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Citações para o artigo:

http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1340

Texto Kathiuça:

Sinaliza-se com isso, que a luta de classes a partir da circunferência da

sociabilidade capitalista pode tomar duas direções: a reformista ou a revolucionária.

A reformista implica e delimita-se na ‘reivindicação institucional do direito a ter

direitos’, na garantia destes e no limite que esta questão por si só porta. Em um

período histórico como o que estamos vivendo, que é conformado pelo acirramento

da crise estrutural do capital e em que a ofensiva do capital sobre a classe

trabalhadora alcança patamares cada vez mais ampliados e avalassadores, lutar

por direitos sob e no capitalismo é urgente e necessário, mas não basta! É preciso

dotar esta luta de um sentido e caráter mais amplo e radical ao que se refere à

modificação dos fundamentos das relações sociais e econômicas da ordem

burguesa, quais sejam: a propriedade privada dos meios de produção e o trabalho

assalariado.

Assim, a perspectiva revolucionária consiste e deve pautar a ‘construção e

constituição das forças sociais a favor e a partir dos interesses legítimos da classe

trabalhadora’. Tensionar e superar esta realidade conformada pela lei geral que

estabelece o enriquecimento de poucos em detrimento do pauperismo de muitos,

não se dará a partir de movimentações automáticas ou fórmulas pré-estabelecidas e

provenientes da inspiração de sujeitos ilustrados e responsáveis por desencadear

tal ato. O que se reafirma é a tese de que está a cargo da classe trabalhadora a

possibilidade e necessidade histórica de superação do status quo e a construção de

um projeto societário diferente do vigente, que permita aos sujeitos serem

verdadeiramente livres e emancipados. Esta alternativa inscreve-se no contexto da

luta de classes, das lutas sociais travadas cotidianamente pela classe trabalhadora
a partir das alianças construídas, das posições assumidas, das pautas defendidas e

do horizonte e projeto societário que se buscará construir.

Nesse sentido, o Serviço Social enquanto um sujeito coletivo reconhece e

pauta a necessidade de compreender tais premissas que perpassam o debate e a

existência das Classes Sociais, dos Movimentos Sociais, da luta de classes e da

transformação societária. Assume a teoria social crítica como referencial

hegemônico da formação acadêmico-profissional no âmbito das disputas teóricas e

ideopolíticas existentes no seio da própria categoria e reafirma que “na luta de

classes não há empates”, que “a nossa escolha é pela classe trabalhadora” e, dessa

forma, torna-se também um instrumento na construção de um projeto societário que

não seja marcado e conformado pela historicamente instituída e cada vez mais

ampliada barbárie capitalista.

Manifesto do partido comunista:

A história de todas as sociedades até agora tem sido a história das lutas de classe.

Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, membro das corporações e

aprendiz, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em contraposição uns aos

outros e envolvidos em uma luta ininterrupta, ora disfarçada, ora aberta, que

terminou sempre com a transformação revolucionária da sociedade inteira ou com o

declínio conjunto das classes em conflito.

A moderna sociedade burguesa, que surgiu do declínio da sociedade feudal, não

aboliu as contradições de classe. Ela apenas colocou novas classes, novas

condições de opressão e novas formas de luta no lugar das antigas. Nossa época –

a época da burguesia – caracteriza-se, contudo, por ter simplificado os

antagonismos de classe. Toda a sociedade se divide, cada vez mais, em dois

grandes campos inimigos, em duas grandes classes diretamente opostas: a

burguesia e o proletariado.
O poder do Estado moderno não passa de um comitê que administra os negócios

comuns da classe burguesa como um todo.

A transformação contínua da produção, o abalo incessante de todo o sistema social,

a insegurança e o movimento permanentes distinguem a época burguesa de todas

as demais.

Sob a ameaça da ruína, ela obriga todas as nações a adotarem o modo burguês

de produção; força-as a introduzir a assim chamada civilização, quer dizer, se

tornarem burguesas. Em suma, ela cria um mundo à sua imagem e semelhança.

Como a burguesia consegue superar as crises? Por um lado, pela destruição

forçada de grande quantidade de forças produtivas; por outro, por meio da conquista

de novos mercados e da exploração mais intensa de mercados antigos.

Não são apenas serviçais da classe burguesa, do Estado burguês; são oprimidos

todos os dias e horas pela máquina, pelo supervisor e, sobretudo, pelos próprios

donos das fábricas.

O proletariado percorre diversas etapas em seu desenvolvimento. Sua luta contra a

burguesia começa com sua própria existência.

A construção da ideia de mercado de trabalho no Brasil ainda se afirma como um

instrumento de classe da ordem do capital que tergiversa sobre a exata definição da

classe trabalhadora brasileira. (Sofia)

Preciso citar: reportagem luta de classes, Sofia.

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