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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Disciplina: Prospecção e Pesquisa Mineral

Código: IA 277

Professor: Francisco Silva

Departamento de Petrologia e Geotectônica (IGEO)

UFRuralRJ

Prof. Francisco Silva – Departamento de Petrologia e Geotectônica (IGEO)


Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Método Clássico de Estimação


Geração de Modelo de Blocos em 2D e Estimação por IQD

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Seção de corpo mineralizado onde o comprimento e a largura


são muito maiores maiores do que a respectiva espessura

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Amostragem por sondagem efetuada perpendicularmente


à principal orientação da mineralização

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Uma parte do corpo (painel) será estimado a partir de cinco amostras

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As amostras são representadas espacialmente através


das coordenadas do ponto central de cada uma delas

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Cada ponto central está referenciado geograficamente pelas coordenadas.


O passo seguinte é representar a mineralização por meio de blocos

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Ao construir o modelo de blocos são considerados, para efeitos de estimativa,


somente os blocos cujo centro estão dentro do corpo mineralizado. Notar que
existe uma “certa” compensação volumétrica entre as partes estéreis que estão
no bloco e partes da mineralização que não foram representadas pelos blocos
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Definido o modelo de blocos, este passa a representar a mineralização


para efeitos de planejamento de mina, extração, diluição, etc.

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O passo seguinte é estimar o valor de cada bloco, a partir


das amostras selecionadas, pelo método do IQD. O valor
estimado é calculado para o centro do bloco

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Localização das amostras com teores em relação ao centro dos blocos

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Para a estimação é necessário conhecer as coordenadas do centro


de cada bloco e de cada amostra. Com esta informação é possível
calcular a distância entre o bloco (centro) e as amostras

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Bloco Amostras selecionadas


para estimação do bloco
1 ?
2 ?
3 ?
4 ?
5 ?
6 ?
7 ?
8 ?
9 ?

Importante na estimação é a escolha das amostras. Cada bloco será estimado


com base em um determinado grupo de amostras. Estas amostras deverão
gerar um teor médio para o bloco o mais representativo possível

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Amostras escolhidas para cada bloco

Bloco Amostras Selecionadas Estimativas


1 AeB ?
2 A, B, C e D ?
3 B, C e D ?
4 B, C e D ?
5 B, C, D e E ?
6 B, C, D ?
7 C, D e E ?
8 C, D e E ?
9 C, D e E ?

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Cálculo da distância entre amostra e bloco

Para utilizarmos o método do IQD, é necessário calcular a distância


entre as amostras escolhidas e o centro do bloco a estimar. Esta
distância é calculada por meio do Teorema de Pitágoras. Considere,
por exemplo, a posição da amostra (ponto A no gráfico) com tendo
as coordenadas (x1, y1) e as coordenadas do centro do bloco
(ponto B no gráfico) como tendo as coordenadas (x2, y2). A
distância (dAB) é calculada conforme a fórmula mostrada abaixo.

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Cálculo da distância entre amostra e bloco cont.

Estimar o bloco 7, a partir das amostras C, D e E, implica na


construção de uma equação onde estão presentes um número de
termos igual ao número de amostras.

Z* = ∑ 1/d27C * 4.2 + 1/d27D * 6.4 + 1/d27E * 2.1 / (1/d27C + 1/d27D + 1/d27E)

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Informações de Blocos e Amostras

Blocos Amostras Selec. Amostras Teor


x(m) y(m) x(m) y(m) (%)
1 22.0 30.0 AeB A 22.5 31.0 1.6
2 18.0 26.0 A, B, C e D B 19.0 26.5 3.4
3 14.0 22.0 B, C e D C 13.5 19.5 4.2
4 18.0 22.0 B, C e D D 16.5 16.5 6.4
5 14.0 18.0 B, C, D e E E 9.5 9.0 2.1
6 18.0 18.0 B, C, D
7 10.0 14.0 C, D e E
8 14.0 14.0 C, D e E
9 10.0 10.0 C, D e E

Z* = ∑ i = 1,n 1/di2 * Z(xi) / ∑ i = 1,n 1/di2


onde:
Z* é o valor a estimar, n representa o número de amostras, Z(xi) o teor da
amostra e di a distância entre o ponto a estimar e a amostra i

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Método do Inverso do Quadrado das Distâncias (IQD)

• Este é um método clássico de estimação que, para efeitos de


ponderação, só utiliza a distância entre a amostra e o ponto a
estimar. A fórmula do IQD é a seguinte:

Z* = ∑ i = 1,n 1/di2 * Z(xi) / ∑ i = 1,n 1/di2

onde:

n Número de amostras
Z* Valor a estimar
Z(xi) Valor da amostra
di Distância entre o ponto a estimar e a amostra i

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Estimativa Efetuada por Bloco pelo Método do


Inverso do Quadrado das Distâncias (IQD)

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Bloco 1

• A estimativa de teor para o bloco 1 é:


Teor x y dx dy dx2
1 22.0 30.0
A 1.6 22.5 31.0 -0.5 -1.0 0.3
B 3.4 19.0 26.5 3.0 3.5 9.0

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


1.0 1.3 1.1 1.28 0.80
12.3 21.3 4.6 0.16 0.05
1.44 0.85

Estimativa do Bloco 1.70

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Bloco 2

• A estimativa de teor para o bloco 2 é:


Teor x y dx dy dx2
2 18.0 26.0
A 1.6 22.5 31.0 -4.5 -5.0 20.3
B 3.4 19.0 26.5 -1.0 -0.5 1.0
C 4.2 13.5 19.5 4.5 6.5 20.3
D 6.4 16.5 16.5 1.5 9.5 2.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


25.0 45.3 6.7 0.04 0.02
0.3 1.3 1.1 2.72 0.80
42.3 62.5 7.9 0.07 0.02
90.3 92.5 9.6 0.07 0.01
2.89 0.85
Estimativa do Bloco 3.41
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Bloco 3

• A estimativa de teor para o bloco 3 é:


Teor x y dx dy dx2
3 14.0 22.0
B 3.4 19.0 26.5 -5.0 -4.5 25.0
C 4.2 13.5 19.5 0.5 2.5 0.3
D 6.4 16.5 16.5 -2.5 5.5 6.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


20.3 45.3 6.7 0.08 0.02
6.3 6.5 2.5 0.65 0.15
30.3 36.5 6.0 0.18 0.03
0.90 0.20
Estimativa do Bloco 4.41

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Bloco 4

• A estimativa de teor para o bloco 4 é:


Teor x y dx dy dx2
4 18.0 22.0
B 3.4 19.0 26.5 -1.0 -4.5 1.0
C 4.2 13.5 19.5 4.5 2.5 20.3
D 6.4 16.5 16.5 1.5 5.5 2.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


20.3 21.3 4.6 0.16 0.05
6.3 26.5 5.1 0.16 0.04
30.3 32.5 5.7 0.20 0.03
0.52 0.12
Estimativa do Bloco 4.46

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Bloco 5

• A estimativa de teor para o bloco 5 é:


Teor x y dx dy dx2
5 14.0 18.0
B 3.4 19.0 26.5 -5.0 -8.5 25.0
C 4.2 13.5 19.5 0.5 -1.5 0.3
D 6.4 16.5 16.5 -2.5 1.5 6.3
E 2.1 9.5 9.0 4.5 9.0 20.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


72.3 97.3 9.9 0.03 0.01
2.3 2.5 1.6 1.68 0.40
2.3 8.5 2.9 0.75 0.12
81.0 101.3 10.1 0.02 0.01
2.49 0.54
Estimativa do Bloco 4.63
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Bloco 6

• A estimativa de teor para o bloco 6 é:


Teor x y dx dy dx2
6 18.0 18.0
B 3.4 19.0 26.5 -1.0 -8.5 1.0
C 4.2 13.5 19.5 4.5 -1.5 20.3
D 6.4 16.5 16.5 1.5 1.5 2.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


72.3 73.3 8.6 0.05 0.01
2.3 22.5 4.7 0.19 0.04
2.3 4.5 2.1 1.42 0.22
1.66 0.28
Estimativa do Bloco 5.91

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Bloco 7

• A estimativa de teor para o bloco 7 é:


Teor x y dx dy dx2
7 10.0 14.0
C 4.2 13.5 19.5 -3.5 -5.5 12.3
D 6.4 16.5 16.5 -6.5 -2.5 42.3
E 2.1 9.5 9.0 0.5 5.0 0.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


30.3 42.5 6.5 0.10 0.02
6.3 48.5 7.0 0.13 0.02
25.0 25.3 5.0 0.08 0.04
0.31 0.08
Estimativa do Bloco 3.75

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Bloco 8

• A estimativa de teor para o bloco 8 é:


Teor x y dx dy dx2
8 14.0 14.0
C 4.2 13.5 19.5 0.5 -5.5 0.3
D 6.4 16.5 16.5 -2.5 -2.5 6.3
E 2.1 9.5 9.0 4.5 5.0 20.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


30.3 30.5 5.5 0.14 0.03
6.3 12.5 3.5 0.51 0.08
25.0 45.3 6.7 0.05 0.02
0.70 0.13
Estimativa do Bloco 5.16

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Bloco 9

• A estimativa de teor para o bloco 9 é:


Teor x y dx dy dx2
9 10.0 10.0
C 4.2 13.5 19.5 -3.5 -9.5 12.3
D 6.4 16.5 16.5 -6.5 -6.5 42.3
E 2.1 9.5 9.0 0.5 1.0 0.3

dy2 Soma Dist Teor/d2 1/d2


90.3 102.5 10.1 0.04 0.01
42.3 84.5 9.2 0.08 0.01
1.0 1.3 1.1 1.68 0.80
1.80 0.82
Estimativa do Bloco 2.19

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado para cada bloco e teor médio

Bloco Amostras Selecionadas Estimativas


1 AeB 1.70
2 A, B, C e D 3.41
3 B, C e D 4.41
4 B, C e D 4.46
5 B, C, D e E 4.63
6 B, C, D 5.91
7 C, D e E 3.75
8 C, D e E 5.16
9 C, D e E 2.19
Teor médio da seção estimada ?%

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado para cada bloco e teor médio

Bloco Amostras Selecionadas Estimativas


1 AeB 1.70
2 A, B, C e D 3.41
3 B, C e D 4.41
4 B, C e D 4.46
5 B, C, D e E 4.63
6 B, C, D 5.91
7 C, D e E 3.75
8 C, D e E 5.16
9 C, D e E 2.19
Teor médio da seção estimada 3.96 %
Notar que a média aritmética simples das amostras fornece o valor de
3.5%. Não só o valor é significativamente diferente do estimado pelo
IQD, mas também não representa praticamente nenhum local da
mineralização.
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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Representação gráfica das estimativas da seção estimada por IQD

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Seção em modelo de blocos representando NSR (Net Smelter Return)


http://seabridgegold.net/images/geology/kerr-cross-section-2016-nsr-block-model-full.png

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Modelo de blocos para cobre em zona oxidada


https://www.kincoracopper.com/southern-gobi-belt/exploration-pipeline-projects

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Modelo de blocos para cobre equivalente (Cu/Au/Co)

https://www.havilah-resources.com.au/operations/kalkaroo/

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Modelo de blocos para cobre equivalente (Cu/Au/Co)

https://www.havilah-resources.com.au/operations/kalkaroo/

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Cálculo do Teor Médio


Considerando a Densidade

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado e densidade para cada bloco

Bloco Estimativa Densidade


1 1.70 2.60
2 3.41 2.60
3 4.41 3.00
4 4.46 3.00
5 4.63 3.00
6 5.91 3.30
7 3.75 2.60
8 5.16 3.30
9 2.19 2.60

Teor médio da seção ? %

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado e densidade para cada bloco

Bloco Estimativa Densidade Estimativa*Densidade


1 1.70 2.60 4.42
2 3.41 2.60 8.87
3 4.41 3.00 13.23
4 4.46 3.00 13.38
5 4.63 3.00 13.89
6 5.91 3.30 19.50
7 3.75 2.60 9.75
8 5.16 3.30 17.03
9 2.19 2.60 5.69
3.96 % 26.0 105.76

Teor médio da seção 4.07 %*

* A densidade pode ser utilizada quando mostrar relação direta com a mineralização

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Efeito da Informação ou
Classificação Errônea dos Blocos

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado e real para cada bloco

Bloco Estimativa Valor Real


1 1.70 ?
2 3.41 ?
3 4.41 ?
4 4.46 ?
5 4.63 ?
6 5.91 ?
7 3.75 ?
8 5.16 ?
9 2.19 ?

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor estimado e real para cada bloco

Bloco Estimativa Valor Real (desconhecido)


1 1.70 1.94
2 3.41 2.36
3 4.41 3.90
4 4.46 5.27
5 4.63 4.65
6 5.91 6.20
7 3.75 2.81
8 5.16 4.40
9 2.19 3.29

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Bloco Estimativa Valor Real


1 1.70 1.94
2 3.41 2.36
3 4.41 3.90
4 4.46 5.27
5 4.63 4.65
6 5.91 6.20
7 3.75 2.81
8 5.16 4.40
9 2.19 3.29

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Efeito da Informação

• Na lavra de um depósito mineral, o valor real de um bloco


estimado é desconhecido.

• A decisão de classificar o bloco como minério ou estéril, em


função de um determinado teor de corte, é tomada com base no
teor estimado.

• Tal decisão implica em quatro possibilidades:

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

> Classificar um bloco como minério sendo este, de fato,


minério: 5 blocos (6.20, 5.27, 4.65, 4.40 e 3.90)
> Classificar um bloco como minério sendo este, de
fato, estéril. O teor médio do minério verdadeiro é
reduzido por diluição com material que não é minério:
2 blocos (2.81 e 2.36)
> Classificar um bloco como estéril sendo este, de fato,
estéril: 1 bloco (1.94)
> Classificar um bloco como estéril sendo este, de
fato, minério. Tem por consequência a perda de
recursos: 1 bloco (3.29)

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

O efeito da informação: aplicação de teor de corte


com teores estimados ao invés de teores reais

Regression revisited (again). Isobel Clark, The Journal of The Southern African Institute of Mining and Metallurgy, Vol. 15, January 2015

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Pascal Dubé (2006) Geostatical analysis of the troilus deposit.


Uncertainly and risk assessment of the mine planning strategy,
Maître ès sciences (M.Sc.), Université Laval, Quebec, Canadá

http://theses.ulaval.ca/archimede/fichiers/23419/23419.html

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Cálculo Curva Tonelagem Versus Teor

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

• Com base nos valores estimados de cada bloco elaborar a


curva tonelagem versus teor, para os teores de corte de 0.0,
1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e 5.0 %, sabendo que:

Dimensões do bloco:
- Comprimento: 4.0 m
- Largura: 4.0 m
- Altura ou Espessura: 2.0 m

Densidade do material mineralizado:


- Em g/cm3: 3.5

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor de Corte 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0


x x
x x x
x x x x
x x x x
x x x x x
x x x x x
x x x x x
x x x x x x
x x x x x x

Teor Médio x x x x x x
Nº de Blocos x x x x x x
Vol. p/ Bloco (m3) x x x x x x
Densidade x x x x x x
Tonelagem (t) x x x x x x

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Teor de Corte 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0


1.70 1.70
2.19 2.19 2.19
3.41 3.41 3.41 3.41
3.75 3.75 3.75 3.75
4.41 4.41 4.41 4.41 4.41
4.46 4.46 4.46 4.46 4.46
4.63 4.63 4.63 4.63 4.63
5.16 5.16 5.16 5.16 5.16 5.16
5.91 5.91 5.91 5.91 5.91 5.91

Teor Médio 3.96 3.96 4.24 4.53 4.91 5.54


Nº de Blocos 9 9 8 7 5 2
Vol. p/ Bloco (m3) 32 32 32 32 32 32
Densidade 3.5 3.5 3.5 3.5 3.5 3.5
Tonelagem (t) 1008 1008 896 784 560 224

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Curva tonelagem versus teor para nove blocos

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Exemplo de Curva Tonelagem Versus Teor

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Seção geológica esquemática através da Bacia Evander (East Rand, África do Sul). Esta
seção mostra toda a sequência vulcanosedimentar e o nível aurífero mineralizado do
Kimberley Reef, na sua porção basal. Na seção é também mostrada a localização dos
shafts de exploração

http://www.harmony.co.za/

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Os depósitos da Bacia de Evander, no East Rand (África do Sul), estão localizados no


Kimberley Reef, que é representado por um conglomerado basal aurífero. Os recursos
minerais medidos e indicados estão sumarizados na curva tonelagem versus teor relativa
ao ano de 2010
http://www.harmony.co.za/

Prof. Francisco Silva – Departamento de Petrologia e Geotectônica (IGEO)


Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Exemplos de curvas de tonelagem versus teor de outros corpos


mineralizados da empresa mineradora Harmony (África do Sul)

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Características da Curva Tonelagem Versus Teor

• A curva tonelagem versus teor é de grande utilidade no


planejamento da extração mineira e geração de cenários
econômico-financeiros com base na aplicação de vários teores
de corte (cutoffs).

• No entanto, esta curva deve ser analisada com cuidado, uma


vez que é construída somente com os teores estimados sem
levar em consideração a posição espacial de cada um dos
blocos.

• Nas imagens mostradas a seguir, notar como a geometria de


um corpo mineralizado muda de acordo com o valor do teor de
corte considerado.

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 0.0

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 0.6

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 0.7

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 0.8

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 0.9

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 1.0

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 1.1

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Blocos selecionados segundo um teor de corte igual a 1.2

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Métodos de Avaliação de Depósitos Minerais IV

Áreas definidas com base em teor de corte de 0.7 e 1.2

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