Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A princípio, parece injustiça o fato de a morte reinar mesmo sobre aqueles que não pecaram à
semelhança de Adão. Adão é colocado como nosso Pai, significando uma categoria de parentesco que a
ninguém é dado o direito de escolha. A expressão paulina: “Em Adão todos morrem” (1Co 15.22a)
refere-se, então, a 100% da humanidade: todos fomos feitos pecadores e por isso todos experimentamos
a morte.
Ilustração: Redenção é o ato de uma pessoa rica ir a uma feira de escravos e pagar a carta de
alforria de algum escravo, dando-lhe a sua liberdade.
Colossenses 2.14-15 diz que o “escrito de dívida” que era contra nós, Jesus já cancelou, rasgou, porque
nos comprou por preço (1Co 6.20), e preço alto (1Pe 1.18-19).
Com esta redenção ou resgate, Jesus cancelou todo o argumento do diabo contra nós (Rm 8.11).
Ao cancelar nossas dívidas, Jesus, último Adão, nos liberta do império das trevas, onde tínhamos a
natureza pecaminosa, e nos transporta para o seu Reino, onde adquirimos a natureza justa (Cl 1.13-14).
Em Apocalipse 12.10-11 – Satanás nos acusa diariamente. A vitória contra a acusação que ele faz
ao nos lembrar, fatos reais de pecado, está em:
“Minha vida é como uma tapeçaria entre mim e meu Deus, não escolho as cores com as quais Ele
está constantemente tecendo. Com frequência Ele tece a tristeza; e eu, em orgulho insensato,
esqueço que Ele vê a parte de cima, e eu, a de baixo.”
CORNELIA ARNOLDA JOHANNA TEN BOOM nasceu em 15 de abril de 1892 em Haarlem, uma
cidade próxima a Amsterdã, na Holanda. Era a mais nova entre os quatro filhos do casal ten Boom: três
meninas — Betsie, Nollie e Corrie (como foi carinhosamente apelidada) — e um menino, Willem. Seu
pai era dono de uma relojoaria.
A casa da família — por eles chamada de Beje — ficava exatamente acima dessa relojoaria. Membros da
Igreja Reformada Holandesa, de teologia calvinista, todos eram cristãos dedicados a servir a sociedade,
oferecendo abrigo, alimento e dinheiro aos necessitados.
Em 1922, após a morte de sua mãe e de um romance frustrado, Corrie se tornou a primeira relojoeira
licenciada da Holanda. Na década seguinte, ela iniciou um clube de moças para ensino religioso e turmas
para educação artística, costura e trabalhos manuais.
A Resistência durante a Segunda Guerra Mundial
Em 1940, o exército alemão invadiu a Holanda e os outros Países Baixos. A partir daí a vida dos ten
Boom mudou para sempre. Seu irmão, pastor em uma igreja do interior, foi o primeiro da família a se
envolver no movimento de Resistência ao nazismo. Pouco depois, seu pai e irmãs também aderiram e
passaram por extensos e extenuantes treinamentos para aproveitarem a fachada da relojoaria e esconder
judeus perseguidos.
Uma passagem secreta, construída atrás do guarda-roupas do quarto de Corrie, era o pequeno
cômodo que esconderia até seis hóspedes durante as frequentes inspeções nazistas. Um duto de ar
foi instalado nesse local secreto a fim de permitir a ventilação necessária para fugitivos.
Alguns judeus permaneciam no lar dos ten Boom por apenas algumas horas, outros ficariam por dias, até
serem realocados para casas de outros membros da Resistência. Corrie se tornou uma das líderes do
movimento ajudando a encaminhar vários judeus a esconderijos seguros. Estima-se que a atividade desse
grupo de holandeses ajudou a salvar cerca de 800 judeus.
A vida nos campos de concentração
Em 28 de fevereiro de 1944, um traidor entregou ao exército nazista informações que os conduziram ao
Beje. No final daquele dia, 35 pessoas, incluindo a família de Corrie, foram presas e encaminhadas a
campos de concentração.
Apesar do escrutínio dos soldados alemães, os seis judeus escondidos na passagem secreta não foram
descobertos. Permaneceram por mais 3 dias no esconderijo e depois disso foram resgatados por outros
membros da Resistência.
Casper ten Boom, o patriarca da família, morreu apenas 10 dias depois, aos 84 anos, como prisioneiro
em Scheveningen.
Corrie e sua irmã Betsie passaram os 10 meses seguintes em três prisões diferentes, até serem
encaminhadas ao temido campo de concentração Ravensbrück.
A vida no campo era quase insuportável, mas Corrie e Betsie passaram seu tempo compartilhando sobre
o amor de Jesus com suas colegas de prisão. Muitas delas se converteram em meio àquela situação
terrível. Betsie morreu doente naquele local, em 16 de dezembro de 1944. Um sobrinho e o irmão de
Corrie também foram aprisionados. Willem contraiu tuberculose durante o encarceramento e faleceu
pouco depois do fim da guerra.
Corrie foi libertada por um erro administrativo, 10 dias após a morte de sua irmã e apenas uma semana
antes de que todas as mulheres de sua idade tivessem sido executadas em Ravensbrück. “Deus não tem
problemas. Somente planos”, dizia Corrie.
O ministério nos anos seguintes
Logo depois da guerra, Corrie fundou centros de reabilitação para ajudar os sobreviventes do Holocausto
e recebeu a honraria de “Heroína de Guerra” da rainha da Holanda. Aos 53 anos, começou um ministério
mundial que a levou a percorrer mais de 60 países testificando do amor e do poder do perdão de Cristo, e
sempre proclamando “Jesus é Vencedor”.
Em 1968, o Museu do Holocausto, situado em Jerusalém, pediu a Corrie que plantasse uma árvore na
Avenida dos Justos entre as Nações, como homenagem às muitas vidas de judeus que foram poupadas
pelos membros da Resistência nos Países Baixos.
No começo da década de 70, o livro “O refúgio secreto” (Publicações Pão Diário, 2016), que conta a
saga da família, se tornou um best-seller. Além desse, Corrie escreveu muitos outros livros inspiradores.
Em 1977, aos 85 anos, Corrie ten Boom se mudou para Placentia, California, EUA. No ano seguinte,
sofreu uma série de derrames cerebrais que a deixaram paralisada e incapaz de falar. Ela morreu aos 91
anos, no dia de seu aniversário, em 15 de abril de 1983.
Além do legado histórico com o salvamento de tantas vidas, às custas de seu próprio martírio, Corrie ten
Boom ensinou ao mundo sobre o poder da fé em Cristo, em meio aos maiores sofrimentos e perdas, e
sobre o perdão, resultante de um coração próximo a Deus.
Em “Refúgio Secreto” ela escreve sobre essa experiência. Este é um livro para aqueles cuja a alma está
esfarrapada e exausta, e para cada indivíduo que precisa enfrentar as garras de seu próprio sofrimento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a família de Corrie ten Boom era proprietária de uma relojoaria na
Holanda e eles faziam parte de um grupo de resistência que trabalhava ativamente para proteger as
famílias judias. Por fim, a família Ten Boom foi enviada a um campo de concentração, onde o patriarca
morreu dez dias depois. A irmã de Corrie, Betsie, também morreu no campo. Enquanto estavam juntas, a
fé que Betsie demonstrava ajudou a fortalecer Corrie.
Essa fé levou Corrie a perdoar até mesmo os homens cruéis que serviam como guardas durante os seus
dias de campo de concentração. Ainda que o ódio e o desejo de vingança continuassem a destruir muitas
vidas muito tempo depois do fim dos campos de concentração, Corrie conhecia a verdade: O ódio fere
mais quem odeia do que a pessoa odiada, independentemente do quanto se possa justificá-lo.
Uma mulher extraordinária! Em seu coração havia uma proclamação que ecoava em sua fala: “Jesus
venceu”, dessa forma ela também venceu, pois viveu para Cristo.
A sua história pessoal pode ser muito diferente da caminhada de Corrie, mas você também precisa
enfrentar desafios em sua jornada por esse mundo. Ou, quem sabe, você conhece mulheres que inspiram
sua vida com os passos de fé que elas dão diariamente.
Conhecemos várias mulheres extraordinárias, que possamos valorizar a vida e as batalhas de cada uma
delas!