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agostinho rodolfo rodrigues de souza

rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
Sumário
1- SNT ....................... 4
1.1 Composição do CONTRAN ...........................................................................................4
1.2 Competências do CONTRAN.........................................................................................5
• 1.2.1 Poder normativo ................................................................................................5
• 1.2.2 Poder julgador ...................................................................................................5
• 1.2.3 Consulta Pública ................................................................................................6
• 1.2.4 Câmaras Temáticas............................................................................................6
1.3 DENATRAN e RNPC ....................................................................................................7
• 1.3.1 RNPC.................................................................................................................7
1.4 Polícia Rodoviária Federal ..............................................................................................7
1.5 DETRANs .......................................................................................................................8
1.6 Escolas Públicas de Trânsito...........................................................................................8
1.7 Órgãos Municipais ..........................................................................................................8
1.8 Municipalização e Convênios
agostinho .........................................................................................
rodolfo rodrigues de souza 9
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1.9 Polícia Legislativa ...........................................................................................................9
073.792.144-70
2- Veículos de urgência/emergência 11
3- Sinalização.......... 15
4- Iluminação veicular 16
5- Conversões e Manobras 17
6- Prerrogativas de circulação 17
7- Condução de Motocicletas, Motonetas e Ciclomotores 18
8- Transporte de Crianças 20
9- Dos condutores de veículos escolares 21
10- Habilitação ..... 22
10.1 Competências ..............................................................................................................22
10.2 Exame de Aptidão Física e Mental .............................................................................22
10.3 Exame de Direção Veicular ........................................................................................23
10.4 Aprendizagem .............................................................................................................24
10.5 Aprovação nos Exames e a Permissão para Dirigir ....................................................24
10.6 Exame Toxicológico ...................................................................................................24
10.7 Carteira Nacional de Habilitação ................................................................................26

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11- Advertência por escrito 27
11.1 Competência ...............................................................................................................29
12- Da pontuação na Carteira de Habilitação 31
13- Suspensão do Direito de Dirigir 34
13.1 Casos de Aplicação .....................................................................................................34
13.2 Suspensão por Infração Específica .............................................................................35
13.3 Prazos de Suspensão ...................................................................................................37
13.4 Competência ...............................................................................................................40
13.5 Curso Preventivo de Reciclagem ................................................................................42
14- Frequência obrigatória em Curso de Reciclagem 43
15- Medidas Administrativas 43
15.1 Retenção de Veículo ...................................................................................................43
15.2 Remoção do Veículo ...................................................................................................45
16- Infrações ......... 46
16.1 Infrações Gravíssimas .................................................................................................46
• agostinho
16.1.1 Separação rodolfo
por infrações querodrigues de souza
geram a Suspensão do Direito de Dirigir ........46
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16.2 Velocidade Incompatível ...........................................................................................
073.792.144-70 51
16.3 Infrações cometidas por motos ...................................................................................52
• 16.3.1 Usar ou transportar passageiro com o capacete de segurança sem viseira ou
óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a
regulamentação do Contran .............................................................................................52
• 16.3.2 Uso de faróis ..................................................................................................53
• 16.3.3 Transporte de crianças ...................................................................................53
16.4 Infrações sobre Iluminação do Veículo ......................................................................54
16.5 Infração por falta de registro de veículo .....................................................................54
16.6 Infração de parada .......................................................................................................55
17- Processo administrativo 56
17.1 Notificação da Autuação realizada no momento da abordagem .................................56
17.2 Notificação Eletrônica ................................................................................................56
17.3 Defesa da Autuação ....................................................................................................58
17.4 Identificação do Condutor Infrator .............................................................................59
17.5 Forma da Identificação ...............................................................................................59
17.6 Notificação da Penalidade...........................................................................................60

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• 17.6.1 Requisito Formal ...........................................................................................62
17.7 Recurso em segunda instância ....................................................................................63
17.8 Encerramento da instância administrativa e aplicação das penalidades .....................64
18- Crimes de Trânsito 66

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1- SNT
A L14071trouxe modificações relevantes sobre as competências do Sistema Nacional de
Trânsito. Vamos ver quais são a seguir.

1.1 Composição do CONTRAN


O CONTRAN passou a ter a composição parecida com a que era prevista, anteriormente, pela
Medida Provisória nº 882/2019:

Art. 10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no Distrito


Federal, tem a seguinte composição:
II-A - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá;
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
IV - Ministro de Estado da Educação;
V - Ministro de Estado da Defesa;
VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente;
VII - (revogado);
XXII - Ministro de Estado da Saúde;
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XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
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XXIV - Ministro de Estado das Relações Exteriores;
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XXVI - Ministro de Estado da Economia; e
XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Disposições adicionais:

§ 4º Os Ministros de Estado deverão indicar suplente, que será servidor de nível


hierárquico igual ou superior ao nível 6 do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS ou, no caso do Ministério da Defesa, alternativamente, Oficial-
General.
§ 5º Compete ao dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União
atuar como Secretário-Executivo do Contran.
§ 6º O quórum de votação e de aprovação no Contran é o de maioria absoluta.”
(NR)
“Art. 10-A. Poderão ser convidados a participar de reuniões do Contran, sem
direito a voto, representantes de órgãos e entidades setoriais responsáveis ou
impactados pelas propostas ou matérias em exame.”

O que mudou?

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• Não tem mais representante do Ministério dos Transportes, nem representante da
ANTT.
• O CONTRAN é formado pelos próprios ministros, e não por seus representantes;
• O presidente do CONTRAN é o Ministro da Infraestrutura, e não mais o diretor do
DENATRAN;
• O diretor do DENATRAN é Secretário-Executivo do Contran;
• Os ministros devem indicar suplente;
• Membros relevantes da sociedade civil podem ser convidados a participar de reuniões
do CONTRAN, sem direito a voto, quando a matéria tiver impacto para si.

Porém, CUIDADO!
Esta composição do CONTRAN é diferente da composição que encontramos no Decreto nº
4.711/2003 (que estava no edital de 2018) e da Resolução nº 766/2019, que estabeleceu o
Regimento Interno do CONTRAN.

Em razão dessas confusões, acredito que a composição do CONTRAN não será objeto de
cobrança na prova.

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1.2 Competências do CONTRAN
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Houve modificação em duas competências do CONTRAN:

• 1.2.1 Poder normativo


Houve ampliação formal do poder normativo do CONTRAN, na medida que o art. 12 passou
a constar:
CTB ATUAL L14071
VIII - estabelecer e normatizar os VIII - estabelecer e normatizar os
procedimentos para a aplicação das multas procedimentos para o enquadramento das
por infrações, a arrecadação e o repasse dos condutas expressamente referidas neste
valores arrecadados; (Redação dada Código, para a fiscalização e a aplicação das
pela Lei nº 13.281, de 2016) medidas administrativas e das penalidades
por infrações e para a arrecadação das
multas aplicadas e o repasse dos valores
arrecadados;

• 1.2.2 Poder julgador


O CONTRAN não possui mais competência para julgar nenhum tipo de recurso em 2ª
instância, pois houve a revogação do art. 12, inciso XII, que dizia o seguinte:

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XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das instâncias inferiores,
na forma deste Código;
Nesse mesmo sentido, houve a modificação do art. 289 do CTB, para adequar-se à exclusão
desta competência do órgão:

Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será apreciado no prazo de trinta
dias:
I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade da União, por
colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral da Jari, pelo Presidente da
Junta que apreciou o recurso e por mais um Presidente de Junta;
a) (revogada);
b) (revogada);
[...]
Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste artigo, quando houver apenas
uma Jari, o recurso será julgado por seus membros.” (NR)

• 1.2.3 Consulta Pública


Os parágrafos inseridos no art. 12 obrigam o CONTRAN a realizar prévia consulta pública
quando for exercer aagostinho
competênciarodolfo rodrigues
de estabelecer de souza
as normas regulamentares referidas neste
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Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito.
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§ 1º As propostas de normas regulamentares de que trata o inciso I do caput deste
artigo serão submetidas a prévia consulta pública, por meio da rede mundial de
computadores, pelo período mínimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria
pelo Contran.
§ 2º As contribuições recebidas na consulta pública de que trata o § 1º deste artigo
ficarão à disposição do público pelo prazo de 2 (dois) anos, contado da data de
encerramento da consulta pública.
§ 3º Em caso de urgência e de relevante interesse público, o Presidente do Contran
poderá editar deliberação, ad referendum do Conselho e com prazo de validade
máximo de 90 (noventa) dias, para estabelecer norma regulamentar prevista no
inciso I do caput, dispensado o cumprimento do disposto nos §§ 1º e 2º deste
artigo, vedada a reedição.
§ 4º Encerrado o prazo previsto no § 3º deste artigo sem o referendo do Contran,
a deliberação perderá a sua eficácia, e permanecerão válidos os efeitos dela
decorrentes.

• 1.2.4 Câmaras Temáticas


As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN, são integradas por
especialistas e têm como objetivo estudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre
assuntos específicos para decisões daquele colegiado (art. 13).

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A L14071 modificou a presidência das Câmaras Temáticas:

§ 3º A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por representantes do


órgão máximo executivo de trânsito da União ou dos Ministérios representados
no Contran, conforme definido no ato de criação de cada Câmara Temática.

1.3 DENATRAN e RNPC


Ao Denatran foi atribuída a função de organizar, manter e atualizar o Registro Nacional
Positivo de Condutores (RNPC), com o acréscimo do inciso XXXI ao art. 19 do CTB.

• 1.3.1 RNPC
Este registro é uma novidade trazida pela L14071, e uniformiza o cadastro de bons condutores
que alguns estados já adotavam para fins de concessão de benefícios fiscais ou tarifários, na
forma de suas legislações específicas.

Art. 268-A. Fica criado o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC),


administrado pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, com a
finalidade de cadastrar os condutores que não cometeram infração de
trânsito sujeita à pontuação prevista no art. 259 deste Código, nos últimos 12
agostinho
(doze) meses, rodolfo
conforme rodrigues
regulamentação de souza
do Contran.
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§ 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
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§ 2º A abertura de cadastro requer autorização prévia e expressa do potencial
cadastrado.
§ 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação no RNPC independe
de autorização e de comunicação ao cadastrado.
§ 4º A exclusão do RNPC dar-se-á:
I - por solicitação do cadastrado;
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado estiver cassada ou
com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.
§ 5º A consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos termos da
regulamentação do Contran.
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão utilizar o
RNPC para conceder benefícios fiscais ou tarifários aos condutores
cadastrados, na forma da legislação específica de cada ente da Federação.”

1.4 Polícia Rodoviária Federal

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A PRF teve modificação de uma de suas competências, apenas no que se refere á redação do
artigo, para deixar explícito que possui competência para aplicar as penalidades de
advertência por escrito e multa e as medidas administrativas cabíveis, dando fim à discussão
a respeito de sua competência para aplicar advertência por escrito:

Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas
federais:
III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de advertência por
escrito e multa e as medidas administrativas cabíveis, com a notificação dos
infratores e a arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes de
estadia e remoção de veículos, objetos e animais e de escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
Além disso, a PRF ganhou a competência de aplicar a SDD em casos específicos, como
veremos em capítulo próprio.
1.5 DETRANs
O art. 22, II e III, sofreu alterações apenas na sua parte final, em que o legislador quis deixar
claro que a competência originária para expedição do CRV, CRLV, PPD, CNH e LADV
pertence ao DENATRAN:

Art. 22 Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do


Distrito agostinho rodolfo
Federal, no âmbito rodrigues
de sua de souza
circunscrição:
II - realizar,rodolforodriguesjp@hotmail.com
fiscalizar e controlar o processo de formação, de aperfeiçoamento, de
reciclagem e de suspensão 073.792.144-70
de condutores e expedir e cassar Licença de
Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
mediante delegação do órgão máximo executivo de trânsito da União;
III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular, registrar, emplacar
e licenciar veículos, com a expedição dos Certificados de Registro de Veículo e
de Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão máximo executivo de
trânsito da União;
O art. 22 também teve alterações quanto à aplicação da penalidade de SDD pelo DETRAN,
que veremos em capítulo específico.

1.6 Escolas Públicas de Trânsito


Tanto os DETRANs (art. 22, XVII) quanto os órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Municípios (art. 24, XXIII) receberam a expressa incumbência de criar, implantar e manter
escolas públicas de trânsito, destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio de
aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito

1.7 Órgãos Municipais


O art. 24 sofreu poucas alterações, apenas para consolidar, na norma, atribuições que já eram
exercidas por estes órgãos:

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Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios,
no âmbito de sua circunscrição:
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres
e de animais e promover o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da
circulação, da segurança e das áreas de proteção de ciclistas;
A alteração quanto às escolas públicas de trânsito foi vista acima, e a competência para
aplicação da SDD será vista em capítulo próprio.
1.8 Municipalização e Convênios
A L14071 trouxe a figura da prefeitura municipal para dentro do CTB, que poderá ter papel
no que se refere à inclusão do Município ao SNT e celebração de convênio com outros órgãos
de trânsito:

Art. 24
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, os Municípios
deverão integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsito, por meio de órgão ou
entidade executivos de trânsito ou diretamente por meio da prefeitura
municipal, conforme previsto no art. 333 deste Código.

Art. 25. ......................................................................................................


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§ 1º [...] Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacional de Trânsito
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poderão celebrar convênio delegando as atividades previstas neste Código, com
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vistas à maior eficiência e à segurança para os usuários da via.
§ 2º Quando não houver órgão ou entidade executivos de trânsito no
respectivo Município, o convênio de que trata o caput deste artigo poderá ser
celebrado diretamente pela prefeitura municipal com órgão ou entidade que
integre o Sistema Nacional de Trânsito, permitido, inclusive, o consórcio com
outro ente federativo.

1.9 Polícia Legislativa


Com a inclusão do art. 25-A, as polícias legislativas da câmara dos deputados e do senado
federal ganharam a possibilidade de exercerem fiscalização de trânsito, dentro de algumas
hipóteses restritas:
• Deve haver convênio com o órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a
via;
• A infração deverá: [os dois requisitos devem ser atendidos]
o Quanto ao LOCAL: ser cometida nas adjacências do Congresso Nacional ou
nos locais sob sua responsabilidade
o Quanto à consequência: comprometer objetivamente os serviços ou colocar em
risco a incolumidade das pessoas ou o patrimônio das respectivas Casas
Legislativas.

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• O agente deverá receber treinamento específico para o exercício das atividades,
conforme regulamentação do Contran.
O AIT lavrado nestas condições deverá ser remetido ao órgão competente.

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2- Veículos de urgência/emergência
Houve significativa extensão das condições para que um veículo possa exercer prerrogativas
de livre circulação, estacionamento e parada. Se no CTB atual a única condição admitida é
estar em serviço de urgência, a nova redação do art. 29, VII, acrescenta mais duas atividades:

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os


de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no
trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço
de urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública,
observadas as seguintes disposições:
Houve uma alteração importante nas alíneas A e B deste inciso, no que se refere ao surgimento
da obrigação dos condutores de liberar a passagem para o veículo e dos pedestres de aguardar
no passeio:

a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e


iluminação
intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
direita da via e parando, se necessário;

b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ouavistarem a luz intermitente,


deverão agostinho
aguardar no passeio
rodolfoe somente atravessar
rodrigues a via quando o veículo já tiver
de souza
passado pelo local;
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A L14071 ainda dispôs sobre os requisitos para que pudessem ser exercidas as prerrogativas
de livre circulação e parada e a de livre estacionamento. A diferença é que, para exercer a de
livre estacionamento, é necessário manter apenas a iluminação intermitente acionada,
enquanto que para as demais prerrogativas, além da iluminação, é necessário acionar o alarme
sonoro:

e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente


quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de
alarme sonoro e iluminação intermitente;
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os
veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de iluminação
intermitente;

As demais inclusões no art. 29 tratam da competência do CONTRAN para regulamentar e


também de uma hipótese especial de aplicação dessas prerrogativas a veículos que não estejam
caracterizados, externamente, como os demais veículos de emergência:

§ 3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de alarme sonoro e


iluminação intermitente previstos no inciso VII do caput deste artigo.

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§ 4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima federal de segurança
pública poderá dispor sobre a aplicação das exceções tratadas no inciso VII do
caput deste artigo aos veículos oficiais descaracterizados.” (NR)

compare ambas as redações dos artigos1:

Redação atual Redação pela Lei 14.071/20


Art. 29, VII - os veículos destinados a VII - os veículos destinados a socorro de
socorro de incêndio e salvamento, os de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
polícia, os de fiscalização e operação de fiscalização e operação de trânsito e as
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade ambulâncias, além de prioridade no trânsito,
de trânsito, gozam de livre circulação, gozam de livre circulação, estacionamento e
estacionamento e parada, quando em parada, quando em serviço de urgência, de
serviço de urgência e devidamente policiamento ostensivo ou de preservação
identificados por dispositivos da ordem pública, observadas as seguintes
regulamentares de alarme sonoro e disposições:
iluminação vermelha intermitente,
observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem a) quando os dispositivos regulamentares de
acionados, indicando a proximidade dos alarme sonoro e iluminação intermitente
veículos, todos os condutores deverão deixar estiverem acionados, indicando a
livre a passagem pelaagostinho rodolfo
faixa da esquerda, rodrigues
indo de souza
proximidade dos veículos, todos os
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para a direita da via e parando, se necessário; condutores deverão deixar livre a passagem
pela faixa da esquerda, indo para a direita da
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via e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro
deverão aguardar no passeio, só ou avistarem a luz intermitente, deverão
atravessando a via quando o veículo já tiver aguardar no passeio e somente atravessar a
passado pelo local; via quando o veículo já tiver passado pelo
local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e Permanece igual
de iluminação vermelha intermitente só
poderá ocorrer quando da efetiva prestação
de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no Permanece igual
cruzamento deverá se dar com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de
segurança, obedecidas as demais normas
deste Código;
(não havia) e) as prerrogativas de livre circulação e de
parada serão aplicadas somente quando os
veículos estiverem identificados por

1
Lembre-se de que a L14071 entra em vigor apenas em 2021, portanto, estudaremos as duas versões de redação.

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dispositivos regulamentares de alarme
sonoro e iluminação intermitente;
(não havia) f) a prerrogativa de livre estacionamento
será aplicada somente quando os veículos
estiverem identificados por dispositivos
regulamentares de iluminação intermitente;
VIII - os veículos prestadores de serviços de Permanece igual
utilidade pública, quando em atendimento na
via, gozam de livre parada e estacionamento
no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados, devendo estar
identificados na forma estabelecida pelo
CONTRAN;
(não havia) § 3º Compete ao Contran regulamentar os
dispositivos de alarme sonoro e iluminação
intermitente previstos no inciso VII do caput
deste artigo.
(não havia) § 4º Em situações especiais, ato da
autoridade máxima federal de segurança
pública poderá dispor sobre a aplicação das
exceções tratadas no inciso VII do caput
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deste artigo aos veículos oficiais
descaracterizados.” (NR)
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Repare que os veículos de prestadores de serviço de utilidade pública, quando em
atendimento, gozam apenas de livre parada e estacionamento, no local da prestação
de serviço, desde que devidamente sinalizados nos moldes da Res. 268/08 do CONTRAN.
Repare que as infrações relativas a veículos de urgência continuam com a mesma redação:

Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro
de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às
ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de
passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme
sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

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Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o
sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro
de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que
parados:
Infração - média;
Penalidade - multa.

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3- Sinalização
Sobre sinalização, houve acréscimo de um parágrafo ao art. 12 do CTB, tratando sobre
competência do CONTRAN:

§ 5º Norma do Contran poderá dispor sobre o uso de sinalização horizontal ou


vertical que utilize técnicas de estímulos comportamentais para a redução de
acidentes de trânsito.

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4- Iluminação veicular
Estas disposições serão trabalhadas mais adiante no capítulo relativo às infrações!!
Redação atual L14071
Art. 40. I - o condutor manterá acesos os Art. 40.
faróis do veículo, utilizando luz baixa, I - o condutor manterá acesos os faróis do
durante a noite e durante o dia nos túneis veículo, por meio da utilização da luz baixa:
providos de iluminação pública e nas
rodovias; a) à noite;
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob
chuva, neblina ou cerração
Art. 40. IV - o condutor manterá acesas pelo Revogado
menos as luzes de posição do veículo
quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou
ciclomotor: ciclomotor:
IV - com os faróis apagados; IV - (revogado);
Art. 250. Quando o veículo estiver em Art. 250. Quando o veículo estiver em
movimento:
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movimento:
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I - deixar de manter acesa a luz baixa: I - deixar de manter acesa a luz baixa:
073.792.144-70
a) durante a noite; a) durante a noite;
b) de dia, nos túneis providos de b) de dia, em túneis e sob chuva,
iluminação pública e nas rodovias; neblina ou cerração;
c) de dia e de noite, tratando-se de c) de dia, no caso de veículos de
veículo de transporte coletivo de transporte coletivo de passageiros
passageiros, circulando em faixas ou em circulação em faixas ou pistas a
pistas a eles destinadas; eles destinadas;
d) de dia e de noite, tratando-se de d) de dia, no caso de motocicletas,
ciclomotores; motonetas e ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples
situadas fora dos perímetros urbanos,
no caso de veículos desprovidos de
luzes de rodagem diurna;

Art. 250. II - deixar de manter acesas pelo Revogado


menos as luzes de posição sob chuva forte,
neblina ou cerração;

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5- Conversões e Manobras

Veja que a Lei 14.071/20 acrescenta o art. 44-A ao CTB:

Art. 44-A. É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho


do semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão,
observados os arts. 44, 45 e 70 deste Código.
Ainda, a lei trouxe uma exceção à infração de avançar o sinal vermelho, prevista no art, 208
do CTB:
Redação atual L14071
Art. 208. Avançar o sinal vermelho do Art. 208. Avançar o sinal vermelho do
semáforo ou o de parada obrigatória: semáforo ou o de parada obrigatória, exceto
onde houver sinalização que permita a
livre conversão à direita prevista no art.
44-A deste Código:
Infração - gravíssima; (mantida)
Penalidade - multa.

Não sabemos ao certoagostinho


como essarodolfo
previsão rodrigues de souza
será regulamentada e aplicada, mas trazemos o
rodolforodriguesjp@hotmail.com
artigo para que você fique ciente de como a nova lei trata ele.
073.792.144-70

6- Prerrogativas de circulação
Há alguns tipos de veículos que possuem prerrogativas de circulação, estacionamento e
parada, dentre os quais se incluem as viaturas da PRF. Gosto de separar estes veículos em 2
grandes grupos: veículos de emergência e veículos prestadores de serviços de utilidade
pública.

Esta matéria está afetada pela Lei nº 14.071/2020,conforme vimos no capítulo “Veículos de
urgência/emergência”!

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7- Condução de Motocicletas, Motonetas e Ciclomotores

As infrações relativas a esses veículos complementam as normas:

Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:

I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário


de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN; (redação
levemente alterada pela L14071: I - sem usar capacete de segurança ou vestuário
de acordo com as normas e as especificações aprovadas pelo Contran;)

II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida


no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou
em carro lateral;

III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;

IV - com os faróis apagados; (virá a ser revogado pela L14071)


agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias,
073.792.144-70
condições de cuidar de sua própria segurança: (a L14071 modifica essa idade
para 10 anos)

Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação; (virá a ser
modificada pela L14071 para: retenção do veículo até regularização e
recolhimento do documento de habilitação;)

VI - rebocando outro veículo;

VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para
indicação de manobras;

VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo


com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;

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IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o
previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade
profissional dos mototaxistas:

Infração – grave;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização.
A L14071 acrescenta ainda mais 2 incisos de infrações:

X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção


ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a regulamentação do
Contran;
XI - transportando passageiro com o capacete de segurança utilizado na forma
prevista no inciso X do caput deste artigo:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização;

agostinho rodolfo rodrigues de souza


rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

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8- Transporte de Crianças
A L14071 modificou um pouco o art. 64 do CTB, relacionando as condições de transporte de
crianças não apenas à idade, mas também à altura, deixando para que o CONTRAN
regulamente o que for necessário:

Art. 64. As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não tenham atingido
1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser
transportadas nos bancos traseiros, em dispositivo de retenção adequado para cada
idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos
regulamentadas pelo Contran.

Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional de dispositivos de


retenção no banco dianteiro do veículo e as especificações técnicas dos
dispositivos de retenção a que se refere o caput deste artigo.” (NR)

O transporte de menores de 10 anos e a utilização do dispositivo


de retenção para o transporte de crianças em veículos foi
regulamentado através da Resolução nº 277/2008 do CONTRAN,
mas a resolução ainda não foi atualizada para se adaptar às previsões da L14071.
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
O CTB dispõe, no capítulo das infrações, acerca do transporte de crianças em veículos de duas
073.792.144-70
rodas, trazendo atualmente como marco referencial a idade de 7 anos e o fato de a criança ter
condições de cuidar da própria segurança. Este marco será modificado pela L14071 para 10
anos!
Redação atual Redação na L14071
Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou
ciclomotor: ciclomotor:
V - transportando criança menor de sete anos V - transportando criança menor de 10 (dez)
ou que não tenha, nas circunstâncias, anos de idade ou que não tenha, nas
condições de cuidar de sua própria circunstâncias, condições de cuidar da
segurança: própria segurança:

Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;

Penalidade - multa e suspensão do direito de Penalidade - multa e suspensão do direito de


dirigir; dirigir;

Medida administrativa - Recolhimento do Medida administrativa - retenção do veículo


documento de habilitação; até regularização e recolhimento do
documento de habilitação;

20 de 66
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos (mantida a mesma redação)
incisos III, VII e VIII, além de:
c) transportar crianças que não tenham, nas
circunstâncias, condições de cuidar de sua
própria segurança.

Já a infração de transportar irregularmente criança em veículo automotor está prevista no art.


168 do CTB, possuindo medida administrativa de retenção:

Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas
de segurança especiais estabelecidas neste Código:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

agostinho rodolfo rodrigues de souza


rodolforodriguesjp@hotmail.com
9- Dos condutores de veículos escolares
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A L14071 modifica a exigência relativa aos impedimentos quanto a infrações, passando a


prever que o condutor deve apenas não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos 12
(doze) últimos meses, mantidas as demais exigências.

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10- Habilitação
10.1 Competências
A Lei 14.071 trará algumas mudanças na redação do artigo 22, mas não modificará a essência
dele:

Art. 22
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de aperfeiçoamento,
de reciclagem e de suspensão de condutores e expedir e cassar Licença de
Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação,
mediante delegação do órgão máximo executivo de trânsito da União;

10.2 Exame de Aptidão Física e Mental


Acerca dos prazos de renovação do exame, vejamos as alterações propostas pela lei
14.071/2020:
Redação atual CTB Redação Lei 14.071/2020
Art. 147, § 2º O exame de aptidão física e Art. 147, § 2º O exame de aptidão física e
mental será preliminar e renovável a cada mental, a ser realizado no local de residência
cinco anos, ou a cada três anos para ou domicílio do examinado, será preliminar
agostinho rodolfo rodrigues de souza
condutores com mais de sessenta e cinco e renovável com a seguinte periodicidade:
rodolforodriguesjp@hotmail.com
anos de idade, no local de residência ou
domicílio do examinado. 073.792.144-70
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com
idade inferior a 50 (cinquenta) anos;

II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores


com idade igual ou superior a 50 (cinquenta)
anos e inferior a 70 (setenta) anos;

III - a cada 3 (três) anos, para condutores


com idade igual ou superior a 70 (setenta)
anos.
§ 4º Quando houver indícios de deficiência § 4º Quando houver indícios de deficiência
física, mental, ou de progressividade de física ou mental, ou de progressividade de
doença que possa diminuir a capacidade para doença que possa diminuir a capacidade para
conduzir o veículo, o prazo previsto no § 2º conduzir o veículo, os prazos previstos nos
poderá ser diminuído por proposta do perito incisos I, II e III do § 2º deste artigo poderão
examinador. ser diminuídos por proposta do perito
examinador.
[não havia este parágrafo] § 6º Os exames de aptidão física e mental e
a avaliação psicológica deverão ser
analisados objetivamente pelos examinados,
limitados aos aspectos técnicos dos

22 de 66
procedimentos realizados, conforme
regulamentação do Contran, e subsidiarão a
fiscalização prevista no § 7º deste artigo.
[não havia este parágrafo] § 7º Os órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
com a colaboração dos conselhos
profissionais de medicina e psicologia,
deverão fiscalizar as entidades e os
profissionais responsáveis pelos exames de
aptidão física e mental e pela avaliação
psicológica no mínimo 1 (uma) vez por
ano.” (NR)

Repare em alguns detalhes na alteração dos prazos da renovação:

O perito examinador É indispensável que a


Os prazos de renovação vai só PROPOR a deficiência ou doença
PODEM ser alterados a diminuição do prazo: física DIMINUA ou
critério da autoridade não ele que vai POSSA VIR A
de trânsito, conforme a determinar a redução, DIMINUIR a
avaliação do perito; mas sim, a autoridade
agostinho rodolfo rodrigues de souza capacidade para
competente; conduzir o veículo.
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

Retome o art. 14 do CTB:

Art. 14 Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e ao Conselho


de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE:

V - julgar os recursos interpostos contra decisões:


b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de inaptidão permanente
constatados nos exames de aptidão física, mental ou psicológica;

VI - indicar um representante para compor a comissão examinadora de candidatos


portadores de deficiência física à habilitação para conduzir veículos automotores;

10.3 Exame de Direção Veicular

O CTB prevê que “o caso de reprovação no exame escrito sobre legislação de trânsito ou de
direção veicular, o candidato só poderá repetir o exame depois de decorridos quinze dias da
divulgação do resultado” em seu art. 151

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Entretanto, a Lei 14.071/2020 previu a REVOGAÇÃO desta normativa, retirando esta
exigência.

10.4 Aprendizagem
A aprendizagem somente poderá realizar-se seguindo os padrões mínimos instituídos pelo
CTB:

Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se:

I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão executivo de trânsito;

II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.

§ 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendizagem poderá


conduzir apenas mais um acompanhante.

§ 2o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada durante a noite,


cabendoagostinho
ao CONTRANrodolfo rodrigues
fixar-lhe de souza
a carga horária mínima correspondente (Este
rodolforodriguesjp@hotmail.com
parágrafo será REVOGADO pela L14071)
073.792.144-70

10.5 Aprovação nos Exames e a Permissão para Dirigir

Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.

ATENÇÃO!! A L14071 acescenta ao art. 159 a informação de que “o porte do documento


de habilitação será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso
ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado.”

10.6 Exame Toxicológico


A L14071 trouxe algumas mudanças nas redações do art. 148-A, mas a essência da norma
foi mantida:
CTB ATUAL L14071

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Art. 148-A, § 2o Os condutores das § 2º Além da realização do exame previsto
categorias C, D e E com Carteira Nacional no caput deste artigo, os condutores das
de Habilitação com validade de 5 (cinco) categorias C, D e E com idade inferior a 70
anos deverão fazer o exame previsto no § 1o (setenta) anos serão submetidos a novo
no prazo de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses a exame a cada período de 2 (dois) anos e 6
contar da realização do disposto no caput. (seis) meses, a partir da obtenção ou
renovação da Carteira Nacional de
Habilitação, independentemente da validade
dos demais exames de que trata o inciso I do
caput do art. 147 deste Código
§ 3o Os condutores das categorias C, D e E § 3º (Revogado).
com Carteira Nacional de Habilitação com
validade de 3 (três) anos deverão fazer o
exame previsto no § 1o no prazo de 1 (um)
ano e 6 (seis) meses a contar da realização
do disposto no caput.
§ 4o É garantido o direito de contraprova e § 4º É garantido o direito de contraprova e
de recurso administrativo no caso de de recurso administrativo, sem efeito
resultado positivo para o exame de que trata suspensivo, no caso de resultado positivo
o caput, nos termos das normas do Contran. para os exames de que trata este artigo, nos
termos das normas do Contran.
§ 5o A reprovaçãoagostinho
no exame previsto
rodolfoneste § 5º O resultado
rodrigues positivo no exame previsto
de souza
artigo terá como consequência a suspensão no § 2º deste artigo acarretará a suspensão do
rodolforodriguesjp@hotmail.com
do direito de dirigir pelo período de 3 (três) direito de dirigir pelo período de 3 (três)
meses, condicionado o levantamento 073.792.144-70
da meses, condicionado o levantamento da
suspensão ao resultado negativo em novo suspensão à inclusão, no Renach, de
exame, e vedada a aplicação de outras resultado negativo em novo exame, e vedada
penalidades, ainda que acessórias. a aplicação de outras penalidades, ainda que
acessórias.

Até então, a legislação não previa uma punição para o condutor que deixasse de renovar o
seu exame toxicológico. A L14071 sanou esta omissão acrescentando o art. 165-B ao CTB:

“Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E
sem realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A deste Código, após 30
(trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses,
condicionado o levantamento da suspensão à inclusão no Renach de resultado negativo em
novo exame.
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada
ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º
do art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do documento de habilitação nas
categorias C, D ou E.”

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10.7 Carteira Nacional de Habilitação
A CNH é documento de PORTE OBRIGATÓRIO quando o condutor estiver à direção do
veículo e somente terá validade para a condução de veículo quando apresentada em original.
A L14071 DISPENSA o porte da CNH quando, no momento da
fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para
verificar se o condutor está habilitado.
A L14071 acrescentou alguns parágrafos ao art. 159:

§ 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento


da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se
o condutor está habilitado.

§ 11. (Revogado).2

§ 12. Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito


Federal enviarão por meio eletrônico, com 30 (trinta) dias de antecedência, aviso
de vencimento da validade da Carteira Nacional de Habilitação a todos os
condutores cadastrados
agostinho no Renach
rodolfo com endereço
rodrigues de souza na respectiva unidade da
(NR)
Federação.”rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

2
Redação no CTB: § 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na vigência do Código anterior, será
substituída por ocasião do vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão física e mental, ressalvados
os casos especiais previstos nesta Lei.

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11- Advertência por escrito
A advertência por escrito é a penalidade mais leve do CTB.

A forma de aplicação desta penalidade foi BASTANTE alterada pela L14071, que entrará
em vigência a partir de abril de 2021. Veja uma tabela comparativa:
CTB L14071
A penalidade de ADV dependia de critérios Não há mais essa discricionariedade da
objetivos e também de valoração subjetiva autoridade, havendo, tão somente, critérios
da autoridade de trânsito, que exercia um OBEJTIVOS.
juízo de discricionaridade para verificar SE
esta penalidade seria mesmo a mais
educativa.
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade Art. 267. Deverá ser imposta a penalidade
de advertência por escrito à infração de de advertência por escrito à infração de
natureza leve ou média, passível de ser natureza leve ou média, passível de ser
punida com multa, não sendo reincidente o punida com multa, caso o infrator não tenha
infrator, na mesma infração, nos últimos cometido nenhuma outra infração nos
agostinho rodolfo rodrigues de souza
doze meses, quando a autoridade, últimos 12 (doze) meses.
rodolforodriguesjp@hotmail.com
considerando o prontuário do infrator,
entender esta providência como 073.792.144-70
mais
educativa.
§ 1º A aplicação da advertência por escrito § 1º (Revogado).
não elide o acréscimo do valor da multa
prevista no § 3º do art. 258, imposta por
infração posteriormente cometida. [este
trecho nunca teve aplicabilidade porque o
§3º do art. 258 foi vetado e nunca vigorou]
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se § 2º (Revogado).” (NR)
igualmente aos pedestres, podendo a multa
ser transformada na participação do infrator
em cursos de segurança viária, a critério da
autoridade de trânsito.

Ou seja, a L14071 EXCLUIU O REQUISITO SUBJETIVO de aplicação da penalidade de


advertência, de forma que a substituição da penalidade de multa pela de advertência será
compulsória quando os requisitos objetivos forem preenchidos:
o Natureza da Infração: infração de natureza leve ou média,
o Penalidade a ser substituída: multa
o Histórico do infrator: ele não poderá ter cometido nenhuma outra infração nos últimos
12 (doze) meses (de qualquer tipo)

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Se for aplicada a advertência por escrito, a penalidade de multa é afastada, bem como o
registro dos pontos que seriam decorrentes da infração. Ficará registrada, no prontuário
do infrator, a aplicação da advertência por escrito, para fins de análise de reincidência no
futuro.

É por esta razão que esta penalidade também é chamada de conversão da penalidade
de multa em advertência por escrito.
Quando aplicada a penalidade de advertência por escrito o condutor não poderá se beneficiar
novamente se cometer outra infração leve ou média no período de 12 meses após o
cometimento da infração anterior.
Veja as disposições da Resolução 619/2016 que não conflitam
com a L14071:

CAPÍTULO III
DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO
Art. 10. [o caput conflita com a L14071]
§ 1º Atéagostinho
a data do rodolfo
término rodrigues de souza
do prazo para a apresentação da defesa da
autuação, rodolforodriguesjp@hotmail.com
o proprietário do veículo, ou o condutor infrator, poderá requerer à
autoridade de trânsito 073.792.144-70
a aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito de
que trata o caput deste artigo.
§ 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações –
JARI da decisão da autoridade que aplicar a Penalidade de Advertência por
Escrito solicitada com base no § 1º, exceto se essa solicitação for concomitante
à apresentação de defesa da autuação.
§ 3º [este parágrafo conflita com a L14071]
§ 4º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser registrada
no prontuário do infrator depois de encerrada a instância administrativa de
julgamento de infrações e penalidades.
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto neste artigo, o DENATRAN deverá
disponibilizar transação específica para registro da Penalidade de Advertência por
Escrito no RENACH e no RENAVAM, bem como, acesso às informações
contidas no prontuário dos condutores e veículos para consulta dos órgãos e
entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito.
§ 6º A Penalidade de Advertência por Escrito deverá ser enviada ao infrator, no
endereço constante em seu prontuário ou por sistema de notificação eletrônica, se
disponível.
§ 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito não implicará em
registro de pontuação no prontuário do infrator.
§ 8º [este parágrafo conflita com a L14071]

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§ 10. Na hipótese de notificação por meio eletrônico, se disponível, o proprietário
ou o condutor autuado será considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão
da informação no sistema eletrônico.
§ 11. Para cumprimento do disposto no § 1º, o infrator deverá apresentar, ao órgão
ou entidade responsável pela aplicação da penalidade, documento emitido pelo
órgão ou entidade executivo de trânsito responsável pelo seu prontuário, que
demonstre as infrações cometidas, se houverem, referente aos últimos 12 (doze)
meses anteriores à data da infração, caso essas informações não estejam
disponíveis no RENACH.
§ 12. [este parágrafo conflita com a L14071]
§ 13. Para atendimento do disposto neste artigo, os órgãos e entidades executivos
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão registrar e atualizar os
registros de infrações e os dados dos condutores por eles administrados nas bases
de informações

11.1 Competência
O órgão que possui a competência para aplicar a penalidade de multa, ou seja, o órgão
autuador é aquele que detém a competência para aplicação da advertência por escrito.

Ou seja: as Polícias agostinho rodolfo


Militares NÃO podem rodrigues de souza
aplicar advertência, pois não possuem autoridade
rodolforodriguesjp@hotmail.com
de trânsito nem competência para aplicar qualquer tipo de penalidade, atuando apenas
073.792.144-70
mediante convênio (art. 23).

Relembre alguns dispositivos relativos à competência dos órgãos de trânsito:

Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das


rodovias e estradas federais:
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as
medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e
remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
[Redação pela L14071 deste inciso: III - executar a fiscalização de trânsito,
aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa e as medidas
administrativas cabíveis, com a notificação dos infratores e a arrecadação das
multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção de veículos,
objetos e animais e de escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou
perigosas;]

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades


executivos rodoviários
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
no âmbito de sua circunscrição:

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VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as penalidades de
advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas administrativas
cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

Art. 22. Compete aos órgãos


ou entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição:
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código, com
exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do art. 24, notificando os
infratores e arrecadando as multas que aplicar;

Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito


dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso
público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as
medidas administrativas cabíveis e as penalidades de
advertência por escrito e multa, por infrações de circulação,
estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do poder de
agostinho
polícia de rodolfo os
trânsito, notificando rodrigues
infratores ede souza as multas que aplicar,
arrecadando
rodolforodriguesjp@hotmail.com
exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo,
somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos;
073.792.144-70
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa,
por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código,
notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar;

A PRF APLICA ADVERTÊNCIA POR ESCRITO?


SIM!!!!
Havia dúvidas sobre isso porque a “advertência por escrito” não estava expressamente
prevista no art. 20 do CTB, mas a L14071 sanou esta omissão.
Clique aqui para ver a página da PRF sobre esta penalidade

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12- Da pontuação na Carteira de Habilitação
Cada multa de trânsito, dependendo da natureza da infração, ocasiona o registro de pontos no
prontuário do infrator responsável.

infração de natureza GRAVÍSSIMA - 7 pontos


infração de natureza GRAVE - 5 pontos
infração de natureza MÉDIA - 4 pontos
infração de natureza LEVE - 3 pontos

A, que regulou a atividade dos motoristas profissionais, trouxe uma exceção para a regra
da pontuação:

Art 259- § 4o Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída


pontuação pelas infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no §
3o do art. 257, excetuando-se aquelas praticadas por passageiros usuários do
serviço de transporte rodoviário de passageiros em viagens de longa distância
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares
intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas em viagem de longa
distânciaagostinho
por fretamento e turismo
rodolfo ou de qualquer
rodrigues de souza modalidade, excetuadas as
situações regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei nº 9.503, de 23
rodolforodriguesjp@hotmail.com
de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.
073.792.144-70

A L14071 traz uma modificação nas hipóteses de cômputo de pontuação dos condutores,
normatizando três situações em que não haverá este cômputo:

Art. 259. § 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas


infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do art. 257
deste Código, exceto aquelas:
I - praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte rodoviário de
passageiros em viagens de longa distância transitando em rodovias com a
utilização de ônibus, em linhas regulares intermunicipal, interestadual,
internacional e aquelas em viagem de longa distância por fretamento e turismo ou
de qualquer modalidade, excluídas as situações regulamentadas pelo Contran
conforme disposto no art. 65 deste Código; [esta exceção já estava prevista desde
a entrada da Lei nº 13.103/15 no CTB]
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 233,
233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da aplicação das penalidades e
medidas administrativas cabíveis; [previsão nova]

31 de 66
III - puníveis de forma específica com suspensão do direito de dirigir. [esta
previsão já existia na Resolução nº 723/2018 do CONTRAN, mas agora passa a
constar no próprio CTB]” (NR)
Sobre o §1º: quando um passageiro de um ônibus de transporte rodoviário de passageiros de
longa distância que transite em rodovias cometer uma infração, o motorista deste veículo
não será responsabilizado.
Essa medida parte do preceito de que o motorista do veículo não possui condições de controlar
os atos dos seus passageiros, o tempo inteiro: seria injusto responsabilizar o condutor, por
exemplo, pelo fato de um dos passageiros ter atirado uma garrafa pela janela do veículo.
O parágrafo traz, outrossim, uma exceção curiosa: quando a infração for por falta de uso do
cinto de segurança (em uma situação em que seu uso seria obrigatório), o motorista poderá
ser responsabilizado. Esta seria a “exceção da exceção”.
Sobre o §2º: Quis a L14071 excluir algumas infrações do cômputo da pontuação. Veja elas:

Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as


especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão das
agostinho rodolfo rodrigues de souza
placas irregulares.
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
Art. 230. Conduzir o veículo:
VII - com a cor ou característica alterada;
XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições previstas
neste Código;
Infração - média;
Penalidade - multa.

Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos


neste Código:
Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto
ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

32 de 66
Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo
irrecuperável ou definitivamente desmontado:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Registro e do Certificado
de Licenciamento Anual.

Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de


habilitação do condutor:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Na legislação de trânsito há, ainda, mais um tipo de infração que não computa pontos no
prontuário: aquelas às quais foi aplicada a penalidade de advertência por escrito, nos termos
da Resolução 619/2016 do CONTRAN:

Art. 10, § 7º A aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito não implicará


em registro de pontuação no prontuário do infrator.
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
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13- Suspensão do Direito de Dirigir
Esta penalidade indica que o direito de dirigir de determinado condutor ficará suspenso
por determinado tempo, sendo a ele, durante este prazo, proibido [=defeso] conduzir
qualquer veículo3 nestas condições.
A regulamentação da suspensão do direito de dirigir encontra-se nas resoluções 619/2016 e
723/2018 do CONTRAN, ambas presentes no Edital da PRF de 2018.

O art. 261 sofreu muitas modificações com a Lei nº 14.071/2020!!


Essas modificações conflitam com muitos dispositivos da R723/2018 do CONTRAN.
Então, CUIDADO ao estudar esta matéria!!

13.1 Casos de Aplicação


Os casos de SDD sofreram alteração pela L14071, que estabeleceu um critério diferente para
contagem pontuação, relacionado à gravidade das infrações cometidas:
CTB L14071
Art. 261. A penalidade de suspensão do Art. 261. A penalidade de suspensão do
direito de dirigir será imposta nos seguintes direito de dirigir será imposta nos seguintes
casos: casos: [IGUAL]
agostinho rodolfo rodrigues de souza
I - sempre que o infrator atingir a contagem I - sempre que, conforme a pontuação
rodolforodriguesjp@hotmail.com
de 20 (vinte) pontos, no período de 12 (doze) prevista no art. 259 deste Código, o
073.792.144-70
meses, conforme a pontuação prevista no art. infrator atingir, no período de 12 (doze)
259; meses, a seguinte contagem de pontos:

a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2


(duas) ou mais infrações gravíssimas na
pontuação;

b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma)


infração gravíssima na pontuação;

c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste


nenhuma infração gravíssima na
pontuação;
II - por transgressão às normas estabelecidas II - por transgressão às normas estabelecidas
neste Código, cujas infrações preveem, de neste Código, cujas infrações preveem, de
forma específica, a penalidade de suspensão forma específica, a penalidade de suspensão
do direito de dirigir. do direito de dirigir. [IGUAL]

3
O código não especifica, mas, pela interpretação da norma, presume-se que seja veículo automotor, pois apenas
para eles são exigidas as carteiras de habilitação.

34 de 66
§ 3o A imposição da penalidade de § 3º A imposição da penalidade de
suspensão do direito de dirigir elimina os 20 suspensão do direito de dirigir elimina a
(vinte) pontos computados para fins de quantidade de pontos computados, prevista
contagem subsequente. no inciso I do caput ou no § 5º deste artigo,
para fins de contagem subsequente.

➔ Caso específico dos condutores que exercem ATIVIDADE REMUNERADA:


Neste caso, o condutor que exerce atividade remunerada é BENEFICIADO pela 14071, pois
ela dispõe que, para eles, o limite de pontos que pode ser atingido antes de ser instaurado o
PSDD é de 40 pontos, INDEPENDENTE da natureza das infrações cometidas:

§ 5º No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a


penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata o caput deste artigo será
imposta quando o infrator atingir o limite de pontos previsto na alínea c do
inciso I do caput deste artigo, independentemente da natureza das infrações
cometidas, facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre
que, no período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme
regulamentação do Contran.

13.2 Suspensão por Infração Específica


agostinho rodolfo rodrigues de souza
Decorrente das chamadas infrações autossuspensivas ou mandatórias, ocorre quando o próprio
rodolforodriguesjp@hotmail.com
artigo que tipifica a infração já prevê a aplicação da penalidade de SDD.
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São 12 os casos previstos no CTB:
Art. Descrição da Infração
165 Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência
165-A Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
170 Dirigirameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
pública, ou os demais veículos
173 Disputar corrida
174 Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles
participar, como condutor, sem permissão da autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via

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175 Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra
perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com
deslizamento ou arrastamento de pneus:
176, todos Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: (qualquer
os incisos dos 5 incisos)

191 Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos


opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao realizar operação
de ultrapassagem:
210 Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial
218, III Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida
por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido,
vias arteriais e demais vias: quando a velocidade for superior à máxima
em mais de 50%
244, I a V Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e
vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo
CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
agostinho
estabelecida rodolfo
no inciso rodrigues
anterior, ou fora dode souza
assento suplementar colocado
rodolforodriguesjp@hotmail.com
atrás do condutor ou em carro lateral;
073.792.144-70
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança:
253-A Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper,
restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização do
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela

A L14071 traz mais uma hipótese de infração autossuspensiva:

Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas
categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do
art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo
estabelecido:
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade
remunerada ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico
periódico exigido pelo § 2º do art. 148-A deste Código por ocasião da
renovação do documento de habilitação nas categorias C, D ou E.

36 de 66
O art. 218, III, do CTB, traz uma penalidade chamada “suspensão imediata do direito de
dirigir”:

Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local,


medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito
rápido, vias arteriais e demais vias:
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta por
cento):
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e
apreensão do documento de habilitação
Entretanto, esta penalidade deve ser entendida como suspensão do direito de dirigir, pois
nenhuma penalidade possui aplicação “imediata”: somente após do processo administrativo.
Esta incorreção técnica foi corrigida pela L14071:

Art. 218. ................................................................................................


III - ....................
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.” (NR)
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
13.3 Prazos de Suspensão
Há duas hipóteses para se chegar ao prazo da SDD aplicada em razão deste tipo de infração:
quando o artigo já prevê o prazo e quando o artigo não prevê.

A) Se a infração já indicar o prazo que durará a SDD, será


aplicado este prazo.
Tradicionalmente, são 3 as infrações de trânsito que já preveem, no próprio artigo, a
penalidade de suspensão o período. Elas estabelecem o prazo de 12 meses de SDD:

Art. 165- dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência
Art. 165-A: recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277
Art. 253-A: usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir
ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão ou entidade de trânsito
com circunscrição sobre ela
PORÉM, veja que a L14071, ao incluir uma nova infração
autossuspensiva no CTB, trouxe um novo PRAZO para esta
infração específica, que será de 3 meses, e não de 12 meses:

37 de 66
Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D
ou E sem realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A deste Código,
após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses,
condicionado o levantamento da suspensão à inclusão no Renach de resultado negativo em
novo exame.
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade
remunerada ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico periódico
exigido pelo § 2º do art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do documento de
habilitação nas categorias C, D ou E.

ESTE PRAZO SOMENTE SE APLICA QUANDO O INFRATOR


NÃO É REINCIDENTE!
Logo adiante veremos o que acontece com o infrator reincidente.
agostinho
Há outro prazo específico rodolfo
de suspensão rodrigues
do direito deque
de dirigir souza
não está vinculado a nenhuma
infração de trânsito. Orodolforodriguesjp@hotmail.com
Art. 148-A, §5º e se refere e à reprovação no exame toxicológico
073.792.144-70
para renovação das CNHs de categoria C, D e E, que ocasiona a SDD por 3 meses:

Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames


toxicológicos para a habilitação e renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
§ 5º A reprovação no exame previsto neste artigo terá como consequência a
suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o
levantamento da suspensão ao resultado negativo em novo exame, e vedada a
aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.
Este parágrafo sofreu alteração pela L14071, mas o prazo da SDD foi mantido:

§ 5º O resultado positivo no exame previsto no § 2º deste artigo acarretará a


suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado o
levantamento da suspensão à inclusão, no Renach, de resultado negativo em novo
exame, e vedada a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.

B) Se a infração não informar o prazo, serão aplicados os prazos


previstos pelo art. 261 CTB
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto
para as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no
caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) a 18
(dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263.

38 de 66
Observe que o prazo de reincidência só é aplicável para as infrações que não estão
sujeitas à cassação do direito de dirigir.

O art. 263 é justamente o que dispõe as hipóteses de cassação do documento de habilitação:

Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á:


I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas
no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, observado o disposto
no art. 160.
Note que os arts. 165, 173, 174 e 175, cuja reincidência prevê a cassação, já previam a SDD
no próprio dispositivo. Para estes artigos, no caso de reincidência, aplicar-se-á a cassação,
e não o novo prazo de SDD.
Para visualizar:
Art. Descrição da Infração SDD Reincidência
primeira vez
165 Álcool ou substância psicoativa 12 meses cassação
165-A agostinho
Recusar-se rodolfo rodrigues
aos procedimentos do art. 277 de
12souza
meses 8 a 18 meses
rodolforodriguesjp@hotmail.com
165-B Conduzir veículo para o qual seja exigida 3 meses 8 a 18 meses
[Lei
073.792.144-70
habilitação nas categorias C, D ou E sem
14.071/20] realizar o exame toxicológico, após 30
(trinta) dias do vencimento do prazo
estabelecido
Ou
exercer atividade remunerada ao
veículo e não comprovar a realização de
exame toxicológico periódico por
ocasião da renovação do documento de
habilitação nas categorias C, D ou E
170 Dirigir ameaçando os pedestres ou 2 a 8 meses 8 a 18 meses
demais veículos
173 Disputar corrida 2 a 8 meses cassação
174 Promover competição/eventos/exibição/ 2 a 8 meses cassação
demonstração de perícia/manobra, ou
deles participar, como condutor, sem
permissão da autoridade.
175 Demonstrar ou exibir manobra 2 a 8 meses cassação
perigosa
176, todos Deixar o condutor envolvido em acidente 2 a 8 meses 8 a 18 meses
os incisos com vítima: (qualquer dos 5 incisos)

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191 Forçar passagem entre veículos 2 a 8 meses 8 a 18 meses
210 Transpor, sem autorização, bloqueio 2 a 8 meses 8 a 18 meses
viário policial
218, III Transitar em velocidade superior à 2 a 8 meses 8 a 18 meses
máxima em mais de 50%
244, I a V Conduzir motocicleta, motoneta e 2 a 8 meses 8 a 18 meses
ciclomotor:
I - sem usar capacete de segurança com
viseira ou óculos de proteção e vestuário
II - transportando passageiro sem o
capacete ou fora do assento
suplementar
III - fazendo
malabarismo/equilibrando-se em uma
roda;
IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança
253-A Deliberadamente, interromper, 12 meses 8 a 18 meses
restringir ou perturbar a circulação na
agostinho
via sem autorizaçãorodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
Embora os arts. 165-A e 253-A prevejam o prazo original da SDD, eles não preveem a
hipótese de reincidência, nem estão identificados no art. 263. Ou seja, para eles, será a
norma geral relativa à reincidência da SDD [art. 261].
A reincidência na infração do art. 165-A [RECUSA] NÃO PROVOCA A
CASSAÇÃO, ao contrário do que ocorre com a reincidência ao art. 165
[álcool/drogas].

13.4 Competência

A competência para aplicar a penalidade de suspensão do


direito de dirigir e do curso de reciclagem SOFREU
GRAVES ALTERAÇÕES PELA LEI 14.071/2020!!!
Pelo CTB tradicional, a competência pertencia somente aos órgãos executivos de trânsito dos
Estados e do DF – os DETRANs:

Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição:

40 de 66
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento,
reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem,
Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do
órgão federal competente;

PORÉM, quis a L14071 que TODOS OS ÓRGÃOS QUE FOSSEM


COMPETENTES PARA APLICAR A PENALIDADE DE MULTA
TAMBÉM FOSSEM COMPETENTES PARA APLICAR A SDD
QUANDO A INFRAÇÃO COMETIDA FOSSE AUTOSSUSPENSIVA –
Inclusive a PRF!!!
Veja os dispositivos alterados por ela:

Art. 20. PRF


XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando
prevista de forma específica para a infração cometida, e comunicar
a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito da
União.

agostinho
Art. 21. ÓRGÃOS rodolfo rodrigues de souza
RODOVIÁRIOS DE TRÂNSITO [DNIT,
rodolforodriguesjp@hotmail.com
DER, DAER, ETC]
073.792.144-70
XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando
prevista de forma específica para a infração cometida, e comunicar
a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de trânsito da
União.

Art. 22 DETRANs
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de condutores e
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e
Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão
máximo executivo de trânsito da União;
Parágrafo único. As competências descritas no inciso II do caput
deste artigo relativas ao processo de suspensão de condutores
serão exercidas quando:
I - o condutor atingir o limite de pontos estabelecido no inciso I do
art. 261 deste Código;
II - a infração previr a penalidade de suspensão do direito de dirigir
de forma específica e a autuação tiver sido efetuada pelo próprio
órgão executivo estadual de trânsito.

41 de 66
[Note que o DETRAN mantém a competência EXCLUSIVA para
aplicar a SDD decorrente de cômputo de pontuação, e que a
competência para aplicar a SDD decorrente de infração
autossuspensiva será exercida pelo órgão que será responsável por
aplicar a multa decorrente dessa infração – sendo ele o DETRAN ou
NÃO.]

Art. 24 ORGÃOS DE TRÂNSITO MUNICIPAIS


XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e
comunicar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de
trânsito da União;

13.5 Curso Preventivo de Reciclagem


A possibilidade de fazer o curso preventivo sofreu alteração pela L14071/2020:
CTB L14071
§ 5º O condutor que exerce atividade § 5º No caso do condutor que exerce
agostinho rodolfo rodrigues de souza
remunerada em veículo, habilitado na atividade remunerada ao veículo, a
categoria C, D ou rodolforodriguesjp@hotmail.com
E, poderá optar por penalidade de suspensão do direito de dirigir
073.792.144-70
participar de curso preventivo de reciclagem de que trata o caput deste artigo será imposta
sempre que, no período de 1 (um) ano, quando o infrator atingir o limite de pontos
atingir 14 (quatorze) pontos, conforme previsto na alínea c do inciso I do caput deste
regulamentação do Contran. artigo, independentemente da natureza das
infrações cometidas, facultado a ele
participar de curso preventivo de
reciclagem sempre que, no período de 12
(doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos,
conforme regulamentação do Contran

Esta regulamentação do CONTRAN também veio através da Res. 723/2018, que não está
completamente em conformidade com a L14071.
Concluído o curso de reciclagem preventivo, o condutor terá eliminados os pontos que lhe
tiverem sido atribuídos, para fins de contagem subsequente.
O motorista que optar pelo curso preventivo não poderá fazer nova opção no período de 12
(doze) meses.

CURSO DE RECICLAGEM (art. 268 = penalidade) NÃO SE CONFUNDE com CURSO


PREVENTIVO DE RECICLAGEM (art. 260 = benefício administrativo).

42 de 66
14- Frequência obrigatória em Curso de Reciclagem
O art. 268 do CTB estabelece outras hipóteses em que será aplicada a penalidade de curso de
reciclagem pelo DETRAN, o qual teve dois de seus incisos revogados pela L14071:
CTB L14071
Art. 268. O infrator será submetido a curso [IGUAL]
de reciclagem, na forma estabelecida pelo
CONTRAN:
I - quando, sendo contumaz, for necessário à I - (revogado);
sua reeducação;
II - quando suspenso do direito de dirigir; [IGUAL]
III - quando se envolver em acidente grave [IGUAL]
para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judicial;
IV - quando condenado judicialmente por [IGUAL]
delito de trânsito;
V - a qualquer tempo, se for constatado que [IGUAL]
o condutor está colocando em risco a
agostinho rodolfo rodrigues de souza
segurança do trânsito;
rodolforodriguesjp@hotmail.com
VI - em outras situações a serem definidas VI - (revogado).
073.792.144-70
pelo CONTRAN.

A competência aplicação da penalidade de frequência em cursos de reciclagem, também fica


a cargo do DETRAN:
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição:
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento,
reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem,
Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do
órgão federal competente;

15- Medidas Administrativas

15.1 Retenção de Veículo


Consiste na sua imobilização no local da abordagem, para a solução de determinada
irregularidade.

43 de 66
Ocorre retenção nos seguintes casos:
✓ nas infrações em que esteja prevista esta medida administrativa
✓ no caso de veículos reprovados na inspeção de segurança e de emissão de gases
poluentes e ruídos
Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado
tão logo seja regularizada a situação [art. 270].
E se não for possível sanar a irregularidade no local da infração?
Neste caso, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação, poderá
ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante
recolhimento do CRLV, contra apresentação de recibo, assinalando-se prazo razoável ao
condutor para regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo, notificado.
Ou seja, quando a falha não puder ser sanada no local da infração, devem ser cumpridos os
seguintes requisitos para que o veículo seja liberado:

oferecer condições de segurança


SE
Se a falha se apresentar condutor regularmente habilitado
não pode ser
sanada no agostinho rodolfo rodrigues de souzado CRLV
local, o recolhimento
rodolforodriguesjp@hotmail.com
veículo será
liberado 073.792.144-70 contra recibo
MEDIANTE
prazo razoável ao condutor para
regularizarização

o condutor ficará notificado neste momento

A L14071 dispôs que este prazo não poderia ser superior a 30 dias:]

§ 2º Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde
que ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue
a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de
Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor
prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será
considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião.
O CRLV será devolvido ao condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas
tão logo o veículo seja apresentado à autoridade
administrativas,
devidamente regularizado.
Não efetuada a regularização no prazo estipulado, será feito registro de restrição
administrativa no RENAVAM por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, que será retirada após comprovada a regularização.

44 de 66
Caso não se apresente condutor habilitado, o veículo será removido ao depósito, ou seja,
será aplicada a medida administrativa de remoção do veículo.

Quando se tratar de transporte coletivo conduzindo passageiros ou de veículo


transportando produto perigoso ou perecível, desde que o veículo ofereça condições de
segurança para circulação em via pública, a retenção pode deixar de ser aplicada
imediatamente, sempre A CRITÉRIO DO AGENTE
Note que deixar de aplicar ou não a retenção imediata do veículo é atividade contida na
DISCRICIONARIEDADE DO AGENTE de trânsito, que irá decidir conforme a avaliação
do caso.

15.2 Remoção do Veículo


A remoção do veículo tem por finalidade restabelecer as condições de segurança
e fluidez da via ou garantir a boa ordem administrativa.
Remover o veículo é retirá-lo da via e levá-lo até um depósito, normalmente através de
guincho.

agostinhoNão caberá rodrigues


rodolfo remoção quando:
de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
- Redação pelo CTB atual:
073.792.144-70
§ 9o Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade puder ser sanada no local da
infração.
- Redação pela L14071:
§ 9º Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da infração.

A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante prévio pagamento de multas, taxas


e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação
específica

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16- Infrações
16.1 Infrações Gravíssimas
• 16.1.1 Separação por infrações que geram a Suspensão do Direito de Dirigir
Vamos ver, aqui, as infrações que configuram, POR SI SÓ, a penalidade de SUSPENSÃO do direto de dirigir.
TODAS ELAS SÃO DE NATUREZA GRAVÍSSIMA!
Art. Descrição da Infração Penalidade Med. Administrativa
165 Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra multa (10x) e suspensão do recolhimento do
substância psicoativa que determine dependência direito de dirigir por 12 (doze) documento de habilitação e
meses retenção do veículo
165-A teste, exame clínico, perícia ou multa (10x) e
Recusar-se a ser submetido a agostinho suspensão do recolhimento do
rodolfo rodrigues de souza
direito de dirigir por 12 (doze) documento de habilitação e
outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou
rodolforodriguesjp@hotmail.com
meses retenção do veículo
outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
073.792.144-70
170 Dirigir ameaçando os pedestres que estejam multa e suspensão do direito de retenção do veículo e
dirigir; recolhimento do
atravessando a via pública, ou os demais veículos documento de habilitação
173 Disputar corrida multa (10x), suspensão do recolhimento do
direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação e
veículo remoção do veículo
174 Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição multa (10x), suspensão do recolhimento do
direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação e
e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles veículo remoção do veículo
participar, como condutor, sem permissão da
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via

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175 Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir multa (10x), suspensão do recolhimento do
direito de dirigir e apreensão do documento de habilitação e
manobra perigosa, mediante arrancada brusca, veículo remoção do veículo
derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de
pneus:
176, todos Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: multa (5x) e suspensão do direito recolhimento do
os incisos (qualquer dos 5 incisos) de dirigir documento de habilitação

191 Forçar passagem entre veículos que, transitando em multa (10x) e suspensão do Não há
sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao direito de dirigir
realizar operação de ultrapassagem:
210 Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial multa, apreensão do veículo e remoção do veículo e
suspensão do direito de dirigir recolhimento do
documento de habilitação
agostinho rodolfo rodrigues de souza
218, III Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, multa (3x), suspensão imediata Não há
rodolforodriguesjp@hotmail.com
medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias do direito de dirigir e apreensão
073.792.144-70
de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: quando a do documento de habilitação.
velocidade for superior à máxima em mais de 50%
244, I a V Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor: multa e suspensão do direito de Recolhimento do
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de dirigir documento de habilitação
proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações A L14071 trouxe as
aprovadas pelo CONTRAN; medidas adm de retenção
do veículo até
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na
regularização e
forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento
recolhimento do
suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
documento de habilitação.
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
roda;
IV - com os faróis apagados;

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V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha,
nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança:
253-A Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, multa (20x) e suspensão do remoção do veículo
direito de dirigir por 12 meses
restringir ou perturbar a circulação na via sem
autorização do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição
sobre ela

A L14071 acrescentou, ainda, mais uma à lista:

Art. 165-B. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico previsto
no § 2º do art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido:
Infração - gravíssima;
agostinho rodolfo rodrigues de souza
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão
rodolforodriguesjp@hotmail.com
à inclusão no Renach de resultado negativo em novo exame.
073.792.144-70
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a realização de
exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art. 148-A deste Código por ocasião da renovação do documento de habilitação nas
categorias C, D ou E.

Tradicionalmente, três delas já PREVEEM o PRAZO da suspensão a ser aplicada, que será de 12 MESES (sendo que o 165-B prevê o prazo de 3
meses):

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Art. 165-A. Recusar-se a ser Art. 253-A. Usar qualquer
Art. 165- Dirigir sob a submetido a teste, exame veículo para,
clínico, perícia ou outro deliberadamente,
influência de álcool ou de
procedimento que permita interromper, restringir
qualquer outra substância
certificar influência de álcool ou perturbar a circulação
psicoativa que determine ou outra substância psicoativa, na via sem autorização do
dependência na forma estabelecida pelo art. órgão ou entidade de trânsito
277: com circunscrição sobre ela

As demais, preveem apenas a penalidade de suspensão, que será calculada conforme o art. 261 do CTB:

Art. 261, § 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir são os seguintes:
II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional,
e, no caso de reincidência no períodoagostinho
de 12 (doze)rodolfo
meses, derodrigues de(dezoito)
8 (oito) a 18 souza meses, respeitado o disposto no inciso II do art.
263. rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

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Outro ponto a ser notado é o seguinte: das infrações gravíssimas que possuem como
penalidade a suspensão do direito de dirigir, APENAS TRÊS DELAS não possuem
multiplicador da multa:

Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública,
ou os demais veículos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do documento de
habilitação.

Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:


Infração - gravíssima;
Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir;

Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do documento de


habilitação.

agostinho
Art. 244. Conduzir rodolfo
motocicleta, rodrigues
motoneta de souza
e ciclomotor:
rodolforodriguesjp@hotmail.com
I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e
vestuário de acordo com as 073.792.144-70
normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do
condutor ou em carro lateral;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - com os faróis apagados;
V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias,
condições de cuidar de sua própria segurança:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação;
A L14071 trouxe para esses casos as medidas adm de retenção do veículo
até regularização e recolhimento do documento de habilitação.

Por fim:
APENAS DUAS dessas infrações NÃO possuem, como medida administrativa, o
RECOLHIMENTO DO DOCUMENTO DE HABILITAÇÃO:

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Art. 253-A. Usar qualquer veículo para,
Art. 191. Forçar passagem entre
deliberadamente, interromper,
veículos que, transitando em sentidos
restringir ou perturbar a circulação na
opostos, estejam na iminência de
via sem autorização do órgão ou
passar um pelo outro ao realizar
entidade de trânsito com circunscrição
operação de ultrapassagem:
sobre ela:
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (vinte vezes) e
Parágrafo único. Aplica-se em dobro
suspensão do direito de dirigir por 12
a multa prevista no caput em caso de
(doze) meses;
reincidência no período de até 12
Medida administrativa - remoção do
(doze) meses da infração anterior.
veículo.

16.2 Velocidade Incompatível


Prevista no art. 220, , deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a
segurança do trânsito pode ser uma infração GRAVÍSSIMA ou uma infração
GRAVE, a depender do seu desdobramento, sendo sempre aplicada apenas a
PENALIDADE DE MULTA.
agostinho rodolfo rodrigues de souza
O art. 220 não está relacionada à uma medição objetiva da velocidade, sendo que a constatação
rodolforodriguesjp@hotmail.com
da infração fica sujeita à percepção discricionária de cada agente de trânsito.
073.792.144-70
Memorize as situações em que a infração é gravíssima, e compreenda os casos em que ela será
apenas grave:

Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a


segurança do trânsito:
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo agente da autoridade
de trânsito, mediante sinais sonoros ou gestos;
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acostamento;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada;
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio;
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de obras ou
trabalhadores na pista;
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes;
IX - quando houver má visibilidade;
X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defeituoso ou avariado;

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XI - à aproximação de animais na pista;
XII - em declive;
XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.

Vamos ver as gravíssimas:


✓ I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles
✓ XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque
de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres
Nestas duas infrações, o foco está voltado para a segurança do pedestre, usuário mais frágil
do trânsito.
ATENÇÃO!
agostinho rodolfo A L14071
rodrigues demudou
souzao enquadramento de
um dos incisos do art. 220, que passará, também, a ser
rodolforodriguesjp@hotmail.com
infração GRAVÍSSIMA:
073.792.144-70

XIII - ao ultrapassar ciclista:


Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;

16.3 Infrações cometidas por motos


As infrações cometidas por motocicletas sofreram algumas alterações. Vejamos uma a uma:

• 16.3.1 Usar ou transportar passageiro com o capacete de segurança


sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção
em desacordo com a regulamentação do Contran
Esta infração, pelo CTB atual, está regulamentada no art. 244, I, do CTB. Porém, a 14071 a
transferiu para o inciso X do mesmo artigo, trocando a sua gravidade para média [e não mais
gravíssima] e medida administrativa de retenção:

Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:


X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção
ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a regulamentação do
Contran;

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XI - transportando passageiro com o capacete de segurança utilizado na forma
prevista no inciso X do caput deste artigo:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização;

• 16.3.2 Uso de faróis


O CTB atual deixava dúbia a questão da infração por transitar com os faróis apagados, pois a
mesma situação, para o caso dos ciclomotores, estava regulada no art. 244 e também o art.
250. A L14071 revogou o inciso IV do art. 244 e inseriu a infração referente ao não uso dos
faróis no art. 250, para motocicletas, motonetas e ciclomotores.
Se para as motocicletas e motonetas a infração era gravíssima, com suspensão do direito de
dirigir, pela L14071 será tão somente infração média.

• 16.3.3 Transporte de crianças


A idade de referência para o transporte de crianças em motos passou de 7 para 10 anos:

Art. 244, V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou que não
tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança:
Medidas administrativasagostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
O CTB prevê a medida administrativa de “Recolhimento do documento de habilitação” para
073.792.144-70
as infrações dos incisos I a V do art. 244.
A L14071, por sua vez, passou a prever as medidas de retenção do veículo até regularização
e recolhimento do documento de habilitação:

Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:


I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com as normas e as
especificações aprovadas pelo Contran;
II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida
no inciso anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou
em carro lateral;
III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV - (revogado);
V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e recolhimento
do documento de habilitação;

53 de 66
16.4 Infrações sobre Iluminação do Veículo
O art. 250 foi bastante alterado pela L14071, quanto às hipóteses de infrações sobre não
manter a luz baixa do veículo quando estiver em movimento:
➢ Durante o dia, a luz baixa deve ser mantida acesa quando em túneis e sob chuva,
neblina ou cerração;
➢ A questão do uso da luz baixa pelas motocicletas, motonetas e ciclomotores foi
transferida do art. 244 para o art. 250;
➢ Não é mais em todas as rodovias que a luz baixa deve ser mantida acesa, mas apenas
nas rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, no caso de veículos
desprovidos de luzes de rodagem diurna

Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:


I - deixar de manter acesa a luz baixa:
b) de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
c) de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passageiros em circulação
em faixas ou pistas a eles destinadas;
d) de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
e) de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urbanos, no
caso de veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna;
agostinho rodolfo rodrigues de souza
II - (revogado); rodolforodriguesjp@hotmail.com

16.5 Infração por073.792.144-70


falta de registro de veículo
A infração constante no art. 233 teve sua gravidade mudada de ‘grave’ para média, e sua
medida administrativa foi modificada de retenção para remoção!
Esta infração, de acordo com o art. 259, deixou de computador pontos no prontuário do
responsável:

Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao
órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art. 123:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 259. [..]
§ 4º Ao condutor identificado será atribuída pontuação pelas infrações de sua
responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do art. 257 deste Código, exceto
aquelas:
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos arts. 232, 233,
233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da aplicação das penalidades e
medidas administrativas cabíveis;

54 de 66
16.6 Infração de parada
Foi criada a infração de parar o veículo sobre ciclovia ou ciclofaixa de natureza grave!

Art. 182. Parar o veículo:


XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa:
Infração - grave;
Penalidade - multa.

agostinho rodolfo rodrigues de souza


rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

55 de 66
17- Processo administrativo

17.1 Notificação da Autuação realizada no momento da abordagem


Sempre que possível o condutor será identificado no momento da lavratura do Auto de
Infração de Trânsito.
A Res. 619/16 do CONTRAN prevê que, quando o AIT for assinado pelo condutor, este for o
proprietário do veículo, e o auto contiver informações sobre a apresentação da defesa, o
próprio auto valerá como NA!
Neste caso, se dispensa a posterior expedição da NA.
Repare, outrossim, que há 3 requisitos que devem ser observados:

o AIT deve
o condutor deve conter
o condutor deve ser o informações
assinar proprietário do sobre a
veículo apresentação da
defesa
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
A L14071 se preocupou em explicitar este requisito no próprio CTB:

Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto de infração, quando valer


como notificação de autuação, deverá constar o prazo para apresentação de
defesa prévia, que não será inferior a 30 (trinta) dias, contado da data de
expedição da notificação.

17.2 Notificação Eletrônica


A Lei nº 13.261/16 incluiu alguns dispositivos no CTB acerca da possibilidade de ocorrer a
notificação por forma eletrônica.
O proprietário do veículo ou o condutor autuado poderá optar por ser notificado por meio
eletrônico quando o órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsável pela autuação
oferecer essa opção – repare que a L14071 trouxe a obrigação de que o órgão ofereça essa
possibilidade ao cidadão, mas o cidadão não está obrigado a adotá-la.
O proprietário ou o condutor autuado que optar pela notificação por meio eletrônico deverá
manter seu cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Federal.

Na hipótese de notificação por meio eletrônico, o proprietário ou o condutor


autuado será considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema
eletrônico.

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Este sistema será certificado digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas
Brasileira (ICP-Brasil).
Essas normas também se aplicam para a Notificação da Penalidade.

A L14071 modificou a redação do art. 282-A, mas manteve o seu sentido:


CTB L14071
Art. 282-A. O proprietário do veículo ou o Art. 282-A. O órgão do Sistema Nacional de
condutor autuado poderá optar por ser Trânsito responsável pela autuação deverá
notificado por meio eletrônico se o órgão do oferecer ao proprietário do veículo ou ao
Sistema Nacional de Trânsito responsável condutor autuado a opção de notificação por
pela autuação oferecer essa opção. meio eletrônico, na forma definida pelo
Contran.
§ 1º O proprietário ou o condutor autuado § 1º O proprietário e o condutor autuado
que optar pela notificação por meio deverão manter seu cadastro atualizado no
eletrônico deverá manter seu cadastro órgão executivo de trânsito do Estado ou do
agostinho
atualizado no órgão executivo rodolfo
de trânsito rodrigues
do Distrito de souza
Federal.
rodolforodriguesjp@hotmail.com
Estado ou do Distrito Federal.
073.792.144-70
§ 2º Na hipótese de notificação por meio § 2º Na hipótese de notificação prevista no
eletrônico, o proprietário ou o condutor caput deste artigo, o proprietário ou o
autuado será considerado notificado 30 condutor autuado será considerado
(trinta) dias após a inclusão da informação notificado 30 (trinta) dias após a inclusão da
no sistema eletrônico. informação no sistema eletrônico e do envio
da respectiva mensagem.
§ 3º O sistema previsto no caput será [mantido]
certificado digitalmente, atendidos os
requisitos de autenticidade, integridade,
validade jurídica e interoperabilidade da
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
(ICP-Brasil).

A notificação eletrônica faculta ao cidadão o acesso a desconto maior no pagamento da multa,


se cumpridos outros requisitos que veremos adiante.
Ainda, a L14071 trouxe a possibilidade de que o cidadão opte pelo SNE, mas não reconheça
o cometimento da infração, devendo o sistema oferecer a opção de apresentar defesa e recurso
eletronicamente:

Art. 284, § 5º O sistema de notificação eletrônica, referido no § 1º deste artigo,


deve disponibilizar, na mesma plataforma, campo destinado à apresentação de

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defesa prévia e de recurso, quando o condutor não reconhecer o cometimento da
infração, na forma regulamentada pelo Contran.” (NR)

17.3 Defesa da Autuação


A NA abre a oportunidade para o infrator apresentar a defesa da autuação, que será a primeira
oportunidade de se manifestar nos autos e se defender da autuação realizada.

Cuidado! O prazo para defesa da autuação não era expresso no CTB, apenas na Resolução
619/2016, que dispunha que ele não seria inferior a 15 dias.
PORÉM, a L14071 trouxe este prazo para dentro do CTB, dispondo desta forma:

Art. 281-A. Na notificação de autuação e no auto de infração, quando valer como


notificação de autuação, deverá constar o prazo para apresentação de defesa
prévia, que não será inferior a 30 (trinta) dias, contado da data de
expedição da notificação.
Assim, ATENÇÃO para o que a banca vai pedir, pois as duas disposições passaram a ser
CONFLITANTES!
agostinho
Caso a defesa seja deferida, ou seja, rodolfo
as razões rodrigues de souza
do cidadão sejam aceitas pela autoridade de
rodolforodriguesjp@hotmail.com
trânsito, o AIT será anulado.
073.792.144-70
Por outro lado, caso a defesa seja indeferida, a autoridade procederá à expedição da
notificação da penalidade – NP, que comunicará o julgamento ao infrator. A emissão da NP
também ocorre caso o cidadão não apresente a defesa.

Defesa Deferida • Arquivamento do AIT

Defesa Indeferida • Expedição da NP

A própria autoridade de trânsito é que julgará a defesa da autuação.


A interposição de defesa da autuação retira do infrator a possibilidade de pagamento da multa
por 60% do seu valor, hipótese prevista no art. 284, §1º:

§ 1º Caso o infrator opte pelo sistema de notificação eletrônica, se disponível,


conforme regulamentação do Contran, e opte por não apresentar defesa prévia
nem recurso, reconhecendo o cometimento da infração, poderá efetuar o
pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor, em qualquer fase
do processo, até o vencimento da multa.

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17.4 Identificação do Condutor Infrator
Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do
veículo terá um prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que
dispuser o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), ao fim do qual, não o fazendo, será
considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o
proprietário do veículo.
Este prazo, que é previsto no art. 257, §7º do CTB, e
também na Resolução 619/2016 do CONTRAN,
SOFREU ALTERAÇÃO PELA L14071:
CTB L14071
Art. 257, § 7o Não sendo imediata a Art. 257, § 7º Quando não for imediata a
identificação do infrator, o principal identificação do infrator, o principal
condutor ou o proprietário do veículo terá condutor ou o proprietário do veículo terá o
quinze dias de prazo, após a notificação da prazo de 30 (trinta) dias, contado da
autuação, para apresentá-lo, na forma em notificação da autuação, para apresentá-lo,
que dispuser o Conselho Nacional de na forma em que dispuser o Contran, e,
Trânsito (Contran), ao fim do qual, não o transcorrido o prazo, se não o fizer, será
fazendo, será considerado responsável pela considerado responsável pela infração o
infração o principal condutor ou, em sua principal condutor ou, em sua ausência, o
ausência, o proprietário do veículo. proprietário do veículo.
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
Esta disposição só é aplicável para os073.792.144-70
casos de infrações que sejam de responsabilidade
originária do condutor, nos termos do art. 257, §3º, do CTB:
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo.
Assim, após o recebimento da NA, o proprietário do veículo ou o principal condutor terão este
prazo para proceder à identificação do condutor infrator.
Se não apresentarem condutor, será considerado responsável pela infração o principal
condutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
17.5 Forma da Identificação
Juntamente com a NA, é enviado um documento para identificação do condutor infrator, que
conterá os dados mínimos estabelecidos na Res. 619/16.
A Resolução dispõe que o formulário de identificação do condutor infrator poderá ser
substituído por outro documento, desde que contenha as informações mínimas exigidas.
Em suma, este documento, para ser válido, deve:

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Ser apresentado dentro do prazo previsto

Estar corretamente preenchido em todos os campos exigidos e sem rasuras

Estar acompanhado de cópia dos documentos do condutor e do proprietário do veículo

A Res. 619/16 prevê que, na impossibilidade da coleta da assinatura do condutor infrator


(por exemplo, caso ele se recuse a assinar), além dos documentos previstos, deverá ser
anexado ao Formulário:

I - ofício do representante legal do Órgão ou Entidade identificando o condutor


infrator, acompanhado de cópia de documento que comprove a condução do
veículo no momento do cometimento da infração, para veículo registrado em
nome dos Órgãos ou Entidades da Administração Pública direta ou indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; ou
II - cópia de documento onde conste cláusula de responsabilidade por infrações
cometidas pelo condutor e comprove a posse do veículo no momento do
cometimento da infração, para veículos registrados em nome das demais pessoas
jurídicas. agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70
O documento referido no inciso II deverá conter, no mínimo, identificação do veículo, do
proprietário e do condutor, cláusula de responsabilidade pelas infrações e período em que o
veículo esteve na posse do condutor apresentado, podendo esta última informação constar
de documento em separado assinado pelo condutor.

A L14071 consolidou entendimento que já vinha sendo adotado por muitos órgãos e
expressamente consignou que os órgãos de trânsito NÃO PODEM exigir, como requisito de
admissibilidade da defesa ou do recurso, que o infrator junte cópia de algum documento que
seja emitido pelo próprio órgão responsável pela autuação:

Art. 285, § 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em qualquer fase do


processo, para efeitos de admissibilidade, não serão exigidos documentos ou cópia
de documentos emitidos pelo órgão responsável pela autuação.” (NR)

17.6 Notificação da Penalidade


Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator,
por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da
imposição da penalidade [art. 282 do CTB]

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A NP prazo para apresentação de recurso em 1ª instância.
Da mesma forma que a NA, notificação devolvida por desatualização do endereço do
proprietário do veículo será considerada válida para todos os efeitos [art. 282, §1º].

Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do


veículo ou ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico
hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade.
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do
veículo será considerada válida para todos os efeitos.
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de
carreira e de representações de organismos internacionais e de seus integrantes
será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as providências
cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
§ 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, à exceção daquela
de que trata o § 1º do art. 259, a notificação será encaminhada ao proprietário
do veículo, responsável pelo seu pagamento.
§ 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação
de recurso pelo responsável pela infração, que não será inferior a trinta dias
contados da data da notificação da penalidade.
§ 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no parágrafo anterior será
a data para oagostinho
recolhimentorodolfo
de seu valor.
rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

Antes da L14071, a NP não possuía prazo decadencial para ser expedida, estando sujeita
apenas aos prazos prescricionais previstos para toda a Administração Pública (Lei nº
9.873/99).
Porém, a L14071 passou a prever prazo para a sua expedição, sob pena de decadência, o qual
será de 180 ou de 360 dias, variando conforme tenha havido apresentação de defesa da
autuação ou não:
CTB L14071
Art. 282. Aplicada a penalidade, será Art. 282. Caso a defesa prévia seja
expedida notificação ao proprietário do indeferida ou não seja apresentada no prazo
veículo ou ao infrator, por remessa postal ou estabelecido, será aplicada a penalidade e
por qualquer outro meio tecnológico hábil, expedida notificação ao proprietário do
que assegure a ciência da imposição da veículo ou ao infrator, no prazo máximo de
penalidade. 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do
cometimento da infração, por remessa postal
ou por qualquer outro meio tecnológico
hábil que assegure a ciência da imposição da
penalidade.

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Não havia § 6º Em caso de apresentação da defesa
prévia em tempo hábil, o prazo previsto no
caput deste artigo será de 360 (trezentos e
sessenta) dias.
Não havia § 7º O descumprimento dos prazos previstos
no caput ou no § 6º deste artigo implicará a
decadência do direito de aplicar a
penalidade.” (NR)

Até a data de vencimento expressa na Notificação da Penalidade de Multa ou enquanto


permanecer o efeito suspensivo sobre o Auto de Infração de Trânsito, não incidirá qualquer
restrição, inclusive para fins de licenciamento e transferência, nos arquivos do órgão ou
entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do veículo.

• 17.6.1 Requisito Formal


O único requisito formal previsto pelo CTB para a notificação da penalidade é que nela deverá
constar a data do término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela
infração, que não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da
penalidade.
agostinho
Já a Res. 619/16 previu que rodolfo
a Notificação rodrigues
da Penalidade de souza
de Multa deverá conter:
rodolforodriguesjp@hotmail.com
I - os dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação
073.792.144-70
específica;
II - a comunicação do não acolhimento da Defesa da Autuação ou da solicitação
de aplicação da Penalidade de Advertência por Escrito;
III - o valor da multa e a informação quanto ao desconto previsto no art. 284 do
CTB;
IV - data do término para apresentação de recurso, que será a mesma data para
pagamento da multa, conforme §§ 4º e 5º do art. 282 do CTB;
V - campo para a autenticação eletrônica, regulamentado pelo DENATRAN; e
VI - instruções para apresentação de recurso, nos termos dos arts. 286 e 287 do
CTB.
Caso o pagamento tenha sido efetuado antecipadamente, a Notificação da Penalidade deverá
ser expedida com a informação de que a multa encontra-se paga, com a indicação do prazo
para interposição do recurso e sem código de barras para pagamento.

A L14071 consolidou entendimento que já vinha sendo adotado por muitos órgãos e
expressamente consignou que os órgãos de trânsito NÃO PODEM exigir, como requisito de

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admissibilidade da defesa ou do recurso, que o infrator junte cópia de algum documento que
seja emitido pelo próprio órgão responsável pela autuação:

Art. 285, § 4º Na apresentação de defesa ou recurso, em qualquer fase do


processo, para efeitos de admissibilidade, não serão exigidos documentos ou cópia
de documentos emitidos pelo órgão responsável pela autuação.” (NR)

17.7 Recurso em segunda instância


O recurso em primeira instância sempre será julgado pela JARI.

Já para o recurso em 2ª instância, tivemos modificações importantes com a L14071!


CTB L14071
Art. 289. O recurso de que trata o artigo Art. 289. O recurso de que trata o artigo
anterior será apreciado no prazo de trinta anterior será apreciado no prazo de trinta
dias: dias:
I - tratando-se de penalidade imposta pelo I - tratando-se de penalidade imposta por
agostinho rodolfo rodrigues de souza
órgão ou entidade de trânsito da União: órgão ou entidade da União, por colegiado
rodolforodriguesjp@hotmail.com
especial integrado pelo Coordenador-
a) em caso de suspensão do direito de dirigir
073.792.144-70
por mais de seis meses, cassação do Geral da Jari, pelo Presidente da Junta
documento de habilitação ou penalidade por que apreciou o recurso e por mais um
Presidente de Junta;
infrações gravíssimas, pelo CONTRAN;
b) nos demais casos, por colegiado especial
integrado pelo Coordenador-Geral da JARI, a) (revogada);
pelo Presidente da Junta que apreciou o
recurso e por mais um Presidente de Junta;
b) (revogada);
II - tratando-se de penalidade imposta por II - tratando-se de penalidade imposta por
órgão ou entidade de trânsito estadual, órgão ou entidade de trânsito estadual,
municipal ou do Distrito Federal, pelos municipal ou do Distrito Federal, pelos
CETRAN E CONTRANDIFE, CETRAN E CONTRANDIFE,
respectivamente. respectivamente.
Parágrafo único. No caso da alínea b do Parágrafo único. No caso do inciso I do
inciso I, quando houver apenas uma JARI, o caput deste artigo, quando houver apenas
recurso será julgado por seus próprios uma Jari, o recurso será julgado por seus
membros. membros.” (NR)

O recurso em 2ª instância será julgado por apenas um destes órgãos, definido de acordo com
o órgão que foi responsável pela aplicação da multa!

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Assim, na disposição da L14071, o CONTRAN NÃO POSSUI MAIS A FUNÇÃO DE
JULGAR RECURSOS ADMINISTRATIVOS!

17.8 Encerramento da instância administrativa e aplicação das


penalidades
O encerramento da instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades ocorre
nas seguintes situações:

o julgamento do recurso em 2ª instância


a não interposição do recurso no prazo legal
o pagamento da multa, com reconhecimento da infração e requerimento de
encerramento do processo na fase em que se encontra, sem apresentação de defesa
ou recurso.

Somente depois de esgotados os recursos é que as penalidades aplicadas poderão ser


cadastradas no RENACH!!

Revisão dos prazos do CTB, Resolução 619/16 e alterações pela L14071 – atenção especial
com os prazos conflitantes!!
agostinho rodolfo rodrigues de souza
Evento rodolforodriguesjp@hotmail.com
CTB [hoje] L14071 R619/16
Expedição da NA 073.792.144-70
30 dias - decadencial [mantido] 30 dias - decadencial
Apresentação de 15 dias 30 dias 15 dias
Condutor
Defesa da Autuação n/a Não inferior a 30 Não inferior a 15
dias dias
Expedição da NP n/a 180 ou 360 dias - n/a
decadencial
Interposição de 30 dias [mantido] n/a
Recurso em 1ª
Instância
Remessa do recurso 10 dias úteis [mantido] n/a
à JARI pela
autoridade
Julgamento do 30 dias, idealmente [mantido] n/a
Recurso pela JARI
Interposição de 30 dias [mantido] n/a
recurso em segunda
instância

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Lembrando que nada impede que a autoridade confira ao cidadão um prazo maior do que
o legalmente previsto para que apresente os documentos respectivos.

Proíbe-se, outrossim, a concessão de prazo menor do que o exigido pelas normas de


trânsito.

agostinho rodolfo rodrigues de souza


rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

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18- Crimes de Trânsito
A L14071 trouxe um dispositivo interessante para a parte dos crimes de trânsito:

Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do art. 303 deste
Código não se aplica o disposto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Esse artigo buscou corrigir uma “injustiça” que se verificava no CTB, pois apesar de conter
previsão de punição mais severa para os condutores embriagados que causassem lesões graves
ou gravíssimas ou ainda a morte de outra pessoa, por força do art. 44 do CP, havia a
substituição compulsória da pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos:

Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e [sempre] substituem


as privativas de liberdade, quando:
I – aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não
for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a
pena aplicada, se o crime for culposo;
A nova previsão significa que, mesmo que os crimes de lesão corporal e homicídio de trânsito
em decorrência da influência de álcool ocorram na modalidade CULPOSA, o art. 44 do CP
NÃO É MAIS a eles aplicável – ou seja, não haverá mais a substituição compulsória da
pena privativa de liberdade por uma restritiva de direitos.
agostinho rodolfo rodrigues de souza
rodolforodriguesjp@hotmail.com
073.792.144-70

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