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NATAL
2021
DIANA DÉBORA ROBERTO DA SILVA
NATAL
2021
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
NATAL
2021
DIANA DÉBORA ROBERTO DA SILVA
NATAL
2021
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DIANA DÉBORA ROBERTO DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profa. Dra. Renata Veiga Andersen Cavalcanti
Orientadora
________________________________________
Prof. Dr. Hipólito Virgílio Magalhães Júnior
Membro da banca
________________________________________
Profa. Dra. Karinna Veríssimo Meira Taveira
Membro da banca
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DEDICATÓRIA
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AGRADECIMENTOS
À Deus, pelo cuidado e proteção de todo santo dia, e por seu infinito amor
que me sustenta diante dos desafios.
À minha família, especialmente aos meus pais Aldeci e Maria José, que
mesmo em meio as dificuldades da vida, nunca mediram esforços para que eu
pudesse desfrutar de uma educação de qualidade, algo que eles não puderam
receber, são meu porto seguro, exemplos de amor, acolhimento e resiliência.
Aos meus irmãos Diogo e Danilo, que sempre me motivam e me ajudam a
recarregar as energias. Ao meu amigo e namorado Cleyton José, que
acompanha minha trajetória com amor e paciência, me ajudando e trazendo
leveza aos meus dias.
À UFRN, por fornecer total suporte para minha permanência na instituição
e me proporcionar uma formação de excelência, com brilhantes professores
que por demonstrarem competência e amor a profissão, tornaram-se inspirações
para minha carreira profissional.
À minha orientadora, Profa. Dra. Renata Veiga Andersen Cavalcanti
pela oportunidade de tê-la como mestre, guiando meus passos na pesquisa
científica, sempre a terei como exemplo de profissional responsável e dedicada.
Obrigada pela paciência, cuidado e atenção, mesmo em meio a tantas
demandas, seu esforço para a conclusão do curso com segurança e
responsabilidade sempre serão um marco nessa jornada, determinantes para
que eu pudesse chegar até aqui.
Às minhas amigas, Carliane, Abigail, Bruna, Anna Beatriz e Thainá que
tornaram a experiência da faculdade mais prazerosa, compartilhando aflições e
conquistas, enriquecendo cada dia que serviram como base para fortalecer
nossos laços de parceria e amizade.
Por fim, a todos aqueles que de alguma forma acrescentaram na trajetória
desta conquista, explano um valioso sentimento de gratidão.
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“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão dadas em acréscimo”
- Mateus, 6:33
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SILVA, Diana Débora Roberto da. Alterações mastigatórias em idosos e sua
relação com a saúde bucal e deglutição. 2021. 35p. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) - Curso de Fonoaudiologia,
Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Natal, 2021.
RESUMO
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condição de saúde bucal encontrada, e maior a ocorrência de problemas de
deglutição.
ABSTRACT
Masticatory disorders in the elderly and their relationship with oral health
and swallowing
OBJECTIVE: To verify self-reported masticatory disorders in community-dwelling
elderly, relating them to oral health conditions and the presence of symptoms of
oropharyngeal dysphagia. METHOD: This is a non-randomized, sectional study.
196 elderly men and women aged 60 years and over participated in this study.
Data were collected through a self-reported questionnaire Screening for
Masticatory Disorders in Older Adults (SMDOA), the Geriatric Oral Health
Assessment Index (GOHAI) and the Tracking of Oropharyngeal Dysphagia for
Older Adults (RaDi). Descriptive and analytical statistical analysis was performed
using Chi-square, linear trend and Spearman correlation. It was considered a
significance level of 0,05 (95%). RESULTS: The majority of the participants of
this study were female (85,2%). The age average were 68,95 (±5,95). A
considerable part of the sample reported difficulty in incising and crushing food,
unilateral chewing and preference for foods that are easier to chew, in addition to
highlighting the perception of worsening chewing over the years, chewing food
less and more slowly. An association (≤0.001) was found between difficulty in
crushing food and difficulty in swallowing food; needing effort to chew and feeling
tired after eating; prefer to eat foods that are easier to chew and reduce the
amount of food or change the type of food because of the teeth. There was a
negative and moderate correlation (rho= -0,681; p< 0,001) between the GOHAI
score, well as a moderate positive correlation (rho= 0.456; p<0.001) between the
RAMI results and RADI. CONCLUSIONS: Masticatory disorders are recurrent in
the studied population. The greater the presence of these alterations, the worse
the oral health condition found, and the greater the occurrence of swallowing
problems.
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
10
SUMÁRIO
11
INTRODUÇÃO
12
processo de envelhecimento é um fenômeno sistêmico, ocorrem modificações
orgânicas e funcionais que geram uma menor eficiência de todos os sistemas do
organismo,10 o que inclui o sistema estomatognático e suas respectivas funções.
A literatura evidencia as mudanças anatomofisiológicas do sistema
estomatognático, causadas pelo processo de envelhecimento4, havendo
comprometimento de estruturas orofaciais - modificações posturais e funcionais
de lábios, bochechas e língua; perdas dentárias; limitação dos movimentos
mandibulares; marcas dentárias, feridas e ressecamento da mucosa oral - e
alterações nas funções estomatognáticas, principalmente na mastigação,
deglutição e fala.11
Em relação a mastigação, pode-se afirmar que esta estaria prejudicada
em decorrência da deterioração de estruturas do sistema estomatognático
somado à ineficiência funcional. As alterações envolvem a incisão, feita
preferencialmente com as mãos,12 e a demora na realização do ato
mastigatório,13 resultando na má preparação do bolo alimentar.14 Essas
alterações sofrem influência direta da condição de saúde bucal15,16 e podem
provocar problemas na deglutição.17 Destaca-se ainda, que alterações
mastigatórias tendem a ser negligenciadas na população idosa,12 isso deve-se
tanto às adaptações feitas para minimizar os efeitos fisiológicos do
envelhecimento, como o aumento no número de ciclos mastigatórios, quanto
pelo acometimento de outros problemas que acabam mascarando a dificuldade
na mastigação.14
Problemas mastigatórios geram um impacto significativo na qualidade de
vida do idoso, limitando sua capacidade de ingestão de alimentos, o que pode
interferir no estado nutricional,18 além de aumentar a propensão a alterações
sistêmicas19e psicossociais.20 Dessa forma, o presente estudo buscou verificar
as alterações mastigatórias autorreferidas por idosos da comunidade,
relacionando-as com as condições de saúde bucal e a presença de sintomas de
disfagia orofaríngea.
13
MÉTODO
14
“algumas vezes" e "sempre". As questões envolvem problemas enfrentados
pelos idosos em três domínios: O domínio físico inclui mastigação, deglutição e
fala, o domínio psicológico refere-se à preocupação, consciência e autoimagem
da saúde bucal, e o domínio de dor ou desconforto explana dificuldades durante
o processo de alimentação. A pontuação pode variar de 12 a 36 e quanto maior
o valor obtido, melhor é classificada a autopercepção da saúde bucal. Sendo em
alta (34-36), moderada (31-33) e baixa percepção de saúde bucal (<31). Para
correlacionar as alterações mastigatórias e os problemas de deglutição, foi
utilizado o questionário de “Rastreamento de disfagia em idosos” (RaDI).
Desenvolvido e validado no Brasil, o instrumento possui 9 questões fechadas e
três respostas possíveis: “nunca”, “às vezes” e “sempre”, no qual pontua-se entre
0 e 18. O protocolo apresenta ponto de corte de ≥4 para determinar o diagnóstico
de rastreio para a disfagia orofaríngea.23
Para análise de dados, foram aplicadas as estatísticas descritiva e
analítica, utilizando Qui-quadrado, tendência linear e correlação de Spearman,
considerando fraco os resultados até 0,3, moderado entre 0,3 e 0,7 e forte
quando encontrado valores acima de 0,7. Foi considerado nível de significância
de 0,05 (95%).
15
RESULTADOS
Nos últimos anos, percebe que está mastigando mais 81 (41,3) 35 (17,9) 80 (40,8)
devagar?
Nos últimos anos, está mastigando menos o alimento 105 (53,6) 30 (15,3) 61 (31,1)
antes de engolir?
Faz esforço para mastigar? 148 (75,5) 20 (10,2) 28 (14,3)
Nos últimos anos, percebe que sua mastigação está pior? 97 (49,5) 34 (17,3) 65 (33,2)
16
pontuação final do RAMI, indicando que quanto pior o desfecho na saúde bucal
maior a presença de alterações mastigatórias.
Em relação a deglutição houve correlação positiva de grau moderado
(rho= 0,456; p<0,001) entre os resultados do RAMI e RaDI, o que indicou que
quanto pior a mastigação pior a deglutição do idoso.
Para evidenciar a relação entre os achados dos três instrumentos, bem
como para verificar a coerência das respostas dos idosos entrevistados, foram
realizadas associações entre perguntas dos três questionários. As tabelas 2, 3,
e 4 mostram o resultado dessas associações.
17
Tabela 4: Resultado da associação entre a questão 8 do RAMI e a questão 1 do GOHAI.
RAMI: Prefere comer alimentos p-valor*
mais fáceis de mastigar?
NÃO ÀS VEZES SEMPRE
n (%) n (%) n (%)
18
DISCUSSÃO
19
nutricionais aumentadas pode intensificar a fragilidade e a propensão ao
desenvolvimento de doenças.18 Um estudo de coorte prospectiva também
confirma essa preocupação, mostrando que idosos com capacidade de
mastigação insatisfatória e uma dieta pobre tiveram internações hospitalares
mais longas e despesas médicas mais elevadas.27 Esses ajustes na alimentação
estão muitas vezes associados à situação dentária dos idosos. Na mesma
pesquisa, os participantes que buscaram por cuidados preventivos e serviços
odontológicos foram aqueles que apresentaram capacidade mastigatória
satisfatória. As más condições bucais, incluindo perdas dentárias, interferem na
função e na eficiência da mastigação, dificultando a preparação adequada do
bolo alimentar, o que leva o sujeito a escolher para qual consistência dos
alimentos essa função é facilitada.
20
Além dos agravos provocados pelas falhas dentárias e pelo uso de
próteses na função mastigatória, o próprio envelhecimento apresenta
características típicas que, de maneira fisiológica, modificam as estruturas do
sistema estomatognático. A musculatura orofacial e cervical diminui força e
tônus; os ossos tornam-se mais frágeis e as cartilagens menos elásticas,
podendo causar limitações de movimentos da articulação temporomandibular;
dentes, periodonto e mucosa oral sofrem modificações na forma e em
propriedades mecânicas; há uma redução da produção de saliva pelas glândulas
salivares; além da diminuição da percepção sensorial gustativa e olfativa.4
Considerando que a efetividade no desempenho das funções depende da
adequação das estruturas orofaciais, essas modificações podem justificar a
presença de alterações, como as dificuldades na incisão e trituração do alimento,
preferência de lado mastigatório e necessidade de esforço para mastigar,
mencionadas por grande parte dos idosos da pesquisa.
22
CONCLUSÃO
23
REFERÊNCIAS
26
ANEXOS
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29
Anexo 2 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido utilizado para
pesquisa (TCLE);
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31
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33
Anexo 3 – Normas para submissão do artigo na revista CoDAS;
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Link para acesso: http://www.codas.periodikos.com.br/instructions
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