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UNIVERSIADDE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Educação – FACED


Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências

Componente: Epistemologia Geral: Controvérsias e consensos nas ciências


Docente: Olival Freire Jr.
Discente: Davilene Souza Santos
Salvador, Junho de 2021.

VERBETE
Escola Tropicalista Baiana

A Escola Tropicalista Baiana (ETB) refere-se ao conjunto de médicos que atuaram na


medicina experimental na província da Bahia no Século XIX, originando a medicina tropical
experimental em contradição à prática médica exercida naquele período, baseada na interpretação
das doenças tropicais por meio da medicina teórica clínica, tendo como referência
a medicina desenvolvida especialmente na França. De acordo com a literatura cientifica, essa
denominação foi atribuída a alguns médicos que trabalhavam na Santa Casa da Misericórdia da
Bahia, e que buscavam nas pesquisas experimentais a resposta para algumas enfermidades que
assolavam a população local, em particular, os pobres, negros, escravos e ex-escravos. De acordo
com Barros (1998, p. 451), ”A escola alcançou êxito ao descobrir, de maneira original, a etiologia
de várias doenças típicas de nosso meio. Chama atenção também o interesse que demonstrou pelas
afecções dos escravos negros e da população pobre em geral, assim como pelo modelo de medicina
preventiva, de preferência à curativa”.
A expressão Escola Tropicalista Bahiana, inicialmente escrita o "Bahiana" com "h", é
atribuída na maioria dos textos científicos, a Antônio Caldas Coni (1952) como o primeiro a cunhar
esse termo. Contudo, Ronaldo Ribeiro Jacobina, em seu livro sobre Juliano Moreira, publicado em
2019, adverte que este, considerado um dos Tropicalistas da segunda fase, no início do século
XX, já teria se referido àquele grupo de médicos como "Tropicalistas", mais especificamente, ao se
referir ao Dr. Silva Lima. Além disso, Jacobina (2019) ainda acrescenta que Pedro Nava (1948)
também já teria se referido a esse grupo de médicos como "Escola Parasitológica e Tropicalistas da
Bahia. A reunião desses médicos a partir da década de 1850 culminou na criação de um periódico
médico científico, registrado como Gazeta Médica da Bahia (GMB). O primeiro número publicado
ocorreu em 1866, com o objetivo de realizar a comunicação científica das pesquisas originais
realizada por estes de forma ampla.
Evidencia-se que existiram controvérsias científicas em torno desse grupo de médicos, que
inicialmente reuniram mais de uma dezena de participantes e influenciaram uma legião de outros
médicos a exercerem pesquisas experimentais. A Academia Imperial de Medicina (AIM),
localizada na Corte Imperial, na Província do Rio de Janeiro, adotava outra perspectiva acerca das
doenças identificadas no Brasil. Médicos da Corte, associados a AIM, baseavam os seus estudos a
fatores climatológicos e raciais para justificação das enfermidades tropicais, relacionando muitas
delas a questões de raça, diferentemente de alguns médicos da Província da Bahia, que atribuíam a
fatores parasitológicos as causas para algumas dessas doenças. (FIOCRUZ, 20--)
Um dos expoentes dessa medicina experimental identificada na Província da Bahia foi o
Dr. Otto Edward Henry Wucherer, tendo realizado descobertas significativas por meio das suas
observações, foi considerado o fundador da helmintologia brasileira1. Contudo, de acordo com
Gurgel; Carneiro e Coutinho (2010, p. 257), somente “em 1921, [foi] reconhecida a importância das
pesquisas realizadas na Bahia, em especial pelo Dr. Wicherer sobre a filariose linfática, [e] o nome
Wuchereria Bancrofti de seu agente patogênico foi finalmente aceito pela comunidade médica
internacional.
Juntamente com esse médico de Alemão, que exercia a profissão na província da Bahia,
Otto Wucherer, outros médicos foram responsáveis por pesquisas alinhadas a concepção
parasitológicas e pela disseminação desses estudos originais, sobretudo por meio da criação da
Gazeta Médica da Bahia (GMB). Dentre esses médicos estão o escocês John Ligertwood Paterson e
o português José Francisco da Silva Lima, todos funcionários da Santa Casa da Misericórdia
daquela província. Outros médicos, alguns professores e um aluno em particular, da Faculdade de
Medicina da Bahia (FMB), também participaram dessas iniciativas. Entretanto, a união desses
médicos e a criação do periódico científico, não possuía um caráter institucional, já que não estava
diretamente associada oficialmente à única instituição de ensino superior existente naquela época, a
FMB. De acordo com Gurgel, Carneiro e Coutinho (2010 p. 253):

Os trabalhos dos membros da Escola Tropicalista Baiana, baseados na observação


clínica e na pesquisa anatomopatológica, apontaram um novo rumo para a
medicina brasileira. Por esse motivo são considerados antecessores da medicina
experimental, que se firmou no Brasil no limiar do século XX, especialmente no
Instituto Soroterápico Federal (Manguinhos), pela liderança do médico sanitarista
Oswaldo Gonçalves Cruz. Em Salvador, a prática e o ensino dessa medicina eram
exercidos no Hospital da Santa Casa da Misericórdia e a divulgação dos estudos
realizados tornou-se possível graças às publicações na Gazeta Médica da Bahia,
periódico editado por Silva Lima, lançado em julho de 1866.
Em complementação às explanações das autoras, verifica-se que:

1
Disponível em: http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/wucheothe.htm. Acesso em 11 mai.
2021.
Em uma comunicação sobre discussões na Sociedade de Patologia de Londres
- originalmente publicada na revista Lancet de março de 1878 e traduzida por
Silva Araújo para a Gazeta Médica no mês seguinte – distinguia-se ser mérito de
Wucherer a descoberta do nematoide na quilúria, então denominado Filaria
bancrofti. (GURGEL, CARNEIRO e COUTINHO, 2011, p.257).

A versão original2 dessa comunicação, de autoria do Dr. Silva Lima, encontra-se nesse texto
como forma de demonstração da iniciativa, liderança e senso de união que nutria os membros do
grupo, mesmo após o falecimento do Dr. Wucherer em 1973. De certa forma, essa atitude confere a
estes um compromisso com a agenda e os estudos realizados pelo grupo denominado Escola
Tropicalista Baiana.

Outros médicos, como Raimundo Nina Rodrigues e Juliano Moreira, são considerados
integrantes da Escola Tropicalista Baiana, em uma segunda fase da medicina experimental na
Bahia. Essa fase posterior teria surgido por meio das pesquisas realizadas após a morte precoce o
Dr. Otto Wucherer em 1873, reconhecido internacionalmente como o representante principal desse
movimento da medicina experimental na Bahia. Segundo Barros (1997) credita-se, em partes, à

2
Disponível no sciencedirect.com via CAFÉ por meio do acesso Universidade Federal da Bahia. Termo de busca
utilizado “Wucherer”. https://www.sciencedirect.com/search?qs=wucherer. Acesso em 10 mai. 2021
saída de Nina Rodrigues do movimento, a decadência da Escola Tropicalista Baiana na década de
1890, o que teria enfraquecido a comunicação da medicina tropical, desviando o foco de
publicações do periódico Gazeta Médica da Bahia para outras temáticas médicas.
A Expressão "Escola Tropicalista Baiana", que vem sendo utilizada, considerada e
reconhecida por diversos pesquisadores nacionais e estrangeiros. Contudo, tem gerado controvérsias
no ambiente acadêmico e científico. Um dos lados desse debate é representado pelo professor e
pesquisador Dr. Flávio Edler, da Casa de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Ao considerar
inapropriado, e inclusive abusivo, a utilização desse termo para designar o referido grupo de
médicos da Bahia no século XIX, o pesquisador torna pública uma controvérsia que possui adeptos
de ambos os lados.
O argumento proposto por Edler (2002) parte do princípio da demarcação da medicina no
Brasil, em que esta é dividida em pré-científica e científica. A parte científica teria sido tratada pela
comunidade científica como posterior ao surgimento e ascensão dos médicos considerados
tropicalistas, instalados na província da Bahia. Esse fato deve-se a iniciativa desses médicos em
adotar uma medicina experimental, voltada a identificar as causas das doenças ditas do clima
tropical. Edler busca demonstrar que a medicina exercida no Brasil na primeira metade do século
XIX possui uma preocupação genuína com as causas das doenças. No entanto, a explicação dos
médicos da Corte Imperial para algumas enfermidades locais naquela época estava baseada em
causas miasmáticas, diferentemente das causas concretas que estava a assolar a população.
. Esse confronto de ideias é percebido ao passo que Flávio Edler diverge do entendimento da
pesquisadora Norte-americana Julyan Peard, em sua tese de doutorado, sob o título "The
Tropicalista School of Medicine of Bahia, Brazil, 1860-89", defendida na Columbia University em
1990, em que reconhece o referido grupo de médicos como uma "Escola Tropicalista Baiana",
diante dos resultados obtidos e reconhecido no cenário médico nacional e internacional. A referida
tese da Peard deu origem ao livro intitulado "Race, Place, and Medicine: The Idea of the Tropics in
Nineteenth-Century Brazilian Medicine".
O livro em questão foi resenhado pela Prof. Drª. Silvia Fernanda de Mendonça Figuerôa,
da Universidade Estadual de Campinas, no Estado de São Paulo, sob o título "Ciência e medicina
fora da Corte: a Escola Tropicalista Baiana". Nessa resenha, Figuerôa (2002) reconhece os méritos
da pesquisa realizada pela Drª Peard, e considera o livro "oportuno e bem escrito [que] ilumina
partes da ciência brasileira que até recentemente haviam permanecido esquecidas – tal como a
Escola Tropicalista Bahiana que constitui o centro da pesquisa". Por outro lado, Edler (2002) em
um dos seus artigos científicos, intitulado "A Escola Tropicalista Baiana: um mito de origem da
medicina tropical no Brasil", e posteriormente no livro intitulado "A Medicina no Brasil Imperial:
clima, parasitas e patologia tropical", discorda desse entendimento da Peard (1999). O oponente
reconhece os méritos da autora, e considera-a uma das pesquisadoras mais influentes e conceituadas
no que compete a medicina tropical no século XIX, no entanto, afirma que na sua interpretação,
Peard não deveria se referir àquele grupo de médicos como uma "Escola Tropicalista Baiana", com
base nos argumentos apresentados.
Em uma produção acadêmico-científica recente, Queiroz (2018) também é contrária a esse
entendimento, de que o grupo formado por médicos na Bahia, que se debruçaram a estudar
enfermidades de um modo experimental, fosse considerado pioneiro a tal ponto de constituírem
uma “Escola”. Em uma determinada passagem, a autora afirma que, [o] “Ponto que merece atenção
tanto em relação a Coni, quanto à Peard, é a utilização do termo „Escola‟, do qual discordamos. Em
ambos os autores ele é utilizado para ressaltar a originalidade do grupo fundador da Gazeta” (2018,
p. 25).
Dessa forma, a autora deixa claro em seu texto que compactua com o entendimento do
pesquisador Edler (2002), em que a utilização da expressão „Escola‟ reduziria as contribuições de
outros médicos, que não estivessem ligados ao grupo de médicos da Bahia (QUERIOZ, 2108). Por
fim, acrescenta que ao invés de localizar algo que apoiasse a convenção do termo “Escola
Tropicalista Baiana”, teria encontrado na literatura posterior aos escritos de Coni e Peard
“contestações a esse termo”. No entanto, não é o que se tem observado, diante do levantamento
destacado mais a frente.
A controvérsia que gira em torno da Escola Tropicalista Baiana tem reunido pesquisadores
de ambos os lados, seja utilizando e corroborando a efetiva utilização do termo, de um lado, ou para
contrapor ao uso utilitário dessa expressão, do outro, com a justificativa das mais diversas. No que
compete aos aspectos ligados à Sociologia da Ciência, Santos (2009) faz uma análise do que teria
deixado de existir para que os médicos situados na Bahia, que buscavam esse viés experimental
para a descoberta das doenças, pudessem de fato ter se constituído de tal forma, que pudesse deixar
um legado por meio de uma instituição de pesquisa, que conferiria a eles esse título atribuído
posteriormente de Escola. Nesse sentido, fazendo um contraponto com o trabalho desenvolvido pela
Peard, destacou que:

O trabalho de Peard é um esforço importante no campo da história médica e


antropológica. Foi em Salvador, revela a autora, a primeira capital do Brasil, que
algumas dezenas de estudiosos “tropicalistas” mostraram os primeiros sinais de
identidade profissional no campo da medicina social e da saúde pública. O fato de
um pequeno grupo de médicos se dedicar à definição e ao estudo da história natural
das “doenças tropicais” não é de pouca importância, porque sua própria existência
na periferia do capitalismo do século XIX é, por si só, um fenômeno histórico
intrigante. (SANTOS, 2009, p. 62).
De modo geral, a constituição de uma „Escola‟, no sentido destacado por Barros (2012, p.
6), em que se configura por meio de uma “categoria que se relaciona a uma espécie de corrente de
pensamento ou de práticas relativas a determinado campo de saber ou de ação humana”,
possivelmente corrobora com as ações que foram construídas por esses personagens que compõem
a denominada Escola Tropicalista da Bahia. O autor ainda acrescenta que:

O que caracteriza uma escola [...], é um certo programa de ação, uma determinada
identidade que se forma, um campo de escolhas (teóricas, metodológicas,
temáticas, éticas, associativas, geradoras de inclusão ou exclusão) que permite ao
praticante do campo sintonizar-se com outros que a ele se assemelham nas mesmas
escolhas.
Nesse sentido, Santos (2009) ao citar um estudo desenvolvido pelo historiador Mark Harrison,
trabalho este referenciado por Peard, destaca a presença de alguns aspectos que constituem um campo
institucionalizado, o que complementa e posiciona a maneira pela qual se deve analisar esse caso particular
da institucionalização dos médicos no Brasil oitocentista. De acordo com Harrison apud Santos (2009, p.
65), “um campo institucionalizado significa uma disciplina dotada de seus próprios periódicos,
instituições, qualificações e um discurso exclusivo”. Nesse sentido, Santos (2009) concorda que o grupo
de médicos da Bahia possuíam alguns desses atributos, contudo, observou a ausência de uma instituição que
lhes conferissem uma caracterização enquanto formadores de uma „Escola‟.

Dessa forma, busca-se destacar os atributos conferidos ao grupo de médicos, cuja denominação em
Escola Tropicalista se constituiu a partir da segunda metade do século XX.

No caso dos Tropicalistas, seus personagens centrais estabeleceram, de fato, um


discurso de pesquisa experimental em saúde pública, fundaram um respeitado
periódico médico – a Gazeta Médica da Bahia − e cooptaram um pequeno número
de médicos bem qualificados para seu programa de pesquisa. Entretanto, como
Peard e muitos outros autores notaram, faltou aos Tropicalistas o estabelecimento
de uma tradição duradoura em medicina tropical. (SANTOS, 2009, p. 65. Grifo do
autor).
A partir dessa reflexão, compreende-se parcialmente porque a concepção de uma Escola
Tropicalista Baiana não atingiu de forma ampla um consenso na comunidade científica, quando
comparado ao desenvolvimento da medicina experimental evidenciado nas primeiras décadas do
século XX, por meio do Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos, Instituto Pasteur e
Instituto Butantan, ao menos pelo que se percebe na controvérsia discutida nesse texto.

Membros da Escola Tropicalista Baiana

No Quadro 1, apresentamos o nomes de alguns médicos que fizeram parte da Escola


Tropicalista Baiana em sua fase inicial, no final da segunda metade do século XIX, e na fase que se
seguiu após o falecimento do Drº Otto Wucherer, considerado o integrante mais proeminente do
grupo, que se destacou na iniciativa da formação do grupo de discussão acerca das doenças que
acometiam a região dos trópicos.
Quadro 1 – Relação dos médicos tropicalistas da Bahia no século XIX

Drº Otto Edward Henry Drº John Ligertwood Paterson Drº José Francisco da Silva
Wucherer Lima

Drº Virgílio Clímaco Damázio Drº Demétrio Ciríaco Drº Antônio Pacífico Pereira
Tourinho

Drº Antonio José Alves Drº Antonio Januário de Drº Manoel Maria Pires Caldas
Farias

Drº Ludgero Rodrigues Drº Raimundo Nina Drº Juliano Moreira


Ferreira Rodrigues

Manoel Victorino Pereira Thomas Wright Hall Alexander Ligertwood


Paterson

Fonte: elaborado pela autora (2021)

Destaca-se que dentre os médicos que compunham esse grupo, encontram-se médicos
ligados pela consanguinidade. O estudante da Faculdade de Medicina da Bahia, Antônio Pacífico
Pereira, que integrava o grupo de médicos desde as primeiras reuniões, e que se tornara médico e
professor da mesma instituição, tendo sido um dos representantes mais atuantes frente ao periódico
médico criado pelo grupo tropicalista, a Gazeta Médica da Bahia, teve ao seu lado uma das
personalidades baianas de destaque na medicina e na política baiana e nacional, o Drº Manoel
Vitorino Pereira, seu irmão. Outro representante da primeira formação da Escola Tropicalista que
teve a oportunidade de compartilhar as discussões sobre as enfermidades de ordem parasitológicas
na Bahia foi o Drº John Ligertwood Paterson, acompanhando pelo seu irmão Alexander Ligertwood
Paterson. (FIOCRUZ, 20--)

Medicina Tropical Oitocentista

O reconhecimento às contribuições do Drº Otto Wucherer, no que compete ao


desenvolvimento da Medicina experimental no século XIX, se traduz na homenagem concedida a
ele por meio do nome do parasita que este descobriu, causador da filariose, o Wuchereria
bancrofti. Nesse sentido, o tema em questão tem sido amplamente pesquisado em Programas de
Pós-Graduação, em cursos de Mestrado e Doutorado, assim como publicado em artigos de
periódicos. Pode-se observar essa amplitude no Quadro 2, que destaca alguns desses trabalhos
científicos, cuja temática se concentra na Escola Tropicalista Baiana.
Quadro 2 – Breve relação da produção científica sobre a Escola Tropicalista Baiana

Autores (as) Título Ano Tipo

MASCARINI, Luciene Uma abordagem histórica da 2003 Artigo


Maura. trajetória da parasitologia

GURGEl, Cristina Brandt Ciência no século XIX: A 2010 Artigo


Friedrich Martin; contribuição brasileira para a
CARNEIRO, Fernanda; descoberta do agente etiológico da
COUTINHO, Elaine. filariose linfática.

AMARAL, Isabel; Contribuições para a História da 2013 Artigo


DIOGO, Maria Paula; Medicina Tropical nos séculos XIX
BENCHIMOl, Jaime e XX: um olhar retrospectivo.
Larry; ROMERO SÁ,
Magali.

MALAQUIAS, Anderson O micróbio protagonista: notas 2016 Artigo


Gonçalves. sobre a divulgação da bacteriologia
na Gazeta Médica da Bahia, século
XIX.
MARTINELLI, Maria de Comunicação Científica em Saúde: 2014 Dissertações
Fátima Mendes. a Gazeta Médica da Bahia no UFBA
Século XIX.
SANTOS, Adailton Escola Tropicalista Baiana: registro 2008 Dissertações
Ferreira dos. de uma nova ciência na Gazeta PUC-SP
Médica da Bahia
(1866-1889).
SANTANA, Celeste Maria Comunicação científica na 2013 Teses
De Oliveira. Medicina Tropical no contexto da UFBA
Ciência da Informação (Séculos
XIX e XX).
Teses
SANTOS, Adailton A presença das ideias da Escola 2012
Ferreira dos. Tropicalista Baiana nas Teses PUC-SP
Doutorais da Faculdade de
Medicina (1850-1889).

Fonte: elaborado pela autora (2021)

O debate que por ora se apresenta a respeito da utilização do termo „Escola‟, para denominar
um grupo de médicos da Bahia, reconhecidos nacional e internacionalmente, considerados por uma
parcela da comunidade científica como aqueles que iniciaram uma mudança na forma como a
medicina era desenvolvida no Brasil, aparentemente apenas se inicia. Há nessa controvérsia
diversas vertentes que precisam ser analisadas de forma mais aprofundada, de modo a se identificar
fatores que possam ser revelados, a partir das contribuições desses médicos e da conjuntura política,
social, econômica e educacional no Brasil oitocentista.
Referências

AMARAL, Isabel; DIOGO, Maria Paula; BENCHIMOl, Jaime Larry; ROMERO SÁ,
Magali. Contribuições para a História da Medicina Tropical nos séculos XIX e XX: um
olhar retrospectivo. Revista Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, v. 2,
2013. Disponível em: https://anaisihmt.com/index.php/ihmt/article/view/187/151. Acesso
em: 9 jun. 2021.

BARROS, José D'Assunção. Teoria da história V: a Escola dos Annales e a Nova História.
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https://www.scielo.br/j/hcsm/a/jkzw6Q98SLFLYKNkR3cbQPh/abstract/?lang=pt. Acesso
em 27 abr. 2021.

EDLER, Flávio Coelho. A Medicina no Brasil Imperial: clima, parasitas e patologia


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FIGUERÔA, Sílvia Fernanda de Mendonça. Ciência e medicina fora da Corte: a Escola


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Saúde no Brasil (1832-1930). Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 20--. Disponível em:
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maio 2021.

GURGEL, Cristina Brandt Friedrich Martin; CARNEIRO, Fernanda Carneiro;


COUTINHO, Elaine Coutinho. “Ciência no século XIX: a Contribuição Brasileira para a
descoberta do agente etiológico da filariose linfática”. Revista de Patologia Tropical /
Journal of Tropical Pathology. v. 39, n. 4. 2010: p. 251–260. Disponível em:
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JACOBINA, Ronaldo Ribeiro. Juliano Moreira da Bahia para o mundo: a formação


baiana do intelectual de múltiplos talentos (1872-1902). Salvador: Edufba. 2019.

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Médica da Bahia no século XIX . Salvador, 2014. Dissertação (Mestrado em Estudos
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MASCARINI, Luciene Maura. Uma abordagem histórica da trajetória da parasitologia.


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https://www.scielo.br/j/csc/a/FZNyvMBCHYyBDcJHPJL9p8H/?lang=pt#. Acesso em: 9
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PEARD, Julyan G. Race, Place, and Medicine: The Idea of the Tropics in Nineteenth-
Century Brazilian Medicine. London: London Duke University Press. 1999.

QUEIROZ , Vanessa de Jesus. “Profetas do mau agouro”? Higiene Pública na Gazeta


Medica da Bahia (1866-1870). Brasília, 2018. Dissertação (Mestrado em História) -
Instituto de Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2018. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/32894/1/2018_VanessadeJesusQueiroz.pdf. Acesso em: 9
jun. 2021.

SANTANA, Celeste Maria de Oliveira. Comunicação científica na medicina tropical no


contexto da ciência da informação (séculos XIX e XX). Salvador, 2013. Tese (Doutorado
em Ciência da Informação) - Instituto de Ciência da Informação, Universidade Federal da
Bahia, Salvador, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18157. Acesso
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SANTOS, Adailton Ferreira. Escola Tropicalista Baiana: registro de uma nova ciência na
Gazeta Médica da Bahia (1866-1889). São Paulo, 2008. Dissertação (Mestrado em História
da Ciência) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Disponível em:
https://tede2.pucsp.br/handle/handle/13391. Acesso em: 18 abr. 2021.

SANTOS, Adailton Ferreira. A presença das ideias da Escola Tropicalista Baiana nas
teses doutorais da Faculdade de Medicina (1850-1889). São Paulo, 2012. Tese
(Doutorado em História da Ciência) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP). Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/13277. Acesso em: 19 jan. 2021.

SANTOS, Luiz Antonio de Castro. A constituição de identidades médicas no Brasil pré-


republicano: apontamentos sobre a clínica e a experimentação. Revista Caderno de
História e Ciência. v. 6, n. 1. São Paulo, jan./jul, 2009. Disponível em:
http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
76342010000100004&lng=pt&nrm=iss&tlng=pt. Acesso em: 9 jun. 2021.

SILVA LIMA, José Francisco da. The Later Dr. Wucherer and the Filaria Bancrofti, The
Lancet. Reino Unido, 1878. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/search?qs=wucherer. Acesso em: 10 maio 2021.

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