PONTOS LUNARES NA MULHER

Por Beant Sobha

Antes de entrar propriamente na abordagem dos pontos lunares, suas características e

impacto na expressão emocional feminina, considero importante fazer uma introdução a
respeito das polaridades masculina e feminina, bem como da condição social histórica da
mulher.

Na cosmovisão da Filosofia Yogue existe uma dimensão infinita e atemporal de onde tudo
se origina. Ela é una, sem forma, portanto, não polarizada. Quando, a partir desta
dimensão única, surge a manifestação na forma, ela se dá pela divisão e a multiplicidade, o
que gera as polaridades.

No inicio era apenas a unidade que repousava no infinito atemporal imanifesto. Era o um.
Dentro do um já havia o dois e toda a multiplicidade, sendo estas, manifestações do Um
primordial. Na cosmogênese de diversas tradições da Índia, Shiva ou Purusha, que é pura
consciência, contém Prakriti ou Shakti que é a natureza primária de onde todos os corpos
físicos se originam. Cada ser que existe é Shiva/Purusha manifestado a partir do movimento
de Shakti/Prakriti que é a força criadora.

Toda a manifestação física obedece a relações de causa e efeito em sucessivas

transformações da natureza primordial de uma forma para outra, sendo que nada é criado
ou destruído a partir do nada. A relação de causa e efeito determina as sucessivas
manifestações. Assim pode-se dizer que agora estamos num corpo feminino ou masculino,
mas que isso pode mudar nas infindáveis manifestações do espírito até que ele retorne ao
estado de pura consciência.

A dualidade é uma característica própria da manifestação. Sempre observamos a existência

de algo a partir da ausência ou menor incidência do seu oposto. Percebemos a escuridão na
ausência da luz, a fome na ausência da saciedade e o dia na ausência da noite.

No caso da espécie humana, e também da maioria dos animais, percebemos as polaridades

do masculino e do feminino, sendo claro que cada um de nós, biologicamente, tem um
corpo polarizado com a predominância masculina ou feminina. Esta estruturação já veio
desde o útero da mãe com a menor ou maior incidência de determinados hormônios.

Por questões culturais e religiosas, por muito tempo estes polos foram muito enfatizados
na definição taxativa de ser homem ou ser mulher, inclusive com a determinação, imposta
socialmente, da forma de ser e agir, criando estereótipos e espaços próprios para cada um,
que, embora com modificações, perpetuaram-se ao longo no tempo.

Segundo especialistas, biologicamente e observando a realidade prática, existem dois sexos

clássicos, o masculino e o feminino e alguns estados intersexuais com variações diferentes
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de pessoa para pessoa, sendo de consenso, atualmente, entre psicólogos e psicanalistas,
que, psiquicamente falando, cada pessoa é o que e como ela se sente em termos de
gênero.

Na atualidade há uma maior abertura para assimilar e aceitar as várias expressões entre
estes dois polos com diferentes nuances e suas singularidades que tanto enriquecem e
trazem vida, cores e luzes para a diversidade. É um campo aberto com muitas
possibilidades.

Nesta abordagem, contudo, a linguagem será a clássica homem/mulher mas entende-se

que há diferentes combinações, porque afinal tanto o homem como a mulher manifestam
características dos seus opostos em menor ou maior grau e a suprema realização é unir
estas polaridades, energeticamente, no próprio corpo e mente, para reunir as condições
necessárias de voltar ao UM, a unidade que contém todas as expressões da forma.

Como somos consciência e matéria, Shiva e Shakti, Purusha e Prakriti, ao nos desdobrarmos
em dois polos, cada um deles ganha caraterísticas próprias, sendo que todas foram e ainda
são, importantes e essenciais para a sobrevivência e florescimento da espécie humana.

Nenhum polo é melhor do que o outro, ambos dão a sua contribuição para a manifestação
da consciência na matéria. O erro básico é nos vermos separados um do outro, é nos
confundirmos com a forma, apontarmos as diferenças e não nos esforçarmos para
compreender o mundo do outro, o seu universo, que em suma, é o espelho do
funcionamento da sua própria mente.

Entender como funciona o mundo do outro ser que está num polo diferente e,
principalmente, o mundo mental daquela pessoa com quem se divide o mesmo teto ou o
mesmo ambiente de trabalho, seja na forma de pai, mãe, companheiro, companheira,
irmão, irmã, filho, filha, chefe, colega, entre outros, é de uma riqueza inestimável.

Cabe a cada um de nós explorar nosso próprio potencial humano e sermos canais de
elevação para os outros potenciais em direção ao infinito dentro de cada um,
desvencilhando-nos de padrões ilusórios que estreitam a visão.

Neste contexto maior, as relações deixam de ser uma compensação seja emocional,
financeira e/ou qualquer outra, seja como uma forma de preenchimento da falta de sentido
da existência para se transformarem em caminhos onde cada um possa se elevar e servir de
inspiração e apoio para a elevação do outro.

Para trazer luz para estes, aparentemente opostos e inconciliáveis polos, os antigos
conhecimentos yogues tratam sobre os pontos lunares, que são pontos físicos no corpo de
homens e mulheres, que recebem a influência da lua.

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Os homens possuem somente um ponto lunar que fica embaixo do queixo enquanto as
mulheres possuem 11 pontos distribuídos em várias partes do corpo além de 6 canais de
atenção ativos o que lhes confere um campo de percepção aumentado e uma
mutabilidade emocional que muitas vezes pode ser perturbadora por não se conhecer a sua
origem natural.

Estes conhecimentos são de grande riqueza para a humanidade, principalmente para

compreender o mundo mental e emocional feminino, tantas vezes ignorado e mal
compreendido. O entendimento traz paz para as relações, seja as relações das mulheres
consigo mesmas, com outras mulheres, com seu meio, seja as relações humanas de um
modo geral.

Embora não haja uma consciência clara sobre isso, todos nós, humanos e toda a biosfera
terrestre, estamos interligados, constituindo elos de uma mesma corrente. Cada ser
humano que já viveu ou vive neste planeta, ganhou passagem para a vida através do corpo
de uma mulher. Todos foram expostos às emoções femininas na sua formação no corpo
materno e nos seus primeiros anos de vida, onde, com raríssimas exceções, a mãe ou outra
mulher foi a sua referência de mundo! Os registros pré-natais e da primeira infância estão,
com certeza, indelevelmente registrados no inconsciente de cada um de nós.

Como a influência da lua afeta de forma preponderante o campo emocional da mulher,

este é, definitivamente, um conhecimento bem importante para todos, mulheres e
homens.

AS POLARIDADES MASCULINA E FEMININA

As peculiaridades não inferiorizam nem engrandecem, elas complementam. É graças às

peculiaridades que a beleza se origina. Se só houvesse uma cor não haveria beleza. Se só
houvesse uma nota não haveria música. Masculino e feminino são complementares, nem
inferiores, nem superiores.

Frequentemente as antigas tradições - patriarcais em sua essência, como pode ser

observado nestes exemplos -, associavam o número 3 ao sagrado, a tríade: Bhrama, Vishnu
e Shiva; Pai, Filho e Espirito Santo. Três representações de igual natureza. Um símbolo
bastante utilizado nesta representação é o triângulo. Em algumas tradições esotéricas ele
simboliza o início, o meio e o fim ou o corpo, a alma e o espírito. Como símbolo do
número três, ele representa a perfeição e a unidade. Em seu ápice ele recebe a energia
cósmica e em sua base ele sustenta a energia telúrica. Em cima ele é um. Embaixo ele é
dois.

Em cima, no que se concebe como plano espiritual há o um, mais embaixo no plano da
existência há o dois, onde as polaridades se manifestam para harmonizar, não para se
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contrapor. Falar é importante, ouvir também; estar desperto é importante, dormir
também; exercitar-se é tão importante quanto o descanso.

A natureza criou diferenças importante e necessárias para a sobrevivência e perpetuação

da vida na terra. A reprodução sexuada favorece o fortalecimento das espécies com a troca
e diversificação dos genes. Sexo deriva da palavra latina secare, que significa: corte, secção
ou divisão. O todo se divide em duas partes, mantendo as características do todo em cada
parte. Este é o aspecto natural da criação.

O FEMININO NA HISTÓRIA
O aspecto natural se expressa no cultural, no entanto, a cultura, constantemente, se afasta
da natureza e cria situações grotescas, surreais, que transgridem a razão, a sensibilidade e
a verdade.

Isso aconteceu com nossa espécie onde a cultura criou espaços segregados e definidos para
o masculino e o feminino. No caso das mulheres, seus ciclos naturais foram transformados
em ciclos artificias com um esmagamento da sua natureza instintiva.

A partir do que se conhece como início da civilização, em algum momento e ao longo do

tempo, houve um esforço deliberado em manter a mulher afastada dos espaços públicos e,
por conseguinte, das decisões políticas, econômicas e sociais que regiam sua própria vida,
assim como de ocupar espaços importantes nas religiões, tendo seu acesso negado a
educação formal e ao trabalho remunerado por muito tempo, sendo estas, ainda na
atualidade, práticas correntes em alguns países. A mulher se tornou uma espécie de
apêndice do homem, sem individualidade, sendo sua vida uma extensão da dele. No
passado foi considerada, frequentemente, como espólio de guerra e propriedade
particular, assim como outros animais domésticos.

Isto resultou, ao longo do tempo, numa progressiva e persistente depreciação da sua

condição que, em quase todas as partes do mundo, foi vista como inferior e reduzida
essencialmente a sua capacidade reprodutiva e, também apta apenas para a execução de
todas as atividades produtivas - sem remuneração, modernamente falando - restringidas,
centradas e realizadas em torno das habitações comuns e dos cuidados com a prole.

Esta é, certamente, uma consequência da Kali Yuga, a era degenerada em que vivemos
desde tempos remotos, com a contínua emergência dos fenômenos bélicos que surgiram
ainda nas sociedades primitivas e se perpetuam até os dias atuais, cada vez mais potentes
em sua capacidade de destruição. Nesta era os seres ficam adormecidos na escuridão da
ignorância, não conseguindo, em termos éticos, discriminar entre o certo e o errado;
aceitando, tanto quem sofre como quem perpetra, a injustiça e a humilhação como uma lei
da natureza, provavelmente como resultado de algum ideal de potencia, força e
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dominação criado em algumas mentes que se sentiram e se sentem superiores, impondo
esse modelo com base na coerção e na violência.

Esta é a era do egocentrismo exacerbado, onde os privilégios promovem a cegueira

confortável em várias escalas e contextos, não somente nas relações homens/mulheres,
como também nas relações sociais de classes, de raças e de espécies. Ninguém pode ser
apontado, individualmente, como responsável por isso, mas a coletividade sim.
Coletivamente somos todos responsáveis por estas disparidades e também, coletivamente,
ao abrirmos a visão, além dos privilégios, desenvolvermos a motivação de buscar formas
de diminuir as injustiças em todos os contextos ou mesmo eliminá-las radicalmente.

Diferente dos exemplos da natureza virgem e dos animais silvestres, nas sociedades
humanas os instintos femininos foram devastados para se adequar a uma cultura
dominante baseada em valores predominantemente masculinos, gerando um grande
desequilíbrio. Ao longo do tempo esse modus operandis foi assimilado também pelas
mulheres através da cultura, dos costumes, dos hábitos e elas acabaram sendo, também,
uma das fontes disseminadoras e perpetuadoras deste sistema desequilibrado que tanto as
afeta negativamente. E de fato, afeta a todos porque o desequilíbrio traz consequências
globais a longo prazo a despeito de ganhos individuais temporários.

A cultura, indo contra a sabedoria da natureza, que é requintada em seus detalhes e que
tem algo a oferecer em cada diversidade que ela criou, conduziu ao aparecimento de
sociedades predatórias, que lutam contra a natureza. Um bom exemplo disso é a mulher,
que desde de tempos remotos, não era e continua não sendo suficientemente aceita em
seu estado natural. Então ela é induzida e, no passado, muitas vezes obrigada,
brutalmente, a se sacrificar, como descrito abaixo no exemplo da Índia ou a ser modificada,
em rituais dolorosos, para atender a algum ideal de beleza ou de costume da época,
vinculados com preponderância a figura masculina, como conseguir um pretendente, um
marido, um príncipe encantado para as românticas e, modernamente, para se exibirem nas
redes sociais e despertar o interesse e por que não dizer a cobiça de prováveis pares
futuros ou a inveja de suas iguais, pelas suas belas e artificiais formas conseguidas através
de um bisturi.

Os três primeiros exemplos abaixo, são casos históricos de costumes bárbaros que eram
cometidos e aceitos com normalidade, com a ressalva de que, evidentemente, isto não
aconteceu com todas as mulheres, mas com um número suficiente delas, para gerar um
campo psíquico altamente perturbador e depreciativo porque vai no cerne da negação da
dignidade humana na pessoa daquela mulher e de todo o seu gênero. Assim:

 ela já teve os pés quebrados e enfaixados na China antiga, para que eles parassem de
crescer. Pés pequenos era uma boa característica para se conseguir um marido. Era
um ideal de beleza dolorosamente cruel e subjugador.

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 na Índia antiga existiu uma tradição hindu chamada sati, que obrigava, no sentido da
honra, da moral e do prestigio, a viúva devota a se auto imolar viva na pira funerária
de seu esposo morto. Ela era induzida a este ato porque lhe era negado uma
existência autônoma, com a posse de bens materiais, que, caso existissem, voltavam
a pertencer a família do marido. Felizmente esta prática está proibida, mas isto não
quer dizer que ela ainda não ocorra em algum recôndito vilarejo. O último caso
relatado e coibido pelas forças policiais foi em 2007, embora a proibição, por lei,
date de 1829. O paradoxo da Índia é desconcertante! Uma terra onde a luz da
consciência floresceu, que revelou ao mundo práticas incríveis e conhecimentos
imensuráveis para o despertar humano, para a liberação da existência cíclica, com
sua rica contribuição para a humanidade é, ainda hoje, um dos mais perigosos
lugares para as mulheres viverem. Relatos de violência doméstica e sexual permeiam
os noticiários. A sociedade indiana é conservadora e patriarcal e a violência de
gênero sempre esteve presente em sua história. Muitas mulheres, atualmente,
estão se organizando e se movimentando para mudar este cenário e estão
encontrando dificuldades justamente pelo governo conservador nacionalista hindu
do atual primeiro ministro Narendra Modi que vem aumentando os conflitos de
classes e/ou castas e de religiões, culminando numa elevação da violência, que
explode ainda mais forte no elo mais fraco da corrente social, as mulheres.
Historiadoras relatam um recrudescimento da violência doméstica nos últimos anos,
fruto provável da agressividade masculina de algumas classes/castas, religiões,
reprimida nos espaços públicos, que acabam por ser extravasada nos espaços
privados, e isto somado ainda com a negligência das autoridades em adotar as
devidas correções para coibir estes nefastos padrões, seja através da educação,
campanhas de conscientização ou mesmo atitudes corretivas e ações legais
punitivas.

 a mutilação genital, que embora proibida na atualidade, ainda é praticada em

algumas regiões da África, e sem anestesia e sem higiene, também como condição
adequada ao casamento. Impensável a dor física e o sofrimento psíquico imposto as
ainda meninas, por este costume bárbaro. Além disso, muitas foram a óbito pelas
condições nocivas que geravam infecções frequentes.

 pesados anéis de metal no pescoço, que podem chegar a 36 cm e 10 quilos de peso,

como ideal de beleza numa tribo da Tailândia, as chamadas mulheres girafa. Consta
que estes anéis, pelo peso excessivo, quebram seus ombros o que parece alongar o
pescoço, além de enfraquecer os músculos e ossos da região do pescoço e então elas
não podem mais viver sem eles. Carregam este imenso peso dia e noite!

 espartilhos para afinar a cintura, tido por muitos como um símbolo de feminilidade e
por outros como um símbolo de opressão, deixando-as sem poder respirar direito;

 no século XIX, os desconfortos das mulheres, muito provavelmente originados pela

desigualdade de direitos econômicos e sexuais entre os gêneros, foram
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 transformados em patologias, caso clássico da histeria e da depressão que eram
tratados, por alguns médicos, com a remoção dos ovários e do útero. Estes órgãos
foram investidos de funções além daquelas naturais que lhe eram particulares. Eles
foram associados como causa de distúrbios comportamentais e mesmo ovários
saudáveis eram retirados com o propósito de curar outras doenças, moléstias que
não eram físicas, mas comportamentais. Falava-se da histeria, dos desejos sexuais
excessivos, das perturbações mentais, das dores de origem desconhecida como
“falhas da feminilidade”, sendo que a causa estava nos órgãos reprodutivos que, ao
serem extirpados, promoviam uma espécie de exorcismo de “demônios orgânicos”
que causavam um comportamento vulgar, não adequadas aos padrões morais da
época.

 na atualidade, alguns exemplos de intervenções no corpo, principalmente, da

mulher ocidental: plásticas íntimas para deixar os grandes e pequenos lábios
vaginais menores, portanto irreais e infantilizados; cirurgias plásticas de todo tipo,
como se a idade e o envelhecimento não fossem naturais para a mulher; lipo-
aspiração para chegar a corpos perfeitos segundo os ditames da moda; silicone, um
corpo estranho no organismo que possivelmente causa danos; depilação em
processos altamente dolorosos; saltos altos que prejudicam a coluna; maquiagens
pesadas e tintas de cabelo com produtos altamente contaminados com metais
pesados que afetam o sistema nervoso e o cérebro; rituais estéticos diversos que
demandam altas somas de recursos financeiros, além do gasto do precioso tempo da
sua vida em atividades fúteis; produtos químicos injetados no corpo, dietas
restritivas, etc, etc.

 No caso das plásticas, sabidamente algumas são necessárias para alguma reparação e
para a funcionalidade do corpo. A questão para reflexão aqui são as cirurgias
puramente estéticas. Quanto as maquiagens, existem produtos orgânicos que não
causam danos, assim como tonalizantes de cabelo naturais. É possível cultivar
algumas atividades tipicamente femininas sem incorrer em prejuízo ao organismo.

 Com relação a depilação, o conhecimento do Kundalini Yoga revela que os pêlos e os

cabelos canalizam a energia do sol, aumentam o campo eletromagnético e a
radiância. Este é um dos motivos para não se cortar os cabelos. E o que,
culturalmente, as mulheres são induzidas a fazer? Tiram quase todos os pêlos do
corpo! Um corpo sem pelos é um corpo infantil. Que energia é esta que conduz as
mulheres a permanecerem nesta condição de infantilização corporal? Isto, com
certeza se reflete na mente, na psique, nas “certezas” quanto ao seu protagonismo
no mundo! O corpo da mulher adulta naturalmente tem pêlos e eles existem porque
são importantes, tem sua função própria criada pela natureza.

Todos estes processos artificiais conduzem a uma sensação de impotência na mulher,

mesmo agora, após várias conquistas de direitos básicos inerentes à condição humana.

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Quanto de todo este processo moderno resultou de diversos aspectos culturais históricos
inadequados? Como eles foram criados e aceitos como normais e essenciais? Estas são
questões importantes para reflexão porque as crianças, desde pequenas, crescem com
estes modelos de referência internalizados para toda a vida, tomando-os como
verdadeiros.

Quando a cultura não vai contra a natureza já é um ponto positivo, mas melhor ainda é
quando a cultura transcende a natureza através da compreensão coletiva, além dos
estereótipos. Nós transcendemos a natureza pela sensibilização e reflexão crítica sobre a
vida e sobre o que realmente somos, progressivamente superando a ignorância e
conquistando a lucidez.

A lucidez é o reconhecimento de que no aspecto absoluto somos todos consciência. Os

exemplos dados são um aspecto relativo da existência material, da vida cotidiana, sujeita
as leis da causalidade, do carma, das marcas mentais, que dificultam ou mesmo impedem
o alcance da lucidez. No entanto, o olhar aberto e interessado incluindo inúmeros outros
exemplos aqui não descritos, não somente da condição feminina, mas também de vários
outros seres, humanos e não humanos, pode fazer surgir, em cada ser humano, o amor, a
compaixão incondicional, as aspirações profundas e as ações efetivas para contribuir com
o resgate dos seres que sofrem. A ignorância de se sentir separado do todo é a raiz de
todo sofrimento.

Em cada coração humano há um anseio pela plenitude. Todas as pessoas querem ser
felizes! No entanto, quase todas buscam felicidade naquilo que não as farão felizes
porque, geralmente, elas buscam a felicidade sem clareza, com atividades, bens materiais
e comportamentos autocentrados que trazem uma sensação passageira de conforto, mas
que as desviam do real propósito da existência humana que é realizar a consciência daquilo
que permanece, que segue, quando tudo o mais desaba pela lei da impermanência.

Um dos caminhos para o conhecimento de si mesmo é voltando-se para o outro. Não

rotulando, não repelindo, mas abrindo um espaço para entender o outro ser nas suas
peculiaridades, no seu modo próprio de ser, pensar e agir.

Sat Nam, a verdadeira identidade humana é una, não dual em sua essência!

Mas a natureza, a manifestação dual, tem algo a oferecer em cada uma das suas
polaridades. O mundo natural tem a sua sabedoria e a natureza propôs diferenças
necessárias para que a espécie humana, neste caso particular, se desenvolvesse e se
expandisse. São características diferentes para compor o todo. Diferenças naturais não
significam diferenças sociais, nem em direitos, nem em dignidade humana.

Estar num corpo masculino ou feminino não é bom nem mau. É uma experiência transitória
que trás várias possibilidades. O convite é para ver o que a vida propõe e fluir com ela,
usando o potencial para beneficio de todos.
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Diante de tudo isso, a boa notícia é que cada mulher pode restaurar sua energia vital,
emergindo vitoriosa sob as grossas camadas de condicionamento cultural, revelando a
corajosa, resistente e incrível alma que vive em cada mulher!

A NATUREZA LUNAR DA MULHER

Por que fazer esta abordagem inicial sobre as polaridades e sobre a visão histórica
predominantemente estereotipada da mulher? Justamente para falar sobre as várias
potencialidades, possibilidades e qualidades femininas e sobre como se sabe ou se fala tão
pouco sobre elas. O intuito é trazer uma visão positiva, construtiva, embasada em antigos
conhecimentos, para que esta parte negligenciada da humanidade prospere e se possa ter,
no futuro, também exemplos de grandes mestras de sabedoria reconhecidas como
modelos para as futuras gerações. Buscar a cura de uma asa quebrada da humanidade
para que ela possa alçar um grande vôo rumo ao despertar coletivo.

Segundo o Kundalini Yoga, a mulher tem seis canais de atenção ativos. Isto significa que ela
pode, eventualmente, fazer, conduzir e ou orientar seis tarefas ao mesmo tempo e ainda
com foco. Vitalizada, e no seu máximo potencial, ela pode ser 16 vezes mais potente,
emotiva e intuitiva do que o homem, podendo ser líder natural onde quer que esteja, em
casa, no trabalho ou em comunidades espirituais.

Se a sua energia está canalizada através de alguma prática edificante como yoga,
meditação, dieta alimentar apropriada, ela pode ser 16 vezes mais sensíveis e usar isso de
forma positiva e criativa, a seu favor e a favor da humanidade.

No entanto, se ela estiver cansada, estressada, sobrecarregada, irritada, ela poderá não
saber lidar muito bem com isso podendo ficar desequilibrada, no sentido de estar menos
capacitada para tomar decisões adequadas. Por não compreender seus processos
naturais, ela pode ser vítima da insegurança gerada por isso e trazer muito sofrimento
para si mesma e para os que a rodeiam.

É sabido que as mulheres expressam mais suas desordens nervosas do que os homens e
muitos problemas no aparelho reprodutor estão diretamente ligados com este desgaste
constante. Os 6 canais abertos lhes conferem muitas possibilidades, mas também um
excesso de atividade mental, combinada com o excesso de atividades no trabalho fora de
casa e em casa, toda a organização mental do lar, da agenda dos filhos e muitas vezes do
companheiro - conhecida como a dupla ou tripla jornada feminina -, a flutuação hormonal
e emocional, a não consciência destes processos e seu antídoto, levam a um grande
esgotamento físico e nervoso, que é uma porta aberta para inúmeras doenças físicas e
psíquicas.

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O antídoto para o equilíbrio da mulher é o descanso e o relaxamento. Isto é vital para ela e
para toda a família porque a mulher representa o inconsciente da casa. Se ela estiver mal,
todos estarão mal naquela família.

O homem pode ajudar nisso! Uma mulher relaxada, calma e em paz tem sua aura
expandida. No relacionamento sexual com uma mulher com a aura expandida e fortalecida,
o homem não sente perda de energia. Há uma comunhão na vida diária a dois. Mas isto só
acontece se a mulher estiver relaxada.

Quando um homem tem um relacionamento íntimo com uma mulher que está tensa e
nervosa, com sua aura pequena, a emissão de energia do homem no ato sexual, não tem
retorno. No ato da ejaculação o homem perde ojas , que é a energia que confere
resistência física, psíquica e mental. Quando a aura da mulher está expandida esta energia
volta para ele e a experiência para ambos pode ter uma qualidade muito mais gratificante.

Guru Nanak disse que todas as pessoas devem ser livres, soberanas e autônomas e que
toda mulher deve ser honrada e respeitada. Ele disse: “Quando um homem cai, cai um
indivíduo. Quando uma mulher cai, cai toda uma geração”. Cair no sentido de não se
sustentar num estado de consciência sutil favorável ao despertar.

Assim, para o bem de todos, a cada duas horas mais ou menos, é importante a mulher
parar os afazeres e se desligar por alguns instantes que seja. É preciso respirar fundo,
soltar, fechar os olhos e relaxar. Isto é imprescindível para a saúde do sistema nervoso, do
sistema glandular e do sistema reprodutivo. Pequenas pausas a cada duas horas e um
tempo de onze minutos de descanso pela manhã e a tarde são as recomendações ideais.

OS 11 PONTOS LUNARES E O CICLO LUNAR

Através da gravidade, a lua afeta a vida na terra. Ela impacta nas marés dos oceanos, nos
plantios, nas colheitas e na migração dos pássaros. A lua cheia impacta a área emocional de
homens e mulheres, sendo que em período de lua cheia há relatos de um aumento nos
surtos psicóticos. Por isso é importante meditar nesta fase da lua. É muito positivo que
nesse período possamos canalizar toda esta intensidade emocional para práticas
meditativas, devocionais, enfim práticas que conectem com a sutileza.

Os antigos saberes yogues falam sobre a influência da lua presente física e intensamente na
mulher, influenciando no seu aspecto emocional. Embora não haja nenhum estudo
científico que ateste a relação entre os hormônios femininos e a lua, a observação
empírica mostra que sim. Contudo, nesta abordagem trataremos sobre a influência
emocional e não hormonal, ainda que o emocional possa afetar o hormonal e vice-versa.

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A mulher tem seis canais de atenção ativos o tempo todo, o que, naturalmente lhe confere
um nível aumentado de possibilidades, mas também pode ser uma grande fonte de
exaustão física e mental. Além disso, ainda recebem, durante um ciclo lunar de 28 dias, a
influência da lua em 11 diferentes pontos no corpo, sendo que a cada dois dias e meio
muda o ponto predominante e isto leva a uma mudança nas suas predisposições e
interesses ao longo do período.

Esta oscilação pode confundir as pessoas da convivência e até a própria mulher que pode
se sentir instável e mal compreendida até por si mesma, por não estar consciente dos
próprios processos naturais.

Sendo um ser que muda constantemente, as possibilidades também se multiplicam. Assim

muitas coisas que estão certas num momento, podem não estar mais no momento
seguinte.
O mais importante é entender isso como parte da sua natureza cíclica e deixar-se fluir
amparada por uma prática cotidiana edificante.

A sequência de ativação dos pontos lunares varia de mulher para mulher e, a menos que
haja um choque emocional muito forte, esta sequência permanece constante. Isto significa
que após a identificação da sequência, que podemos chamar de ciclo lunar, ele será
sempre o mesmo.

Ao identificar o seu ciclo lunar, a mulher poderá contar com uma valiosa ferramenta para
compreender a si mesma e as outras mulheres do seu convívio, norteando-a em suas
decisões importantes.

CARACTERÍSTICAS DOS 11 PONTOS LUNARES

A título de ilustração e melhor compreensão das características de cada ponto lunar, alguns
deles estão relacionados com os sete chacras principais, pela sua similaridade na
localização corporal e também pelas suas qualidades.

1. Couro cabeludo – está relacionado ao sétimo chacra, o chacra da coroa, Sahashara

Chacra. Quando este chacra está ativado há um transbordar de amor, bons
sentimentos e felicidade. A luz divina está mais presente. Há uma integração do finito
com o infinito que se traduz na sabedoria intuitiva da alma o que faz com que este
ponto também esteja ligado com o sexto chacra, Ajna Chacra, e ao corpo seis, que é
a auréola.

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 Auréola é o halo luminoso localizado acima da cabeça que se origina de um ombro ao
outro. Este halo é o reflexo das pétalas abertas do Sahashara Chacra, o chacra das
mil pétalas que emanam a luz cósmica.

Quando o ponto lunar está localizado nesta área, a mulher pode se sentir muito
segura, firme e radiante. Ela pode manifestar sua plenitude fluida e mutante, com
sabedoria, permeada pela luz divina, que é sua própria luz quando ativada.

Ela pode estar recebendo muita energia nos chacras superiores e a auréola se
fortalece, trazendo muita inspiração. Seu olhar sobre as coisas é mais focado, com
menos interferências externas sobre a mente. Ela se sente mais positiva com maior
capacidade de perceber a realidade em cada pessoa, em cada situação e assim, ela se
sente bem e segura de existir no mundo.

Caso seu sono, dieta, exercícios físicos ou meditação estejam deficientes, ela pode se
sentir desconfiada, perseguida ou com a sensação de que algo ruim pode acontecer.

Ao contrário, estando no seu melhor, este é um ótimo momento para tudo,

especialmente para a tomada de decisões importantes.

2. Sobrancelhas – esta área está ligada ao Ajna Chacra, o sexto chacra relacionado a
sabedoria, a intuição, a atividade mental, a imaginação, que pode ser criativa e rica. É
um tempo de expansão, de semear sementes e realizar colheitas, para ir além do
comum.

Por outro lado, se estiver desvitalizada, a mulher pode ficar imersa em devaneios
que buscam compensações emocionais. Devaneios ou sonhar acordada é ficar
imaginando situações sabidamente irreais como uma compensação para grandes
carências. Isto não é algo saudável porque leva, certamente, a frustrações. Quando
a mulher se perceber muito imaginativa é bom ter um senso crítico para identificar o
quanto disto é atividade criativa que resulte em bens e soluções para a vida ou
produções artísticas e o quanto disto é pura fuga psíquica para amainar seus
ressentimentos e carências vivenciais.

Uma das formas atuais de preencher as carências é adquirindo coisas. Quando se

perceber neste momento evite ir as compras. Você certamente não terá muito
controle e vai comprar muitas coisas desnecessárias das quais muito provavelmente
vai se arrepender depois. Quando estiver numa loja e perceber que tudo está muito
bonito e chamativo, pare! Provavelmente estes objetos não serão tão irresistíveis
nos próximos dias.

3. Bochechas – as bochechas estão relacionadas com a área emocional. Quando uma

pessoa fica envergonhada, por exemplo, suas bochechas podem ficar vermelhas.
Assim quando o ponto lunar está ativo nesta área a mulher pode ficar mais emotiva,
12
 com reações emocionais excessivas, fora de contexto, com uma leitura,
eventualmente não adequada dos acontecimentos.

Sua ação pode ser reativa e impulsiva, o que logo em seguida pode lhe causar um
constrangimento, porque frequentemente a impulsividade gera resultados negativos
e então a mulher vai ter que lidar com isso, gastando energia desnecessariamente
para reparar eventuais danos nas relações.

É bom estar atenta aos seus relacionamentos mais importantes evitando fazer ou
falar algo que possa vir a afastar pessoas de seu convívio prazeroso, como amigas,
por exemplo.

Consciente dos seus processos, a mulher pode identificar esta tendência e usar a
respiração como prevenção para a impulsividade. Respiração longa e profunda.
Inspirando e exalando profundamente várias vezes já vai trazer um centramento.

4. Lábios – está relacionado ao quinto chacra, Vishudha Chacra, ligado a forma de se

expressar verbalmente, comunicando ideias e emoções e a capacidade de
concretizar objetivos.

Se ele está equilibrado, a comunicação flui de forma positiva, compreendendo esta

comunicação não apenas como o ato de falar com os outros, mas também consigo
mesma, com o seu eu verdadeiro, falando e se compreendendo.

Ao falar a mulher pode se escutar e ao se escutar ela pode elaborar os

pensamentos e se compreender melhor. A maioria das vezes a mulher quer falar não
para receber conselhos ou obter soluções, mas para que ela própria possa acessar
sua sabedoria interna e por si mesma se auto-organizar.

Este é um ponto bem delicado porque a vontade de falar pode ficar intensificada e a
mulher pode falar em demasia, ser indiscreta, revelar segredos, falar coisas que
normalmente não falaria.

Pode expor desnecessariamente a sua intimidade ou de outras pessoas e a tendência

de se arrepender depois é bem grande. Por outro lado, ela pode, em vez de falar
muito, ficar muito quieta, sem disposição para a fala. São os dois extremos.

Sua prática espiritual e sua dieta adequada são especialmente importantes neste
período para mantê-la em equilíbrio. Se estiver sintonizada, ela vai saber se é um
bom momento para falar ou ficar calada.

Em caso de dúvida, o melhor é ficar em silêncio e meditar.

13
5. Lóbulo da orelha – todo mês a mulher morre para um velho ciclo e renasce para um
novo ciclo. Toda pequena morte mensal, energeticamente, trás consigo um
questionamento sobre suas certezas, o que permite uma reelaboração da própria
vida e dos relacionamentos. Este é um momento em que ela está mais analítica.

Então pode surgir uma necessidade de discutir valores para avaliar o que realmente
importa. Isto conduz a uma renovação e pode ajudar a mulher a mudar o curso da
sua vida ao buscar coisas novas, experiências diferentes.

6. Nuca – neste ponto a influência da lua pode atuar no sentido de despertar na mulher
a inclinação para viver experiências românticas. O sentimento está particularmente
aflorado. Qualquer gesto de carinho pode deixá-la completamente envolvida. Nestes
dias ela pode ser bastante paqueradora e correr riscos desnecessários pois a razão
está em segundo plano já que o sentimento está em evidência. Neste caso, redobre a
atenção para não agir impulsivamente em relacionamentos ocasionais! No entanto,
se estiver segura numa relação, apenas desfrute!

7. Seios – este ponto está relacionado com o quarto chacra, Anahata chacra, chacra do
coração, então pode haver um aumento na compaixão e a mulher pode se sentir
numa energia de doação mais acentuada. Não apenas uma tendência de doar
objetos, valores, como também sentimentos e atenção pessoal.

Então, ao se perceber em algum momento com uma irresistível vontade de doar

objetos, roupas, calçados, etc, pare, espere dois dias e depois decida se você quer
mesmo doar. Caso contrário, talvez possa resultar em um certo arrependimento
posterior.

Também é importante estar atenta as questões de limites porque terá mais

dificuldade em dizer não.

8. Umbigo – esta área está relacionada com o terceiro chacra, Manipura Chacra,
chacra umbilical, do plexo solar que tem a ver com o poder pessoal e a auto
confiança. Neste ponto a questão da segurança é o problema. Pode haver um
aumento na sensação de insegurança.

Este é um bom momento para observar, pensar, avaliar e reavaliar em que bases
estão assentadas a sua segurança. São bases sólidas, porém não rígidas?

É um bom momento para desenvolver ou solidificar a segurança interna com o

fortalecimento do ponto do umbigo com a respiração do fogo, postura do
estiramento e Sat Kryia.

14
9. Clitóris – o aparelho sexual feminino, que inclui clitóris e vagina está relacionada ao
segundo chacra, Svadhistana Chacra, o chacra do sentimento e da sexualidade,
entendendo sexualidade não apenas como o contato sexual, mas também com o
fato de sermos seres sexuados que possuem energia sexual criativa.

Este é o chacra que nos mergulha na dimensão emocional da vida. Muitas vezes não
é fácil lidar com as emoções e os sentimentos, o que pode levar a muitos bloqueios
difíceis de ultrapassar.

Quando a lua está influenciando no clitóris, a mulher pode estar especialmente

charmosa, falante, sociável e extrovertida. Há uma inclinação para tornar tudo
maravilhoso, mágico, encantado! Ela aspira que todos vivam momentos
maravilhosos com um encantamento ou re-encantamento da vida. Ela quer criar isso
no mundo para todos! É um bom momento para eventos em grupo.

Se estiver desvitalizada é importante que redobre os cuidados para não excluir ou

discriminar ninguém, sendo importante manter esforços inclusivos para o bem de
todos.

10.Vagina – o relacionamento social ainda é a tônica principal, porém com uma

qualidade mais profunda. Ela pode sentir a necessidade de se conectar de uma forma
mais íntima, com um pequeno grupo de pessoas ou com somente uma pessoa.

Desvitalizada, a mulher pode querer ficar sozinha e com sentimentos de vazio

existencial. É um bom momento para meditar mais e dar um tempo, uma pausa na
ação.

11.Parte interna das coxas – este ponto está relacionado com o primeiro chacra,
Muladhara Chacra, o chacra da base, da segurança física e material, da existência no
mundo.

Quando a lua está influenciando neste ponto, há um certo questionamento das

bases, uma necessidade de confirmar se as coisas são realmente daquele jeito, de
reafirmar ou seja, tornar as coisas firmes novamente.

A sutileza da lua pode diminuir o que está endurecido, diminuindo a solidez, por isso
há esta necessidade de confirmação. É um convite para a expansão!

É também um período de alta na energia. A mulher se sente muito produtiva. O que

adiou para fazer nos outros dias, sente vontade de fazer tudo naquele momento,
quase como uma obsessão, sendo normal que se encontre fazendo listas de tudo o
que deseja/sonha fazer e não parar até terminar tudo. É um bom momento para
organizar a casa, escritório, etc.

15
A mulher pode encontrar o seu ciclo através de uma atenta auto-observação e reflexão o
que lhe proporcionará um auto conhecimento. Esta é uma prática maravilhosa porque a
ajuda a olhar para si mesma, a se entender melhor, a saber porque uma determinada coisa
é importante num dia e não no dia seguinte.

Cabe a ela se observar, identificar e equilibrar estes pontos tornando-os fluídos, abertos,
com o fluxo lunar atuando de forma acolhedora e saudável.

Assim, a Natureza revela que o modo de ser da mulher , com sua natural variação, seu jeito
próprio de ser, é importante dentro da sua própria configuração, sendo algo bom, belo e
que deve ser reconhecido e valorizado.

COMO EQUILIBRAR OS PONTOS LUNARES

A principal meditação para equilibrar todos os pontos lunares é o Kirtan Kryia por 30
minutos deitada no chão em decúbito ventral, ou seja, de bruços, com o abdômen no
chão, com as mãos em gyan mudrá.

Tempos de prática:

40 dias – você muda um hábito

90 dias – confirma um hábito; não há mais oscilações
120 dias – o novo hábito se incorpora a você; torna-se o que você é.
1000 dias – você ganha maestria sobre este hábito.

COMO IDENTIFICAR OS 11 PONTOS E O CICLO LUNAR

Identificar a sequência ou o ciclo lunar pode ser um trabalho um tanto desafiador por
conta do calendário irregular, 30, 31, 28, 29 dias....

Assim, os pontos flutuam nos dias do mês, de um mês para o outro e fica mais desafiadora
a sua identificação.

Uma ideia seria seguir as fases da lua, mas as fases da lua também variam, elas podem ser
de 6, 7, 8 e até 9 dias, sendo que um mês sinódico lunar, ou seja, o período de tempo entre
duas fases iguais e consecutivas da lua, tem duração aproximada de 29,5 dias. Cerca de
48% das fases duram 7 dias, outros 40% duram 8 dias, 8% duram 6 dias e apenas 3% duram
9 dias. Então fica inviável usar as fases da lua como referência.

16
No entanto, apesar destas dificuldades aparentes de se estabelecer claramente qual o ciclo
dentro dos meses, o melhor de se ter conhecimento destas informações é poder ter um
olhar mais próximo e atento para si mesma, internalizando os conceitos através da auto-
observação e os aplicando da melhor forma possível.

Uma sugestão para a identificação da sequência é usar como material de apoio duas
tabelas. A primeira tabela (TABELA PARA IDENTIFICAR OS 11 PONTOS LUNARES), apresenta
as características dos onze pontos em equilíbrio e em desequilíbrio, na forma de opções
em que se pode marcar um “x” caso se sinta naquela frequência, ou seja, naquela
tendência apresentada em cada opção.

Relembrando: o ciclo lunar naturalmente dura 28 dias. A influência da lua nos pontos
corporais específicos da mulher se detém por 2,5 dias em cada ponto. Aí já surge um
problema. Como marcar 2,5 dias em uma tabela?

Nesta metodologia, a sugestão é marcar 3 dias seguidos em seis diferentes pontos que dá
18 dias e marcar 2 dias seguidos em outros cinco diferentes pontos o que dá dez dias,
totalizando 11 pontos em 28 dias.

Atente para o fato de que você deve se ater a apenas um ponto lunar a cada dia. Você pode
marcar uma ou mais opções dentro das características de um único ponto lunar, em um
intervalo de dois a três dias consecutivos. Uma vez identificado um ponto e marcado da
forma sugerida acima, ele não se repetirá durante o ciclo de 28 dias. Ele somente se
repetirá ao final do ciclo, caso você marque o primeiro ponto por somente um dia. Neste
caso ele deverá se repetir no final do ciclo.

Então, ao iniciar a marcação, a mulher deve observar atentamente os 11 pontos com suas
características. Então ela elege um ponto que mais se aproxima de como ela está se
sentindo naquele dia. Digamos, como exemplo constante nas tabelas abaixo, que ela
comece no dia 01/03/2021. Ela analisa e identifica como estando sob a influência no ponto
lunar dos lábios. No outro dia, ela percebe que ainda continua naquela tendência. Então,
ela deve marcar de novo aquele ponto. Já no dia 03/03/2021 ela percebeu uma mudança
sutil, a qual ela identificou com o ponto da nuca e ela percebeu que isto se repetiu nos dois
dias seguintes. Então ela marca o mesmo ponto por três dias.

Concomitantemente ela passa a usar a segunda tabela (TABELA PARA IDENTIFICAR O CICLO
LUNAR). Nesta tabela ela deve preencher a data em que iniciou a marcação e marcar com
um “x” no ponto identificado na tabela anterior e quantos dias ficou nele. No caso deste
exemplo, o ponto é o 3. E assim vai anotando durante 28 dias.

A cada dia ela deve observar os quadros ainda sem marcação e identificar uma ou mais
opções dentro do mesmo quadro, ou seja do mesmo ponto lunar. Identifica a opção que
mais se aproxima do que está sentindo ou sentiu durante o dia. As mudanças podem ser
sutis, sendo necessário intensificar a auto-observação.
17
Para auxiliar nesta identificação, caso seja necessário, pode ser usado um pêndulo para
fazer perguntas e obter as respostas ou pedir a opinião de alguém da convivência diária ou
mesmo usar o teste bi-digital (o-ring test). Informações no www.ambbdort.org.br.

Eventualmente pode ser desafiador identificar o ciclo lunar na primeira observação dos 28
dias. Então, a mulher pode repetir por mais um ou dois períodos até ter certeza da
sequência correta que, uma vez identificada, é constante, não muda, salvo na ocorrência de
um grande trauma emocional.

1. TABELA PARA IDENTIFICAR OS 11 PONTOS LUNARES

1. COURO CABELUDO
( ) positiva, radiante, segura de si, confiante e auto-confiante, competente, sensível,
firme, estável, comunicação neutra. As coisas parecem fluir e encaixam-se
perfeitamente.
( ) sente-se em paz, intuitiva.
( ) feliz de ser mulher.
(X) desconfiada, sensação de perseguição, sensação de que algo ruim vai acontecer
DATAS: 06/03/2021 07/03/2021 08/03/2021

2. BOCHECHAS
(X) instável, imprevisível, emotiva. Foi difícil manter o controle.
(X) irritou-se facilmente. Perdeu ou quase perdeu o controle.
( ) estável emocionalmente. Irradia e recebe o que necessita.
DATAS: 11/03/2021 12/03/2021 ____/____/____

3. LÁBIOS
( ) necessidade de falar muito sobre qualquer assunto, indiscreta, tendência a contar
segredos.
(X) falou algo e foi mal interpretada.
(X) sente-se ou sentiu-se eficaz na comunicação. Consegue ou
conseguiu ser ouvida e atendida
( ) sente-se ineficaz na comunicação. Ninguém a escuta. “Fala
para as paredes”
(X) tendência ao silêncio a ficar quieta, falar o mínimo possível
DATAS: 01/03/2021 02/03/2021 ____/____/____

4. LÓBULO DAS ORELHAS

( ) não tem mais certeza de coisas sobre a vida que antes já estavam resolvidas.
Necessidade de repensar para manter, mudar ou aprofundar algo.
(X) vontade/necessidade de discutir valores, por exemplo, discutir sobre fé, franqueza,
honestidade, humildade, coragem, dever, dignidade, justiça, liberdade....
(X) analítica, quer discutir sobre o que é importante para si mesma, segundo os seus
valores.
( ) muito crítica, tanto consigo mesma quanto com os outros.
DATAS: 13/03/2021 14/03/2021. 15/03/2021
18
 5. NUCA
(X) romântica, poética, apaixonada, sonhadora, quer “flertar”, fala
com o coração .
(X) Se recebeu um olhar, um flerte, sentiu-se muito animada,
alegre, mais do que em outras ocasiões similares.
( ) a visão de uma flor pode derreter o coração.
( ) se um homem a tocar na nuca pode sentir-se desfalecer .
DATAS: 03/03/2021 04/03/2021 05/03/2021

6. SEIOS
( ) compassiva, doadora, simpática, sorridente, generosa.
( ) tendência maior para ouvir e auxiliar pessoas.
(X) doou algo impulsivamente, sem pensar muito ou pensou em doar.
(X) teve dificuldade em dizer não.
DATAS: 09/03/2021 10/03/2021 ____/____/____

7. UMBIGO
( ) insegura, vulnerável, instável.
( ) irritada, sem paciência.
( ) sente-se ou sentiu-se incapaz.
( ) fraca, sem energia, cansada.
( ) ameaçada em sua auto-imagem, vulnerável a críticas.
(X) demasiadamente forte, impositiva, intimidante, agressiva.
(X) sente energia física, poder e segurança para levar a cabo tudo
o que se propõe.
( ) necessidade de recolher-se para reavaliar sua postura e se
fortalecer.
DATAS: 16/03/2021 17/03/2021 18/03/2021

8. COXAS
(X) necessidade de confirmar, comprovar, reafirmar algo.
(X)ao confirmar algo, sentiu necessidade de mudar, pois não
estava completamente segura em manter como estava.
( ) tudo o que você adiou para fazer em outros dias, sente ou sentiu vontade de fazer
hoje, quase como uma obsessão.
(X) força e energia criativa.
( ) firmeza, sem abertura para questionamentos.
( ) não permite que a contradigam.
DATAS: 21/03/2021 22/03/2021 23/03/2021

9. SOBRANCELHAS
(X) imaginação criativa. Elaboração estratégica.
( ) ilusória, sonhadora, construindo castelos no ar, devaneios.
( ) ênfase na emoção em detrimento da razão.
(X) vontade de escrever, criar, brincar com crianças.
( ) disposição para compras.
(X) se foi a loja ou supermercado, comprou muito, até coisas
19
 desnecessárias. Ficou se perguntando, por que comprei tudo
isso?
DATAS: 19/03/2021 20/03/2021

10. CLITÓRIS
( ) encantadora, sedutora. Com vontade de socializar, conversar,
ir a festas.
(X) extrovertida, aberta para o contato com o outro, não necessariamente contato
sexual. Qualquer tipo de contato.
(X) encantada com a vida.
( ) tendência a alimentar relações ou conversas que excluiu ou
poderá excluir logo em seguida.
DATAS: 24/03/2021 25/03/2021 ____/____/__

11. VAGINA
(X) sociável com uma qualidade mais profunda. Quer conectar-se de uma maneira mais
íntima, podendo ser com uma outra pessoa ou um grupo de pessoas.
(X) quer ou quis estabelecer contato mais profundo, fazer alianças, buscando relações
importantes.
( ) exaltação do instinto sexual. Sente-se muito fêmea/mulher.
( ) sentimento de vazio. Vontade de estar sozinha.
DATAS: 26/03/2021 27/03/2021 28/03/2021

2. TABELA PARA IDENTIFICAR O CICLO LUNAR

PONTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO
DIA DATA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1 01/mar X
2 02/mar X
3 03/mar X
4 04/mar X
5 05/mar X
6 06/mar X
7 07/mar X
8 08/mar X
9 09/mar X
10 10/mar X
11 11/mar X
12 12/mar X
13 13/mar X
14 14/mar X
15 15/mar X
16 16/mar X
17 17/mar X
18 18/mar X

20
19 19/mar X
20 20/mar X
21 21/mar X
22 22/mar X
23 23/mar X
24 24/mar X
25 25/mar X
26 26/mar X
27 27/mar X
28 28/mar X

As tabelas a seguir são para suas observações e anotações.

1.TABELA PARA IDENTIFICAR OS 11 PONTOS LUNARES

1. COURO CABELUDO
( ) positiva, radiante, segura de si, confiante e auto-confiante, competente, sensível,
firme, estável, comunicação neutra. As coisas parecem fluir e encaixam-se
perfeitamente.
( ) sente-se em paz, intuitiva.
( ) feliz de ser mulher.
( ) desconfiada, sensação de perseguição, sensação de que algo ruim vai acontecer
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

2. BOCHECHAS
( ) instável, imprevisível, emotiva. Foi difícil manter o controle.
( ) irritou-se facilmente. Perdeu ou quase perdeu o controle.
( ) estável emocionalmente. Irradia e recebe o que necessita.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

3. LÁBIOS
( ) necessidade de falar muito sobre qualquer assunto, indiscreta, tendência a contar
segredos.
( ) falou algo e foi mal interpretada.
( ) sente-se ou sentiu-se eficaz na comunicação. Consegue ou
conseguiu ser ouvida e atendida
( ) sente-se ineficaz na comunicação. Ninguém a escuta. “Fala
para as paredes”
( ) tendência ao silêncio a ficar quieta, falar o mínimo possível
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

4. LÓBULO DAS ORELHAS

( ) não tem mais certeza de coisas sobre a vida que antes já estavam resolvidas.
Necessidade de repensar para manter, mudar ou aprofundar algo.
( ) vontade/necessidade de discutir valores, por exemplo, discutir sobre fé, franqueza,

21
honestidade, humildade, coragem, dever, dignidade, justiça, liberdade....
( ) analítica, quer discutir sobre o que é importante para si mesma, segundo os seus
valores.
( ) muito crítica, tanto consigo mesma quanto com os outros.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

5. NUCA
( ) romântica, poética, apaixonada, sonhadora, quer “flertar”, fala
com o coração .
( ) Se recebeu um olhar, um flerte, sentiu-se muito animada,
alegre, mais do que em outras ocasiões similares.
( ) a visão de uma flor pode derreter o coração.
( ) se um homem a tocar na nuca pode sentir-se desfalecer .
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

6. SEIOS
( ) compassiva, doadora, simpática, sorridente, generosa.
( ) tendência maior para ouvir e auxiliar pessoas.
( ) doou algo impulsivamente, sem pensar muito.
( ) teve dificuldade em dizer não.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

7. UMBIGO
( ) insegura, vulnerável, instável.
( ) irritada, sem paciência.
( ) sente-se ou sentiu-se incapaz.
( ) fraca, sem energia, cansada.
( ) ameaçada em sua auto-imagem, vulnerável a críticas.
( ) demasiadamente forte, impositiva, intimidante, agressiva.
( ) sente energia física, poder e segurança para levar a cabo tudo
o que se propõe.
( ) necessidade de recolher-se para reavaliar sua postura e se
fortalecer.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

8. COXAS
( ) necessidade de confirmar, comprovar, reafirmar algo.
( ) ao confirmar algo, sentiu necessidade de mudar, pois não
estava completamente segura em manter como estava.
( ) tudo o que você adiou para fazer em outros dias, sente ou sentiu vontade de fazer
hoje, quase como uma obsessão.
( ) força e energia criativa.
( ) firmeza, sem abertura para questionamentos.
( ) não permite que a contradigam.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

9. SOBRANCELHAS

22
() imaginação criativa. Elaboração estratégica.
() ilusória, sonhadora, construindo castelos no ar, devaneios.
() ênfase na emoção em detrimento da razão.
() vontade de escrever, criar, brincar com crianças.
( ) disposição para compras.
() se foi a loja ou supermercado, comprou muito, até coisas
desnecessárias. Ficou se perguntando, por que comprei tudo
isso?
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

10. CLITÓRIS
( ) encantadora, sedutora. Com vontade de socializar, conversar,
ir a festas.
( ) extrovertida, aberta para o contato com o outro, não necessariamente contato
sexual. Qualquer tipo de contato.
( ) encantada com a vida.
( ) tendência a alimentar relações ou conversas que excluiu ou
poderá excluir logo em seguida.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

11. VAGINA
( ) sociável com uma qualidade mais profunda. Quer conectar-se de uma maneira mais
íntima, podendo ser com uma outra pessoa ou um grupo de pessoas.
( ) quer ou quis estabelecer contato mais profundo, fazer alianças, buscando relações
importantes.
( ) exaltação do instinto sexual. Sente-se muito fêmea/mulher.
( ) sentimento de vazio. Vontade de estar sozinha.
DATAS: ____/____/____ ____/____/____ ____/____/____

2. TABELA PARA IDENTIFICAR O CICLO LUNAR

PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO PTO
DIA DATA PONTO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
23
15
16
17
18
19
20
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