projeto visa uma melhor compreensão da imagem brasileira sobre a Rússia
e sua língua oficial, pois esta é perpassada pelas pesquisas, discursos oficiais e materiais
acadêmico criados a seu respeito (PUH, 2020a).

A fim de atender os objetivos e levando em consideração o contexto ainda


pouco explorado da área pretendida, o projeto adquire caráter de estudo exploratório,
uma formatação de pesquisa que, segundo Gil (1987), “têm como principal finalidade
desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, tendo em vista a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”. Tal
distinção se dá a partir de metodologias já desenvolvidas pelo orientador Milan Puh em
pesquisas com enquadramento similar. No artigo “Estudos Eslavos no Brasil:
Constituição de uma Área”, publicado em 2020, Puh desenvolve a ideia de que os
estudos eslavos e, por consequência, o ensino da língua russa, se tratam de uma área
ainda emergente e muitas vezes pouco tratada/divulgada no Brasil. Além disso, defende
que, ao se tratar de uma área ainda emergente, o estudo exploratório passa a ser “o
primeiro passo a ser feito em uma pesquisa que se propõe estabelecer uma visão mais
abrangente sobre o tema a ser abordado” (2020b, p.677).

A fim de compreender os principais motivos pelo qual o ensino da língua russa


trata-se de uma área pouco tratada/divulgada, primeiro é necessária uma reflexão acerca
do conceito de orientalismo desenvolvido por Edward Said (1978), que entende que
aquilo que denominamos “Oriente”, e consequentemente as línguas também
denominadas “Orientais”, seria uma invenção cultural e política do "Ocidente", que
reúne as várias civilizações a leste da Europa sob o mesmo signo do exotismo e, muitas
vezes, da inferioridade. Puh (2020a, p. 423) entende que “o conceito de Orientalismo já
foi altamente explorado em outras partes do mundo, mas ocorre de modo específico
(cultural, histórica e socialmente) no Brasil”. No contexto acadêmico brasileiro, a língua
russa muitas vezes é considerada oriental - como por exemplo na Universidade de São
Paulo, que mantém seu curso de graduação em língua russa juntamente a outras línguas
no Departamento de Letras Orientais - sendo então vista, ainda segundo Puh (2020a, p.
426), como uma das línguas “impassíveis de serem articuladas com a “nossa” cultura”
devido ao processo de orientalização.

Partindo desta noção que cerca a língua russa, nos desdobramos sobre as
políticas linguísticas brasileiras e russas para um melhor entendimento do processo de
institucionalização da língua e o tratamento que esta recebe em decorrência das leis e
diferentes programas, ou também a falta deles - que seria também um projeto em si.
Neste mesmo contexto, pensamos também os materiais didáticos, não somente enquanto
uma ferramenta de ensino e aprendizagem, mas também como um meio de ativação de
processos de globalização e internacionalização e também de conservação e divulgação
diante de um cenário geopolítico.

Como intuito de melhor organização e compreensão destas políticas e


materiais, está sendo realizado um levantamento e mapeamento da produção na área em
três diferentes frentes: documentos oficiais, produção acadêmica e materiais didáticos.
Sendo, até o momento, doze documentos, cinco materiais e dezesseis artigos. Inclui
documentos que vão desde ensaios e colunas jornalísticas escritas por Lênin acerca da
questão nacional e uma língua oficial, como também o programa federal especial
“Língua Russa” que teve vigência até o ano de 2020, até materiais didáticos em uso no
Brasil em universidades, escolas de idiomas e diferentes instituições privadas e
públicas. O mapeamento ainda está em andamento e os números referentes a cada frente
ainda são iniciais, em especial na frente materiais didáticos, devido ao fato de ser uma
área ainda muito difusa no Brasil, dificultando o levantamento.

Ademais, trata-se também de um projeto com cunho parcialmente descritivo,


onde pretende-se estudar o banco de dados a partir das suas categorias descritivas e
analíticas e produzir uma síntese e uma avaliação de relações entre as produções
mapeadas nas três frentes. Para tanto, surge a necessidade de analisar os três tipos de
produção enquanto dados bibliográficos e cienciométricos, metodologia cujas
características foram descritas por Spinak (1996). Para tal, foram estabelecidas as
seguintes categorias de informações a serem coletadas nas três diferentes frentes:

1) Documentos oficiais: título, ano, tipo, resumo e observações;


2) Materiais didáticos: título, ano, autoria/co-autoria, editora, local, idioma,
tipo/método e observações;

3)Produção acadêmica: título, autoria, co-autoria, ano, local, idioma, resumo,


palavra-chave e observações;

Porém, as considerações metodológicas levadas em conta no projeto não tratam


somente de coleta e sistematização de dados, mas também da constituição e
fortalecimento de uma área de conhecimento ainda pouco desenvolvida. Para isso,
juntamente ao tratamento biblio e cienciométrico, o conceito de dezescrita será
mobilizado, uma vez que permite que sejam estabelecidas categorias que ajudarão a
consolidar os dados obtidos pelas duas metrias (biblio e ciêncio), incidindo diretamente
sobre o texto. O conceito é um neologismo desenvolvido inicialmente por Barzotto e
Riolfi (2014) enquanto um método para aprofundar a análise do conhecimento
produzido discursivamente.

A partir destes conceitos teórico metodológicos pretende-se uma melhor


compreensão das permanências e mudanças nas políticas e planejamento linguístico nos
diferentes tempos e espaços de fala da língua russa na Rússia e no Brasil, focando em
especial, no caso deste artigo, nos recortes temporais Soviéticos e Pós-Soviéticos.

3. POLÍTICAS LINGUÍSTICAS SOVIÉTICAS

Ao longo da existência da União Soviética foi possível observar um tratamento


atento dado às políticas e ao planejamento linguístico, indicando um esforço deliberado
do partido em organizar as idéias de identidade étnica multicultural presentes no vasto
território soviético de forma a conciliar uma identidade nacional consciente e
homogênea utilizando da língua como principal ferramenta (GRENOBLE, 2003). No
Brasil vimos o resultado destas políticas, por exemplo, nas diferentes Casas de Amizade
Brasil-URSS. Essas agências ensinavam a língua russa e também ofereciam diferentes
cursos, eventos e festivais que disseminavam a cultura russa.

Diante deste cenário soviético de preeminência da língua russa, o avanço do


bilinguismo e do uso da língua no território da URSS e, por consequência, no território
russo, se deu mesmo com ausência de uma lei que oficializasse a língua russa durante a
maior parte da URSS. Isto se deu em parte também devido ao modelo de organização do
governo e das políticas educacionais (GRENOBLE, 2003).

Este avanço acarretou em algumas consequências bastante negativas para as


populações locais, como o abandono das suas línguas nativas diante do processo
denominado hoje de russificação da URSS eurasiana. Russificação é um termo muito
comum em produções em língua inglesa e russa (Русификация) e se refere ao processo
de assimilação cultural e linguística de comunidades não russas, de forma voluntária ou
não, em detrimento de sua cultura local (ASPATURIAN, 1968). Alguns autores
distinguem o processo de russificação enquanto uma assimilação cultural e o de
russianização enquanto a assimilação linguística. Outros ainda distinguem um terceiro
fenômeno de “sovietização” (ANDERSON; SILVER, 1989).

Mas, independente das nomenclaturas, este processo resultou em um profundo


desassossego nas diferentes populações, colaborando de forma muito direta com a
desestabilização da União Soviética (RYAZANOVA-CLARK, 2006). Com a dissolução
da URSS, a maioria das agências de amizade no Brasil cessaram suas atividades,
deixando uma lacuna no sentido de iniciativas governamentais de ensino da língua no
Brasil. Ainda assim, é importante frisar que, anteriormente às iniciativas soviéticas de
ensino da língua e propagação de cultura, já existiam clubes e associações de imigrantes
atuando no Brasil e estes continuaram a existir após o fim da URSS e a se esforçar para
perpetuar suas culturas e a língua no país.
4. POLÍTICAS LINGUÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS

Devido a associação historicamente desenvolvida durante o processo de


“russificação” do período soviético entre identidade nacional e língua, e também a
desestabilização econômica, social e cultural enfrentada pelo país após a dissolução da
URSS, houve uma forte intensificação de políticas voltadas à língua na Federação Russa
em comparação ao período sovético (RYAZANOVA-CLARK, 2006).

O estado russo, dentro de um contexto protecionista mais amplo, se voltou à


uma sistematização legal, imposição nacional e protecionismo generalizado da língua
russa para assegurar uma unidade do país plurinacional diante do que se entende por
ameaças geopolíticas à sua soberania e unidade. Uma forte evidência desta nova
perspectiva seria a resposta do presidente Putin a um questionamento feito durante uma
coletiva de imprensa em 2003 sobre a real necessidade de uma legislação específica
para língua, até então inexistente, ele disse: “A língua russa é certamente e sem
exageros a fundação de nosso estado. Ela está precisando de ajuda e apoio e o estado
deve dar esta ajuda e apoio” (Tradução prórpia)1. Dentre estas diferentes políticas de
proteção e fomento é possível citar a proibição do uso de qualquer alfabeto exceto o
cirílico para as línguas étnicas locais, a criação da fundação Russkiy Mir e o projeto da
"Internet russa” como um espaço de russofonia virtual.

Além disso, programas de apoio estatal - como aqueles detalhados em


documentos como "O conceito de apoio estatal e promoção da língua russa no exterior",
aprovado pelo Presidente da Federação Russa em 03.11.2015 N Pr-2283 - pontuam
metas e áreas prioritárias para apoiar e promover a língua russa no exterior no interesse

1
“Русский язык — это, конечно, одна из основ нашей государственности, без всякого
преувеличения. Он нуждается в помощи и поддержке. И государство должно оказать эту помощь и
поддержку.” Disponível em <http://gramota.ru/lenta/news/8_1505> Acesso em: 22.10.2021
de desenvolver a cooperação cultural e humanitária internacional e criar uma imagem
positiva da Federação Russa perante o restante do mundo, em especial em parceria com
imigrantes e seus descendentes. Estes programas incluem a criação e manutenção de
Institutos Pushkin pelo mundo, convênios com universidades de diferentes países,
bolsas de estudo para estrangeiros e diversas outras iniciativas.

5. O ENSINO DA LÍNGUA RUSSA NO BRASIL HOJE

Atualmente, são oferecidos cursos de língua russa à nível de graduação em


duas universidades públicas, a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal do
Rio de Janeiro. Sendo que outras universidades, como a Universidade Federal
Fluminense e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, oferecem cursos livres do
idioma. Existem também instituições privadas de ensino da língua espalhados pelo
Brasil, algumas delas existem como continuidade independente das Casas da Amizade
Brasil URSS, uma em São Paulo e outra em Recife, já outras são iniciativas de
imigrantes e seus descendentes, como o Clube Eslavo em São Paulo, o ABC Russo em
Porto Alegre e o Instituto Rússia Brasil no Rio de Janeiro. Além disso, a agência
governamental Rússia no Brasil promove um curso para iniciantes em parceria com a
associação Compatriotas Russos do Brasil.

É importante frisar que o ensino da língua russa no Brasil trata-se de uma área
bastante difusa e que carece de incentivo estatal, apesar de a Federação Russa ocupa a
15ª posição dentre os países que mais colaboram em pesquisas com o Brasil segundo o
relatório para a CAPES de 2016 feito pela Clarivate Analytics. O mesmo relatório ainda
indica que a colaboração com países de rápido crescimento da produção acadêmica,
como é o caso da Federação Russa, tem maiores rendimentos para o país, levando a uma
sugestão de expansão das colaborações com países do BRICS, pois renderiam maiores
dividendos ao Brasil comparado as colaborações mais usuais com países
norte-americanos. Tal sugestão se confirma também no relatório “BRICS: Construir a
educação para o futuro” de 2014 publicado pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura, que aponta uma maior colaboração na área de
educação entre os países do BRICS como um impulso que alavancaria o crescimento
econômico e a coesão social dos países participantes.

Ainda de acordo com o relatório “BRICS: Construir a educação para o futuro”,


a cooperação entre os países BRICS nas mais diversas áreas da educação podem levar a
melhoraria dos dados disponíveis sobre educação, promoção de mobilidade estudantil,
melhorias no desenvolvimento de habilidades profissionais e aprofundar os
conhecimentos sobre cooperação para desenvolvimento. A partir destes dados, é
possível chegar a um entendimento da importância do estudo da língua russa no palco
mundial, e consequentemente de seu status no Brasil, como uma possibilidade de
construção de conhecimento científico fortalecedor das relações internacionais
Brasil-Rússia, que já possuem grande importância devido a grupos de cooperação
multilateral como BRICS e G20, e também do lugar da língua russa no Brasil.

6. CONCLUSÃO

Diante deste breve panorama é possível constatar que a língua russa


desempenhou e ainda desempenha um papel que perpassa não somente questões de
identidade nacional e culturais, mas também questões geopolíticas, recebendo atenção
especial nos últimos 20 anos. Esta centralidade da língua dentro das políticas de
segurança nacional e cooperação internacional russas acarreta em diversas
oportunidades de estudo, desenvolvimento de projetos e de fomento da área de estudos
de russística e de estudos eslavos como um todo no Brasil. Fomento este que, além de
ter grande importância no âmbito cultural e linguístico, pode levar também a resultados
extremamente produtivos para a ciência brasileira como um todo.

Sendo este artigo uma apresentação de resultados parciais, este projeto


pretende ainda analisar de forma mais aprofundada as características descritivas do
mapeamento que vem sendo desenvolvido, a fim de contribuir para um entendimento
mais abrangente e detalhado da atual situação do ensino da língua russa no Brasil e
também de apresentar possíveis novos caminhos para a pesquisa na área no país.

Referências
ANDERSON, Barbara; SILVER. Brian. Demographic Sources of the Changing Ethnic
Composition of the Soviet Union. Population and Development Review 15, No. 4.
1989. p. 609–656
ASPATURIAN Vernon V. The Non-Russian Peoples. in: KASSOF, Allen (org.).
Prospects for Soviet Society. Praeger. Nova Iorque. 1968. p. 143–198
CLARIVATE ANALYTICS. Research in Brazil: A report for CAPES by Clarivate
Analytics. 2016.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008.
GRENOBLE, Lenore A.. Language Policy in the Soviet Union. Kluwer Academic
Publishers. Vol. 3. Dartmouth College. New Hampshire, EUA. 2003.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
CULTURA. BRICS: Building Education for the Future – Priorities for National
Development and International Cooperation. Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, França,
2014.
PUH, MILAN. Tudo junto e misturado?: as contribuições e os limites do
multiculturalismo no ensino de línguas. El toldo de Astier, v. 20-21, p. 415-432, 2020a.
PUH, MILAN. Estudos Eslavos No Brasil: Constituição De Uma Área. REVISTA X, v.
15, p. 674-697, 2020b.
SAID, Edward. Orientalism. New York: Pantheon Books, 1978.
SPINAK, Ernesto. Diccionario enciclopédico de bibliometría, cienciometría e
informetría. Venezuela: UNESCO CII/II; 1996

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