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JAPONESAS
REIKI II
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Neste nível, os praticantes têm acesso a uma das técnicas que caracteriza o reiki,
a transmissão da energia reiki à distância, através da utilização de um dos três
símbolos do reiki, que permite cortar o tempo e espaço. Também, uma série de
técnicas redescobertas recentemente no Japão, que remontam ao tempo de Mikao
Usui, vai ajudar o praticante do Nível II a transcender às mãos utilizando outras
partes do corpo para enviar energia, como, por exemplo, através dos olhos, bem
como desenvolver a intuição e detectar as áreas desarmônicas, através de métodos
desenvolvidos pelo Sensei Usui.
Por outro lado, a sintonização neste nível favorece transformações internas, já que
os símbolos do Okuden podem mostrar ao praticante de reiki aspectos que
necessitam ser trabalhados internamente, para sua cura e evolução como ser
humano. Diferente do primeiro nível, que trabalha sobre tudo no corpo físico, este
atua mais fortemente nos aspectos emocionais e mentais, muitas vezes arraigados
ao lingo da existência.
Outro fator que caracteriza este nível é possibilidade de tratar hábitos indesejáveis
em si mesmo e em outras pessoas, como dependência química, álcool, cigarro e
manias exageradas.
Este pequeno degrau chama-nos ainda a atenção para o dever de assumir inteira
responsabilidade em relação ao nosso despertar individual, como parte importante
de um despertar da humanidade.
OS SÍMBOLOS DO REIKI
Para os japoneses os símbolos não são a parte mais importante do reiki e sim
ferramentas auxiliares, assim como rodas adicionais de uma bicicleta, usadas
quando se está aprendendo a andar. Ao percebermos que é necessário existir um
equilíbrio, quem tem que haver uma sintonia perfeita entre o indivíduo e a própria
bicicleta, então pode-se retirar as rodas adicionais.
Embora pequenas mudanças em algumas das linhas dos símbolos possam criar
diferenças entre as diversas escolas de Reiki, os símbolos que os alunos receberam
do seu Mestre são, para eles, os símbolos certos, mesmo que eles sejam diferentes
dos que outros estejam usando. É possível, ainda, receber versões adicionais dos
símbolos de mestres diferentes e, contanto que a sintonização seja dada, ser capaz
de usar os diversos modos ensinados ao desenhá-los, obtendo os efeitos
desejados.
Podemos perceber que os símbolos Reiki de Usui não são exclusivos para o Reiki
de Usui. Segundo o sensei Hiroshi Dói, eles já existiam antes do Dr. Usui os utilizar.
Além disso, por serem japoneses, não é provável que ele os tenha descoberto em
um sutra sânscrito como alguns afirmavam e outros continuam afirmando. É muito
mais provável que o Dr. Usui tenha recebido os símbolos durante a sua experiência
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mística no Monte Kurama ou que ele tivesse um conhecimento prévio sobre eles a
partir dos zen budistas ou de outros grupos religiosos com os quais ele estudou.
Uma vez que os símbolos são japoneses e que o símbolo Mestre é oriundo do zen
budismo, talvez a origem dos símbolos tenha sido um sutra zen budista, em vez de
um sutra sânscrito.
1 – Yantra (símbolo)
2 – Kanji
3 – Mantra
A forma com que os japoneses trabalham com os símbolos é bem mais prática e
desmistificada, bem diferente a forma como encaramos e utilizamos símbolos do
reiki no ocidente.
A espiral é uma forma gráfica que tem uma forte representação no budismo mikkyo*
japonês, sistema que recebeu forte influência do tantra hindu. No que diz respeito à
componente gráfica sabe-se que as espirais têm uma forte representação dentro
deste ramo do Budismo Esotérico Japonês, escola de onde provavelmente o Sensei
Usui teria recebido influência para criação do yantra do símbolo do poder.
Já o kanji da palavra choku rei pode ser traduzido por ordem ou decreto imperial,
algo no sentido de imposição, não como algo obrigado, mas sim como um dever
que deve ser aceito, pois em outras palavras a voz do imperador é a voz de Deus.
O choku rei não é uma palavra secreta, inclusive dentro da religião tradicional do
Japão, o xintoísmo, a afirmação da palavra correspondente a choku ei é o Kanji nao
hi, que provêm do xintoísmo antigo (koshinto) e significa em direção ao espírito ou
espírito direto (puro). Normalmente é utilizado no xintoísmo como um comando. Por
exemplo: olhando para o céu e pronunciando o choku rei com a intenção que as
nuvens se dispersem. Os xintoístas usam essa expressão quando pretendem que
algo aconteça, por exemplo, quando colocam a chave na fechadura e a porta não
abre, dizem: choku rei abra a porta! Segundo os xintoístas essa palavra deve ser
dita com convicção como se fosse uma ordem.
1 - Escola da Plataforma Celestial (jap. Tendai) com base nos ensinamentos da escola T'ien-t'ai chinesa.
O monge japonês Saichô (ou Dengyô Daishi, “grande mestre da propagação buddhista", 767-822) foi
para a China e estudou os ensinamentos das escolas T'ien-t'ai, Hua-yen, Mi-tsung e Ch'an. Retornou ao
seu país em 805 e pouco tempo depois estabeleceu formalmente sua escola no Japão.
Esta é uma das técnicas tradicionais ensinadas pelo Sensei Usui, utilizada para
purificar a energia negativa de pequenos objetos. Jacki kiri joka-ho significa: método
para cortar ou neutralizar energia negativa. Sua origem remonta as artes marciais.
Para utilizar esta técnica basta se conectar com a energia do reiki, segurar o objeto
na mão não dominante, inspirar a energia do reiki, segurar o ar e fazer três cortes
em cima do objeto com a mão dominante, soltando o ar no último movimento.
Depois pode traçar o símbolo do poder e energizar o objeto por alguns segundos.
3 - Escola da palavra verdadeira fundada pelo monge japonês Kukai (ou Kôbô Daishi, grande mestre
da difusão do darma", 774- 835) que estudou na China na escola mi-tsung. Ao voltar ao Japão fundou
sua escola. 4 - Caminho de oito vias preconizado pelo Buda Histórico para se alcançar a iluminação
e a libertação (moksha). [1] Forma pela qual os Japoneses compreendem a ligação entre coração e
mente, como sendo unos.
Já segundo Frank A. Petter, na língua japonesa, a expressão hon sha ze sho nen
significa: apenas o que é verdadeiro é real. Já a última parte do kanji, o nen, que
por sinal teve um traço desmembrado do original, nas versões do ocidente, seu
significado é ainda mais profundo. Refere-se ao homem original, algo no sentido da
famosa citação bíblica "o homem imagem e semelhança de Deus".
Outro significado plausível vem do mestre de reiki japonês ligado a gakkai, o sensei
Hiroshi Dói, que propõe o seguinte significado: a consciência correta é a raiz para
tudo. Este significado lembra uma das principais virtudes do caminho óctuplo [4] do
Buda, a mente correta é uma das vias para iluminação. Além de ser o símbolo que
facilita a transmissão do reiki à distância, ele trabalha diretamente na nossa mente
consciente, tornando mente e coração um só (kokoro [5]).
4 – Caminho de oito vias preconizado pelo Buda Histórico para se alcançar a iluminação e a
libertação (moksha).
[5] Forma pela qual os Japoneses compreendem a ligação entre cor ação e mente, com o sendo
unos.
Dentro dos sistemas de reiki ocidentais, sua principal utilização é a cura à distância,
através da técnica da redução, do substituto e da técnica do caderno de reiki, que
serve para energizar metas e tratar várias pessoas ao mesmo tempo, colocando o
nome da pessoa enferma e da meta desejada. Algumas escolas ocidentais afirmam
que este símbolo também tem a capacidade de curar os laços kármicos, pois a
vibração do hon sha ze sho nen facilita o acesso aos registros akásticos [5].
5 - Akasha é um termo sânscrito que designa: a substância primordial, sobre a qual ficam registradas
todas as nossas experiências de todas as vidas.
Técnica do dedo: esta técnica é a mais simples. Utiliza o dedo como sendo o corpo
da pessoa, com os mesmos procedimentos das técnicas anteriores.
O Byosen é uma das técnicas do reiki que diferencia nitidamente o sistema japonês
do sistema ocidental de reiki. Segundo o sistema ocidental, o reiki é uma energia
inteligente que percorre o corpo enfermo em busca das áreas doentes do corpo.
Esta teoria tem seu fundo de verdade, mas vale ressaltar que não pode ser aplicada
de forma mais profunda, no que diz respeito a um tratamento de reiki, pois
dependendo do caso e do grau da enfermidade deve-se focar com mais atenção e
dedicação as zonas mais enfermas do corpo para que o tratamento alcance um
resultado mais satisfatório.
A ideia do byosen é que o corpo acumula toxinas sejam elas físicas, devido uma
alimentação desequilibrada, ou mesmo mentais e emocionais geradas por
pensamentos obsessivos e negativos como também por emoções reprimidas ou
mal resolvidas. As toxinas geralmente se acumulam nas regiões de articulações,
nos nós linfáticos e em volta de todos os grandes órgãos como: coração, pulmão,
intestino e principalmente na área dos rins e do fígado, pois estes estão ligados
diretamente na eliminação de toxinas.
Em alguns casos o byosen não deve ser considerado uma reação negativa do
corpo, como em pessoas muito doentes ou com doenças terminais, pois o fato de
sentirmos o byosen significa que o corpo está reagindo, ou seja, levando as toxinas
para fora dele. Isto demonstra que o corpo está se curando. Caso a pessoa esteja
muito doente e não sentirmos o byosen, significa que ela não está reagindo.
Segundo Frank Arjava Petter, existem 5 níveis que compreendem o byosen. Nestes
níveis podemos ter sensações variadas nas mãos.
Esta técnica parece ser a marca registrada do reiki tradicional japonês, pois a
intuição e o desenvolvimento do aluno são pré-requisitos para que avance no seu
treinamento de reiki. Este método é simples, mas muito eficaz. Seu principal
objetivo é encontrar as áreas problemáticas do corpo do cliente, em especial quando
se tem poucas informações a respeito da pessoa que será tratada.
Para utilizarmos o reiji-ho devemos primeiramente fazer uma breve meditação
gassho para serenar a mente e nos conectarmos com a energia do reiki. Após
gassho fazemos uma oração pedindo pela cura (física, mental, emocional e
espiritual) do nosso cliente. Depois elevamos nossas mãos na posição de gassho
até a altura da nossa fronte e tocamos com os dedos médios a região onde reside
a nossa intuição, chamada pelos indianos de terceira visão (ajna) e pedimos que a
energia do reiki guie as nossas mãos para as regiões mais necessitadas.
GYOSHI-HO
Gyoshi-ho significa: método do olhar fixo. Esta é uma técnica bastante utilizada
dentro do sistema tradicional japonês de reiki. E está descrita dentro do manual de
reiki escrito pelo sensei Usui (Usui Reiki Ryoho Hikkei).
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No meio popular conhecemos o mau olhado, famoso por sugar e desequilibrar a
energia da pessoa olhada. Já o Gyoshi-ho, é o que poderíamos chamar de bom
olhado, pois imbuído e envolvido pela harmonia, amor e compaixão do reiki,
equilibra e harmoniza aquele que recebe tal olhar. Para utilizarmos este método,
devemos primeiro nos conectarmos com a energia do reiki. Depois, fixamos o olhar
na pessoa ou na região intuída, de modo que os olhos fiquem relaxados e
desfocados, permitindo que a imagem venha até você. Em alguns casos é preferível
que focalize o olhar na região da fronte (Ajna) para evitar criar julgamentos e
imagens mentais. Os olhos devem ficar parados evitando o constante piscar, pois
várias atividades mentais estão ligadas ao piscar dos olhos. Através dos olhos
podemos enviar uma grande quantidade de energia, harmonizando nossos
semelhantes.
HATSUREI-HO
Hatsu significa gerar; rei significa energia universal e ho, método ou técnica. Esta
técnica é uma das mais completas do sistema reiki. Faz parte dos ensinamentos
originais do Dr. Usui. Sua origem remonta os exercícios de Chikung praticados pelo
Sensei Usui. Foi criada para ajudar o desenvolvimento espiritual e humano do
praticante, assim como para fortalecer a sua capacidade de transmitir o reiki. A
meditação Hatsurei-ho é considerada um dos pilares do reiki e ainda hoje é
praticada na Usui Reiki Ryoho Gakkai. Ela é composta por várias fases: