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capitalistas.
Imperialismo se expande As relaçõ es Haverá centralizaçã o Política de Estado para 1. Concentraçã o de
por meio de guerras, imperialistas sã o do capital por grandes atuar na concorrência produçã o e de capital de
causando a destruiçã o das necessá rias para o grupos nacionais, a internacional, a fim de forma acentuada,
economias naturais. desenvolvimento partir dai ocorrerá a que os grandes criando os monopó lios;
industrial. internacionalizaçã o do capitais nacionais 2. Uniã o entre capital
A DIT como necessá ria capital, gerando possam se bancá rio e industrial,
para o desenvolvimento concorrência internacionalizar. criando assim oligarquia
do capitalismo internacional ferrenha financeira; 3.
avançado, ou seja, é por meio de medidas Exportaçã o de capitais
necessá rio que países protecionistas. ganha uma maior
Consequência
agrá rios sejam importâ ncia; 4.
submetidos aos países Associaçã o
industriais. internacional de
monopolistas que
partilham o mundo
entre si; 5. Partilha
territorial do mundo
entre potências
capitalistas mais
importantes.
Fim Todo o mundo viraria A militarizaçã o dos Capital financeiro gera O Estado passa a ser Desenvolvimento
capitalista, todos países industriais, maior concentraçã o de visto como um truste desigual entre os
entrariam na ló gica porém custosa. Entã o, capital, a partir dai capitalista nacional, pró prios imperialistas –
capitalista e todos possibilidade de aliança tem-se a necessidade uma vez que ele se os que se desenvolvem
entraria na crise de entre os países de expansã o do veria como esse tardiamente nã o chegam
subconsumo. Quando isso industriais e portanto o territó rio econô mico capital e, portanto, a alcançar os mais
acontecesse seria o fim do ultra-imperialismo. para exportaçã o do faria todo o possível desenvolvidos. E a
imperialismo e do capital financeiro. para que esse capital partilha do mundo entre
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capitalismo. prosperasse e se as potências capitalistas.
internacionalizasse.
1° - erro na ideia de mais- Perspectiva histó rica Bukharin seguirá a Crítica a Kaustsky de
valia acumulada e crise do limitada há um dado ideia de Hilferding de que seria possível a
subconsumo; contexto e há certos concentraçã o e cooperaçã o entre os
2° - confusã o entre atores. centralizaçã o do Estados (ultra-
capitalismo e capital. imperialismo).
imperialismo; Convergência com
3° - nã o utilizaçã o da ideia Kautsky, na ideia de que
Comparação
de capital financeiro. para o desenvolvimento
entre teóricos
do capitalismo é
ou críticas
necessá rio
desigualdade.
Seguindo Hilferding, na
ideia da concentraçã o e
centralizaçã o do capital
e na ideia de capital
financeiro.
P.S: ver o imperialismo como política passa a ideia de que o imperialismo é uma questã o conjuntural e que mudando a política seria
possível resolver o problema.
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Luxemburgo
Parte da ideia de reproduçã o ampliada, em que parte da mais-valia seria reutilizada para a maior acumulaçã o – portanto seria
investida em produçã o – nesse caso, nã o iria para consumo direto o que geraria subconsumo.
Com o subconsumo as mercadorias nã o seriam consumidas – uma vez que os capitalistas nã o utilizariam toda sua mais-valia com
consumo – além do mais, haveria a produçã o de mais mercadorias, estas nã o seriam consumidas gerando uma crise de subconsumo.
Portanto, para solucionar a crise de subconsumo haveria uma expansã o à esfera externa - locais pré-capitalistas em que a ló gica
de reproduçã o é a simples. Nesses locais nã o haveria acumulaçã o e por conseguinte tudo seria consumido. Assim, a soluçã o seria levar
as á reas nã o capitalistas a consumirem o que as á reas capitalistas nã o conseguem consumir.
O ato de fazer os outros consumirem o que o capitalismo nã o consegue consumir seria o Imperialismo. Assim, o imperialismo é
visto como a colonizaçã o capitalista do globo, fazendo com que a esfera externa consuma o que os países capitalistas nã o conseguem –
necessidade de conquistar mercados.
A colonizaçã o implementaria o sistema capitalistas nessas regiõ es – por meios violentos – acabando com as economias naturais.
A partir do momento que estas economias se tornam capitalistas elas entram no jogo do imperialismo, assim, buscam colonizar outras
á reas – até que todo o mundo seja capitalista.
Quando todo o mundo se tornasse capitalista, o imperialismo chegaria no seu fim – assim como o capitalismo. Todos entrariam
na crise do subconsumo, que seria estrutural, e haveria a diminuiçã o dos lucros levando à crise final do capitalismo.
Críticas: a primeira se refere à afirmaçã o de que mais-valia acumulada nã o seria consumo. Na realidade, é consumo produtivo e seria tã o
importante quanto. Portanto, a ideia de subconsumo está errada e a de crises de subconsumo também.
Segunda crítica se refere à noçã o de capitalismo e imperialismo. Na realidade nem todas os países capitalistas seriam imperialistas, nem
todos teriam condiçõ es para ser.
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Terceira crítica se refere a ausência da ideia de capital financeiro. Uma vez que ela nã o utilizou a noçã o de capital financeiro teria havido
a confusã o entre capitalismo e imperialismo, portanto, apenas os Estados com capital financeiro seriam capazes de serem imperialistas.
Kautsky
Toma como ponto de partida a centralizaçã o do capital como inerente ao capitalismo, assim como o imperialismo também seria.
Desse modo, o imperialismo seria o impulso dos países capitalistas de submeterem os países agrá rios ao seu domínio. Portanto, só
conseguiriam ser imperialistas aqueles países com capitalismo avançado.
O Imperialismo pressupõ e a compatibilidade entre indú stria e agricultura. Assim, a atividade industrial depende da atividade
agrícola para se desenvolver – matérias primas e alimentos – desse modo, o imperialismo para se desenvolver necessita do
desenvolvimento do setor agrá rio. Além do mais, era necessá rio garantir nã o só a oferta de matérias primas como também a
disponibilidade de mercados.
Para que um país capitalista atinja o capitalismo avançado ele precisa se dedicar exclusivamente à atividade industrial, ao mesmo
tempo que precisa garantir recursos agrá rios. Desse modo, cria-se a DIT, a qual torna possível o desenvolvimento do capitalismo
avançado – relaçõ es imperialistas sã o imprescindíveis para o desenvolvimento industrial.
Países que se industrializam sã o levados a impulsos expansionistas e, desse modo, devem se militarizar. Contudo, esse processo é
demasiadamente custoso podendo afetar o processo de acumulaçã o. Assim sendo, o autor acredita na possibilidade do ultra-
imperialismo, o qual seria a cooperaçã o desses países para a divisã o do mundo de forma pacífica.
Hilferding
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A partir da concentraçã o de capital, há a formaçã o de trustes e cartéis – a acumulaçã o do capital é uma característica da fase do
capitalismo monopolista. Assim, no â mbito nacional haverá concorrência entre as empresas, em que os grupos maiores centralizam o
capital – diminuindo a concorrência interna. Diante da insuficiência do mercado interno, esses grandes capitais partirã o para a esfera
internacional.
A partir da centralizaçã o do capital por grandes grupos, haverá a internacionalizaçã o do capital, gerando concorrência
internacional ferrenha que ocorrerá via medidas protecionistas – assim, dentro do capitalismo monopolista a concorrência será ainda
mais estimulada por meio do protecionismo.
Com a livre concorrência, existirá a tendência de maior capital físico – objetiva-se maiores investimentos para gerar mais
dinheiro – contudo, esse capital nã o é liquido gerando, portanto, a diminuiçã o do lucro, sendo essa uma barreira para a acumulaçã o do
capital. Desse modo, para driblar essa barreira haverá a criaçã o de trustes e cartéis – a fim de que se evite a maior concorrência, uma vez
que a concorrência diminui os lucros.
Para se driblar a barreira de acumulaçã o, o capital bancá rio (capital monetá rio) exigirá um grande montante de capital; isso faz
com que os bancos se tornem muito importantes nesse momento, uma vez que eles têm acesso a dinheiro via poupança. Assim, os
bancos financiarã o a centralizaçã o do capital, a partir da uniã o do capital industrial (produtivo) com o capital bancá rio (monetá rio)
ocorre a constituiçã o do capital financeiro – o capital produtivo se tornará dependente do capital bancá rio para a formaçã o de trustes e
cartéis.
Haja vista a uniã o dos capitais industrial e bancá rio para a maior concentraçã o de capital, haverá a necessidade de ampliaçã o do
territó rio econô mico para que o capital financeiro seja exportado e, assim, desenrola-se o processo de colonizaçã o, o qual será papel do
Estado fazer – será imposto o capitalismo nas colô nias.
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Assim, a política protecionista será a política dominante das relaçõ es internacionais – o protecionismo se transforma em corrida
armamentista que levará ao imperialismo. A maior importâ ncia do territó rio econô mico traz a necessidade de internacionalizaçã o do
capital via exportaçã o de capital.
Bukhárin
O autor se centrará no desenvolvimento da economia mundial, uma vez que se percebe uma crescente internacionalizaçã o das
relaçõ es econô micas por meio do crescimento do comércio internacional e da exportaçã o de capital. Nesse sentido, quanto mais
modernas forem as forças produtivas, mais importante a economia internacional se torna.
A concorrência capitalista permite o aparecimento do capital financeiro; a concorrência também atua de modo a limitar as forças
produtivas e a capacidade nacional de organizaçã o da produçã o, diante disso há a necessidade de expansã o para outros territó rios.
Portanto, o imperialismo seria uma política nacional expansionista que transforma a concorrência em concorrência entre os
Estados, este representaria os interesses da burguesia – portanto há a nacionalizaçã o das relaçõ es econô micas.
O capital financeiro e sua necessidade de expansã o necessita de uma política de Estado para atuar na concorrência internacional,
a fim de que os capitais possam se internacionalizar – com a internacionalizaçã o dos capitais, maior seria a importâ ncia do papel dos
Estados.
O Estado passaria a ser visto como um truste capitalista nacional, uma vez que ele se veria como esse capital e faria todo o
possível para que esse capital prosperasse – concentraçã o entre trustes capitalistas nacionais atinge seu ponto má ximo com a
concentraçã o entre naçõ es.
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Bukharin seguirá a ideia de Hilferding de concentraçã o e centralizaçã o do capital, sendo que no momento que ele escreve a esfera
nacional é mais importante.
Lênin
Imperialismo seria uma fase do capitalismo monopolista, o qual é fruto do capital financeiro e em que a exportaçã o de capitais
ganhou extrema importâ ncia e a partilha do mundo entre os países mais importantes foi iniciada. Assim sendo, o imperialismo existirá
enquanto a fase do capitalismo for a fase do capitalismo monopolista.
O imperialismo possui 5 traços essenciais, a saber: 1. Concentraçã o de produçã o e de capital de forma acentuada, criando os
monopó lios; 2. Uniã o entre capital bancá rio e industrial criando, assim, oligarquia financeira; 3. Exportaçã o de capitais ganha uma maior
importâ ncia; 4. Associaçã o internacional de monopolistas que partilham o mundo entre si; 5. Partilha territorial do mundo entre as
potências capitalistas mais importantes.
Lenin partirá da ideia de Hilferding de concentraçã o e centralizaçã o do capital e a ascensã o dos monopó lios com o apoio dos
bancos – ideia de uniã o entre capital bancá rio e industrial.
Imperialismo leva ao desenvolvimento de um capitalismo desigual, gerando dois polos – há desigualdade entre os pró prios países
imperialistas, aqueles que se tornaram imperialistas tardiamente nã o chegarã o ao nível dos mais antigos. A exportaçã o do capital
financeiro é promovido pelos velhos imperialistas, em decorrência da crise de acumulaçã o vivenciada por eles – o capital financeiro
sustenta a relaçã o entre os polos, fazendo com que o capital sempre retorne ao país do centro.
Critica Kautsky em relaçã o à ideia de que poderia haver cooperaçã o entre os Estado, na realidade Lênin acredita que se deve
continuar a luta contra o capitalismo e o imperialismo, a qual deveria ser por meio da revoluçã o. Todavia, os dois autores convergem em
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relaçã o a ideia de que para o desenvolvimento do capitalismo é necessá rio haver desigualdade, uma vez que para o desenvolvimento do
centro é preciso os produtos da periferia.
Teoria da Dependência
A teoria da dependência toma como ponto de partida a teoria imperialista e tem como principal premissa a desigualdade que o
capitalismo gera – ricos e pobres como parte do sistema. Uma questã o que é discutido dentro da teoria de dependência e que separa os
teó ricos, é a questã o de quã o possível é romper a polarizaçã o entre desenvolvimento e subdesenvolvimento.
Assim, os dependentista sã o separados em weberianos, estes enxergam a possibilidade de desenvolvimento dos países que ainda
nã o atingiram o desenvolvimento completamente. E os marxista que acham que o ú nico desenvolvimento possível, é o desenvolvimento
do subdesenvolvimento.
Desse modo, o objetivo da teoria é pensar como ocorre o desenvolvimento capitalista na periferia e como isso impacta a
estrutura interna destas economias.
A teoria dependentista rompe com algumas teorias:
A teoria ricardiana, uma vez que ela prevê que alguns países sã o especializados em manufaturas, enquanto outros sã o especializados em
produtos agrícolas, assim os responsá veis pelos produtos agrícolas nã o se desenvolverã o.
Rostov, o qual pensa no desenvolvimento em etapas e, nesse sentido, todos atingiriam o desenvolvimento – nesse sentido, Rostov nã o
pensa que existem estruturas desiguais e que o imperialismo causa diferenciaçõ es entre os países.
E com o pensamento cepalino, para ele a troca desigual impõ e uma consequência estrutural, uma vez que o preço dos produtos agrícolas
oscilam. Nesse sentido, a soluçã o seria a industrializaçã o via substituiçã o de importaçõ es e, assim, chegar-se-ia no desenvolvimento – a
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crítica a essa visã o é também a ideia relacionado ao etapismo.
Assim, nos anos 1960 surge a teoria da dependência se apresentando como uma ruptura à s ideias de Rostov e da CEPAL.
Um dos principais teó ricos dependentista é o Marini que vê a dependência relacionada a ideia de independência formal da
periferia, contudo, dentro de limitaçõ es estruturais que sã o impostas a ela. A dependência teria surgido entã o, na primeira revoluçã o
industrial, quando as relaçõ es deixaram de ser relaçõ es coloniais.
Nesse sentido, a DIT é a responsá vel pelo intercâ mbio desigual, uma vez que faz com que a periferia transfira o seu excedente
interno para o centro onde terá valor agregado. Assim, os capitalistas periféricos precisarã o guardar capital para arcar com os custos
das trocas de excedentes – royalties, patente, etc – no comércio internacional.
A partir disso, ocorrerá uma subtraçã o de receita, sendo necessá rio recompensar as perdas internamente. Contudo, nã o será
possível recompensar a perda por meio da apropriaçã o de tecnologia e do aumento da produtividade, a qual geraria ao barateamento
dos produtos e, por conseguinte, diminuiçã o dos salá rios – através da introduçã o de tecnologia seria possível por meios nã o autô nomos,
assim, haveria a importaçã o de tecnologia e dependência tecnoló gica. Assim, a maneira possível é por meio da exploraçã o do trabalho –
superexploraçã o das forças de trabalho. Nesse sentido, o trabalhador produziria mais e com um salá rio menor.
Por fim, Marini fala em subimperialismo. Este é entendido quando um país periférico se industrializa ao ponto de se torna um
centro mediano de acumulaçã o, uma vez que o país conseguiu se industrializar o bastante, mas ainda assim é dependente dos países do
centro. Assim, esse país se industrializa por meio da exploraçã o dos trabalhadores e, desse modo, nã o consegue criar mercado interno
para o consumo das mercadorias produzidos internamente e diante disso as mercadorias sã o exportadas para os países da regiã o –
assim, a ló gica de centro x periferia é reproduzido nessas condiçõ es, a partir de uma ló gica regional.
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