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(ADULTOS) Lição 6: AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

REVISTA ADULTOS 2° TRIMESTRE 2019


Título: O Tabernáculo — Símbolos da obra redentora de Cristo
Comentarista: Elienai Cabral

- LIÇÃO6 -
12 de MAIO de 2019

AS CORTINAS DO TABERNÁCULO
TEXTO ÁUREO
“Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados
os fins dos séculos.” (1 Co 10.11)

VERDADE PRÁTICA
Comparando as coisas simples do Tabernáculo com as celestiais, aprendemos as verdades que nos levam
ao crescimento espiritual.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Êxodo 26.1-14
1 E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins

as farás de obra esmerada.


2 O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina, de quatro côvados; todas

estas cortinas serão de uma medida.


3 Cinco cortinas se enlaçarão uma à outra; e as outras cinco cortinas se enlaçarão uma com a outra.
4 E farás laçadas de pano azul na ponta de uma cortina, na extremidade, na juntura; assim também farás na ponta

da extremidade da outra cortina, na segunda juntura.


5 Cinquenta laçadas farás numa cortina e outras cinquenta laçadas farás na extremidade da cortina que está na

segunda juntura; as laçadas estarão travadas uma com a outra.


6 Farás também cinquenta colchetes de ouro e ajuntarás com estes colchetes as cortinas, uma com a outra, e será

um tabernáculo.
7 Farás também cortinas de pelos de cabras por tenda sobre o tabernáculo; de onze cortinas a farás.
8 O comprimento de uma cortina será de trinta côvados, e a largura da mesma cortina, de quatro côvados; estas

onze cortinas serão de uma medida.


9 E ajuntarás cinco destas cortinas por si e as outras seis cortinas também por si: e dobrarás a sexta cortina diante

da tenda.
10 E farás cinquenta laçadas na borda de uma cortina, na extremidade, na juntura, e outras cinquenta laçadas na

borda da outra cortina, na segunda juntura.


11 Farás também cinquenta colchetes de cobre e meterás os colchetes nas laçadas; e, assim, ajuntarás a tenda para

que seja uma.


12 E o resto que sobejar das cortinas da tenda, a metade da cortina que sobejar, penderá sobre as costas do

tabernáculo.
13 E um côvado de um lado e outro côvado de outro, que sobejará no comprimento das cortinas da tenda, penderá

de sobejo aos lados do tabernáculo de um e de outro lado, para cobri-lo.


14 Farás também à tenda uma coberta de peles de carneiro tintas de vermelho e outra coberta de peles de texugo

em cima.

INTRODUÇÃO
“As cortinas do Tabernáculo têm muito a dizer-nos acerca da maravilhosa obra redentora de Cristo. Pelas
suas estruturas, simbologia e cores, veremos como esse utensílio importante do Tabernáculo se fez figura e
estímulo para adentrarmos à presença de Deus de maneira confiante e ousada.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista
Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- “Quando Adão e Eva viviam no jardim, estavam na presença absoluta de Deus. Depois de sua
transgressão foram expulsos, separados da presença de Deus. Querubins com uma espada
flamejante estavam posicionados a leste do jardim para impedir seu retorno e para impor a separação
da presença de Deus. Homens poderiam oferecer sacrifícios a Deus, poderiam orar a ele, mas o
caminho para a sua presença permaneceria fechado. Os querubins, embora não estivessem mais
visíveis, permaneciam em guarda. E esta separação permaneceu por gerações. Quando Moisés
recebeu a lei no Monte Sinai, essa lei incluía instruções para a construção do tabernáculo, entre essas
instruções estava a confecção de uma cortina ou véu (Êx 26.30-35). O propósito desta cortina era
estabelecer uma divisão entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos. No Santo Lugar estavam o
candelabro, a mesa para o pão da proposição e o altar do incenso. No Lugar Santíssimo estava a
arca da aliança, coberta pelo propiciatório, sobre a qual dois querubins guardavam a presença de
Deus. Este era o lugar onde Deus tornava visível sua presença e de onde falava a Moisés. O véu que
dividia o Santo Lugar do Lugar Santíssimo era bordado com querubins, representando os querubins
a leste do Éden, mantendo a humanidade longe da presença de Deus. Mas uma mudança aconteceu.
A proibição absoluta de entrar na presença de Deus agora já não era tão absoluta. A porta para a
presença de Deus que tinha sido tão firmemente fechada no Éden agora apresentava uma fenda.
Era, na verdade, ainda uma fenda muito pequena, mas era uma fenda verdadeira. Agora o sumo
sacerdote, uma vez por ano, acompanhado pela fumaça que se levantava do incenso, e pelo sangue
dos sacrifícios, podia entrar no Lugar Santíssimo (Lv 16). Ele poderia entrar no lugar da presença de
Deus.” (VOLTEMOSAOEVANGELHO) – Dito isto, convido-o a pensar maduramente a fé cristã!

I - AS COBERTAS E AS CORTINAS DO TABERNÁCULO

“Embora fosse complexa em detalhes e específica nos materiais e cores, a estética do Tabernáculo tinha de
apresentar uma leitura fácil, pois a montagem e desmontagem do santuário tinham de ser de acordo com a
simplicidade do cotidiano da vida no deserto. As cobertas e as cortinas do Tabernáculo estavam assim
classificadas:”

“1. A coberta exterior. A coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos). O desenho
não expressa beleza exterior ou algo que chamasse a atenção. Tratava-se de um material para resistir as
intempéries do deserto; era rústico. A estrutura na qual repousava a coberta era feita de madeira de acácia
e revestida com ouro para sustentá-la (Êx 26.18-30). Ora, imagine uma estrutura de madeira de acácia
forrada com ouro por dentro e coberta de peles de animais diversos por fora. Assim era o Tabernáculo. É
inevitável não correlacionar a estética exterior do Tabernáculo com a humanidade do nosso Salvador, Jesus
Cristo, que se fez carne entre nós (Jo 1.14). A profecia de Isaías acerca da humanidade de Jesus é vívida:
“Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem
formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos” (53.2).” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- A coberta com peles finas eram feitas com couro de um animal conhecido como Texugo (Espécie
de animal marinho (Ez 16.10)) - O texugo não é nativo do norte da África, a tradução do
hebraico takhashpor "texugo" é uma conjectura muito improvável, é aplicado com alguma imprecisão
a vários animais marinhos, como focas, dugongos, golfinhos, tubarões e lobos marinhos. Eles
formaram a cobertura externa do Tabernáculo. A coberta de peles de texugos foi a coberta mais
visível pelo lado de fora. Não era bonita, nem formosa, mas foi muito útil. Sem dúvida alguma, essas
peles de Texugo apontam para Isaías 53.2 – “terra seca... nenhuma beleza havia que nos agradasse”.
O servo surgiria em condições humilhantes e não se vestiria com nenhuma das vestes características
da realeza, permitindo que sua identidade fosse perceptível apenas aos que o olhassem com os olhos
da fé.
“2. As cortinas internas. Por baixo da coberta exterior havia uma coberta de peles de carneiro tingidas de
vermelho (v.14). Por debaixo das peles de carneiro, havia outras cortinas feitas de peles de cabras brancas,
sem ser tingidas (26.7-13). Por último, havia uma quarta cortina que podia ser vista somente do lado de
dentro do Tabernáculo. Era uma cortina feita de linho branco e fino com bordados das figuras de querubins
(26.1-6). Suas cores eram púrpura, escarlate e azul. A visão dessa cortina lembrava o céu de glória (Jo 14.1-
3). Toda essa imagem nos aponta alguns símbolos importantíssimos:
- As cores: Azul, Púrpura, Carmesim e a Branca do linho fino apontam para Cristo, e para àquele que
está em Cristo.
- “Elas simbolizam o caráter de Jesus. Deus mandou fazer as cortinas de linho retorcido, estofo azul,
púrpura e carmesim.
O linho retorcido é símbolo de justiça, o termo aqui é no sentido de ‘ser justo’ (Ap 19.8). O
linho retorcido apontava para alguém que haveria de ter a natureza perfeita. Esse alguém seria sem
sombra de dúvida Jesus Cristo. N’Ele seria encontrada a retidão desejada por Deus.
O linho retorcido das cortinas do Tabernáculo também representa a humanidade perfeita
de Jesus. Entrar no Tabernáculo a ver as cortinas de linho retorcido, com fios de azul, púrpura e
carmesim, era ver, pela fé, toda a beleza que estaria presente no Segundo Homem.
O azul é cor celestial, é símbolo do Céu. E os fios de púrpura entrelaçados na cortina,
tornou-se símbolo de Realeza. A púrpura era um tecido caríssimo, usado somente pelos ricos, pelos
nobres, tecido próprio dos reis.
Jesus Cristo é Rei, conforme simbolizado pela púrpura.
Os fios carmesim (escarlate) tornaram-se o símbolo do sofrimento. O carmesim era obtido
mediante o esmagamento de um molusco.
O azul, a púrpura e o carmesim apresentam Jesus como o Filho de Deus, e como Rei sobre
todas as coisas, mas que deveria seguir o caminho da cruz para realizar a redenção da humanidade.”
(ESCOLADABIBLIA)
1) a coberta tingida de vermelho aponta para Cristo e seu sacrifício na cruz, pois o vermelho é o símbolo do
sangue de Cristo para a remissão do pecado;
- A cor vermelha ou carmesim aponta para o sacrifício (Ap 5.9-10; Nm 19.6; Lv 14.4; Hb 9.11-14, 19,
23, 28). A cor carmesim, pelas escrituras, e especialmente quando se refere a Cristo, manifesta o
Cristo Sacrificatório e a Sua humildade. A cor carmesim, para os usos no tabernáculo foi conseguida
do corpo da fêmea do “coccus ilicis” - um verme (Sl 22.6), a palavra hebraica para escarlata e
carmesim). É interessante notar que o nome ‘Adão’, é uma palavra babilônica, cujo significado é
‘vermelho’, por ser feito da terra (#0121, Strong’s).

2) as cortinas feitas de peles de cabras brancas, sem serem tingidas, revela uma ideia de pureza e justiça do
nosso Salvador (2 Co 5.21; Fp 3.9); 3) a última cortina revela a natureza dos seres angelicais que servem
junto ao Trono de Deus. Assim, o Tabernáculo tipificava a morada de Deus e as características redentoras e
salvíficas expressas na obra expiatória de Jesus Cristo (Sl 32.1,2; Rm 4.6-8).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos,
2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- A cor branca do linho fino é emblemática da perfeição, pureza, e santidade de Deus em Cristo, e
aos que são lavados no sangue de Crist (Ap 7.9-17; Sl 132.9). A cor branca refere-se ao efeito da
obra de Cristo no lugar do Seu povo. Ele os faz perfeitos, santos e justos, propícios para serem na
presença de Deus. Ap 7. 9-17: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém
podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante
o Cordeiro, trajando vestes brancas … (Ap 19. 7-9). Deus veste Seus sacerdotes de justiça, como
são vestidos os sacerdotes do tabernáculo (Ex 28.39; Sl 132.9; Zc 3.3,4). Não podemos pensar que
tenhamos a justiça de Deus se estamos fora de Cristo. Temos que ser lavados pelo Seu sangue se
esperamos ser redimidos da nossa vã maneira de viver (I Pd 1.18,19). Entramos em Cristo pelo
arrependimento dos pecados e fé no sacrifício de Cristo em nosso lugar. Nessa maneira o pecador é
feito limpo, perfeito, puro e justo diante de Deus. Está nEle? Se arrependa e creia nEle já! De outra
maneira as suas vestes sujas continuam e no fim, será lançado “nas trevas exteriores; ali haverá
pranto e ranger de dentes” Mt 2.13. (NUCLEODEAPOIOCRISTAO)
II - O CORTINADO DO PÁTIO DO TABERNÁCULO
“1. A simbologia descritiva das cortinas do Tabernáculo. Descrever a importância das cortinas do
Tabernáculo e não considerar seu valor espiritual e tipológico significa ignorar o propósito integral do texto
narrativo acerca do santuário. Ora, a precisão dos detalhes de cada peça e material usados para construir o
Tabernáculo servia de ensino das verdades acerca das coisas espirituais. Por isso, a madeira, metais, tecidos
e tintas especiais usadas no Pátio do Santuário remontam a uma tipologia singular com relação a pessoa e
obra de Jesus, o Senhor e Redentor nosso.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- “A tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.)
Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são representações de
algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo
Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Por exemplo, o dilúvio dos
dias de Noé (Gênesis 6-7) é usado como um tipo de batismo em 1 Pedro 3:20-21. A palavra para tipo
que Pedro usa é figura” (GOTQUESTIONS). É importante que se diga que o Tabernáculo seria algo
que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as verdades fundamentais no
Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus
Cristo. Glória a Deus! Jesus, como sumo sacerdote de uma nova dispensação, abriu caminho para
Santo dos Santos a todos os crentes, porque o véu de separação foi rasgado de cima abaixo, na
ocasião da sua morte na cruz (Hb 9.6-14).

“2. O significado de separação. O ambiente entre a cerca e o Tabernáculo era o pátio. Havia um cortinado
branco de linho fino torcido que tinha por objetivo fazer a separação dos pecadores. Para adentrar ao Pátio,
o pecador deveria levar a sua oferta pelo pecado. Assim, as cortinas faziam a separação entre o santo e o
profano (Êx 38.9-13). Nesse sentido, a imagem do cortinado de linho torcido simboliza a pureza de Deus num
mundo de impurezas. É o símbolo da santidade e pureza de Jesus, pois, como homem, nosso Senhor não teve
mácula, conforme Ele mesmo indagou de seus opositores: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo
8.46). Aqui, há uma distinção importante que deve ser feita em relação à Antiga Aliança: na Nova Aliança, a
Igreja de Cristo não se fecha dentro de uma “cerca”, mas está pronta para receber qualquer tipo de pecador,
uma vez arrependido, que confessa o senhorio de Jesus Cristo em sua vida.” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º
Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- A tenda e seus objetos apontam para Cristo. Olhando de longe, vê-se um cercado em forma
de retângulo demarcado por uma cortina (50m x 25m) de linho branco (pureza e santidade), com
2,5m de altura, sustentado por 60 firmes colunas, apoiadas em base de cobre (Ex 27:9 e 12). Por
cima da cerca ainda se pode ver o teto da tenda, que está do lado de dentro deste cercado. Não havia
exteriormente beleza alguma (Is 53.2-3). Dentro desse cercado de linho branco, chamado de Átrio ou
Pátio, podia-se ver em sua primeira metade o Altar de Holocausto; mais à frente a Pia de Bronze
cheia de água. Na segunda metade desse Pátio ficava uma espécie de casa que seria exatamente a
tenda.

“3. O significado de santidade. Santidade é a separação absoluta do pecado e dedicação exclusiva a Deus.
Por isso, as cortinas da cerca do Pátio e do Tabernáculo, bem como tudo dentro dele, revelam santidade. Não
podemos jamais desconsiderar a seriedade do chamado para vivermos uma vida santa. Os tempos atuais nos
desafiam a viver um estilo de vida na presença de Deus, manifestando a santidade e a pureza de Cristo Jesus.
Ter a consciência da santidade bíblica significa ter a disposição para viver na contramão do mundo (1 Jo
2.15).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- Dependendo do contexto onde o vocábulo está inserido, ele adquire significados distintos. Em
relação ao atributo divino, Santidade é a pureza perfeita de Deus, que não tem mancha alguma de
pecado. A Bíblia diz que Deus é santo. Esse é Seu caráter. Deus é perfeito, Ele não tem falha nem
erro algum. O pecado nem sequer pode entrar em Sua presença! Somente o que é santo pode se
aproximar de Deus (Hb 12:14). Na Bíblia, santidade também pode significar a dedicação a Deus, se
afastando da impureza do pecado, e nesse sentido, todo crente é chamado para ser santo. Uma
ausência de amor ao mundo deve ser a característica habitual da vida de amor daqueles que são
considerados genuinamente nascidos de novo. "Amor" aqui significa afeto e devoção. É Deus, e não
o mundo, que deve ter o primeiro lugar na vida do cristão (Mt 10.37-39; Fp 3.20). É importante lembrar
que quando se faz referência à ‘mundo’, não se trata do mundo físico e material, mas do sistema
espiritual invisível do mal dominado por Satanás (2Co 10.3-5) e tudo o que ele oferece em oposição
a Deus, à sua Palavra e ao seu povo (1Jo 5.19; Jo 12.31; 1Co 1.21; 2Co 4.4; Tg 4.4; 2Pe 1.4). Ou
somos cristãos genuínos cuja marca é o amor e a obediência a Deus ou seremos cristãos em rebelião
contra Deus, ou seja, apaixonados e escravizados pelo sistema mundano controlado por Satanás (Ef
2.1-3; Cl 1.13; Tg 4.4). Não há meio-termo entre essas duas alternativas para alguém que se diz
nascido de novo. Os falsos mestres não tinham esse tipo de amor singular, mas se dedicavam à
filosofia e à sabedoria do mundo, revelando, com isso, o seu amor pelo mundo e a sua condição de
não salvos (Mt 6.24; Lc 16.13; ITm 6.20; 2Pe 2.12-22)

III - AS CORES DAS CORTINAS DO TABERNÁCULO


“1. O significado especial das cores. As cores usadas na estrutura do Tabernáculo tinham um significado
especial. Por meio delas, o povo de Israel perceberia o símbolo da manifestação da glória de Deus nos
sacrifícios que fossem apresentados.
Havia uma ordem em que as cores eram mencionadas:
(1) azul; - Aponta para o Céu, de onde veio e para onde retornou o Senhor Jesus Cristo. Tipifica sua
"divindade" e está presente no livro de João. A genealogia não é apresentada, pois Deus não tem ascendência.
Ele existe para sempre.
(2) púrpura; - Cor da realeza. O evangelho de Mateus cita Jesus como o "Filho de Davi", enfatizando que Jesus
é o nosso Rei. Todo soberano deve provar sua descendência real, e isto é feito em sua genealogia.
(3) carmesim; - Cor de sangue e aponta para Jesus como "servo sofredor". Marcos destaca esta condição em
seu evangelho. Aqui não há genealogia, o destaque é para o "servo".
(4) branco. - Lembra a pureza e a santidade de Cristo, salientado por Lucas. Este é o evangelho do Filho do
Homem. Jesus é mostrado como o "homem perfeito", e seu caráter justo. Apresenta a genealogia do homem
ilustre e nobre.
Essas cores estavam na porta de entrada que dava acesso ao lugar sagrado, onde, por meio do ministério do
sacerdote, o pecador encontrava-se com Deus. Assim, toda vez que alguém entrava por essa porta, deparava-
se com a simbologia das cores. Para nós, os discípulos de Cristo, essas cores apontavam para a obra de Cristo
que envolve a remissão do passado, do presente e do futuro. É a obra completa da salvação.” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- Nos dois reposteiros (cortinas) do átrio e da tenda, aparecem as mesmas cores: púrpura,
carmesim, branco e azul. Todas essas cores apontam para Jesus e são descritas nos quatro
evangelhos.

“2. A cor azul celeste (Êx 27.16). É uma cor que remete ao céu e indica a origem celestial de Cristo e sua
divindade. Nosso Senhor era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele veio do céu, mas fez-se
homem na Terra (Jo 1.14). Depois da sua ressurreição e vitória contra a morte, Ele foi recebido no céu,
reavendo aquela mesma glória de antes que o mundo existisse (Jo 17.5 cf. Fp 2.5-11; Ef 1.20-23). Por
intermédio do Espírito Santo, nosso Senhor edifica e zela pela sua Igreja, a Noiva em que um dia brevemente
buscará (Hb 12.24; Jo 17.9,20; Rm 8.34; 1 Ts 4.16,17).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12
MAIO, 2019]
- A cor Azul aponta para Cristo, o celestial, de natureza divina; Em João 1.14, a palavra "tornou-
se" enfatiza Cristo assumindo a humanidade (Hb 1.1-3; 2.14-18). Esse fato é certamente o mais
profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o Eterno foi conformado ao tempo; o
Invisível tornou-se visível; o Ser sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o
Verbo não deixou de ser Deus, mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em
forma humana como um homem (1Tm 3.1b), e não somente isso, mas veio e tabernaculou/habitou -
significa "fincar o tabernáculo" ou "morar numa tenda". O termo lembra o tabernáculo do Antigo
Testamento, onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído (Êx 25.8), onde
"falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo'' (Êx 33.11). Na nova
dispensação, Deus escolheu habitar entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-
se homem. Quando o tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de Deus encheu toda a estrutura
(Êx 40.34; cf. I Rs 8.10); Quando o Verbo se tornou carne, a gloriosa presença da divindade estava
incorporada nele (Cl 2.9). Havendo completado a sua obra, Jesus olhou para além da cruz e pediu
para ser retornado à glória da qual participava com o Pai antes da criação do mundo. O ponto final
de suportar a ira pelos pecados foi declarado por Cristo no brado: "Está consumado" (Jo 19.30).

“3. A cor púrpura (Êx 27.16). A púrpura era um tecido roxo obtido de moluscos que estão no fundo dos
mares. É uma cor que remete à ideia de realeza e que aponta para o futuro. Em relação a Cristo, a cor é uma
figura da realeza e divindade de Jesus (Ef 1.20,21), bem como a sua manifestação triunfal para implantar o
Reino Milenial (Sl 110; Is 9.6; Lc 1.32). O nosso Deus jamais perdeu o controle da história! ” [Lições Bíblicas CPAD,
Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- A cortina de cor púrpura aponta para Cristo o Rei. Em Efésios 1.20,21, esse mesmo poder
que ressuscitou Jesus da morte e o elevou de volta pela ascensão para a glória a fim de fazê-lo
sentar-se à direita de Deus, é dado a todo cristão no momento da salvação e está sempre disponível
(At 1.8; Cl 1.29). Paulo, portanto, não ora para que o poder de Deus seja dado aos cristãos, mas para
que eles se conscientizem do poder que já possuem em Cristo e façam uso dele. Paulo queria que
os crentes entendessem a grandeza de Deus comparada a outros seres celestiais. "Principado,
potestade, poder e domínio" eram os termos tradicionais judaicos para designar seres angelicais que
tinham unia alta posição no exército de Deus. Deus está acima deles todos (cf. Ap 20.10-15).

“4. A cor escarlate (carmesim) (Êx 27.16). O carmezim é uma cor de sangue, vermelho vivo. Se, por um
lado, a cor projeta o vitupério do Calvário e o triunfo da obra salvífica de Cristo, por outro, ela aponta para
a glória vindoura do reinado do “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Zc 14.9; 1 Tm 6.14,15; Ap 19.11-16).
Nosso Senhor sofreu, foi ferido e derramou seu sangue remidor como nos revela Apocalipse 19.13: “E estava
vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus”. ” [Lições Bíblicas
CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO, 2019]
-.A cortina carmesim/escarlata aponta para Cristo o Sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de
um bichinho de cor escarlata. Foi esmagado para fornecer o corante. Quando Jesus descer dos céus
outra vez para reinar (Ap 11.1), haverá apenas uma religião no mundo inteiro durante se reinado
milenar. O Senhor governará com cetro de ferro (Ap 19.15) e eliminará as religiões criadas por
Satanás. Será o cumprimento final:
(1) da aliança abraâmica segundo a.qual ele daria origem ao povo judeu, a nação de Israel, e
da terra que daria a Abraão;
(2) da aliança davídica com sua promessa de um rei da tribo de Judá e da continuidade da
linhagem de Davi e
(3) da nova aliança que oferece a esperança de redenção espiritual para judeus e gentios.
Tudo isso se cumprirá no Senhor Jesus Cristo e por meio deie.
O manto tinto de sangue de Cristo simboliza as grandes lutas que ele já enfrentou contra o
pecado, Satanás e a morte, e seu manto foi manchado com o sangue dos seus inimigos.

“5. A cor branca do linho torcido. Em ponto anterior, tratamos dessa cor para falar da santidade de Cristo.
Num sentido especial, o linho torcido é o tecido rústico e batido que lembra a humanidade de Jesus e seu
sofrimento em nosso lugar. Lembra também o fato de que a morte de Cristo tornou-se o fundamento da
justiça em nosso favor (1 Pe 1.18,19; Ap 1.5).” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6, 12 MAIO,
2019]
- A cortina na cor branca aponta para Cristo o Puro, Imaculado. Fomos resgatados, ou seja,
comprados mediante pagamento para livrar-nos da escravidão; fomos postos em liberdade mediante
o pagamento de um resgate. "Resgate" ou "redenção" era um termo técnico que se aplicava ao
dinheiro pago para comprar a liberdade de um prisioneiro de guerra. Em 1Pe 1.18,19 é usado como
referência ao preço pago para comprar a liberdade de alguém que é escravo do pecado e está sob a
maldição da lei (ou seja, a morte eterna, - Gl 3.13). O preço pago a um Deus santo foi o sangue
derramado de seu próprio Filho (cf. Cx 12.1-13; 15.13; Sl 78.35; At 20.28; Rm 3.24; Cl 4.4-5; Ef 1.7;
Cl 1.14; Tt 2.14; Hb 9.11-17). Por isso mesmo Jesus é o Primogênito; De todos os que foram ou serão
ressuscitados dos mortos, ele é o proeminente, o único herdeiro legal (cf. 3.14; SI 8 9.27; Cl 1.15).
CONCLUSÃO
“O autor da Epístola aos Hebreus exorta-nos a chegar com confiança ao trono da graça, pois assim
alcançaríamos misericórdia e acharíamos graça para, num tempo oportuno, sermos auxiliados (4.16). Jesus,
o Sumo Sacerdote perfeito, deu-nos esse privilégio para desfrutarmos da presença santa de Deus mediante a
fé. Não tenhamos receio de adentrar a presença santa do Pai!” [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019.
Lição 6, 12 MAIO, 2019]
- Os governantes antigos, em sua maioria, não eram acessíveis para ninguém que não fizesse
parte de seus principais conselheiros (Et 4.11). Em contrapartida, o Espírito Santo pede a todos que
se acheguem com confiança ao trono de Deus para receber misericórdia e graça por meio de Jesus
Cristo (Hb 7.25; 10.22; Mt 27.51). A arca da Aliança era vista como o lugar na terra onde Deus se
assentava em seu trono entre os querubins (2Rs 19.15; Jr 3.16-17). Foi no trono de Deus que Cristo
fez expiaçâo pelos pecados, e é ali que a graça é dispensada aos cristãos para todas as questões da
vida (2Co 4.15; 9.8; 12.9; Ef 1.7; 2.7). Quando os evangelistas registram que após a morte de Jesus
o véu do Templo se rasgou, estão indicando que, cumprida a missão de Jesus naquele momento,
Deus abriu o acesso, através de Jesus Cristo, à Sua presença. O véu foi rasgado e o acesso a Deus
foi aberto. Agora já não somos mediados por Sumos Sacerdotes, mas cada crente em Jesus Cristo
é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus (1Pd 2.9). Somos mediados apenas por Jesus
Cristo, ou seja, cada um de nós agora pode se dirigir diretamente a Deus, buscando o perdão dos
pecados, sem a necessidade de ninguém (humano) que nos represente. Essa é uma das maiores
bênção que foram dadas a nós! E por isso ficou registrado nos evangelhos de forma preciosa essa
grandiosa revelação.

“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos”. (Jeremias 15.16),
Pb Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Maio de 2019

PARA REFLETIR
A respeito de “As Cortinas do Tabernáculo”, responda:
• De que era feita a coberta exterior?
A coberta era feita de peles de animais marinhos (texugos ou golfinhos). Tratava-se de um material
para resistir as intempéries do deserto; era rústico.
• Cite alguns símbolos importantes que as cortinas internas nos apresentam.
1) a coberta tingida de vermelho aponta para Cristo e seu sacrifício na cruz, pois o vermelho é o símbolo
do sangue de Cristo para a remissão do pecado; 2) as cortinas feitas de peles de cabras brancas sem
serem tingidas revela uma ideia de pureza e justiça do nosso Salvador (2 Co 5.21; Fp 3.9); 3) a última
cortina revela a natureza dos seres angelicais que servem junto ao Trono de Deus.
• A que remontam a madeira, metais, tecidos e tintas especiais usadas no Pátio do Santuário?
A madeira, metais, tecidos e tintas especiais usadas no Pátio do Santuário remontam a uma tipologia
singular com relação à pessoa e obra de Jesus, o Senhor e Redentor nosso.
• O que é santidade e como podemos obtê-la?
Santidade é a separação absoluta do pecado e dedicação exclusiva a Deus. Assim, Ter a consciência
da santidade bíblica significa ter a disposição para viver na contramão do mundo (1 Jo 2.15).
• Cite ao menos duas cores das cortinas do Tabernáculo e seus respectivos significados.
A cor azul celeste remete ao céu e indica a origem celestial de Cristo e sua divindade. E a cor púrpura
remete à ideia de realeza e que aponta para o futuro. [Lições Bíblicas CPAD, Revista Adultos, 2º Trimestre 2019. Lição 6,
12 MAIO, 2019]

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