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Preparação para Concursos

Apostila 3 de Português
Morfologia - Verbos

Material organizado por:


Prof. Luiz Carlos Melo e equipe

1
Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.
Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
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Locução Verbal

1. (Ano: 2017/Banca: CESPE)

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto 7A1BBB, julgue o seguinte item.

Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a locução verbal ―foi
questionada‖ (ℓ.16) fosse substituída por havia sido questionada.
Certo
Errado

1. resposta errado

2.(Ano: 2017/Banca: CESPE)

2
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A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto CG2A1AAA seriam mantidos caso a


forma verbal ―tem ajudado‖ (l.22) fosse substituída por
a) vem ajudando.
b) ajudou.
c) ajudaria.
d) vinha ajudando.
e) pode ajudar.

2. resposta a

3. (Ano: 2017/Banca: FEPESE)


Texto associado
Fundamental é chegar ao essencial

―Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro para
lá e para cá, restringir imensamente meu tempo de convivência com as pessoas de que eu
gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar onde vão me oferecer apenas e tão
somente dinheiro?‖Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou muitas pessoas no
trajeto de ida ou de volta do trabalho.
Para alguns, a resposta a esse questionamento poderia vir de pronto: ―Porque sem dinheiro
não se vive‖. Sim, sem dinheiro não se vive, mas só com dinheiro não se vive. Há uma
mudança em curso no mundo do trabalho. As pessoas estão começando a fazer uma
distinção necessária entre o que é essencial e o que é fundamental.

3
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Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade,
amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao
essencial. Fundamental é o que lhe permite conquistar algo. Por exemplo, trabalho não é
essencial, é fundamental. Você não trabalha para trabalhar, você trabalha porque o trabalho
lhe permite atingir a amizade, a felicidade, a solidariedade. Dinheiro não é essencial, é
fundamental. Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial. O que eu
quero no meu trabalho é ter a minha obra reconhecida, me sentir importante no conjunto
daquela obra. Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas a questionar o
que, de fato, estão fazendo ali.
Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral. Nós estamos
substituindo paulatinamente a preocupação com os ―comos‖ por uma grande demanda em
relação aos ―porquês‖. O nosso modo de vida no Ocidente está em crise e algumas
questões relevantes vêm à tona: a compreensão sobre a nossa importância, o nosso lugar
na vida, o que vale e o que não vale, qual é o próprio sentido da existência. Afinal de
contas, a ciência nos prometera há cem anos que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre
haveria para a família, para o lazer, para a amorosidade.
Ora, durante os últimos cinquenta anos se trabalhou em busca de um lugar no mundo do
fundamental: a propriedade, o consumo. Isso não satisfaz a nossa necessidade de
reconhecimento, de valorização. Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental,
que leva as pessoas a ficarem absolutamente incomodadas: ―Por que eu estou fazendo
isso?‖ E a nossa lista dos ―porquês‖ foi sendo substituída pela lista dos ―apesar de‖: ―Apesar
do salário...‖, ―Apesar das pessoas...‖, ―Apesar desse ambiente, eu faço‖. É muito diferente
de se ter razões para fazer. Quando há a razão de um lado, o senão de outro, e a balança
começa a pesar para a senão, indagamos: ―Qual a qualidade da minha vida?‖
CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e
ética. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 63-65. [Adaptado]
Leia as afirmativas abaixo, considerando-as em relação ao texto.

1. A palavra sublinhada em ―Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou...‖ (primeiro


parágrafo) e ―Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as
pessoas... (5°parágrafo) está funcionando como pronome relativo nos dois casos.
2. Em ―Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial.‖ (3° parágrafo) e
―Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral.‖ (4° parágrafo),
a conjunção ―mas‖ é usada, em ambos os casos, para invalidar o conteúdo exposto na
oração que precede o referido conector e introduzir um argumento contrário.
3. A locução verbal sublinhada em ―Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas
pessoas...‖ (terceiro parágrafo) poderia ser substituída por tem levado, sem prejuízo no
significado e sem ferir a norma culta da língua escrita.
4. Em ―a ciência nos prometera‖ (4° parágrafo), a forma verbal sublinhada poderia ser
substituída por ―tinha prometido‖ sem prejuízo no significado temporal e sem ferir a norma
culta da língua escrita.
5. Em ―Há uma mudança em curso‖ (2° parágrafo) e ―há cem anos‖ (4° parágrafo), o verbo
haver é impessoal e tem significado existencial.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.


a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.

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b) São corretas apenas as afirmativas 3 e 5.


c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.

3. resposta d

4. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Oh! Minas Gerais

O irresistível sotaque dos mineiros me encanta.

Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano. Pra
rever meus parentes, meus amigos, pra não perder o sotaque.
Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, quando
abandonei Belo Horizonte pra ir morar a mais de dez mil quilômetros de lá.
Senti isso quando, outro dia, pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na
lanchonete comer um pão de queijo que, fora de brincadeira, é mesmo o mais gostoso do
mundo.
- Cê qué qui eu isquento um tiquinho procê?
Foi assim que a mocinha me recebeu, quase de braços abertos, como se fosse uma
amiga íntima de longo tempo.
Sei não, mas eu acho que o sotaque mineiro aumentou – e muito – desde que parti.
Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo
Horizonte de cidade. O trólebus subia a Rua da Bahia, as pessoas tomavam Guarapan,
andavam de Opala, ouviam Fagner cantando Manera Fru Fru, Manera, chamavam acidente
de trombada e a polícia de Radio Patrulha.
Como pode, meu filho mais velho, que nasceu tão longe de Beagá, e, que hoje mora lá,
me ligar e perguntar:
- E ai pai, tudo jóia, tudo massa?
A repórter Helena de Grammont, quando ainda trabalhava no Show da Vida, voltou
encantada de lá e veio logo me perguntar se o sotaque mineiro era mesmo assim ou se
estavam brincando com ela. Helena estava no carro da Globo, procurando um endereço
perto de Belo Horizonte, quando perguntou para um guarda de trânsito se ele poderia
ajudá-la. A resposta veio de imediato.
- Cê ségui essa istrada toda vida e quando acabá o piche, cê quebra pra lá e continua
siguino toda vida!
Já virou folclore esse negócio de mineiro engolir parte das palavras. Debaixo da cama é
badacama, conforme for é confórfô, quilo de carne é kidicarne, muito magro é magrilin, atrás
da porta é trádaporta, ponto de ônibus é pôndions, litro de leite é lidileiti, massa de tomate é
mastumati e tira isso daí é tirisdaí.
Isso é verdade. Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas Gerais e voltou com
essa: Lá deve ser muito mais fácil aprender o português porque as palavras são muito mais
curtas.

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Mineiro quando para num sinal de trânsito, se está vermelho, ele pensa: Péra. Se pisca
o amarelo: Prestenção. Quando vem o verde: Podií.
Mas não é só esse sotaque delicioso que o mineiro carrega dentro dele. Carrega
também um jeitinho de ser.
A Gabi, amiga nossa mineira, que mora em São Paulo há anos, toda vez que vem, aqui
em casa, chega com um balaio de casos de Minas Gerais.
Da última vez que foi a Minas, ela viu na mesa de café da tia Teresa uma capinha de
crochê, cobrindo a embalagem do adoçante. Achou aquilo uma graça e comentou com a tia
prendada. Pra quê? Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a
marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou
tanto. Chega a ligar interurbano pra São Paulo:
- Num isquéci de mi falá a marca do seu adoçante não, preu fazê a capinha de crocrê
procê...
Coisa de mineiro.
Bastou ela contar essa história que a Catia, outra amiga mineira – e praticante – que
estava aqui em casa também, contar a história de um doce de banana divino que comeu na
casa da mãe, dona Ita, a última vez que foi lá. Depois de todos elogiarem aquele doce que
merecia ser comido de joelhos, ela revelou o segredo:
- Cês criditam que eu vi um cacho de banana madurin, bonzin ainda, no lixo do vizinho,
e pensei: Genti, num podêmo dispidiçá não!
Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, o jeito mineiro de ser
me encanta e cada vez mais.
Quer saber o que é ser mineiro? No final dos anos 80, quando o meu primeiro
casamento se acabou, minha mãe, que era uma mineira cem por cento, queria saber se eu
já ―tinha outra‖, como se diz lá em Minas Gerais. Um dia, cedo ainda, ela me telefonou e, ao
invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor, usou seu modo bem
mineiro de ser:
- Eu tava pensâno em comprá um jogo de cama procê, mas tô aqui sem sabê. Sua
cama nova é di casal ou di soltero?
ADAPTADO. VILLAS, Alberto. Oh! Minas Gerais. In: Carta Capital. Publicado em 10 fev.
2017. Disponível em https://www.cartacapital.com. br/cultura/oh-minas-gerais.

Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


I. No excerto ―Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o
centro de Belo Horizonte de cidade [...]‖, a oração destacada possui sujeito indeterminado.
II. No fragmento ―Quando vem o verde: Podií‖, o termo destacado é equivalente à locução
verbal ―Pode ir‖.
III. Em ―Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do
adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto.‖, a
palavra destacada exerce a função de adjunto adverbial.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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4. resposta d

5. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Oh! Minas Gerais

O irresistível sotaque dos mineiros me encanta.

Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano. Pra
rever meus parentes, meus amigos, pra não perder o sotaque.
Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, quando
abandonei Belo Horizonte pra ir morar a mais de dez mil quilômetros de lá.
Senti isso quando, outro dia, pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na
lanchonete comer um pão de queijo que, fora de brincadeira, é mesmo o mais gostoso do
mundo.
- Cê qué qui eu isquento um tiquinho procê?
Foi assim que a mocinha me recebeu, quase de braços abertos, como se fosse uma
amiga íntima de longo tempo.
Sei não, mas eu acho que o sotaque mineiro aumentou – e muito – desde que parti.
Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo
Horizonte de cidade. O trólebus subia a Rua da Bahia, as pessoas tomavam Guarapan,
andavam de Opala, ouviam Fagner cantando Manera Fru Fru, Manera, chamavam acidente
de trombada e a polícia de Radio Patrulha.
Como pode, meu filho mais velho, que nasceu tão longe de Beagá, e, que hoje mora lá,
me ligar e perguntar:
- E ai pai, tudo jóia, tudo massa?
A repórter Helena de Grammont, quando ainda trabalhava no Show da Vida, voltou
encantada de lá e veio logo me perguntar se o sotaque mineiro era mesmo assim ou se
estavam brincando com ela. Helena estava no carro da Globo, procurando um endereço
perto de Belo Horizonte, quando perguntou para um guarda de trânsito se ele poderia
ajudá-la. A resposta veio de imediato.
- Cê ségui essa istrada toda vida e quando acabá o piche, cê quebra pra lá e continua
siguino toda vida!
Já virou folclore esse negócio de mineiro engolir parte das palavras. Debaixo da cama é
badacama, conforme for é confórfô, quilo de carne é kidicarne, muito magro é magrilin, atrás
da porta é trádaporta, ponto de ônibus é pôndions, litro de leite é lidileiti, massa de tomate é
mastumati e tira isso daí é tirisdaí.
Isso é verdade. Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas Gerais e voltou com
essa: Lá deve ser muito mais fácil aprender o português porque as palavras são muito mais
curtas.
Mineiro quando para num sinal de trânsito, se está vermelho, ele pensa: Péra. Se pisca
o amarelo: Prestenção. Quando vem o verde: Podií.
Mas não é só esse sotaque delicioso que o mineiro carrega dentro dele. Carrega
também um jeitinho de ser.
A Gabi, amiga nossa mineira, que mora em São Paulo há anos, toda vez que vem, aqui
em casa, chega com um balaio de casos de Minas Gerais.

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Da última vez que foi a Minas, ela viu na mesa de café da tia Teresa uma capinha de
crochê, cobrindo a embalagem do adoçante. Achou aquilo uma graça e comentou com a tia
prendada. Pra quê? Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a
marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou
tanto. Chega a ligar interurbano pra São Paulo:
- Num isquéci de mi falá a marca do seu adoçante não, preu fazê a capinha de crocrê
procê...
Coisa de mineiro.
Bastou ela contar essa história que a Catia, outra amiga mineira – e praticante – que
estava aqui em casa também, contar a história de um doce de banana divino que comeu na
casa da mãe, dona Ita, a última vez que foi lá. Depois de todos elogiarem aquele doce que
merecia ser comido de joelhos, ela revelou o segredo:
- Cês criditam que eu vi um cacho de banana madurin, bonzin ainda, no lixo do vizinho,
e pensei: Genti, num podêmo dispidiçá não!
Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, o jeito mineiro de ser
me encanta e cada vez mais.
Quer saber o que é ser mineiro? No final dos anos 80, quando o meu primeiro
casamento se acabou, minha mãe, que era uma mineira cem por cento, queria saber se eu
já ―tinha outra‖, como se diz lá em Minas Gerais. Um dia, cedo ainda, ela me telefonou e, ao
invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor, usou seu modo bem
mineiro de ser:
- Eu tava pensâno em comprá um jogo de cama procê, mas tô aqui sem sabê. Sua
cama nova é di casal ou di soltero?

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Assinale a alternativa na qual o verbo dentro dos parênteses substitui a locução verbal
destacada, preservando-se o sentido e a norma gramatical.
a) ―Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos [...]‖ (perderia).
b) ‗[...] ele poderia ajudá-la.‖ (ajudasse).
c) ―Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, [...]‖ (deixar).
d) ―[...] o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela [...]‖
(brincaram).
e) ―Lá deve ser muito mais fácil aprender o português [...]‖ (seria).

5. resposta c

6. (Ano: 2017/Banca: COSEAC)


Texto associado
Texto

A IMAGEM NO ESPELHO

Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver.
Justificava-se:

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– Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer
muita coisa e mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão mais fiéis e terão a graça
das coisas verdes.
O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele se
esforçasse por viver o contado, não recuando nem diante de coisas desabonadoras. Mas os
fatos nem sempre correspondiam ao texto e, para ser franco, direi que muitas vezes o
contradiziam.
Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as
contrariava. Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou imaginara)
devesse ser a sua vida. Ele não tinha fantasiado coisa alguma. Pusera no papel o que lhe
parecia próprio de acontecer. Se não tinha acontecido, era certamente traição da vida, não
dele.
Em paz com a consciência, ignorou a versão do real, oposta ao real prefigurado. Seu
livro foi adotado nos colégios, e todos reconheceram que aquele era o único livro de
memórias totalmente verdadeiro. Os espelhos não mentem.
(ANDRADE, C. D. de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1981, p. 23.)

A locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial em:


a) ―Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer muita
coisa e mentir demais‖.
b) ―Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver‖.
c) ―O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele se
esforçasse por viver o contado‖.
d) ―Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as
contrariava‖.
e) ―Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou imaginara) devesse ser
a sua vida‖.

6. resposta b

7. (Ano: 2017/Banca: NUCEPE)


Texto associado
Terra em transe

Fevereiro mal havia começado quando a cúpula da segurança do Espírito Santo captou
os primeiros rumores de que policiais militares do estado estavam armando paralisação. O
movimento não chegou a preocupar. Embora a PM estivesse claramente insatisfeita com
seu salário, apostava-se no máximo em atos isolados, aqui e ali, sem grande repercussão.
Num erro dramático, ninguém se mexeu para marcar uma reunião, iniciar uma negociação,
ouvir e apresentar propostas. Na sexta-feira 3, a tropa começou a evaporar das ruas. No dia
seguinte, Vitória era uma cidade à mercê de bandidos, saqueadores assaltantes e gangues
em guerra – e cidadãos de bem estavam subitamente sendo transformados em feras do
crime. (...). Os policiais continuavam nos quartéis. Poucas vezes na história do país
tamanho pandemônio tomou conta de uma região metropolitana.
(...)

9
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Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

(Revista Veja. Editora Abril. Edição 2517 – ano 50 – nº 7, 15 de fevereiro de 2017. Por
Luisa Bustamante, Maria Clara Vieira e Thiago Prado, p. 62).

Assinalar a opção que apresenta uma perífrase verbal ou locução verbal que, de acordo
com a norma padrão da Língua Portuguesa, também pode ser considerado um tempo
composto.
a) ... e cidadãos de bem estavam subitamente sendo transformados em feras do crime.
b) ... a tropa começou a evaporar das ruas.
c) Fevereiro mal havia começado quando a cúpula da segurança ...
d) ... de que policiais militares do estado estavam armando paralisação.
e) O movimento não chegou a preocupar.

7. resposta c

8. (Ano: 2017/Banca: CESPE)

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Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
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No texto CB1A1BBB, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida pela


a) forma verbal ―implicam‖ (l.5).
b) locução ―vem ganhando‖ (l.11).
c) forma verbal ―garantir‖ (l.12).
d) locução ―pode perdurar‖ (l.15).
e) forma verbal ―reunir‖ (l.2).

8. resposta b

9. (Ano: 2017/Banca: IBGP)


Texto associado

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Assinale a alternativa que contém uma locução verbal extraída do cartum.


a) Não terão.
b) Como andar.
c) Vai chegar.
d) Todos terão.

9. resposta c

10. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava.
[...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao
longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para
baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei
tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar,
necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes
do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês,
metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que
sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que
já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem
dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...

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Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De
quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o ―Contraponto‖ e leio sempre).
[...]
Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de
grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem
diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa.
Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não
conheço chutador mais fno.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São
Paulo: Ática, 1996)
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na
Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e
vontade de revolução.

A locução verbal ―venho afinando‖, presente no primeiro período do texto, constrói um


sentido de ação:
a) passada e concluída.
b) que ainda será realizada.
c) pontual e ocorrida no presente.
d) com ideia de continuidade.
e) passada que não mais se realiza.

10. resposta d

11. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava.
[...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao
longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para
baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei
tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar,
necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes
do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês,
metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou
e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já
me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem
dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.

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Como se isso estivesse me interessando...


Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando
em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o ―Contraponto‖ e leio sempre). [...]
Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de
grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem
diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa.
Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não
conheço chutador mais fino.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São
Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário: Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de
ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na
Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e
vontade de revolução.

A locução verbal ―venho afinando‖, presente no primeiro período do texto, constrói um


sentido de ação:
a) passada e concluída.
b) que ainda será realizada.
c) pontual e ocorrida no presente.
d) com ideia de continuidade.
e) passada que não mais se realiza.

11. resposta d

12. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava.
[...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao
longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para
baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei
tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar,
necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes
do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês,
metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou
e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já

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me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem


dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando
em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o ―Contraponto‖ e leio sempre). [...] Dia
desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau
no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem
diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa.
Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não
conheço chutador mais fino.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São
Paulo: Ática, 1996)
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na
Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e
vontade de revolução.

A locução verbal ―venho afinando‖, presente no primeiro período do texto, constrói um


sentido de ação:
a) passada e concluída.
b) que ainda será realizada.
c) pontual e ocorrida no presente.
d) com ideia de continuidade.
e) passada que não mais se realiza.

12. resposta d

13. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
―OS DESAFIOS DA VIDA EM SOCIEDADE‖.
Crônica do Major Irlando.
O instinto gregário naturalmente nos impulsiona a viver em grupo. Ninguém há que consiga
viver tal qual um ermitão, um eremita, insulado de tudo e de todos. Afinal, precisamos uns
dos outros! Mas… como viver em grupo sem conflitos?
A vida em sociedade impõe condutas que vão desde o respeito ao próximo, até o
cumprimento de todas as regras e normas que nos são apresentadas, como forma de
fruirmos uma convivência pacífica e harmoniosa. Desta forma, não cabem atitudes
individualistas, egoísticas, as quais apenas atendem aos anseios próprios. Assim, a vontade
individual jamais poderá se sobrepujar à coletiva. Infelizmente, nem todos são dotados
desse nível de entendimento e consciência, e disso resultam os problemas, as intrigas, os
conflitos, enfim.
A grande maioria de nós ainda precisa de polícia, a fim de fiscalizar as nossas atitudes. A
sós, tendemos a infringir, a violar! Obviamente, não podemos generalizar, mas o nosso

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nível evolutivo ainda não está suficientemente avançado de modo a possibilitar-nos


condutas retas, probas e dignas, em todos os aspectos.
Como o nosso orbe está sempre apresentando uma densidade demográfica exorbitante,
pois atualmente já somamos mais de sete bilhões de seres humanos, urge a necessidade
de uma mudança de atitude comportamental, de todos nós, a qual nos levará a uma
convivência agradável, minimizando os inúmeros conflitos sociais.
Sócrates (370 a. C.), o eminente filósofo grego, já nos convidava à viagem interior, através
da qual analisaríamos não os fatores externos que permeiam nossas vidas, mas a nossa
essência espiritual, possibilitando o descobrimento das nossas mazelas morais para as
trabalharmos, num eterno processo de burilamento do nosso caráter, da nossa
personalidade. Diante do Oráculo de Delfos, o referido filósofo se deparou com uma frase
inquietadora: ―Homem, conhece-te a ti mesmo!‖ Isso nos levaria a essa autoanálise, ao
autodescobrimento para, a partir daí, buscarmos seguir o valioso ensinamento de Santo
Agostinho: sermos hoje melhores do que fomos ontem, e amanhã melhores do que estamos
sendo hoje!
Sabemos que qualquer mudança no campo social se dá a longo prazo, porque envolve
hábitos e costumes, os quais, via de regra, necessitam de tempo para serem alterados.
Contudo, que possamos encetar os primeiros passos, buscando fazer a nossa parte,
acreditando que estaremos semeando não para nós, mas, quiçá, para nossos
descendentes, a fim de contribuirmos para um mundo melhor.
Texto adaptado. Fonte: http://macaubasonoff.com.br/os-desafios-davida-em-sociedade-
cronica-do-major-irlando/

Em relação ao excerto ―Contudo, que possamos encetar os primeiros passos, buscando


fazer a nossa parte, acreditando que estaremos semeando não para nós, mas, quiçá, para
nossos descendentes, a fim de contribuirmos para um mundo melhor.‖, assinale a
alternativa correta.
a) Todo o excerto indica hipótese, pois todos os verbos se encontram conjugados no modo
subjuntivo.
b) Todo o excerto indica uma situação hipotética. Isso é possível verificar tendo em vista as
formas verbais que, em alguns casos, apesar de estarem conjugadas no tempo presente,
indicam futuro.
c) ―Possamos encetar‖; ―buscando fazer‖ e ―estaremos semeando‖ são locuções verbais em
que um dos verbos é o auxiliar conjugado, e o outro verbo está em sua forma nominal.
d) O verbo ―contribuirmos‖ é um infinitivo conjugado, portanto, denominado infinitivo
impessoal.
e) Como a maioria dos verbos encontram-se em sua forma nominal impessoal, é impossível
identificar um sujeito nesse excerto

13. resposta b

14. (Ano: 2016/Banca: CRO - SC)


Texto associado

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

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Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.


MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de
mergulhos nos anéis do planeta
Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em:
http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nos-
aneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016.

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta
quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da
sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o
que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as
regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência
espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a
sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão.
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e
campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou
mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno,
mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de
lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua
Enceladus.
Para o que a Nasa está chamando de ―Grand finale‖, a sonda vai realizar diversos
rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais
internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e
pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua
idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de
Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão,
Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das
nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de
estudar os campos gravitacional e magnético.
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o
impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida.
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque
Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré-bióticas. Para
evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as
contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o
descarte seguro da espaçonave em Saturno‖, afirma a Nasa no site da missão.
Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto.

I. As aspas em ―Grand finale‖ indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o


sentido literal das palavras.
II. Da mesma forma que o plural da palavra ―anel‖ é ―anéis‖, tal como empregada nesse
parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel.
III. A palavra ―essa‖, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e
refere-se, no parágrafo, ao termo ―observação mais próxima e detalhada dessa região‖.

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IV. A forma verbal ―vai realizar‖, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica
tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por ―realizará‖.

Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.


a) Apenas III e IV estão corretas.
b) Apenas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.

14. resposta a

15. (Ano: 2016/Banca: CRO - SC)


Texto associado

MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO


Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de
mergulhos nos anéis do planeta

Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em:


http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso
em 03 dez 2016.

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta
quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da
sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o
que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as
regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência
espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a
sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão.
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e
campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou
mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno,
mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de
lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua
Enceladus.
Para o que a Nasa está chamando de ―Grand finale‖, a sonda vai realizar diversos rasantes
entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos
do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende
sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As
manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno,
como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini
será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens
que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os
campos gravitacional e magnético.
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o
impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida.

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Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque


Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para
evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as
contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o
descarte seguro da espaçonave em Saturno‖, afirma a Nasa no site da missão.
Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto.

I. As aspas em ―Grand finale‖ indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o


sentido literal das palavras.
II. Da mesma forma que o plural da palavra ―anel‖ é ―anéis‖, tal como empregada nesse
parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel.
III. A palavra ―essa‖, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e
refere-se, no parágrafo, ao termo ―observação mais próxima e detalhada dessa região‖.
IV. A forma verbal ―vai realizar‖, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica
tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por ―realizará‖.
Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.
a) Apenas II e III estão corretas.
b) Apenas III e IV estão corretas.
c) Apenas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas I e III estão corretas.

15. resposta b

16. (Ano: 2016/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Tomar remédio é fácil; difícil é tomar rumo
Remédios antidepressivos nem sempre funcionam. Sua eficácia pode depender de quão
estressado você está.
Daniel Martins de Barros
A depressão caminha para se tornar uma das principais doenças da humanidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde ela afeta 350 milhões de pessoas, e daqui
quatro anos se tornará a principal causa de incapacidade no mundo. Parte desse aumento
se deve ao melhor esclarecimento das pessoas e à maior taxa de diagnósticos, mas não é
só isso. O suicídio também aumenta mundo afora, indicando que há crescimento real no
número de casos. A pergunta principal é: por quê?
Como todos os transtornos mentais, a depressão não tem uma causa só, bem definida.
Sua origem é ―multifatorial‖, ou seja, múltiplos fatores contribuem para que ela surja. E um
dos personagens mais cotados para vilão principal no aumento dos casos é o estresse. Ele
não é um problema exclusivo do nosso tempo, sempre existiu, mas hoje em dia, onde quer
que procuremos, vamos achar fontes de estresse. Seja vinda do trabalho onde se exige
sempre mais; seja do meio cultural, com o fluxo de informação ininterrupto sobrecarregando
nossos cérebros; do ambiente doméstico, com relações e papeis sendo redefinidos,
gerando insegurança; ou mesmo do simples fato de o mundo passar por uma urbanização
crescente, levando para mais gente o bônus, mas também o ônus de se viver em cidades.
Uma das maneiras de o estresse levar à depressão é por estimular a resposta inflamatória
geral do nosso organismo, desgastando-o lentamente.

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O pior é que esse estresse todo pode não só estar causando, mas também perpetuando
a depressão. Um estudo acaba de ser publicado investigando porque os antidepressivos
funcionam, mas não para todo mundo. Sabendo desse papel da resposta inflamatória na
origem da depressão os cientistas estressaram um grupo de ratos, levando-os a ter
alterações comportamentais semelhantes às que ocorrem nos deprimidos. Passaram então
a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente
estressante original e metade num ambiente tranquilo. Resultado? Não só o comportamento
desses últimos melhorou mais do que nos outros, como também os parâmetros biológicos
de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação
aumentou.
Os pesquisadores concluíram algo difícil de discordar: não adianta muito tomar remédio
se nós não atuarmos também no ambiente. O que faz todo sentido: se a origem da
depressão não é só química, apenas medicamentos dificilmente bastarão para curá-la.
E como se combate o estresse se ele vem de todos os lados? Pode ser difícil, mas não é
impossível. Cuidando bem do sono, por exemplo: a maioria das pessoas que dorme menos
do que gostaria tem falta de sono por sua própria culpa, por ficar na TV ou celular por mais
tempo do que deveria. E o sedentarismo, então? Não é preciso ter dinheiro para personal
trainer: meia hora de caminhada na rua, dia sim, dia não, já combate os sintomas do
estresse. Isso para não falar de alimentação – dietas ricas em carboidratos simples (açúcar
e farinha) contribuem para também ativar o estado inflamatório do organismo, enquanto
dietas saudáveis fazem o oposto.
Talvez você não possa mudar de chefe, de cidade ou de família. Mas com certeza
poderia mudar de vida. Só que, como sempre digo, tomar remédio é fácil. O difícil é tomar
rumo.
Texto adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/tomar-
remedio-e-facil-dificil-e-tomar-rumo/

Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta.


a) No excerto ―Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina,
mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo‖, as
palavras em destaque são formadas a partir de um processo de composição, por meio do
qual se anexam dois radicais distintos para formar uma nova palavra.
b) No excerto ―Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina,
mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo‖, o
termo destacado se constitui de um verbo e um pronome em posição enclítica, sendo que o
pronome tem função referencial anafórica e retoma a palavra ―cientistas‖, expressa
anteriormente no texto.
c) No excerto ―Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os
antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo‖, o ―que‖ desempenha a função de
sujeito e a expressão ―acaba de ser‖ trata-se de uma locução verbal.
d) No excerto ―Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que o dos outros,
como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos
pobres ratos estressados a inflamação aumentou‖, ambos os verbos destacados possuem o
mesmo sujeito.
e) No excerto ―Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os
antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo‖, o ―que‖ funciona como conjunção

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integrante ligando os termos da oração, o verbo ―acaba‖ funciona como verbo de ligação e a
expressão ―de ser publicado‖ funciona como predicativo do sujeito.

16. resposta c

17. (Ano: 2016/Banca: PR-4 UFRJ)


Texto associado

―A mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada.‖

A frase, capaz de provocar calafrios, é alvo de concordância de um em cada três


brasileiros, segundo pesquisa Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública. Mesmo entre as mulheres, 30% concordam com esse raciocínio, que culpa a vítima
pela violência sexual sofrida.
No Brasil, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos, conforme registros oficiais.
Estimativas apontam, no entanto, que apenas 10% dessas agressões sexuais são
registradas, o que sugere uma cifra oculta de até 500 mil estupros anuais. O levantamento
mostrou também que a porcentagem de concordância com a frase é a mesma entre
homens e mulheres: 30%.
A percepção de que a mulher que usa ―roupas provocativas‖ é culpada caso sofra um
estupro é maior entre pessoas que têm apenas o ensino fundamental (41%), moradores de
cidades de até 50 mil habitantes (37%) e pessoas acima dos 60 anos (44%). Essa
convicção tem menos apelo entre os que possuem ensino superior (16%) e têm até 34 anos
(23%).
Outra frase apresentada aos entrevistados foi ―mulheres que se dão ao respeito não são
estupradas‖, com a qual 37% dos entrevistados concordaram. Nesse caso, o índice foi
maior entre os homens (42%) do que entre as mulheres (32%).‖
Adaptado de http://noticias.uol.com.br/cotidiano/
ultimas-noticias/2016/09/21/um-em-cada-3-brasileiros-
-concorda-que-mulher-tem-culpa-por-estupro-diz-pesquisa.
htm#comentarios

As aspas são um sinal de pontuação, cuja principal finalidade é destacar alguma parte de
um texto, distinguindo-a do restante, com propósitos definidos. São sinais simples que
podem expressar sentidos complexos.
Considerada a íntegra do TEXTO 5, é correto afirmar que as aspas utilizadas na expressão
―roupas provocativas‖, no início do terceiro parágrafo servem para destacar que:

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a) 1. a substantivação, por meio do termo ―provocativas‖ está, originalmente, na frase


apresentada aos entrevistados durante a pesquisa e 2. que aceitar a relação de causa-
consequência de fato existente entre o significado relativo da expressão ―roupas
provocativas‖ e a culpa pelos casos de estupro, apontada por um terço dos pesquisados, é
inquestionável.
b) 1. a pronominalização, por meio do termo ―provocativas‖, está, originalmente, na frase
apresentada aos entrevistados durante a pesquisa e 2. que é válido aceitar a relação de
causa-consequência, de fato existente, entre o significado relativo da expressão ―roupas
provocativas‖ e a culpa pelos casos de estupro, uma vez que foi apontada por um terço dos
pesquisados.
c) 1. a adjetivação, por meio do termo ―provocativas‖, está, originalmente, na frase
apresentada aos entrevistados durante a pesquisa e 2. que é questionável aceitar a
validade de uma relação de causa-consequência entre o significado relativo da expressão
―roupas provocativas‖ e a culpa pelos casos de estupro, como apontada por um terço dos
pesquisados.
d) 1. a locução verbal ―roupas provocativas‖, está, originalmente, na frase apresentada aos
entrevistados durante a pesquisa e 2. que aceitar a validade de uma relação de causa-
consequência entre o significado relativo da expressão ―roupas provocativas‖ e a culpa
pelos casos de estupro, como apontada por um terço dos pesquisados, é questionável.
e) 1. a locução adjetiva ―provocativas‖, está, originalmente, na frase apresentada aos
entrevistados durante a pesquisa e 2. que aceitar a validade de uma relação de causa-
consequência entre o significado relativo da expressão ―roupas provocativas‖ e a culpa
pelos casos de estupro, como apontada por um terço dos pesquisados, é questionável.

17. resposta c

18. (Ano: 2016/Banca: FUNCAB)


Texto associado
Texto para responder à questão.

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa


asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a
leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na
Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do
psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-
Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é
responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes,
obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na
execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc.
Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos.
Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de
quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e

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sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a
conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com
ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o
lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico
do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos,
tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da
pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.
Considere-se o seguinte período:
Mas, por outro lado, é na maneira como o delito FOI PRATICADO que SE ENCONTRAM
características 100% seguras da mente de quem o praticou, A EVIDENCIAR fatos, tal qual
a imagem fotográfica REVELA-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em
que FOI REGISTRADA.

Feitos eventuais ajustes indispensáveis, a substituição da forma verbal (em destaque) que
altera fundamentalmente o sentido do enunciado está registrada em:
a) foi registrada / se registrou.
b) se encontram / são encontradas.
c) a evidenciar / evidenciando.
d) foi praticado / praticou-se.
e) revela / tem revelado.

18. resposta e

19. (Ano: 2016/Banca: FUNCAB)


Texto associado
Texto para responder à questão.

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa


asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a
leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na
Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do
psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-
Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é
responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes,
obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na
execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc.

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Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos.
Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de
quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e
sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a
conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com
ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o
lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico
do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos,
tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da
pessoa que as fez.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

Ao substituir-se ―um fato‖ por ―fatos‖, em: ―existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense
que é 100% de certeza‖, preserva-se a norma de concordância verbal com a seguinte
construção modalizadora:
a) devem haver fatos.
b) deve existir fatos.
c) deve haverem fatos.
d) devem existirem fatos.
e) deve haver fatos.

19. resposta e

20. (Ano: 2016/Banca: CS-UFG)


Texto associado
Verbo ser
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer? vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um
jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome,
corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É
triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não
vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. p.
573.

No segmento ―vivem perguntando em redor‖, o uso da locução verbal


a) refere-se ao enunciador do texto.
b) indica a eventualidade da ação.
c) apresenta o resultado do processo verbal.

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d) indica a indeterminação do sujeito da ação.

20. resposta d

21. (Ano: 2016/Banca: Quadrix)


Texto associado

Sobre o último quadrinho, assinale a afirmação correta.


a) O uso do sinal indicativo de crase em ―à noite‖ está equivocado.
b) A palavra ―promoção‖, no contexto em que aparece, significa ―redução de preços‖
c) A forma verbal ―possa‖ está no futuro do pretérito do modo indicativo.
d) A interrogativa que inicia a fala faz imaginar que o interlocutor do funcionário do depósito
tenha pedido uma sugestão a ele.
e) A forma verbal ―recebendo‖ participa de uma locução verbal cujo verbo auxiliar é ―estar‖.

21. resposta d

22. (Ano: 2016/Banca: CESPE)


Texto associado

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Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto CG1A1CCC caso a forma


verbal ―entrara‖ (l.6) fosse substituída por
a) entrava.
b) haveria entrado.
c) tinha entrado.
d) há de entrar.
e) entraria.

22. resposta c

23. (Ano: 2016/Banca: MPE-RS)


Texto associado

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Considere as seguintes propostas de alteração dos tempos verbais do texto.


I. Alteração de se sentia (l.02) por estava se sentindo.
II. Alteração de esquecera-os (l.07) por esqueceu os.
III. Alteração de tinha perdido (l.35) por perdera.

Quais alterações estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

23. resposta c

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24. (Ano: 2016/Banca: AMEOSC)


Texto associado

Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a alternativa incorreta:


a) A partícula ―onde‖ (linha 22) é classificado como um pronome relativo e exerce a função
sintática de adjunto adverbial.
b) Na expressão ―já se via‖ (linha 14) há um erro de concordância verbal, devendo o verbo
ser substituído por ―viam‖ para sua correção.
c) A forma verbal ―há‖ (linha 8) poderia ser corretamente substituída por ―faz‖,
permanecendo impessoal.
d) A locução verbal ―tenha contribuído‖ (linha 2) poderia ser corretamente substituída por
―contribuíra‖, sem alteração de sentido.

24. resposta d

25. (Ano: 2016/Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ)


Texto associado
O surpreendente ―sucesso‖ dos sobreviventes
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Muitos anos após o Holocausto, o governo israelense realizou um extenso levantamento


para determinar quantos sobreviventes ainda estavam vivos. O estudo, de 1977, concluiu
que entre 834 mil e 960 mil sobreviventes ainda viviam em todo o mundo. O maior número –
entre 360 mil e 380 mil – residia em Israel. Entre 140 mil e 160 mil viviam nos Estados
Unidos; entre 184 mil e 220 mil estavam espalhados pela antiga União Soviética; e entre
130 mil e 180 mil estavam dispersos pela Europa. Como foi que esses homens e mulheres
lidaram com a vida após o genocídio? De acordo com a crença popular, muitos sofriam da
chamada Síndrome do Sobrevivente ao Campo de Concentração. Ficaram terrivelmente
traumatizados e sofriam de sérios problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.
Em 1992, um sociólogo nova-iorquino chamado William Helmreich virou essa crença
popular de cabeça para baixo. Professor da Universidade da Cidade de Nova York,
Helmreich viajou pelos Estados Unidos de avião e automóvel para estudar 170
sobreviventes. Esperava encontrar homens e mulheres com depressão, ansiedade e medo
crônicos. Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas
novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria. Por exemplo, apesar de
não terem educação superior, os sobreviventes saíram-se muito bem financeiramente. Em
torno de 34 por cento informaram ganhar mais de 50 mil dólares anualmente. Os fatores-
chave, concluiu Helmreich, foram ―trabalho duro e determinação, habilidade e inteligência,
sorte e uma disposição para correr riscos.‖ Ele descobriu também que seus casamentos
eram mais bem-sucedidos e estáveis. Aproximadamente 83 por cento dos sobreviventes
eram casados, comparado a 61 por cento dos judeus americanos de idade similar. Apenas
11 por cento dos sobreviventes eram divorciados, comparado com 18 por cento dos judeus
americanos. Em termos de saúde mental e bem-estar emocional, Helmreich descobriu que
os sobreviventes faziam menos visitas a psicoterapeutas do que os judeus americanos.
―Para pessoas que sofreram nos campos, apenas ser capaz de levantar e ir trabalhar de
manhã já seria um feito significativo‖, escreveu ele em seu livro Against All Odds (Contra
Todas as Probabilidades). ―O fato de terem se saído bem nas profissões e atividades que
escolheram é ainda mais impressionante. Os valores de perseverança, ambição e otimismo
que caracterizavam tantos sobreviventes estavam claramente arraigados neles antes do
início da guerra. O que é interessante é quanto esses valores permaneceram parte de sua
visão do mundo após o término do conflito.‖ Helmreich acredita que algumas das
características que os ajudaram a sobreviver ao Holocausto – como flexibilidade, coragem e
inteligência – podem ter contribuído para seu sucesso posterior. ―O fato de terem
sobrevivido para contar a história foi, para a maioria, uma questão de sorte‖, escreve ele. ―O
fato de terem sido bem-sucedidos em reconstruir suas vidas em solo americano, não.‖
A tese de Helmreich gerou controvérsia e ele foi atacado por diminuir ou descontar o
profundo dano psicológico do Holocausto. Mas ele rebate essas críticas, observando que
―os sobreviventes estão permanentemente marcados por suas experiências,
profundamente. Pesadelos e constante ansiedade são a norma de suas vidas. E é
precisamente por isso que sua capacidade de levar vidas normais – levantar de manhã,
trabalhar, criar famílias, tirar férias e assim por diante – faz com que descrevê-los como
‗bem-sucedidos‘ seja totalmente justificado‖.
Em suas entrevistas individuais e seus levantamentos aleatórios em larga escala de
sobreviventes ao Holocausto, Helmreich identificou dez características que justificavam seu
sucesso na vida: flexibilidade, assertividade, tenacidade, otimismo, inteligência, capacidade

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de distanciamento, consciência de grupo, capacidade de assimilar o conhecimento de sua


sobrevivência, capacidade de encontrar sentido na vida e coragem. Todos os sobreviventes
do Holocausto compartilhavam algumas dessas qualidades, me conta Helmreich. Apenas
alguns dos sobreviventes possuíam todas elas.
Adaptado de: SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: Segredos de quem escapou de
situações-limite e como eles podem salvar a sua vida. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p.
160-161.

Na frase ―Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas
novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria.‖, o verbo em destaque
pode ser substituído, sem alteração do tempo verbal, por:
a) tinha adaptado
b) houvera adaptado
c) adaptava
d) adaptaria

25. resposta a

26. (Ano: 2016/Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ) Texto associado


Crônica

Como o povo brasileiro é descuidado a respeito de alimentação! É o que exclamo


depois de ler as recomendações de um nutricionista americano, o dr. Maynard. Diz este: ―A
apatia, ou indiferença, é uma das causas principais das dietas inadequadas.‖ Certo,
certíssimo. Ainda ontem, vi toda uma família nordestina estendida em uma calçada do
centro da cidade, ali bem pertinho do restaurante Vendôme, mas apática, sem a menor
vontade de entrar e comer bem. Ensina ainda o especialista: ―Embora haja alimentos em
quantidade suficiente, as estatísticas continuam a demonstrar que muitas pessoas não
compreendem e não sabem selecionar os alimentos‖. É isso mesmo: quem der uma volta
na feira ou no supermercado vê que a maioria dos brasileiros compra, por exemplo, arroz,
que é um alimento pobre, deixando de lado uma série de alimentos ricos. Quando o nosso
povo irá tomar juízo? Doutrina ainda o nutricionista americano: ―Uma boa dieta pode ser
obtida de elementos tirados de cada um dos seguintes grupos de alimentos: o leite constitui
o primeiro grupo, incluindo-se nele o queijo e o sorvete‖. Embora modestamente, sempre
pensei também assim. No entanto, ali na praia do Pinto é evidente que as crianças estão
desnutridas, pálidas, magras, roídas de verminoses. Por quê? Porque seus pais não sabem
selecionar o leite e o queijo entre os principais alimentos. A solução lógica seria dar-lhes
sorvete, todas as crianças do mundo gostam de sorvete. Engano: nem todas. Nas
proximidades do Bob´s e do Morais há sempre bandos de meninos favelados que ficam só
olhando os adultos que descem dos carros e devoram sorvetes enormes. Crianças
apáticas, indiferentes. Citando ainda o ilustre médico: ―A carne constitui o segundo grupo,
recomendando-se dois ou mais pratos diários de bife, vitela, carneiro, galinha, peixe ou
ovos‖. Santo Maynard! Santos jornais brasileiros que divulgam as suas palavras redentoras!
E dizer que o nosso povo faz ouvidos de mercador a seus ensinamentos, e continua a
comer pouco, comer mal, às vezes até a não comer nada. Não sou mentiroso e posso dizer
que já vi inúmeras vezes, aqui no Rio, gente que prefere vasculhar uma lata de lixo a entrar

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em um restaurante e pedir um filé à Chateaubriand. O dr. Maynard decerto ficaria muito


aborrecido se visse um ser humano escolher tão mal seus alimentos. Mas nós sabemos que
é por causa dessas e outras que o Brasil não vai pra frente.
CAMPOS, Paulo Mendes. De um caderno cinzento. São Paulo: Companhia das Letras,
2015. p. 40-42.

Em ―... quem der uma volta na feira ou no supermercado vê que a maioria dos brasileiros
compra...‖, a forma verbal em destaque, tendo em vista a norma para a língua padrão
escrita, pode ser substituída por:
a) veria
b) terá visto
c) está vendo
d) há de ver

26. resposta d

27. (Ano: 2016/Banca: FGV)


Assinale a opção que apresenta a frase em que as formas verbais sublinhadas formam
mais de uma oração, ou seja, não compõem uma locução verbal.
a) ―Os críticos devem escrever, não prescrever.‖
b) ―Eu não posso dizer se livros me trazem mais perto das coisas ou me distanciam delas.‖
c) ―Um clássico é algo que todos queriam ter lido, mas ninguém quer ler.‖
d) ―Cada dia que surge constitui uma nova vida para quem sabe viver.‖
e) ―Deixe entrar a vida pela janela aberta que se abre para o quintal.‖

27. resposta e

28. (Ano: 2016/Banca: FUNCAB)


Texto associado
O encontro

Maria da Piedade Lourenço era uma mulher miúda e nervosa, com uma cabeleira
pardacenta, malcuidada, erguida, como uma crista, no alto da cabeça. Ludo não conseguia
distinguir-lhe os pormenores do rosto. Todavia, deu pela crista. Parece uma galinha,
pensou, e logo se arrepende por ter pensado aquilo. Andara nervosíssima nos dias que
antecederam a chegada da filha. Quando esta lhe surgiu à frente, porém, veio-lhe uma
grande calma. Mandou-a entrar. A sala estava agora pintada e arranjada, soalho novo,
portas novas, tudo isso às custas do vizinho, Arnaldo Cruz, que também fizera questão de
oferecer as mobílias. Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício
do mesmo, e comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a
universidade.
A mulher entrou. Sentou-se numa das cadeiras, tensa, agarrada à bolsa como a uma
boia de salvação. Sabalu foi buscar chá e biscoitos.
Não sei como a hei de chamar.
Pode chamar-me Ludovica, é o meu nome.
Um dia poderei chamá-la mãe?

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Ludo apertou as mãos de encontro ao ventre. Podia ver, através das janelas, os ramos
mais altos da mulemba. Nenhuma brisa os inquietava.
Sei que não tenho desculpa, murmurou: Era muito nova, e estava assustada. Isso não
justifica o que fiz.
Maria da Piedade arrastou a cadeira para junto dela. Pousou a mão direita no seu
joelho:
Não vim a Luanda para cobrar nada. Vim para a conhecer. Quero levá-la de volta para a
nossa terra.
Ludo segurou-lhe a mão:
Filha, esta é a minha terra. Já não me resta outra.
Apontou para a mulemba:
Tenho visto crescer aquela árvore. Ela viu-me envelhecer a mim.
Conversamos muito.
A senhora há de ter família em Aveiro.
Família?!
Família, amigos, eu sei lá.
Ludo sorriu para Sabalu, que assistia a tudo, muito atento, enterrado num dos sofás:
A minha família é esse menino, a mulemba lá fora, o fantasma de um cão. Vejo cada
vez pior. Um oftalmologista, amigo do meu vizinho, esteve aqui em casa, a observar-me.
Disse-me que nunca perderei a vista por completo. Resta-me a visão periférica. Hei de
sempre distinguir a luz, e a luz neste país é uma festa. Em todo o caso, não pretendo mais:
A luz, Sabalu a ler para mim, e a alegria de uma romã todos os dias.
AGUALUSA, José Eduardo.Teoria Geral do Esquecimento. Rio de Janeiro: Foz, 2012.
―Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício do mesmo, e
comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a universidade.‖

A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise
as afirmativas a seguir.
I. A primeira oração poderia ser iniciada pela forma composta HAVIA COMPRADO, sem
perda de sentido.
II. Não há referente, no texto, que justifique o uso do pronome LHE.
III. SE, dentro da oração a que pertence, é índice de indeterminação do sujeito.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):


a) I.
b) II.
c) I e III.
d) I e II.
e) II e III.

28. resposta a

29. (Ano: 2016/Banca: UFMT)


Leia o cartum.

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(Disponível em http://www.aldeiagaulesa.net/2012/10/cartum-o-fim-do-jornal-de-
papel.html#.VlYXmPmrQhc. Acesso em 24/11/2015.)

A partir da leitura do cartum, analise as afirmativas.


I - O termo de papel na expressão jornal de papel classifica-se como locução adjetiva.
II - O termo seu alienadinho, presente na fala do personagem à direita, remete a uma forma
carinhosa de tratamento e não ao tamanho do personagem.
III - O verbo haver, presente na fala do personagem à direita, está flexionado no futuro do
presente do subjuntivo.
IV - No futuro, presente em ambas as falas, é uma locução adverbial de tempo.

Estão corretas as afirmativas


a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.

29. resposta a

30. (Ano: 2016/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Desenvolver habilidades para o bem estar é tão importante quanto construir pontes
O especialista em educação emocional e social João Roberto de Araújo, criador da
campanha Ribeirão Pela Paz, defende prioridade de um ensino cidadão: ―É preciso ensinar
para a vida‖.

Para o Mestre em Psicologia Social e fundador da organização Inteligência Relacional,


pode-se e deve-se aprender na escola, além de Matemática e Português, como ter
tolerância, desenvolver diálogos e ter controle dos estados emocionais: ―É preciso criar
condições para que não se formem apenas pessoas que passem no vestibular e tenham
sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que possam aprender a conviver em
sociedade‖.

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João Roberto teve esta clareza maior quando trabalhou pela ação Ribeirão Pela Paz, no
começo dos anos 2000, e tentou encontrar outras formas de combater a violência por outro
caminho, não o já sempre pensado da repressão.
Na cidade ideal do psicólogo, os filhos dos pobres e dos ricos seriam acolhidos da mesma
forma para ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento e de compreensão do sentido
da vida.
O Ribeirão Pela Paz foi uma audaciosa ação para enfrentar a questão da violência urbana
na cidade. Quais os caminhos hoje em dia?
João Roberto de Araújo: O fenômeno da violência sempre incomodou muito a todos, as
famílias, as lideranças e, até hoje, é um tema central entre os grandes flagelos da
sociedade. No entanto, sempre houve muita desinformação sobre as causas da violência e
poucas reflexões consistentes sobre esse fenômeno. Nós vivemos, e vivíamos no passado,
e ainda vivemos hoje, uma ênfase muito grande nas respostas de repressão: pena de
morte, respostas fortes de armamentos, mecanismos de segurança pública,
aperfeiçoamento penal, agilidade da justiça, questão da maioridade, entre outras. Enfim,
esse eixo da repressão no passado sempre foi muito forte e ainda continua hoje. E é fácil
em uma análise mais criteriosa verificar que a repressão é necessária desde que legítima,
não é a violência pela violência, mas a legitimidade do estado de responder pela proteção
da sociedade usando a força legalmente. A repressão legítima é absolutamente necessária,
mas não é suficiente.
Nesse sentido, o Ribeirão Preto Pela Paz foi a primeira iniciativa que procurou despertar
nas lideranças e na comunidade a consciência sobre o fenômeno da violência, trazendo as
dimensões sociais, sociológicas, psicológicas do fenômeno da violência. Foi um marco que
se revelou pioneiro para ação da própria mídia que, antes, diante de um fato criminoso da
violência na sociedade procurava, unilateralmente, os depoimentos policiais. Após o
Ribeirão Preto Pela Paz, passou a ouvir sociólogos, historiadores, psicólogos e
antropólogos, que começaram a colocar o seu olhar maior sobre esse fenômeno. Nesse
sentido, houve um grande avanço na compreensão do fenômeno da violência a partir do
Ribeirão Pela Paz e uma melhoria também nos tipos de resposta oferecidas. Esta foi uma
das contribuições do Ribeirão Pela Paz que, depois, naturalmente, em seu processo
evolutivo, acabou por chegar a trabalhos mais profundos de desenvolvimento de Cultura de
Paz e Não Violência, até culminar em uma metodologia de educação emocional e social
que torna essa abordagem regular e permanente na escola e na sociedade.
Que tipos de políticas e ações precisariam, agora, ser implementadas numa cidade como
Ribeirão?
Não só para uma cidade como Ribeirão Preto, mas para qualquer agrupamento humano,
para as vilas, para as cidades pequenas, para as cidades grandes, enfim para todo
aglomerado humano, é preciso transitar de ações de sensibilização para ações mais
regulares e permanentes junto à sociedade. De forma muito especial, em dois segmentos
fundamentais: na escola, na formação de nossas crianças e dos nossos jovens, e nas
famílias. É preciso que as famílias compreendam o fenômeno da violência, as
consequências de estilos parentais inadequados na relação com seus filhos, seus parentes,
com seu grupo familiar. E é fundamental que nas escolas não fiquemos apenas nessa
dimensão convencional, da lógica matemática, linguística, memória, mas que se recupere a
importância do ensino, das humanidades. Ensinar para a vida, educar para as relações,
criar as condições para que não se formem apenas pessoas que passem no vestibular e

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tenham sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que possam aprender a
conviver em sociedade, desenvolvendo diálogo, tolerância e, principalmente,
desenvolvendo competência em relação aos seus estados emocionais. Por exemplo, ter
autonomia emocional para ficar menos vulnerável ao estado emocional do entorno,
desenvolver regulação emocional para aprender o que fazer com a sua raiva, com o seu
ciúme, com sua ansiedade, desenvolver competências sociais e, principalmente, a
competência do bem viver, a competência do bem-estar, a competência para além da
dimensão material, do status, para as pessoas aprenderem a ser feliz. Isto é um desafio do
futuro. Transitar de uma sensibilização prática e eventual para uma ação consistente regular
e permanente na escola e na família.
O que você considera uma cidade justa e sustentável, solidária e humana?
Antes de tudo, é uma cidade que educa e a que educa em um sentido de que oferece
oportunidade de desenvolvimento para todas as pessoas, das famílias ricas, das famílias da
classe média e das famílias pobres. Há muitos pobres materiais profundamente evoluídos,
como há ricos materiais e plenamente inferiores. Não é uma questão material, é uma
questão de oportunidade de desenvolvimento mental. Uma cidade justa, sustentável,
solidária e humana é uma cidade que acolhe os filhos dos pobres tanto quanto os filhos dos
ricos, para que eles possam compreender melhor o sentido de viver, o sentido da vida, para
que eles possam ter oportunidades iguais de desenvolvimento.
O que não pode faltar em um bom projeto de cidade?
As cidades já estão, convencionalmente, focadas em necessidades muito conhecidas:
asfalto, ponte, saneamento básico, trânsito, enfim, toda essa dimensão da infraestrutura,
que é, sem dúvida, importante. Mas tão importante quanto é também trabalhar num nível
mental das pessoas. Tão importante quanto fazer pontes é desenvolver competências nas
pessoas para as habilidades do bem-estar, para as habilidades das relações. Portanto, o
que não pode faltar em uma liderança política ou em uma cidade é esse olhar da educação
para a vida, educação que vai além dessa abordagem convencional, mas que também
agrega competências para conviver com o outro, para a família funcionar melhor. Enfim,
uma educação para ser cidadão, uma educação para a paz, uma educação para o
aprendizado das emoções, uma educação para a vida.
Fonte: http://www.inteligenciarelacional.com.br/noticia/14-12-2015- desenvolver-habilidades-
para-o-bem-estar-e-tao-importante-quantoconstruir-pontes

Em ―Na cidade ideal do psicólogo, os filhos dos pobres e dos ricos seriam acolhidos da
mesma forma para ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento e de compreensão do
sentido da vida‖,
a) a expressão em destaque indica uma hipótese
b) a expressão em destaque indica dúvida.
c) o verbo destacado, pertencente ao verbo ―ir‖, se fosse conjugado no pretérito perfeito
apresentaria a seguinte forma: ―foram‖.
d) a expressão em destaque é uma locução verbal que tem como verbo principal o verbo
―acolher‖.
e) os termos da expressão em destaque se encontram no plural para concordar com
―pobres‖ e ―ricos‖.

30. resposta a

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31. (Ano: 2016/Banca: Aprender - SC)


Analise as proposições, quanto à analise dos termos em destaque do período abaixo e
assinale a incorreta:
―Esta é a lista de pessoas às quais serão enviadas notificações de trânsito.‖
a) de pessoas - complemento nominal
b) serão enviadas - locução verbal
c) notificações de trânsito - Objeto direto
d) Esta - pronome demonstrativo

31. resposta a

32. (Ano: 2015/Banca: CESPE)


Texto associado

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No que se refere aos aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.

O emprego do verbo ―dever" e o uso das expressões ―ser preciso" e ―ser necessário" ao
longo do texto servem para sinalizar ações consideradas importantes e programáticas no
desenvolvimento de uma nova política de acesso à justiça.
Certo
Errado

32. resposta certo

33. (Ano: 2015/Banca: FCC)


Texto associado

Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa
conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se
usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.
Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que
morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter
pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua
infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa,
e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo
mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos.
Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema
panfletário?

38
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Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era
exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz
de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo
completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e
escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos
carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e
oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto
no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro
imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre
marcado por esse poderoso símbolo de resistência.
Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho
caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes
em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha

própria estrela.
(Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em:
www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015)

Considere:
I. No segmento ... que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi?
(2° parágrafo) os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.
II. Na oração ... o que é que um boi pode fazer num poema panfletário? (2° parágrafo), o
segmento sublinhado é expletivo, de modo que pode ser suprimido sem prejuízo para a
correção.
III. No segmento ... as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância... (2°
parágrafo), a locução verbal sublinhada pode ser substituída por "tivesse chegado a ver",
por estar no pretérito-mais-que-perfeito.

Está correto o que se afirma APENAS em


a) I e III.
b) I.
c) II.
d) II e III.
e) I e II.

33. resposta c

34. (Ano: 2015/Banca: NUCEPE)


Texto associado
O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura significa


compreender o trabalho como princípio educativo, o que não significa ―aprender fazendo‖,
nem é sinônimo de formar para o exercício do trabalho. Considerar o trabalho como
princípio educativo equivale dizer que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso,

39
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se apropria dela e pode transformá-la. Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de
nossa história e de nossa realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira mediação entre o
homem e a realidade material e social.
O trabalho também se constitui como prática econômica, obviamente porque nós
garantimos nossa existência, produzindo riquezas e satisfazendo necessidades. Na
sociedade moderna a relação econômica vai se tornando fundamento da profissionalização.
Mas sob a perspectiva da integração entre
trabalho, ciência e cultura, a profissionalização se opõe à simples formação para o mercado
de trabalho. Antes, ela incorpora valores ético-políticos e conteúdos históricos e científicos
que caracterizam a práxis humana.
Portanto, formar profissionalmente não é preparar exclusivamente para o exercício do
trabalho, mas é proporcionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das
sociedades modernas, com as suas conquistas e os seus reveses, e também habilitar as
pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões, sem nunca se esgotar a elas.
(DOCUMENTO BASE Brasília/2007. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL
MÉDIO INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO.
http://portal.mec.gov.br/. Acesso em 8.11.2015)

A opção em cujo trecho a forma ou locução verbal destacada agrega sentido de ações em
processo ou em andamento é
a) O trabalho também se constitui como prática econômica,...
b) ... porque nós garantimos nossa existência,...
c) ... a relação econômica vai se tornando fundamento da profissionalização.
d) ... a profissionalização se opõe à simples formação para o mercado de trabalho.
e) ... ela incorpora valores éticos-políticos...

34. resposta c

35. (Ano: 2015/Banca: COPEVE-UFAL)


Texto associado

40
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Dadas as afirmativas sobre os elementos linguísticos que compõem a tirinha,


I. O pronome demonstrativo ―este‖ (1º quadrinho) está indicando proximidade do objeto em
relação à pessoa do discurso.
II. Em: ―Eles vão me interrogar...‖ (2º quadrinho), o pronome pessoal oblíquo poderia
assumir posições proclítica ou enclítica em relação à locução verbal ―vão interrogar‖.
III. O pronome ―isso‖ (3º quadrinho) refere-se à posição de proximidade do objeto em
relação a quem se fala.
IV. Em: ―Será que vou ter que assinar...‖ (2º quadrinho), o vocábulo em destaque assume a
categoria de preposição.
verifica-se que estão corretas

a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

35. resposta e

36. (Ano: 2015/Banca: Gestão Concurso)


Observe a imagem a seguir:

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De acordo com a imagem, é CORRETO afirmar:


a) O vocábulo ―sorria‖ está no tempo verbal imperativo e, por isso, estabelece uma ordem a
ser cumprida.
b) A frase ―Sorria, você está sendo espionado‖ está em desacordo com a norma culta, pois
a conjugação do verbo ―sorrir‖ está na segunda pessoa do imperativo afirmativo, em
confronto com a forma de tratamento ―você‖.
c) No trecho ―O risco não está só nos governos‖, a palavra ―só‖ pode ser classificada
morfologicamente como um advérbio.
d) Em ―Você está sendo espionado‖, a palavra ―espionado‖ é complemento verbal direto de
―está sendo‖.

36. resposta c

37. (Ano: 2015/Banca: CESPE


Texto associado

42
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Acerca das ideias e das estruturas linguísticas do texto Tecnologia gera emprego, julgue o
item subsequente.
Seriam mantidas a correção gramatical e as relações de sentido do texto caso a forma
verbal ―diminuiria‖ (l.5) fosse substituída por poderia diminuir.
Certo
Errado

37. resposta errado

38. (Ano: 2015/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado

Analise a tirinha e assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma.


a) No primeiro quadrinho, o verbo conjugado em ―vou usar‖ está no tempo futuro, tanto que
a locução pode ser substituída por ―usarei‖.

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b) No primeiro quadrinho, a oração ―para enviar um currículo‖ expressa finalidade, tanto que
o objetivo do personagem foi alcançado depois.
c) No segundo quadrinho, o verbo ―tem‖ é utilizado como verbo de existência, e não de
posse. Por isso, poderia ser substituído por ―existe‖.
d) No terceiro quadrinho, a vírgula, após a palavra ―positivo‖, justifica-se tendo em vista o
vocativo ―amigão‖ na sequência.
e) No terceiro quadrinho, as exclamações expressam a euforia do personagem.

38. resposta a

39. (Ano: 2015/Banca: IESES)


Texto associado
Leia o fragmento a seguir e responder à questão.

VÍTIMAS DA DEPENDÊNCIA DIGITAL


Com a explosão dos smartphones, cerca de 10% dos brasileiros já são viciados digitais. A
medicina aprofunda o estudo do transtorno e anuncia o surgimento de novas opções de
tratamento, como a primeira clínica de reabilitação especializada.
Monique Oliveira
―Eu literalmente não sabia o que fazer comigo‖, disse um estudante do Reino Unido. ―Fiquei
me coçando como um viciado porque não podia usar o celular‖, contou um americano. ―Me
senti morto‖, desabafou um jovem da Argentina. Esses são alguns dos relatos entre os mil
que foram colhidos por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Eles queriam saber o que sentiam jovens espalhados por dez países, nos cinco continentes,
depois de passarem 24 horas longe do computador, dos smartphones e dos tablets. As
descrições, como se viu, são assombrosas. E representam exatamente como sofrem os
portadores de um transtorno preocupante que tem avançado pelo mundo: o IAD (Internet
Addiction Disorder), sigla em inglês para distúrbio da dependência em internet. Na verdade,
o que os entrevistados manifestaram são sintomas de abstinência, no mesmo grau dos
apresentados por quem é dependente de drogas ou de jogo, por exemplo, quando privado
do objeto de sua compulsão.
(Revista Isto É, p.67, nº 2289, 02/10/2013, fragmento)

Observe os períodos retirados do texto.


――Fiquei me coçando como um viciado porque não podia usar o celular", contou um
americano."
―Esses são alguns dos relatos entre os mil que foram colhidos por pesquisadores da
Universidade de Maryland, nos Estados Unidos."
―Eles queriam saber o que sentiam jovens espalhados por dez países, nos cinco
continentes, depois de passarem 24 horas longe do computador, dos smartphones e dos
tablets."

Assinale a alternativa INCORRETA.


a) O termo ―Esses" é um pronome demonstrativo que faz referência a seres que se
encontram longe do falante e do ouvinte.
b) Eu é um pronome do caso reto e está na primeira pessoa do singular.

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c) O pronome ―Eles" pode ser classificado como pronome substantivo, pois representa
(substitui) o substantivo pesquisadores no período anterior do texto.
d) No primeiro período, podemos afirmar que, de acordo com a regra da colocação
pronominal, na locução verbal ―Fiquei me coçando", se o verbo principal estiver no gerúndio
ou no infinitivo, o pronome fica antes ou depois do verbo principal.

39. resposta a

40. (Ano: 2015/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Para coibir falsificações, remédios devem
ganhar ―RG" até o final de 2016
Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015

A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve. A partir do final de
2016, deve começar a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos, que determina que
cada caixinha será rastreável a partir de um código 2D (em duas dimensões). Estima-se
que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil seja falsificado, segundo a OMS.
Essa espécie de ―RG dos remédios" servirá para que as agências regulatórias como a
Anvisa possam saber o caminho que um medicamento faz, desde o momento da fabricação
até a comercialização. O consumidor também terá parte nisso: será possível verificar a
partir do código da caixa se o remédio é verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que
operam no Brasil devem ter três lotes testes rastreáveis até dezembro de 2015 e todo o
sistema implantado até dezembro de 2016.
Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só depois
de 2025. As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os brasileiros, e
portanto as informações de demanda e vendas, são muito valiosas.
Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande valor para obter informações sobre a
venda de remédios para poder definir estratégias de marketing e a atuação dos
representantes de laboratórios junto aos médicos (que podem até ganhar dinheiro e viagens
pelo número de prescrições). Existem empresas que pagam farmácias para obter dados de
médicos, números de vendas etc. e, então, os vendem à indústria.
Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação seria passada para o governo. Mas
a regulamentação feita pela Anvisa em 2013 não explicita como seriam armazenadas essas
informações e quem teria acesso a elas. Apenas fica determinado que a indústria é
responsável pela segurança da cadeia desde a saída da fábrica até chegar ao consumidor
final.
As redes de drogarias e farmácias, representadas pela Abrafarma (Associação
Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias terem de
reportar cada venda às farmacêuticas. Com a lei da rastreabilidade, cada modificação de
lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e farmácia para o consumidor) deve ser
informada. ―Isto é um verdadeiro absurdo contra a privacidade da informação prevista na
Constituição. Com todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas,
manipular preços e dominar a concorrência", afirmou o presidente executivo da Abrafarma,
Sérgio Mena Barreto, em nota.

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Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. ―Mais de 180 mil
estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar
tecnologicamente. Será uma complexa operação logística", disse.
Há um projeto de lei em tramitação no Senado que pede alterações no envio de
informações sobre os medicamentos e propõe um prazo maior para adequação. No projeto,
do senador Humberto Costa (PT), é proposto que cada membro da cadeia tenha seu
próprio banco de dados, acessível pelo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos --
para que o governo federal construa seu próprio banco de dados para armazenar e
consultar todas as movimentações dos medicamentos. Junto a essa demanda, o senador
pede mais 10 anos após a aprovação da lei para que todos se adequem, ou seja, o
rastreamento só passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou que o prazo de dez
anos pode não ser necessário e que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser
colocado em votação.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que reúne 55
empresas farmacêuticas que respondem por mais de 50% dos medicamentos
comercializados no Brasil, afirma estar preparada para se adequar à lei e produzir cerca de
4 bilhões de caixinhas por ano com o código individual para o rastreamento. ―Já estamos
preparados para cumprir as diretrizes. A lei de rastreabilidade é muito importante não só
para evitar a falsificação mas também para aumentar a transparência ao longo da cadeia
farmacêutica com o recolhimento correto de tributos e o combate ao roubo de cargas",
afirmou o diretor de assuntos econômicos da Interfarma, Marcelo Liebhardt.
Segundo a Anvisa, a adaptação não deve encarecer o produto final: ―a implantação do
rastreamento de medicamentos promove um retorno significativo na redução de custos de
produção, de controles e gerenciamento de estoques, evitando perdas e impulsionando o
processo produtivo e de disponibilização de produtos".

Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/...

Em ―A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve",


a) o verbo ―conhece" encontra-se conjugado no tempo presente do subjuntivo.
b) apesar de, na locução verbal ―deve mudar", o verbo ―deve" estar conjugado no tempo
presente do indicativo, a ação da mudança deverá acontecer em um tempo futuro.
c) o verbo ―mudar" na locução verbal ―deve mudar" está conjugado no tempo futuro do
indicativo.
d) os verbos ―conhece" e ―deve" , apesar de estarem conjugados no tempo presente,
remetem a ações futuras.
e) o verbo ―deve", na locução verbal ―deve mudar", é um verbo auxiliar que indica
possibilidade.

40. resposta b

41. (Ano: 2015/Banca: UFMT)


Texto associado
INSTRUÇÃO: Leia o fragmento abaixo e responda à questão.

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Não há registros de campanha na primeira eleição realizada no país, em 23 de janeiro


de 1532, para o Conselho Municipal de São Vicente, São Paulo. Apenas conchavos. Seis
representantes foram escolhidos pelos votantes por ser ―homens bons‖, expressão um tanto
ampla que designava gente qualificada pela linhagem familiar. Pode-se dizer que o
marketing político propriamente dito só começou a aparecer no fim do Império, quando
desenhos de ―capoeiras‖ (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época) eram
usados em cartazes para afugentar os eleitores do grupo opositor. Mas a principal
revolução no jeito de fazer campanha política ocorreu em 1914, na sétima eleição
presidencial. Surgiu nas ruas do Rio de Janeiro uma marchinha contra o presidente
Marechal Hermes da Fonseca, popularmente chamado de Dudu, atacado pelos opositores
com o primeiro jingle do Brasil: ―Ai, Philomena / Se eu fosse como tu / Tirava a urucubaca /
Da careca do Dudu‖.
Até hoje, o jingle político funciona como pilar das campanhas eleitorais, um formato
sucinto e grudento para unir meio e mensagem, ataque e autopromoção. As eleições de
2014 deverão gerar uma nova onda na comunicação, parecida com a introdução dos
jingles, capaz de mudar o jeito de fazer política e influenciar diretamente no voto. São as
campanhas na mídia social, forjadas para levantar candidatos e derrubar adversários com o
uso de memes, selfies, vídeos virais e hashtags.
(VEJA, 08/2014.)

A respeito de formas verbais utilizadas no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e


F para as falsas.

( ) No trecho homens que conheciam a capoeira, o tempo do verbo conhecer indica que
essa ação se prolongava no passado, na época referenciada no texto.
( ) Para haver correlação formal entre os dois tempos verbais no trecho Se eu fosse como tu
/ Tirava a urucubaca, o verbo tirar deveria estar na forma tiraria.
( ) A expressão verbal eram usados pode ser substituída por usavam-se, ficando quando
desenhos de ―capoeiras‖ (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época)
usavam-se.
( ) Em Surgiu nas ruas do Rio de Janeiro uma marchinha, a forma verbal empregada refere-
se a um fato ocorrido no passado anterior a outro fato também no passado.

Assinale a sequência correta.


a) V, V, V, F
b) V, V, F, F
c) F, F, V, V
d) V, F, F, F

41. resposta. a

42. (Ano: 2015/Banca: FUNDEP) (Gestão de Concursos)


Texto associado
O que é (e o que não é) sustentabilidade
ODED GRAJEW

47
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Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por


quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do
esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas
que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões
ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se
manter e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se
esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais. São igualmente
fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações
práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais
são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e
desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros
é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que
cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é
sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que
cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e
ameaça a sobrevivência inclusive da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são
os pulmões do mundo. Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases
causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra
cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior
parte, em decorrência de atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195
bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50%
mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais
pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual
dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento
sustentável. Cabe a nós torná-lo possível.

GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S.Paulo. São
Paulo, 7 maio 2013.

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―Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra
cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação." (15º parágrafo)

No período em análise, a locução verbal ―temos solapado" indica


a) a continuidade de uma ação até o presente.
b) uma ação cuja duração se estende no passado.
c) uma ação tida como habitual no passado.
d) uma ação totalmente concluída no passado.

42. resposta. a

43. (Ano: 2015/Banca: FUNDEP )(Gestão de Concursos)


Texto associado
Igualdade de quê?
EDUARDO GIANNETTI

O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores


centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava
eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: ―Sou o homem mais poderoso
do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei‖. Diógenes não titubeou: ―O senhor poderia
sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol‖.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que,
entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas
carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um
cortesão zombava do filósofo por ter ―desperdiçado‖ a oferta que lhe fora feita, o imperador
retrucou: ―Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes‖. Os
extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a
desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A
questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e
valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na
origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de
direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade
econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países
mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação
mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de
renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e
nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas
capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus
projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa ―nova classe média‖ ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em
pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde

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públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de


5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por
homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto
funcional.
quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a
construção de estádios ―padrão Fifa‖ (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção
de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$
16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de
grandes empresas-parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua
desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o
infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que
qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de
equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha,
vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas
oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.

GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/Debates, Folha de S.Paulo, São


Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)
Considere a passagem a seguir.

―Quando um cortesão zombava do filósofo por ter ‗desperdiçado‘ a oferta que lhe fora feita,
o imperador retrucou (...).‖ (3º parágrafo)

Na passagem em análise, a forma verbal em destaque é CORRETAMENTE substituída por


a) ―tenha sido feita‖.
b) ―teria sido feita‖.
c) ―tinha sido feita‖.
d) ―tivesse sido feita‖.

43. resposta. c

44. (Ano: 2015/Banca: FUNCERN)


Texto associado

50
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Considere o trecho:

Mas, se o jovem está disposto a cometer um crime e ainda não está mentalmente equipado
para avaliar consequências de modo eficaz, será que o medo de ―ser preso como adulto"
vai impedi-lo?

Assinale a opção em que, pluralizando-se a expressão destacada e obedecendo-se às


convenções no âmbito da concordância e da regência, o período se apresenta de acordo
com a norma padrão.
a)Mas, se os jovens estão dispostos a cometer um crime e ainda não estão mentalmente
equipados para avaliar consequências de modo eficaz, será que o medo de ―ser presos
como adultos" vai lhes impedir?
b)Mas, se os jovens estão dispostos a cometerem um crime e ainda não estão mentalmente
equipado para avaliarem consequências de modo eficaz, será que o medo de ―serem
presos como adultos" vai impedir-lhes?
c)Mas, se os jovens estão dispostos a cometer um crime e ainda não estão mentalmente
equipados para avaliar consequências de modo eficaz, será que o medo de ―serem preso
como adultos" vai os impedir?
d)Mas, se os jovens estão dispostos a cometerem um crime e ainda não estão mentalmente
equipados para avaliarem consequências de modo eficaz, será que o medo de ―serem
presos como adultos" vai impedi-los?

44. resposta. d

45. (Ano: 2015/Banca: Quadrix)


Texto associado

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Veja:
"Aposto que está sonhando com locais abertos de novo..."

Sobre a sintaxe do trecho, assinale a afirmação correta.


a) Não há locuções verbais no trecho, até por se tratar de redação jornalística, com
linguagem tipicamente formal e absolutamente objetiva e direta.
b) Ocorre, na passagem, um vício grave de linguagem chamado, popularmente, de
"gerundismo", caracterizado pelo uso desnecessário da forma nominal gerúndio.
c) A palavra "abertos", em "locais abertos", classifica-se, sintaticamente, como "adjetivo";
trata-se de uma forma flexionada de particípio.
d) A preposição "com", no trecho, introduz uma ideia de causa ou, dependendo da
interpretação, de lugar.
e) Classifica-se morfologicamente como conjunção integrante a palavra "que" do trecho.

45. resposta. e

46.( Ano: 2015/Banca: FUNCAB)


Texto associado
Além do Bastidor

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Começou com linha verde. Não sabia o que bordar, mas tinha certeza do verde, verde
brilhante.
Capim. Foi isso que apareceu depois dos primeiros pontos. Um capim alto, com as
pontas dobradas como se olhasse para alguma coisa.
Olha para as flores, pensou ela, e escolheu uma meada vermelha.
Assim, aos poucos, sem risco, um jardim foi aparecendo no bastidor. Obedecia às suas
mãos, obedecia ao seu próprio jeito, e surgia como se no orvalho da noite se fizesse a
brotação.
Toda manhã a menina corria para o bastidor, olhava, sorria, e acrescentava mais um
pássaro, uma abelha, um grilo escondido atrás de uma haste. O sol brilhava no bordado da
menina.
E era tão lindo o jardim que ela começou a gostar dele mais do que de qualquer outra
coisa.
Foi no dia da árvore. A árvore estava pronta, parecia não faltar nada. Mas a menina sabia
que tinha chegado a hora de acrescentar os frutos. Bordou uma fruta roxa, brilhante, como
ela mesma nunca tinha visto. E outra, e outra, até a árvore ficar carregada, até a árvore ficar
rica, e sua boca se encher do desejo daquela fruta nunca provada.
A menina não soube como aconteceu. Quando viu, já estava a cavalo do galho mais alto
da árvore, catando as frutas e limpando o caldo que lhe escorria da boca.
Na certa tinha sido pela linha, pensou na hora de voltar para casa. Olhou, a última fruta
ainda não estava pronta, tocou no ponto que acabava em fio. E lá estava ela, de volta na
sua casa.
Agora que já tinha aprendido o caminho, todo dia a menina descia para o bordado.
Escolhia primeiro aquilo que gostaria de ver, uma borboleta, um louva-deus. Bordava com
cuidado, depois descia pela linha para as costas do inseto, e voava com ele, e pousava nas
flores, e ria e brincava e deitava na grama.
O bordado já estava quase pronto. Pouco pano se via entre os fios coloridos. Breve,
estaria terminado.
Faltava uma garça, pensou ela. E escolheu uma meada branca matizada de rosa. Teceu
seus pontos com cuidado, sabendo, enquanto lançava a agulha, como seriam macias as
penas e doce o bico. Depois desceu ao encontro da nova amiga.
Foi assim, de pé ao lado da garça, acariciando-lhe o pescoço, que a irmã mais velha a
viu ao debruçar-se sobre o bastidor. Era só o que não estava bordado. E o risco era tão
bonito, que a irmã pegou a agulha, a cesta de linhas, e começou a bordar.
Bordou os cabelos, e o vento não mexeu mais neles. Bordou a saia, e as pregas se
fixaram. Bordou as mãos, para sempre paradas no pescoço da garça. Quis bordar os pés
mas estavam escondidos pela grama. Quis bordar o rosto mas estava escondido pela
sombra. Então bordou a fita dos cabelos, arrematou o ponto, e com muito cuidado cortou a
linha.

COLASANTI, Marina. Além do Bastidor. In: Uma ideia toda azul. 22ª ed. São Paulo: Global,
2003. p. 14-17.
O conjunto dos processos que regulam a correspondência entre a construção das formas
linguísticas e os respectivos significados constitui a gramática de uma Língua. A Gramática
é responsável, portanto, por uma parte do significado dos enunciados – aquele que resulta

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dos meios pelos quais as unidades portadores de significado se combinam para construir as
frases.

À luz dessa diversidade de possibilidades, assinale a alternativa correta.

a) Em ―Não sabia O que bordar." a palavra destacada é pronome pessoal oblíquo.


b) No trecho ―E era tão lindo o jardim que ela começou a gostar dele mais do que de
qualquer outra coisa.", tanto o primeiro quanto o segundo QUE são pronomes relativos.
c) A forma simples equivalente à destacada em ―Na certa TINHA SIDO pela linha, pensou
na hora de voltar para casa." seria fora.
d) O plural da palavra em destaque em ―Escolhia primeiro aquilo que gostaria de ver, uma
borboleta, um LOUVA-DEUS." É louvam-deuses.
e) No trecho ―Os anjos da morte suspiram por todo esse desperdício." começou a gostar
dele mais do que de qualquer outra coisa.", a palavra OUTRA é um pronome substantivo
indefinido.

46. resposta. c

47. (Ano: 2015/Banca: FUNCAB)


Texto associado
A língua que somos, a língua que podemos ser

(Eliane Brum)

A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma
década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se
com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O
discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: ―O livro é bom, mas não é
suficientemente brasileiro". O que seria ―suficientemente brasileiro"?
Anja (pronuncia-se ―Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em
Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao
Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e
ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a
demanda: ―O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa
que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É
muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores
americanos, nunca".
Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser
universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma
espécie de selo de autenticidade que seria dado pela ―temática brasileira". Como se sabe,
não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao
mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor
moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na
Suécia. Ele disse:
— A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização,
e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas

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fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de


autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua
verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da ―africanidade".
Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam
ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto
escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.
[...]
— O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a
nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie
humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir
diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que
escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não
escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na
periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.
[...]
Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por
ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da
população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos
eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês
do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam ―suficientemente índios" para
merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.
Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do
executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita.
Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer,
porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção
progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.
[...]
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-
brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

Considere a passagem ―A África tem sido sujeita a sucessivos processos de


essencialização". É correto dizer que:
a) há aí uma locução verbal de três verbos, regida por sujeito agente.
b) a forma verbal TEM SIDO corresponde a um particípio composto.
c) a mudança de SUJEITA para SUJEITO alteraria a sintaxe, a semântica e a rede de
regência.
d) a forma SUJEITA não mantém relação semântico-lexical alguma com a palavra
SUJEITO.
e) o termo após a preposição A pode ser considerado um agente da passiva introduzido por
preposição atípica.

47. resposta. c

48. (Ano: 2015/Banca: FUNCAB)


Texto associado
A língua que somos, a língua que podemos ser

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(Eliane Brum)

A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma
década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se
com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O
discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: ―O livro é bom, mas não é
suficientemente brasileiro". O que seria ―suficientemente brasileiro"?
Anja (pronuncia-se ―Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em
Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao
Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e
ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a
demanda: ―O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa
que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É
muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores
americanos, nunca".
Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser
universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma
espécie de selo de autenticidade que seria dado pela ―temática brasileira". Como se sabe,
não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao
mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor
moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na
Suécia. Ele disse:
— A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização,
e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas
fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de
autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua
verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da ―africanidade".
Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam
ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto
escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.
[...]
— O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a
nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie
humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir
diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que
escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não
escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na
periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.
[...]
Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por
ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da
população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos
eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês
do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam ―suficientemente índios" para
merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

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Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do
executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita.
Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer,
porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção
progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.
[...]
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-
brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

No último período do texto, identifica-se:


a) uma vírgula desnecessária antes do vocábulo NEM.
b) concordância em silepse em três orações.
c) uma oração subordinada adverbial final.
d) ao menos, uma locução verbal.
e) o vocábulo SÓ em papel adjetivo, em ao menos uma ocorrência.

48. resposta. b

49. (Ano: 2015/Banca: AOCP)


Texto associado
Leia o texto e responda a questão que se segue.

Exemplo de cidadania: eleitores acima de 70 anos fazem questão de votar Eleitores com
mais de 70 anos foram, espontaneamente, às urnas para ajudar a escolher seus
representantes

Luh Coelho

Exemplo de cidadania é o caso de pessoas como o aposentado Irineu Montanaro, de 75


anos. Ele diz que vota desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas Gerais,
sua terra natal, e que, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, vai até as urnas em todas as
eleições. ―É uma maneira de expressar a vontade que a gente tem. Acho que um voto pode
fazer a diferença‖, diz.
Eles questionam a falta de propostas específicas de todos os candidatos para pessoas
da terceira idade e acreditam que um voto consciente agora pode influenciar futuramente na
vida de seus filhos e netos.
O idoso afirma que sempre incentivou sua família a votar. E o maior exemplo vinha de
dentro da própria casa. Mesmo que nenhum de seus familiares tenha se aventurado na vida
política, todos de sua prole veem na vida pública uma forma de mudar os rumos do país.

Fonte: http://www.vilhenanoticias.com.br/materias/news popljp. php?id"16273. Texto


adaptado.

Em ― Eles questionam a falta de propostas específicas de todos os candidatos para pessoas


da terceira idade e acreditam que um voto consciente agora pode influenciar futuramente na
vida de seus filhos e netos",

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E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

a) o verbo ―questionam " está conjugado no tempo presente do subjuntivo.


b) verbo "pode" da locução verbal ― pode influenciar" encontra-se conjugado no tempo futuro
do indicativo, pois remete a uma ação futura.
c) o verbo ―acreditam ", que está conjugado no tempo presente do indicativo, está no plural
por concordar com o sujeito ―Eles".
d) "todos os candidatos" está no plural para concordar com ―propostas específicas".
e) "propostas específicas" deveria estar no singular para concordar com ―a falta".

49. resposta. c

50. (Ano: 2015/Banca: AOCP)


Texto associado

Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir.


a) No primeiro quadrinho, o termo mãe funciona como um vocativo.
b) No segundo quadrinho, a expressão onde se encontra o verbo "lembrar" poderia se
apresentar da seguinte forma: ―nem me lembrei dos números..."
c) No terceiro quadrinho, a locução verbal ―acabei votando" indica uma ação acabada,
apesar de apresentar o gerúndio ―votando", que expressa uma ação em curso.
d) No terceiro quadrinho, a colocação pronominal em ―não me enche" está adequada, pois o
advérbio ―não" atrai o pronome.
e) Nos três quadrinhos, o termo ―lá" remete ao mesmo lugar.

50. resposta. E

Estrutura do verbo (radical, vogal temática, desinências)

1.(Ano: 2016/Banca: NUCEPE)


Texto associado
Lembrança

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Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava
dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso, eram chatos.
Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele
quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa
ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia
barulho.
Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa
que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma
volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas
pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos mas não me
lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a
conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.

Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: 'olha'. Eu olhei. Era um
bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e
sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para
trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as
palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca
erguida contra o céu. Então eu pensei que meu avô era maior que a tempestade.
Eu era pequeno, mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo
ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha
sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de
gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi
falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de
alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi, mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o
sangue. Tinha sangue por toda parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão.
Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que, uma
pessoa se cortando, pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca
enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí
cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo,
mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como, eu não sei. Nem por quê.
No dia seguinte eu ainda tornei a ver a sua camisa perto da lavanderia e pensei que
mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único
dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.
(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. Ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Em:

―O que gostávamos era de estar juntos.‖ A divisão correta dos elementos formadores da
palavra em destaque é
a) gos – ta – va – mos.
b) gost – a – va – mos.
c) gost – a – vamos.
d) gosta – va – mos.
e) gos – ta – vamos.

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1. Resposta: b

2. (Ano: 2016/Banca: FAUEL)Texto associado


O assassino era o escriba
Paulo Leminsky

Meu professor de análise sintática era o tipo do


sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto
adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas
expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

No texto, o autor faz menção ao fato do sujeito ser ―regular como um paradigma da primeira
conjugação‖. A respeito dos paradigmas de conjugação verbal, considere as afirmativas
abaixo e assinale a alternativa que NÃO corresponde corretamente às funções,
características e modos desse tópico gramatical.
a) Em Língua Portuguesa, há três tipos de paradigmas de conjugação verbal, a saber, dos
verbos que terminam em -ar; -er e -ir.
b) Entende-se por ―paradigma de conjugação‖, de uma maneira geral, as terminações
correspondentes aos tempos, pessoas e modos, que se repetem a cada vez que
conjugamos um verbo.
c) Verbos regulares e irregulares são iguais em suas formas. Dizemos que um verbo é
irregular quando seu sentido é dado de acordo com o contexto.
d) Não por acaso, os verbos que mais utilizamos têm formas irregulares, donde podemos
concluir que um verbo se torna irregular, ou seja, com características diferentes dos verbos
regulares, por serem muito usados e, portanto, terem sofrido muitas transformações ao
longo do tempo.

2. Resposta: c

3. (Ano: 2016/Banca: LEGALLE Concursos)


Texto associado

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Leia o fragmento a seguir para responder à questão.

Trata-se de um pessoa tão especial, tão rara, tão fundamental que medirá os gestos e
revisará os ímpetos. Faz questão de expor publicamente o que confia em segredo, não dá
chance para mentiras e ambiguidades.

Em ―medirá‖, o fragmento em destaque se classifica como:


a) Desinência número-pessoal.
b) Desinência modo-temporal.
c) Vogal temática.
d) Tema.
e) Radical.

3. Resposta: b

4. (Ano: 2016/Banca: FUNRIO)

Assinale a alternativa que mostra a separação correta dos morfemas do verbo dado.
a) LEVO = L+E+V+O
b) ENCONTREI = EN+CONTR+E+I
c) CONTRAÍSTES = CONTRA+I+STES
d) PLANEJARIAS = PLAN+EJAR+IA+S
e) AMASSÁSSEMOS = AM+A+SSA+SSE+MOS

4. Resposta: c

5. (Ano: 2016/Banca: FUNRIO)


Assinale a alternativa que mostra uma forma verbal de estrutura plena, isto é, com quatro
morfemas.
a) (tu) compres.
b) (eles) amaram.
c) (nós) traremos.
d) (ele) inflacionou.
e) (eu) contemplasse.

5. Resposta: b

6. (Ano: 2015/Banca: CPCON)


Acerca dos processos de estruturação do vocábulo ―ESTUDÁVAMOS‖ assinale a alternativa
correta.
a) O Tema é ESTUD.
b) Não há desinência número-pessoal.
c) Não há vogal temática explícita.
d) O radical deste enunciado é ESTUDA.
e) A sílaba VA corresponde à desinência modo-temporal.

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6. Resposta: e

7. (Ano: 2015/Banca: BIO-RIO)


Texto associado
TEXTO 2
―Cabe ressaltar que a falta de educação, saúde, segurança pública, de políticas públicas, de
conselhos comunitários eficazes (integrando os adolescentes às atividades da
comunidade), de efetividade dos direitos fundamentais e de aparelhamento nos institutos de
internação de menores são algumas das causas imediatas e mediatas desse fenômeno que
é a delinquência infanto-juvenil. Por isso, não devemos conceber apenas o lado da
penalidade aos jovens. Tem-se, de longas décadas, a omissão do poder público no tocante
à prática de atos concernentes à viabilização das normas constitucionais garantidoras de
direitos essenciais, tendo em vista que grande parte da população é excluída do digno
convívio social. Isso enaltece o desnivelamento de classes e por via refletiva afrontando a
dignidade da pessoa humana, surgindo, ainda que não justificante, uma camada
criminalizada da população, constituindo-se em um núcleo de violência que atinge toda a
sociedade."

(Revista Visão Jurídica, Sande Nascimento de Arruda)

O vocábulo ―educação" é um substantivo derivado de um verbo com a ajuda de um sufixo; o


mesmo ocorre no seguinte vocábulo do texto:
a) segurança.
b) comunitários.
c) efetividade.
d) penalidade.
e) convívio.

7. Resposta: a

8. (Ano: 2015/Banca: VUNESP)


Texto associado
Leia o texto para responder à questão.

Uma conhecida convidou os quatro netos pré-adolescentes para lanchar. Queria passar um
tempo com eles, como fazem as avós. Sentaram-se numa lanchonete. Pediram sanduíches
e refrigerantes. Daí, os quatro sacaram os celulares. Ficaram todo o tempo trocando
mensagens com amigos, rindo e se divertindo. Com cara de mamão murcho, a avó esperou
alguma oportunidade de bater papo. Não houve. Agora, ela já prometeu:
– Desisti. Não saio mais com meus netos.
Cada vez mais as pessoas ―abandonam" os outros para viver num mundo de relações via
celular. Às vezes de maneira assustadora.
Em certos almoços, mesmo de negócios, é impossível tratar do assunto que importa. O
interlocutor escolhe o prato com a orelha no celular. Quando desliga, abre para verificar e-
mails. Responde. Pacientemente espero. Iniciamos o papo que motivou o almoço. O celular
toca novamente. Dá vontade de levantar da mesa e ir embora. Não posso, seria falta de

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educação. Mas não é pior ficar como espectador enquanto a pessoa resolve suas coisas
pelo celular, sem dar continuidade à conversa?
Faço cara de paisagem enquanto a pessoa discute algo que nada tem a ver comigo. Penso:
seria melhor, muito melhor, não ter marcado reunião nenhuma. Mais fácil seria, sim, me
impor através do celular, porque através dele entro na sala de alguém quando quero, sem
marcar hora. O aparelhinho invade até situações íntimas. Se fosse só comigo, estaria
traumatizado por me sentir pouco interessante. Mas sei de casos em que, entre um beijo e
outro, um dos parceiros atende o celular. Para tudo, sai do clima. Quando termina a ligação,
é preciso de um tempo para retomar. Mas aí, pode tocar novamente e... enfim, até nos
momentos mais eróticos, o aparelhinho atrapalha.
Ainda sou daquele tempo de ter conversas francas e profundas, de olhar nos olhos. Hoje é
quase impossível aprofundar-se nos olhos de alguém. Estão fixados na tela de seu modelo
de última geração. Conheço algumas raras pessoas que se recusam (ainda!) a ter celular.
Cada vez mais, se rendem. A vida ficou impossível sem ele. Eu descobri uma estratégia
que sempre funciona, se quero realmente falar com alguém. Convido para jantar, por
exemplo. Ela saca o celular. Pego o meu e envio uma mensagem para ela mesma, em
frente a mim. Não falha. Seja quem for, acha divertidíssimo. E assim continuamos até o
cafezinho. Sem palavras, mas trocando incríveis mensagens pelo celular. Todo mundo acha
divertidíssimo.

(Walcyr Carrasco, Má educação e celular. Revista Época. Disponível em:


<http://epoca.globo.com>. Acesso em: 27.01.2015. Adaptado)
Observe a seguinte passagem do texto:

– Mais fácil seria, sim, me impor através do celular …

Seguindo o modelo da conjugação do verbo ―impor", presente nessa passagem, assinale a


alternativa em que a conjugação e a concordância do verbo em destaque estão de acordo
com a norma-padrão.
a) Será mais fácil, sim, se algum de nós nos dispormos a conversar sem atender o celular.
b) Foi mais, fácil, sim, porque se propuseram a alguns a ideia de conversar sem atender o
celular.
c) Seria mais fácil, sim, se mais de um interlocutor se dispusesse a conversar sem atender
o celular.
d) Foi mais fácil, sim, porque o mais velho dos garotos se predispunham a conversar sem
atender o celular.
e) Seria mais fácil, sim, se todos se proporem a conversar sem atender o celular.

8. Resposta: c

9. (Ano: 2014/Banca: MS CONCURSOS)


Texto associado
Faça a leitura do texto seguinte e responda à próxima questão.

Complexo de vira-latas

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Hoje vou fazer do escrete o meu numeroso personagem da semana. Os jogadores já


partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. Nas
esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: ―O Brasil não vai nem se
classificar!‖. E, aqui, eu pergunto:
— Não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?
Eis a verdade, amigos: — desde 50 que o nosso futebol tem pudor de acreditar em si
mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz sofrer, na cara e na
alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada,
pode curar. Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou
dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor tão grande. O
tempo passou em vão sobre a derrota. Dir-se-ia que foi ontem, e não há oito anos, que, aos
berros, Obdulio arrancou, de nós, o título. Eu disse ―arrancou‖ como poderia dizer: ―extraiu‖
de nós o título como se fosse um dente.
E hoje, se negamos o escrete de 58, não tenhamos dúvida: — é ainda a frustração de 50
que funciona. Gostaríamos talvez de acreditar na seleção. Mas o que nos trava é o
seguinte: — o pânico de uma nova e irremediável desilusão. E guardamos, para nós
mesmos, qualquer esperança. Só imagino uma coisa: — se o Brasil vence na Suécia, se
volta campeão do mundo! Ah, a fé que escondemos, a fé que negamos, rebentaria todas as
comportas e 60 milhões de brasileiros iam acabar no hospício.
Mas vejamos: — o escrete brasileiro tem, realmente, possibilidades concretas? Eu
poderia responder, simplesmente, ―não‖. Mas eis a verdade:
— eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: — sou de um patriotismo inatual e
agressivo, digno de um granadeiro bigodudo. Tenho visto joga dores de outros países,
inclusive os ex-fabulosos húngaros, que apanharam, aqui, do aspirante-enxertado do
Flamengo. Pois bem: — não vi ninguém que se comparasse aos nossos. Fala-se num
Puskas. Eu contra-argumento com um Ademir, um Didi, um Leônidas, um Jair, um Zizinho.
A pura, a santa verdade é a seguinte: — qualquer jogador brasileiro, quando se
desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de
fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma:
— temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as
nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de ―complexo de vira-latas‖.
Estou a imaginar o espanto do leitor: — ―O que vem a ser isso?‖ Eu explico.
Por ―complexo de vira-latas‖ entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca,
voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no
futebol. Dizer que nós nos julgamos ―os maiores‖ é uma cínica inverdade. Em Wembley, por
que perdemos? Por que, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu
de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo.
Na já citada vergonha de 50, éramos superiores aos adversários. Além disso, levávamos a
vantagem do empate. Pois bem: — e perdemos da maneira mais abjeta. Por um motivo
muito simples: — porque Obdulio nos tratou a pontapés, como se vira-latas fôssemos.
Eu vos digo: — o problema do escrete não é mais de futebol, nem de técnica, nem de
tática. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo.
O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e que tem futebol para dar e
vender, lá na Suécia. Uma vez que ele se convença disso, ponham-no para correr em
campo e ele precisará de dez para segurar, como o chinês da anedota.
Insisto: — para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão.

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Nelson Rodrigues
Texto extraído do livro ―As cem melhores crônicas brasileiras‖, editora Objetiva, Rio de
Janeiro (RJ), p. 118/119, e do livro ―À sombra das chuteiras imortais: crônicas de chutava‖,
seleção de notas de Ruy Castro – Companhia das Letras – 1993.
―... qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado
de graça, é algo de único em matéria de fantasia...‖ O verbo sublinhado apresenta seus
respectivos elementos mórficos. Assinale a alternativa que apresenta um elemento
inexistente no verbo sublinhado.
a) Desinência modo-temporal.
b) Prefixo.
c) Radical.
d) Vogal temática.

9. Resposta: a

10. (Ano: 2014/Banca: FUNCAB)


Texto associado
A outra noite

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto
lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até
Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua
cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas,
colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para
volt ar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá
em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra -
pura, perfeita e linda.
-Mas que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois
continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em
outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um―boa noite‖ e um―muito obrigado ao
senhor‖ tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

(BRAGA, Rubem. Para gostar de ler, vol. 2, crônicas. São Paulo, Ática.) Para gostar
de le

As formas verbais abaixo foram retiradas do texto e apenas uma apresenta-se no pretérito
imperfeito do subjuntivo. Assinale-a.
a) vinha
b) trouxe

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c) tivesse
d) desceu
e) havia

10. Resposta: c

11. (Ano: 2014/Banca: FUNCAB)


Texto associado
Leia o texto e responda à questão proposta.
O fim da partida

Rola a pelota, o mundo roda. Suspeita-se que o sol é uma bola acesa, que durante o
dia trabalha e de noite brinca lá no céu, enquanto a lua trabalha, embora a ciência tenha
dúvidas a esse respeito. Por outro lado, está comprovado, com toda a certeza, que o mundo
gira em torno de uma bola que gira: a final do Mundial de 94 foi contemplada por mais de
dois bilhões de pessoas, o público mais numeroso de todos os que se reuniram ao longo da
história deste planeta. A paixão mais compartilhada: muitos adoradores da bola jogam com
ela nos gramados e nos campos de terra, e muitíssimos mais integram a teleplateia que
assiste, roendo as unhas, ao espetáculo proporcionado por vinte e dois senhores de calção
que perseguem a bola e, aos pontapés, demonstram seu amor
No final do Mundial de 94, todos os meninos que nasceram no Brasil se chamaram
Romário, e a grama do estádio de Los Angeles foi vendida em pedaços, como uma pizza, a
vinte dólares a porção. Uma loucura digna de melhor causa? Um negócio vulgar e comum?
Uma fábrica de truques manipulada por seus donos? Eu sou dos que acreditam que o
futebol pode ser isso, mas também é muito mais do que isso, como festa dos olhos que o
olham e como alegria do corpo que o joga. Uma jornalista perguntou à teóloga alemã
Dorothee Sölle:
– Como a senhora explicaria a um menino o que é a felicidade?
– Não explicaria – respondeu. – Daria uma bola para que jogasse.
O futebol profissional faz todo o possível para castrar essa energia de felicidade, mas
ela sobrevive apesar de todos os pesares. É talvez por isso que o futebol não pode deixar
de ser assombroso. Como diz meu amigo Ángel Ruocco, isso é o melhor que tem: sua
obstinada capacidade de surpresa. Por mais que os tecnocratas o programem até o mínimo
detalhe, por muito que os poderosos o manipulem, o futebol continua querendo ser a arte
do improviso. Onde menos se espera salta o impossível, o anão dá uma lição ao gigante, e
o negro mirrado e cambaio faz de bobo o atleta esculpido na Grécia.
[...]

(GALEANO, Eduardo. O fim da partida. In: Futebol ao sol e à sombra. Tradução de Eric
Nepomuceno e Maria do Carmo Brito. 3ª ed. PortoAlegre: L&PM, 2004. p. 203-204)
(adaptado)

No fragmento ―Suspeita-se que o sol É uma bola acesa...‖ (§ 1), a forma verbal destacada
pode, de acordo com a gramática normativa e sem prejuízo de sentido, ser substituída por:
a) era.
b) fosse.

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c) fora.
d) seja.
e) será.

11, Resposta: d

12. (Ano: 2014/Banca: FUNRIO)


A forma verbal que contém alomorfe de vogal temática é :
a) eu ALIMENTO.
b) (se) tu VIAJARES.
c) ela ARRASOU.
d) nós FINGIREMOS.
e) (que) eles SUMAM.

12. Resposta: c

13. (Ano: 2013/Banca: FUNDEP )(Gestão de Concursos)


texto associado

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O trecho em que o verbo sublinhado remete ao futuro em um contexto passado é:

a) ―Você não sabe a confusão que deu quando esta crônica foi publicada.‖
b) [...] ―pessoas que só lerão o texto quando esta for uma revista de desatualidades?‖
c) ―Enquanto isso não acontece, tratamos de buscar apoio em quem está na sala há muito
mais tempo do que nós.‖
d) ―Nesse momento, a única notícia nova que queremos ouvir é ‗Pode entrar‘ ‖ [...]
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13. Resposta: b

14. (Ano: 2013/Banca: FUNRIO)


Texto associado
As questões 01 a 04 tomarão por base o seguinte texto:

Uma negociação bem-sucedida se concretiza quando duas partes com interesses


distintos cedem um pouco em favor da conquista de um objetivo comum maior. Sob essa
ótica, democratas e republicanos não têm muito a comemorar no acordo da semana
passada que tentou pôr em ordem as contas do governo. É verdade que o presidente eleito
Barack Obama conseguiu afastar o risco imediato do ―abismo fiscal‖ cavado por anos a fio
de gastos acima das receitas. Os dois lados conseguiram evitar que aumentos abrangentes
de impostos entrassem em vigor imediatamente, o que poria em perigo a retomada ainda
titubeante da economia americana. Obama e a oposição concordaram em não punir mais a
classe média, por enquanto. O imposto de renda será reajustado apenas para o 1% mais
rico da população.
(Revista Veja, edição 2.303, ano 46, nº 4, 09 de janeiro
de 2013.)

Observando-se os morfemas que estruturam as formas verbais CONSEGUIU e


CONSEGUIRAM, pode-se afirmar que

a) ambas estão no pretérito mais-que-perfeito e têm vogal temática I.


b) ambas estão no pretérito perfeito e têm o radical CONSEG.
c) ambas estão no pretérito perfeito e têm vogal temática I.
d) apenas a primeira está no pretérito perfeito, mas ambas têm o radical CONSEG.
e) apenas a segunda está no pretérito mais-que-perfeito, mas ambas têm o radical
CONSEG.

14. Resposta: c

15. (Ano: 2012/Banca: FCC)


Texto associado

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Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos
dos brasileiros.

O verbo que NÃO se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo do grifado acima é:
a) ... que a prática de esportes (...) está diretamente ligada a uma vida mais saudável.
b) A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil.
c) Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região.
d) A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas.
e) ... o sedentarismo figura na quarta posição ...

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15. Resposta: b

16. (Ano: 2011/Banca: TJ-SC )


Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas dos períodos a seguir. Não se
_______________mais papeis jogados no chão da escola. As crianças agora ___________
com jogos e brincadeiras que lhes ensinam comportamentos de cidadãos.
a) via – se entertem
b) viam – se entreteram
c) vê – se enterteem
d) veria – se entertêm
e) viam – se entretêm

16. Resposta: e

17. (Ano: 2011/Banca: IADES )


Texto associado

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Assinale a opção correta.


a) Os termos: ―constituído‖ (linha 4), ―identitária‖ (linha 9) e ―indivíduos‖ (linha 11) recebem
acento gráfico pela mesma razão: são paroxítonas terminadas em ditongo.

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b) No último período do primeiro parágrafo, o ―a‖, em todas as suas ocorrências, apresenta


uma única função sintática: objeto direto.
c) O processo de formação do vocábulo ―imutável‖ (linha 15) é por derivação prefixal.
d) Os termos ―rústicos‖, ―incultos‖ e ―pouco escolarizados‖ (linhas 29 e 30) não pertencem
ao mesmo campo semântico.
e) De acordo com o contexto, o vocábulo ―inservível‖ (linha 16) significa sem utilidade,
imprestável e tem como referente o termo ―algo‖ (linha 16), que pertence à mesma cadeia
coesiva de ―língua‖ (linha 15).

17. Resposta: e

18. (Ano: 2011/Banca: TJ-SC )


Texto associado
Texto: ―ARTE COM CHICLETES‖
Pinturas em miniatura nas calçadas de Londres
Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos
tempos Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres. Depois de ter
visto vários de seus trabalhos vandalizados e destruídos, ele saiu do mato e foi para as ruas
a explorar uma nova mídia, num cenário diferente - pinturas em miniatura em chicletes
jogados no chão.
Ao longo dos anos, Wilson ficou cada vez mais irritado com o lixo, os carros e resíduos
industriais que se tornaram parte integrante da sociedade urbana. Mesmo se refugiando no
interior, ainda tinha que enfrentar a sujeira. Começou a trabalhar com o lixo que encontrava,
catando bitucas de cigarro e pacotes de batata frita para incorporá-los a suas colagens.
Trabalhar com chiclete mascado, in situ, foi uma evolução natural.
Wilson começou a fazer pinturas em chiclete em 1998, mas só em outubro de 2004
decidiu trabalhar com esse meio em tempo integral. Há anos, vem tentando melhorar o
ambiente urbano pintando em cima de outdoors e anúncios, mas a atividade ilegal o levou a
conflitos com a lei. O uso de chiclete o libertou e lhe permitiu trabalhar de forma
espontânea, sem ter de pedir permissão. "Nosso ambiente é muito controlado e o que mais
precisamos é de diversidade", afirmou ele. "Mesmo galerias, museus e editoras são muito
controlados."
Saindo da Barnet High Street, Wilson começou a deixar um rastro de imagens do norte
da cidade até o centro. Quase dois anos depois, no entanto, ele ainda permanece a maior
parte do tempo na Barnet, a rua onde cresceu, e em Muswell Hill, onde mora com a mulher,
Lily, e os três filhos. Como várias pessoas encomendaram retratos, ele se envolveu com os
moradores da área. E explica: "Conheço ali muitos lojistas, varredores de rua e policiais.
Quando ando pelas ruas, a cada passo penso em uma pintura que preciso fazer para
alguém. Está tudo na minha cabeça, e isso faz com que me sinta mais próximo do lugar e
do povo." Ele espera que seu trabalho aumente a percepção que os moradores têm do
bairro, e que dê às crianças uma ligação maior com o ambiente.
Wilson tem agora um livro de pedidos que inclui mensagens de amor e amizade,
grafites, animais de estimação, anúncios de nascimento e morte. "Cada imagem que faço
tem uma história diferente", explicou. "As pinturas refletem as pessoas que passam pela
rua." Ele adora o relacionamento direto com as pessoas, os encontros que lhe dão o tema e
a inspiração para seu trabalho. As pessoas lhe dizem do que gostam e o que querem, e ele

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interpreta cada assunto com base na intuição. O desafio de condensar a história de vida de
uma família inteira em um único pedaço de chiclete o anima e a intimidade do meio o
inspira.
Cada peça começa da mesma maneira. Wilson seleciona um chiclete velho, derrete-o
com um maçarico para endurecer a superfície, cobre-o com uma camada de esmalte
acrílico branco e inicia a pintura. Com joelheiras amarradas na calça manchada de tinta e
um descanso para apoiar o cotovelo, ele é capaz de passar várias horas debruçado sobre
suas obras. Quando a pintura está pronta, Wilson usa a chama de um isqueiro para secá-la,
aumentar a clareza das linhas e evitar o pó. Aí passa mais uma camada de esmalte, ou
spray automotivo, para lhe dar um acabamento resistente. O método faz com que a obra
dure seis meses ou mais.
Wilson fotografa as pinturas para ter um registro. "As fotos têm vida própria depois que
as tiro", observa. Nenhuma das obras em miniatura mede mais do que 5 centímetros de
diâmetro. As pinturas em chicletes que ele fez para si mesmo guardam uma semelhança
com seus desenhos em pastel, pinturas e obras de colagem tridimensionais, que, por sua
vez, refletem as figuras, formas e símbolos de suas esculturas e os ambientes nos quais
foram criadas.
Os padrões de círculos, listras, rabiscos e contornos fortes destacam as imagens do
fundo cinza. Padrões abstratos em forma de amebas, em cores deslumbrantes, contêm
iniciais, nomes e datas celebrando encontros, amizades e outros relacionamentos. Como
antigas placas de lojas, de cores vivas e letras claras, muitas das pinturas no chiclete
representam pequenas empresas locais ou retratam personagens familiares em seus
afazeres diários - uma escova e um pente na frente do cabeleireiro, o leiteiro fazendo
entregas, o cachorro do dono da loja de ferragens. Uma pintura pequena e delicada
relembra um pássaro que morreu lá perto. Apelidos, grafites e pedidos de torcedores de
rúgbi e futebol aparecem nas imagens de calçada de Wilson.
Enquanto trabalhava numa imagem pedida por uma policial, em memória dos que
morreram nos ataques terroristas de Londres, de julho de 2005, Wilson foi abordado por um
guarda de trânsito. Ele lhe contou uma história pessoal de morte e bravura altruísta. A seu
pedido, Wilson pintou um chiclete para homenagear os trabalhadores envolvidos no resgate
das vítimas dos atentados.
Wilson admite que, enquanto muitas pessoas estão conscientes do que ele faz, outras
podem andar sobre suas obras durante um ano e nem mesmo percebê-las. Mas ele espera
que aqueles que notam sua arte tenham uma consciência maior do efeito que as pessoas
exercem sobre o ambiente.
O artista acredita que, em vez de apenas multar e deter, as autoridades devem lidar
com as causas do comportamento antissocial, e incentivar os jovens a descobrir sua
criatividade. Em junho de 2005, ele foi preso em Trafalgar Square por pintar um retrato do
Almirante Nelson em um chiclete. Ele havia sido convidado pelo Conselho de Artes a
participar do lançamento da Semana de Arquitetura, mas mais tarde foi informado de que
não haviam conseguido obter autorização da prefeitura. "O evento procurava fazer pessoas
criativas trabalharem de forma subversiva", explica, "mas parece que não conseguem
suportar nada fora dos padrões: eles têm de saber quem, o que, quando e por quê."
Ao tentar defender sua arte no palco temporário da Trafalgar Square, Wilson foi
perseguido por policiais e levado sob custódia. Após ter suas impressões digitais colhidas,
foi fotografado e interrogado. Seu punho foi ferido quando a polícia o deteve. Precisou usar

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uma tipoia, mas foi capaz de ver o humor da situação, observando as semelhanças entre
ele e seu tema: "Fiquei parecido com Nelson, com o braço sangrando."

ELMORE, Julia. Arte com chicletes. Piauí, São Paulo, n. 59, p. 39 – 43, ago. 2011.
(adaptado)

Assinale a alternativa que NÃO contém uma forma verbal arrizotônica:


a) Começou.
b) Fazer.
c) Enfrentar.
d) Passa.
e) Cresceu.

18. Resposta: d

19. (Ano: 2010/Banca: FCC)


Texto associado

Assédio eletrônico
Quem já se habituou ao desgosto de receber textos não
solicitados de cem páginas aguardando sua leitura? Ou quem
não se irrita por ser destinatário de mensagens automáticas que
nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais
sinistros como os hackers e os vírus, como aturar os abusos da
propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da
liberdade de acesso à informação?
Entre as vantagens do correio eletrônico - indiscutíveis,
a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a
apurar se a propagação do e-mail veio ressuscitar a carta. A
esta altura, o e-mail lembra mais o deus dos começos, Janus
Bifronte, a quem era consagrado o mês de janeiro. No templo
de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e
outra para trás. A divindade presidia simultaneamente à morte e
ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posição
privilegiada de olhar nas duas direções, para o passado e para
o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando
a obsolescência da carta como pode dar-lhe alento novo.
Sem dúvida, o golpe certeiro na velha prática da
correspondência, de quem algumas pessoas, como eu, andam
com saudades, não foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O
assassino foi o telefone, cuja difusão, no começo do século XX,
quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme
diminuição em sua frequência. A falta foi percebida e muita
gente, à época, lamentou o fato e o registrou por escrito.
Seria conveniente pensar qual é a lacuna que se
interpõe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar três pontos

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em que a diferença é mais patente. O primeiro é o suporte, que


passou do papel para o impulso eletrônico. O segundo é a
temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do
que a concepção de tempo implicada na escritura e envio de
uma carta. Costumava-se começar por um rascunho; passavase
a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope
elegante - tudo para enfrentar dias, às vezes semanas, de
correio. O terceiro aspecto a ponderar é a tremenda invasão da
privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade
trazida pelo correio eletrônico, as pessoas dirigem-se a quem
não conhecem a propósito de assuntos sem interesse do infeliz
destinatário.

(Walnice Nogueira Galvão, O tapete afegão)

É preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase:


a) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ninguém imagina viver sem se valer
dele a todo momento.
b) Se uma mensagem eletrônica contiver algum vírus, o usuário incauto será prejudicado,
ao abri-la.
c) Caso não nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, será preciso que nos
munamos de algum filtro oferecido pela Internet.
d) Se uma mensagem provier de um desconhecido, será preciso submetê-la a um antivírus
específico.
e) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivírus, para evitar que
algum e-mail o contaminasse.

19. Resposta: e

20. (Ano: 2010/Banca: FDRH)


Texto associado

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A palavra civilizada (linha 1 8) deriva de "civil", e isso é um critério que determina sua grafia.
Assinale a alternativa em que todas as palavras, derivadas do mesmo radica] presente nas
palavras para (linha 11), árido (linha 16) e finalmente (linha 18), respectivamente,
apresentam a grafia correta.
a) paralisação — arides — finalização
b) paralisia — aridez — finalisar
c) paralisar — aridez — finalzinho
d) paralizar — arides — finalizar
e) paralisação - aridez - finalsinho

20. Resposta: c

21. (Ano: 2008/Banca: CESPE)


Texto associado

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A respeito das estruturas lingüísticas do texto II, assinale a opção correta.


a) De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, o emprego da vírgula no
primeiro período do texto não tem justificativa gramatical.
b) No período ―Embora (...) críticos‖ (L.3-7), a idéia de concessão é introduzida pela palavra
―ainda‖ (L.5), empregada na oração principal.
c) As palavras ―inquietante‖ (L.3), ―indisputado‖ (L.4) e ―inclassificável‖ (L.6) classificam-se
como adjetivos, os quais são formados por um mesmo prefixo, mas por sufixos diferentes.
d) O pronome relativo ―que‖ (L.6) refere-se a ―o escritor‖ (L.5).
e) Nas orações ―colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos
literários‖ (Ll.22-24), ambos os verbos estão empregados sem complemento.

21. Resposta: c

22. (Ano: 2007/Banca: FCC)


Texto associado
Atenção: As questões de números 1 a 20 referem-se ao texto
seguinte.

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Está bem observada a correlação entre os tempos e modos verbais na construção do


período:
a) Se não variassem de cultura para cultura, as regras de convívio terão alcançado,
efetivamente, a chamada validade universal.
b) Tendo cabido ao homo sapiens discriminar critérios de convívio, conseguiu ele criar uma
organização social que, até hoje, não abdica de punir quem os desrespeite.
c) A relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns estava sendo prejudicada caso se
viesse a permitir a existência de privilégios.
d) Para que não se consagrasse o péssimo exemplo da impunidade, faz-se necessária a
sanção dos que vierem a cometer delitos.
e) Enquanto os animais continuam regulando-se pela ―lei da selva‖, os homens estariam
sempre se esforçando para tê-la superado.

22. Resposta: b

23. (Ano: 2005/Banca: FAPEU)


Texto associado

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Assinale a alternativa em que o verbo destacado está CORRETAMENTE empregado


a) ( ) Noventa por cento dos infectados pelo Mal de Chagas tomaram caldo de cana na
barraca Navegantes II.
b) ( ) Os Estados Unidos interviram no conflito.
c) ( ) Erros pretéritos não justificam medidas que contém o propósito de aumentar a
arrecadação de impostos.
d) ( ) Sobraria, portanto, somente duas opções para a tomada de decisões.

23. Resposta: a

Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

1. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


Texto associado

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Assinale a alternativa correta com base no Texto 2 e na norma padrão escrita.


a) As palavras ―fui‖ e ―sou‖ (linha 34) correspondem, respectivamente, ao passado e ao
presente do verbo ―ser‖.
b) O tempo de ―chovia‖ (linha 22) é o pretérito perfeito.
c) Em ―Eu não consigo correr muito‖ (linha 30), o termo sublinhado é um pronome oblíquo.
d) A função de ―quem‖ e ―eu‖ (linha 17) é de pronome pessoal.
e) Em ―Isso não poderia ter acontecido‖ (linha 39), o tempo verbal é o pretérito mais-que-
perfeito.

1. Resposta: a
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2.(Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

Com base no Texto 3, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo e assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

( ) As vírgulas (quadrinhos 1, 2 e 3) estão sendo empregadas para isolar vocativos.


( ) A palavra ―pamonha‖ contém um dígrafo.
( ) O verbo ―foi‖, no último quadrinho, está conjugado no pretérito imperfeito.
( ) As palavras ―flor‖ e ―pamonha‖ são antônimos.
a) V – F – V – V
b) F – V – F – V
c) V – V – F – F
d) F – F – V – F
e) V – V – V – F

2. Resposta: c

3. (Ano: 2018/Banca: FGV)


Texto associado
Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2006, p. 412

A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias


formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas
violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da
agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e,
ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa
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forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe
a outro.
Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em
sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano
precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.
Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja,
foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a
sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o
fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em
condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para
a constituição de civilizações.

―Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns
teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria‖.
Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
a) o sujeito da forma verbal ―foi usada‖ está posposto;
b) a frase ―para criar uma desigualdade‖ indica uma concessão;
c) o relativo ―a qual‖ se refere a um termo seguinte;
d) o termo ―alguns teóricos‖ funciona como objeto direto;
e) a forma verbal no futuro do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.

3. Resposta: e

4. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

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Considerando o trecho abaixo, transcrito do Texto 1, analise as afirmativas apresentadas na


sequência, conforme a norma padrão escrita, e assinale a alternativa correta.

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– Leve este, menino! Ele ―enterte‖ mais... (linha 10)

I. O verbo ―entreter‖ deveria estar flexionado na forma ―entrete‖.


II. A flexão de ―entreter‖ na terceira pessoa do singular do presente do indicativo é
entretém‖.
III. O pronome pessoal retoma o pronome demonstrativo.
IV. O termo ―ele‖ retoma o substantivo ―menino‖.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

4. Resposta: d

5. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)

Considerando a sequência textual abaixo e a norma padrão escrita, analise as afirmativas


abaixo e assinale a alternativa correta.
Quando eu chegar à universidade e avistar o tamanho do campus, ficarei encantado,
absorto por tudo aquilo que me espera.

I. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vir‖ e ―ver‖, respectivamente.
II. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vier‖ e ―vir‖, respectivamente.
III. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vim‖ e ―vê‖, respectivamente.
IV. O termo ―absorto‖ por ser substituído por ―extasiado‖ sem prejuízo de significação.
V. A palavra ―quando‖ exerce a função de conjunção subordinativa adverbial temporal.
a) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.

5. Resposta: e

6. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

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Observe as sentenças abaixo, retiradas do Texto 2. Considerando os verbos destacados,


assinale a alternativa correta.

I. ―mas, até onde sabemos, somos os únicos seres do universo que expressam
pensamentos de forma complexa por meio de sons, gestos, pinturas, escrita etc.‖ (linhas 03
a 05)

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II. ―Em cada idioma já foram expressas belíssimas ideias que ficaram eternizadas em
diferentes obras literárias.‖ (linhas 09 e 10)

III. ―Essas narrativas acabam se modificando ao longo do tempo, assim como as próprias
línguas, tanto pela evolução do pensamento como pelas descobertas de novos fenômenos,
que, para serem explicados, levam a grandes revoluções no modo de pensar.‖ (linhas 17 a
20)

IV. ―Ainda serão escritos muitos ‗poemas‘ e ‗narrativas‘ (teorias) na física, por meio do seu
‗idioma‘ (matemática), e eles continuarão nos encantando, assim como as grandes
produções literárias.‖ (linhas 42 a 44)
a) Em I, o verbo está conjugado na terceira pessoa do plural do modo subjuntivo.
b) Em III, o verbo está no infinitivo pessoal, flexionado na terceira pessoal do plural.
c) Em II, o verbo está conjugado na voz ativa.
d) Em IV, o verbo está conjugado no futuro do pretérito.
e) Em todas as frases, os verbos estão na forma finita.

6. Resposta: b

7. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

Com base no Texto 3, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo. Assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

( ) As palavras ―séculos‖ (linha 02), ―acústica‖ (linha 04) e ―músicos‖ (linha 10) são
proparoxítonas.
( ) A palavra ―irreprodutíveis‖ (linha 03) contém um dígrafo.
( ) A palavra ―soube‖ (linha 10) está empregada na terceira pessoa do singular do futuro do
subjuntivo.
( ) A palavra ―eles‖ (linha 02) retoma ―melhores do mundo‖.

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( ) A palavra ―instrumentos‖ é agente da passiva na oração ―os instrumentos foram tocados


por solistas vendados‖ (linha 09).
a) V – V – F – F – F
b) F – V – V – V – F
c) V – F – V – F – V
d) V – V – F – F – V
e) F – F – V – V – V

7. Resposta: a

8. (Ano: 2018/Banca: CONSULPLAN)


Texto associado
Quão rara é a Terra?

Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com
características físicas semelhantes às da Terra, vale perguntar se eles têm, de fato, a
chance de abrigar formas de vida e, se tiverem, que vida seria essa.
Antes, alguns números importantes. Os melhores dados com relação à existência de
outros planetas vêm do satélite da NASA Kepler, que anda buscando planetas como a Terra
mapeando 100 mil estrelas na nossa região cósmica.
Pelo desenho da missão, a identificação dos planetas usa um efeito chamado de
trânsito: quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus passando
em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído.
Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela, a diminuição
do brilho e, se possível, o período da órbita (quando o planeta retorna ao seu ponto inicial),
é possível determinar o tamanho e massa do planeta.
Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massa
semelhante à da Terra e, possivelmente, estão na zona habitável, o que significa que a
temperatura na sua superfície permite a existência de água líquida (se houver água lá).
Como sabemos que o número de estrelas na nossa galáxia é em torno de 200 bilhões, a
estimativa da missão Kepler implica que devem existir em torno de 10 bilhões de planetas
com dimensões semelhantes às da Terra.
Nada mal, se supusermos que basta isso para que exista vida. Porém, a situação é bem
mais complexa e depende das propriedades da vida e, em particular, da história geológica
do planeta.
Aqui na Terra, a vida surgiu 3,5 bilhões de anos atrás. Porém, durante
aproximadamente 3 bilhões de anos, a vida aqui era constituída essencialmente de seres
unicelulares, pouco sofisticados. Digamos, um planeta de amebas.
Apenas quando a atmosfera da Terra foi ―oxigenada‖, e isso devido à ―descoberta‖ da
fotossíntese por essas bactérias (cianobactérias, na verdade), é que seres multicelulares
surgiram.
Essa mudança também gerou algo de muito importante: quando o oxigênio atmosférico
sofreu a ação da radiação solar é que se formou a camada de ozônio que acaba por
proteger a superfície do planeta. Sem essa proteção, a vida complexa na superfície seria
inviável.

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Fora isso, a Terra tem uma lua pesada, o que estabiliza o seu eixo de rotação: a Terra é
como um pião que está por cair, rodopiando em torno de si mesma numa inclinação de 23,5
graus.
Esta inclinação é a responsável pelas estações do ano e por manter o clima da Terra
relativamente agradável. Sem nossa Lua, o eixo de rotação teria um movimento caótico e a
temperatura variaria de forma aleatória.
Juntemos a isso o campo magnético terrestre, que nos protege também da radiação
solar e de outras formas de radiação letal que vêm do espaço, e o movimento das placas
tectônicas, que funciona como um termostato terrestre e regula a circulação de gás
carbônico na atmosfera, e vemos que são muitas as propriedades que fazem o nosso
planeta especial.
Portanto, mesmo que existam outras ―Terras‖ pela galáxia, defendo ainda a raridade do
nosso planeta e da vida complexa que nele existe.

(Marcelo Gleiser – Disponível em:


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1172152-quao-rara-e-a-terra.shtml.)

Analise a forma verbal destacada no trecho a seguir e assinale a alternativa que apresenta
a classificação adequada de tal forma verbal: ―Portanto, mesmo que existam outras ‗Terras‘
pela galáxia, defendo ainda a raridade do nosso planeta e da vida complexa que nele
existe.‖
a) Presente do indicativo.
b) Presente do subjuntivo.
c) Pretérito perfeito do indicativo.
d) Pretérito imperfeito do subjuntivo.

8. Resposta: b

9. (Ano: 2018/Banca: CONSULPLAN)


Texto associado
Todos nós trazemos no corpo as marcas de uma profunda identidade com o planeta.
São marcas profundas, viscerais, que não podem ser apagadas. A primeira delas é a água.
O mais fundamental dos elementos está presente em nosso corpo na mesma proporção em
que aparece no globo terrestre. As lágrimas que derramamos de dor ou de alegria tem o
sabor dos oceanos.
A água do mar tem quase a mesma consistência do soro fisiológico. Em nosso sangue
carregamos a terra, pulverizada nos sais minerais, que vitalizam tecidos e órgãos. Ferro,
cálcio, manganês, zinco, que jazem nas profundezas do solo, correm pelas nossas veias.
Desde o primeiro choro, quando inauguramos as vias respiratórias e inalamos pela
primeira vez o ar que enche os pulmões, participamos de um grande espetáculo da
natureza, que revela em pequenos detalhes, a grandeza do universo. Nossa principal fonte
de energia é o ar. Podemos suportar dias sem comer ou beber. Mas não podemos ficar
tanto tempo sem ar. Enchemos os pulmões de oxigênio e devolvemos gás carbônico para a
atmosfera. Esse gás é absorvido pelas espécies vegetais, que através da fotossíntese,
devolvem generosamente, oxigênio. Como se vê, interagimos intensamente com o meio
natural. Nos confundimos com esse meio ambiente. Somos parte dele e ele de nós.

93
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Neste início de terceiro milênio, quando a humanidade estabelece novos recordes de


destruição dos recursos naturais, perdemos o contato com a Mãe Terra e, não por acaso,
com nós mesmos. Na agitação da vida moderna, vivemos encubados em casas e
apartamentos, elevadores, escritórios, ônibus e carros. O tempo do relógio se sobrepõe ao
tempo natural, em que cada coisa acontece na hora certa, sem angústia ou ansiedade.
Esquecemos de nos conectar ao que empresta sentido à vida, que é a própria vida em
essência, com um imenso repertório de ensinamentos. Assim, deixamos de olhar para o céu
e perceber como está o tempo, perder alguns segundos admirando o esplendor de uma
manhã ensolarada, o prazer do vento que desgrenha os cabelos trazendo alívio e frescor, o
horizonte sem limites do mar azul, a imponência das montanhas, o brilho cintilante de uma
estrela que atravessa milhões de quilômetros na velocidade da luz, e que depois de driblar
as nuvens e a poluição, aparece no céu sem que percebamos seu esforço heroico.
Mergulhados em afazeres mais urgentes, nos afastamos de nossa essência. Será
coincidência que o avanço da destruição da natureza se dá na mesma velocidade com que
registramos o crescimento das estatísticas de depressão e suicídio? É preciso refazer os
elos e perceber com humildade que as pequenas coisas da vida encerram as grandes
verdades da existência. O mundo está em nós e nós no mundo. O meio ambiente começa
no meio da gente.

(TRIGUEIRO, André. Intimidade ecológica. Mundo Sustentável, 10 jun. 2003. Disponível


em: http://mundosustentavel.com.br/2003/06/10/ intimidade-ecologica/. Acesso em janeiro
de 2018.)

Em ―Todos nós trazemos no corpo as marcas de uma profunda identidade com o planeta.‖
(1º§), o termo destacado expressa
a) presente pontual.
b) ação de duração contínua.
c) presente universal ou permansivo.
d) ação imperfectiva, não concluída e habitual.

9. Resposta: c

10. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Texto associado
Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes

É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja
indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se
impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro,
chegaremos ao ponto G.
O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que
muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio,
prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a
ponderação, nem que seja apenas como subproduto da perplexidade, aquilo que faz o
marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.

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O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente


que é visto como ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos,
ciganos, gagos − é hoje condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo
selvagem inflama as turbas linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de
vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o

primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.


Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de
comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de
assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um
claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do direito de defesa e do infinito
potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.

(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)

Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em tempos e


modos adequados na frase:
a) Ao se evitarem as ponderações que devem anteceder qualquer julgamento, abre-se o
caminho para o arbítrio e a violência de graves preconceitos.
b) Devem-se aos juízos preconceituosos esse tipo de violência, disseminada nas redes
sociais, que nada mais seriam que verdadeiros linchamentos públicos.
c) Às turbas linchadoras nunca ocorreriam que, por conta de sua violência irracional, muitos
inocentes terão sido vitimados de forma cruel.
d) Não parece abalar a pessoa irracional as razões levantadas pelo autor do texto para que,
com a ponderação, refreássemos nossos instintos violentos.
e) Quando se leva em conta as diferenças pessoais, seria de se imaginar que a tal cuidado
deva corresponder julgamentos mais prudentes e generosos.

10. Resposta: a

11. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Há correspondência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:
a) Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de constatar o
quanto suas suposições se distanciaram da experiência.
b) Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o futuro
sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.
c) Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos venham a
se tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo prazo.
d) Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo
patamar da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.
e) O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas limitações
à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.

11. Resposta: a

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12. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Texto associado
A velhice na sociedade industrial

Durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos transcendem,
que não envelhecem, e que dão significado a nossos gestos cotidianos. Talvez seja esse
um remédio contra os danos do tempo. Mas, pondera Simone de Beauvoir, se o trabalhador
aposentado se desespera com a falta de sentido da vida presente, é porque em todo o
tempo o sentido de sua vida lhe foi roubado. Esgotada a sua força de trabalho, sente-se um
pária, e é comum que o escutemos agradecendo sua aposentadoria como uma esmola.
A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que
trabalha. Esta sociedade pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo
trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator, o jornalista.
Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nascimento, na
sociedade da competição e do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátricos não devolvem
a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a construção de casas decentes para a
velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo à frente. Mas haveria que
sedimentar uma cultura para os velhos com interesses, trabalhos, responsabilidades que
tornem digna sua sobrevivência. Como deveria ser uma sociedade para que, na velhice, o
homem permaneça um homem? A resposta é radical para Simone de Beauvoir: ―seria
preciso que ele sempre tivesse sido tratado como homem‖.
Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as
minorias têm lutado, que os grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro,
combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas. Nós é que temos de lutar por
ele.

(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39)

Há construção na voz passiva, bem como adequada correlação entre tempos e modos
verbais, na frase:
a) Se, em nossa velhice, ainda estivéssemos engajados em causas políticas maiores, bem
mais digna será nossa condição de vida.
b) Por lhes ter sido roubado o sentido mesmo de viver, os trabalhadores aposentados
chegam a se desesperar com tamanho vazio.
c) Desde que a sociedade passou a glorificar a competição e o pragmatismo, os homens
veriam desvalorizados seus ideais mais nobres.
d) Fossem outros os valores de nossa sociedade, em lugar do atual pragmatismo vicioso,
outra cultura poderá incluir com justiça os velhos trabalhadores.
e) No caso de que viesse a encontrar quem lute por ele, o velho terá reconhecido nesse
apoio uma comprovação de nossa humanidade.

12. Resposta: b

13. (Ano: 2018/Banca: CESPE)


texto associado

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Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais do texto apresentado, julgue o item a
seguir.

A substituição de ―teremos conquistado‖ (ℓ.10) por conquistaremos manteria os sentidos


originais do texto.
Certo
Errado

13. Resposta: errado

14. (Ano: 2018/Banca: SELECON)


Texto associado
Texto I
Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo


cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo
o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo que de tão perfeito
nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagem
[...]

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Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome
você, meu caro, tem que merecê-lo,
tem que fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade. In: Discurso de primavera e algumas sombras, 1978.

Em ―mas novo nas sementinhas do vir-a-ser‖, o poeta faz referência ao tempo:


a) presente
b) passado
c) futuro
d) imperfeito

14. Resposta: c

15. (Ano: 2017/Banca: VUNESP)


Texto associado
Briga de irmãos... Nós éramos cinco e brigávamos muito, recordou Augusto, olhos perdidos
num ponto X, quase sorrindo. Isto não quer dizer que nos detestássemos. Pelo contrário. A
gente gostava bastante uns dos outros e não podia viver na separação. Se um de nós ia
para o colégio (era longe o colégio, a viagem se fazia a cavalo, dez léguas na estrada
lamacenta, que o governo não consertava), os outros ficavam tristes uma semana. Depois
esqueciam, mas a saudade do mano muitas vezes estragava o nosso banho no poço,
irritava ainda mais o malogro da caça de passarinho: ―Se Miguel estivesse aqui, garanto que
você não deixava o tiziu fugir‖, gritava Édison. ―Você assustou ele falando alto... Miguel te
quebrava a cara‖. Miguel era o mais velho, e fora fazer o seu ginásio. Não se sabe bem por
que a sua presença teria impedido a fuga do pássaro, nem ainda por que o tapa no rosto de
Tito, com o tiziu já longínquo, teria remediado o acontecimento. Mas o fato é que a figura de
Miguel, evocada naquele instante, embalava nosso desapontamento e de certo modo
participava dele, ajudando-nos a voltar para casa de mãos vazias e a enfrentar o risinho
malévolo dos Guimarães: ―O que é que vocês pegaram hoje?‖ ―Nada‖. Miguel era deste

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tamanho, impunha-se. Além disto, sabia palavras difíceis, inclusive xingamentos, que nos
deixavam de boca aberta, ao explodirem na discussão, e que decorávamos para aplicar na
primeira oportunidade, em nossas brigas particulares com os meninos da rua. Realmente,
Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade. E pensávamos com ânsia no seu regresso, um pouco para gozar de sua
companhia, outro pouco para aprender nomes feios, e bastante para descontar os socos
que ele nos dera, o miserável.

(Carlos Drummond de Andrade, A Salvação da Alma. Em: O sorvete e outras histórias.)

Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados, de acordo com a


norma-padrão.
a) Miguel quebrava a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele vim aqui, garanto que
você não deixa o passarinho fugir.
b) Miguel quebra a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele pôr os pés aqui, garanto
que você não deixaria o passarinho fugir.
c) Miguel quebraria a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele estiver aqui, garanto que
você não deixará o passarinho fugir.
d) Miguel quebraria a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele vir aqui, garanto que
você não deixava o passarinho fugir.
e) Miguel quebrava a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele estar aqui, garanto que
você não deixará o passarinho fugir.

15. Resposta: c

16. (Ano: 2017/Banca: CPCON)


Texto associado
TEXTO 7

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava
um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia
pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente
feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um
barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava?
Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que
mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era
mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

(CECÍLIAMEIRELES. Boa companhia - Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
(Fragmento))

Sobre a palavra comprava, que aparece no Texto 7, podemos afirmar que


a) tem o mesmo número de letras e fonemas.
b) apresenta dois dígrafos.
c) apresenta encontro consonantal.

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d) é uma palavra proparoxítona.


e) está conjugada no presente do indicativo.

16. Resposta: c

17. (Ano: 2017/Banca: CPCON)

Muito presente na esfera jornalística, a charge busca despertar nos leitores a reflexão sobre
problemas que afetam a sociedade. A moradia, tema da charge abaixo, é um deles. Sob o
aspecto linguístico, normalmente, esse gênero de texto apresenta estruturas simples, com
vocabulário e linguagem acessíveis; mas é preciso atentar para o fato de que a
compreensão de um texto depende também da recuperação de informações implícitas.

Analise o que se afirma a seguir, em torno do enunciado proferido por um dos personagens.

I- O pronome pessoal ―a gente‖ já se incorporou à nossa língua, em referência à primeira


pessoa do plural, na linguagem coloquial; como a charge circula na esfera jornalística, o
autor tem de primar pelo uso formal, daí esse emprego ser inapropriado.

II- O pretérito imperfeito representa ação contínua no passado; logo a flexão verbal
empregada pelo autor, associado ao uso do advérbio ―sempre‖, reforça a ideia de que a
falta de moradia é uma condição permanente.

III- Dada a intenção de interagir com o leitor, o chargista opta pelo uso do pronome ―a
gente‖, pois o uso de ―nós‖ conduziria a marcar o plural no verbo ―nós ficávamos...‖,
causando certa artificialidade no modo de falar do personagem, enquanto o ―a gente
sempre ficava‖ representa melhor a linguagem coloquial, adequada ao cenário apresentado.

É CORRETO o que se afirma apenas em


a) I.
b) II.

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c) II e III.
d) III.
e) I e III.

17. Resposta: c

18. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

Julgue o item em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos.

101
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São empregados como substantivos no texto a expressão ―pôr do sol‖ (linha 8) e o vocábulo
―reta‖ (linha 8); a palavra ―alegre‖ (linha 36) é empregada como verbo.
Certo
Errado

18. Resposta: certo

19. (Ano: 2017/Banca: UFSM)


texto associado

Para responder à questão, considere a seguinte frase:

Segundo o GeMob, se todas as pessoas que vêm para a universidade sozinhas aderissem
a essa ideia, teríamos uma redução de aproximadamente 23% no número de veículos que
trafegam nas faixas que dão acesso ao campus (1.23-25).

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa sobre a contribuição de tempos e


modos verbais para a formulação do raciocínio explorado no texto.

( ) Empregar os verbos vir e trafegar no presente do indicativo possibilita exprimir o caráter


habitual de as pessoas se deslocarem sozinhas nas faixas de acesso à UFSM.
( ) Empregar o verbo aderir flexionado no modo subjuntivo possibilita exprimir o caráter
hipotético da adesão das pessoas à prática de solidariamente dar carona.
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( ) Empregar o verbo ter no futuro do pretérito possibilita exprimir a certeza de que ocorrerá
a redução de veículos calculada pelo GeMob.

A sequência correta é
a) V - F - V.
b) V - V - V.
c) F - F - V.
d) F - V - F.
e) V - V - F.

19. Resposta: e

20. (Ano: 2017/Banca: IBADE)


Texto associado
Texto para responder à questão.

O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos,
bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as
mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-
lhe:
- E se me desculpe, senhorinha, posso convidara passear?
- Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
- E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
-Macabéa.
-Maca - o quê?
- Béa, foi ela obrigada a completar.
- Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
- Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora
da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha
nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem
mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou
desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
- Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da
vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas,
parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma
ruptura, disse ao recém-namorado:
- Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos.
Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa
parecia lágrimas escorrendo.
Da terceira vez que se encontraram - pois não é que estava chovendo? - o rapaz, irritado
e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
-Você também só sabe é mesmo chover!
-Desculpe.

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Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero
de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
- Olímpico de Jesus Moreira Chaves - mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o
de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o
modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
- Eu não entendo o seu nome - disse ela. - Olímpico?
Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito
bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com
a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido:
- Eu sei mas não quero dizer!
- Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele
não se chamava ―operário" e sim ―metalúrgico‖. Macabéa ficava contente com a posição
social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário
mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. ―Metalúrgico e datilógrafa‖ formavam
um casal de classe.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30jan. p. 43-45.
(Fragmento)

Com base no sentido das classes gramaticais ou de suas funções sintáticas, empregadas
no período ―Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam
diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos,
latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse
uma ruptura.", é correto afirmar que:
a) a forma verbal ESTAVAM EXPOSTOS é de uso corrente na voz passiva sintética.
b) preposição COM poderia ser substituída, sem perda do sentido original, por A FIM DE.
c) todos os substantivos do trecho designam uma essência ou qualidade separada de seu
sujeito.
d) a oração ―DE QUE O SILÊNCIO JÁ SIGNIFICASSE UMA RUPTURA.‖ age como
complemento nominal.
e)emprego de ESTAVAM no futuro do presente não provocaria qualquer mudança de
sentido.

20. Resposta: d

21. (Ano: 2017/Banca: FCC) Texto associado


Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital potiguar trouxe
dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição geográfica, considerada
estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América do Sul, Natal é o ponto mais
próximo dos continentes europeu e africano.
"Os EUA precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto
para a África", explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta
necessidade que Natal se transformou no "trampolim da vitória" para os EUA. Os aviões

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vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a travessia do
Atlântico.
(Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em:
g1.globo.com)

Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a travessia
do Atlântico.

Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem assumir as


seguintes formas:
a) vieram − abasteceram − ficaram
b) viriam − abasteceriam − ficariam
c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão

d) vieram − tivessem abastecido − ficavam

e) viriam − haviam abastecido − ficaram

21. Resposta: b

22. (Ano: 2017/Banca: UFSM)


texto associado

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Para responder à questão, considere a seguinte frase:

Segundo o GeMob, se todas as pessoas que vêm para a universidade sozinhas aderissem
a essa ideia, teríamos uma redução de aproximadamente 23% no número de veículos que
trafegam nas faixas que dão acesso ao campus (1.23-25).

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa sobre a contribuição de tempos e


modos verbais para a formulação do raciocínio explorado no texto.

( ) Empregar os verbos vir e trafegar no presente do indicativo possibilita exprimir o caráter


habitual de as pessoas se deslocarem sozinhas nas faixas de acesso à UFSM.
( ) Empregar o verbo aderir flexionado no modo subjuntivo possibilita exprimir o caráter
hipotético da adesão das pessoas à prática de solidariamente dar carona.
( ) Empregar o verbo ter no futuro do pretérito possibilita exprimir a certeza de que ocorrerá
a redução de veículos calculada pelo GeMob.

A sequência correta é
a) V - F - V.
b) V - V - V.
c) F - F - V.
d) F - V - F.
e) V - V - F.
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22. Resposta: e

23. (Ano: 2017/Banca: IBADE)


Texto associado
Texto para responder à questão.

O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos,
bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as
mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele... Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-
lhe:
- E se me desculpe, senhorinha, posso convidara passear?
- Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
- E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
-Macabéa.
-Maca - o quê?
- Béa, foi ela obrigada a completar.
- Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
- Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora
da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha
nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem
mas parece que deu certo - parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou
desanimada e com pudor - pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
- Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da
vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas,
parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma
ruptura, disse ao recém-namorado:
- Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos.
Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa
parecia lágrimas escorrendo.
Da terceira vez que se encontraram - pois não é que estava chovendo? - o rapaz, irritado
e perdendo o leve verniz de finura que o padrasto a custo lhe ensinara, disse-lhe:
-Você também só sabe é mesmo chover!
-Desculpe.
Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero
de amor.
Numa das vezes em que se encontraram ela afinal perguntou-lhe o nome.
- Olímpico de Jesus Moreira Chaves - mentiu ele porque tinha como sobrenome apenas o
de Jesus, sobrenome dos que não têm pai. Fora criado por um padrasto que lhe ensinara o
modo fino de tratar pessoas para se aproveitar delas e lhe ensinara como pegar mulher.
- Eu não entendo o seu nome - disse ela. - Olímpico?

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Macabéa fingia enorme curiosidade escondendo dele que ela nunca entendia tudo muito
bem e que isso era assim mesmo. Mas ele, galinho de briga que era, arrepiou-se todo com
a pergunta tola e que ele não sabia responder. Disse aborrecido:
- Eu sei mas não quero dizer!
- Não faz mal, não faz mal, não faz mal... a gente não precisa entender o nome.
[...] Olímpico de Jesus trabalhava de operário numa metalúrgica e ela nem notou que ele
não se chamava ―operário" e sim ―metalúrgico‖. Macabéa ficava contente com a posição
social dele porque tinha orgulho de ser datilógrafa, embora ganhasse menos que o salário
mínimo. Mas ela e Olímpico eram alguém no mundo. ―Metalúrgico e datilógrafa‖ formavam
um casal de classe.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, 30jan. p. 43-45.
(Fragmento)

Com base no sentido das classes gramaticais ou de suas funções sintáticas, empregadas
no período ―Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam
diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos,
latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse
uma ruptura.", é correto afirmar que:
a) a forma verbal ESTAVAM EXPOSTOS é de uso corrente na voz passiva sintética.
b) preposição COM poderia ser substituída, sem perda do sentido original, por A FIM DE.
c) todos os substantivos do trecho designam uma essência ou qualidade separada de seu
sujeito.
d) a oração ―DE QUE O SILÊNCIO JÁ SIGNIFICASSE UMA RUPTURA.‖ age como
complemento nominal.
e) emprego de ESTAVAM no futuro do presente não provocaria qualquer mudança de
sentido.

23. Resposta: d

24. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Juízo de valor

Um juízo de valor tem como origem uma percepção individual: alguém julga algo ou
outra pessoa tomando por base o que considera um critério ético ou moral. Isso significa
que diversos indivíduos podem emitir diversos juízos de valor para uma mesma situação, ou
julgar de diversos modos uma mesma pessoa. Tais controvérsias são perfeitamente
naturais; o difícil é aceitá-las com naturalidade para, em seguida, discuti-las. Tendemos a
fazer do nosso juízo de valor um atestado de realidade: o que dissermos que é, será o que
dissermos. Em vez da naturalidade da controvérsia a ser ponderada, optamos pela
prepotência de um juízo de valor dado como exclusivo.
Com o fenômeno da expansão das redes sociais, abertas a todas as manifestações,
juízos de valor digladiam-se o tempo todo, na maior parte dos casos sem proveito algum.
Sendo imperativa, a opinião pessoal esquiva-se da controvérsia, pula a etapa da mediação
reflexiva e instala-se no posto da convicção inabalável. À falta de argumentos, contrapõem-

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se as paixões do ódio, do ressentimento, da calúnia, num triste espetáculo público de


intolerância.
Constituem uma extraordinária orientação para nós todos estas palavras do grande
historiador Eric Hobsbawm: ―A primeira tarefa do historiador não é julgar, mas compreender,
mesmo o que temos mais dificuldade para compreender. O que dificulta a compreensão, no
entanto, não são apenas as nossas convicções apaixonadas, mas também a experiência
histórica que as formou.‖ A advertência de Hobsbawm não deve interessar apenas aos
historiadores, mas a todo aquele que deseja dar consistência e legitimidade ao juízo de
valor que venha a emitir.
(Péricles Augusto da Costa, inédito)

As formas verbais atendem às normas de concordância e à adequada articulação entre


tempos e modos na frase:
a) Não deveriam caber àqueles que julgam caprichosamente tomar decisões que se
baseavam em juízos de valor viciosos e precipitados.
b) Acatassem os ensinamentos de Hobsbawm toda gente que se ocupa de julgar, menos
hostilidades haverá nas redes sociais.
c) A obsessão pelos juízos de valor, tão disseminados nas redes sociais, fazem com que
viéssemos a difundir mais e mais preconceitos.
d) Uma vez que se pretendam que as meras opiniões sejam tão consistentes quanto os
argumentos, toda discussão terá sido inócua.
e) Caberá aos historiadores verdadeiramente sérios todo o empenho na compreensão de
um fenômeno, antes que venham a julgá-lo.

24. Resposta: e

25. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.


DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016.
Adaptado de:

http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.

A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém
se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato,
quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as
mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e
vice-versa.

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Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu
tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos
espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que
diz ―nãoB‖. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra ―nãoB‖ no discurso de A,
sempre se encontra A; mas B não ―pode‖ ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do
português. Se um linguista diz que não há ―erro‖ em uma fala popular, como em ―as elite‖
(que a elite escreve burramente ―a zelite‖, quando deveria escrever ―as elite‖), seus
opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que
segue uma regra, mas que ―aceitam tudo‖, que ―aceitam o erro‖. O simulacro consiste no
fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem
tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um
pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à
presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está
seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos
repórteres: a pergunta não é ―a pedalada é um crime?‖ (uma questão mérito), mas
―impeachment é golpe?‖. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o
impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o
pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta
é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade
pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto).
Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando
venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Sírio Possenti
Departamento de Linguística Universidade Estadual de
Campinas

Em se tratando de classes de palavras, vamos pôr atenção aos verbos constantes no


quarto parágrafo do texto. Nas alternativas que seguem, foram feitas análises sobre os
tempos e modos aí empregados. Assinale a única alternativa em que a análise está correta.
a) O verbo ―deveria‖ está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo.
b) O verbo ―dirão‖ está conjugado no futuro do presente do modo subjuntivo.
c) Nesse parágrafo há predomínio de verbos conjugados no modo subjuntivo.
d) Nesse parágrafo, há pelo menos um verbo conjugado no pretérito perfeito do modo
indicativo.

25. Resposta: a

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26. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


texto associado

No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto 7A3AAA, julgue o item a
seguir.

Na linha 6, o emprego do pretérito imperfeito nas formas verbais ―dava‖ e ―entendia‖ tem
efeitos distintos: no primeiro caso denota iteratividade e, no segundo, duração.
Certo
Errado

26. Resposta: certo

27. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

DIÁLOGO DE SURDOS
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Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de:


http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos Acesso em 30 out
2017.

A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém
se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato,
quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as
mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e
vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu
tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos
espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que
diz ―nãoB‖. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra ―nãoB‖ no discurso de A,
sempre se encontra A; mas B não ―pode‖ ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do
português. Se um linguista diz que não há ―erro‖ em uma fala popular, como em ―as elite‖
(que a elite escreve burramente ―a zelite‖, quando deveria escrever ―as elite‖), seus
opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que
segue uma regra, mas que ―aceitam tudo‖, que ―aceitam o erro‖. O simulacro consiste no
fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem
tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um
pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à
presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está
seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos
repórteres: a pergunta não é ―a pedalada é um crime?‖ (uma questão mérito), mas
―impeachment é golpe?‖. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o
impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o
pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta
é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade
pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto).
Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.

Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando
venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.

Sírio Possenti Departamento de Linguística Universidade Estadual de


Campinas

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Em se tratando de classes de palavras, vamos pôr atenção aos verbos constantes no


quarto parágrafo do texto. Nas alternativas que seguem, foram feitas análises sobre os
tempos e modos aí empregados. Assinale a única alternativa em que a análise está correta.
a) O verbo ―deveria‖ está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo.
b) Nesse parágrafo há predomínio de verbos conjugados no modo subjuntivo.
c) Nesse parágrafo, há pelo menos um verbo conjugado no pretérito perfeito do modo
indicativo.
d) O verbo ―dirão‖ está conjugado no futuro do presente do modo subjuntivo.

27. Resposta: a

28. (Ano: 2017/Banca: CESPE)

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o próximo item.

A substituição das formas verbais ―é‖ (ℓ.14) e ―deve‖ (ℓ.16) por seja e deva, respectivamente,
não alteraria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado

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28. Resposta: certo

29. (Ano: 2017/Banca: CESP)


Texto associado
Texto 4A4AAA

Considerando as relações sintático-semânticas do texto 4A4AAA, julgue o próximo item.

A correção gramatical e os sentidos do primeiro período do segundo parágrafo seriam


preservados caso as formas verbais flexionadas no futuro do pretérito do indicativo e no
modo subjuntivo fossem alteradas para o presente do modo indicativo, da seguinte forma: A
linguagem ideal é aquela em que cada palavra designa apenas uma coisa, corresponde a
uma só ideia ou conceito, tem um só sentido.
Certo
Errado

29. Resposta: errado

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30. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
DIÁLOGO DE SURDOS
Por: Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado
de:

http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.

A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém
se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato,
quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as
mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e
vice-versa.
Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu
tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos
espaços, quase diariamente). [...]
Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que
diz ―nãoB‖. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra ―nãoB‖ no discurso de A,
sempre se encontra A; mas B não ―pode‖ ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.
Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do
português. Se um linguista diz que não há ―erro‖ em uma fala popular, como em ―as elite‖
(que a elite escreve burramente ―a zelite‖, quando deveria escrever ―as elite‖), seus
opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que
segue uma regra, mas que ―aceitam tudo‖, que ―aceitam o erro‖. O simulacro consiste no
fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem
tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).
Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.
Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um
pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à
presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está
seguindo as regras definidas pelo Supremo.
Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos
repórteres: a pergunta não é ―a pedalada é um crime?‖ (uma questão mérito), mas
―impeachment é golpe?‖. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o
impedimento está previsto na Constituição.
Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o
pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta
é pênalti...
A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade
pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto).
Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.
Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando
venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.

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Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.
Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Sírio Possenti Departamento de Linguística


Universidade Estadual de Campinas

Em se tratando de classes de palavras, vamos pôr atenção aos verbos constantes no


quarto parágrafo do texto. Nas alternativas que seguem, foram feitas análises sobre os
tempos e modos aí empregados. Assinale a única alternativa em que a análise está correta.
a) O verbo ―dirão‖ está conjugado no futuro do presente do modo subjuntivo.
b) O verbo ―deveria‖ está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo.
c) Nesse parágrafo, há pelo menos um verbo conjugado no pretérito perfeito do modo
indicativo.
d) Nesse parágrafo há predomínio de verbos conjugados no modo subjuntivo.

30. Resposta: b

31. (Ano: 2017/Banca: Nosso Rumo)


Texto associado
Porquinho-da-índia
Manuel Bandeira

Quando eu tinha seis anos


Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada

As palavras em destaque no texto são


a) substantivos.
b) adjetivos.
c) artigos.
d) verbos.

31. Resposta: d

32. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, demasiado
humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de Nietzsche, é um
ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema filosófico de
Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epígrafe uma
citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tradição da filosofia

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das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipatório da ciência, em seu triunfo
contra as trevas da ignorância e da superstição. Não por acaso, portanto, a obra tem como
subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a atividade
metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída desse privilégio.
Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da filosofia de Schopenhauer,
dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado de se afastar criticamente deles. ―Que
lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela ensinou, através de milênios, a olhar com
interesse e prazer a vida, em todas as suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós;
ela vem à luz novamente agora como irresistível necessidade de conhecer. O homem
científico é o desenvolvimento do homem artístico‖.
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico conduzia à
proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o Nietzsche do período
intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.
Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao papel da
ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que valorizam apenas a
imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filósofo afirma: ―eles pensam que a
realidade é horrível; contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível
realidade é belo, do mesmo modo que aquele que conhece bastante e amiúde está, por fim,
muito longe de considerar horrível o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe
proporciona sempre felicidade. A felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza
do mundo‖.

(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-
46)

... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3° parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em:
a) que sufocava a vida
b) aprofundaria seu novo entendimento
c) que valorizam apenas a imaginação
d) dos quais partilhara
e) ela é destituída desse privilégio

32. Resposta: a

33. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Sem chance de contestação, aquele foi mesmo um grande acontecimento na cidade. O
palco do auditório Araújo Vianna – reinaugurado um ano antes, em março de 1964, no
Parque da Redenção, depois de ocupar por quase quatro décadas a Praça da Matriz, de
onde saiu para dar lugar à nova sede da Assembleia Legislativa –, estava repleto de som,
luzes e gente, ah, muita gente, para dar vida à ópera Aida, de Giuseppe Verdi.
Na ponta do lápis, havia ali 100 músicos da Ospa, 130 cantores do Coral da Ufrgs e ao
menos 30 bailarinas da academia de João Luís Rolla. Soldados da Brigada Militar se

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dividiam entre os papéis de guerreiros e escravos. Parrudos halterofilistas recrutados na


Academia Hércules apareciam como guardas do faraó e, por fim, tratadores do Parque
Zoológico de Sapucaia do Sul adentravam a cena para cuidar dos figurantes de outras
espécies – macacos, cavalos, dromedários e leões, estes últimos enjaulados, obviamente.
Um mês antes, o maestro Pablo Komlós (regente da Ospa e diretor artístico da Ufrgs)
havia passado pelas salas de aula para convidar os estudantes a participarem do coral da
universidade. Numa das classes, a de Anatomia, do curso de Medicina, estudava Jair
Ferreira, frequentador assíduo dos festivais de coros no Salão de Atos da Ufrgs. Bastou um
mês de ensaios para que o barítono, fantasiado de egípcio, pisasse no palco pela primeira
vez em sua vida.
Por certo, era hereditária a paixão pela música do jovem que se tornaria epidemiologista
do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. A mãe não só tinha nome de cantora – Dalva, a
exemplo de Dalva de Oliveira –, como sabia de cor desde cantigas de carnaval até árias de
óperas. ―A gente chorava ao ouvir sua voz de soprano delicado‖, elogia.
No conjunto de três sobrados geminados que compõem o cenário das reminiscências
da infância em Rio Grande, as paredes generosamente deixavam escorrer notas musicais
de uma casa para a outra. Uma das vizinhas tocava piano pontualmente às nove da noite –
justo o horário em que Jair se recolhia, afinal, precisava pular da cama cedinho para ir à
escola. Quase toda a noite, ele dormia ao som da Marcha Turca, de Mozart, mágico portal
de entrada para o devaneio dos sonhos.

(Excerto de Paulo César Teixeira, Nega Lu, Porto Alegre, Libretos,


2015)

Mantendo-se o sentido e a correção, a forma verbal havia passado (3° parágrafo) pode ser
alterada para
a) passara.
b) iria passar.
c) teria passado.
d) passaria.
e) passando.

33. Resposta: a

34. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Há ocorrência de voz passiva e adequada articulação entre tempos e modos verbais na
frase:
a) Por mais que nos esforçássemos, não haveremos de conseguir captar o sentido de todas
essas mensagens.
b) Se fôssemos analisar a fundo todas essas mensagens, certamente muitas delas não
contarão com nosso beneplácito.
c) Se eles se dispuserem a analisar todas as mensagens que chegam, não haveriam de se
submeter a elas com tanta facilidade.
d) Num universo em que tantos signos nos atropelem, impunha-se que os selecionemos por
rigorosos critérios.

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e) Ainda que venhamos a nos esforçar, o sentido de todas essas mensagens não poderá
ser captado por nós.

34. Resposta: e

35. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Ponto de vista

―Assim é (se lhe parece)‖ é a tradução em português do título de uma peça do


dramaturgo italiano Luigi Pirandello. Sobre este escritor disse o ator Rubens Caribé: ―Para
ele, não existe uma só verdade, mas diferentes pontos de vista. Não existe um só homem,
mas diversas máscaras que vestimos no dia a dia, desde a hora em que acordamos até a
hora em que dormimos. Portanto, não existe uma verdade absoluta‖.
O título tem sua malícia: a afirmação taxativa (―assim é‖) é logo relativizada pela
expressão entre parênteses (―se lhe parece‖), do que resulta a insinuação de que podemos
estar muito enganados quando julgamos conhecer efetivamente alguma coisa. O suposto
―fato‖ pode ser apenas uma ―opinião‖. A visão de um objeto implica uma perspectiva para
ele. Pirandello acredita, de fato, que a chamada ―realidade das coisas‖ é sempre bastante
condicionada pelo ponto de vista a partir do qual vemos o mundo. E vai ainda mais longe:
mesmo dentro de cada um de nós, nenhum olhar se consolida para sempre, uma vez que
nossos diferentes interesses podem mudar nossa visão de um mesmo objeto. Nossa
identidade de indivíduos não é sólida como pode parecer: precisamos, ao longo da vida, de
máscaras que encobrem nossas reais necessidades. Viria daí, em boa parte, o prestígio do
teatro: vemos encenadas no palco, como expressão de um ―fingimento‖ artístico trabalhado
por atores, nossas emoções secretas, nossos desejos encobertos... e verdadeiros.
Uma discussão de verdade, na qual os interessados pretendam refletir e argumentar,
deve sempre levar em conta esse relativismo do ―parece que é‖. Aceitar que nossa visão
pode estar sendo prejudicada pelo interesse de ver o que nos convém é o primeiro passo
para aceitar a possibilidade de nosso contendor estar certo. A flexibilidade dos diferentes
pontos de vista torna qualquer ―verdade‖ mais complexa do que aparenta, e melhor
faríamos se atentássemos antes para o que está implicado em nossa visão do que para o
fato consumado em que transformamos o que está sob nossa vista. É o melhor modo de
nos aproximarmos do que somos, em vez de nos contentarmos com o que parecemos ser.
(SOUZA, Petrônio. Juvenal de, inédito)

Uma discussão de verdade, na qual os interessados pretendam refletir e argumentar, deve


sempre levar em conta esse relativismo. (3° parágrafo)

Uma nova redação da frase acima considera a adequada articulação entre tempos e modos
verbais substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

a) pretendessem refletir e argumentar − deva sempre levar

b) pretendiam refletir e argumentar − devesse sempre levar

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c) refletissem e argumentassem − tinha levado sempre


d) houvessem pretendido refletir e argumentar − deveria ter levado sempre
e) reflitam e argumentem − teria levado sempre

35. Resposta: d

36. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Considerada a norma-padrão, ambas as palavras destacadas estão corretamente
empregadas na seguinte frase:
a) Mais chance de evitar reveses ele terá, quanto mais se dispor a detalhar as etapas de
construção da obra.
b) Lembro bem do dia em que reavemos os valores que os estelionatários repuseram na
conta da empresa.
c) Acabou freiando o carro de repente porque as moças que exibiam os abaixo-assinados
atrapalharam a sua visão.
d) Se os indiciados entreverem a menor possibilidade de saírem ilesos, interporão os mais
imaginativos recursos.
e) É justo que ele medeie a negociação, mas é bom que você o previna dos desafios que
enfrentará.

36. Resposta: e

37. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Texto 1

A insana mania de economizar em coisas erradas

Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que
as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo,
sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado
na cultura brasileira. [...]
A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito
acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de
Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos
roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio
que não tem fim. [...]
Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só
por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem
a necessidade porca de comprar algo ―baratinho‖. E não é exagero.
Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no
Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma
carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado
para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino
conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A
120
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quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em
cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as
negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto,
sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro.
Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O
detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari
custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro,
impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas
na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa
consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...]

Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-


mania-de-economizar-em-coisas-erradas

Em relação ao Texto 1, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.

Em ―A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões [...]‖, os verbos estão
conjugados no pretérito perfeito do modo indicativo.
Certo
Errado

37. Resposta: errado

38. (Ano: 2017/Banca: FGV)


Texto associado
TEXTO 1 – CHINA

Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha
admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como
notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente
por aqui.
Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma
noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com
mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia
e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma
segunda coragem.
Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e
desagregadores.
Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação
do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do tempo.
Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta:
―Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?‖ Chou En-Lai
respondeu: ―É cedo para dizer‖.
Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido.
Com os percalços da interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se
referia à revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.

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Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o
tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década
tem sabor de 15 minutos. (O Globo, 15/9/2017)

―Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha
admiração pelos chineses só tem feito crescer‖(texto 1).

O emprego da forma verbal ―tem feito‖ é perfeitamente adequada ao contexto, já que esse
tempo verbal expressa ações:
a) completamente passadas;
b) que se repetiram no passado;
c) que se iniciaram no presente;
d) iniciadas no passado que continuam no presente;
e) iniciadas no presente e de duração indeterminada.

38. Resposta: d

39. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto

Camelos e beija-flores...
(Rubem Alves)

A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as ―estórias‖
deveriam ser grafadas como ―histórias‖. É assim que os gramáticos decidiram e escreveram
nos dicionários.
Respondi também delicadamente: ―Comigo não. Quando escrevo ‗estória‘ eu quero
dizer ‗estória‘. Quando escrevo ‗história‘ eu quero dizer ‗história‘. Estória e história são tão
diferentes quanto camelos e beija-fores...‖
Escrevi um livro baseado na diferença entre ―história‖ e ―estória‖. O revisor, obediente
ao dicionário, corrigiu minhas ―estórias‖ para ―história‖. Confiando no rigor do revisor, não li
o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de
camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: ―A estória
não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.‖
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava
estórias. Ela, ao final, me perguntava: ―Papai, isso aconteceu de verdade?‖ E eu ficava sem
lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta
que lhe daria seria: ―Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...‖
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão
definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é
uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu. Aí, ao ler o
mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos
dos outros. Toda estória é um espelho. [...]

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A história nos leva para o tempo do ―nunca mais‖, tempo da morte. As estórias nos
levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o ―era uma vez, há
muito tempo‖ é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo
mágico da alma.
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever ―estória‖ não corrija para ―história‖. Não
quero confundir camelos e beija-flores...
―A resposta que lhe daria seria: ―Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça
sempre...‖(5º§)

O emprego do futuro do pretérito do indicativo cumpre um papel expressivo no trecho. Isso


porque, no contexto, sinaliza ações:
a) passadas ocorridas em um momento específico.
b) do presente que se relacionam com o passado.
c) presentes apontando para o futuro.
d) do passado que continuam até o presente.
e) futuras que não serão realizadas.

39. Resposta: e

40. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto I

Há algum tempo, venho estudando as piadas, com ênfase em sua constituição


linguística. Por isso, embora a afirmação a seguir possa parecer surpreendente, creio que
posso garantir que se trata de uma verdade quase banal: as piadas fornecem
simultaneamente um dos melhores retratos dos valores e problemas de uma sociedade, por
um lado, e uma coleção de fatos e dados impressionantes para quem quer saber o que é e
como funciona uma língua, por outro. Se se quiser descobrir os problemas com os quais
uma sociedade se debate, uma coleção de piadas fornecerá excelente pista: sexualidade,
etnia/raça e outras diferenças, instituições (igreja, escola, casamento, política), morte, tudo
isso está sempre presente nas piadas que circulam anonimamente e que são ouvidas e
contadas por todo mundo em todo o mundo.[...]
Mas as piadas também podem servir de suporte empírico para uma teoria mais
aprofundada e sofisticada de como funciona uma língua, especialmente porque se trata de
um corpus que, além de expor traços do que nela é sistemático (gramatical) e,
paradoxalmente, ―desarrumado‖, contribui para deixar muito claro que uma língua funciona
sempre em relação a um contexto culturalmente relevante e que cada texto requer uma
relação com outros textos. [...]
A conclusão óbvia é que uma língua não é como nos ensinaram: clara e relacionada
diretamente a um fato ou situação que ela representa como um espelho. Praticamente cada
segmento da língua deriva para outro sentido, presta-se a outra interpretação, por razões
variadas. Pelo menos, é o que as piadas mostram. E elas não são poucas. Ou, no mínimo,
nós as ouvimos muitas vezes.

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(POSSENTI, Sírio. O humor e a língua. Ciência Hoje. Rio de Janeiro, SBPC, v.30, n.176,
out. 2001)

A análise do emprego dos tempos verbais em ―Há algum tempo, venho estudando as
piadas‖(1º§) revela que, semanticamente, as duas formas em destaque indicam, nessa
ordem, as noções de:
a) passado e continuidade.
b) presente e projeto futuro.
c) simultaneidade e presente.
d) ordem e suposição.
e) futuro e constatação.

40. Resposta: a

41. (Ano: 2017/Banca: CRA - SC)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

O poder de poder

Adaptado de: http://revistaepoca.globo.com/Negocios-e-carreira/noticia/2012/07/e-de-


crianca-que-se-empreende.html. Acesso em 30 jan 2017.

A professora Jacileide Soares dos Santos não teve aulas de empreendedorismo na


escola. Nem na faculdade de Letras, que cursou há 32 anos. Desde 2005, seus alunos do
6º ano da escola estadual Senador Aderbal Jurema, em Jabotão, no interior de
Pernambuco, passaram a ter aulas periódicas sobre Introdução ao Mundo dos Negócios.
As atividades não são desenvolvidas pelos professores, mas pela organização
americana sem fins lucrativos, Junior Achievment, que há mais de 90 anos trabalha com
programas que fomentam o empreendedorismo em jovens de mais de 120 países.
No Brasil desde 2003, a organização conta com o trabalho de funcionários-voluntários
de empresas parceiras para preparar e conscientizar melhor as crianças para o mercado de
trabalho. Neste ano, os alunos da professora Jacileide vivenciaram, dentro da sala de aula,
o processo de fabricação de canetinhas. Divididos em grupos, eles aprendiam, juntos, a
montar as canetas e a entender a importância de cada etapa na produção final.
No início, a professora Jacileide ficava desconfiada. ―Não sabia aonde eles queriam
chegar e qual a importância daquilo tudo‖. Hoje, ela já tem a resposta. Percebeu que a
educação empreendedora é o caminho mais sustentável para o progresso econômico e
para o combate à pobreza no longo prazo. ―Muitos alunos não queriam prestar vestibular ou
fazer um curso técnico. Tinham medo de disputar as coisas no mundo lá fora, de fracassar‖.
Segundo a professora, de 2010 para 2011, o número de alunos inscritos em cursos técnicos
e vestibulares dobrou – passou de quatro para oito, incluindo todas as turmas do terceiro

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ano. ―A autoestima da nossa comunidade está aumentando a cada ano‖, diz a professora
Jacileide. ―Se eu tivesse tido essa formação, minha vida teria sido tão diferente...‖.

Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao emprego dos tempos e modos verbais.


a) Se não houvesse aceitação do projeto, a professora tinha a opção de desistir.
b) Mesmo que a professora falasse, os alunos não entenderiam.
c) Talvez a professora fale sobre o projeto, mais isso não garante que todos compreendam.
d) Quando a imprensa for a Pernambuco, entrevistará a professora.

41. Resposta: a

42. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


Texto associado

Sobre a forma verbal "olha", que abre o primeiro quadrinho, analise as afirmativas.

I. É a terceira pessoa do singular do presente do indicativo, no contexto em que aparece.

II. É de um verbo da primeira conjugação.

III. Não indica, semanticamente, no contexto em que aparece, o simples ato de "olhar para
algo".

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IV. Mostra que o paciente também é da área da radiologia, tanto que o médico pretende
confirmar o diagnóstico com ele.

Está correto o que se afirma em:


a) nenhuma das afirmativas
b) somente uma das afirmativas.
c) somente duas das afirmativas.
d) somente três das afirmativas.
e) todas as afirmativas.

42. Resposta: c

43. (Ano: 2017/Banca: UPENET/IAUPE)


Texto associado
Texto 1

A possibilidade da invenção de doenças mentais


Por Camila Appel

―Infelizmente propaga-se por aí uma falácia‖. Esse foi o início de um e-mail recebido de
uma leitora indignada com o post ―Mitos sobre o Suicídio‖, criticando o artigo por
―simplesmente reproduzir dados transmitidos por uma indústria farmacêutica apenas
interessada em vender mais remédios‖, como ela colocou.
Essa linha de raciocínio parte do pressuposto de que doenças podem ser ―inventadas‖ e
que os manuais de categorização de doenças mentais, como o DSM (Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais) e o CID (Classificação Internacional de Doenças, uma
publicação da própria OMS – Organização Mundial da Saúde) são definidos por psicólogos
e psiquiatras ligados financeiramente a empresas farmacêuticas (que financiam suas
pesquisas, por exemplo).
Para o psicanalista Eduardo Rozenthal, isso é possível, sim, porque vivemos numa
sociedade contemporânea monista, baseada em apenas um valor, que é o valor capitalista
de mercado. Ela substitui a sociedade moderna, que era dualista, oscilando entre o bem e o
mal. ―Todas as práticas humanas se mobilizam em direção ao maior valor da cultura, que é
o valor de mercado. Isso é automático. Não se trata de nenhuma ‛teoria da conspiração‟.
Somos seres moldados pela cultura em que vivemos‖, Rozenthal diz.
Para o psicólogo Thiago Sarkis, psicanalista de Belo Horizonte, ―doenças inventadas‖
podem ocorrer como fruto de erros e não de más intenções. Ele também diz ser perigoso
falarmos de maneira tão categórica sobre a relação entre estudos psiquiátricos de
transtornos mentais e o objetivo de se ofertar algo para aquecer o mercado farmacêutico.
Haveria equívocos em estudos e classificações, assim como a hipermedicalização da vida,
mas isso diria muito mais sobre quem recebe os resultados dos estudos e medica seus
pacientes a partir deles, do que sobre quem os produziu.
Sarkis diz estar certo de que boa parte dos estudiosos sobre os transtornos mentais
estão efetivamente acreditando – talvez mais piamente do que devessem – naquilo que
estão fazendo, dedicando-se e confiando em suas descobertas. ―O que guia a ciência, hoje

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e sempre, é a dúvida, o questionamento. Quando a ciência vira ou é vista pelas pessoas


como uma indústria de produção de verdades, um guia absoluto, temos um problema.‖.
O psiquiatra norte-americano Leon Eisenberg (1922-2009) é considerado o pai do
Transtorno do Deficit de Atenção com ou sem Hiperatividade – TDAH. Segundo reportagem
do ―The New York Times‖, ―nos seus últimos anos de vida, ele teria ficado alarmado com as
tendências no campo que ajudou a criar, criticando o que ele viu como uma ―confortável‖
relação entre o mercado de remédios e os médicos e a crescente popularidade do
diagnóstico do deficit de atenção‖. O semanário alemão ―Der Spiegel‖ trouxe uma
reportagem de capa, em 2012, com uma declaração bombástica de que Eisenberg teria dito
que o TDAH é uma doença inventada. (...)
Entre outras informações importantes da matéria, tem o fato de Eisernberg mencionar
que o componente genético da doença foi superestimado e afirmar que ―psiquiatras infantis
deveriam investigar as motivações psicossociais que possam causar os sintomas da
doença, como verificar se existem problemas de relacionamento na família, se os pais
vivem juntos ou se estão brigando muito, por exemplo. São questões importantes, mas
demandam muito tempo para serem respondidas. Sendo assim, é mais fácil simplesmente
medicar‖. (...)
Rozenthal diz receber muitos pais em consultório imaginando que seu filho tem a
doença e muitas vezes já fazendo uso de medicação como a Ritalina. Ele não se coloca
contra remédios, mas, sim, contra a medicalização hegemônica da sociedade, ou seja, o
excesso de medicação que hoje se prescreve: ―você dá a medicação e não trabalha com a
subjetividade. É mais rápido e mais fácil, mas a longo prazo não serve. Se tirar a medicação
volta tudo‖. (...)

Disponível em: http://mortesemtabu.blogfolha.uol.com.br/2015/02/26/a-possibilidade-da-


invencao-de-doencas-mentais/ Acesso em: 04 ago. 2017. Adaptado.

Acerca do emprego de algumas formas verbais no Texto 1 e suas repercussões nos


sentidos do texto, analise as afirmativas a seguir.

I. No trecho: ―Esse foi o início de um e-mail (...) criticando o artigo (...)‖ (1º parágrafo), a
forma verbal destacada poderia ser substituída pela estrutura de valor adjetivo ―que
criticava‖, sem alteração relevante dos sentidos pretendidos.

II. No trecho: ―Ela substitui a sociedade moderna, que era dualista, oscilando (3º parágrafo)
entre o bem e o mal.‖, a forma verbal destacada indica tratar-se de uma ação ainda em
andamento.

III. No trecho: ―doenças inventadas‟ podem ocorrer como fruto de erros e não de más
intenções.‖ (4º parágrafo), a forma verbal destacada foi empregada para indicar que a ação
expressa no verbo ―ocorrer‖ é um acontecimento inevitável.

IV. No trecho: ―Haveria equívocos em estudos e classificações, assim como a


hipermedicalização da vida, mas isso diria (...)‖ (4º parágrafo), a seleção das formas verbais
destacadas indica que o falante pretende evitar afirmações contundentes que possam
comprometê-lo.

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Estão CORRETAS, apenas:


a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

43. Resposta: c

44. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
TEXTO 1

O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social,


dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido
Raphael Martins

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia
parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?

O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com


relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais
motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se
envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez
menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela
Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: ―Há realmente essa impressão de
que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não
cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer‖.
O psicólogo complementa: ―Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma
mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15,
ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais
intervalos‖. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, concorda: ―É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a
percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no
cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila‖.
Sobre o assunto, Luiz Silveira MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia
da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as
cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica
de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas tenham inúmeras habilidades e
qualificações acadêmicas, tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao lazer.
Scheroki completa: ―Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que
não tínhamos. Temos que saber inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam
alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele‖. [...]
A professora Maria Helena destaca: ―A percepção de aceleração do tempo é uma coisa
angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas,

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depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando rapidamente


e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão muito
grandes‖.[...]
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional
ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: ―Nós somos nossas
relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas,
comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada
vez menos a gente tem autonomia sobre ela‖.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em
horários mais compatíveis com uma vida saudável. ―Exercício físico, relações sociais e
familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no
trabalho excessivo‖, completa.[...]

Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_


content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&catid=46%3Ana-
midia&Itemid=97&lang=pt

Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.


a) Em ―O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares.‖, o verbo ―acredita‖ está conjugado no presente do
subjuntivo e a perífrase verbal ―é sentido‖ é formada por um verbo no presente do indicativo
e um verbo no pretérito perfeito do indicativo.
b) Em ―O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos?
O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?‖, os verbos
sublinhados estão conjugados, respectivamente, no pretérito imperfeito do indicativo, no
presente do subjuntivo, no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.
c) Em ―Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não
tínhamos.‖, os verbos sublinhados estão conjugados, respectivamente, no presente do
indicativo, no pretérito imperfeito do indicativo, no presente do indicativo e no pretérito
imperfeito do indicativo.
d) Em ―Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma
percepção que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas
têm que fazer‖, os verbos sublinhados estão conjugados, respectivamente, no presente do
indicativo, no pretérito imperfeito do subjuntivo, no presente do subjuntivo e no presente do
indicativo.

44. Resposta: c

45. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


texto associado

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No que concerne aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB2A1AAA, julgue o
item seguinte.

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Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, a forma
verbal ―seja‖ (l.7) poderia ser substituída por seria.
Certo
Errado

45. Resposta: errado

46. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale o item em que há erro de conjugação verbal em relação à norma culta da língua.
a) Era necessário que o governo impusesse medidas para baratear os produtos editoriais.
b) Seria desejável que a classe trabalhadora se entretivesse mais com a leitura de livros e
revistas.
c) Se o trabalhador dispor de adequadas bibliotecas, ter-se-á dado um importante passo
para o desenvolvimento cultural do país.
d) Era importante que se contradissesse, com as evidências disponíveis, a afirmação de
que o trabalhador rejeita a leitura.
e) Muitos ficarão satisfeitos quando nós propusermos a reformulação do projeto.

46. Resposta: c

47. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Marque a alternativa cuja flexão verbal esteja errada:
a) Faz mais de cinco anos que estou esperando.
b) Havia muitas pessoas estranhas na escola hoje.
c) Houve muitas perguntas impertinentes.
d) Há muitas formas de resolvermos essa questão.
e) Houveram vezes que pensei em desistir.

47. Resposta: e

48. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale a alternativa em que as formas verbais estão corretamente flexionadas.
a) Os candidatos à eleição proporam medidas de ação social, mas esqueceram-nas
b) Se o eleitor prevesse que seus candidatos seriam desonestos, o que faria?
c) De onde provêm as verbas aplicadas em ações sociais? Alguém as retém?
d) Procuro aquele funcionário competente. Quando o ver, avise-me, por favor.
e) Se a empresa prevesse que seus lucros seriam insuficientes, o que faria?

48. Resposta: c

49. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Modos de disputa

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Dois indivíduos têm uma contenda e estão enraivecidos. Um deles diz ao outro, furioso:
− Vou te quebrar a cara! Ao que o outro, igualmente indignado, responde com energia: −
Pois eu vou te processar!
São, não há dúvida, dois modos de disputar a razão de quem viu ofendido um suposto
direito seu. O primeiro indivíduo recua bastante na história e reproduz a jurisprudência das
cavernas: a pancada corretiva, o direito da força, o recurso dos instintos primários; o
segundo preferiu confiar numa instituição, numa instância social, na mediação das leis, na
força do direito. O que não significa que, em outra situação, os mesmos indivíduos não
pudessem reagir de modo oposto: somos criaturas difíceis, sujeitas ao temperamento, ao
sentimento de ocasião.
―Vou te processar‖ é o modo civilizado, que confia no equilíbrio de um rito jurídico,
devidamente conduzido e arbitrado por profissionais do ramo: advogados, juízes,
promotores. O processo tem sua mecânica balizada por prazos, recursos, ações de
embargo etc. O propósito está em que, ao fim e ao cabo do processo, todos os
componentes de uma disputa tenham sido devidamente apreciados e julgados, a partir do
que se exare a sentença final. Como todo rito complexo e minucioso, pode demorar muito
até o bater do martelo.
A instituição justa do processo conta com o fato de que ambas as partes sigam
exatamente os mesmos passos garantidos pela lei. Mas não há como evitar certas
condicionantes, que fazem diferença: a habilidade maior de um advogado, os recursos para
custear um processo longo, a intimidação que pode representar o fato de uma das partes
ser um litigante de grande poder político ou notoriedade social. As diferenças sociais e
econômicas entre os homens podem marcar o destino de um processo. Nesse caso,
voltamos um pouquinho no tempo e, de um modo aparentemente mais civilizado,
reproduzimos algo parecido com o direito da força.
(Júlio Castro de Ribeiro, inédito)

A concordância e a adequada articulação entre os tempos verbais estão adequadamente


atendidas na frase:
a) Uma contenda entre dois indivíduos convictos de sua razão só se apaziguaria caso não
lhes faltem a orientação de um mínimo de tolerância e de bom senso.
b) Se se imagina que a violência física das contendas funcionariam como argumento, de
nada teria valido nosso esforço para que nos civilizemos por meio das instituições.
c) É de se presumir que, num processo jurídico, ambas as partes venham a ser
contempladas com o mesmo zelo na condução dos ritos que se façam necessários.
d) Atribui-se à morosidade da justiça, no que diz respeito aos ritos processuais, os
dissabores que as partes eventualmente sofressem ao longo das providências legais.
e) Na condução dos processos, não há como negar que a interferência de fatores externos,
como a folga financeira ou o prestígio social, pudessem afetar o resultado a que se
chegaria.

49. Resposta: c

50. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
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Texto 01:

O desvio ético do gerundismo

Há implicações éticas no vício de linguagem. O uso excessivo e desnecessário do


gerúndio é conhecido como endorreia, cuja forma popular é a construção ―vou estar +
gerúndio‖, uma perífrase (locução formada por dois ou três verbos). A locução em si é
legítima, quando comunica a ideia de uma ação futura que ocorrerá no momento de outra
ou sequenciada. As sentenças ―vou estar dormindo na hora do jogo‖ ou ―vou estar vendo o
jogo quando você estiver assistindo à novela‖ são adequadas ao sistema da língua, assim
como em verbos que indiquem processo: ―amanhã vai estar chovendo‖ ou ato contínuo:
―vou estar trabalhando das 8h às 18h.‖
Aquilo que nos acostumamos a chamar de gerundismo se dá quando não queremos
comunicar essa ideia de eventos ou ações simultâneas, mas antes falar de ação pontual,
em que a duração não é preocupação dominante. ―Vou falar‖ narra algo que vai ocorrer a
partir de agora. ―Vou estar falando‖ se refere a um futuro em andamento.
É inadequado usar uma forma verbal com valor de outra – falar de ação isolada, que se
encerraria num só ato, como se fosse contínua. Quando respondemos ao telefone ―vou
estar passando o recado‖ fazemos o recado, que potencialmente tem tudo para ser dado,
não ter mais prazo de validade. O vício aqui isenta a pessoa de responsabilidade sobre o
que prometeu fazer. É antes de tudo um desvio ético.

(Revista Língua Portuguesa, ano 7, número 77. Março de 2012)

O uso excessivo e desnecessário do gerúndio é considerado vício de linguagem. Esse vício


prejudica a objetividade e a clareza da comunicação. Além de ser um problema ético,
segundo o texto. Para que haja adequação à norma padrão da língua é possível substituir
algumas formas de gerúndio por:
a) Verbos no futuro do subjuntivo.
b) Verbos no presente do indicativo.
c) Verbos no pretérito perfeito do indicativo.
d) Verbos no indicativo.
e) Verbos no pretérito imperfeito do indicativo.

50. Resposta: b

51. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
Texto 02:

O menino que me olha

(...) Não andamos muito elegantes, nestes tempos estranhos. Não andamos muito éticos,
nestes tempos loucos. Não que as coisas tenham sido muito melhores no tempo dos
gregos, quando na filosófica Atenas a mulher era pouco mais do que um animal sem alma,
era normal ter escravos e a guerra era o pão nosso. Ou na Idade Média, quando eu seria no

133
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mínimo candidata à fogueira, não a da inveja, mas a concreta mesmo; nossos filhos teriam
morrido nas Cruzadas matando alguém no Oriente (nada de novo na face da Terra). (...)

Luft, Lya. O menino que me olha. Veja, São Paulo, Abril, 30 jun. 2004. Coluna Ponto de
Vista, p.20

No fragmento ―Ou na Idade Média, quando eu seria no mínimo candidata à fogueira (...). O
verbo destacado está flexionado em qual tempo e modo?
a) Futuro do presente do indicativo.
b) Futuro do subjuntivo.
c) Pretérito perfeito do indicativo.
d) Futuro do pretérito do indicativo.
e) Presente do indicativo.

51. Resposta: d

Flexão verbal de número (singular, plural)

1. (Ano: 2018/Banca: CESPE)


texto associado

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto 6A4CCC, julgue o item a seguir.

No período ―É um orgulho poder contar com você‖, a terceira pessoa do singular empregada
na forma verbal ―É‖ justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Certo
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Errado

1. Resposta: errado

2. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


Texto associado

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Considerando o trecho abaixo, transcrito do Texto 1, analise as afirmativas apresentadas na


sequência, conforme a norma padrão escrita, e assinale a alternativa correta.

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– Leve este, menino! Ele ―enterte‖ mais... (linha 10)

I. O verbo ―entreter‖ deveria estar flexionado na forma ―entrete‖.


II. A flexão de ―entreter‖ na terceira pessoa do singular do presente do indicativo é
entretém‖.
III. O pronome pessoal retoma o pronome demonstrativo.
IV. O termo ―ele‖ retoma o substantivo ―menino‖.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

2. Resposta: d

3. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


Texto associado

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Julgue o item subsequente, a respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto
7A3BBB.

No contexto em que foi empregada, a forma verbal ―buscaram‖ (ℓ.16) poderia ter sido
flexionada no singular, buscou, sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical do
texto.
Certo
Errado

3. Resposta: errado

4. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Há algumas dicotomias que parecem ter a força de atravessar o tempo e se imporem a
nós com uma evidência inaudita. Em filosofia, conhecemos várias delas, assim como
conhecemos suas maneiras de orientar o pensamento e as ações.

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Tais dicotomias podem operar não apenas como um horizonte normativo pressuposto,
mas também como base para a consolidação de certas modalidades de pensamento crítico.
No entanto, há momentos em que percebemos a necessidade de questionar as próprias
estratégias críticas e suas dicotomias. Pois, ao menos para alguns, elas parecem nos
paralisar em vez de nos permitir avançar em direção às transformações que desejamos.
Um exemplo de dicotomia que tem força evidente no pensamento crítico atual é aquela,
herdada de Spinoza, entre paixões tristes e paixões alegres. Paixões tristes diminuem
nossa potência de agir, paixões alegres aumentam nossa potência de agir e nossa força
para existir. A liberdade estaria ligada à força afirmativa das paixões alegres, assim como a
servidão seria a perpetuação do caráter reativo das paixões tristes. Haveria pois aquilo que
nos afeta de forma tal que permitiria a nossos corpos desenvolver ou não uma potência de
agir e existir que é o exercício mesmo da vida em sua atividade soberana.
Sem querer aqui fazer o exercício infame e sem sentido de discutir a teoria spinozista
dos afetos e sua bela complexidade em uma coluna de jornal, gostaria apenas de sublinhar
inicialmente a importância desse entendimento de que a capacidade crítica está ligada
diretamente a uma compreensão dos afetos e de seus circuitos. Nada de nossas
estratégias contemporâneas de crítica seria possível sem esse passo essencial de Spinoza,
recuperado depois por vários outros filósofos que o seguiram.
No entanto, valeria a pena nos perguntarmos o que aconteceria se insistíssemos que
talvez não existam paixões tristes e paixões alegres, que talvez essa dicotomia possa e
deva ser abandonada (independentemente do que pensemos ou não de Spinoza).
É claro que isso inicialmente soa como um exercício ocioso de pensamento. Afinal, a
existência da tristeza e da alegria nos parece imediatamente evidente, nós podemos sentir
tal diferença e nos esforçamos (ou ao menos deveríamos nos esforçar, se não nos
deixássemos vencer pelo ressentimento e pela resignação) para nos afastarmos da primeira
e nos aproximarmos da segunda.
Mas o que aconteceria se habitássemos um mundo no qual não faz mais sentido
distinguir entre paixões tristes e alegres? Um mundo no qual existem apenas paixões, com
a capacidade de às vezes nos fazerem tristes, às vezes alegres. Ou seja, um mundo no
qual as paixões têm uma dinâmica que inclui necessariamente o movimento da alegria à
tristeza.
Pois, se esse for o caso, então talvez sejamos obrigados a concluir que não é possível
para nós nos afastarmos do que tenderíamos a chamar de "paixões tristes", pois não há
paixão que, em vários momentos, não nos entristeça. Não há afetos que não nos contraiam,
não há vida que não se deixe paralisar, que não precise se paralisar por certo tempo, que
não se vista com sua própria impotência a fim de recompor sua velocidade. Mais, ainda.
Não há vida que não se sirva da doença para se desconstituir e reconstruir.

(SAFATLE, Wladimir. Folha de S.Paulo,


23/06/2017)

É claro que isso inicialmente soa como um exercício ocioso de pensamento. Afinal, a
existência da tristeza e da alegria nos parece imediatamente evidente, nós podemos sentir
tal diferença e nos esforçamos (ou ao menos deveríamos nos esforçar, se não nos
deixássemos vencer pelo ressentimento e pela resignação) para nos afastarmos da primeira
e nos aproximarmos da segunda.

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Sobre o que se tem no acima transcrito:


a) Em É claro, o adjetivo que poderia exprimir a certeza do colunista sobre o que afirma
perde sua força argumentativa pelo fato de o autor ter sentido a necessidade de apresentar,
em seguida, considerações que justificariam sua opinião.
b) A substituição de nos parece por ―parece a nós‖ não é legitimada pela norma-padrão da
língua, pois o verbo não aceita um objeto indireto como complemento.
c) Os parênteses isolam um segmento que merece ter sua intercalação demarcada, visto
ser organizado em torno de verbos declarativos.
d) A conjunção ou marca a alternância entre uma formulação e outra, esta que matiza a
primeira; a gradação se realiza quer por meio de uma restrição, quer pela expressão de
uma necessidade.
e) Em e nos esforçamos [...] para nos afastarmos da primeira e nos aproximarmos da
segunda, os verbos destacados foram flexionados no plural por imposição da norma-padrão
da língua, que rejeitaria as formas no singular.

4. Resposta: d

5. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Considerada a norma-padrão, ambas as palavras destacadas estão corretamente
empregadas na seguinte frase:
a) Mais chance de evitar reveses ele terá, quanto mais se dispor a detalhar as etapas de
construção da obra.
b) Lembro bem do dia em que reavemos os valores que os estelionatários repuseram na
conta da empresa.
c) Acabou freiando o carro de repente porque as moças que exibiam os abaixo-assinados
atrapalharam a sua visão.
d) Se os indiciados entreverem a menor possibilidade de saírem ilesos, interporão os mais
imaginativos recursos.
e) É justo que ele medeie a negociação, mas é bom que você o previna dos desafios que
enfrentará.

5. Resposta: e
6. (Ano: 2017/Banca: CESPE)
Texto associado

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A correção gramatical do texto CG1A1CCC seria mantida caso

I- o termo ―sob‖ (ℓ.7) fosse substituído por em.

II- a forma verbal ―ver‖, em todas as suas ocorrências no segundo parágrafo, fosse
flexionada no plural — verem.

III- a forma verbal ―é‖ (ℓ.17) fosse suprimida.

IV- o acento indicativo de crase em ―à opinião pública‖ (ℓ.19) fosse suprimido.

Estão certos apenas os itens


a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I, II e III.

6. Resposta: b

7. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale o item em que há erro de conjugação verbal em relação à norma culta da língua.
a) Era necessário que o governo impusesse medidas para baratear os produtos editoriais.
b) Seria desejável que a classe trabalhadora se entretivesse mais com a leitura de livros e
revistas.

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c) Se o trabalhador dispor de adequadas bibliotecas, ter-se-á dado um importante passo


para o desenvolvimento cultural do país.
d) Era importante que se contradissesse, com as evidências disponíveis, a afirmação de
que o trabalhador rejeita a leitura.
e) Muitos ficarão satisfeitos quando nós propusermos a reformulação do projeto.

7. Resposta: c

8. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Marque a alternativa cuja flexão verbal esteja errada:
a) Faz mais de cinco anos que estou esperando.
b) Havia muitas pessoas estranhas na escola hoje.
c) Houve muitas perguntas impertinentes.
d) Há muitas formas de resolvermos essa questão.
e) Houveram vezes que pensei em desistir.

8. Resposta: e

9. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale a alternativa em que as formas verbais estão corretamente flexionadas.
a) Os candidatos à eleição proporam medidas de ação social, mas esqueceram-nas
b) Se o eleitor prevesse que seus candidatos seriam desonestos, o que faria?
c) De onde provêm as verbas aplicadas em ações sociais? Alguém as retém?
d) Procuro aquele funcionário competente. Quando o ver, avise-me, por favor.
e) Se a empresa prevesse que seus lucros seriam insuficientes, o que faria?

9. Resposta: c

10. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
Texto 02:

O menino que me olha

(...) Não andamos muito elegantes, nestes tempos estranhos. Não andamos muito éticos,
nestes tempos loucos. Não que as coisas tenham sido muito melhores no tempo dos
gregos, quando na filosófica Atenas a mulher era pouco mais do que um animal sem alma,
era normal ter escravos e a guerra era o pão nosso. Ou na Idade Média, quando eu seria no
mínimo candidata à fogueira, não a da inveja, mas a concreta mesmo; nossos filhos teriam
morrido nas Cruzadas matando alguém no Oriente (nada de novo na face da Terra). (...)

Luft, Lya. O menino que me olha. Veja, São Paulo, Abril, 30 jun. 2004.
Coluna Ponto de Vista, p.20

O texto ―O menino que me olha‖ está escrito em qual pessoa do discurso? Em qual tempo
verbal?

142
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a) 3ª pessoa do singular; pretérito perfeito do indicativo.


b) 3ª pessoa do plural; pretérito mais que perfeito do indicativo.
c) 1ª pessoa do singular; presente do indicativo.
d) 1ª pessoa do plural; pretérito imperfeito do indicativo.
e) 1ª pessoa do plural; presente do indicativo.

10. Resposta: e

11. (Ano: 2017/Banca: FAURGS)

143
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Em relação às formas verbais tem (I. 20) e mantém (I. 29), considere as seguintes
afirmações.
I - Ambas as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, modo, número e pessoa.

II - A forma verbal tem está sendo empregada no texto como verbo auxiliar, enquanto a
forma verbal mantém está sendo empregada como verbo pleno.

Ill- As formas verbais tem e mantém apresentam, no texto, comportamento idêntico quanto
à predicação.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

11. Resposta: c

12. (Ano: 2017/Banca: UFSM)


Considere a figura apresentada e as afirmativas formuladas a partir dela.

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Em se tratando da compra responsável da madeira, as obras da construção civil,


empregando apenas 14% da produção, são um segmento com grande potencial de
expansão. Em polos opostos, estão o setor moveleiro, com somente 6% do destino da
madeira certificada, e a indústria do papel e celulose, com 80% do consumo. Para a
mudança desse quadro, um dos desafios é alterar a tendência de os empresários
substituírem a madeira por receio de estarem consumindo um produto ilegal.

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa.


( ) Se o segmento Em se tratando da for reescrito como Em referência a , criam-se
condições para a ocorrência da crase.
( ) Sem prejuízo do sentido e da coerência, o segmento Em polos opostos pode ser
reescrito como Contraditoriamente.
( ) Sem alteração da adequação à norma-padrão da escrita, o verbo auxiliar da locução
estarem consumindo pode ser reescrito na forma singular.

A sequência correta é
a) V – V – F.
b) F – F – V.
c) F – V – F.
d) V – F – F.
e) V – F – V.

12. Resposta: e

13. (Ano: 2017/Banca: NC-UFPR)


Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados.
a) Se for possível usar anticorpos que reconheceriam a proteína beta-amiloide, essa
estratégia iria não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
b) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.

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c) Se for possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa


estratégia ia não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
d) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia iria não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.
e) Se for possível usar anticorpos que reconhecerão a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenirá a progressão da doença.

13. Resposta: d

14. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFPI)


Texto associado
texto I

Quanto aos verbos utilizados no texto I, assinale a opção INCORRETA.


a) "Avisamos" (linha 01) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na primeira pessoa
do plural, no tempo presente do modo indicativo.
b) "Tornaríamos" (linha 11) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na primeira
pessoa do plural, no tempo futuro do pretérito do modo indicativo.
c) "Economizassem" (linha 14) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na terceira
pessoa do plural, no tempo presente do modo subjuntivo.
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d) "Mastigaram" (linha 19) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na terceira


pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
e) "Fornecia" (linha 28) é um verbo de segunda conjugação, conjugado na terceira pessoa
do singular, no tempo pretérito imperfeito do modo indicativo.

14. Resposta: c

15. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFPI)


texto associado

147
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Quanto aos verbos empregados no texto, analise as afirmações e assinale a opção


CORRETA.
a) O verbo ir na sua forma "foi" (linha 02) encontra-se conjugado na terceira pessoa do
singular, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
b) O verbo responder na sua forma "respondia" (linha 13) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo pretérito imperfeito do modo indicativo.

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c) O verbo imaginar na sua forma "imagine" (linha 35) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo presente do modo imperativo.
d) O verbo sofrer na sua forma "sofrem" (linha 21) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo presente do modo indicativo.
e) O verbo passar na sua forma "passa" (linha 32) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.

15. Resposta: b

16. (Ano: 2017/Banca: FADESP)


texto associado

A generalização expressa nas ações descritas no primeiro parágrafo do texto é marcada


pelo uso de
a) verbos na voz passiva analítica.
b) estratégias de ocultação do sujeito.
c) verbos na primeira pessoa do plural.
d) pronomes pessoais retos e oblíquos.

16. Resposta: c

17. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
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Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

O DESAFIO DE ENSINAR COMPETÊNCIAS

Por: Júlio Furtado. Para: Revista Língua Portuguesa. Adaptado de:


http://linguaportuguesa.uol.com.br/o-desafio-de-ensinar-competencias/ Acesso em 28 abr
2017.

O discurso do ensino de habilidades e competências ganhou força a partir de 1998, com


a instituição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que, a princípio, foi criado como
mecanismo indutor de mudanças metodológicas nesse segmento. Acreditava-se que a
existência de um exame que exigisse dos egressos competências e habilidades capazes de
resolver as situações-problemas por ele colocadas iria influenciar na mudança de postura
dos professores. Essa necessidade está pautada numa nova cultura que modifica as formas
de produção e apropriação dos saberes. Estamos vivendo uma era pragmática em que o
saber fazer e o saber agir são os ―carros-chefes‖ para o sucesso.
O saber idealista platônico perdeu lugar nesse mundo. O que importa não são as ideias,
as abstrações, mas os resultados, as concretudes, as ações. O mundo vem mudando num
ritmo acelerado e ―arrastando‖ consigo novos paradigmas que precisam ser colocados em
prática antes de serem refletidos, compreendidos e ―digeridos‖. O discurso do currículo por
habilidades e competências vem ganhando cada vez mais força porque se projetou na
escola uma missão social urgente: a de produzir profissionais mais competentes que sejam
cidadãos mais conscientes.
Essa missão exige que a escola seja pragmática e utilitarista, abandonando tudo que
não leve diretamente ao desenvolvimento de competências. Embora perigosa, essa
concepção vem se impondo nos processos de elaboração e planejamento curricular. Outra
razão pode ser encontrada nos tipos de exigências que o Mercado e o mundo em geral vêm
fazendo às pessoas. Buscam-se pessoas que saibam fazer e que tenham capacidade de
planejar e resolver problemas. Todas essas questões apresentaram à escola um aluno que
não se interessa por saberes sem sentido ou sem utilidade imediata.
Eis aqui outro perigo: render-se ao utilitarismo do aluno. [...] Tudo isso contribuiu para
que se acreditasse piamente que organizar o currículo escolar por habilidades e
competências forma um aluno mais preparado para enfrentar o mundo [...].
Outra questão fundamental que se coloca necessária é termos clareza sobre o conceito
de habilidade e de competência, conceitos muito utilizados e pouco refletidos. Os conceitos
de habilidade e de competência causam muita confusão e não são poucas as tentativas de
diferenciá-los. Podemos dizer, de forma simplista, que habilidades podem ser desenvolvidas
através de treinamento enquanto que competências exigem muito mais do que treinamento
em seu processo de desenvolvimento. Tomemos o exemplo de falar em público. É treinável,
embora requeira conhecimento, experiência e atitude, logo, é uma habilidade. Da mesma
forma, podemos classificar o ato de ler um texto, de resolver uma equação ou de andar de
bicicleta.

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[...] A escola que realmente quiser implantar um currículo estruturado por competências
precisará exorcizar alguns velhos hábitos que inviabilizam tal proposta. O primeiro deles é o
hábito de apresentar o conteúdo na sua forma mais sistematizada. Esse hábito é difícil de
ser exorcizado porque alunos e professores concordam e usufruem de benefícios trazidos
por ele. Ao apresentar o conteúdo de forma organizada e sistematizada, com o argumento
de que o aluno ―entende melhor‖, o professor está ―poupando‖ o aluno de encarar e resolver
situações-problemas. O aluno, por sua vez, recebe de muito bom grado o conteúdo
―mastigadinho‖ e atribui todo o trabalho de compreensão do conteúdo à habilidade de
―explicar‖ do professor. Não é raro ouvirmos de alunos que ele não aprendeu porque o
professor não explicou direito.

Assinale a alternativa em que flexão verbal esteja INCORRETA.


a) Terás mais benefícios se refizeres o plano.
b) Se ele se manifestar logo, eu também me manifestarei.
c) Eu manteria a calma, desde que todos também a mantessem.
d) Pagaremos o que devemos se reouvermos o que nos foi cobrado indevidamente.

17. Resposta: c

18. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

151
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Considerando as ideias e os aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.

152
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Na oração ―Há provas consideráveis‖ (linhas 21 e 22), não há sujeito, razão por que o verbo
está conjugado na terceira pessoa do singular.
Certo
Errado

18. Resposta: certo

19.(Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

Considerando os aspectos linguísticos do texto e as ideias nele expressas, julgue o item.

Estaria garantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal ―fazia‖ (linha 5)
estivesse flexionada no plural, em concordância com os dois núcleos do sujeito da oração,
ligados pela expressão ―aliada a‖ (linha 4).
Certo
Errado

153
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19. Resposta: errado

20. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta conjugação INCORRETA:
a) É possível que ele perca o emprego
b) Espero que ele requeira o pedido cabível
c) Quando eu ver com meus próprios olhos, poderei acreditar
d) Só vamos nos preocupar se ele interpuser o recurso
e) Eu receio que ele irá se atrasar

20. Resposta: c

21. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder as questões sobre seu conteúdo.

MULHER ENGRAVIDA USANDO DIU E POSTA FOTO INUSITADA DO BEBÊ

Adaptado de: http://veja.abril.com.br/blog/virou-viral/mulher-engravidausando-diu-e-posta-


foto-inusitada-do-bebe/ Por Marina Rappa. Atualizado em 5 maio 2017, 15h30 acesso em
06 mai 2017

[...] o bebê, Dexter Tyler, aparece segurando o DIU (dispositivo intrauterino) utilizado por
sua mãe – um método usado justamente para impedir uma gravidez. A mãe, a americana
Lucy Hellein, publicou a imagem no Facebook e rapidamente pessoas do mundo todo
compartilharam a foto de Dexter. De acordo com Lucy, o dispositivo foi encontrado atrás da
placenta, o que significa que Dexter não nasceu com o DIU na mão, como muitos
pensaram. Na publicação, Lucy fala que o dispositivo que usava (e que falhou) era o
Mirena, um tipo de DIU que libera hormônio – diferente do de cobre, por exemplo, que
funciona como uma barreira física.
Mas engravidar usando o DIU é comum? ―Não. O Mirena é ainda mais potente que a
pílula em termos de contracepção – e também é mais confiável que o DIU de cobre, pois o
hormônio liberado transforma o muco e impede que o espermatozoide chegue no útero.
Mas, claro, nenhum método está isento de falhas‖, afirma [...] a ginecologista Rita Dardes,
professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp.
De acordo com Eduardo Zlotnik, ginecologista do Hospital Albert Einstein, os números
referentes à falha destes métodos contraceptivos são muito baixos. ―Em média, o de cobre
falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a de pílulas. O de progesterona, como
o Mirena, falha para 0,1 de cada 100 mulheres – próximo à laqueadura‖.
Segundo Marianne Pinotti, ginecologista, obstetra e mastologista da Clínica Pinotti, é
possível que o DIU tenha se deslocado. ―O DIU precisa estar bem posicionado: encostado
dentro do fundo do útero, ocupando toda a cavidade endometrial, pois o efeito dele se dá a
partir disso. Se ele está deslocado, falha‖.

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Outro fator imprescindível para a eficácia do DIU é o monitoramento. ―Imediatamente


após a colocação do DIU, fazemos um controle por ultrassom. Isso vai nos mostrar a
posição do dispositivo. No caso do de cobre, repetimos esse controle após a primeira
menstruação depois da colocação. Mesmo que raro, o deslocamento ocorre geralmente nos
primeiros meses após a colocação. Então, se a gente controla um mês depois e ele
continua bem posicionado, a chance de se deslocar depois é muito remota‖, diz Pinotti.
Muitas mulheres se perguntam sobre a diferença entre o DIU de cobre e o hormonal – e
algumas informações podem auxiliar na escolha do melhor método.
―Hoje tem uma parcela de mulheres que não quer colocar hormônio nenhum no corpo.
Elas podem optar pelo cobre, que funciona como método de barreira (quando o dispositivo
funciona como um bloqueio entre o espermatozoide e o útero), mas pode aumentar a
incidência de cólicas e do fluxo menstrual. O Mirena, além de funcionar como contraceptivo,
também auxilia no controle de ciclo, pois é hormonal. A mulher que tem muito fluxo e cólica,
pode optar por este método‖, afirma Dardes.
Em casos como os do fofíssimo Dexter, em que a mãe engravida usando o DIU, não é
preciso ter pânico – mas a mãe deve ficar alerta. ―A gravidez com o DIU Mirena não
apresenta quase nenhum problema. O material não vai causar interferência. O de cobre,
como é muito duro, pode causar a ruptura da bolsa de líquido do bebê. O maior risco é o de
aborto, principalmente para o caso do DIU de cobre‖, diz Pinotti. ―Passado o primeiro
trimestre da gravidez, se nada acontecer, a mulher não deve ter mais problemas‖,
complementa Dardes.
Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê
decorrente do uso do dispositivo. Mesmo assim, a mulher que engravidar com o DIU deverá
realizar um exame para saber em que local o dispositivo se perdeu. ―No início, se o DIU
estiver perto do colo do útero, existem protocolos que recomendam sua retirada, o que pode
causar sangramento. Se estiver no fundo do útero, atrás do embrião, não se deve retirar, e
ele ficará junto à placenta‖, afirma.

Há alguns pontos em que o texto não obedece rigorosamente à norma padrão. A seguir
foram elencadas algumas possibilidades de ajustes para que a correção seja assegurada.
Avalie-as e, em seguida, assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as
mesmas.

I. No trecho: ―Em média, o de cobre falha para 0,5 de cada 100 usuárias por ano, próximo a
de pílulas‖, deveria haver crase em ―próximo à de pílulas‖, pois o substantivo ―falha‖ está
subentendido.

II. Há uma vírgula sobrando em: ―‘A mulher que tem muito fluxo e cólica, pode optar por este
método‘, afirma Dardes‖, pois NÃO se separa sujeito de predicado.

III. ―Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê
decorrente do uso do dispositivo‖. Nesse trecho, há uma transgressão ortográfica, pois o
correto seria má- formação.

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IV. ―Segundo o ginecologista Zlotnki, também não existem casos de malformação do bebê
decorrente do uso do dispositivo‖. Nesse trecho, o verbo existir é impessoal, portanto, NÃO
deveria estar no plural.

A análise correta é:
a) Apenas as assertivas I e II estão corretas.
b) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
c) Todas as assertivas estão corretas.
d) Apenas as assertivas I, II e IV estão corretas.

21. Resposta: a

22. (Ano: 2017/Banca: FCM)

Quanto às formas verbais empregadas na tirinha, é correto afirmar que todas


a) atribuem atuações à segunda pessoa do singular.
b) assinalam rupturas quanto ao aspecto das ações.
c) apontam certeza com relação às ações praticadas.
d) designam fatos de atuações sofridas pelos sujeitos.
e) indicam ações produzidas em certo período passado.

22. Resposta: c

23. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
A ―LÍNGUA‖ DO PENSAMENTO
Publicado em Língua Portuguesa, ano 7, n.º 75, janeiro de 2012. Adaptado de:
http://www.aldobizzocchi.com.br/divulgacao.asp. Acesso em: 28 mar 2017.
Por mais distintas que as línguas sejam, praticamente tudo que pode ser dito em uma
língua pode ser dito nas demais. Certas palavras não encontram equivalentes exatos em
outros idiomas, as estruturas sintáticas são muito diferentes, mas o sentido geral das frases
tende a permanecer o mesmo. Tanto que, salvo em traduções de poesia, em que a
expressão é tão importante quanto o conteúdo, o que se traduz num texto é o seu sentido
geral e não o significado termo a termo, a chamada tradução literal, que muitas vezes
conduz a enunciados sem sentido.
Essa possibilidade quase irrestrita de tradução é possível porque o ―sentido geral‖ a que
estou me referindo é algo que transcende a língua. Trata-se de uma representação mental
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que fazemos da realidade e que prescinde de palavras. Mas tampouco se dá por imagens
ou outros símbolos dotados de um significante material. Tanto que cegos de nascença,
surdos-mudos e indivíduos privados da linguagem por alguma patologia são perfeitamente
capazes de pensar e compreender a realidade.
Também comprovam a existência dessa representação mental puramente abstrata,
situações como quando não recordamos uma palavra, mas mesmo assim sabemos o que
queremos dizer, ou quando alguém diz algo e, tempos depois, lembramos o que foi dito
mesmo tendo esquecido as palavras exatas. A ideia de que pensamos independentemente
da língua que falamos e mesmo de outros sistemas simbólicos (sons, gestos, desenhos,
esquemas) é bem antiga e tem inquietado muitos pensadores e cientistas ao longo do
tempo.
[...] Fazendo uma analogia, fatos do mundo real são interações entre objetos formados de
átomos ou de partículas ainda menores. Se o pensamento é a representação mental da
realidade exterior, então a mente seria povoada por ―objetos‖ (conceitos) compostos de
partículas mínimas hierarquicamente organizadas, os quais interagem por meio de relações
lógicas e abstratas. Isso explicaria por que substância, qualidade e ação são categorias
universais e por que classes como substantivo, adjetivo e verbo existem em todas as
línguas – ainda que, no plano da superfície discursiva, possam estar mascaradas em
algumas delas.
Paralelamente, os estudos de Noam Chomsky sobre a aquisição da linguagem e a
competência linguística demonstraram que, por mais pobres que sejam os estímulos vindos
do meio, toda criança aprende a falar muito cedo e é capaz de formular corretamente frases
que jamais ouviu antes.
[...] Chomsky postula que a aptidão linguística é inata e se dá por meio de módulos
cerebrais. É como se o cérebro fosse o hardware no qual já viesse de fábrica um sistema
operacional capaz de processar qualquer software linguístico (isto é, qualquer língua). A
esse sistema pré-instalado Chomsky chamou de Gramática Universal (GU). Assim, se o
cérebro é como um computador, a GU é a plataforma (como o Windows, por exemplo) na
qual roda o ―software‖ linguístico instalado (no nosso caso, algo como o programa
―português.exe‖). A fala é então o produto do processamento desse programa, como o
papel que sai da impressora.
Mas, se não pensamos só com palavras, a GU, sendo uma plataforma de processamento
linguístico, provavelmente ainda não é o sistema de base do pensamento: deve haver um
sistema ainda mais básico, que permite ―rodar‖ não só línguas mas todos os demais
códigos simbólicos já inventados ou por inventar.
[...] Eu mesmo venho realizando pesquisas sobre o assunto, algumas já publicadas. É
importante dizer que todas as teorias, apesar das diferenças, são tributárias de um mesmo
princípio, já intuído pelos gregos na Antiguidade. Como diria Mário Quintana, não há nada
que possamos pensar que algum grego já não tenha pensado.
Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, pós-doutor pela UERJ, pesquisador do
Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de
Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena).
Releia: ―mesmo assim sabemos o que queremos dizer‖. O verbo ―querer‖ pode assumir
diferentes formas de acordo com o tempo em que estiver conjugado.
Assinale a única alternativa em que esse verbo tenha sido corretamente conjugado e
escrito.

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a) A secretária quereria sair mais cedo.


b) Seria melhor que ele queresse colaborar.
c) Se você quizesse melhorar, poderia.
d) O professor quiz saber as razões do atraso.

23. Resposta: a

24. (Ano: 2017Banca: IESES)


Releia: ―mesmo assim sabemos o que queremos dizer‖. O verbo ―querer‖ pode assumir
diferentes formas de acordo com o tempo em que estiver conjugado. Assinale a única
alternativa em que esse verbo tenha sido corretamente conjugado e escrito.
a) O professor quiz saber as razões do atraso.
b) Seria melhor que ele queresse colaborar.
c) Se você quizesse melhorar, poderia.
d) A secretária quereria sair mais cedo.

24. Resposta: d

25. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto I

Afinal: o que é a ―morte cerebral‖?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o


preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e
organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os
órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada.
Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para
permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os
mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que as
sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam
de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade
cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje
sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo,
também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer ―bom senso‖, o conceito de ―morte cerebral‖ e seu adequado
diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de
conceituar formalmente a ―morte cerebral‖ ou ―morte encefálica‖ tomou impulso quando se
iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu
diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados
possíveis doadores.

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Existem algumas diferenças para a defnição de morte cerebral em diferentes países,


mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de
reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não
responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24
horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se
o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser
replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]
Uma vez defnida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus
órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida
são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-morte-cerebral/
Acesso em: 07/02/17)

Em ―Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção‖ (1º§), o


verbo destacado está flexionado no plural concordando com:
a) o sujeito ―eles‖ que se encontra oculto.
b) o núcleo do sujeito simples ―mecanismos‖.
c) o sujeito composto ―de defesa, de alimentação, de locomoção‖.
d) o pronome ―se‖ que o acompanha indicando sujeito indeterminado.
e) os complementos verbais ―de defesa, de alimentação, de locomoção‖.

25. Resposta: b

26. (Ano: 2017/Banca: COMPERVE)


Texto associado
O convívio e o amor nos moldam as feições. Havia uma aura [1] em torno de suas cabeças
que [2] bem logo percebi. Suas mãos vinham grudadas e os corpos unidos. Ambos
navegavam [3] com o nariz levemente erguido, pois quem ama sempre se sente um pouco
rei.
A flexão verbal de navegavam repete-se em
a) contornaram (8º parágrafo).
b) poderiam (3º parágrafo).
c) enganaram (2º parágrafo).
d) pareciam (7º parágrafo).

26. Resposta: d

27. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFJF)


Texto associado
Texto 1
Desobediência Civil
Aldo Bizzocchi

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Deveríamos nos rebelar contra injustiças linguísticas e arbitrariedades gramaticais?Se sim,


como diferenciar os desobedientes dos ignorantes?
Nem tudo o que é legal é justo (segundo Gandhi, uma lei injusta é uma forma de violência).
O líder indiano foi o maior expoente da desobediência civil, filosofia política formulada pelo
americano Henry David Thoreau. A ideia básica dessa filosofia é a de que é justo
desobedecer a leis ou a governos injustos.
Mas leis injustas (supondo que haja um critério objetivo de justiça) nem sempre são criadas
por razões deliberadas; as mais das vezes, o legislador não se dá conta de todas as
implicações de sua lei. Exemplo disso é a legislação tributária brasileira, que faz os pobres
pagarem relativamente mais em impostos do que os ricos.
A língua também é governada por leis. A ortografia, por sinal, é objeto de regulamentação
federal. Já a gramática, embora não tenha força de lei, é um conjunto de normas que
exercem pressão tão coercitiva sobre os falantes, especialmente em situações formais,
quanto as de uma legislação. E ortógrafos e gramáticos também erram, portanto também
criam leis injustas – se não contra os falantes, pelo menos contra a língua.
É o caso daquela grafia que, embora oficial, não tem fundamento nem etimológico nem
fonológico e mais cria dificuldades do que facilita a vida das pessoas. É o caso também da
regra sintática obsoleta que ainda é exigida em concursos, e da concordância ou regência
que atentam contra a lógica e a natureza da língua, mas são tidas como canônicas pela
gramática normativa. O que fazer com elas? A desobediência civil cabe nesses casos?
Imposição
A regulamentação do idioma, embora não tenha efeito jurídico, sobretudo porque não prevê
sanções cíveis ou penais a quem a transgride (exceto a reprovação em concursos), acaba
sendo mais tirânica que a legislação propriamente dita. Afinal, não é possível enviar ao
Congresso um projeto de lei de iniciativa popular para mudar regras de gramática. Logo,
discordar dessas regras e, mais, desobedecê-las (ou desobedecer a elas, como exigem os
gramáticos) constitui, na prática, um ato de desobediência civil.
Mas será que toda desobediência é justificável? De um lado, podemos ter abusos
motivados por razões ideológicas, algo como ―Si hay gobierno en esta tierra, yo soy contra‖
(―Se há governo nessa terra, sou contra‖). Afinal, para os radicais, toda lei é uma forma de
opressão (alguns, se pudessem, desacatariam até a lei da gravidade!). De outro lado, como
distinguir entre desobediência e ignorância? Em tese, qualquer um que não saiba se
expressar de acordo com a gramática pode alegar que o faz deliberadamente. Então será
que todo desvio é justificável?
Rebeldia tímida
Curiosamente, os atos de desobediência deliberada em relação à língua têm um caráter
muito mais conservador do que na política. E afetam mais a ortografia do que a gramática.
Toda vez que ocorre uma reforma ortográfica, não são raras as vozes a se levantarem
contra ela, em defesa do sistema antigo. Fernando Pessoa, por exemplo, pregava a
desobediência civil à reforma de 1911. E, ainda hoje, muitos portugueses resistem ao novo
acordo ortográfico.
Já os ―progressistas‖ da língua se limitam a criticar a timidez das reformas, mas não ousam
desafiá-las, abolindo por conta própria o h mudo ou coisas do gênero. E olhe que não faltam
normas ruins e malfeitas em matéria de ortografia. (...)
Discórdias

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E casos como o de ―adequa‖ (ou ―adéqua‖, ou ―adeqúa‖?), que não tem uma grafia oficial (o
dicionário Houaiss é um caso isolado) porque para os gramáticos essa palavra
simplesmente não existe? E o hífen, pomo central da discórdia ortográfica da nossa língua,
cujas normas de uso são tão herméticas quanto ilógicas? (Se antes não havia qualquer
sentido na grafia ―cartão-postal‖, agora temos de conviver também com ―conta-corrente‖).
Com respeito à gramática (ou com desrespeito, se quisermos fazer um trocadilho de mau
gosto), pululam os casos de regras incoerentes, que o falante, em sua ingenuidade, acaba
―corrigindo‖, muitas vezes sem ter consciência de que é um transgressor contumaz.
BIZZOCCHI, Aldo. Desobediência Civil. Revista Língua Portuguesa.
Editora Segmento. Ano 8, n.º 85, novembro de 2012. (adaptado)
Releia a frase extraída do texto ―Desobediência civil‖, do lexicologista Aldo Bizzocchi:
―E ortógrafos e gramáticos também erram, portanto também criam leis injustas – se não
contra os falantes, pelo menos contra a língua.‖
Modificando-se os dois verbos destacados na frase anterior, obteríamos o seguinte
resultado:
E ortógrafos e gramáticos também erramos, portanto também criamos leis injustas – se não
contra os falantes, pelo menos contra a língua.
Acerca da frase modificada, é CORRETO afirmar que:
a) Resulta em um enunciado inaceitável, de acordo com o padrão culto da língua escrita.
b) Enaltece sobremaneira o comportamento dos gramáticos em relação à língua.
c) Exemplifica um recurso estilístico de natureza exclusivamente semântica.
d) Exemplifica uma silepse de pessoa.
e) Constitui um exemplo de antítese.

27. Resposta: d

28. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFJF)


Texto associado
Texto 2
Política e Politicalha
Rui Barbosa
A política afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos,
desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia; cria,
apura, eleva o merecimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a alcunha
de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há
dúvida que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem
o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado?
Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo
queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa.
Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a
outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente.
A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis
escritas, ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de explorar o benefício de
interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou o conjunto das funções do
organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de

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si mesma. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e


viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países
moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada.
In: ROSSIGNOLI, Walter. Português: teoria e prática. São Paulo, Ed. Ática. 2004. p.19.
Releia os enunciados a seguir, subtraídos do Texto 2:
―Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a
outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente.‖
Nos dois períodos, todos os verbos apresentam-se na 3ª pessoa do plural, em harmonia
com o sujeito composto política e politicalha. No entanto, em alguns casos, a norma culta
escrita admite o emprego do verbo no singular, mesmo com o sujeito composto. Assinale a
alternativa em que a norma apoiaria essa concordância especial:
a) O amor, a solidariedade e o bem-querer só se revelam ao homem nos momentos de
suprema dor.
b) Nem Pedro nem sua esposa compareceram à formatura do filho mais velho.
c) ―As penas que São Pedro ou seus sucessores fulminam contra os homens ...‖ (Antônio
Vieira)
d) Antes que o público entrasse no teatro, a soprano e o músico organizaram-se no centro
do palco.
e) O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.

28. Resposta: a

29. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto

O retrato
(Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e


jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando
sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o
mecânico que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso,
extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que
seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara
contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao
homem o que ele queria. O homem disse ―nada não, obrigado‖, guardou a foto, saiu do
botequim e desapareceu.

No trecho ―O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e
pôs-se a olhá- la.‖, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra:
a) caderneta.
b) bolso.
c) fotografia.
d) homem.

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29. Resposta: d

30. (Ano: 2017/Banca: CS-UFG)


Texto associado
Campanha pede que pediatras de todo o país ―receitem livros' para crianças‖
Pediatras de todo o país vêm sendo orientados a "receitar livros" para seus pacientes de
zero a seis anos. A medida, anunciada nesta semana pela SBP (Sociedade Brasileira de
Pediatria), visa estimular o aumento das conexões cerebrais nos pequenos por meio da
leitura feita a eles pelos pais ou por pessoas próximas.
De acordo com os médicos, bebês que recebem o estímulo de escutar histórias podem se
tornar adultos mais articulados, desenvoltos e inteligentes. Bebês que nascem com
deficiência também podem obter benefícios: com este incentivo, o cérebro pode criar novas
conexões para suprir habilidades perdidas.
Para Eduardo Vaz, presidente da SBP, não basta ao pediatra controlar peso, altura e
vacinas. Para ele, é preciso formar um adulto que tenha qualidade de vida e que exerça sua
cidadania.
"Estamos atrasados na inclusão do livro na pediatria. Ler para o bebê reflete diretamente
em seu bom desenvolvimento, na cognição e na afetividade. Quem lê para o bebê cria com
ele um vínculo afetivo para a vida toda e contribui para que ele seja um adulto melhor", diz
Vaz.
O empresário Igor Rodrigues e a sua mulher, Daniela, leem diariamente histórias infantis
para as filhas gêmeas Lis e Mariah, de nove meses.
"Não tivemos orientação médica, mas tomamos a medida porque o nosso mais velho, de 15
anos, não gosta de livros e é ligado a videogames. Os resultados são claros: elas adoram,
aprendem novas palavras e estão mais espertas", avalia o pai.
Uma das causas do atraso do falar de crianças, de acordo com Vaz, é a falta de
comunicação entre pais e filhos, o que inclui a leitura. "O médico deve abordar famílias de
forma direta, dizendo que é necessário ler para o bebê. Pais analfabetos podem contar
histórias para os filhos. E essas crianças se alfabetizam rápido, têm facilidade para
aprender línguas e melhor desempenho acadêmico."
Com apoio das fundações Maria Cecília Souto Vidigal e Itaú Social, médicos associados à
SBP receberão livros para seus consultórios. Eles receberão também a cartilha "Receite um
Livro – Fortalecendo o Desenvolvimento e o Vínculo", com os benefícios da leitura a bebês.
Para o linguista Evélio Cabrejo, da Universidade Sorbonne (França), que veio ao Brasil para
o lançamento da campanha, não importa repetir a mesma história para as crianças. "O bebê
não escuta a mesma história sempre. Ele descobre uma quantidade enorme de significados
diferentes. Além disso, decora tudo. Está exercendo a memória. É uma operação
extraordinária."
MARQUES, Jairo. Folha de S. Paulo. 18 out. 2015. Disponível em: . Acesso em: 1° fev.
2016.
No quinto parágrafo do texto, o uso do verbo ―ler‖ no plural se justifica pelo seguinte motivo:
a) compõe um sintagma verbal juntamente com ―histórias infantis‖
b) concorda em número com as receptoras da ação ―filhas gêmeas Lis e Mariah‖.
c) materializa a quantificação observada pela expressão temporal ―de nove meses‖.
d) estabelece relação de concordância com os agentes da ação ―Igor Rodrigues e a sua
mulher, Daniela‖.

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30. Resposta: d

31. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos diante de uma
escolha importante da vida. A resposta é surpreendente: para as decisões pouco
importantes, disse ele, vale a pena pensar bem. Quanto às grandes escolhas da vida, você
terá menos chance de errar se escolher por impulso.
A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas
grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud
não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de ―cabeça
fria‖, mas que determinam o rumo de nossas vidas. No caso das escolhas profissionais, as
motivações inconscientes são decisivas. Elas determinam não só a escolha mais
―acertada‖, do ponto de vista da compatibilidade com a profissão, como são também
responsáveis por aquilo que chamamos de talento. Isso se decide na infância, por
mecanismos que chamamos de identificações. Toda criança leva na bagagem alguns traços
da personalidade dos pais. Parece um processo de imitação, mas não é: os caminhos das
identificações acompanham muito mais os desejos não realizados dos pais do que aqueles
que eles seguiram na vida.
Junto com as identificações formam-se os ideais. A escolha profissional tem muito a ver
com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Dificilmente alguém consegue se entregar
profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita.
Tudo isso está relacionado, é claro, com a almejada satisfação na vida profissional. Mas
não vamos nos iludir. Satisfação no trabalho não significa necessariamente prazer em
trabalhar. Grande parte das pessoas não trabalharia se não fosse necessário. O trabalho
não é fonte de prazer, é fonte de sentido. Ele nos ajuda a dar sentido à vida. Só que o
sentido da vida profissional não vem pronto: ele é o efeito, e não a premissa, dos anos de
prática de uma profissão. Na contemporaneidade, em que se acredita em prazeres
instantâneos, resultados imediatos e felicidade instantânea, é bom lembrar que a
construção de sentido requer tempo e persistência. Por outro lado, quando uma escolha
não faz sentido o sujeito percebe rapidamente.

(Adaptado de KEHL, Maria Rita. Disponível em: rae.fgv.br /sites/rae.fgv.br/files/artigos)

O verbo que pode ser corretamente flexionado em uma forma do plural, sem que nenhuma
outra modificação seja feita na frase, está em:
a)... em que se acredita em prazeres instantâneos... (4° parágrafo)
b) Grande parte das pessoas não trabalharia... (4° parágrafo)
c)... o campo de ideais que a pessoa valoriza. (3° parágrafo)
d)... que não represente os valores... (3° parágrafo)
e)... não se referia às vontades impulsivas... (2° parágrafo)

31. Resposta: b

32. (Ano: 2017/Banca: FCC)

164
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Texto associado
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para explicar um
problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a primeira, também
qualificada como elegante. ―Em muitos casos, porém, a complexa pode ser mais
interessante‖, lembra o filósofo Marco Zingano, da Universidade de São Paulo. Segundo
ele, a escolha é natural na cultura ocidental contemporânea porque o pensamento dessas
civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão, os filósofos de maior destaque na Grécia
Antiga, para quem a metafísica da unidade tinha como paradigma a simplicidade.
Levado ao pé da letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da
Antiguidade pode parecer folclórico diante do conhecimento atual. Mas, mesmo que oculta,
a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o pensamento governa
os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva uma pessoa
a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está claro, por exemplo, que
uma moderada dose diária de exercícios é suficiente para prevenir uma série de doenças
graves e trazer benefícios à saúde, por que alguém optaria por passar horas deitado no
sofá e se locomover apenas de carro? Para Sócrates, a resposta era simples: guiado pela
razão, o ser humano só deixa de fazer o que é melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par de
cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão. Um dos
cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites. O outro é a
porção irascível da alma. É o impulso, em geral obediente à razão, mas que pode levar a
decisões impetuosas em determinadas situações. ―O que determina as ações seriam fontes
distintas de motivação‖, observa Zingano. Platão pensou o conflito como interno à alma,
dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.
Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque foram grandes
sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos diversos do Universo,
do corpo e da mente, entender seu funcionamento e deixar registrado para uso futuro.
Resgatar esses textos, explica Zingano, é uma busca da compreensão de como a cultura
ocidental descreve o mundo e enxerga a si mesma ainda hoje.

(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)

Sem prejuízo da correção e sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o verbo
flexionado no singular que também pode ser flexionado em uma forma do plural está em:
a)... o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles Platão...
b) O que determina as ações seriam fontes distintas de motivação...
c) Em muitos casos, porém, a complexa pode ser mais interessante...
d)... um par de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a
razão.
e)... a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a primeira...

32. Resposta: e

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33. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
A BELEZA E A ARTE NÃO CONSTITUEM NENHUMA GARANTIA MORAL
Contardo Calligaris
Gostei muito de ―Francofonia‖, de Aleksandr Sokurov. Um jeito de resumir o filme é este:
nossa civilização é um navio cargueiro avançando num mar hostil, levando contêineres
repletos dos objetos expostos nos grandes museus do mundo. Será que o esplendor do
passado facilita nossa navegação pela tempestade de cada dia? Será que, carregados de
tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produzir menos feiura? Ou, ao
contrário, os restos do passado tornam nosso navio menos estável, de forma que se
precisará jogar algo ao mar para evitar o naufrágio?
Essa discussão já aconteceu. Na França de 1792, em plena Revolução, a Assembleia
emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão de
―monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania‖ – melhor seria destruí-los.
Nascia assim o dito vandalismo revolucionário – que continua.
Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históricos da
China.
O Talibã destruiu os Budas de Bamiyan (séculos 4 e 5). Em Palmira, Síria, o Estado
Islâmico destruiu os restos do templo de Bel (de quase 2.000 anos atrás). A ideia é a
seguinte: se preservarmos os monumentos das antigas ideias, nunca teremos a força de
nos inventarmos de maneira radicalmente livre.
Na mesma Assembleia francesa de 1792, também surgiu a ideia de que não era preciso
destruir as obras, elas podiam ser conservadas como patrimônio ―artístico‖ ou ―cultural‖ – ou
seja, esquecendo sua significação religiosa, política e ideológica.
Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contêineres
que ele carrega: um emaranhado de esperanças, saberes, intuições, dúvidas, lamentos,
heranças, obrigações e gostos. Tudo dito belamente: talvez o belo artístico surja quando
alguém consegue sintetizar a nossa complexidade num enigma, como o sorriso de ―Mona
Lisa‖.
Os vândalos dirão que a arte não tem o poder de redimir ou apagar a ignomínia moral. Eles
têm razão: a estátua de um deus sanguinário pode ser bela sem ser verdadeira nem boa.
Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?
Não sei bem o que é o belo e o que é arte. Mas, certamente, nenhum dos dois garante
nada.
Por exemplo, gosto muito de um quadro de Arnold Böcklin, ―A Ilha dos Mortos‖, obra
imensamente popular entre o século 19 e 20, que me evoca o cemitério de Veneza, que é,
justamente, uma ilha, San Michele. Agora, Hitler tinha, em sua coleção particular, a terceira
versão de ―A Ilha dos Mortos‖, a melhor entre as cinco que Böcklin pintou. Essa proximidade
com Hitler só não me atormenta porque ―A Ilha dos Mortos‖ era também um dos quadros
preferidos de Freud (que chegou a sonhar com ele).
Outro exemplo: Hitler pintava, sobretudo aquarelas, que retratam edifícios austeros e
solitários, e que não são ruins; talvez comprasse uma, se me fosse oferecida por um jovem
artista pelas ruas de Viena. Para mim, as aquarelas de Hitler são melhores do que as de
Churchill. Pela pior razão: há, nelas, uma espécie de pressentimento trágico de que o
mundo se dirigia para um banho de sangue.

166
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É uma pena a arte não ser um critério moral. Seria fácil se as pessoas que desprezamos
tivessem gostos estéticos opostos aos nossos. Mas, nada feito.
Os nazistas queimavam a ―arte degenerada‖, mas só da boca para fora. Na privacidade de
suas casas, eles penduraram milhares de obras ―degeneradas‖ que tinham pretensamente
destruído. Em Auschwitz, nas festinhas clandestinas só para SS, os nazistas pediam que a
banda dos presos tocasse suingue e jazz – oficialmente proibidos.
Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim, sempre foi a Accademia, em
Veneza. A cada vez que volto para lá, desde a infância, medito na frente de três quadros,
um dos quais é ―A Tempestade‖, do Giorgione. Com o tempo, o maior enigma do quadro se
tornou, para mim, a paisagem de fundo, deserta e inquietante. Pintado em 1508, ―A
Tempestade‖ inaugura dois séculos que produziram mais beleza do que qualquer outro
período de nossa história. Mas aquele fundo, mais tétrico que uma aquarela de Hitler,
lembra-me que os dois séculos da beleza também foram um triunfo de guerra, peste e
morte – Europa afora.
É isto mesmo: infelizmente, a arte não salva.
Texto adaptado de:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/08/1806530-a-beleza-e-a-arte-
nao-constituem-nenhuma-garantia-moral.shtml
Assinale a alternativa correta acerca dos excertos retirados do texto e comentados a seguir.
a) Em relação ao trecho ―Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio,
somos os contêineres que ele carrega [...]‖, os verbos destacados estão conjugados na
primeira pessoa do plural e são complementados por objetos diretos, respectivamente, o
navio e os contêineres.
b) Em relação ao trecho ―Os nazistas queimavam a ‗arte degenerada‘, mas só da boca para
fora.‖ o verbo destacado está no plural, pois concorda com um sujeito composto e o mas
trata-se de uma conjunção adversativa.
c) Em relação ao trecho ―Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim,
sempre foi a Accademia, em Veneza.‖, ambos os termos destacados tratam-se de
conjunções que introduzem uma noção de finalidade.
d) Em relação ao trecho ―[...] há, nelas, uma espécie de pressentimento trágico de que o
mundo se dirigia para um banho de sangue.‖, o verbo destacado não possui sujeito e nelas
tratase de uma contração entre a preposição em e o pronome pessoal elas e indica uma
noção de posição.
e) Em relação ao trecho ―Pintado em 1508, ‗A Tempestade‘ inaugura dois séculos que
produziram mais beleza do que qualquer outro período de nossa história.‖, o verbo
destacado deveria estar conjugado no plural para concordar com a expressão ―dois
séculos‖, fato que pode ser comprovado pela transformação para a voz passiva, assim,
―dois séculos são inaugurados por ‗A Tempestade‘‖.

33. Resposta: d

34. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA

167
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Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana
pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias, deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o
dobro do tempo.
Todos os dias, deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que
é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame,
nem vai perceber.
Todos os dias, deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer um
pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer,
serão cerca de cinco horas do dia… E não se esqueça de escovar os dentes depois de
comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis
refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua
e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som,
porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco
comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque
todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze
minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas
diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as
informações.
[...]
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você
não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que me ocorre é fazer várias dessas
coisas ao mesmo tempo!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os
dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais.
Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher… na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5
minutos, uma colherada de leite de magnésio.
[...].

168
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Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
E-mail de contato: educacional@professorpreparado.com.br

Adaptado de: <http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luisfernando-verissimo>.


Acesso em: 17 out. 2016.
Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto ―Ainda bem que somos
crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de
leite de magnésio.‖, assinale a alternativa correta.
a) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
b) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo subjuntivo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
c) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à segunda conjugação.
d) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo defectivo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
e) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo defectivo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à terceira conjugação.

34. Resposta: a

35. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

NOVO ACORDO, VELHAS QUESTÕES

Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/entenda-as

mudancas-do-novo-acordo-ortografico/ Acesso em 13 jan 2017.

A intenção de unificar a língua portuguesa entre os países em que ela é o idioma


oficial é antiga. Em 1931, foi realizado o primeiro acordo ortográfico luso-brasileiro, mas ele
acabou não sendo efetivado na prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira
foi adotada em Portugal, mas não no Brasil.
Anos depois, em 1986, os sete países de língua portuguesa (Timor-Leste não pôde ser
incluído na lista, pois se tornaria independente apenas em 2002) consolidaram as Bases
Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, que não chegaram a
ser implementadas.

169
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Em 1990, os países de língua portuguesa se comprometeram a unificar a grafia da


língua, segundo a proposta apresentada pela Academia de Ciências de Lisboa e pela
Academia Brasileira de Letras. Mesmo assim, o acordo ainda não podia entrar em vigor.
Foram necessários mais 16 anos para que fossem alcançadas as três adesões
necessárias para que o acordo fosse cumprido. Em 2006, São Tomé e Príncipe e Cabo
Verde se uniram ao Brasil e ratificaram o novo acordo. Entretanto, Portugal ainda
apresentava uma grande relutância às mudanças. Apenas em maio de 2008 o Parlamento
português ratificou o acordo para unificar a ortografia em todas as nações de língua
portuguesa.

Sobre as palavras destacadas no texto: ratificaram e ratificou, analise as proposições e, em


seguida, assinale a alternativa que contenha a resposta correta.

I. São verbos conjugados no pretérito perfeito, na terceira pessoa do plural e do singular,


respectivamente.

II. São verbos conjugados no futuro do presente e pretérito perfeito, respectivamente.

III. São verbos que indicam o ato ou efeito de corrigir, emendar.

IV. São verbos conjugados no modo indicativo.

a) Está correta apenas a proposição IV.


b) Estão corretas as proposições II e III.
c) Estão corretas as proposições I e IV.
d) Estão corretas as proposições I e III.

35. Resposta: c

36. (Ano: 2017/Banca: MPE-RS)


Texto associado
Instrução: A questão a seguir está relacionada ao texto abaixo.

170
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Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas tracejadas das linhas 4, 5, 9 e


19, nesta ordem.
a) evocavam – Faziam – eram – exigia
b) evocava – Fazia – eram – exigiam
c) evocava – Fazia – era – exigia
d) evocavam – Faziam – eram – exigiam
e) evocava – Faziam – era – exigiam

36. Resposta: c

37. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

NOVO ACORDO, VELHAS QUESTÕES

Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/entenda-as-mudancas-do-


novo-acordo-ortografico/ Acesso em 13 jan 2017.

171
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A intenção de unificar a língua portuguesa entre os países em que ela é o idioma oficial
é antiga. Em 1931, foi realizado o primeiro acordo ortográfico luso-brasileiro, mas ele
acabou não sendo efetivado na prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira
foi adotada em Portugal, mas não no Brasil.
Anos depois, em 1986, os sete países de língua portuguesa (Timor-Leste não pôde ser
incluído na lista, pois se tornaria independente apenas em 2002) consolidaram as Bases
Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, que não chegaram a
ser implementadas.
Em 1990, os países de língua portuguesa se comprometeram a unificar a grafia da
língua, segundo a proposta apresentada pela Academia de Ciências de Lisboa e pela
Academia Brasileira de Letras. Mesmo assim, o acordo ainda não podia entrar em vigor.
Foram necessários mais 16 anos para que fossem alcançadas as três adesões
necessárias para que o acordo fosse cumprido. Em 2006, São Tomé e Príncipe e Cabo
Verde se uniram ao Brasil e ratificaram o novo acordo. Entretanto, Portugal ainda
apresentava uma grande relutância às mudanças. Apenas em maio de 2008 o Parlamento
português ratificou o acordo para unificar a ortografia em todas as nações de língua
portuguesa.

Sobre as palavras destacadas no texto: ratificaram e ratificou, analise as proposições e, em


seguida, assinale a alternativa que contenha a resposta correta.

I. São verbos conjugados no pretérito perfeito, na terceira pessoa do plural e do singular,


respectivamente.

II. São verbos conjugados no futuro do presente e pretérito perfeito, respectivamente.

III. São verbos que indicam o ato ou efeito de corrigir, emendar.

IV. São verbos conjugados no modo indicativo.

a) Está correta apenas a proposição IV.


b) Estão corretas as proposições II e III.
c) Estão corretas as proposições I e IV.
d) Estão corretas as proposições I e III.

37. Resposta: c

38. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


texto associado

172
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Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo
item.

Em ―A maioria dos alunos que chegam à escola pública é oriunda precisamente desses
grupos socioeconômicos‖ (l. 17 e 18), a forma verbal ―chegam‖ poderia ser corretamente
flexionada no singular. Nesse caso, o pronome ―que‖ retomaria o núcleo do sujeito da
oração principal.
Certo
Errado

38. Resposta: certo

39. (Ano: 2017/Banca: FCM)


Texto associado

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INSTRUÇÃO: A questão, a seguir, deve ser respondida com base no texto 2. Leia-o
atentamente, antes de responder a questão.

TEXTO 2

[1º§]Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como dizem o clichê e alguns anúncios
publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se
tornou alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas
sozinhos. Escassas são as conversas, a rede tornou-se, em parte, um interminável discurso
autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
preciso o outro.
[2º§]Há tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos
falta contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos faltam silêncios. Nos falta
até o tédio. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja
uma ilusão de ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo
seja, ao contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e
de pontos de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos,
um espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não
há mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba, resta
a ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra
todas as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem.
Apaziguam, mas não movem. Entorpecem, mas será que movem? [...]
[3º§]A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo humano deste
tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais em estado
selvagem: ―Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de ocupar-
se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao comer, ele
próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter o olho
em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção em
diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no
comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem
diante de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si‖.
[4º§]A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo
preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você
executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come
assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho
checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho
enquanto manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao
mesmo tempo. Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma
involução.
[5º§]Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já
chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se

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dela for expulso todo elemento contemplativo: ―Por falta de repouso, nossa civilização
caminha para uma nova barbárie‖.

Eliane Brum escritora, repórter e documentarista.

Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html, acesso


em 25 set.2016. Fragmento do texto ―Exaustos-e-correndo-e-dopados‖. Adaptado.

Nas sentenças a seguir, a classificação dos verbos negritados/grifados, indicada entre


colchetes, está correta, EXCETO em:
a) Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao contrário, passividade. [presente
do subjuntivo - 3ª pessoa do singular]
b) Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução. [pretérito
imperfeito do subjuntivo – 3ª pessoa do singular]
c) Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um espasmo anula o
outro espasmo que anula o outro espasmo. [presente do indicativo – 3ª pessoa do plural]
d) Ao final do dia que não acaba, resta a ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em
todos os processos, protestado contra todas as injustiças. [forma nominal de particípio
passado]
e) Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já chamava a atenção para o fato de que a
vida humana finda numa hiperatividade mortal se dela for expulso todo elemento
contemplativo (...). [presente do indicativo – 3ª pessoa do singular]

39. Resposta: c

40. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
SOLIDÃO INTERATIVA

Ronaldo Coelho Teixeira

A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjóia: Juraildes da Cruz.
Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores compositores
contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou o hit que
Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faustão, na TV Globo,
em 1999. ―Nóis é jeca, mas é joia‖, aquele da farinhada, feita da mandioca, da macaxeira ou
do aipim, a depender da região brasileira. Sacada de mestre, de quem está sempre
antenado ao mundo e aos seus. Juraíldes da Cruz em sua letra, visionária – como tudo o
que os gênios, as antenas da raça fazem – já arrepiava: ―Tiro o bicho de pé com canivete,
mas já tô na internet‖. E isso quando a www ainda engatinhava.
Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer mesmo é alertar para o mau
uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria, mas que geralmente acaba escravo
delas. Solidão interativa foi cunhado pelo sociólogo francês Dominique Wolton. Em sua
tese, o autor alerta quanto ao cuidado para com o uso da internet, principalmente das redes
sociais, chamando a atenção para um detalhe vital no avanço das tecnologias de
comunicação: não importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não foi,

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não é e nunca será algo tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton
justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos
que tenham os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação
de coesão entre pessoas e grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma mídia,
mas um sistema de comunicação comunitário. Ele prova isso afirmando que podemos
passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira relação humana
com quer que seja.
A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e
fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake. As
mais usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e sai
espalhando-as de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.
Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma
iguaria especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas aquela
comidinha do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem pensar! E
aquelas dos momentos felizes? Sim, tem gente que acha que os seus instantes de lazer e
diversão têm que, obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá vai um post ao lado do
namorado ou namorada, dos amigos, geralmente com ares de forçação de barra. Porque a
gaiola do tempo, forjada por nós mesmos, só pode ser aberta pela chave da felicidade
plena.
E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status do
seu sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que posta alguma
coisa e ela mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de ‗amigos‘ nessa
cornucópia virtual. Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma
incoerente quimera: o autoengano. [...]
O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos dois
meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mesmos. Mesmo
protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde apenas a solidão nos
alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que estamos sempre ON, a vida
verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de que, no fim, toda a solidão que nos
rodeia, essa sim, é real. Porque bytes, bits e pixels não transmitem calor. E o verbo sem o
hálito quente é apenas palavra morta.

Adaptado de:< http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-


interativa.html >.

Em relação aos verbos destacados a seguir, assinale a alternativa correta.


a) No excerto ―Juraíldes da Cruz em sua letra visionária [...] já arrepiava: ‗Tiro o bicho de pé
com canivete, mas já tô na internet.‘‖, o verbo em destaque está conjugado na terceira
pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito imperfeito.
b) Em ―E isso quando a www ainda engatinhava.‖, o verbo em destaque está conjugado na
terceira pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito perfeito.
c) No excerto ―[...] não importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não
foi, não é e nunca será algo tão simples [...]‖, o verbo em destaque está conjugado na
terceira pessoa do plural, no modo subjuntivo e no tempo presente.

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d) Em ―Mesmo protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós [...]‖, o verbo em


destaque está conjugado na primeira pessoa do plural, no modo indicativo e no tempo
futuro do presente.
e) No trecho ―Afinal, foi ele quem criou o hit que Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por
meio do Domingão do Faustão [...]‖, o verbo em destaque está conjugado na terceira
pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito mais-que-perfeito.

40. Resposta: a

41. (Ano: 2017/Banca: Alternative Concursos)


texto associado

―...custaram os males...‖ A palavra em destaque é o plural de mal, assim como:


a) projéctis é plural de projéctil.
b) couves-flores é plural de couve-flor.
c) benções é plural de benção.
d) guardas-chuvas é plural de guarda-chuva.
e) troféis é plural de troféu.

41. Resposta: b

42.(Ano: 2017/Banca: Instituto Excelência)


Texto associado
Este texto é referente à questão.

BRUXAS NÃO EXISTEM

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo
todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova
para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos
pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de
―bruxa‖.
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela
tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos
entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos
preparando venenos num grande caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta
e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha
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saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando
"bruxa, bruxa!".
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós
não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que
seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por
esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era
o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço
nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram
presos na cortina.
- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No
momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se
abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo.
Eu, gordinho, era o último.
E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor
terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não
consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão,
aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher
sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna,
e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma
habilidade surpreendente.
- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer
isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano,
improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui
até minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em
poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E
tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito
boa que se chamava Ana Custódio.

(SCLIAR, Moacyr. In: revista Nova Escola, seção Era uma vez. São Paulo: Abril, agosto de
2004).
―Ninguém poderia me ajudar‖. O verbo em negrito está no singular porque, segundo as
regras da concordância verbal:
a) O verbo fica no singular quando concorda com o pronome indefinido ―ninguém‖.
b) O verbo fica no singular quando concorda com o pronome de tratamento ―ninguém‖
c) O verbo aceita ou plural ou singular quando concorda com o pronome indefinido
―ninguém‖.
d) Nenhuma das alternativas.

42. Resposta: a

43. (Ano: 2017/Banca: Instituto Excelência)


Qual é a conjugação do verbo ‗‘haver‘‘ na 1º pessoa do singular no pretérito mais perfeito?
Assinale a alternativa CORRETA.

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a) Haveria.
b) Houvera.
c) Havia.
d) Nenhuma das alternativas.

43. Resposta: b

44. (Ano: 2016/Banca: CRO - SC)


Texto associado
MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de
mergulhos nos anéis do planeta

Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em:


http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso
em 03 dez 2016.

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta
quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da
sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o
que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as
regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência
espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a
sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão.
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e
campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou
mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno,
mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de
lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua
Enceladus.
Para o que a Nasa está chamando de ―Grand finale‖, a sonda vai realizar diversos rasantes
entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos
do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende
sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As
manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno,
como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini
será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens
que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os
campos gravitacional e magnético.
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o
impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida.
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque
Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para
evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as
contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o
descarte seguro da espaçonave em Saturno‖, afirma a Nasa no site da missão.

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Assinale a alternativa em que o verbo esteja conjugado corretamente no imperativo


afirmativo em segunda pessoa do singular.
a) Ouve a voz do coração e reflete.
b) Assistamos ao episódio e aceitemos seu desfecho.
c) Fale menos e ouça mais.
d) Pegueis o livro e o entregueis à criança.

44. Resposta: a

45. (Ano: 2016/Banca: CESPE)


Texto associado

Considerando o documento hipotético XXXX n.º 01/2016/MRT, julgue o próximo item com
base nas NPD/UnB.

O emprego da forma verbal ―deverás‖, no último parágrafo, está correto, uma vez que o
termo com o qual concorda — ―Vossa Senhoria‖ — corresponde à segunda pessoa do
singular.
Certo
Errado

45. Resposta: errado

46. (Ano: 2016/Banca: FCC)


Texto associado
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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte, escrito pelo filósofo francês Voltaire em
1777:

Do justo e do injusto

Quem nos deu o sentimento do justo e do injusto? Foi Deus, que nos deu um cérebro e
um coração. Mas em que momento nossa razão nos ensina que há vício e virtude? Quando
nos ensina que dois e dois são quatro. Não há conhecimento inato, pela mesma razão por
que não há árvore que contenha folhas e frutos ao sair da terra. Nada é aquilo que chamam
inato, ou seja, desenvolvido ao nascer; Deus nos faz nascer com órgãos que, crescendo,
nos permitem sentir tudo o que nossa espécie deve sentir para a sua própria conservação.

(Voltaire. O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 1)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para integrar
corretamente a frase:
a) Não (haver) de ocorrer tantas injustiças, não precisaríamos definir com exatidão o que é
justo.
b) A cada um (caber) as punições devidas pelos males que haja praticado.
c) Não se (imputar) ao caráter dele os deslizes que lhe sejam inatos.
d) A todos aqueles a quem (poder) servir meu exemplo, ofereço-o de bom grado.
e) Não (dever) agradar a ela, creio eu, as conclusões a que cheguei.

46. Resposta: d

47. (Ano: 2016/Banca: COVEST-COPSET)


Texto associado
TEXTO 3
Já que praticamente todas as nossas ações diárias mais significativas estão revestidas de
linguagem, é importante saber algo sobre o seu funcionamento. E esse funcionamento da
linguagem é tão espontâneo que não nos damos conta de sua complexidade.
Quando falamos ou escrevemos, não temos muita consciência das regras usadas ou das
decisões tomadas, pois essas ações são tão rotineiras que fluem de modo inconsciente.
Por outro lado, as atividades sociais e cognitivas marcadas pela linguagem são sempre
colaborativas e não atos individuais. Por isso, seguidamente operam como fontes de mal-
entendidos. Como seres produtores de sentidos, não somos tão lineares e transparentes
quanto seria de desejar, e a compreensão humana depende da cooperação mútua. Sendo
uma atividade de produção de sentidos colaborativa, a compreensão não é um simples ato
de identificação de informações, mas uma construção de sentidos com base em atividades
inferenciais.
Para se compreender bem um texto, tem-se que sair dele, pois o texto sempre monitora o
seu leitor para além de si próprio, e esse é um aspecto notável quanto à produção de
sentido.
Tal concepção teórica traz consequências, como, por exemplo, as seguintes: a) entender
um texto não equivale a entender palavras ou frases; b) entender as frases ou as palavras é
vê-las em um contexto maior; c) entender é produzir sentidos e não extrair conteúdos

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prontos; d) entender um texto demanda uma relação de vários outros tipos de


conhecimentos, além do linguístico que consta na superfície do texto.
(Luís Antônio Marcuschi. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Editora Parábola, Record, 2008, p. 233. Adaptado).
A flexão dos verbos, em tempo, modo, pessoa e número constitui uma área bastante
controlada pela norma padrão. Nesse sentido, identifique, entre os enunciados abaixo,
aquele que respeita inteiramente essas normas.
a) O gramático mais tradicional não interviu na formulação das normas dos verbos
irregulares. Elas se adéquam ao contexto.
b) Os usuários da linguagem comum nem sempre manteram os sentidos originais das
palavras. Pode-se vê isso claramente.
c) Não seremos tão lineares e transparentes quando vir a hora das avaliações. Os
responsáveis tem ciência disso.
d) A decisão final que convier ao grupo será tomada colaborativamente. O fato de o grupo
estar organizado facilita.
e) Se o grupo propor outra resolução para o problema, teremos a oportunidade de expor
nossas inquietações.

47. Resposta: d

48. (Ano: 2016/Banca: COMPERVE)


texto associado

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Considere o período:

Atualmente, em todo o mundo, se verifica um aumento crescente do conservadorismo e de


fenômenos fundamentalistas que se expressam pela homofobia, pela xenofobia, pelo
antifeminismo, pelo racismo e por toda sorte de discriminações.

Flexionando-se, no singular, o verbo destacado,


a) o pronome ―que‖ deve ser substituído por ―as quais‖, para que se desfaça a ambiguidade.
b) o referente do pronome ―que‖ permanece o mesmo, devido à concordância estabelecida.
c) o pronome ―que‖ deve ser substituído por ―os quais‖, para que se desfaça a ambiguidade.
d) o referente do pronome ―que‖ passa a ser outro, devido à concordância estabelecida.

48. Resposta: d

49. (Ano: 2016/Banca: IBADE)


Texto associado

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Os dez mandamentos do e-mail


A escrita não produz o mesmo efeito da fala. A afirmação, óbvia, parece ignorada por
pessoas cada vez mais conectadas o tempo todo por tablets, smartphones ou
computadores. A comunicação escrita parece ter tomado a dianteira em várias frentes antes
dominadas pela fala. Essa prevalência fica clara na preferência crescente por e-mails,
torpedos, chats, tuiters, comentários e posts como forma de expressão e comunicação.
Pesquisa da Pew Global, de 2011, mostra que 92% dos internautas usam o e-mail como
principal ferramenta de comunicação, mais que smartphones e redes sociais. Mas, na era
da web 2.0, da conexão móvel, constante e com alta interatividade, avança também o outro
extremo, de internautas que capengam ao escrever um e-mail eficiente. Começando por
aqueles na dianteira da web 2.0.
O uso indevido de abreviações, formalidades ora excessivas ora inexistentes, o equívoco
de linguagem e tratamento, a falta de objetividade e assertividade são ruídos corriqueiros na
comunicação eletrônica.
Segundo Ruy Leal, superintendente do Instituto Via de Acesso, que prepara e insere
jovens no mercado de trabalho, 90% da comunicação feita e recebida pelas entidades
privadas hoje é via e-mail.
Isso é uma arma que o colaborador tem na mão. Se não estiver muito bem orientado e
preparado, pode escrever absurdos em seus e-mails-alerta.
Munido de um e-mail corporativo, qualquer um pode falar em nome da organização. Leal
sabe que rispidez, ironias e brincadeiras mal interpretadas geram desentendimentos por
conta da linguagem que se pretende distante e próxima ao mesmo tempo. Por isso, os
especialistas e as empresas tentam sistematizar as regras que regem a comunicação por e-
mail.
A apreensão tem levado empresas a consultores que capacitem funcionários a redigir
emails não só sem deslizes na língua portuguesa, mas eficientes e adequados à
comunicação profissional. Coach executiva e educadora corporativa da Atingir Coaching e
Treinamento, Regina Gianetti Dias Pereira se especializou em oferecer cursos de
comunicação empresarial, e diz que treinamentos para mensagens eletrônicas são cada
vez mais pedidos.
E-mails mal escritos, confusos, pouco claros, feitos sem consistência, geram mal-
entendidos, perdas de negócios, tempo e, especialmente, produtividade-observa.
A primeira lição é que dominar a tecnologia não significa domínio do uso da linguagem.
Daí a falsa impressão de que pessoas conectadas e integradas tecnologicamente se
comunicam via internet com mais propriedade, quando na verdade uma habilidade
independe da outra. O que faz diferença são alguns cuidados de adequação da linguagem
para o contexto da comunicação.
Regina conta o caso de uma instituição que gerencia pensões e aposentadorias e que
possui cadastrados milhares de pensionistas. Segundo ela, a administração enviou um e-
mail sobre uma mudança que seria feita nos pagamentos.
Era para ser algo simples, mas foi escrito de uma maneira tão confusa que ocorreu um
colapso na central de atendimento da empresa, porque ninguém entendeu a mensagem,
terminou se assustando e teve de ligar-relata. [...]
Disponível em: http://www.revistamelhor.com.br/os-dezmandamentos-do-e-mail/.
Fragmento. Acesso em 14 de setembro de 2016.

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Em: ―92% dos internautas usam o e-mail‖, a concordância foi feita corretamente. Assinale a
opção em que o verbo destacado também foi corretamente empregado no plural.
a) DEVEM fazer uma década que o e-mail surgiu
b) EXISTEM problemas de linguagem que inviabilizam a compreensão.
c) DEVEM haver muitos erros nesse trecho.
d) HAVIAM muitos erros no e-mail.
e) FAZIAM anos que eu não escrevia tanto

49. Resposta: b

50. (Ano: 2016/Banca: IF-MS)


Texto associado
Mesmo como maioria no serviço público, mulheres ainda têm cargos inferiores.

A primeira servidora pública do país foi Joana França Stockmeyer, que trabalhou na
Imprensa Nacional, de 1892 até sua aposentadoria, em 1944. Em 1934, a Assembleia
Constituinte garantiu o princípio da igualdade entre os sexos, a regulamentação do trabalho
feminino, a equiparação salarial e o direito ao voto. De lá para cá, muita coisa mudou para
melhor. No serviço público, elas já representam 55% do funcionalismo (federal, estadual e
municipal), enquanto na iniciativa privada são 50%, de acordo com Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
O percentual de mulheres no serviço público é maior porque o sentimento geral é de que
as condições no acesso são similares, por meio de seleção democrática e imparcial. O
esforço delas pela estabilidade, segundo especialistas, aponta que o desejo do público
feminino vai além de consolidação de uma carreira, passa pelo sucesso pessoal e pela
segurança da família. Como servidoras da administração federal, desfrutam de algumas
vantagens ainda não incorporadas pelo setor privado. As contratadas em órgãos regidos
pelo Estatuto do Servidor __1__, por exemplo, 180 dias de licença-adotante, concedida
__2__ que adotaram crianças.
Esses avanços, no entanto, não impedem que as funcionárias federais, na prática,
padeçam da mesma situação que as trabalhadoras privadas no que diz respeito __3__
diferença de gênero: continuam com remuneração inferior a dos homens e em cargos
menos relevantes, embora ostentem grau superior de escolarização. Dados de um estudo
da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) mostram que elas ainda são minoria
na elite do serviço público. No Poder Executivo, representam 46% do total. No Judiciário,
9%. E no Legislativo, 2%, apenas.
Um corte do estudo sobre escolaridade aponta que elas são tão ou mais preparadas do
que os homens para o mercado de trabalho. No Executivo, 48% das servidoras têm nível
superior completo, enquanto que o percentual masculino formado fica em 43%. As com pós-
graduação chegam a 5% ante 4% dos servidores; as com mestrado, 8% contra 7%. Quando
assunto é doutorado, os percentuais se assemelham: 11% das funcionárias possuem a
extensão ante 12% dos homens. Nos níveis que exigem menor conhecimento, a
participação do sexo feminino é menor do que a do masculino: 4% têm ensino fundamental
contra 8% dos homens; e 24% concluíram o ensino médio ante 26%.
Em relação __4__ remuneração no setor público, o percentual de mulheres em cargos
com salários menores é equivalente a dos homens, mas cai no topo de carreira. Ambos os

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sexos têm participação de 3% na faixa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. 9% das mulheres ocupam
vagas de R$ 2 mil a R$ 3 mil, contra 8% dos homens. Elas estão em maior número, 21%
ante 17%, quando a remuneração fica entre R$ 3 mil e R$ 4,5 mil. Tem participação igual
na faixa entre R$ 6,5 mil e R$ 8,5 mil, de 12%. Porém, na medida em que os ganhos
mensais avançam, a situação vai se invertendo: de R$ 10,5 mil a R$ 12,5 mil, elas são 5% e
eles, 6%. No topo, com R$ 12,5 mil ou mais, a participação delas é de 12% e a deles, de
17%.
Uma das explicações possíveis para essa realidade, segundo analistas, pode ser o fato
de que __5__ mulheres, no serviço público, assumem menos cargos de chefia. No
Executivo, do total de cargos de direção e assessoramento superior (DAS), 59% estão com
os homens, e 41%, com as mulheres. Segundo Pedro Palotti, técnico da Enap, o
recrutamento já aponta os limites. ―A maioria das mulheres não escolhe formação em
ciências exatas, por exemplo, onde estão as funções com salários maiores na
administração federal‖, salientou.

Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/10/28/internas_economia,5
55122/mesmo-como-maioria-noservico-publico-mulheres-ainda-tem-cargos-infer.shtml
Acesso em: 28/10/2016

Indique a opção que completa, com correção gramatical, os espaços do trecho abaixo:
a) tem, aquelas, a, a, às.
b) têm, aquelas, à, a, as.
c) tem, àquelas, a, à, às.
d) têm, àquelas, à, à, as.
e) têm, àquelas, a, à, às.

50. Resposta: d

51. (Ano: 2016/Banca: MÁXIMA)


Texto associado
Poema em linha reta
Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.


Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

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Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
[...]
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!


Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,


Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
―Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.‖ O acento da palavra destacada
ocorre pelo mesmo motivo em:
a) vir;
b) crer;
c) ler;
d) ver.

51. Resposta: a

52. (Ano: 2016/Banca: MÁXIMA)


A alternativa em que a flexão de número da locução verbal está indevida é:
a) Vão fazer novas considerações sobre o concurso.
b) Devem existir outras possibilidades de manuseio.
c) Haviam insistido durante todo o dia.
d) Vão fazer anos que ela não liga.

52. Resposta: d

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53. (Ano: 2016/Banca: MPE-GO)


Texto associado
TEXTO I

Das vantagens de ser bobo

— O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.
— O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado
por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."
— Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de
sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a ideia.
— O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não veem.
— Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante
dos bobos, e estes os veem como simples pessoas humanas.
— O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver
— O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoiévisk .
— Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um
desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o
aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.
Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um
técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria
caríssimo: mais valia comprar outro.
— Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto
estar tranquilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
— O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.
— Aviso: não confundir bobos com burros.
— Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. E uma das
tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: ―Até tu, Brutus?"
— Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
— Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
_ Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
— O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos
— Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é dificilão, é difícil. Por isso é que os
espertos não conseguem passar por bobos.
— Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.
— Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se
importam que saibam que eles sabem.
— Piá lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro,
com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por
não nascer em Minas!
— Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
— E quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. E que só o bobo é
capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo. (Clarice Lispector. A descoberta do
mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.)

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―O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.‖ A
assertiva que apresenta análise correta em relação ao parágrafo transcrito é:
a) Há três adjetivos em função predicativa.
b) Fazer foi usado como verbo impessoal.
c) O verbo haver está na terceira pessoa do singular porque é impessoal.
d) A forma verbal fazem concorda com o pronome relativo que .
e) A oração que se fazem passar por bobos deveria estar precedida de vírgula porque
explica o termo espertos .

53. Resposta: c

54. (Ano: 2016/Banca: FCC)


Texto associado
A nuvem

− Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever toda

semana sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar ninguém!


Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso
fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu ficar rezingando todo dia,
estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é
verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas
voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim?
Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. Eles
se irão como vieram, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre
as cinzas do meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a

nuvem, olhe para o chão − e seus tradicionais buracos.

(Adaptado de: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana! Rio de Janeiro: Editora do Autor,
1960, p. 179/180)
Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão (...)

Utilizando-se o tratamento da 2ª pessoa do singular, a sequência das formas verbais da


frase acima deverá ser:
a) toma − Deixa − olha
b) tomes − Deixes − olha
c) tomai − Deixai − olheis
d) tomes − Deixas − olhas
e) toma − Deixes − olhes

54. Resposta: a

55. (Ano: 2016/Banca: FUNCAB)

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Texto associado
Texto para responder à questão.

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa


asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a
leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na
Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do
psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-
Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é
responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes,
obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na
execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc.
Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos.
Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de
quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e
sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a
conduta.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com
ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o
lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico
do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se
encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos,
tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da
pessoa que as fez.

PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

Considere-se o seguinte período:

Mas, por outro lado, é na maneira como o delito FOI PRATICADO que SE ENCONTRAM
características 100% seguras da mente de quem o praticou, A EVIDENCIAR fatos, tal qual
a imagem fotográfica REVELA-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em
que FOI REGISTRADA.

Feitos eventuais ajustes indispensáveis, a substituição da forma verbal (em destaque) que
altera fundamentalmente o sentido do enunciado está registrada em:
a) foi registrada / se registrou.
b) se encontram / são encontradas.
c) a evidenciar / evidenciando.

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d) revela / tem revelado.


e) foi praticado / praticou-se.

55. Resposta: d

56. (Ano: 2016/Banca: FEPESE)


Texto associado
A rotina dos jovens alvo da polêmica sobre a redução da maioridade penal

Uma fila de adolescentes de cabeça baixa e mãos para trás serpenteia pelo pátio de uma
unidade de internação para menores infratores. Um......um, meninos de 16.....19 anos, em
sua maioria, repetem ―licença, senhora‖ com voz de quem antecipa uma bronca. E passam
ao refeitório. Pelas regras locais de boa conduta, não é permitido olhar fixo nos olhos de
funcionários ou visitantes. Mas Nelson busca de canto a mirada da jornalista: ―Vou esperar
o livro da senhora‖, ele cobra, resgatando uma promessa feita minutos antes.
O dia é frio e cinza, assim como as instalações desta unidade da Fundação Casa
(localizada na zona norte de São Paulo), dedicada à ressocialização de jovens reincidentes
no crime. Esses adolescentes, objeto de uma importante discussão sobre a redução da
maioridade penal no Brasil, estão proibidos de olhar na cara das pessoas, mas encará-los
tampouco é fácil. Quase todos furtaram, roubaram ou se envolveram com o tráfico. Menos
de 1% cometeu homicídios qualificados. Têm de aprender a respeitar a autoridade de
agentes de segurança, professores, psicólogos e agentes sociais. Terminar a escola (.....
qual muitos não tiveram acesso em liberdade), raspar seus cabelos e vestir o mesmo
conjunto azul de calça e moletom. Ainda que os esforços institucionais sejam legítimos e
variados para dar.... esses jovens a rotina de uma escola de bairro, eles estão encarcerados
e, ao contrário de quem está fora, não se esquecem disso.
Nelson [nome fictício], de 19 anos, está na terceira internação (em seu último período,
ingressou com menos de 18 anos). Debutou na Fundação aos 14 anos por tráfico de drogas
e pelo mesmo motivo retornou a ela outras duas vezes. No ―mundão‖ (tudo o que não
corresponde.....área entremuros que ele habita), trabalhava com o pai, como pintor. ―Mas aí
comecei a me envolver com o crime. Chegou uma hora em que a pessoa quer ganhar mais
do que ganhava. Aí optei pela vida mais fácil‖, relata. Foi internado que ele concluiu os
estudos e pegou o gosto pela leitura. Acaba de ler uma das tramas de Nicholas Sparks,
autor norte-americano de best sellers açucarados, como Diário de uma paixão e Uma longa
jornada, e cujo nome ele pronuncia à perfeição.
O discurso dos adolescentes sobre a maioridade penal vem pronto, superficial, como
criança que repete algo que escutou – das famílias, dos funcionários e até dos noticiários
que em teoria estão proibidos de assistir. Mas demonstra que de presídio tradicional eles
entendem. ―O Governo vai gastar mais dinheiro com cadeia. Falam que lá dentro não é fácil,
que aqui sim é uma escolinha. Lá dão comida estragada e, se a família não ajudar, a
pessoa passa fome‖, diz Nelson.
Breno, de 19 anos, em sua terceira passagem pelo sistema socioeducativo por roubo de
carros, agarra o exemplo mais próximo para emplacar uma defesa pessoal. ―A senhora tem
um filho, tipo eu, e ele vai começar agora… Vai pra cadeia e começa a falar na gíria,
interagir com ladrão mais avançado. Querendo ou não, ele vai se atualizar. Passar de carro
nacional a importado e por aí em diante‖. Não que ele comemore estar ali e não em um

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presídio comum. Breno conclui: ―De qualquer jeito, estou preso, né? É fundo do poço, e eu
estou embaixo‖.

MORAES, Camila. [Adaptado]

Disponível em:http://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/24/politica/1435121422_140735.html
Acesso em 20/julho/2016.

Considere os excertos abaixo em seu contexto:


(i) ―Ainda que os esforços institucionais sejam legítimos e variados para dar...... esses
jovens a rotina de uma escola de bairro, eles estão encarcerados e, ao contrário de quem
está fora, não se esquecem disso.‖ (2o parágrafo)
(ii) ―O Governo vai gastar mais dinheiro com cadeia. Falam que lá dentro não é fácil, que
aqui sim é uma escolinha.‖ (4o parágrafo)
(iii) ―Não que ele comemore estar ali e não em um presídio comum.‖ (5o parágrafo)

Analise as afirmativas abaixo em relação aos excertos:


1. Em (i), as formas verbais ―sejam‖ e ―esquecem‖ estão no tempo presente, mas diferem
quanto ao modo, pois a primeira está no modo subjuntivo e a segunda, no indicativo.
2. Em (i), ―fora‖ refere-se a ―fora da escola‖.
3. Em (ii), a perífrase verbal ―vai gastar‖ está no tempo presente, podendo ser substituída
pela forma simples ―gasta‖, sem alterar o significado temporal da frase.
4. As palavras ―aqui‖ (ii) e ―ali‖ (iii) referem-se ao mesmo local: a Fundação Casa.
5. Em (iii), a frase poderia ser rescrita, sem prejuízo de significado, como: ―Ele não
comemora estar ali em vez de estar em um presídio comum.‖
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.

56. Resposta: d

57. (Ano: 2016/Banca: IDIB)


texto associado

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Releia o trecho: .
..faça pausas (...) e crie um ambiente de trabalho (...) de forma a evitar o estresse... (l.12-
13)
A conjugação dos verbos destacados está corretamente classificada em:
a) Ambos estão na 3ª pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.
b) Ambos estão na 2ª pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.
c) O verbo Fazer está na 1ª pessoa do singular do Presente do Subjuntivo.
d) O verbo Criar está na 2ª pessoa do singular do Presente do Subjuntivo.

57. Resposta: a

58. (Ano: 2016/Banca: IESES)


Na correspondência oficial, respeita-se rigorosamente a norma padrão. A seguir foram
construídas frases. Assinale a alternativa em que há ERRO na análise que acompanha a
frase.
a) Mais de um problema foram resolvidos até a presente data. O período está incorreto,
pois, quando o sujeito é composto pela expressão ―mais de um‖, o verbo deve permanecer
no singular.
b) A medida faz com que espere-se mais tempo que o estabelecido anteriormente. O
período está incorreto, pois há partícula atrativa, que obriga a próclise.
c) V.Sa. deve enviar vossa solicitação ao setor de deferimento. O período está correto, pois
o pronome de tratamento V.Sa. é de segunda pessoa, portanto, o pronome possessivo
(vossa) deve também ser de segunda pessoa.
d) As condições socioeconômicas precisam ser revistas. O período está correto, todas as
palavras respeitam as normas ortográficas vigentes.

58. Resposta: c

59. (Ano: 2016/Banca: UFSC)


texto associado

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Com base no Texto 3 e na norma padrão escrita, analise as afirmativas abaixo.

I. O anúncio explora o recurso da ambiguidade.

II. Com o sentido em que está sendo empregado, o verbo haver não admite flexão de
número.

III. A palavra ―o‖ corresponde a um pronome demonstrativo.

IV. A palavra ―goleada‖ é formada pelo processo de derivação deverbal ou regressiva.


Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e) Somente a afirmativa IV está correta.

59. Resposta: b

60. (Ano: 2016/Banca: UFSC)


texto associado

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Indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) de acordo com o Texto 3
e com a norma padrão escrita.
( ) A palavra ―recém-nascido‖ é um advérbio.
( ) O texto é formado a partir de linguagem verbal e não verbal.
( ) O vocábulo ―recebeu‖ indica que o verbo está flexionado na segunda pessoa do singular,
no pretérito perfeito do indicativo.
( ) A expressão ―na vida‖ exerce a função de complemento indireto do verbo receber.
( ) O emprego do termo ―notícia‖ pode se referir a mais de um contexto.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.


a) F – V – F – F – V
b) V – V – F – F – V
c) V – F – F – V – F
d) F – V – V – V – F
e) F – F – V – F – V

60. Resposta: a

61. (Ano: 2016/Banca: UFSC)


Texto associado

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Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase.

A forma verbal ―confia‖, no terceiro quadrinho do Texto 4, está empregada na:

a) terceira pessoa do imperativo afirmativo.


b) segunda pessoa do futuro do subjuntivo.
c) segunda pessoa do presente do indicativo.
d) segunda pessoa do imperativo afirmativo.
e) terceira pessoa do presente do indicativo.

61. Resposta: d

62. (Ano: 2016/Banca: UFSC)


texto associado

Conforme o Texto 4 e a norma padrão escrita, indique se as afirmativas abaixo são


verdadeiras (V) ou falsas (F) em relação ao emprego do verbo chegar.
( ) O sujeito está posposto ao verbo no primeiro e no segundo quadrinhos.

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( ) Nas duas ocorrências, a expressão ―a primavera‖ requer que o verbo seja flexionado na
terceira pessoa do singular.
( ) O acento indicativo de crase no segundo quadrinho é um indício de que a expressão ―a
primavera‖ não pode exercer a função sintática de sujeito do verbo chegar.
( ) O sujeito de chegar pode suceder o verbo na sentença, como no primeiro quadrinho, por
esse sujeito não corresponder à definição de ser que pratica uma ação.
( ) O verbo chegar tem sujeitos diferentes no primeiro e no segundo quadrinhos.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo.


a) V – V – V – F – F
b) V – F – F – V – F
c) F – F – V – V – V
d) F – F – V – F – V
e) F – V – F – F – F

62. Resposta: c

63. (Ano: 2016/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Texto 1

Pessoas que têm pesadelos são mais criativas, diz estudo

É hora de repensar o papel do pesadelo na nossa sociedade

A origem etimológica da palavra ―pesadelo‖ diz muito sobre o sentimento que temos ao
despertar de um sonho apavorante. Em português, é derivada da palavra ―pesado‖, ou seja,
remete àquela sensação de peso sobre o peito que só um pesadelo dos bons pode causar.
Em inglês, a origem da palavra é ainda mais interessante: é uma conjunção de ―night‖
(noite) e ―mare‖, que faz referência a espíritos malignos que, para os antigos, possuíam as
pessoas durante o sono. Por muito tempo, foi assim que a ciência encarou os pesadelos:
como algo negativo, assombroso e estranho criado pelo cérebro. Mas estudos recentes vêm
mostrando que é hora de repensar o papel dos pesadelos na nossa sociedade.
Em um estudo recente publicado na New Scientist, a pesquisadora Michelle Carr, que
estuda sonhos na Universidade de Montreal, explica que existem duas teorias dominantes
para o surgimento dos pesadelos. Uma é que eles são uma reação a experiências
negativas que acontecem enquanto estamos acordados. A outra é a ―teoria de simulação de
risco‖, a ideia de que usamos os pesadelos para ―treinar‖ adversidades, de forma que
estejamos mais preparados quando coisas ruins realmente acontecerem. Seja como for, os
pesadelos trazem realmente alguns benefícios reais. Um estudo de 2013, por exemplo,
descobriu que pessoas que sofrem com pesadelos de forma recorrente são, em geral, mais
empáticas. Elas também demonstraram mais tendência a bocejar quando outra pessoa
boceja na frente delas, o que é um indicador de empatia.
Além disso, Carr descobriu que pessoas que têm pesadelos constantes costumam
pensar mais ―fora da caixa‖ em tarefas de associação de palavras. Essa é mais uma
pesquisa que relaciona sonhos ruins à criatividade; durante os anos 80, o pesquisador do

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sono Ernest Hartmann, que trabalhou como psiquiatra em uma universidade de medicina
em Boston, descobriu que pessoas que buscavam ajuda para ter noites mais tranquilas não
eram necessariamente mais assustadiças ou ansiosas, mas tinham maior sensibilidade
emocional em geral. Segundo o Science of Us, ele concluiu que sensibilidade é a força
motriz por trás de sonhos intensos. Uma sensibilidade mais alta a ameaças ou medo
durante o dia pode resultar em sonhos ruins, enquanto paixão e empolgação causarão
sonhos mais felizes. E ambos os casos acabam criando impacto na vida real, seja
aumentando níveis de estresse após um pesadelo ou criando laços sociais mais fortes após
um sonho positivo com alguém que você conhece.
Mas os efeitos vão além. O estudo de Hartmann aponta que a sensibilidade influencia
percepções e pensamentos acordados. Pessoas que têm muitos pesadelos passam a ter
pensamentos mais parecidos com sonhos, fazendo conexões inesperadas. É aí que entra a
criatividade: estudos anteriores mostram que essas pessoas têm mais aptidão para a
criatividade e a expressão artística. Para comprovar isso, Carr realizou o teste com uma
série de voluntários, entre eles uma pintora e um músico. Batata: ambos tiraram notas altas
no teste de criatividade e, curiosamente, revelaram que sonham constantemente. Para Carr,
―a riqueza da imaginação não fica confinada ao sono, mas permeia o pensamento e os
sonhos acordados‖.

Outra conclusão de Carr é que pessoas que têm mais pesadelos acabam tendo mais
sonhos positivos que a média geral. Seria uma compensação do cérebro? Só mais
pesquisa dirá.

Retirado e adaptado de: <http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/05/pessoas-


que-tem-pesadelos-sao-mais-criativas-diz-estudo. html>.

Assinale a alternativa correta a respeito dos verbos destacados em ―[...] a ideia de que
usamos os pesadelos para ‗treinar‘ adversidades, de forma que estejamos mais preparados
quando coisas ruins realmente acontecerem.‖.
a) O verbo ―usamos‖ pertence à primeira conjugação, está no presente do indicativo e na
primeira pessoa do plural. O verbo ―treinar‖, por sua vez, está no infinitivo e pertence à
segunda conjugação.
b) O verbo ―estejamos‖ pertence à primeira conjugação, está no presente do subjuntivo e na
primeira pessoa do plural. O verbo ―acontecerem‖, por sua vez, pertence à segunda
conjugação, está no presente do subjuntivo e na primeira pessoa do plural.
c) O verbo ―estejamos‖ pertence à segunda conjugação, está no presente do subjuntivo e
na primeira pessoa do plural. O verbo ―treinar‖, por sua vez, está no infinitivo e pertence à
primeira conjugação.
d) O verbo ―usamos‖ pertence à primeira conjugação, está no presente do indicativo e na
primeira pessoa do plural. O verbo ―estejamos‖, por sua vez, pertence à primeira
conjugação, está no presente do subjuntivo e na primeira pessoa do plural.
e) O verbo ―treinar‖ está no infinitivo e pertence à primeira conjugação. O verbo
―acontecerem‖, por sua vez, pertence à segunda conjugação, está no presente do
subjuntivo e na primeira pessoa do plural.

63. Resposta: d

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64. (Ano: 2016/Banca: COMPERVE) Texto associado


A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

O futuro do trabalho

Thomaz Wood Jr.

Quando se observam carreiras e profissões, tem-se a sensação de que tudo que era
sólido agora se desmancha no ar. O mago, ou vilão transformador, costuma ser a
tecnologia, força capaz de abalar indústrias e desestruturar trajetórias.
O impacto é especialmente visível nas carreiras das indústrias criativas e da mídia. Nos
últimos 20 anos, as indústrias musicais, as editoras de livros, as revistas e os jornais foram
impactados pelas novas tecnologias da informação e de comunicação. Mudaram as formas
de produzir e de trabalhar. Para melhor ou para pior? Há controvérsias.
Os arautos do fim do mundo denunciam a precariedade galopante das novas relações de
trabalho. Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias
turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.
Steve Johnson é um escritor norte-americano dedicado a temas relacionados à ciência,
tecnologia e inovação. Situa sua pena no último grupo. Em um longo texto publicado no
jornal The New York Times, em agosto de 2015, Johnson escreve sobre a emergência da
economia digital e suas consequências sobre a cultura, as indústrias criativas e seus
profissionais.
Argumenta que o apocalipse anunciado algumas décadas atrás não se materializou.
Muitas empresas e empregos desapareceram, mas, segundo ele, a produção cultural está
em alta e os profissionais do campo têm, hoje, mais oportunidades de trabalho do que
antes.
Nas indústrias musicais, a tecnologia barateou a produção e transformou a distribuição.
As gravadoras e as lojas de discos deixaram o palco. Empregos foram perdidos, mas não
necessariamente aqueles dos artistas. Os músicos deixaram de ganhar dinheiro com discos
e voltaram seu foco para as apresentações ao vivo.
A queda de renda de uma atividade foi compensada pelo aumento de renda na outra.
Além disso, a redução dos custos de produção e distribuição permitiu aos músicos gravar e
disponibilizar suas obras com facilidade e baixo preço.
A história da indústria editorial apresenta similaridades com a das indústrias musicais. A
venda de livros impressos continuou a aumentar, mesmo depois da introdução dos e-books.
Além disso, os livros impressos seguem sustentando uma fatia substancial do mercado.
Novos autores e obras surgem todos os dias.
Para os artistas, o novo mundo do trabalho traz oportunidades e desafios. Favorece os
profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de
buscar especialização em um único caminho de carreira. De fato, as possibilidades de
inserção comercial se multiplicaram.
Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro,
videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos
presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se
apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

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As inúmeras opções abertas pelas novas tecnologias e seus desdobramentos no


mercado de trabalho tornaram a carreira musical, como outras do setor artístico, mais
factível. No entanto, sobreviver nesse novo mundo exige novas competências, relacionadas
à gestão da própria carreira, como se esta fosse um negócio. E todo esse mar de
oportunidades não significa que pagar as contas ficou mais fácil. O jogo continua desigual,
com uma base numerosa e mal remunerada e um topo restrito e milionário.
A tendência da chamada ―carreira portfólio‖, na qual o profissional é empreendedor de si
mesmo e gerencia diferentes atividades e projetos, não é nova ou exclusiva das indústrias
criativas. Muito antes da internet, músicos e outros artistas dividiam seu tempo entre
diferentes atividades. Médicos e consultores há anos administram múltiplas frentes de
trabalho.
Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o
mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que
comumente se situam além da capacidade dos profissionais. Com isso, gera ansiedade e
frustração, criando com frequência dramas pessoais de difícil superação e que tendem a s e
multiplicar, à medida que outras indústrias e profissões são afetadas.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2016.

Glossário

Arautos: aqueles que proclamam ou anunciam algo.


Factível: o que pode acontecer ou ser feito, realizável.
Considere o parágrafo reproduzido a seguir.

Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro,
videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos
presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se
apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

A grafia da forma verbal em destaque indica flexão


a) no plural, pois essa forma está inserida em uma oração com sujeito indeterminado.
b) no singular, justificada pela flexão do sujeito ao qual se refere.
c) no singular, pois essa forma está inserida em uma oração sem sujeito.
d) no plural, justificada pela flexão do sujeito ao qual se refere.

64. Resposta: d

65. (Ano: 2016/Banca: Serctam)


texto associado

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As formas verbais, encontradas no 1º verso da 4ª estrofe: vem; fecha e sonha:


a) Pertencem a verbos regulares da 1ª conjugação e estão na 3ª pessoa do singular do
presente do indicativo;
b) Duas pertencem a verbos regulares da 1ª conjugação e uma pertence a verbo irregular e
estão na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo;
c) Todas pertencem a verbos irregulares da 1ª conjugação e estão na 2ª pessoa do singular
do imperativo afirmativo;
d) Todas pertencem a verbos regulares da 1ª conjugação e estão na 3ª pessoa do singular
do imperativo afirmativo;
e) Duas pertencem a verbos regulares e uma pertence a verbo irregular e estão na 3ª
pessoa do presente do subjuntivo.

65. Resposta: b

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66. (Ano: 2016/Banca: Câmara de Mongaguá - SP )


―Não ______ mais esperança de que ______ em tempo os papéis que ainda _______
assinar.‖
a) havia, chegassem, faltava.
b) haviam, chegassem, faltava.
c) haviam, chegasse, faltavam.
d) havia, chegasse, faltavam.
e) havia, chagassem, faltavam.

66. Resposta: e

67.(Ano: 2016/Banca: FCM)


Texto associado
INSTRUÇÃO: A questão deve ser respondida com base no texto 1. Leia-o atentamente,
antes de responder a questão.

Texto 1

A sociedade das aparências

Antropóloga analisa modelo do sistema capitalista na raiz do consumo. A responsabilidade


leva em conta impactos de compra, uso, descarte e origem de produtos ou serviços.

por Lilian Monteiro

Para a antropóloga Andréa Zhouri, é preciso mudar o modo de vida de acumulação.

[1º§] O consumo responsável é decisão individual, particular e solitária, em função do


compromisso de cada um com o desenvolvimento socioambiental. É de quem tem ou
adquire a consciência de que ações positivas minimizam as negativas. Comportamento e
atitude que estão ligados à questão do ―não-desperdício, do desprendimento e da posse de
objetos por status. Visão ainda pequena na nossa sociedade, mas que tende a aumentar
nas camadas mais jovens, preocupadas com a preservação dos recursos naturais
renováveis. Em outros países, as práticas são mais arraigadas. No Brasil, não. Acumulamos

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muito lixo pelo consumo que tem a ver com o descarte, a sobra, o desperdício, o refugo,
que causam sérios problemas. É a garrafa PET, a sacola plástica, as sucatas de
equipamentos eletrônicos, o celular, o computador...‖, explica Andréa Zhouri, antropóloga e
coordenadora do Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta) da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG).
[2º§] Andréa Zhouri alerta que a solução está na mudança do ―pensar do berço ao
túmulo. É prática de preocupação política no sentido mais amplo. É concepção de
consciência política. O modo de vida de acumulação, de posse de coisas, de acumular e
desperdiçar. É preciso mudar. Surgem, na sociedade brasileira, atitudes, tentativas ainda
incipientes, marginais e pontuais, mas em determinados grupos. No entanto, a grande
tendência é ter!‖.
[3º§] O caminho é longo e é preciso persistência. ―A transição do ter para o ser implica
processo. E tem a ver com a elaboração do sujeito, da sua reflexão sobre a existência no
mundo, porque a sociedade capitalista é uma sociedade de produção de mercadorias e de
bens não só materiais, mas de bens significativos. Ou seja, ao mesmo tempo em que tem
valor de uso, prático, de troca e comercial, também tem valor de bem distintivo, de status,
simbólico. Ambos estão interligados. O exemplo mais claro é o automóvel. Não se compra
só o veículo de transporte para levar alguém de um lugar A para o B. Não é 'um' automóvel,
mas 'o' automóvel, o modelo, o tipo e a marca que vão atribuir ao consumidor um lugar na
sociedade, que é cumulativa de bens e emite mensagens‖, analisa a antropóloga.
[4º§] Andréa Zhouri enfatiza que as pessoas compram a mensagem e não o objeto. ―E aí
vamos entrar em outra área, que é a luta pelo poder. Ao transmitir o que se tem, a pessoa
emite uma mensagem. Por isso é muito difícil o consumo consciente, responsável, porque a
questão não está no nível do cognitivo. O desafio não é a informação, porque o consumo
mexe com o lado efetivamente significativo da existência. A necessidade de se distinguir,
ser diferente e projetar determinada imagem.‖
[5º§] A antropóloga alerta que ―a sociedade vende a ilusão de que você, consumindo, vai
conseguir a distinção que a sociedade moderna valoriza. A pessoa vai comprar a ideia de
que é especial. Assim, é difícil o consumo responsável na contramão de um mundo da
propaganda e do marketing‖.
[6º§] E, como Andréa Zhouri já declarou diante de outra situação (no caso, a catástrofe
da Samarco, que também envolve consumo), ―precisamos repensar o que é de fato o bem-
viver, a riqueza e uma boa economia. Há alternativas que exigem participação política de
todos, ainda que a sociedade civil cobre, esteja engajada, em determinadas situações, ela
não encontra ouvidos do outro lado, do lado da governança‖.

Fonte: Jornal Estado de Minas, 24/01/2016, disponível em: http://impresso.em.com.br/


app/noticia/toda-semana/bem-viver/2016/01/24/interna_bemviver,171062/a-sociedadedas-
aparencias.shtml, acesso em 28/01/2016. Texto adaptado.

No trecho: ―E aí vamos entrar em outra área, que é a luta pelo poder.‖, o verbo em negrito
apresenta a seguinte classificação desinencial (número-pessoal e modo-temporal)
a) 1ª pessoa do plural – presente do indicativo.
b) 3ª pessoa do plural – presente do subjuntivo.
c) 1ª pessoa do plural – pretérito perfeito do indicativo.
d) 3ª pessoa do plural – pretérito imperfeito do indicativo.

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e) 1ª pessoa do plural – pretérito imperfeito do subjuntivo.

67. Resposta: a

68. (Ano: 2016/Banca: FCC)


Texto associado
A questão refere-se ao texto abaixo.

Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar
Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. Sessenta e três graus ou
até mais no verão. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu
Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas renováveis. Não vão
substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que
pretendem é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade sustentável de
Masdar. Dez por cento do planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que deixa
os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas são bem estreitas para que
um prédio faça sombra no outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes
isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.

(Adaptado de: ―Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar‖.
Disponível em: http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-cidade-
do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)

A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade sustentável de
Masdar. (3º parágrafo)

Ao substituir-se a forma ―levou‖ pela construção ―fez com que‖, o segmento sublinhado
deverá ser substituído, preservando-se a correlação verbal, por
a) tirará.
b) tira.
c) tirava.
d) tirasse.
e) tirar.

68. Resposta: d

69. (Ano: 2016/Banca: FCC)


A frase escrita corretamente, de acordo com a norma-padrão, é:
a) É provavel que desenhos de outros animais sejam benvindos nos livros que o autor se
refere.
b) O autor expressou o desejo que os livros mantessem margens estensas e páginas em
branco.
c) Os desenhos que as crianças virem a fazer nos livros deverão ser acrecidos aos poemas.

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d) As páginas em branco serveriam ao proposito de oferecer às crianças espaço para


desenhar.
e) As crianças terão a liberdade de expor os desenhos que julgarem mais apropriados ao
livro.

69. Resposta: e

70. (Ano: 2016/Banca: FUNRIO)


Assinale a única alternativa que não mostra uma frase construída com verbos devidamente
flexionados.
a) Não sei ainda por que ele não creu na história que lhes contei.
b) Eu sou um homem impoluto e não denigro a imagem de ninguém.
c) Desejamos que suas atitudes condigam com o que sua família defende.
d) Na hora da maior dificuldade, muitos interviram prontamente para nos socorrer.
e) Ninguém esperava que as queimadas afligissem vários pontos da região sudeste.

70. Resposta: d

71. (Ano: 2016/Banca: Jota Consultoria)


―Não ___ as alegrias que recebeste; ___ sempre que o sucesso se ___ com paciência.‖
a) esqueça, lembre, constroi.
b) esqueças, lembra, constrói.
c) esqueças, lembre, constrói.
d) esquece, lembre, constrói.
e) esqueça, lembre, constrói.

71. Resposta: b

72. (Ano: 2016/Banca: Aprender - SC) Texto associado


Texto 1- Hino da Independência

Poucos se lembram, mas a letra do Hino da Independência tem letra de Evaristo da Veiga e
música do Imperador D.Pedro I. A música foi composta por D. Pedro em 1821, mas apenas
em 1922 Evaristo da Veiga escreveu a letra que conhecemos hoje.
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá...temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava


Da perfídia astuto ardil...

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Houve mão mais poderosa:


Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá ...temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,


Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá...temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!


Longe vá...temor servil:

Ou ficar a pátria livre


Ou morrer pelo Brasil.

http://www.bravagentebrasileira.art.br/inicio/brava-gente-brasileira-ohino/para-entender-o-
hino-a-independencia.html

Identifique o tempo, modo e pessoa do verbo podeis (primeiro verso)―Já podeis, da Pátria
filhos‖ e assinale a alternativa correta, quanto a esta classificação:
a) Presente do subjuntivo - segunda pessoa do singular.
b) Futuro do pretérito do indicativo - segunda pessoal do plural.
c) Imperativo afirmativo - segunda pessoa do plural.
d) Presente do indicativo - segunda pessoa do plural.

72. Resposta: d

73. (Ano: 2016/Banca: IBFC)


Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I. Os estudantes de medicina fazem os exercícios com dedicação e empenho;
II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam na sala de aula.
III. As estudantes estão meio tristes com a mudança de professora.

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IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou.

a) I e II estão corretas
b) Somente IV está correta
c) I e III estão corretas
d) Somente II está correta.

73. Resposta: c

74. (Ano: 2016/Banca: MPE-SC)


Observe as frases abaixo.
a) Vossa Senhoria deseja que lhe indiquemos seu novo escritório?
b) Vossa Senhoria desejais que vos indiquemos vosso novo escritório?
Ambas estão gramaticalmente corretas.
Certo
Errado

74. Resposta: errado

75. (Ano: 2016/Banca: Instituto Legatus)


Texto associado
Para criar filhos mais saudáveis e felizes

Na tentativa de serem ―bons pais‖, muitos erram apesar das boas intenções: investem em
uma rotina cheia de compromissos escolares e extracurriculares para a criança, envolvem-
se nas dificuldades dos filhos a ponto de querer resolvê-las ou, ainda, deixam de cuidar de
si com a justificativa de que é preciso cuidar do outro. Especialistas apontam atitudes que
podem prejudicar o desenvolvimento de habilidades necessárias para uma vida adulta mais
feliz e autônoma

1. Permitir momentos de ócio e tédio. Escola, esporte, cursos extracurriculares. Muitas


crianças têm agendas dignas de adultos muito atarefados, com poucas horas livres ao
longo do dia. Até mesmo nos fins de semana e férias, que não raro são pré-programados
com passeios e viagens. Efeito da nossa cultura, que não vê com bons olhos ―não ter o que
fazer‖. No entanto, estudos sugerem que seguir rotina cheia de compromissos desde cedo
pode prejudicar a criança. Um deles, publicado na Frontiers of Psychology em 2014,
relaciona a quantidade de atividades estruturadas, como aulas de futebol ou dança, no dia a
dia de crianças de 6 anos ao menor desenvolvimento de uma ―função executiva
208
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autodirigida‖. Basicamente, esse processo mental ajuda os pequenos a regular emoções e


definir e atingir metas por conta própria, além de ser associado a maior estabilidade
emocional e profissional na vida adulta. O que os pais podem fazer então? ―Deixe que seus
filhos caiam na monotonia e descubram algo para fazer por conta própria‖, sugere o
psicólogo Michael Ungar, codiretor do Centro de Pesquisa de Resiliência da Universidade
Dalhousie, em Nova Escócia. ―O tédio num contexto hiperestimulado pode permitir exercer
a criatividade e desenvolver a iniciativa, a persistência e a sensação de que podem
influenciar o mundo‖, explica.

2. Deixar que resolvam problemas. Não são poucos os pais excessivamente protetores, que
se envolvem nas dificuldades cotidianas dos filhos além da conta. A superproteção não
favorece o desenvolvimento de habilidades que serão necessárias na vida adulta, como
autonomia e resiliência. Pesquisas no campo da autodeterminação relacionam a
superproteção a níveis mais elevados de ansiedade e depressão, notas mais baixas na
escola e menor satisfação com a vida quando adultos. ―Pouco comprometimento dos pais
não é positivo. Mas o envolvimento em demasia também não‖, afirma a psicóloga do
desenvolvimento Holly H. Schiffrin, professora associada da Universidade de Mary
Washington, na Virginia. ―Percebo esse comportamento em sala de aula. Há pais que me
procuram para ajustar o horário de aula dos filhos ou ligam para conversar sobre as notas
deles. Costumo responder que os próprios alunos podem marcar uma reunião comigo para
discutir o assunto‖, diz.

3. ―Colocar a máscara de oxigênio primeiro‖. A instrução dada antes das viagens de avião é
uma boa metáfora da parentalidade – é preciso cuidar de si mesmo para poder cuidar bem
de outra pessoa. Mães com diagnóstico de depressão, por exemplo, são mais propensas a
ignorar ou a exagerar comportamentos inadequados dos filhos, segundo um estudo
longitudinal de dois anos publicado na Psychological Science. Pesquisadores da
Universidade Estadual da Pensilvânia constataram que adultos com TDAH também se
tornam pais atenciosos depois de receber tratamento para o distúrbio. Todas as outras
atividades cotidianas relacionadas com a saúde também importam. Um estudo de 2015
sobre os dados nacionais de saúde do Reino Unido sugere que o modo de vida dos pais
pode ser tão decisivo como a genética na ―transmissão‖ da obesidade. Outra evidência:
crianças que participaram de uma pesquisa de 2014 da Escola de Economia e Ciências
Políticas de Londres e com pais biológicos com excesso de peso tinham probabilidade 27%
maior do que outras de apresentar sobrepeso. Filhos adotados também demonstraram
susceptibilidade similar, de 21%. Seguindo essa linha de raciocínio, adotar uma dieta mais
saudável e colocar atividades físicas na rotina vai além do autocuidado: é um gesto de amor
por aqueles que dependem de nós. Um bom motivo para começar, não?

Esta matéria foi publicada originalmente na edição de abril de Mente e Cérebro, disponível
na Loja

Segmento: http://bit.ly/1WusOOZ. Coletada no


site:http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/par
a_criar_filhos_mais_saudaveis_e_felizes.html-

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acesso 28 de abril de 2016

Analise o excerto e, em seguida, julgue os itens, para responder à questão

―Deixe que seus filhos caiam na monotonia e descubram algo para fazer por conta própria‖
I. O verbo deixar foi flexionado no modo imperativo, na 3ª pessoa do singular.
II. Caiam e descubram estão flexionados no mesmo modo, ou seja, no imperativo afirmativo
na 3ª pessoa do plural.
III. O verbo fazer está no infinitivo impessoal.

Está (ão) correto (s).


a) Item I, apenas.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) Todos estão corretos.

75. Resposta: a

76. (Ano: 2016/Banca: CONSULPLAN) Texto associado


A AIDS na adolescência

A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e


desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela
representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade
que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma,
o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer
explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades
que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à sexualidade, bem como ao abuso
de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por
HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na
adolescência.
Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os
adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a
população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com
idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20
anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência,
uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.
Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que
fazem com que os jovens sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as
características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. Muitas
vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras
drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o
preservativo quando em relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar
desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de que, no mundo, hoje, o uso de
preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o

210
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outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de
serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar
apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos
inerentes ao não uso do preservativo.
Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido
pelos meios de comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão
informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição
cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo
como algo não planejado e comum, dizendo que ―todo mundo faz sexo, mas poucos
adoecem‖.

(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-


adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.)

Assinale, a seguir, a afirmativa transcrita do texto em que o tempo verbal apresenta-se


DIFERENTE dos demais.
a) ―Ela representa um período de crise, (...)‖ (1º§)
b) ―A televisão informa e forma opiniões, (...)‖ (4º§)
c) ―(...) a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, (...)‖ (2º§)
d) ―Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24
anos.‖ (2º§)
e) ―Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os
adolescentes, (...)‖ (2º§)

76. Resposta: c

77. (Ano: 2016/Banca: Instituto Excelência)


Texto associado
A Velha Contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira
montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo
malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela
parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela: - Escuta aqui, vovozinha, a
senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse
saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira
no odontólogo, e respondeu: - É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia
nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou,
o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que
fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no
outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na
lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela
levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante

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um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco
era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou: - Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40
anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça
que a senhora é contrabandista. - Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia
tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: - Eu prometo à senhora que deixo a senhora
passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me
dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias? - O
senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha. - Juro - respondeu o fiscal. - É
lambreta.

(Stanislaw Ponte Preta. Dois amigos e um chato. 8ed. São Paulo, Moderna, 1986)

Na frase: ―A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela
adquirira no odontólogo.‖, o verbo em destaque está classificado gramaticalmente:
a) 3º pessoa do singular, pretérito perfeito do indicativo.
b) 3º pessoa do singular, pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) 3º pessoa do singular, pretérito mais-que perfeito do indicativo.
d) Nenhuma das alternativas.
77. Resposta: c

78. (Ano: 2016/Banca: FUNIVERSA)


texto associado

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Considerando-se os verbos ―pode‖, ―pensa‖, ―é‖, ―posso‖ e ―quer‖ do terceiro quadrinho e


alterando-se apenas o tempo desses verbos para o pretérito imperfeito, tem-se,
respectivamente, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa:
a) pôde, pensou, foi, pude e quis.
b) podia, pensava, era, podia e queria.
c) pudera, pensara, era, pudera e quisera.
d) poderia, pensava, seria, poderia e quereria.
e) podia, pensou, será, podia e queria.

78. Resposta: b

79. (Ano: 2016/Banca: FCC)


Texto associado
Estava mal chegando a São Paulo, quando um repórter me provocou: "Mas como,
Chico, mais um samba? Você não acha que isso já está superado?" Não tive tempo de me
defender ou de atacar os outros, coisa que anda muito em voga. Já era hora de enfrentar o
dragão, como diz o Tom, enfrentar as luzes, os cartazes, e a plateia, onde distingui um caro
colega regendo um coro pra frente, de franca oposição. Fiquei um pouco desconcertado
pela atitude do meu amigo, um homem sabidamente isento de preconceitos. Foi-se o tempo
em que ele me censurava amargamente, numa roda revolucionária, pelo meu desinteresse
em participar de uma passeata cívica contra a guitarra elétrica. Nunca tive nada contra esse
instrumento, como nada tenho contra o tamborim. O importante é Mutantes e Martinho da
Vila no mesmo palco.
Mas, como eu ia dizendo, estava voltando da Europa e de sua música estereotipada,
onde samba, toada etc. são ritmos virgens para seus melhores músicos, indecifráveis para
seus cérebros eletrônicos. "Só tenho uma opção, confessou-me um italiano − sangue novo

ou a antimúsica. Veja, os Beatles, foram à Índia..." Donde se conclui como precipitada a


opinião, entre nós, de que estaria morto o nosso ritmo, o lirismo e a malícia, a

malemolência. É certo que se deve romper com as estruturas. Mas a música brasileira, ao
contrário de outras artes, já traz dentro de si os elementos de renovação. Não se trata de
defender a tradição, família ou propriedade de ninguém. Mas foi com o samba que João

Gilberto rompeu as estruturas da nossa canção. E se o rompimento não foi universal, culpa

é do brasileiro, que não tem vocação pra exportar coisa alguma.


Quanto a festival, acho justo que estejam todos ansiosos por um primeiro prêmio. Mas
não é bom usar de qualquer recurso, nem se deve correr com estrondo atrás do sucesso,
senão ele se assusta e foge logo. E não precisa dar muito tempo para se perceber "que
nem toda loucura é genial, como nem toda lucidez é velha".

(Adaptado de: HOLANDA, Chico Buarque de, apud Adélia B. de Menezes, Desenho
Mágico: Poesia e Política em Chico Buarque, São Paulo, Ateliê, 2002, p. 28-29)

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O verbo que pode ser indiferentemente flexionado no singular ou no plural encontra-se em:
a)... enfrentar as luzes, os cartazes, e a plateia... (1° parágrafo)
b) Mas a música brasileira, ao contrário de outras artes, já traz dentro de si os elementos de
renovação. (2° parágrafo)
c) Veja, os Beatles, foram à Índia... (2° parágrafo)
d) O importante é Mutantes e Martinho da Vila no mesmo palco. (1°parágrafo)
e)... onde samba, toada etc. são ritmos virgens para seus melhores músicos... (2°
parágrafo)

79. Resposta: d

80. (Ano: 2016/Banca: UFES)


A alternativa com uso INADEQUADO da forma verbal é:
a) Se fizerem o que sempre fizeram, conseguirão o que sempre conseguiram.
b) Se fizeres o que sempre fizeste, conseguirá o que sempre conseguiste.
c) Se fizermos o que sempre fizemos, conseguiremos o que sempre conseguimos.
d) Se fizerdes o que sempre fizestes, conseguireis o que sempre conseguistes.
e) Se fizer o que sempre fiz, conseguirei o que sempre consegui.

80. Resposta: b

81. (Ano: 2016/Banca: ESAF)


Assinale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal contribuiu (l. 6).

No início da década de 60, trinta anos depois de sua fundação, a Panair já era
totalmente nacional. Era uma época de crise na aviação comercial brasileira, pois todas as
companhias apresentavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a
modernização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu para apertar ainda
mais a situação financeira dessas empresas — a inflação. Apesar disso, não foram esses
problemas, comuns às concorrentes, que causaram a extinção da Panair.

<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. Acesso em: 13/12/2015


(com adaptações).
a) contribuísse
b) contribua
c) contribuíra
d) contribuindo
e) contribuído

81. Resposta: c

82. (Ano: 2016/Banca: IDHTEC)


texto associado

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Podemos apontar como erro no texto:


a) A ausência do pronome "eu" antes do verbo.
b) O emprego de „estou‟ em vez de "está".
c) O uso de „é‟ no lugar de "são".
d) O emprego do verbo "ter" no singular.
e) A grafia de "expressão"

82. Resposta: d

83. (Ano: 2016/Banca: IDHTEC)


Texto associado
O ASSALTO

Carlos Drummond de Andrade

A casa luxuosa no Leblon é guardada por um cachorro de feia catadura, que dorme
de olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, e
nunca se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.
Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o
pesado portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando
o cachorro, que muito de astúcia o deixara chegar até lá, para acender-lhe o clarão de
esperança e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna
esquerda. O ladrão quis sacar do revólver, mas não teve tempo para isto. Caindo ao chão,
sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca
prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não
despertar os moradores, temendo que se agravasse a situação.

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O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado


deplorável. No jardim ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não
entendeu bem por que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou
se o cão era vacinado. Nesse momento o cão estava junto da doméstica, e abanou o rabo,
afirmativamente.

―O ladrão quis sacar do revólver‖

Em qual das alternativas o verbo foi passado corretamente para o plural de acordo com a
pessoa do discurso e do tempo e modo empregados:
a) Quis – quiseram
b) Quis – queriam
c) Quis – queríeis
d) Quis – querem
e) Quis – quisessem

83. Resposta: a

84. (Ano: 2016/Banca: UFMT)


Leia as frases abaixo.

I - Enquanto houver leitores, haverá livros.


II - Mais de um terço dos jovens no Brasil nunca desliga o celular.
III - Vossa Senhoria tomou posse de seu mandato em dia auspicioso.
IV - Hoje são 08 de março, dia da mulher.

Sobre a concordância verbal empregada nas frases, assinale a afirmativa INCORRETA.


a) O verbo haver no sentido de existir flexiona-se somente na 3ª pessoa do singular, como
ocorre em I.
b) Em II, o verbo desligar deveria ser pluralizado visto que a expressão mais de é indicativa
de plural.
c) Com pronomes de tratamento, a concordância verbal se dá na 3ª pessoa; em III, no
singular, pois o pronome está no singular.
d) Em IV, o verbo ser concorda com o numeral, mas também poderia concordar com a
palavra dia, subentendida antes do numeral.

84. Resposta: b

85. (Ano: 2016/Banca: BIO-RIO) Texto associado


TEXTO

A batalha do 'chortinho'

As mulheres têm dado importantes passos no sentido de ocupar espaços dentro da


sociedade, mas esbarram em reações violentas

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Um pequeno ato de contestação de alunas de um tradicional colégio católico de Porto


Alegre (RS) acabou servindo como exemplo indiscutível de como a sociedade brasileira,
conservadora e hipócrita, está se tornando selvagemente fundamentalista. As alunas
organizaram um abaixo-assinado contra a proibição do uso de chorte nas salas de aula — a
escola não exige uniforme — e, embora tenham obtido algum apoio e bastante visibilidade,
o que chama a atenção é a violenta reação da comunidade.
Os argumentos que buscam desqualificar a reivindicação legítima das alunas - que
evocam a luta pela igualdade de gêneros, entre outras coisas — estão desde a tentativa de
rotular uma das líderes do movimento como "comunista", acusação da direita hidrófoba, até
a afirmação de que o motivo da luta é fútil, acusação da esquerda hidrófoba, já que as
estudantes pertencem à classe média alta. Mas a alegação mais recorrente, e mais
patética, é a de que o uso de chorte pelas meninas atrapalha a concentração dos meninos.
O Brasil detém a quinta maior taxa de feminicídio do mundo — 4,8 assassinatos para
cada grupo de 100 mil mulheres, ou 13 mulheres mortas por dia. Metade dos crimes são
cometidos dentro de casa, a imensa maioria praticados por parceiros ou ex-parceiros.
Também assustador é o número de estupros. Oficialmente, em 2014 foram registrados
quase 48.000 casos — um estupro a cada 11 minutos — mas, levando em conta que
apenas 10% das vítimas prestam queixa, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública calcula
que esse número possa chegar a quase meio milhão de ocorrências por ano. Além disso,
77% das mulheres afirmam já terem sofrido algum tipo de assédio sexual, segundo
pesquisa do Disque 180.
A violência contra a mulher não distingue classe social - os homens, sejam ricos, sejam
pobres, buscam exercer com igual intensidade o seu poder discriminatório. Essa
mentalidade machista conforma-se desde cedo, alimentada pela sociedade em uma
espécie de círculo vicioso: meninos e meninas são criados dentro de modelos pré-
estabelecidos, as meninas para tornarem-se mulheres submissas, os meninos para
constituírem-se em adultos predadores. Por isso, os números assustadores, e inaceitáveis,
de feminicídio, estupro e assédio sexual ostentados pelo Brasil.
Assim como temos imensa dificuldade de diferenciar o que é Estado do que é Governo
(porque este sempre se apropria daquele), também não sabemos distinguir Ética de Moral.
Por trás da insatisfação das meninas de Porto Alegre existe um discurso coerente e
libertador. Não é o direito de usar chorte nas dependências do colégio que está em
discussão — um valor moral —, mas a ideia de questionar o papel da mulher na sociedade
— um valor ético. Ver no uso de chorte pelas meninas uma ameaça à estabilidade
comportamental dos meninos seria um argumento risível, não fosse sórdido.
A mulher, assim como o homem, é um corpo no espaço. Quem nos ressignifica é o outro.
Portanto, o que sexualiza o corpo feminino não é o tipo de roupa que o reveste, mas o olhar
que o julga. Proibir o uso de chortes pelas meninas, alegando a preservação de valores
ditados por uma sociedade machista, é admitir a total falência do sistema educacional, que
deveria cultivar a ética antes que a moral — é aceitar que não ultrapassamos os limiares da
animalidade, que somos instinto apenas, puro instinto. Ao fim e ao cabo, é como incriminar
as mulheres pelo estupro, pelo assédio, pela violência doméstica.
Navegamos, atualmente, em águas bastante perigosas. Para além da crise político-
institucional e da derrocada econômica, vivemos um momento de ofensiva fundamentalista.
As mulheres têm dado importantes passos no sentido de ocupar espaços dentro da
sociedade, mas exatamente devido ao sucesso da empreitada esbarram em reações

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violentas por parte daqueles que defendem os privilégios masculinos — e, infelizmente,


neste caso, aos homens unem-se mulheres machistas, porque também as há. Basta ver
que o aborto continua proibido e que mesmo encabeçando 40% dos domicílios, a força de
trabalho feminina equivale a 75% dos salários pagos aos homens para as mesmas funções.
O chorte das meninas de Porto Alegre é uma bandeira simbólica — ignorá-la é compactuar
com a manutenção do obscurantismo, da hipocrisia, da mediocridade.

RUFFATO, Luiz. A batalha do chortinho. Disponível em:


<http://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/02/opinion/1456933454 142603.h tml>. Acessado
em 30 mar. 2016.

Em "O Brasil detém a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.", o verbo destacado está
no singular concordando com o sujeito, se estivesse no plural seria:
a) deteem
b) detêm
c) detem
d) detêem

85. Resposta: b

86. (Ano: 2016/Banca: Itame )


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase:

_____ anos que não se _______ mais estes eletrodomésticos.

a) Faz / fazem
b) Fazem / fazem
c) Faz / faz
d) Fazem / faz

86. Resposta: a

87. (Ano: 2016/Banca: Itame )


Considere esta frase:

______ teus gastos e _____ -te porque estamos vivendo um período de recessão.

Levando em consideração a necessidade de manter a uniformidade de tratamento


gramatical, indique a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima:
a) Controle / prepare
b) Controla prepara
c) Controles / prepares
d) Controlai / preparai

87. Resposta: b

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88. (Ano: 2016/Banca: FCC)


Texto associado
Era uma vez...

As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas


eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas, textos,

fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcance dos dedos. Era
de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar crianças como adultos −
contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado. Ledo engano. Não é incomum que

meninos abandonem subitamente sua conexão digital para ouvirem da viva voz de alguém

uma história anunciada pela vetusta entrada do “Era uma vez...".


Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civilização – a

presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos, os trejeitos


faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo, sensível e vibrante. A
conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e osso, a situação é única e os
momentos decorrem em tempo real e bem marcado. O ouvinte sente que o narrador se

interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a
narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.
As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada
intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as palavras
suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser, interromper o
narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simplesmente uma interjeição.
Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma cadeia de atenções que dá ainda
mais corpo à história narrada. Nesses momentos, é como se o fogo das nossas primitivas
cavernas se acendesse, para que em volta dele todos comungássemos o encanto e a
magia que está em contar e ouvir histórias. Na época da informática, a voz milenar dos
narradores parece se fazer atual e eterna.

(Demócrito Serapião, inédito)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se em uma forma do plural para
preencher corretamente a lacuna da frase:
a) Nem se ...... (pensar) em dar ouvidos às pessoas que não acreditam no poder da arte de
contar histórias.
b) Aos meninos do bairro ...... (parecer) melhor ouvir histórias do que se entreter com jogos
eletrônicos.
c) Das histórias que ouviram nada os ...... (encantar) mais do que as inflexões do narrador.
d) É improvável que nos anos futuros ...... (deixar) de haver gratas recordações dessas
histórias que ouvimos.

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e) Para a maioria dos alunos ainda se ...... (conservar) os momentos mágicos daquela
antiga sessão.

88. Resposta: e

89. (Ano: 2016/Banca: CETREDE)


―Nomeado o passarinho, Mariana dedicou-se a ele. Mostrou-lhe os quartos, os móveis, as
árvores do quintal, apresentou-o ao gato, recomendando-lhes que fossem amigos.‖ Sobre
os pronomes em destaque, marque a opção CORRETA.
a) Ambos referem-se à 3ª pessoa do singular.
b) Ambos referem-se à 3ª pessoa do plural.
c) O pronome se refere-se à 3ª pessoa do singular.
d) O pronome lhes refere-se à 2ª pessoa do plural.
e) O pronome se refere-se ao passarinho.

89. Resposta: c

90. (Ano: 2016/Banca: CETREDE)


Na frase ―Queria que me aconselhasses‖ o termo em destaque pode ser substituído por, o
a) teu conselho.
b) vosso conselho.
c) conselho deles.
d) conselho de vocês.
e) seu conselho.

90. Resposta: a

91. (Ano: 2016/Banca: IDECAN) Texto associado


Conheça Aris, que se divide entre socorrer e fotografar náufragos
Profissional da AFP diz que a experiência de documentar o sofrimento dos refugiados
deixou-o mais rígido com as próprias filhas.

O grego Aris Messinis é fotógrafo da agência AFP em Atenas. Cobriu guerras e os


protestos da Primavera Árabe. Nos últimos meses, tem se dedicado a registrar a onda de
refugiados na Europa. Ele conta em um blog da AFP, ilustrado com muitas fotos, como tem
sido o trabalho na ilha de Lesbos, na Grécia, onde milhares de refugiados pisam pela
primeira vez em território europeu. Mais de 700.000 refugiados e imigrantes clandestinos já
desembarcaram no litoral grego este ano. As autoridades locais estão sendo acusadas de
não dar apoio suficiente aos que chegam pelo mar, e há até a ameaça de suspender o país
do Acordo Schengen, que permite a livre circulação de pessoas entre os Estados-membros.
Messinis diz que o mais chocante do seu trabalho é retratar, em território pacífico,
pessoas que trazem no rosto o sofrimento da guerra. ―Só de saber que você não está em
uma zona de guerra torna isso ainda mais emocional. E muito mais doloroso‖, diz
Messinis.Numa guerra, o fotógrafo também corre perigo, então, de certa forma, está em pé
de igualdade com as pessoas que protagonizam as cenas que ele documenta. Em Lesbos,
não é assim. Ele está em absoluta segurança. As pessoas que chegam estão lutando por

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suas vidas. Não são poucas as que morrem de hipotermia mesmo depois de pisar em terra
firme, por falta de atendimento médico.
Exatamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonistas de suas
fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se
impressiona e se preocupa muito com os bebês que chegam nos botes. Obviamente, são
os mais vulneráveis aos perigos da travessia. Messinis fotografou os cadáveres de alguns
deles nas pedras à beira-mar.
O fotógrafo grego diz que a experiência de ver o sofrimento das crianças refugiadas
deixou-o mais rígido com as próprias filhas. As maiores têm 9 e sete anos. A menor, 7
meses. Quando vê o que acontece com as crianças que chegam nos botes, Messinis pensa
em como suas filhas têm sorte de estarem vivas, de terem onde morar e de viverem num
país em paz. Elas não têm do que reclamar.
(Por: Diogo Schelp 04/12/2015. Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/a-boa-e-velha-
reportagem/conheca-aris-que-se-divide-entresocorrer-e-fotografar-naufragos/.)
O uso do imperativo no título do texto orienta o leitor a determinada ação. Sobre o emprego
descrito anteriormente, considerando-se a situação de produção do enunciado, é correto
afirmar que
a) ocorre a conjugação do imperativo na segunda pessoa verbal, caracterizando a norma-
padrão da língua.
b) em situações formais, conforme apresentado, utiliza-se o verbo na segunda ou terceira
pessoa do imperativo.
c) a utilização do verbo na terceira pessoa do imperativo está de acordo com a norma-
padrão, caracterizando uma situação formal.
d) em situações informais, conforme apresentado, ocorre uma mistura entre as pessoas do
discurso, sendo o imperativo conjugado na segunda pessoa verbal.

91. Resposta: c

92. (Ano: 2016/Banca: CESPE)


Texto associado

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Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto Um amigo em talas, julgue o
item que se segue.

O sujeito da oração 'também aceita trabalho' (l.20) está elíptico e se refere a 'Amadeu
Amaral Júnior' (l.18), o que justifica o emprego da forma verbal ―aceita" na terceira pessoa
do singular.
Certo
Errado

92. Resposta: certo

93. (Ano: 2016/Banca: VUNESP)


Texto associado
Analise a charge.

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Considerando que as personagens se tratem por ―você‖, as lacunas da frase dita por Papai
Noel devem ser preenchidas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
a) olha … há
b) olha … a
c) olha … à
d) olhe … há
e) olhe … a

93. Resposta: d

94. (Ano: 2016/Banca: UFMT)


Texto associado
Leia o texto abaixo e responda à questão.

Os jovens da geração Millennial não se interessam mais por automóveis da mesma forma
que as gerações anteriores. A partir dessa constatação, a mesa formada por Lara e Malu, e
mediada por Alexandre Caldini, presidente da editora Abril, discutiu os novos hábitos de um
consumidor que já não faz questão de ter um carro ao completar 18 anos. ―O jovem hoje
está muito mais ligado ao ser do que ao ter‖, disse Lara. Malu citou uma pesquisa com
jovens mostrando que 71% deles comprariam um carro da Apple ou do Google. ―O
consumidor hoje está muito mais propenso a experimentar novas marcas. Para conquistá-
lo, não basta apenas um bom produto – é preciso criar uma relação de identidade,
sensação e experiência,‖ afirmou.

(Quatro Rodas, outubro de 2015.)


Em relação aos recursos linguísticos do texto, analise as afirmativas.

I - Alguns adjetivos têm seu sentido alterado se colocados antes do substantivo, é o caso de
novos hábitos e novas marcas.
II - Em Para conquistá-lo, o pronome remete ao sentido do termo produto, ambos em
perfeita concordância: singular e masculino.
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III - A palavra que nos trechos discutiu os novos hábitos de um consumidor que já não faz
questão de ter um carro e citou uma pesquisa com jovens mostrando que 71% deles
comprariam um carro exerce diferentes funções, pronome relativo no primeiro e conjunção
integrante no segundo.
IV - Os termos sensação e relação fazem o plural de igual forma, mas diferentemente dos
termos capitão e guardião.

Está correto o que se afirma em


a) I, II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II, III e IV.
d) III e IV, apenas.

94. Resposta: d

95. (Ano: 2016/Banca: Quadrix) Texto associado


Hospitais do Amapá estariam sem ambulâncias por falta de pagamento

Servidores contam que transporte de pacientes foi interrompido.

Falta do serviço atinge HE, HCAL e PAI, em Macapá.

Ambulâncias que atendem a hospitais públicos estaduais do Amapá teriam sido retiradas
por falta de pagamento do governo à empresa responsável pela locação dos veículos. A
informação foi confirmada por funcionários que atuam na rede hospitalar. Em nota enviada,
o governo informou que foi "surpreendido" com a atitude da empresa e que foi à Justiça
para buscar o retorno dos veículos.
"No dia 10 de dezembro a Sesa foi surpreendida com a suspensão dos serviços sem prévio
aviso. Imediatamente a secretaria entrou com pedido de liminar, uma vez que o atraso
alegado extraoficialmente pela empresa não é superior a 90 dias do atual exercício
financeiro, como prevê a Lei Geral de Licitações nº 8.666, para que o contratado interrompa
os serviços", disse a nota, acrescentando que a Justiça deu 24 horas para a empresa voltar
com as ambulâncias para as unidades.
A falta das ambulâncias estaria afetando os hospitais de Clínicas Alberto Lima (HCAL) e de
Emergências (HE) e Pronto Atendimento Infantil (PAI), todos em Macapá. O G1 percorreu
as unidades e constatou que não havia ambulâncias em nenhum dos prédios. No HCAL, a
vaga destinada ao veículo estava ocupada por um carro particular.
De acordo com a enfermeira Sandra Pereira, de 49 anos, os funcionários receberam a
informação de que o retorno das ambulâncias aconteceria somente mediante a efetuação
dos pagamentos. ―As ambulâncias foram todas retiradas. Não temos nenhuma no HCAL e
nem no HE. Se o governo do estado não liberar o dinheiro para pagar as ambulâncias, elas
vão continuar fora dos hospitais‖, disse.

Um técnico em enfermagem do Hospital de Emergências, que preferiu manter a identidade


em sigilo, relatou que a retirada dos veículos atinge diretamente o transporte de pacientes
entre uma unidade e outra. ―Os pacientes que quiserem fazer algum exame têm que ir em

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algum carro particular por conta própria. Se ele entra, não sai mais do hospital, se depender
das ambulâncias‖, comentou o funcionário do HE de Macapá. [...]
Motoristas das ambulâncias dizem que tiveram que ser remanejados para outros hospitais
após o primeiro caso de retirada dos veículos. ―As [ambulâncias] da UPA e da maternidade
nunca mais voltaram. Nós fomos até transferidos para outros hospitais porque elas não
retornaram‖, contou um motorista, que pediu para manter a identidade em sigilo.

(g1.globo.com)

A respeito da morfologia e da sintaxe em ―De acordo com a enfermeira Sandra Pereira, de


49 anos, os funcionários receberam a informação de que o retorno das ambulâncias
aconteceria somente mediante a efetuação dos pagamentos.‖, pode-se afirmar
corretamente que:
a) a preposição ―de‖ em destaque poderia ser omitida sem qualquer problema, já que não
há qualquer justificativa sintática para seu uso.
b) a palavra ―somente‖ classifica-se morfologicamente como advérbio e possui acentuação
facultativa.
c) o termo ―de acordo com a enfermeira Sandra Pereira‖ exerce função sintática de adjunto
adverbial de modo.
d) a expressão ―dos pagamentos‖ atua como adjunto adnominal de ―efetuação‖.
e) a forma verbal ―aconteceria‖ aparece flexionada na terceira pessoa do singular, no futuro
do pretérito do modo indicativo.

95. Resposta: e

96. (Ano: 2016/Banca: Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ)


Texto associado
Texto: O Rio que estamos perdendo

O Rio de Janeiro é uma das cidades mais bonitas do mundo. O conjunto de morros que
se estende perto do mar forma um cartão-postal inigualável que, coincidentemente, sempre
ofereceu ótimas condições para a ocupação humana. O resultado é uma das maiores
cidades costeiras do mundo, com mais de seis milhões de habitantes — maior que vários
países.
Mas o Rio é também uma das cidades mais ameaçadas pelas mudanças climáticas.
Seremos cada vez mais castigados por ondas de calor com consequências diretas sobre a
saúde pública. Chuvas torrenciais se tornarão mais frequentes, elevando o já considerável
nível de deslizamentos de morros e encostas. Conforme apontam estudos globais, as
populações mais vulneráveis (20% de nossos cidadãos, no caso do Rio) serão as mais
atingidas.
Um em cada quatro cariocas será desalojado pela elevação do mar, se a temperatura
média do planeta subir quatro graus, que é a atual tendência. O Rio está entre as 20
metrópoles que mais serão afetadas em todo o planeta. Aliás, os números globais são
estarrecedores: meio bilhão de pessoas — 16 milhões no Brasil — poderão perder as terras
onde moram por causa do avanço do mar. Até 2040, alguns bairros como Barra da Tijuca,
Ipanema e Copacabana, o Aeroporto Santos Dumont e a Ilha do Fundão já serão afetados.

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Ou seja, o Rio, tal como conhecemos hoje, não existirá. No prazo de três gerações, isto
é, até o final deste século, as mudanças serão drásticas se nada fizermos para impedir. Não
há mais tempo para reverter vários efeitos das mudanças climáticas que já nos afetam. Mas
precisamos construir uma cidade resiliente. [...]
A cidade está buscando fazer sua parte, melhorando o transporte público e ampliando a
rede de ciclovias, por exemplo, com o objetivo de zerar as emissões de gases de efeito
estufa até 2065. O Rio também se juntou à Aliança das Cidades Neutras em Carbono
durante a COP-21. Mas ninguém conseguirá estabilizar o clima da Terra sozinho. Por isso,
não podemos perder a oportunidade dada pelo acordo climático global fechado em Paris,
que fornece os elementos para que o mundo mantenha a elevação da temperatura abaixo
de dois graus, se possível em 1,5 grau. E isso será uma grande vitória, pois hoje estamos a
caminho dos 4 graus ou mais.

O clima está mudando nosso Rio e os efeitos das mudanças climáticas devem ser um
dos mais sérios pontos de atenção para qualquer gestor de nossa cidade de agora em
diante.

Ana Toni, diretora do Instituto Clima e Sociedade, sediado no Rio. O Globo, 1º/01/2016.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/o-rio-que-estamos-perdendo-


18384999#ixzz3vzaZ4xbT. Adaptado.

. De acordo com os sentidos do texto, é inquestionável que, por meio da flexão na primeira
pessoa do plural, a autora NÃO se refere apenas a cariocas, habitantes ou administradores
da cidade do Rio de Janeiro, no seguinte contexto:
a) Seremos cada vez mais castigados por ondas de calor
b) Mas precisamos construir uma cidade resiliente.
c)... o Rio, tal como conhecemos hoje, não existirá
d)... hoje estamos a caminho dos 4 graus ou mais.

96. Resposta: d

97. (Ano: 2016/Banca: Quadrix)


texto associado

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Considerando a conjugação modo-temporal e número-pessoal do verbo "dei", em destaque


no poema, assinale a alternativa que contenha a mesma conjugação do verbo que, no
poema, aparece como "tinha".
a) Terei.
b) Tive.
c) Ter.
d) Tenha.
e) Teria.

97. Resposta: b

98. (Ano: 2016/Banca: VUNESP)


Texto associado
O senhor ao meu lado, aguardando o avião, começou a me contar como é prático usar o
iPhone para saber onde seus filhos estão, já que carregam sempre o aparelho consigo.
―Mas melhor mesmo será quando pudermos implantar um chip no cérebro. Além de saber
onde todos estão, eu não precisarei mais carregar esse telefone o tempo todo. Você que é
neurocientista: não seria ótimo? Quanto tempo até podermos implantar chips e melhorar o
cérebro da gente?"
Olhei o telefone que ele manipulava – um de dois aparelhos, com números diferentes: um
pessoal, outro do trabalho, o qual ele acabara de perder e achar. Perguntei-lhe de quanto
em quanto tempo ele trocava os aparelhos. ―Todo ano", ele disse. A tecnologia rapidamente
se torna obsoleta, sobretudo com as atualizações do sistema operacional que exigem cada
vez mais do hardware.
Pois é. Imagine investir alguns milhares de dólares para implantar um chip em seu
cérebro – um procedimento invasivo, sempre com risco de infecção – só para descobrir, em
não mais que dois anos, que ele já está obsoleto, gerações atrás do mais novo modelo, e
que aliás nem consegue mais receber a mais recente versão do sistema operacional? Só
aqui em casa o número de aparelhos celulares obsoletos já está nas dezenas, esquecidos
pelas gavetas.

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Por outro lado, lembrei-lhe, o hardware que ele leva naturalmente na cabeça não fica
obsoleto nunca – porque é capaz de se atualizar e se modificar conforme o uso,
aprendendo ao longo do caminho. Mesmo quando envelhece, e não tem como ser trocado,
ele se mantém atualizável e altamente customizado: é o seu hardware, personalizado a
cada instante da vida, ajustado e otimizado para aquelas funções que de fato lhe são
imprescindíveis.
Certo, o sistema operacional de alguns parece continuar na Idade Média, querendo impor
seus gostos e neuras pessoais à vida dos outros – mas é em grande parte por uma questão
de escolha pessoal. Até esses sistemas mais renitentes podem ser atualizados.
Infinitamente mais prático, e sensato, é continuar aproveitando essas extensões
tecnológicas do nosso hardware como os periféricos que são, conectados ao cérebro via
dedos e sentidos. Se o periférico fica obsoleto, é trocado. Nosso hardware mental ainda não
tem competição à altura. Muito mais proveitoso do que sonhar com o dia em que
poderemos incorporar metais inertes ao nosso cérebro é investir nele como ele já é.

(Suzana Herculano-Houzel, Obsolescência. Folha de S.Paulo, 10.11.2015)

Para responder a questão, considere a seguinte passagem:

Mesmo quando envelhece, e não tem como ser trocado, ele se mantém atualizável e
altamente customizado.

Assinale a alternativa em que o verbo está corretamente conjugado, seguindo o padrão de


conjugação de ―manter".
a) Chegaria a conclusões mais acertadas, caso se detesse a examinar os dados com o
cuidado necessário.
b) Para que se abstessem de votar, seria necessário que os convencessem com bons
argumentos.
c) Acusam-nas de desonestas, porque reteram informações que teriam de ter
disponibilizado.
d) Pediu que nos contivéssemos diante das provocações, pois elas poderiam nos
desestabilizar.
e) Em vez de atender aos clientes, alguns dos rapazes se entretiam com o celular, trocando
mensagens.

98. Resposta: d

99. Ano: 2016Banca: VUNESPÓrgão: Prefeitura de Presidente Prudente - SPProva:


Engenheiro de Segurança do Trabalho
Resolvi errado
texto associado Texto associado
O papel da tecnologia

Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o
impacto do avanço tecnoló- gico em nossa vida. A razão é clara: as novas tecnologias são,
a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe. Por um

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lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de
trabalhadores. Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o
mundo andar. [...]

A tecnologia também cria novos desafios e causa mudanças comportamentais que


provocam discussão. Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as
conquistas humanas apresentam a característica de modificar nossos hábitos – nem todos
para melhor. Mas são inegáveis os avanços proporcionados pela evolução técnica.

(Carta de Exame. São Paulo: Editora Abril. ed. 1092, 24.06.2015. Adaptado)

Observe o trecho:
Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o
impacto do avanço tecnológico em nossa vida.
Assinale a alternativa em que a substituição das formas verbais destacadas por outras, no
pretérito, mantém a concordância e o sentido da frase corretos.
a) Fazia – queriam.
b) Fizeram – aguardava.
c) Fazem – pretenderam.
d) Fazia – procurava.
e) Faz – buscara.

99. Resposta: d

100. (Ano: 2016/Banca: IDECAN) Texto associado


Bento Rodrigues tem cor de tragédia e cheiro de morte

O cheiro de morte cerca Bento Rodrigues inteiro. É o cheiro da decomposição dos


animais que a avalanche de lama soterrou no começo de novembro, após o rompimento da
barragem do Fundão. E tem a cor da tragédia: o marrom das casas, das árvores e dos
pássaros que mergulham nas poças de água cheias de rejeitos de minério. Um vazio
marrom domina todo o centro do extinto distrito de Mariana. As casas que não foram
levadas viraram escombros.
Dentro e em volta delas, os rastros do caos: roupas, panelas, sofás, brinquedos e
documentos espalhados, motos soterradas, carros destruídos, cachorros e galinhas
abandonadas. É clichê, mas é real: o lugar virou cenário de filme pós‐ apocalíptico. Com
direito até a um cartão postal: a imagem do carro carregado pela lama e colocado
caprichosamente sobre o muro de uma casa. Só algumas poucas casas e um ginásio
permaneceram quase intactos – e foi ali onde centenas de pessoas se abrigaram à espera
do resgate.
A lama que saiu da barragem da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à
anglo‐ australiana BHP Billiton, devastou também outras áreas próximas de Mariana. A
pequena cidade de Barra Longa perdeu casas e a praça principal – os bancos e as árvores
deram lugar aos caminhões de limpeza. Mas ainda não se compara visualmente ao estrago
de Bento Rodrigues. A lama varreu de vez o distrito, tirou o ponto do mapa. Por ali nunca
mais vão existir casas, bairros ou a famosa fábrica artesanal de geleia de pimenta? A

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Samarco, responsável pela destruição, pretende reconstruir Bento em outro lugar. Ali talvez
vire até outra barragem (os moradores contam que a mineradora já cobiçava comprar as
casas e o terreno de Bento Rodrigues há algum tempo).
Por ora, 356 pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana. Há 22
dias, essas pessoas vivem sob as regras do hotel, com horário pré‐ determinado para
comer, sem espaço para as crianças brincarem. Perderam não só a casa e o bairro.
Perderam a vida que levavam. Boa parte agora deles passa o dia em frente aos hotéis. E
volta e meia os funcionários da Samarco aparecem para perguntar por uma ou outra pessoa
para falar sobre indenização ou oferecer uma casa alugada.
Mas nem depois dessa tragédia toda, do maior desastre ambiental da história do Brasil, a
Samarco perde poder ou moral em Mariana. Pouca gente se atreve a falar mal da
mineradora – e muitos ainda a defendem. ―Não fala mal da Samarco por aí que o pessoal
fica bravo", avisou um morador. Toda a história da cidade está ligada à mineração. Se antes
o ouro guiava a economia da região, hoje é o minério de ferro. 80% da economia local é
ligada direta ou indiretamente à atividade. É daí que vem todo o poder das mineradoras: a
maior parte da população trabalha lá e tem medo de perder a única fonte de renda. Mas
enquanto a Samarco fatura milhões com a exploração de minérios, a cidade segue pobre e
corrupta (foram 7 prefeitos em 5 anos).
E essa ―mãezona" abandonou as crias no momento da tragédia. Ou melhor: expôs todos
eles ao perigo. Passou anos sem colocar em ação um programa emergencial, mesmo a
barragem do Fundão sendo classificada de alto risco, e ainda aumentou a produção de
rejeitos no último ano. Foi por isso que as pessoas de Bento Rodrigues não receberam
alarmes, foi a comunicação dos funcionários pelo rádio que salvou a vida de dezenas de
pessoas. Agora a Samarco trabalha para tentar reparar os irreparáveis danos causados às
vítimas (sem qualquer questionamento do governo municipal ou estadual: o
acompanhamento psicossocial, por exemplo, é feito por funcionários da mineradora). Até lá,
espera‐ se que a barragem de Germano, muito maior que a do Fundão, não tenha o
mesmo fim que a outra.
(Carol Castro, Felipe Floresti. Disponível em:
http://super.abril.com.br/ciencia/bento‐ rodrigues‐ tem‐ cor‐ de‐ tragedia‐ e‐ cheiro‐ de‐ m
orte. Acesso em: 01/12/2015.)
Assinale a alternativa cujo tempo verbal se DIFERENCIA dos demais.
a) ―A lama varreu de vez o distrito,..." (3º§)
b) ''As casas que não foram levadas viraram escombros." (1º§)
c) ―... poucas casas e um ginásio permaneceram quase intactos..." (2º§)
d) ―... pessoas que viviam por lá estão hospedadas em hotéis de Mariana." (4º§)

100. Resposta: d

Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

1. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

230
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Observe as sentenças abaixo, retiradas do Texto 2. Considerando os verbos destacados,


assinale a alternativa correta.

I. ―mas, até onde sabemos, somos os únicos seres do universo que expressam
pensamentos de forma complexa por meio de sons, gestos, pinturas, escrita etc.‖ (linhas 03
a 05)

II. ―Em cada idioma já foram expressas belíssimas ideias que ficaram eternizadas em
diferentes obras literárias.‖ (linhas 09 e 10)
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III. ―Essas narrativas acabam se modificando ao longo do tempo, assim como as próprias
línguas, tanto pela evolução do pensamento como pelas descobertas de novos fenômenos,
que, para serem explicados, levam a grandes revoluções no modo de pensar.‖ (linhas 17 a
20)

IV. ―Ainda serão escritos muitos ‗poemas‘ e ‗narrativas‘ (teorias) na física, por meio do seu
‗idioma‘ (matemática), e eles continuarão nos encantando, assim como as grandes
produções literárias.‖ (linhas 42 a 44)

a) Em I, o verbo está conjugado na terceira pessoa do plural do modo subjuntivo.


b) Em III, o verbo está no infinitivo pessoal, flexionado na terceira pessoal do plural.
c) Em II, o verbo está conjugado na voz ativa.
d) Em IV, o verbo está conjugado no futuro do pretérito.
e) Em todas as frases, os verbos estão na forma finita.

1. Resposta: b

2.(Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

Com base no Texto 3, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo. Assinale a
alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

( ) As palavras ―séculos‖ (linha 02), ―acústica‖ (linha 04) e ―músicos‖ (linha 10) são
proparoxítonas.
( ) A palavra ―irreprodutíveis‖ (linha 03) contém um dígrafo.
( ) A palavra ―soube‖ (linha 10) está empregada na terceira pessoa do singular do futuro do
subjuntivo.
( ) A palavra ―eles‖ (linha 02) retoma ―melhores do mundo‖.
( ) A palavra ―instrumentos‖ é agente da passiva na oração ―os instrumentos foram tocados
por solistas vendados‖ (linha 09).
a) V – V – F – F – F
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b) F – V – V – V – F
c) V – F – V – F – V
d) V – V – F – F – V
e) F – F – V – V – V

2. Resposta: a

3. (Ano: 2018/Banca: FGV)


Texto associado
Texto 2 – Violência: O Valor da vida

Kalina Vanderlei Silva / Maciel Henrique Silva, Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2006, p. 412

A violência é um fenômeno social presente no cotidiano de todas as sociedades sob várias


formas. Em geral, ao nos referirmos à violência, estamos falando da agressão física. Mas
violência é uma categoria com amplos significados. Hoje, esse termo denota, além da
agressão física, diversos tipos de imposição sobre a vida civil, como a repressão política,
familiar ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de determinados indivíduos e,
ainda, o desgaste causado pelas condições de trabalho e condições econômicas. Dessa
forma, podemos definir a violência como qualquer relação de força que um indivíduo impõe
a outro.
Consideremos o surgimento das desigualdades econômicas na história: a vida em
sociedade sempre foi violenta, porque, para sobreviver em ambientes hostis, o ser humano
precisou produzir violência em escala inédita no reino animal.
Por outro lado, nas sociedades complexas, a violência deixou de ser uma ferramenta de
sobrevivência e passou a ser um instrumento da organização da vida comunitária. Ou seja,
foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a
sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria. Essa desigualdade social é o
fenômeno em que alguns indivíduos ou grupos desfrutam de bens e valores exclusivos e
negados à maioria da população de uma sociedade. Tal desigualdade aparece em
condições históricas específicas, constituindo-se em um tipo de violência fundamental para
a constituição de civilizações.

―Ou seja, foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns
teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se complexificaria‖.
Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
a) o sujeito da forma verbal ―foi usada‖ está posposto;
b) a frase ―para criar uma desigualdade‖ indica uma concessão;
c) o relativo ―a qual‖ se refere a um termo seguinte;
d) o termo ―alguns teóricos‖ funciona como objeto direto;
e) a forma verbal no futuro do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.

3. Resposta: e

4. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)

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texto associado

De acordo com a norma padrão escrita da língua portuguesa, leia as afirmativas abaixo e
indique se são verdadeiras (V) ou falsas (F). Assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta, de cima para baixo.

( ) A frase ―Os computadores são melhores do que nós na hora de resolver equações ou
manipular grandes quantidades de dados, por exemplo‖ (linhas 10 e 11) expressa uma
relação de comparação entre dois elementos.
( ) Em ―Se ele usasse mais eletricidade, precisaríamos comer mais – mas, para nossos
antepassados, não era simples conseguir alimento‖ (linhas 26 e 27), a conjunção destacada
introduz uma frase que expressa a ideia de oposição.

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( ) Na frase ―Além disso, a sobrevivência humana não exige precisão absoluta‖ (linha 28), o
termo destacado pode ser substituído pela conjunção ―contudo‖ sem prejudicar o significado
do texto.
( ) Em ―Pense no rádio do seu carro‖ (linhas 20 e 21), o verbo está conjugado no modo
indicativo.
a) V – V – F – F
b) V – F – F – V
c) F – V – V – F
d) V – F – V – F
e) F – F – V – V

4. Resposta: a

5. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

235
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Considerando o trecho abaixo, transcrito do Texto 1, analise as afirmativas apresentadas na


sequência, conforme a norma padrão escrita, e assinale a alternativa correta.

236
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– Leve este, menino! Ele ―enterte‖ mais... (linha 10)

I. O verbo ―entreter‖ deveria estar flexionado na forma ―entrete‖.


II. A flexão de ―entreter‖ na terceira pessoa do singular do presente do indicativo é
entretém‖.
III.O pronome pessoal retoma o pronome demonstrativo.
IV.O termo ―ele‖ retoma o substantivo ―menino‖.
a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

5. Resposta: d

6. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


texto associado

237
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Com base no Texto 1 e na norma padrão escrita, analise as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta.

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I. Os termos ―Todavia‖ (linha 13) e ―assim‖ (linha 17) podem ser substituídos sem prejuízo
de significado por ―Contudo‖ e ―desse modo‖, respectivamente.
II. As duas ocorrências da palavra ―que‖ (linha 17) correspondem a, nesta ordem, conjunção
integrante e pronome.
III. Em ―lá‖ (linha 04) e ―ele‖ (linha 13) ocorre coesão lexical por elipse.
IV.Os verbos bitransitivos flexionam-se de dois modos distintos ao mesmo tempo.

a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.


b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.

6. Resposta: b

7. (Ano: 2018/Banca: COPERVE - UFSC)


Considerando a sequência textual abaixo e a norma padrão escrita, analise as afirmativas
abaixo e assinale a alternativa correta.

Quando eu chegar à universidade e avistar o tamanho do campus, ficarei encantado,


absorto por tudo aquilo que me espera.

I. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vir‖ e ―ver‖, respectivamente.
II. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vier‖ e ―vir‖, respectivamente.
III. Ao se substituir os verbos ―chegar‖ e ―avistar‖ por ―vir‖ e ―ver‖, estes devem flexionar-se
em ―vim‖ e ―vê‖, respectivamente.
IV. O termo ―absorto‖ por ser substituído por ―extasiado‖ sem prejuízo de significação.
V. A palavra ―quando‖ exerce a função de conjunção subordinativa adverbial temporal.
a) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.

7. Resposta: e

8. (Ano: 2018/Banca: CONSULPLAN) Texto associado


Quão rara é a Terra?

Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com
características físicas semelhantes às da Terra, vale perguntar se eles têm, de fato, a
chance de abrigar formas de vida e, se tiverem, que vida seria essa.

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Antes, alguns números importantes. Os melhores dados com relação à existência de


outros planetas vêm do satélite da NASA Kepler, que anda buscando planetas como a Terra
mapeando 100 mil estrelas na nossa região cósmica.
Pelo desenho da missão, a identificação dos planetas usa um efeito chamado de
trânsito: quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus passando
em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído.
Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela, a diminuição
do brilho e, se possível, o período da órbita (quando o planeta retorna ao seu ponto inicial),
é possível determinar o tamanho e massa do planeta.
Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massa
semelhante à da Terra e, possivelmente, estão na zona habitável, o que significa que a
temperatura na sua superfície permite a existência de água líquida (se houver água lá).
Como sabemos que o número de estrelas na nossa galáxia é em torno de 200 bilhões, a
estimativa da missão Kepler implica que devem existir em torno de 10 bilhões de planetas
com dimensões semelhantes às da Terra.
Nada mal, se supusermos que basta isso para que exista vida. Porém, a situação é bem
mais complexa e depende das propriedades da vida e, em particular, da história geológica
do planeta.
Aqui na Terra, a vida surgiu 3,5 bilhões de anos atrás. Porém, durante
aproximadamente 3 bilhões de anos, a vida aqui era constituída essencialmente de seres
unicelulares, pouco sofisticados. Digamos, um planeta de amebas.

Apenas quando a atmosfera da Terra foi ―oxigenada‖, e isso devido à ―descoberta‖ da


fotossíntese por essas bactérias (cianobactérias, na verdade), é que seres multicelulares
surgiram.
Essa mudança também gerou algo de muito importante: quando o oxigênio atmosférico
sofreu a ação da radiação solar é que se formou a camada de ozônio que acaba por
proteger a superfície do planeta. Sem essa proteção, a vida complexa na superfície seria
inviável.
Fora isso, a Terra tem uma lua pesada, o que estabiliza o seu eixo de rotação: a Terra é
como um pião que está por cair, rodopiando em torno de si mesma numa inclinação de 23,5
graus.
Esta inclinação é a responsável pelas estações do ano e por manter o clima da Terra
relativamente agradável. Sem nossa Lua, o eixo de rotação teria um movimento caótico e a
temperatura variaria de forma aleatória.
Juntemos a isso o campo magnético terrestre, que nos protege também da radiação
solar e de outras formas de radiação letal que vêm do espaço, e o movimento das placas
tectônicas, que funciona como um termostato terrestre e regula a circulação de gás
carbônico na atmosfera, e vemos que são muitas as propriedades que fazem o nosso
planeta especial.
Portanto, mesmo que existam outras ―Terras‖ pela galáxia, defendo ainda a raridade do
nosso planeta e da vida complexa que nele existe.

(Marcelo Gleiser – Disponível em:


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1172152-quao-rara-e-a-terra.shtml.)

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Analise a forma verbal destacada no trecho a seguir e assinale a alternativa que apresenta
a classificação adequada de tal forma verbal: ―Portanto, mesmo que existam outras ‗Terras‘
pela galáxia, defendo ainda a raridade do nosso planeta e da vida complexa que nele
existe.‖
a) Presente do indicativo.
b) Presente do subjuntivo.
c) Pretérito perfeito do indicativo.
d) Pretérito imperfeito do subjuntivo.

8. Resposta: b

9. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Texto associado
Ponderação, a mais desmoralizada das virtudes

É isso, mas também aquilo. Não obstante o abacaxi, temos o pepino. Posto que A seja
indiscutível, deve-se levar em conta que B, somado a C, cria um cenário em que D pode se
impor de certa forma como desejável, ressalvados E e F. Só depois desse percurso, claro,
chegaremos ao ponto G.
O parágrafo anterior satiriza a ponderação de forma fácil e injusta, mas duvido que
muita gente se incomode com isso. Sinônimo de circunspecção reflexiva, equilíbrio,
prudência, a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes. Precisamos reabilitar a
ponderação, nem que seja apenas como subproduto da perplexidade, aquilo que faz o
marinheiro do samba levar o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.
O fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras do diferente

que é visto como ameaça − corporificado em bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos,
ciganos, gagos − é hoje condenado por (quase) todo mundo. No entanto, o mesmo fogo

selvagem inflama as turbas linchadoras que se julgam investidas do direito sagrado de


vingar bruxas, negros, judeus, homossexuais, loucos, ciganos, gagos etc. Quem acha que o
primeiro fogo é ruim e o segundo é bom não entendeu nada.
Representa um inegável avanço civilizatório a exposição, nas redes sociais, de
comportamentos opressivos ancestrais que sempre estiveram naturalizados em forma de
assédio, desrespeito, piadinhas torpes e preconceitos variados. Ao mesmo tempo, é um
claro retrocesso que o avanço se dê à custa da supressão do direito de defesa e do infinito
potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto.

(Adaptado de: RODRIGUES, Sergio. Folha de S. Paulo, 16/11/2017)

Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em tempos e


modos adequados na frase:
a) Ao se evitarem as ponderações que devem anteceder qualquer julgamento, abre-se o
caminho para o arbítrio e a violência de graves preconceitos.

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b) Devem-se aos juízos preconceituosos esse tipo de violência, disseminada nas redes
sociais, que nada mais seriam que verdadeiros linchamentos públicos.
c) Às turbas linchadoras nunca ocorreriam que, por conta de sua violência irracional, muitos
inocentes terão sido vitimados de forma cruel.
d) Não parece abalar a pessoa irracional as razões levantadas pelo autor do texto para que,
com a ponderação, refreássemos nossos instintos violentos.
e) Quando se leva em conta as diferenças pessoais, seria de se imaginar que a tal cuidado
deva corresponder julgamentos mais prudentes e generosos.

9. Resposta: a

10. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Há correspondência entre tempos e modos entre as formas verbais empregadas em:
a) Caso estivesse vivo hoje, o filósofo Auguste Comte teria a oportunidade de constatar o
quanto suas suposições se distanciaram da experiência.
b) Independentemente da época em que fossem expressas, as previsões sobre o futuro
sempre dirão muito mais sobre o presente de quem se arriscar a fazê-las.
c) Por mais precisos que nossos instrumentos de medição de engarrafamentos venham a
se tornar, é improvável que fôssemos capazes de fazer previsões a longo prazo.
d) Quando a extensão do cosmo puder ser medida, tivéssemos chegado a um novo
patamar da experiência humana, nunca vislumbrado por cientistas ou filósofos.
e) O conhecimento humano possui limitações, mas é função da ciência pôr essas limitações
à prova, a fim de que poderíamos avançar continuamente.

10. Resposta: a

11. (Ano: 2018/Banca: FCC)


Texto associado
A velhice na sociedade industrial

Durante a velhice deveríamos estar ainda engajados em causas que nos transcendem,
que não envelhecem, e que dão significado a nossos gestos cotidianos. Talvez seja esse
um remédio contra os danos do tempo. Mas, pondera Simone de Beauvoir, se o trabalhador
aposentado se desespera com a falta de sentido da vida presente, é porque em todo o
tempo o sentido de sua vida lhe foi roubado. Esgotada a sua força de trabalho, sente-se um
pária, e é comum que o escutemos agradecendo sua aposentadoria como uma esmola.
A degradação senil começa prematuramente com a degradação da pessoa que
trabalha. Esta sociedade pragmática não desvaloriza somente o operário, mas todo
trabalhador: o médico, o professor, o esportista, o ator, o jornalista.
Como reparar a destruição sistemática que os homens sofrem desde o nascimento, na
sociedade da competição e do lucro a qualquer preço? Cuidados geriátricos não devolvem
a saúde física nem mental. A abolição dos asilos e a construção de casas decentes para a
velhice, não segregadas do mundo ativo, seria um passo à frente. Mas haveria que
sedimentar uma cultura para os velhos com interesses, trabalhos, responsabilidades que
tornem digna sua sobrevivência. Como deveria ser uma sociedade para que, na velhice, o

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homem permaneça um homem? A resposta é radical para Simone de Beauvoir: ―seria


preciso que ele sempre tivesse sido tratado como homem‖.
Para que nenhuma forma de humanidade seja excluída da Humanidade é que as
minorias têm lutado, que os grupos discriminados têm reagido. A mulher, o negro,
combatem pelos seus direitos, mas o velho não tem armas. Nós é que temos de lutar por
ele.

(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos. S. Paulo: T. A. Queiroz, 1983, p. 38-39)

Há construção na voz passiva, bem como adequada correlação entre tempos e modos
verbais, na frase:
a) Se, em nossa velhice, ainda estivéssemos engajados em causas políticas maiores, bem
mais digna será nossa condição de vida.
b) Por lhes ter sido roubado o sentido mesmo de viver, os trabalhadores aposentados
chegam a se desesperar com tamanho vazio.
c) Desde que a sociedade passou a glorificar a competição e o pragmatismo, os homens
veriam desvalorizados seus ideais mais nobres.
d) Fossem outros os valores de nossa sociedade, em lugar do atual pragmatismo vicioso,
outra cultura poderá incluir com justiça os velhos trabalhadores.
e) No caso de que viesse a encontrar quem lute por ele, o velho terá reconhecido nesse
apoio uma comprovação de nossa humanidade.

11. Resposta: b

12. (Ano: 2017/Banca: FEPESE) Texto associado


Texto 4

Guignard na parede
– Este seu Guignard é falso ou verdadeiro? - perguntou-lhe o visitante, coçando o queixo,
de um modo ainda mais suspeitoso do que a pergunta.
– Ora essa, por que duvida?
– Eu não duvido nada, só que existem por aí uns cinquenta quadros falsos de Guignard, e
então...
– Então o quê?
– Esse também podia ser. Só isso.
– Pois não é, não senhor. Qualquer um vê logo que se trata de Guignard autêntico,
Guignard da melhor época.
– Não ponho em dúvida sua palavra, Deus me livre. Mas nunca se sabe se um quadro é
autêntico ou não. Nunca. Não há prova irrefutável.
– Mesmo que se tenha visto o pintor trabalhando nele?
– Em geral, o pintor não trabalha à vista dos outros. No máximo dá uma pincelada, um
toque. Até os retratos, não sabia? São feitos em grande parte na ausência dos retratados.
Todo artista tem um auxiliar, espécie de primo pobre, que imita à perfeição a maneira do
mestre...
– Guignard tinha alunos; e daí? Vai me dizer que os alunos pintavam e ele assinava?

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– O senhor é que parece estar insinuando isso. Eu digo apenas que assinatura pode ser
autêntica num quadro falso. Veja Picasso. Picasso assina falsos Picassos por blague ou
para ajudar pobres-diabos. Pode parecer maluquice, mas para mim o pintor é o primeiro
falsificador de sua obra, ele se copia e manda os outros copiarem .
– Não diga uma besteira dessas.
[...]
– Fiquei com medo do senhor ter um falso Guignard, e preveni. Não há razão para se
queimar.
– Está bem.
– Talvez tenha feito mal em alertá-lo. O senhor vai ficar preocupado, cismado. Não desejo
isso. Vamos fazer uma coisa? Para o senhor não se chatear, eu compro o seu quadro,
mesmo tendo as maiores dúvidas sobre a autenticidade. Repare bem: a fluidez da pintura é
demasiado fluida para ser original. Um mestre nunca vai ao extremo de sua potencialidade;
deixa que os outros exacerbem sua maneira. Este Guignard é tão leve, tão aéreo, que só
mesmo de alguém muito habilidoso, que procurasse ser mais Guignard do que o próprio
Guignard. Não há dúvida, para mim não é Guignard. Quanto quer por isto?
– Quero que o senhor vá para o inferno, sim?

ANDRADE, C. D. de. 70 historinhas. 13 ed. Rio de Janeiro: Record,2009. p.195-197.

Assinale a alternativa correta, com base no texto 4.


a) Em "Eu não duvido nada, só que existem por aí uns cinquenta quadros falsos [...]" e
"Esse também podia ser. Só isso", a partícula "só" pode ser substituída por "apenas', nas
duas ocorrências, sem prejuízo de significado.
b) Em "Não diga uma besteira dessas." e "Quero que o senhor vá para o inferno, sim?', as
formas verbais sublinhadas encontram-se no modo imperativo.
c) Em "Não há dúvida, para mim não é Guignard", a expressão sublinhada funciona como
objeto indireto.
d) O texto faz uma crítica explícita ao modo brasileiro de se fazer negócios, focalizando a
estratégia persuasiva que é usada igualmente pelo vendedor (o dono do quadro) e pelo
comprador (o visitante).
e) A frase "Mesmo que se tenha visto o pintor trabalhando nele?" pode ser reescrita, sem
prejuízo de significado e sem ferir a norma culta da língua escrita, como: "Mesmo que o
pintor tenha sido visto trabalhando nele?"

12. Resposta: e

13. (Ano: 2017/Banca: CPCON)


Texto associado
TEXTO 7

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava
um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia
pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente
feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um

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barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava?
Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que
mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era
mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

(CECÍLIAMEIRELES. Boa companhia - Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
(Fragmento))

Sobre a palavra comprava, que aparece no Texto 7, podemos afirmar que


a) tem o mesmo número de letras e fonemas.
b) apresenta dois dígrafos.
c) apresenta encontro consonantal.
d) é uma palavra proparoxítona.
e) está conjugada no presente do indicativo.
13. Resposta: c

14. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Texto associado


Briga de irmãos... Nós éramos cinco e brigávamos muito, recordou Augusto, olhos perdidos
num ponto X, quase sorrindo. Isto não quer dizer que nos detestássemos. Pelo contrário. A
gente gostava bastante uns dos outros e não podia viver na separação. Se um de nós ia
para o colégio (era longe o colégio, a viagem se fazia a cavalo, dez léguas na estrada
lamacenta, que o governo não consertava), os outros ficavam tristes uma semana. Depois
esqueciam, mas a saudade do mano muitas vezes estragava o nosso banho no poço,
irritava ainda mais o malogro da caça de passarinho: ―Se Miguel estivesse aqui, garanto que
você não deixava o tiziu fugir‖, gritava Édison. ―Você assustou ele falando alto... Miguel te
quebrava a cara‖. Miguel era o mais velho, e fora fazer o seu ginásio. Não se sabe bem por
que a sua presença teria impedido a fuga do pássaro, nem ainda por que o tapa no rosto de
Tito, com o tiziu já longínquo, teria remediado o acontecimento. Mas o fato é que a figura de
Miguel, evocada naquele instante, embalava nosso desapontamento e de certo modo
participava dele, ajudando-nos a voltar para casa de mãos vazias e a enfrentar o risinho
malévolo dos Guimarães: ―O que é que vocês pegaram hoje?‖ ―Nada‖. Miguel era deste
tamanho, impunha-se. Além disto, sabia palavras difíceis, inclusive xingamentos, que nos
deixavam de boca aberta, ao explodirem na discussão, e que decorávamos para aplicar na
primeira oportunidade, em nossas brigas particulares com os meninos da rua. Realmente,
Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade. E pensávamos com ânsia no seu regresso, um pouco para gozar de sua
companhia, outro pouco para aprender nomes feios, e bastante para descontar os socos
que ele nos dera, o miserável.

(Carlos Drummond de Andrade, A Salvação da Alma. Em: O sorvete e outras histórias.)

Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados, de acordo com a


norma-padrão.
a) Miguel quebrava a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele vim aqui, garanto que
você não deixa o passarinho fugir.

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b) Miguel quebra a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele pôr os pés aqui, garanto
que você não deixaria o passarinho fugir.
c) Miguel quebraria a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele estiver aqui, garanto que
você não deixará o passarinho fugir.
d) Miguel quebraria a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele vir aqui, garanto que
você não deixava o passarinho fugir.
e) Miguel quebrava a sua cara, se estivesse aqui. Mas quando ele estar aqui, garanto que
você não deixará o passarinho fugir.

14. Resposta: c

15. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
É compreensível imaginar que, dentro do contexto de uma arte de tantos séculos como
o teatro, o clichê ―nada se cria, tudo se copia‖ já seja uma máxima. Alguns estudiosos da
dramaturgia dizem que tal frase é perfeitamente aplicável. O curioso, no entanto, é
constatar a rapidez com que o cinema, que tem menos de 120 anos de vida, tem
incorporado essa máxima.

No século 21, é em Hollywood que essa tendência aparece com maior força.
Praticamente todos os sucessos de bilheteria da indústria cinematográfica norte-americana
são adaptações de quadrinhos, livros, videogames ou programas de TV que fizeram
sucesso. A indústria da adaptação tornou-se tão forte que existe uma massa de escritores
com contratos fixos com alguns estúdios, o que significa que escrevem obras literárias já
pensando em sua adaptação para o cinema. O roteiro original, portanto, tornou-se um artigo
de luxo no cinema norte-americano.

Em Hollywood, tal fenômeno é compreensível. A razão para que haja uma alta sem
precedentes das adaptações é o medo do risco em tempos de crise econômica, que faz
com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores. Essa
estratégia, apesar de não garantir êxito de bilheteria, reduz o risco de apostar todas as
fichas em histórias inéditas.

No Brasil, as adaptações também viraram moda, uma vez que, nos primeiros anos do
século 21, os filmes mais comentados vieram de livros e outras formas de expressão
artística.

(Adaptado de: BALLERINI, Franthiesco. Cinema Brasileiro no Século 21: reflexões de


cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre os
rumos da cinematografia nacional. Edição digital. São Paulo: Summus Editorial, 2012)

... que faz com que os estúdios apostem em histórias já testadas e aprovadas por leitores.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o sublinhado acima encontra-se em:
a) ... as adaptações também viraram moda...
b) A razão para que haja uma alta sem precedentes das adaptações...

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c) A indústria da adaptação tornou-se tão forte...


d) ... que essa tendência aparece com maior força.
e) ... programas de TV que fizeram sucesso.

15. Resposta: b

16. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Natal mudou em 1942. A chegada das tropas norte-americanas à capital potiguar trouxe
dinheiro e desenvolvimento. Em troca, a cidade cedeu sua posição geográfica, considerada
estratégica para o poderio militar dos EUA. Afinal, na América do Sul, Natal é o ponto mais
próximo dos continentes europeu e africano.
"Os EUA precisavam de um ponto de apoio que permitisse abastecer e seguir direto
para a África", explicou o professor de história Luís Eduardo Suassuna. Foi por suprir esta
necessidade que Natal se transformou no "trampolim da vitória" para os EUA. Os aviões
vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a travessia do
Atlântico.

(Adaptado de: HOLDER, Caroline. Disponível em:


g1.globo.com)

Os aviões vinham deste país, abasteciam em Natal e ficavam prontos para fazer a travessia
do Atlântico.

Transformando-se o que se afirma acima em uma hipótese, os verbos devem assumir as


seguintes formas:
a) vieram − abasteceram − ficaram
b) viriam − abasteceriam − ficariam
c) tinham vindo − teriam abastecido − ficarão
d) vieram − tivessem abastecido − ficavam

e) viriam − haviam abastecido − ficaram

16. Resposta: b

17. (Ano: 2017/Banca: UFSM)


texto associado

247
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Para responder à questão, considere a seguinte frase:

Segundo o GeMob, se todas as pessoas que vêm para a universidade sozinhas aderissem
a essa ideia, teríamos uma redução de aproximadamente 23% no número de veículos que
trafegam nas faixas que dão acesso ao campus (1.23-25).

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa sobre a contribuição de tempos e


modos verbais para a formulação do raciocínio explorado no texto.
( ) Empregar os verbos vir e trafegar no presente do indicativo possibilita exprimir o caráter
habitual de as pessoas se deslocarem sozinhas nas faixas de acesso à UFSM.
( ) Empregar o verbo aderir flexionado no modo subjuntivo possibilita exprimir o caráter
hipotético da adesão das pessoas à prática de solidariamente dar carona.
( ) Empregar o verbo ter no futuro do pretérito possibilita exprimir a certeza de que ocorrerá
a redução de veículos calculada pelo GeMob.

A sequência correta é
a) V - F - V.
b) V - V - V.
c) F - F - V.
d) F - V - F.
e) V - V - F.

248
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17. Resposta: e

18. (Ano: 2017/Banca: UFSM)


texto associado

Na organização da frase Pense coletivo!, emprega-se


I → uma oração com sujeito indeterminado, expressando ideia de coletividade.
II → um verbo no imperativo, expressando um conselho de modo enfático.
III → um adjetivo com funcionamento de advérbio, expressando ideia de modo.

Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

18. Resposta: d

19. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Juízo de valor

249
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Um juízo de valor tem como origem uma percepção individual: alguém julga algo ou
outra pessoa tomando por base o que considera um critério ético ou moral. Isso significa
que diversos indivíduos podem emitir diversos juízos de valor para uma mesma situação, ou
julgar de diversos modos uma mesma pessoa. Tais controvérsias são perfeitamente
naturais; o difícil é aceitá-las com naturalidade para, em seguida, discuti-las. Tendemos a
fazer do nosso juízo de valor um atestado de realidade: o que dissermos que é, será o que
dissermos. Em vez da naturalidade da controvérsia a ser ponderada, optamos pela
prepotência de um juízo de valor dado como exclusivo.

Com o fenômeno da expansão das redes sociais, abertas a todas as manifestações,


juízos de valor digladiam-se o tempo todo, na maior parte dos casos sem proveito algum.
Sendo imperativa, a opinião pessoal esquiva-se da controvérsia, pula a etapa da mediação
reflexiva e instala-se no posto da convicção inabalável. À falta de argumentos, contrapõem-
se as paixões do ódio, do ressentimento, da calúnia, num triste espetáculo público de
intolerância.

Constituem uma extraordinária orientação para nós todos estas palavras do grande
historiador Eric Hobsbawm: ―A primeira tarefa do historiador não é julgar, mas compreender,
mesmo o que temos mais dificuldade para compreender. O que dificulta a compreensão, no
entanto, não são apenas as nossas convicções apaixonadas, mas também a experiência
histórica que as formou.‖ A advertência de Hobsbawm não deve interessar apenas aos
historiadores, mas a todo aquele que deseja dar consistência e legitimidade ao juízo de
valor que venha a emitir. (Péricles Augusto da Costa,
inédito)

As formas verbais atendem às normas de concordância e à adequada articulação entre


tempos e modos na frase:
a) Não deveriam caber àqueles que julgam caprichosamente tomar decisões que se
baseavam em juízos de valor viciosos e precipitados.
b) Acatassem os ensinamentos de Hobsbawm toda gente que se ocupa de julgar, menos
hostilidades haverá nas redes sociais.
c) A obsessão pelos juízos de valor, tão disseminados nas redes sociais, fazem com que
viéssemos a difundir mais e mais preconceitos.
d) Uma vez que se pretendam que as meras opiniões sejam tão consistentes quanto os
argumentos, toda discussão terá sido inócua.
e) Caberá aos historiadores verdadeiramente sérios todo o empenho na compreensão de
um fenômeno, antes que venham a julgá-lo.

19. Resposta: e

20. (Ano: 2017/Banca: IESES) Texto associado


DIÁLOGO DE SURDOS Por:
Sírio Possenti. Publicado em 09 mai 2016. Adaptado de:
http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4821/n/dialogo_de_surdos
Acesso em 30 out 2017.

250
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A expressão corrente trata de situações em que dois lados (ou mais) falam e ninguém
se entende. Na verdade, esta é uma visão um pouco simplificada das coisas. De fato,
quando dois lados polemizam, dificilmente olham para as mesmas coisas (ou para as
mesmas palavras). Cada lado interpreta o outro de uma forma que este acha estranha e
vice-versa.

Dominique Maingueneau (em Gênese dos discursos, São Paulo, Parábola) deu
tratamento teórico à questão (um tratamento empírico pode ser encontrado em muitos
espaços, quase diariamente). [...]

Suponhamos dois discursos, A e B. Se polemizam, B nunca diz que A diz A, mas que
diz ―nãoB‖. E vice-versa. O interessante é que nunca se encontra ―nãoB‖ no discurso de A,
sempre se encontra A; mas B não ―pode‖ ver isso, porque trairia sua identidade doutrinária,
ideológica.

Um bom exemplo é o que acontece frequentemente no debate sobre variedades do


português. Se um linguista diz que não há ―erro‖ em uma fala popular, como em ―as elite‖
(que a elite escreve burramente ―a zelite‖, quando deveria escrever ―as elite‖), seus
opositores não dirão que os linguistas descrevem o fato como uma variante, mostrando que
segue uma regra, mas que ―aceitam tudo‖, que ―aceitam o erro‖. O simulacro consiste no
fato de que as palavras dos oponentes não são as dos linguistas (não cabe discutir quem
tem razão, mas verificar que os dois não se entendem).

Uma variante da incompreensão é que cada lado fala de coisas diferentes.

Atualmente, há uma polêmica sobre se há golpe ou não há golpe. Simplificando um


pouco, os que dizem que há golpe se apegam ao fato de que os dois crimes atribuídos à
presidenta não seriam crimes. Os que acham que não há golpe dizem que o processo está
seguindo as regras definidas pelo Supremo.

Um bom sintoma é a pergunta recorrente feita aos ministros do Supremo pelos


repórteres: a pergunta não é ―a pedalada é um crime?‖ (uma questão mérito), mas
―impeachment é golpe?‖. Esta pergunta permite que o ministro responda que não, pois o
impedimento está previsto na Constituição.

Juca Kfouri fez uma boa comparação com futebol: a expulsão de um jogador, ou o
pênalti, está prevista(o), o que não significa que qualquer expulsão é justa ou que toda falta
é pênalti...

A teoria de Maingueneau joga água na fervura dos que acreditam que a humanidade
pode se entender (o que faltaria é adotar uma língua comum, quem sabe o esperanto).
Ledo engano: as pessoas não se entendem é falando a mesma língua.

Até hoje, ninguém venceu uma disputa intelectual (ideológica) no debate. Quando
venceu, foi com o exército, com a maioria dos eleitores ou dos... deputados.
Sírio Possenti Departamento de Linguística

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Universidade Estadual de Campinas

Em se tratando de classes de palavras, vamos pôr atenção aos verbos constantes no


quarto parágrafo do texto. Nas alternativas que seguem, foram feitas análises sobre os
tempos e modos aí empregados. Assinale a única alternativa em que a análise está correta.
a) O verbo ―dirão‖ está conjugado no futuro do presente do modo subjuntivo.
b) O verbo ―deveria‖ está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo.
c) Nesse parágrafo, há pelo menos um verbo conjugado no pretérito perfeito do modo
indicativo.
d) Nesse parágrafo há predomínio de verbos conjugados no modo subjuntivo.

20. Resposta: b

21. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


Texto associado

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB2A1AAA, julgue o próximo item.
A substituição das formas verbais ―é‖ (ℓ.14) e ―deve‖ (ℓ.16) por seja e deva, respectivamente,
não alteraria a correção gramatical do texto.
Certo

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Errado

21. Resposta: certo

22. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


texto associado

Considerando as relações sintático-semânticas do texto 4A4AAA, julgue o próximo item.

A correção gramatical e os sentidos do primeiro período do segundo parágrafo seriam


preservados caso as formas verbais flexionadas no futuro do pretérito do indicativo e no
modo subjuntivo fossem alteradas para o presente do modo indicativo, da seguinte forma: A
linguagem ideal é aquela em que cada palavra designa apenas uma coisa, corresponde a
uma só ideia ou conceito, tem um só sentido.
Certo
Errado

22. Resposta: errado

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23. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
A coletânea de aforismos que constituem os dois volumes de Humano, demasiado
humano, considerado o marco inicial do segundo período da produção de Nietzsche, é um
ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do sistema filosófico de
Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epígrafe uma
citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tradição da filosofia
das Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipatório da ciência, em seu triunfo
contra as trevas da ignorância e da superstição. Não por acaso, portanto, a obra tem como
subtítulo Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a atividade
metafísica do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída desse privilégio.
Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais da filosofia de Schopenhauer,
dos quais partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado de se afastar criticamente deles. ―Que
lugar ainda resta à arte? Antes de tudo, ela ensinou, através de milênios, a olhar com
interesse e prazer a vida, em todas as suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós;
ela vem à luz novamente agora como irresistível necessidade de conhecer. O homem
científico é o desenvolvimento do homem artístico‖.
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico conduzia à
proliferação de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o Nietzsche do período
intermediário o conhecimento científico torna livre o espírito.

Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao papel da
ciência e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que valorizam apenas a
imaginação e as obras-primas do disfarce estético, o filósofo afirma: ―eles pensam que a
realidade é horrível; contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível
realidade é belo, do mesmo modo que aquele que conhece bastante e amiúde está, por fim,
muito longe de considerar horrível o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe
proporciona sempre felicidade. A felicidade do homem do conhecimento aumenta a beleza
do mundo‖.

(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-
46)

... o que constituía a atividade metafísica do homem... (3° parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo do da frase acima está em:
a) que sufocava a vida
b) aprofundaria seu novo entendimento
c) que valorizam apenas a imaginação
d) dos quais partilhara
e) ela é destituída desse privilégio

23. Resposta: a

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24. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Sem chance de contestação, aquele foi mesmo um grande acontecimento na cidade. O
palco do auditório Araújo Vianna – reinaugurado um ano antes, em março de 1964, no
Parque da Redenção, depois de ocupar por quase quatro décadas a Praça da Matriz, de
onde saiu para dar lugar à nova sede da Assembleia Legislativa –, estava repleto de som,
luzes e gente, ah, muita gente, para dar vida à ópera Aida, de Giuseppe Verdi.
Na ponta do lápis, havia ali 100 músicos da Ospa, 130 cantores do Coral da Ufrgs e ao
menos 30 bailarinas da academia de João Luís Rolla. Soldados da Brigada Militar se
dividiam entre os papéis de guerreiros e escravos. Parrudos halterofilistas recrutados na
Academia Hércules apareciam como guardas do faraó e, por fim, tratadores do Parque
Zoológico de Sapucaia do Sul adentravam a cena para cuidar dos figurantes de outras
espécies – macacos, cavalos, dromedários e leões, estes últimos enjaulados, obviamente.
Um mês antes, o maestro Pablo Komlós (regente da Ospa e diretor artístico da Ufrgs)
havia passado pelas salas de aula para convidar os estudantes a participarem do coral da
universidade. Numa das classes, a de Anatomia, do curso de Medicina, estudava Jair
Ferreira, frequentador assíduo dos festivais de coros no Salão de Atos da Ufrgs. Bastou um
mês de ensaios para que o barítono, fantasiado de egípcio, pisasse no palco pela primeira
vez em sua vida.
Por certo, era hereditária a paixão pela música do jovem que se tornaria epidemiologista
do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. A mãe não só tinha nome de cantora – Dalva, a
exemplo de Dalva de Oliveira –, como sabia de cor desde cantigas de carnaval até árias de
óperas. ―A gente chorava ao ouvir sua voz de soprano delicado‖, elogia.
No conjunto de três sobrados geminados que compõem o cenário das reminiscências
da infância em Rio Grande, as paredes generosamente deixavam escorrer notas musicais
de uma casa para a outra. Uma das vizinhas tocava piano pontualmente às nove da noite –
justo o horário em que Jair se recolhia, afinal, precisava pular da cama cedinho para ir à
escola. Quase toda a noite, ele dormia ao som da Marcha Turca, de Mozart, mágico portal
de entrada para o devaneio dos sonhos.
(Excerto de Paulo César Teixeira, Nega Lu, Porto Alegre, Libretos,
2015)

Mantendo-se o sentido e a correção, a forma verbal havia passado (3° parágrafo) pode ser
alterada para
a) passara.
b) iria passar.
c) teria passado.
d) passaria.
e) passando.

24. Resposta: a

25. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Há ocorrência de voz passiva e adequada articulação entre tempos e modos verbais na
frase:

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a) Por mais que nos esforçássemos, não haveremos de conseguir captar o sentido de todas
essas mensagens.
b) Se fôssemos analisar a fundo todas essas mensagens, certamente muitas delas não
contarão com nosso beneplácito.
c) Se eles se dispuserem a analisar todas as mensagens que chegam, não haveriam de se
submeter a elas com tanta facilidade.
d) Num universo em que tantos signos nos atropelem, impunha-se que os selecionemos por
rigorosos critérios.
e) Ainda que venhamos a nos esforçar, o sentido de todas essas mensagens não poderá
ser captado por nós.
25. Resposta: e

26. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Ponto de vista

―Assim é (se lhe parece)‖ é a tradução em português do título de uma peça do


dramaturgo italiano Luigi Pirandello. Sobre este escritor disse o ator Rubens Caribé: ―Para
ele, não existe uma só verdade, mas diferentes pontos de vista. Não existe um só homem,
mas diversas máscaras que vestimos no dia a dia, desde a hora em que acordamos até a
hora em que dormimos. Portanto, não existe uma verdade absoluta‖.

O título tem sua malícia: a afirmação taxativa (―assim é‖) é logo relativizada pela
expressão entre parênteses (―se lhe parece‖), do que resulta a insinuação de que podemos
estar muito enganados quando julgamos conhecer efetivamente alguma coisa. O suposto
―fato‖ pode ser apenas uma ―opinião‖. A visão de um objeto implica uma perspectiva para
ele. Pirandello acredita, de fato, que a chamada ―realidade das coisas‖ é sempre bastante
condicionada pelo ponto de vista a partir do qual vemos o mundo. E vai ainda mais longe:
mesmo dentro de cada um de nós, nenhum olhar se consolida para sempre, uma vez que
nossos diferentes interesses podem mudar nossa visão de um mesmo objeto. Nossa
identidade de indivíduos não é sólida como pode parecer: precisamos, ao longo da vida, de
máscaras que encobrem nossas reais necessidades. Viria daí, em boa parte, o prestígio do
teatro: vemos encenadas no palco, como expressão de um ―fingimento‖ artístico trabalhado
por atores, nossas emoções secretas, nossos desejos encobertos... e verdadeiros.
Uma discussão de verdade, na qual os interessados pretendam refletir e argumentar,
deve sempre levar em conta esse relativismo do ―parece que é‖. Aceitar que nossa visão
pode estar sendo prejudicada pelo interesse de ver o que nos convém é o primeiro passo
para aceitar a possibilidade de nosso contendor estar certo. A flexibilidade dos diferentes
pontos de vista torna qualquer ―verdade‖ mais complexa do que aparenta, e melhor
faríamos se atentássemos antes para o que está implicado em nossa visão do que para o
fato consumado em que transformamos o que está sob nossa vista. É o melhor modo de
nos aproximarmos do que somos, em vez de nos contentarmos com o que parecemos ser.
(SOUZA, Petrônio. Juvenal de, inédito)

Uma discussão de verdade, na qual os interessados pretendam refletir e argumentar, deve


sempre levar em conta esse relativismo. (3° parágrafo)

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Uma nova redação da frase acima considera a adequada articulação entre tempos e modos
verbais substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
a) pretendessem refletir e argumentar − deva sempre levar

b) pretendiam refletir e argumentar − devesse sempre levar


c) refletissem e argumentassem − tinha levado sempre
d) houvessem pretendido refletir e argumentar − deveria ter levado sempre

e) reflitam e argumentem − teria levado sempre

26. Resposta: d

27. (Ano: 2017/Banca: FCC)

Considerada a norma-padrão, ambas as palavras destacadas estão corretamente


empregadas na seguinte frase:
a) Mais chance de evitar reveses ele terá, quanto mais se dispor a detalhar as etapas de
construção da obra.
b) Lembro bem do dia em que reavemos os valores que os estelionatários repuseram na
conta da empresa.
c) Acabou freiando o carro de repente porque as moças que exibiam os abaixo-assinados
atrapalharam a sua visão.
d) Se os indiciados entreverem a menor possibilidade de saírem ilesos, interporão os mais
imaginativos recursos.
e) É justo que ele medeie a negociação, mas é bom que você o previna dos desafios que
enfrentará.

27. Resposta: e

28. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP) Texto associado


Texto 1

A insana mania de economizar em coisas erradas

Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que
as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo,
sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado
na cultura brasileira. [...]
A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito
acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de
Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos
roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio
que não tem fim. [...]

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Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só


por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem
a necessidade porca de comprar algo ―baratinho‖. E não é exagero.
Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no
Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma
carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado
para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino
conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A
quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em
cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as
negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto,
sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro.
Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O
detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari
custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro,
impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas
na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa
consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...]

Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-


mania-de-economizar-em-coisas-erradas

Em relação ao Texto 1, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.

Em ―A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões [...]‖, os verbos estão
conjugados no pretérito perfeito do modo indicativo.
Certo
Errado

28. Resposta: errado

29. (Ano: 2017/Banca: IBFC)


Texto associado
Texto
Camelos e beija-flores... (Rubem
Alves)

A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as ―estórias‖
deveriam ser grafadas como ―histórias‖. É assim que os gramáticos decidiram e escreveram
nos dicionários.
Respondi também delicadamente: ―Comigo não. Quando escrevo ‗estória‘ eu quero
dizer ‗estória‘. Quando escrevo ‗história‘ eu quero dizer ‗história‘. Estória e história são tão
diferentes quanto camelos e beija-fores...‖
Escrevi um livro baseado na diferença entre ―história‖ e ―estória‖. O revisor, obediente
ao dicionário, corrigiu minhas ―estórias‖ para ―história‖. Confiando no rigor do revisor, não li

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o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de
camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: ―A estória
não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.‖
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava
estórias. Ela, ao final, me perguntava: ―Papai, isso aconteceu de verdade?‖ E eu ficava sem
lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta
que lhe daria seria: ―Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça sempre...‖
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão
definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é
uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu. Aí, ao ler o
mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos
dos outros. Toda estória é um espelho. [...]
A história nos leva para o tempo do ―nunca mais‖, tempo da morte. As estórias nos
levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o ―era uma vez, há
muito tempo‖ é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo
mágico da alma.
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever ―estória‖ não corrija para ―história‖. Não
quero confundir camelos e beija-flores...
―A resposta que lhe daria seria: ―Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça
sempre...‖(5º§)

O emprego do futuro do pretérito do indicativo cumpre um papel expressivo no trecho. Isso


porque, no contexto, sinaliza ações:
a) passadas ocorridas em um momento específico.
b) do presente que se relacionam com o passado.
c) presentes apontando para o futuro.
d) do passado que continuam até o presente.
e) futuras que não serão realizadas.

29. Resposta: e

30. (Ano: 2017/Banca: CRA - SC) Texto associado


Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

O poder de poder

Adaptado de: http://revistaepoca.globo.com/Negocios-e-carreira/noticia/2012/07/e-de-


crianca-que-se-empreende.html. Acesso em 30 jan 2017.

A professora Jacileide Soares dos Santos não teve aulas de empreendedorismo na


escola. Nem na faculdade de Letras, que cursou há 32 anos. Desde 2005, seus alunos do

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6º ano da escola estadual Senador Aderbal Jurema, em Jabotão, no interior de


Pernambuco, passaram a ter aulas periódicas sobre Introdução ao Mundo dos Negócios.
As atividades não são desenvolvidas pelos professores, mas pela organização
americana sem fins lucrativos, Junior Achievment, que há mais de 90 anos trabalha com
programas que fomentam o empreendedorismo em jovens de mais de 120 países.
No Brasil desde 2003, a organização conta com o trabalho de funcionários-voluntários
de empresas parceiras para preparar e conscientizar melhor as crianças para o mercado de
trabalho. Neste ano, os alunos da professora Jacileide vivenciaram, dentro da sala de aula,
o processo de fabricação de canetinhas. Divididos em grupos, eles aprendiam, juntos, a
montar as canetas e a entender a importância de cada etapa na produção final.
No início, a professora Jacileide ficava desconfiada. ―Não sabia aonde eles queriam
chegar e qual a importância daquilo tudo‖. Hoje, ela já tem a resposta. Percebeu que a
educação empreendedora é o caminho mais sustentável para o progresso econômico e
para o combate à pobreza no longo prazo. ―Muitos alunos não queriam prestar vestibular ou
fazer um curso técnico. Tinham medo de disputar as coisas no mundo lá fora, de fracassar‖.
Segundo a professora, de 2010 para 2011, o número de alunos inscritos em cursos técnicos
e vestibulares dobrou – passou de quatro para oito, incluindo todas as turmas do terceiro
ano. ―A autoestima da nossa comunidade está aumentando a cada ano‖, diz a professora
Jacileide. ―Se eu tivesse tido essa formação, minha vida teria sido tão diferente...‖.

Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao emprego dos tempos e modos verbais.


a) Se não houvesse aceitação do projeto, a professora tinha a opção de desistir.
b) Mesmo que a professora falasse, os alunos não entenderiam.
c) Talvez a professora fale sobre o projeto, mais isso não garante que todos compreendam.
d) Quando a imprensa for a Pernambuco, entrevistará a professora.

30. Resposta: a

31. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP) Texto associado


TEXTO 1
O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social,
dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido

Raphael Martins

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia
parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?
O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com
relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais
motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se
envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez
menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela
Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: ―Há realmente essa impressão de
que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não
cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer‖.

260
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O psicólogo complementa: ―Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma
mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15,
ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais
intervalos‖. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas, concorda: ―É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a
percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no
cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila‖.
Sobre o assunto, Luiz Silveira MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia
da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as
cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica
de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas tenham inúmeras habilidades e
qualificações acadêmicas, tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao lazer.
Scheroki completa: ―Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que
não tínhamos. Temos que saber inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam
alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele‖. [...]
A professora Maria Helena destaca: ―A percepção de aceleração do tempo é uma coisa
angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas,
depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando rapidamente
e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão muito
grandes‖.[...]
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional
ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: ―Nós somos nossas
relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas,
comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada
vez menos a gente tem autonomia sobre ela‖.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em
horários mais compatíveis com uma vida saudável. ―Exercício físico, relações sociais e
familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no
trabalho excessivo‖, completa.[...]

Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_


content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&catid=46%3Ana-
midia&Itemid=97&lang=pt

Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.


a) Em ―O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas
relações com amigos ou familiares.‖, o verbo ―acredita‖ está conjugado no presente do
subjuntivo e a perífrase verbal ―é sentido‖ é formada por um verbo no presente do indicativo
e um verbo no pretérito perfeito do indicativo.
b) Em ―O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos?
O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?‖, os verbos
sublinhados estão conjugados, respectivamente, no pretérito imperfeito do indicativo, no
presente do subjuntivo, no presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.
c) Em ―Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não
tínhamos.‖, os verbos sublinhados estão conjugados, respectivamente, no presente do

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indicativo, no pretérito imperfeito do indicativo, no presente do indicativo e no pretérito


imperfeito do indicativo.
d) Em ―Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma
percepção que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas
têm que fazer‖, os verbos sublinhados estão conjugados, respectivamente, no presente do
indicativo, no pretérito imperfeito do subjuntivo, no presente do subjuntivo e no presente do
indicativo.

31. Resposta: c

32. (Ano: 2017/Banca: CS-UFG) Texto associado


País que constrói mais prisões que escolas está doente

Em 8 de setembro de 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


anunciou que a taxa de analfabetismo no Brasil caiu 7,6% de 1992 a 2009. Ou seja, em
2009, 9,6% da população era analfabeta (um total de 14,1 milhões de pessoas), contra
17,2% em 1992, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
A notícia é boa, evidente. Afinal, qualquer resultado próspero, principalmente na área
educacional, é significativo. Todavia, o Brasil está muito longe de um desempenho
adequado neste setor. Com 14,1 milhões de analfabetos, só temos a lamentar. É o mesmo
que dizer que aproximadamente 7% da população brasileira não sabe nem ler, nem
escrever. Em matéria de educação, aliás, só ganhamos do Zimbábue (país africano com
cerca de 12 milhões de habitantes).
Se considerarmos o analfabetismo funcional, a situação é ainda pior! Esta taxa atinge o
equivalente a 20,3% da população. Ou seja, um em cada cinco brasileiros (de 15 anos ou
mais) é analfabeto funcional. Mas este cenário pode ficar ainda pior: nos últimos 15 anos, o
Brasil construiu mais presídio que escola. Isto mesmo, a informação, embora chocante e
indigesta, é verídica.
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Luiz Flávio Gomes verificou (a partir dos
dados do IPEA — Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que, no período
compreendido entre 1994 e 2009, obtivemos uma queda de 19,3% no número de escolas
públicas do país, já que, em 1994, havia 200.549 contra 161.783, em 2009. Em
contrapartida, no mesmo período, o número de presídios aumentou 253%. Isto porque, se
em 1994 eram 511 estabelecimentos, este número mais que triplicou em 2009, com um
total de 1.806 estabelecimentos prisionais.
Ora, quando nos deparamos com um país que nos últimos 15 anos investiu mais em
punição e prisão do que em educação (+ presídios – escolas), estamos diante de um país
doente! Uma inversão absoluta dos valores: exclusão social em detrimento da ―construção
cultural‖ do cidadão. Menos Estado social e mais Estado policial.
Um país que ocupa o 73º lugar no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
deve se dar conta que investir em educação é mais que um grande passo, é quase o todo.
A brilhante experiência da Coreia do Sul é um exemplo disso. Não por outro motivo que no
dia 24 de março de 2010, estudantes ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) protestaram pela utilização de 10%
do Produto Interno Bruto (PIB) para investimentos em educação, em frente ao Congresso
Nacional, em Brasília.

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Um país focado na formação dos cidadãos é um país necessariamente desenvolvido e,


consequentemente, com menos violência e menos punições. Demorou para o Brasil atacar
as causas e não as consequências. Não precisamos de uma evolução, mas sim de uma
Revolução na Educação Brasileira. Já dizia o sábio filósofo Pitágoras de Samos "Educai as
crianças e não será preciso punir os homens".
Dito isto, o que você prefere? Investir na educação ou construir mais presídios?

GOMES, Luiz Flávio. País que constrói mais prisões que escolas está doente. Coluna do
LFG. 07/04/2011. Disponível em:<http://www.conjur.-com.br/2011-abr-07/coluna-lfg-pais-
constroi-presidios-escolas-doente>. Acesso em: 20 ago. 2017. (Adaptado).

No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.‖ (7° parágrafo), o verbo
destacado tem o sentido de:
a) conselho.
b) permissão.
c) decreto.
d) dúvida.

32. Resposta: a

33. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

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Sobre a forma verbal "olha", que abre o primeiro quadrinho, analise as afirmativas.

I. É a terceira pessoa do singular do presente do indicativo, no contexto em que aparece.


II. É de um verbo da primeira conjugação.
III. Não indica, semanticamente, no contexto em que aparece, o simples ato de "olhar para
algo".
IV. Mostra que o paciente também é da área da radiologia, tanto que o médico pretende
confirmar o diagnóstico com ele.

Está correto o que se afirma em:


a) nenhuma das afirmativas
b) somente uma das afirmativas.
c) somente duas das afirmativas.
d) somente três das afirmativas.
e) todas as afirmativas.

33. Resposta: c

34. (Ano: 2017/Banca: CESPE)


Texto associado

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No que concerne aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB2A1AAA, julgue o
item seguinte.

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Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informações nele veiculadas, a forma
verbal ―seja‖ (l.7) poderia ser substituída por seria.
Certo
Errado

34. Resposta: errado

35.(Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale o item em que há erro de conjugação verbal em relação à norma culta da língua.
a) Era necessário que o governo impusesse medidas para baratear os produtos editoriais.
b) Seria desejável que a classe trabalhadora se entretivesse mais com a leitura de livros e
revistas.
c) Se o trabalhador dispor de adequadas bibliotecas, ter-se-á dado um importante passo
para o desenvolvimento cultural do país.
d) Era importante que se contradissesse, com as evidências disponíveis, a afirmação de
que o trabalhador rejeita a leitura.
e) Muitos ficarão satisfeitos quando nós propusermos a reformulação do projeto.

35. Resposta: c

36. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Marque a alternativa cuja flexão verbal esteja errada:
a) Faz mais de cinco anos que estou esperando.
b) Havia muitas pessoas estranhas na escola hoje.
c) Houve muitas perguntas impertinentes.
d) Há muitas formas de resolvermos essa questão.
e) Houveram vezes que pensei em desistir.

36. Resposta: e

37. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale a alternativa em que as formas verbais estão corretamente flexionadas.
a) Os candidatos à eleição proporam medidas de ação social, mas esqueceram-nas
b) Se o eleitor prevesse que seus candidatos seriam desonestos, o que faria?
c) De onde provêm as verbas aplicadas em ações sociais? Alguém as retém?
d) Procuro aquele funcionário competente. Quando o ver, avise-me, por favor.
e) Se a empresa prevesse que seus lucros seriam insuficientes, o que faria?

37. Resposta: c

38. (Ano: 2017/Banca: FAU) Texto associado


Texto 01:

O desvio ético do gerundismo


Há implicações éticas no vício de linguagem. O uso excessivo e desnecessário do
gerúndio é conhecido como endorreia, cuja forma popular é a construção ―vou estar +

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gerúndio‖, uma perífrase (locução formada por dois ou três verbos). A locução em si é
legítima, quando comunica a ideia de uma ação futura que ocorrerá no momento de outra
ou sequenciada. As sentenças ―vou estar dormindo na hora do jogo‖ ou ―vou estar vendo o
jogo quando você estiver assistindo à novela‖ são adequadas ao sistema da língua, assim
como em verbos que indiquem processo: ―amanhã vai estar chovendo‖ ou ato contínuo:
―vou estar trabalhando das 8h às 18h.‖
Aquilo que nos acostumamos a chamar de gerundismo se dá quando não queremos
comunicar essa ideia de eventos ou ações simultâneas, mas antes falar de ação pontual,
em que a duração não é preocupação dominante. ―Vou falar‖ narra algo que vai ocorrer a
partir de agora. ―Vou estar falando‖ se refere a um futuro em andamento.
É inadequado usar uma forma verbal com valor de outra – falar de ação isolada, que se
encerraria num só ato, como se fosse contínua. Quando respondemos ao telefone ―vou
estar passando o recado‖ fazemos o recado, que potencialmente tem tudo para ser dado,
não ter mais prazo de validade. O vício aqui isenta a pessoa de responsabilidade sobre o
que prometeu fazer. É antes de tudo um desvio ético.

(Revista Língua Portuguesa, ano 7, número 77. Março de 2012)

O uso excessivo e desnecessário do gerúndio é considerado vício de linguagem. Esse vício


prejudica a objetividade e a clareza da comunicação. Além de ser um problema ético,
segundo o texto. Para que haja adequação à norma padrão da língua é possível substituir
algumas formas de gerúndio por:
a) Verbos no futuro do subjuntivo.
b) Verbos no presente do indicativo.
c) Verbos no pretérito perfeito do indicativo.
d) Verbos no indicativo.
e) Verbos no pretérito imperfeito do indicativo.

38. Resposta: b

39. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
Texto 02:

O menino que me olha

(...) Não andamos muito elegantes, nestes tempos estranhos. Não andamos muito éticos,
nestes tempos loucos. Não que as coisas tenham sido muito melhores no tempo dos
gregos, quando na filosófica Atenas a mulher era pouco mais do que um animal sem alma,
era normal ter escravos e a guerra era o pão nosso. Ou na Idade Média, quando eu seria no
mínimo candidata à fogueira, não a da inveja, mas a concreta mesmo; nossos filhos teriam
morrido nas Cruzadas matando alguém no Oriente (nada de novo na face da Terra). (...)

Luft, Lya. O menino que me olha. Veja, São Paulo, Abril, 30 jun. 2004. Coluna Ponto de
Vista, p.20

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No fragmento ―Ou na Idade Média, quando eu seria no mínimo candidata à fogueira (...). O
verbo destacado está flexionado em qual tempo e modo?
a) Futuro do presente do indicativo.
b) Futuro do subjuntivo.
c) Pretérito perfeito do indicativo.
d) Futuro do pretérito do indicativo.
e) Presente do indicativo.

39. Resposta: d

40. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


―Uma equipe de pesquisadores descobriu na Namíbia fósseis de esponja, que podem ser a
primeira prova de vida animal na Terra, o que faz remontar em milhões de anos a data
estimada da aparição desta forma de vida.
Os fósseis estavam, em sua maioria, no Parque Nacional de Etosha e também em
outros pontos do país africano, em rochas de até 760 milhões de anos.
A descoberta é de uma equipe internacional de dez pesquisadores que publicaram seus
resultados no ―South African Journal of Science".
A comunidade científica considera que a vida animal teria surgido na Terra entre 600
milhões e 650 milhões de anos. (...)". Texto adaptado: ―Fóssil altera data de surgimento da
vida animal na terra‖. (www.folha.uol.com.br).

Em função da forma verbal ―teria surgido", é possível concluir que a informação da


descoberta é:
a) uma certeza dos estudiosos.
b) uma opinião dos descobridores.
c) uma possibilidade sugerida.
d) uma dúvida sobre a descoberta.
e) uma hipótese já comprovada.

40. Resposta: c

41. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
Texto 01:

O desvio ético do gerundismo

Há implicações éticas no vício de linguagem. O uso excessivo e desnecessário do


gerúndio é conhecido como endorreia, cuja forma popular é a construção ―vou estar +
gerúndio‖, uma perífrase (locução formada por dois ou três verbos). A locução em si é
legítima, quando comunica a ideia de uma ação futura que ocorrerá no momento de outra
ou sequenciada. As sentenças ―vou estar dormindo na hora do jogo‖ ou ―vou estar vendo o
jogo quando você estiver assistindo à novela‖ são adequadas ao sistema da língua, assim
como em verbos que indiquem processo: ―amanhã vai estar chovendo‖ ou ato contínuo:
―vou estar trabalhando das 8h às 18h.‖

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Aquilo que nos acostumamos a chamar de gerundismo se dá quando não queremos


comunicar essa ideia de eventos ou ações simultâneas, mas antes falar de ação pontual,
em que a duração não é preocupação dominante. ―Vou falar‖ narra algo que vai ocorrer a
partir de agora. ―Vou estar falando‖ se refere a um futuro em andamento.
É inadequado usar uma forma verbal com valor de outra – falar de ação isolada, que se
encerraria num só ato, como se fosse contínua. Quando respondemos ao telefone ―vou
estar passando o recado‖ fazemos o recado, que potencialmente tem tudo para ser dado,
não ter mais prazo de validade. O vício aqui isenta a pessoa de responsabilidade sobre o
que prometeu fazer. É antes de tudo um desvio ético.
(Revista Língua Portuguesa, ano 7, número 77. Março de 2012)

O uso excessivo e desnecessário do gerúndio é considerado vício de linguagem. Esse vício


prejudica a objetividade e a clareza da comunicação. Além de ser um problema ético,
segundo o texto. Para que haja adequação à norma padrão da língua é possível substituir
algumas formas de gerúndio por:
a) Verbos no futuro do subjuntivo.
b) Verbos no presente do indicativo.
c) Verbos no pretérito perfeito do indicativo.
d) Verbos no indicativo.
e) Verbos no pretérito imperfeito do indicativo.

41. Resposta: b

42. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
O lugar-comum

O lugar-comum, ou chavão, nos faculta falar e pensar sem esforço. Ninguém é levado a
sério com ideias originais, que desafiam nossa preguiça. Ouvem-se aqui e ali frases como
esta, dita ainda ontem por um político:
− Este país não fugirá de seu destino histórico!
O sucesso de tais tiradas é sempre infalível, embora os mais espertos possam
desconfiar que elas não querem dizer coisa alguma. Pois nada foge mesmo ao seu destino
histórico, seja um império que desaba ou uma barata esmagada.

(Adaptado de: QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1973, p. 52)

Há construção verbal na voz passiva e adequada articulação entre tempos e modos verbais
na frase:
a) Se queremos falar e pensar sem muito esforço, deveríamos ter-nos esforçado para
cultivar os lugares-comuns.
b) Frases como a indicada no texto são capazes de nos convencer de sua sabedoria, ainda
quando nada tivessem a dizer.
c) Ao localizar a força de um lugar-comum na fala de um político, o autor do texto mostraria
certa aversão a determinados discursos.

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d) Ainda que não tivessem qualquer profundidade, os chavões que ele diz acabariam por
encantar seus ingênuos ouvintes.
e) Se quisermos que a nossa preguiça não venha a ser desafiada por alguma expressão
original, recorramos à mesmice dos chavões.

42. Resposta: e

43. (Ano: 2017/Banca: RBO)


Texto associado
Cena de trem com moça e jovem de batina

De todas as comparações sobre o amor, feitas ao longo de 8.000 anos, a mais próxima
da essência do sentimento que, segundo Dante, "move o Sol e as outras estrelas", é a de
dois trens parados na mesma estação, mas com destinos diferentes.
Eu em muito criança, nem sabia o que podia ser o amor, li uma pequenina novela de
Turgueniev que caíra da estante de livros de meu pai. A capa era atraente: o rosto de uma
jovem na janela de um trem. Naquela época, eu era louco por trens, queria ser maquinista
da Central do Brasil. Fiquei olhando aquela capa, não por causa da moça, mas por causa
do trem.
Até que li a novela. Para a minha idade, não era grande coisa. Contudo, uma cena ficou
marcada dentro de mim, foi talvez a única que entendi realmente - e ela atravessou comigo
esses anos todos, nunca a esqueci. Pior: muitas vezes a revivi em causa própria. É talvez a
situação mais recorrente de uma vida que pode merecer tudo, menos a classificação de
novela.
Turgueniev conta a história de dois jovens que se enamoram. Um deles é casado. Por
isso ou aquilo se separam, nunca mais se veem. Passa o tempo e, um dia, o jovem está
num trem que para numa estação. Na plataforma ao lado, há outro trem parado. Após
alguns minutos, os dois trens começam a andar, lentamente, em sentido contrário.
De repente, o jovem vê, na janela do outro trem, a jovem que amou e que também olha
para ele. São breves, fugazes, os poucos segundos em que se olham, sem surpresa, sem
dor. Ele não sabe para onde vai o trem dela. A recíproca é verdadeira: ela também não
sabe para onde o jovem vai. Somente uma coisa é certa: eles se olharam e se
compreenderam. Eles se amaram e se amarão sempre. Não importa o destino de cada um.
O amor se realiza naquela troca de olhares, que poderá ser a última, nem por isso deixa de
ser a mais amargamente doce.
Tudo que poderia ter sido e não é - eis também uma definição do amor. Ele se realiza
de maneira integral nesses instantes fugidios em que as palavras não têm tempo de serem
ditas, nem precisam. E que tudo se resume numa conspiração de dois seres que se olham
e subitamente se entregam um ao outro de forma imaterial e breve - mas para sempre.
Como disse, eu era criança quando li a novela de Turgueniev, que se chama "Ássia" -
nome da principal personagem. Eu não amara ninguém, até então. Afinal, estava indo para
um seminário, já superara a ideia de ser maquinista da Central e queria ser sacerdote de
Deus.
Viver aquela situação seria impossível. Em matéria de amor, eu não teria futuro nem
passado - como os dois jovens da novela de Turgueniev, que ao menos tiveram um
passado.

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Contudo, ali pela altura dos 18 anos, fui passar férias em Rodeio, uma cidadezinha à
beira da estrada de ferro. Todas as manhãs ia à missa no alto de um pequeno morro,
tomava café com o vigário. Ele me pedia que descesse à estação para apanhar os jornais
que vinham do Rio.
Naquela manhã, quando cheguei à estação, havia um trem parado, esperando que o
sinal de acesso ao túnel 12 fosse aberto. Apanhei os jornais e caminhei pela plataforma
vazia. Chamava a atenção dos passageiros, que olhavam aquele rapaz de 18 anos, vestido
de batina, a faixa de seda azul na cintura, o passo firme e satisfeito de quem sabia o que
desejava na vida.
Súbito, numa janela do trem, lá estava a moça que me olhava. Devia ter a minha idade,
ou menos. Uma tabuleta do lado de fora do vagão indicava que ela estava indo para Juiz de
Fora.
Até hoje, tenho a certeza de que ela olhara antes. Talvez nunca tivesse visto um jovem,
da idade dela, de batina. Ainda mais de repente, na plataforma de uma estação perdida na
Serra do Mar. Quando senti que ela me olhava, parei de caminhar e enfrentei o seu olhar.
De início, parecia apenas espantada ao ver surgir um rapaz, jovem como ela, isolado do
mundo pela batina, pela faixa de seda azul que era um estigma da castidade em que vivia.
Quando notou que eu também a olhava, teve pena de mim. Pelo menos foi isso que
percebi. Olhei-a mais fundamente e ela compreendeu. Foi uma eternidade estraçalhada em
segundos: o trem começou a andar e ela foi se afastando. Afastou-se tanto que nunca mais
voltou.
Eu voltei. Segui destino diferente, levei os jornais para o vigário, fiquei ainda dois anos
com aquela batina, aquela faixa de seda azul, símbolo de uma castidade que eu não mais
amava.
Tomei muitos, infinitos trens pela vida afora, trens, aviões, navios. Volta e meia,
continuo vendo por aí um rosto que se detém na minha retina, trazendo-me aquela cena,
metade vivida na novela de Turgueniev, metade vivida na plataforma vazia de uma estação,
por um jovem que não se julgava com direito ao futuro e à memória.

(Carlos Heitor Cony, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq23079935.htm Acessado em


09/08/2017).

Assinale a alternativa em que as palavras destacadas possuem, respectivamente, o mesmo


tempo e modo verbal que as palavras em destaque no trecho abaixo.

Como disse, eu era criança quando li a novela de Turgueniev, que se chama "Ássia" - nome
da principal personagem. Eu não amara ninguém, até então.
a) Não houvera uma só pessoa que tenha se sentido à vontade ali.
b) Se eu comprasse as passagens para amanhã, não teria tempo de arrumar as malas.
c) É preciso imprimir todo material; só assim será possível a resolução dos exercícios.
d) Ele estava bem, e a prova é que arrumara tudo para receber a família.
e) Amaro imporá suas regras aos novos alunos, que se esforçarão para cumpri-las.

43. Resposta: d

44. (Ano: 2017/Banca: FAURGS)

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O segundo parágrafo do texto (I. 12-17) apresenta duas orações com verbo flexionado no
tempo futuro do pretérito do indicativo. Fez-se a escolha desse tempo e modo verbais
a) para exprimir uma suposição, uma hipótese em relação aos fatos analisados.
b) para designar ações posteriores à época dos eventos narrados no primeiro parágrafo.
c) para substituir formas do presente do indicativo.
d) com o objetivo de indicar uma afirmação condicionada e que, provavelmente, não se
realizará.
e) para exprimir certeza sobre os fatos descritos no parágrafo.

44. Resposta: a

45. (Ano: 2017/Banca: FAURGS)


Texto associado

274
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Em relação às formas verbais tem (I. 20) e mantém (I. 29), considere as seguintes
afirmações.
I - Ambas as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, modo, número e pessoa.
II - A forma verbal tem está sendo empregada no texto como verbo auxiliar, enquanto a
forma verbal mantém está sendo empregada como verbo pleno.
Ill- As formas verbais tem e mantém apresentam, no texto, comportamento idêntico quanto
à predicação.
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Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

45. Resposta: c

46. (Ano: 2017/Banca: NC-UFPR)


Assinale a alternativa em que os verbos estão corretamente flexionados.
a) Se for possível usar anticorpos que reconheceriam a proteína beta-amiloide, essa
estratégia iria não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
b) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.
c) Se for possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia ia não só melhorar os sintomas como preveniria a progressão da doença.
d) Se fosse possível usar anticorpos que reconhecessem a proteína beta-amiloide, essa
estratégia iria não só melhorar os sintomas como prevenir a progressão da doença.
e) Se for possível usar anticorpos que reconhecerão a proteína beta-amiloide, essa
estratégia irá não só melhorar os sintomas como prevenirá a progressão da doença.

46. Resposta: d

47. (Ano: 2017/Banca: MS CONCURSOS) Texto associado


Motivo (Cecília Meireles)
Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias
No vento.
Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço, - Não sei, não sei! Não sei se fico
Ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo: - Mais nada.

Qual é o tempo verbal e o modo em que estão todos os verbos do poema, com exceção de
―estarei‖?
a) Presente, subjuntivo.
b) Pretérito imperfeito, indicativo.
c) Pretérito mais-que-perfeito, indicativo.

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d) Presente, indicativo.

47. Resposta: d
48. (Ano: 2017/Banca: VUNESP)
Texto associado
A questão foi elaborada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir.

Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro

Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Grande


Transição do Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o leitor já se
perguntou, como imagino, que diabos está acontecendo com o mundo nos últimos anos e o
que pode vir daqui para a frente, a obra do especialista formula algumas respostas –
imaginativas, provisórias e diabolicamente complicadas.
Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambientais, uma
conexão que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite nos espíritos mais
serenos. Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas o sociólogo também tenta
investigar como a ascensão das redes sociais pode afetar a organização da sociedade do
futuro; como o conhecimento emergente (biotecnologia, nanotecnologia, inteligência
artificial) pode transformar a vida humana neste século; e o que a tradição filosófica
ocidental e as descobertas da biologia evolucionista têm a dizer sobre nossa natureza e
nosso futuro como espécie.
Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se justifica
pelo próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo ―a grande transição do século 21‖, um
ponto de virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renascimento do século 16 ou a
Revolução Industrial do século 18.
Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e em
crise permanente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas ainda estão
se encaminhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas substitutas passam por
um parto difícil. Resultado: sensação perpétua de caos e desalento, ainda que o momento
também esteja repleto de potencialidades positivas.
Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem solapado o
funcionamento das democracias. ―As leis de mercado são hoje um eufemismo que designa
a combinação entre controle oligopolista e hegemonia do capital financeiro‖, resume. Nesse
cenário, poucos decidem os destinos de bilhões.
Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do
ciberespaço para criar um modelo de participação política mais direto, evitando que a
democracia representativa se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como fazer isso
sem que as redes sociais se transformem numa reunião de condomínio improdutiva de
dimensões planetárias.

(Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27.05.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, corretamente, as lacunas do trecho.

277
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Se as ideias de Abranches ____________ a ser adotadas, talvez elas ___________ a


ordem estabelecida. E, se os governos ___________ o avanço das mudanças climáticas,
talvez haja esperanças para o futuro da humanidade.
a) vierem, subvertem, deterem
b) virem, subvertam, deterem
c) vierem, subvertam, detiverem
d) vierem, subvertam, deterem
e) virem, subvertem, detiverem

48. Resposta: c

49. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
Texto 1
Longe é um lugar que existe?

Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele disse: "Não entendo muito
bem o que você falou, mas o que menos entendo é o fato de estar indo a uma festa."
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de tão difícil de se
compreender nisso?
Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma Gaivota sobrevoando o mar, viajar é
sentir-se ainda mais pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de uma ave
mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, sobrevivendo apenas de alpiste da melhor
qualidade e água filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência existencial... fadado
ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou viver presos em suas próprias armadilhas...
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos ascendentes; que pássaro
quer ser; que lugares quer sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por mais
e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança genética de seus pais e que lhe
confere enorme envergadura? Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e
pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas esfarrapadas e vamos dona
Gaivota, espante a preguiça, bata as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois,
como é de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um lugar que não
existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas e mais léguas de distância com a mochila
nas costas, olhar no horizonte e os pés socados em terra firme.

Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não deve ser, não; pois as
Gaivotas sacodem a poeira das asas, limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem
o toc-toc lá.

Fonte:<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> . Acesso em: 21


Jun, 2017

Considerando o seguinte excerto ―Ora, não venha com desculpas esfarrapadas e vamos
dona Gaivota, espante a preguiça, bata as asas e saia do ninho!‖, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) Nem todos os verbos estão no imperativo afirmativo.

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b) Quem exerceria as ações propostas pelo verbo seria uma gaivota.


c) Os verbos são empregados com sentido de incentivo.
d) O excerto traz a ideia de explorar novos horizontes.
e) ―dona Gaivota‖ funciona como vocativo na frase.

49. Resposta: b

50. (Ano: 2017/Banca: UniRV - GO)


Leia o trecho abaixo e responda corretamente:

―A questão era conseguir o Engenho Vertente... e ele tinha os seus planos na cabeça. Via
as usinas de Pernambuco crescendo de capacidade...‖

Se substituirmos os verbos destacados pelo futuro do pretérito do indicativo, teremos:


a) fora, tivera, vira.
b) seria, teria, veria.
c) seria, teria, viria.
d) será, terá, verá.

50. Resposta: b

51. (Ano: 2017/Banca: UniRV - GO)


Leia atentamente o texto e responda a questão abaixo:

TEXTO - Yahoo tenta comprar AOL e barrar avanço do Google (O Estado de São Paulo, 30
out.2006)
―O Yahoo negocia com a Time Warner a compra do site America Online (AOL), segundo a
revista Fortune. A compra seria uma tentativa de chamar atenção dos investidores e tirar o
foco do Google. O Yahoo era líder em buscas na internet até a chegada do Google, que
detém o domínio desse mercado‖.

Em relação aos verbos destacados no texto, é possível afirmar que:


a) Todos estão no modo subjuntivo e, por isso, expressam os fatos como possibilidades.
b) Todos estão no modo indicativo, no entanto, seria expressa o fato como possibilidade.
c) Negocia e detém estão no modo indicativo, ao passo que seria e era estão no subjuntivo;
por isso, os primeiros expressam os fatos como verdades, enquanto os últimos os
expressam como possibilidades.
d) Negocia e detém estão no modo imperativo, ao passo que seria e era estão no modo
indicativo; por isso, os primeiros expressam os fatos como ordens, enquanto os últimos os
expressam como verdades.

51. Resposta: b

52. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFPI)


texto associado

279
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Quanto aos verbos empregados no texto, analise as afirmações e assinale a opção


CORRETA.
a) O verbo ir na sua forma "foi" (linha 02) encontra-se conjugado na terceira pessoa do
singular, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
b) O verbo responder na sua forma "respondia" (linha 13) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo pretérito imperfeito do modo indicativo.

280
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c) O verbo imaginar na sua forma "imagine" (linha 35) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo presente do modo imperativo.
d) O verbo sofrer na sua forma "sofrem" (linha 21) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo presente do modo indicativo.
e) O verbo passar na sua forma "passa" (linha 32) encontra-se conjugado na terceira
pessoa do singular, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.

52. Resposta: b

53. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFPI)


Texto associado
texto I

Quanto aos verbos utilizados no texto I, assinale a opção INCORRETA.


a) "Avisamos" (linha 01) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na primeira pessoa
do plural, no tempo presente do modo indicativo.
b) "Tornaríamos" (linha 11) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na primeira
pessoa do plural, no tempo futuro do pretérito do modo indicativo.
c) "Economizassem" (linha 14) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na terceira
pessoa do plural, no tempo presente do modo subjuntivo.

281
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d) "Mastigaram" (linha 19) é um verbo de primeira conjugação, conjugado na terceira


pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
e) "Fornecia" (linha 28) é um verbo de segunda conjugação, conjugado na terceira pessoa
do singular, no tempo pretérito imperfeito do modo indicativo.
53. Resposta: c

54. (Ano: 2017/Banca: CONSULPLAN) Texto associado


Liberdade e igualdade

O significado tradicional de liberdade – aquele a partir do qual se falava de uma


liberdade de culto, ou de pensamento, ou de reunião, ou de associação, em sentido geral e
específico, de uma liberdade pessoal – era aquele relacionado à faculdade de se fazer ou
não fazer determinadas coisas não impedido por normas vinculantes; era a liberdade
entendida como não impedimento, ou liberdade negativa. A esfera da liberdade coincidia
com a esfera dos comportamentos não regulados, e, portanto, lícitos ou indiferentes. [...]
A primeira ampliação do conceito de liberdade ocorreu com a passagem da teoria da
liberdade como não impedimento para a teoria da liberdade como autonomia, quando
―liberdade‖ passou a ser entendida não mais apenas como o não ser impedido por normas
externas, mas [...] como o obedecer a leis estabelecidas por nós para nós mesmos. Com o
conceito de autonomia, a liberdade não consiste mais na ausência de leis, mas sim na
presença de leis internamente desejadas e internamente estabelecidas. [...]
Também o conceito de igualdade é extremamente amplo e pode ser enriquecido por
diferentes conteúdos. Tal como ocorreu com a história do direito de liberdade, a história do
direito à igualdade também se desenvolveu por sucessivos enriquecimentos. Dizer que nas
relações humanas deve ser aplicado o princípio da igualdade significa muito pouco, se não
forem especificados ao menos dois aspectos: 1) igualdade em quê? 2) igualdade entre
quem? [...]
Com relação à primeira pergunta, ―igualdade em quê? ‖, a Declaração Universal (dos
Direitos Humanos) responde que os seres humanos são iguais ―em dignidade e direitos‖. A
expressão seria extremamente genérica se não devesse ser entendida no sentido de que os
―direitos‖ sobre os quais fala são precisamente os direitos fundamentais enunciados em
seguida. O que na prática significa que os direitos fundamentais enunciados na Declaração
devem constituir uma espécie de mínimo denominador comum das legislações de todos os
países. É como se disséssemos, em primeiro lugar, que os seres humanos são livres [...], e
posteriormente se acrescenta que são iguais no gozo dessa liberdade. [...]
Com relação à segunda pergunta, ―igualdade entre quem‖?, a Declaração responde
que, no que se refere aos direitos fundamentais, todos os seres humanos são iguais, ou
seja, responde afirmando uma igualdade entre todos, e não apenas entre os pertencentes a
esta ou àquela categoria. Isto significa que, em relação aos direitos fundamentais
enumerados na declaração, todos os seres humanos devem ser considerados pertencentes
à mesma categoria. Como tenhamos chegado ao reconhecimento de que os seres
humanos, todos os seres humanos, pertencem à mesma categoria em relação aos direitos
fundamentais cada vez mais amplos, não pode ser nem de longe resumido. Podemos dizer,
contudo, em linhas gerais, que esse ponto de chegada é a conclusão de um processo
histórico de sucessivas equiparações diferentes, ou seja, de sucessivas eliminações de
discriminações entre indivíduos, que fez desaparecer pouco a pouco categorias parciais

282
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discriminantes absorvendo-as em uma categoria geral unificadora. [...] A igualdade entre


todos os seres humanos em relação aos direitos fundamentais é o resultado de um
processo de gradual eliminação de discriminações, e, portanto, de unificação daquilo que ia
sendo reconhecido como idêntico: uma natureza comum do homem acima de qualquer
diferença de sexo, raça, religião, etc.

(BOBBIO, Norberto. Teoria geral da política: a filosofia política e as lições dos clássicos. Rio
de Janeiro: Campus, 2000. Adaptado.)

Assinale, a seguir, os segmentos que apresentam verbos conjugados nos mesmos tempo e
modo.
a) ―Tal como ocorreu com a história do direito de liberdade [...]‖ (3º§) / ―A expressão seria
extremamente genérica [...]‖ (4º§)
b) ―[...] a liberdade não consiste mais na ausência de leis, (2º§) [...]‖ / ―Também o conceito
de igualdade é extremamente amplo [...]‖ (3º§)
c) ―[...] a história do direito à igualdade também se desenvolveu por sucessivos
enriquecimentos.‖ (3º§) / ―[...] se não devesse ser entendida [...]‖ (4º§)
d) ―A primeira ampliação do conceito de liberdade ocorreu com a passagem da teoria da
liberdade [...]‖ (2º§) / ―[...] os seres humanos são iguais ‗em dignidade e direitos‘.‖ (4º§)

54. Resposta: b

55. (Ano: 2017/Banca: IDECAN) Texto associado


Sobre o ouvir

O ato de ouvir exige humildade de quem ouve. E a humildade está nisso: saber, não
com a cabeça mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que nós não
vemos. Mas isso, admitir que o outro vê coisas que nós não vemos, implica reconhecer que
somos meio cegos... Vemos pouco, vemos torto, vemos errado.
Bernardo Soares diz que aquilo que vemos é aquilo que somos. Assim, para sair do
círculo fechado de nós mesmos, em que só vemos nosso próprio rosto refletido nas coisas,
é preciso que nos coloquemos fora de nós mesmos. Não somos o umbigo do mundo. E isso
é muito difícil: reconhecer que não somos o umbigo do mundo!
Para se ouvir de verdade, isso é, para nos colocarmos dentro do mundo do outro, é
preciso colocar entre parêntesis, ainda que provisoriamente, as nossas opiniões. Minhas
opiniões! É claro que eu acredito que as minhas opiniões são a expressão da verdade. Se
eu não acreditasse na verdade daquilo que penso, trocaria meus pensamentos por outros.
E se falo é para fazer com que aquele que me ouve acredite em mim, troque os seus
pensamentos pelos meus. É norma de boa educação ficar em silêncio enquanto o outro
fala. Mas esse silêncio não é verdadeiro.
É apenas um tempo de espera: estou esperando que ele termine de falar para que eu,
então, diga a verdade. A prova disto está no seguinte: se levo a sério o que o outro está
dizendo, que é diferente do que penso, depois de terminada a sua fala eu ficaria em
silêncio, para ruminar aquilo que ele disse, que me é estranho.
Mas isso jamais acontece. A resposta vem sempre rápida e imediata. A resposta rápida
quer dizer: ―Não preciso ouvi-lo. Basta que eu me ouça a mim mesmo. Não vou perder

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Material Individual. NÃO É PERMITIDO COMPARTILHAMENTO E OUTRAS AÇÕES SEMELHANTES.
Elaborado para CPF: XXX.XXX.XXX-XX. FIQUE ATENTO AOS TERMOS DE ACORDO. BONS ESTUDOS
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tempo ruminando o que você disse. Aquilo que você disse não é o que eu diria, portanto
está errado...‖.

(ALVES, Rubem. Sobre o ouvir. Ostra feliz não faz pérola. São Paulo: Planeta do Brasil,
2008.)

As formas verbais ―acreditasse‖ e ―trocaria‖ em ―Se eu não acreditasse na verdade daquilo


que penso, trocaria meus pensamentos por outros. E se falo é para fazer com que aquele
que me ouve acredite em mim, troque os seus pensamentos pelos meus.‖ (3º§) mesmo
pertencendo a tempos e modos verbais diferentes,
a) pertencem cronologicamente ao passado, tendo seu uso favorecido no discurso
narrativo.
b) situam os fatos num intervalo de tempo do qual faz parte o próprio momento da
enunciação.
c) representam fatos como não concluídos e os situam num intervalo de tempo relativo a um
universo hipotético.
d) estão associados com o aspecto concluso do processo, visto como consumado no
momento da enunciação verbal.

55. Resposta: c

56. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Texto associado

Observe o modo por meio do qual o verbo pensar foi empregado na linha 11. Analisando
isoladamente o verbo mencionado, fora do contexto em que foi utilizado, é verdadeiro
afirmar que a conjugação "pensemos" pode ser resultante dos seguintes tempos verbais:
a) Pretérito mais que perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo.
b) Futuro do pretérito do indicativo e futuro do subjuntivo.
c) Infinitivo e futuro do presente do indicativo.
d) Presente do subjuntivo e imperativo afirmativo.

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e) Pretérito perfeito do indicativo e futuro do presente do indicativo.

56. Resposta: d

57. (Ano: 2017/Banca: VUNESP)


Texto associado
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e
divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem
juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro
que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu,
e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço,
com portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos
escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao
modelo de espaços tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,
desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar
doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação
contra esse tipo de organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de
tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita gente
concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as
coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.
É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas firmas
estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e
uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo
tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, ―Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.‖
Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)

Iniciando-se a frase – Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo...
(último parágrafo) – com o termo Talvez, indicando condição, a sequência que apresenta
correlação dos verbos destacados de acordo com a norma-padrão será:
a) reteríamos ... sentarmos
b) retínhamos ... sentássemos
c) reteremos ... sentávamos
d) retivemos ... sentaríamos
e) retivéssemos ... sentássemos

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57. Resposta: e

58. (Ano: 2017/Banca: Prime Concursos)


Assinale a alternativa em que o verbo está no pretérito perfeito do indicativo
a) Tu faliste
b) Tu dizes
c) Tu fazes
d) Tu freges

58. Resposta: a
59. (Ano: 2017/Banca: Prime Concursos)
Assinale a alternativa em que o verbo Crer está conjugado adequadamente no pretérito
perfeito do indicativo
a) Eu cri
b) Eu creei
c) Eu creu
d) Eu credo

59. Resposta: a

60. (Ano: 2017/Banca: FADESP)


texto associado

As formas verbais ―provará‖ e ―será‖, no enunciado ―A humildade generosa provará que foi
um deslize e jamais será um hábito. A humildade generosa tratará de contornar,
prontamente, o revés‖ (l. 17 e 18), expressam um(a)
a) futuro certo.

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b) probabilidade futura.
c) posterioridade a certo momento do futuro.
d) futuro certo, mas dependente de uma condição.

60. Resposta: a

61. (Ano: 2017/Banca: FADESP)


texto associado

No primeiro parágrafo do texto (l. 1 a 6), predominam verbos flexionados no modo indicativo
e no tempo
a) presente.
b) pretérito perfeito.
c) pretérito imperfeito.
d) pretérito mais-que-perfeito.

61. Resposta: c

62. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado

287
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Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

O DESAFIO DE ENSINAR COMPETÊNCIAS

Por: Júlio Furtado. Para: Revista Língua Portuguesa. Adaptado de:


http://linguaportuguesa.uol.com.br/o-desafio-de-ensinar-competencias/ Acesso em 28 abr
2017.

O discurso do ensino de habilidades e competências ganhou força a partir de 1998, com


a instituição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, que, a princípio, foi criado como
mecanismo indutor de mudanças metodológicas nesse segmento. Acreditava-se que a
existência de um exame que exigisse dos egressos competências e habilidades capazes de
resolver as situações-problemas por ele colocadas iria influenciar na mudança de postura
dos professores. Essa necessidade está pautada numa nova cultura que modifica as formas
de produção e apropriação dos saberes. Estamos vivendo uma era pragmática em que o
saber fazer e o saber agir são os ―carros-chefes‖ para o sucesso.
O saber idealista platônico perdeu lugar nesse mundo. O que importa não são as ideias,
as abstrações, mas os resultados, as concretudes, as ações. O mundo vem mudando num
ritmo acelerado e ―arrastando‖ consigo novos paradigmas que precisam ser colocados em
prática antes de serem refletidos, compreendidos e ―digeridos‖. O discurso do currículo por
habilidades e competências vem ganhando cada vez mais força porque se projetou na
escola uma missão social urgente: a de produzir profissionais mais competentes que sejam
cidadãos mais conscientes.
Essa missão exige que a escola seja pragmática e utilitarista, abandonando tudo que
não leve diretamente ao desenvolvimento de competências. Embora perigosa, essa
concepção vem se impondo nos processos de elaboração e planejamento curricular. Outra
razão pode ser encontrada nos tipos de exigências que o Mercado e o mundo em geral vêm
fazendo às pessoas. Buscam-se pessoas que saibam fazer e que tenham capacidade de
planejar e resolver problemas. Todas essas questões apresentaram à escola um aluno que
não se interessa por saberes sem sentido ou sem utilidade imediata.
Eis aqui outro perigo: render-se ao utilitarismo do aluno. [...] Tudo isso contribuiu para
que se acreditasse piamente que organizar o currículo escolar por habilidades e
competências forma um aluno mais preparado para enfrentar o mundo [...].
Outra questão fundamental que se coloca necessária é termos clareza sobre o conceito
de habilidade e de competência, conceitos muito utilizados e pouco refletidos. Os conceitos
de habilidade e de competência causam muita confusão e não são poucas as tentativas de
diferenciá-los. Podemos dizer, de forma simplista, que habilidades podem ser desenvolvidas
através de treinamento enquanto que competências exigem muito mais do que treinamento
em seu processo de desenvolvimento. Tomemos o exemplo de falar em público. É treinável,
embora requeira conhecimento, experiência e atitude, logo, é uma habilidade. Da mesma
forma, podemos classificar o ato de ler um texto, de resolver uma equação ou de andar de
bicicleta.

288
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[...] A escola que realmente quiser implantar um currículo estruturado por competências
precisará exorcizar alguns velhos hábitos que inviabilizam tal proposta. O primeiro deles é o
hábito de apresentar o conteúdo na sua forma mais sistematizada. Esse hábito é difícil de
ser exorcizado porque alunos e professores concordam e usufruem de benefícios trazidos
por ele. Ao apresentar o conteúdo de forma organizada e sistematizada, com o argumento
de que o aluno ―entende melhor‖, o professor está ―poupando‖ o aluno de encarar e resolver
situações-problemas. O aluno, por sua vez, recebe de muito bom grado o conteúdo
―mastigadinho‖ e atribui todo o trabalho de compreensão do conteúdo à habilidade de
―explicar‖ do professor. Não é raro ouvirmos de alunos que ele não aprendeu porque o
professor não explicou direito.

Assinale a alternativa em que flexão verbal esteja INCORRETA.


a) Terás mais benefícios se refizeres o plano.
b) Se ele se manifestar logo, eu também me manifestarei.
c) Eu manteria a calma, desde que todos também a mantessem.
d) Pagaremos o que devemos se reouvermos o que nos foi cobrado indevidamente.

62. Resposta: c

63. (Ano: 2017/Banca: VUNESP)


Texto associado
Considere as informações da capa da revista para responder à questão.

O emprego da conjunção ―se‖ e da forma verbal ―der‖ definem a informação apresentada


como uma
a) comparação.
b) hipótese.
c) oposição.
d) conclusão.

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e) causa.

63. Resposta: b

64. (Ano: 2017/Banca: VUNESP)


Texto associado
Leia o poema de Mario Quintana para responder à questão.
Outra estatística Leio que certa cidade,
E olhe que não das maiores, Tem quatro milhões de almas... Mas isso deve ser para
atenuar a situação.
O que a cidade tem, no duro, São quatro milhões de bocas!

(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho)

No poema, o eu lírico estabelece uma interlocução direta com o leitor, quando emprega o
verbo no imperativo em:
a) E olhe que não das maiores,
b) Mas isso deve ser para atenuar a situação.
c) Tem quatro milhões de almas...
d) Leio que certa cidade,
e) São quatro milhões de bocas!

64. Resposta: a

65. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

290
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Julgue o item a respeito dos sentidos do texto e de seus aspectos linguísticos.

A substituição da forma verbal ―surgem‖ (linha 9) por surjam manteria tanto a correção
gramatical quanto a coerência do texto.
Certo
Errado

65. Resposta: errado

66. (Ano: 2017/Banca: IMA)


texto associado

291
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Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal simples ―armou― (L.13) e a


composta em
a) tivesse armado
b) tinha armado
c) tem armado
d) teria armado

66. Resposta: c

67. (Ano: 2017Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos)


Texto associado
Risco pediátrico

292
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O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu acesso ao resultado de centenas de


fiscalizações realizadas pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) ao longo de 2015.
Em meio ao calhamaço de informações, um ponto se destaca: o descaso para com a
infraestrutura da rede pública de atenção primária.
É justamente nas 41 mil unidades básicas de saúde (UBS) espalhadas pelo país que os
pacientes deveriam ter acesso às ações de promoção da saúde, de prevenção de doenças
e de cuidados.
Plenamente eficientes, ajudariam a reduzir a incidência de doenças e a controlar os
problemas crônicos, com menos sequelas e mortes, esvaziando hospitais e, o que mais
gostam de ouvir os gestores, diminuindo custos. Contudo, os dados mostram uma rede à
margem de suas possibilidades. [...]
Das 1.266 UBS vistoriadas pelos CRMs em 2015, um total de 739 (58%) apresentava mais
de 30 itens em desconformidade com o estabelecido pelas normas legais em vigor. Sob a
responsabilidade dos atuais gestores, deixaram de cumprir exigências criadas pelo próprio
Ministério da Saúde.
O descaso transparece em contextos incompatíveis com a dignidade humana e a
responsabilidade técnica. Em 41% das unidades, não havia um negatoscópio (aparelho
para avaliar uma radiografia) e a falta de estetoscópio foi registrada em 23% das
fiscalizações.
A precariedade das instalações em locais onde a limpeza é fundamental também foi
percebida. Em 3% das UBS visitadas não havia sanitários para os funcionários; em 8%
faltavam pias ou lavabos; sabonete líquido e papel toalha eram itens faltantes em 16% das
unidades.
A pediatria é uma das especialidades que mais sofrem com essa situação, que beira o
surreal. No Brasil, há 35 mil especialistas na área. Pouco mais de 70% deles atuam na rede
pública, principalmente nessa rede que carece de quase tudo. Mesmo assim, num contexto
completamente adverso, eles têm se desdobrado para oferecer às crianças e adolescentes
o mínimo do que precisam.
Por isso, cuidam da saúde de 50 milhões de brasileiros, com idades de 0 a 18 anos, que
dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a consultas
médicas, exames, internações e cirurgias. No entanto, no cenário atual, profissionais e
pacientes enfrentam situações-limite, que causam desespero nas famílias e impõem
dilemas éticos aos médicos, cerceados por fatores que fogem ao seu controle.
Em nome da saúde e do bem-estar dos jovens brasileiros, essa realidade deve ser
transformada com urgência. Nesse contexto, a assistência pediátrica de qualidade tem de
ser vista como prioridade, pois se ocupa fundamentalmente daqueles que, mais que todos,
precisam de uma sociedade que respeite a cidadania.
SILVA, Luciana Rodrigues; FERREIRA, Sidnei. Risco pediátrico. CFM.
Disponível em: <http://migre.me/wf9Wn>. Acesso em: 15 mar. 2017 (Fragmento
adaptado).

Releia o trecho a seguir.

―Por isso, cuidam da saúde de 50 milhões de brasileiros, com idades de 0 a 18 anos, que
dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para ter acesso a consultas

293
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médicas, exames, internações e cirurgias. No entanto, no cenário atual, profissionais e


pacientes enfrentam situações-limite, que causam desespero nas famílias e impõem
dilemas éticos aos médicos, cerceados por fatores que fogem ao seu controle.‖

Em relação aos verbos destacados, analise as afirmativas a seguir.


I. Estão flexionados no mesmo tempo verbal.
II. Estão flexionados na mesma pessoa do discurso.
III. Estão flexionados no mesmo modo.

De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, estão corretas as afirmativas:


a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

67. Resposta: d

68. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

294
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Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.

A substituição da forma verbal ―deixaria‖ (linha 19) por deixará não só manteria a correção
gramatical do período como garantiria maior valor de verdade à proposição.
Certo
295
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Errado
68. Resposta: certo

69. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

No que diz respeito ao texto, julgue o item.

O emprego da forma verbal ―morram‖ (linha 1), no modo subjuntivo, justifica-se pela ideia de
estimativa expressa no período, ou seja, de cálculo apenas aproximado do número de
pessoas que morrem anualmente de causas relacionadas a desastres naturais.
Certo
Errado

69. Resposta: certo

70. (Ano: 2017/Banca: MPE-GO)


Assinale a alternativa em que o verbo destacado apresenta conjugação INCORRETA:
a) É possível que ele perca o emprego
b) Espero que ele requeira o pedido cabível
c) Quando eu ver com meus próprios olhos, poderei acreditar
d) Só vamos nos preocupar se ele interpuser o recurso

296
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e) Eu receio que ele irá se atrasar

70. Resposta: c

71. (Ano: 2017/Banca: UFMT)


Fala proferida por comentarista esportivo em programa de TV: Se o jogador XXX manter
seu jogo, o time vai fazer um bom campeonato. Passando essa fala para a escrita padrão,
fica:
a) Se o jogador XXX mantiver seu jogo, o time faz um bom campeonato.
b) Se o jogador XXX mantiver seu jogo, o time fará um bom campeonato.
c) Se o jogador XXX manter seu jogo, o time fará um bom campeonato.
d) Se o jogador XXX manter seu jogo, o time faz um bom campeonato.

71. Resposta: b

72. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

297
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Assinale a alternativa correta a respeito de aspectos linguísticos do texto.


a) O emprego da forma verbal Deva-se, em vez de ―Deve-se‖ (linha 26), embora atribuísse
sentido hipotético à oração, preservaria a correção gramatical e a coerência do texto.
b) O emprego do acento grave, indicativo de crase, em ―à revelia de‖ (linha 32) deve-se à
presença de preposição exigida pela regência da forma verbal ―exercida‖ e ao artigo
definindo o nome ―revelia‖.
c) O sujeito da oração expressa pela forma verbal ―promovam‖ (linha 34) classifica-se como
indeterminado.
d) A oração ―que visam apenas ao lucro fácil e rápido‖ (linhas 38 e 39) está entre vírgulas
porque tem valor explicativo.
e) O adjetivo ―inafastável‖ (linha 44) significa aquilo que deve ser afastado.

72. Resposta: d

73. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Ciência e religião

A prestigiosa revista semanal norte-americana Newsweek publicou um surpreendente


artigo intitulado ―A ciência encontra Deus‖. Esse foi o artigo de capa, a qual mostrava o vitral
de uma igreja com anjos substituídos por cientistas em seus jalecos brancos e cruzes
substituídas por telescópios e microscópios. Planetas, estrelas e galáxias adornam essa

299
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imagem central, que é finalmente emoldurada pela estrutura helicoidal de uma molécula de
DNA. O artigo sugere que a ciência moderna precisa de Deus.
Não existe nenhum conflito em uma justificativa religiosa ou espiritual para o trabalho
científico, contanto que o produto desse trabalho satisfaça às regras impostas pela
comunidade científica. A inspiração para se fazer ciência é completamente subjetiva e varia
de cientista para cientista. Mas o produto de suas pesquisas tem um valor universal, fato
que separa claramente a ciência da religião.
Quando tantas pessoas estão se afastando das religiões tradicionais em busca de
outras respostas para seus dilemas, é extremamente perigoso equacionar o cientista com o
sacerdote da sociedade moderna. A ciência oferece-nos a luz para muitas trevas sem a
necessidade da fé. Para alguns, isso já é o bastante. Para outros, só a fé pode iluminar
certas trevas. O importante é que cada indivíduo possa fazer uma escolha informada do
caminho que deve seguir, seja através da ciência, da religião ou de uma visão espiritual do
mundo na qual a religião e a ciência preenchem aspectos complementares de nossa
existência.

(GLEISER, Marcelo. Retratos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-47)

Quanto à concordância verbal e à adequada correlação entre tempos e modos dos verbos,
está plenamente correta a frase:
a) Não é comum que venham a se estampar numa revista científica quaisquer alusões ao
plano religioso ou espiritual, de vez que a fé ou a vida mística não devem afetar um método
de pesquisa.
b) Seria importante, para os cientistas que são também religiosos, que os valores da fé não
interfiram na prática científica, para a qual em nada pudesse contribuir.
c) É de se lamentar, na opinião do autor do texto, que os dilemas humanos não viessem a
ser resolvidos pelas religiões tradicionais, mas pior será se se pretenderem resolvê-los à luz
da ciência.
d) Caso a ciência não traga alguma luz para o conhecimento humano, não teria como
competir com o conforto que a muitos beneficiam por conta da fé e da confiança numa
ordem divina.
e) Se fosse natural harmonizar a prática científica com a fé religiosa, o autor do texto não
terá insistido em reconhecer que sempre haveriam incompatibilidades entre os meios de
que se vale uma e outra.

73. Resposta: a

74. (Ano: 2017/Banca: FAU)


Texto associado
Entrevista

Ciência

Domênico de Masi ―A desorientação é o maior mal do nosso tempo‖


Celso Masson Edição 24.03.2017 - nº 2467

300
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Professor de sociologia na Universidade La Sapienza, em Roma, o italiano Domenico de


Masi, 79 anos, ficou conhecido pelo conceito de ―ócio criativo‖, em que trabalho,
aprendizado e prazer se combinam para gerar desenvolvimento econômico com justiça
social.
Seu mais recente livro, ―Alfabeto da Sociedade Desorientada‖ (Objetiva), que chega ao
Brasil esta semana, procura traduzir o que ele chama de ―rota da aventura humana pós-
industrial‖: um caminho que a humanidade vem percorrendo sem uma referência
sociológica que substitua as ideologias e crenças tradicionais que serviram como
reguladoras das relações sociais.
Nesta entrevista a ISTOÉ, ele afirma que a sociedade se tornou incapaz de distinguir ―o
que é belo e o que é feio, o que é verdadeiro e o que é falso, o que é bom e o que é ruim, o
que é direita e o que é esquerda e até o que é vivo e o que é morto‖. Diz ainda que a
inteligência artificial poderá resolver problemas incompreendidos pelo ser humano [...].
Para que serve o ―Alfabeto da sociedade desorientada‖?
Talvez o mundo em que vivemos hoje não seja o melhor dos mundos possíveis, mas,
com certeza, é o melhor dos mundos que já existiram. A sociedade atual atingiu uma
longevidade acentuada, um número altíssimo de países democráticos, uma ampla
globalização e uma tecnologia extremamente útil no que diz respeito às necessidades
humanas. Contudo, por uma série de motivos que analisei em meu livro anterior, ―O futuro
chegou‖ (Casa da Palavra), falta à sociedade atual um modelo sociológico como referência.
Por isso, ela é incapaz de distinguir o que é belo e o que é feio, o que é verdadeiro e o que
é falso, o que é bom e o que é ruim, o que é direita e o que é esquerda e até o que é vivo e
o que é morto. Eu vou dedicar essa parte final da minha vida e dos meus estudos a tentar
entender qual é a meta e qual é a rota dessa aventura humana pós-industrial. Daí a
necessidade de explorar, com uma série de ―acupunturas sociológicas‖, alguns aspectos
significativos da nossa sociedade. Neste livro exploro vinte e seis.
A desorientação é um mal do nosso tempo?
É o maior mal do nosso tempo porque torna impossível o que é necessário e nos
impede de fazer escolhas precisas em um mundo que nos obriga a escolher com
determinação. Quando nos encontramos na frente de algo que é necessário, mas
impossível, estamos na presença do trágico. Como dizia Sêneca: ―Nenhum vento é a favor
do marinheiro que não sabe onde querer ir‖.

Adaptação de http://istoe.com.br/desorientacao-e-o-maior-mal-nosso-tempo/, acesso em 28


de mar. de 2017.

Todos os verbos sublinhados estão no presente do indicativo em:


a) ―Talvez o mundo em que vivemos hoje não seja o melhor dos mundos possíveis, mas,
com certeza, é o melhor dos mundos que já existiram‖.
b) ―Nesta entrevista a ISTOÉ, ele afirma que a sociedade se tornou incapaz de distinguir ―o
que é belo e o que é feio [...]‖.
c) ―Professor de sociologia na Universidade La Sapienza, em Roma, o italiano Domenico de
Masi, 79 anos, ficou conhecido pelo conceito de ―ócio criativo em que trabalho, aprendizado
e prazer se combinam para gerar desenvolvimento econômico com justiça social. [...]‖.

301
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d) ―Quando nos encontramos na frente de algo que é necessário, mas impossível, estamos
na presença do trágico. Como dizia Sêneca [...]‖.
e) ―É o maior mal do nosso tempo porque torna impossível o que é necessário e nos impede
de fazer escolhas precisas [...]‖.

74. Resposta: e
75. (Ano: 2017/Banca: IESES) Texto associado
A ―LÍNGUA‖ DO PENSAMENTO
Publicado em Língua Portuguesa, ano 7, n.º 75, janeiro de 2012. Adaptado de:
http://www.aldobizzocchi.com.br/divulgacao.asp. Acesso em: 28 mar 2017.
Por mais distintas que as línguas sejam, praticamente tudo que pode ser dito em uma
língua pode ser dito nas demais. Certas palavras não encontram equivalentes exatos em
outros idiomas, as estruturas sintáticas são muito diferentes, mas o sentido geral das frases
tende a permanecer o mesmo. Tanto que, salvo em traduções de poesia, em que a
expressão é tão importante quanto o conteúdo, o que se traduz num texto é o seu sentido
geral e não o significado termo a termo, a chamada tradução literal, que muitas vezes
conduz a enunciados sem sentido.
Essa possibilidade quase irrestrita de tradução é possível porque o ―sentido geral‖ a que
estou me referindo é algo que transcende a língua. Trata-se de uma representação mental
que fazemos da realidade e que prescinde de palavras. Mas tampouco se dá por imagens
ou outros símbolos dotados de um significante material. Tanto que cegos de nascença,
surdos-mudos e indivíduos privados da linguagem por alguma patologia são perfeitamente
capazes de pensar e compreender a realidade.
Também comprovam a existência dessa representação mental puramente abstrata,
situações como quando não recordamos uma palavra, mas mesmo assim sabemos o que
queremos dizer, ou quando alguém diz algo e, tempos depois, lembramos o que foi dito
mesmo tendo esquecido as palavras exatas. A ideia de que pensamos independentemente
da língua que falamos e mesmo de outros sistemas simbólicos (sons, gestos, desenhos,
esquemas) é bem antiga e tem inquietado muitos pensadores e cientistas ao longo do
tempo.
[...] Fazendo uma analogia, fatos do mundo real são interações entre objetos formados de
átomos ou de partículas ainda menores. Se o pensamento é a representação mental da
realidade exterior, então a mente seria povoada por ―objetos‖ (conceitos) compostos de
partículas mínimas hierarquicamente organizadas, os quais interagem por meio de relações
lógicas e abstratas. Isso explicaria por que substância, qualidade e ação são categorias
universais e por que classes como substantivo, adjetivo e verbo existem em todas as
línguas – ainda que, no plano da superfície discursiva, possam estar mascaradas em
algumas delas.
Paralelamente, os estudos de Noam Chomsky sobre a aquisição da linguagem e a
competência linguística demonstraram que, por mais pobres que sejam os estímulos vindos
do meio, toda criança aprende a falar muito cedo e é capaz de formular corretamente frases
que jamais ouviu antes.
[...] Chomsky postula que a aptidão linguística é inata e se dá por meio de módulos
cerebrais. É como se o cérebro fosse o hardware no qual já viesse de fábrica um sistema
operacional capaz de processar qualquer software linguístico (isto é, qualquer língua). A
esse sistema pré-instalado Chomsky chamou de Gramática Universal (GU). Assim, se o

302
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cérebro é como um computador, a GU é a plataforma (como o Windows, por exemplo) na


qual roda o ―software‖ linguístico instalado (no nosso caso, algo como o programa
―português.exe‖). A fala é então o produto do processamento desse programa, como o
papel que sai da impressora.
Mas, se não pensamos só com palavras, a GU, sendo uma plataforma de processamento
linguístico, provavelmente ainda não é o sistema de base do pensamento: deve haver um
sistema ainda mais básico, que permite ―rodar‖ não só línguas mas todos os demais
códigos simbólicos já inventados ou por inventar.
[...] Eu mesmo venho realizando pesquisas sobre o assunto, algumas já publicadas. É
importante dizer que todas as teorias, apesar das diferenças, são tributárias de um mesmo
princípio, já intuído pelos gregos na Antiguidade. Como diria Mário Quintana, não há nada
que possamos pensar que algum grego já não tenha pensado.
Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, pós-doutor pela UERJ, pesquisador do
Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de
Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena).
Releia: ―mesmo assim sabemos o que queremos dizer‖. O verbo ―querer‖ pode assumir
diferentes formas de acordo com o tempo em que estiver conjugado.
Assinale a única alternativa em que esse verbo tenha sido corretamente conjugado e
escrito.
a) A secretária quereria sair mais cedo.
b) Seria melhor que ele queresse colaborar.
c) Se você quizesse melhorar, poderia.
d) O professor quiz saber as razões do atraso.

75. Resposta: a

76. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Releia: ―mesmo assim sabemos o que queremos dizer‖. O verbo ―querer‖ pode assumir
diferentes formas de acordo com o tempo em que estiver conjugado. Assinale a única
alternativa em que esse verbo tenha sido corretamente conjugado e escrito.
a) O professor quiz saber as razões do atraso.
b) Seria melhor que ele queresse colaborar.
c) Se você quizesse melhorar, poderia.
d) A secretária quereria sair mais cedo.

76. Resposta: d

77. (Ano: 2017/Banca: COSEAC)


Texto associado
Texto

A IMAGEM NO ESPELHO

Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver.
Justificava-se:

303
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– Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer
muita coisa e mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão mais fiéis e terão a graça
das coisas verdes.
O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele se
esforçasse por viver o contado, não recuando nem diante de coisas desabonadoras. Mas os
fatos nem sempre correspondiam ao texto e, para ser franco, direi que muitas vezes o
contradiziam.
Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as
contrariava. Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou imaginara)
devesse ser a sua vida. Ele não tinha fantasiado coisa alguma. Pusera no papel o que lhe
parecia próprio de acontecer. Se não tinha acontecido, era certamente traição da vida, não
dele.
Em paz com a consciência, ignorou a versão do real, oposta ao real prefigurado. Seu
livro foi adotado nos colégios, e todos reconheceram que aquele era o único livro de
memórias totalmente verdadeiro. Os espelhos não mentem.
(ANDRADE, C. D. de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1981,
p. 23.)

No trecho ―Ele não tinha fantasiado coisa alguma‖, a locução verbal sublinhada está no
pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo. O verbo sublinhado encontra-se nesse
mesmo tempo e modo no fragmento:
a) ―Os espelhos não mentem‖
b) ―Aos vinte anos, escreveu suas memórias‖.
c) ―Em paz com a consciência, ignorou a versão do real‖.
d) ―e todos reconheceram que aquele era o único livro de memórias‖.
e) ―Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera‖.

77. Resposta: e

78. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Muito antes de nos ensinarem e de aprendermos as regras de bom comportamento
socialmente construídas e promovidas, e de sermos exortados a seguir certos padrões e
nos abster de seguir outros, já estamos numa situação de escolha moral. Somos, por assim

dizer, inevitavelmente − existencialmente −, seres morais: somos confrontados com o


desafio do outro, o desafio da responsabilidade pelo outro, uma condição do ser-para.
Afirmar que a condição humana é moral antes de significar ou poder significar qualquer
outra coisa representa que, muito antes de alguma autoridade nos dizer o que é ―bem‖ e
―mal‖ (e por vezes o que não é uma coisa nem outra), deparamo-nos com a escolha entre
―bem‖ e ―mal‖. E a enfrentamos desde o primeiro momento do encontro com o outro. Isso,
por sua vez, significa que, quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como
problemas morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.
Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma condição de
escolha moral não promete uma vida alegre e despreocupada. Pelo contrário, torna nossa
304
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condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha entre bem e mal significa encontrar-se
em situação de ambivalência. Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor,
estivesse a ambiguidade de escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um
definido de forma clara e inequívoca; limitada em particular à escolha entre atuar baseado
na responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação – de novo com uma ideia bastante
clara do que envolve ―atuar baseado na responsabilidade‖.
(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad.
Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar, 2011, p. 11-12)
Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de
escolha limitada à preferência direta por bem ou mal... (3º parágrafo)
Ao reescrever-se o trecho acima com o verbo poder flexionado no futuro do presente do
indicativo, a forma verbal ―estivesse‖ deverá ser substituída, conforme a norma-padrão da
língua, por
a) estar.
b) estará.
c) estiver.
d) está.
e) esteja.

78. Resposta: e

79. (Ano: 2017/Banca: FCC)


Texto associado
Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar se uma transação é
fraudulenta ou verdadeira
Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos têm dificuldades de controlar as
fraudes financeiras on-line no atual cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um
terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar se uma
transação é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições
renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do número de
transações on-line, e 50% das organizações de serviços financeiros pesquisadas acreditam
que há um crescimento das fraudes financeiras eletrônicas. Esse avanço, juntamente com o
crescimento massivo dos pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços
tecnológicos e às mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos últimos anos,
muitas delas a melhorar a eficiência de seus processos de negócios.
De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no campo de
pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que, segundo as estatísticas, não
são confiáveis contra fraude e apresentam uma grande porcentagem de falsos positivos. O
uso incorreto dos sistemas de segurança também pode acarretar o bloqueio de transações.
Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes e, em
última instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições financeiras
precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus sistemas a fim de fornecer o
melhor atendimento possível ao cliente.

305
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(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em: http://computerworld.com.br/quase-


40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-diferenciar-um-ataque-de-atividades-normais-de-
clientes)
No texto, as formas verbais flexionadas no presente do indicativo ―têm‖ (1o parágrafo),
―acompanha‖ (2o parágrafo) e ―apresentam‖ (3o parágrafo) indicam eventos que
a) já aconteceram e certamente não acontecerão mais.
b) ocorrem em condições hipotéticas.
c) se repetem com os passar dos dias.
d) não se repetirão num futuro próximo.
e) raramente aconteceram ou acontecem.

79. Resposta: c

80. (Ano: 2017/Banca: COMPERVE) Texto associado


O convívio e o amor nos moldam as feições. Havia uma aura [1] em torno de suas cabeças
que [2] bem logo percebi. Suas mãos vinham grudadas e os corpos unidos. Ambos
navegavam [3] com o nariz levemente erguido, pois quem ama sempre se sente um pouco
rei.
A flexão verbal de navegavam repete-se em
a) contornaram (8º parágrafo).
b) poderiam (3º parágrafo).
c) enganaram (2º parágrafo).
d) pareciam (7º parágrafo).

80. Resposta: d

81. (Ano: 2017/Banca: COPESE - UFJF) Texto associado


Texto 1
Desobediência Civil
Aldo Bizzocchi
Deveríamos nos rebelar contra injustiças linguísticas e arbitrariedades gramaticais?Se sim,
como diferenciar os desobedientes dos ignorantes?
Nem tudo o que é legal é justo (segundo Gandhi, uma lei injusta é uma forma de violência).
O líder indiano foi o maior expoente da desobediência civil, filosofia política formulada pelo
americano Henry David Thoreau. A ideia básica dessa filosofia é a de que é justo
desobedecer a leis ou a governos injustos.
Mas leis injustas (supondo que haja um critério objetivo de justiça) nem sempre são criadas
por razões deliberadas; as mais das vezes, o legislador não se dá conta de todas as
implicações de sua lei. Exemplo disso é a legislação tributária brasileira, que faz os pobres
pagarem relativamente mais em impostos do que os ricos.
A língua também é governada por leis. A ortografia, por sinal, é objeto de regulamentação
federal. Já a gramática, embora não tenha força de lei, é um conjunto de normas que
exercem pressão tão coercitiva sobre os falantes, especialmente em situações formais,
quanto as de uma legislação. E ortógrafos e gramáticos também erram, portanto também
criam leis injustas – se não contra os falantes, pelo menos contra a língua.

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É o caso daquela grafia que, embora oficial, não tem fundamento nem etimológico nem
fonológico e mais cria dificuldades do que facilita a vida das pessoas. É o caso também da
regra sintática obsoleta que ainda é exigida em concursos, e da concordância ou regência
que atentam contra a lógica e a natureza da língua, mas são tidas como canônicas pela
gramática normativa. O que fazer com elas? A desobediência civil cabe nesses casos?
Imposição
A regulamentação do idioma, embora não tenha efeito jurídico, sobretudo porque não prevê
sanções cíveis ou penais a quem a transgride (exceto a reprovação em concursos), acaba
sendo mais tirânica que a legislação propriamente dita. Afinal, não é possível enviar ao
Congresso um projeto de lei de iniciativa popular para mudar regras de gramática. Logo,
discordar dessas regras e, mais, desobedecê-las (ou desobedecer a elas, como exigem os
gramáticos) constitui, na prática, um ato de desobediência civil.
Mas será que toda desobediência é justificável? De um lado, podemos ter abusos
motivados por razões ideológicas, algo como ―Si hay gobierno en esta tierra, yo soy contra‖
(―Se há governo nessa terra, sou contra‖). Afinal, para os radicais, toda lei é uma forma de
opressão (alguns, se pudessem, desacatariam até a lei da gravidade!). De outro lado, como
distinguir entre desobediência e ignorância? Em tese, qualquer um que não saiba se
expressar de acordo com a gramática pode alegar que o faz deliberadamente. Então será
que todo desvio é justificável?
Rebeldia tímida
Curiosamente, os atos de desobediência deliberada em relação à língua têm um caráter
muito mais conservador do que na política. E afetam mais a ortografia do que a gramática.
Toda vez que ocorre uma reforma ortográfica, não são raras as vozes a se levantarem
contra ela, em defesa do sistema antigo. Fernando Pessoa, por exemplo, pregava a
desobediência civil à reforma de 1911. E, ainda hoje, muitos portugueses resistem ao novo
acordo ortográfico.
Já os ―progressistas‖ da língua se limitam a criticar a timidez das reformas, mas não ousam
desafiá-las, abolindo por conta própria o h mudo ou coisas do gênero. E olhe que não faltam
normas ruins e malfeitas em matéria de ortografia. (...)
Discórdias
E casos como o de ―adequa‖ (ou ―adéqua‖, ou ―adeqúa‖?), que não tem uma grafia oficial (o
dicionário Houaiss é um caso isolado) porque para os gramáticos essa palavra
simplesmente não existe? E o hífen, pomo central da discórdia ortográfica da nossa língua,
cujas normas de uso são tão herméticas quanto ilógicas? (Se antes não havia qualquer
sentido na grafia ―cartão-postal‖, agora temos de conviver também com ―conta-corrente‖).
Com respeito à gramática (ou com desrespeito, se quisermos fazer um trocadilho de mau
gosto), pululam os casos de regras incoerentes, que o falante, em sua ingenuidade, acaba
―corrigindo‖, muitas vezes sem ter consciência de que é um transgressor contumaz.
BIZZOCCHI, Aldo. Desobediência Civil. Revista Língua Portuguesa.
Editora Segmento. Ano 8, n.º 85, novembro de 2012. (adaptado)
Releia o seguinte enunciado:
―Alguns, se pudessem, desacatariam até a lei da gravidade!‖
Assinale a afirmativa INCORRETA:
a) A forma ―desacatariam‖ relaciona-se a ―pudessem‖ para expressar fato irreal ou
hipotético no passado.
b) O enunciado combina pretérito imperfeito do subjuntivo a futuro do pretérito.

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c) Uma combinação aceita pela norma culta escrita é ―Alguns, se puderem, desacatarão até
a lei da gravidade!‖.
d) Outra combinação aceita pela norma culta escrita é ―Alguns, se pudessem, desacatavam
até a gravidade!‖.
e) Outra combinação aceita pela norma é ―Alguns, se podem, desacatam até a lei da
gravidade!‖.

81. Resposta: d

82. (Ano: 2017/Banca: FGV)


A forma verbal abaixo corretamente conjugada é:
a) Todos se entreteram com os novos jogos;
b) Os turistas reouveram seus pertences;
c) O repórter interviu na discussão;
d) Quando o ver de novo, dar-lhe-ei o recado;
e) Ele se manteu no cargo até o último momento.

82. Resposta: b
83. (Ano: 2017/Banca: IBFC)
Texto associado
Texto
O retrato (Ivan Angelo)

O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e


jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando
sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o
mecânico que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso,
extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que
seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara
contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao
homem o que ele queria. O homem disse ―nada não, obrigado‖, guardou a foto, saiu do
botequim e desapareceu.

Na oração ‗O homem disse ―nada não, obrigado‖‘, o verbo encontra-se flexionado no


pretérito perfeito do modo Indicativo. Assinale a opção em que se reescreve a oração com o
verbo no tempo presente do Indicativo.
a) O homem diz ―nada não, obrigado.
b) O homem diria ―nada não, obrigado.
c) O homem dirá ―nada não, obrigado.
d) O homem dizia ―nada não, obrigado.

83. Resposta: a

84. (Ano: 2017/Banca: IBFC) Texto associado


Texto
Primeira classe

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(Moacyr Scliar)
Durante anos, o homem teve um sonho: queria viajar de avião na primeira classe. Na classe
econômica, ele, executivo de uma empresa multinacional, era um passageiro habitual; e,
quando via a aeromoça fechar a cortina da primeira classe, quando ficava imaginando os
pratos e as bebidas que lá serviam, mordia-se de inveja. Talvez por causa disso trabalhava
incansavelmente; subiu na vida, chegou a um cargo de chefa que, entre outras coisas,
dava-lhe o direito à primeira classe nos voos.
E assim, um dia, ele embarcou de Nova Délhi, onde acabara de concluir um importante
negócio, para Londres. E seu lugar era na primeira classe. Seu sonho estava se realizando.
Tudo era exatamente como ele imaginava: coquetéis de excelente quantidade, um jantar
que em qualquer lugar seria considerado um banquete. Para cúmulo da sorte, o lugar a seu
lado estava vazio.
Ou pelo menos estava no começo do voo. No meio da noite acordou e, para sua surpresa,
viu que o lugar estava ocupado. Achou que se tratava de um intruso; mas, em seguida, deu-
se conta de que algo anormal ocorria: várias pessoas estavam ali, no corredor, chorando e
se lamentando. Explicável: a passageira a seu lado estava morta. A tripulação optara por
colocá-la na primeira classe exatamente porque, naquela parte do avião, havia menos
gente.
Sua primeira reação foi exigir que removessem o cadáver. Mas não podia fazer uma coisa
dessas, seria muita crueldade. Por outro lado, ter um corpo morto a seu lado horrorizava-o.
Não havendo outros lugares vagos na primeira classe, só lhe restava uma alternativa:
levantou-se e foi para a classe econômica, para o lugar que a morta, havia pouco, ocupara.
Ou seja, ao invés de um upgrade, ele tinha recebido, ainda que por acaso, um downgrade.
Ali ficou, sem poder dormir, claro. Porque, depois que se experimenta a primeira classe,
nada mais serve. Finalmente, o avião pousou, e ele, arrasado, dirigiu-se para a saída, onde
o esperavam os parentes da falecida para agradecer-lhe. Disse um deles, que se identificou
como filho da senhora: ―Minha mãe sempre quis viajar de primeira classe. Só conseguiu
morta graças à sua compreensão. Deus lhe recompensará‖.
Que tem seu lugar garantido no céu, isso ele sabe. Só espera chegar lá viajando de
primeira classe. E sem óbitos durante o voo.
A flexão de alguns verbos, sobretudo os irregulares, pode causar confusão. O verbo ―quis‖,
presente em ―Minha mãe sempre quis viajar‖ (5º§) é um exemplo típico. Nesse sentido,
assinale a alternativa em que se indica INCORRETAMENTE a sua flexão.
a) queres – Presente do Indicativo.
b) queria – Futuro do Pretérito do Indicativo.
c) quisera – Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo.
d) queira – Presente do Subjuntivo.
e) quisesse – Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

84. Resposta: b

85. (Ano: 2017/Banca: FUNDATEC) Texto associado


Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. O destaque ao longo do texto está citado na
questão.

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Caso quiséssemos apenas alterar o tempo e o modo verbais da forma verbal Há (l. 22),
fazendo-se os ajustes necessários no restante do parágrafo, todas as possibilidades a
seguir manteriam a correção do texto, EXCETO:
a) houve.
b) haveria.
c) houveram.
d) houvera.
e) havia.

85. Resposta: c

86. (Ano: 2017/Banca: IBADE)


Texto associado
TE

De todas as coisas pequenas, estava ali a menor de todas que eu já tinha visto. Não
porque ela sofresse dessas severas desnutrições africanas - embora passasse fome mas
pelo que eu saberia dela depois.
Teria uns 4 anos de idade, estava inteiramente nua e suja, o nariz catarrento, o cabelo
desgrenhado numa massa disforme, liso e sujo. Chorava alto, sentada no chão da sala
escura. A casa de taipa tinha três cômodos pequenos. Isso que chamei de sala não

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passava de um espaço de 2 m por 2 m, sem janelas. Apenas a porta, aberta na parte de


cima, jogava alguma luz no ambiente de teto baixo e chão batido.
Isso aconteceu na semana passada, num distrito de Sertânia, cidade a 350 km de
Recife, no sertão de Pernambuco. A mãe e os outros seis filhos ficaram na porta a nos
espreitar, os visitantes estranhos. O marido, carregador de estrume, ganhava R$ 20 por
semana, o que somava R$ 80 por mês. Essa a renda do casal analfabeto. Nenhum dos sete
filhos frequentava a escola. Não havia água encanada. Compravam a R$ 4 o tambor de 24
litros. O choro da menina seguia atrapalhando a conversa.
- Ei, por que você está chorando? perguntei, enfiando a cabeça no vão da porta. A
menina não ouviu, largada no chão.
- Ei! Vem cá, eu vou te dar um presente - repeti. Ela olhou para mim pela primeira vez.
Mas não se mexeu, ainda chorando.
- Como é o nome dela? - perguntei à mulher.
- Agente chama ela de Te -disse, banguela.
-Te? Mas qual o nome dela?-insisti.
- Agente chama ela de Te, que ela ainda não foi batizada não.
- Como assim? Ela não tem nome? Não foi registrada no cartório?
- Não, porque eu ainda não fui atrás de fazer.
Te. Olhei de novo para a menina. Era a menor coisa do mundo, uma pessoa sem nome.
Um nada. ―Te‖ era antes da sílaba - era apenas um fonema, um murmúrio, um gemido.
Entendi o choro, o soluço, o grito ininterrupto no meio da sala. A falta de nome
impressionava mais do que a falta de todo o resto.
Te chorava de uma dor, de uma falta avassaladora. Só podia ser. Chorava de solidão,
dessa solidão dos abandonados, dos que não contam para nada, dos que mal existem. Ela
era o resultado concreto das políticas civilizadas (as econômicas, as sociais) e de todo o
nosso comportamento animal: o de ir fazendo sexo e filhos como os bichos egoístas que
somos, enfim.
Era como se aquele agrupamento humano (uma família?) vivesse num estágio qualquer
pré- linguagem, em que nomear as coisas e as pessoas pouco importava. Rousseau diz
que o homem pré-histórico não precisava falar para se alimentar. Não foi por causa da
comida que surgiu a linguagem. "O fruto não desaparece de nossas mãos‖, explica. Por
isso não era necessário denominá-lo.

As primeiras palavras foram pronunciadas para exprimir o que não vemos, os


sentimentos, as paixões, o amor, o ódio, a raiva, a comiseração. ―Só chamamos as coisas
por seus verdadeiros nomes quando as vemos em suas formas verdadeiras.‖ Só quando Te
viu a coisa na minha mão se calou.
- Ei, Te, olha o que eu tenho para te dar!
Ela virou-se na minha direção. Fez-se um silêncio na sala. Era uma bala enrolada num
papel verde, com letras vermelhas. Então ela se levantou, veio até a porta e pegou o doce,
voltou para o mesmo lugar e recomeçou seu lamento.
Nem a bala serviu de consolo. Era tudo amargura. Só restava chorar, chorar e chorar por
essa morte em vida, por essa falta de nome, essa desolação.

FELINTO, Marilene. Te. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 jan. 2001. Brasil, Cotidiano, p.
C2.

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Sobre os elementos destacados do fragmento ―Não porque ela sofresse dessas severas
desnutrições africanas - embora passasse fome -, mas pelo que eu saberia dela depois.",
leia as afirmativas.
I. A oração entre travessões - EMBORA PASSASSE FOME - possui valor concessivo.
II. O modo das formas verbais SOFRESSE e PASSASSE é determinado sobretudo pelas
relações que se verificam entre o conteúdo das orações.
III. A palavra QUE é uma conjunção integrante.

Está correto apenas o que se afirma em:


a) I e III.
b) I.
c) l e II.
d) lI e III.
e) II.

86. Resposta: c

87. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

EXISTEM PESSOAS CRUÉIS DISFARÇADAS DE BOAS PESSOAS

Adaptado de: http://www.resilienciamag.com/existem-pessoas-crueis-disfarcadas-de-boas-


pessoas/ Acesso em 26 jan 2017.

Existem pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas. São seres que machucam, que
agridem por intermédio de uma chantagem emocional maquiavélica baseada no medo, na
agressão e na culpa. Aparentam ser pessoas altruístas, mas na verdade escondem
interesses ocultos e frustrações profundas.
Muitas vezes ouve-se dizer que ―quem machuca o faz porque em algum momento da
vida também já foi machucado‖. Que quem foi magoado, magoa. No entanto, ainda que por
trás destas ideias exista uma base verídica, existe outro aspecto que sempre nos custa
admitir: A maldade existe. As pessoas cruéis, por vezes, dispõem de certos componentes
biológicos que as empurram em direção a determinados comportamentos agressivos.
O cientista e divulgador Marcelino Cereijudo nos assinala algo interessante. ―Não existe
o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar‖.
A parte mais complexa deste tema é que muito frequentemente tendemos a buscar rótulos
e patologias em comportamentos que simplesmente não entram dentro dos manuais de
psicodiagnóstico.
Os atos maliciosos podem ocorrer sem que exista necessariamente uma doença
psicológica subjacente. Todos nós, em algum momento da nossa vida, já conhecemos uma

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pessoa com este tipo de perfil. Seres que nos presenteiam com bajulação e atenção.
Pessoas agradáveis, com êxito social, mas que em privado delineiam uma sombra obscura
e alargada. Na profundeza dos seus corações, respira a crueldade, a falta de empatia, e até
mesmo a agressividade.

Analise as proposições a seguir sobre a forma como se constrói o sentido do texto:


I. Há predomínio de verbos conjugados no tempo presente do modo indicativo, o que
confere facilidade para identificação do assunto em tempo próximo à realidade.
II. Em: ―dispõem de certos componentes biológicos que as empurram em direção a
determinados comportamentos‖, optou-se pela colocação do pronome na forma proclítica,
mas a ênclise também poderia ser empregada sem prejuízo à correção.
III. No segundo parágrafo, as aspas foram empregadas para indicar a fala de um dos
pesquisadores consultados.
IV. A simples substituição da palavra ―frustrações‖, destacada no texto, por
―desapontamentos‖ não alteraria a correção do período em que aparece.
V. Se, ao invés da próclise em ―o faz‖, escrevêssemos o pronome na forma enclítica,
resultaria na forma pouco usual: ―fá-lo‖.

Agora assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as proposições.


a) Estão corretas apenas as proposições I e V.
b) Estão corretas apenas as proposições II, III e V.
c) Estão corretas apenas as proposições I, III e IV.
d) Estão corretas apenas as proposições I, II e IV.

87. Resposta: a

88. (Ano: 2017/Banca: IBADE)


Texto associado
Texto para responder à questão.

Preto é cor, negro é raça

O refrão de uma marchinha carnavalesca, de amplo domínio público, oferece uma pista
interessante para a compreensão do critério objetivo que a sociedade brasileira emprega
para a classificação racial das pessoas: ―O teu cabelo não nega, mulata, porque és mulata
na cor; mas como a cor não pega, mulata, mulata eu quero o teu amor‖.
Escrita por Lamartine Babo para o Carnaval de 1932, a marchinha realça a ambiguidade
das relações raciais, ao mesmo tempo em que ilustra a opção nacional pela aparência, pelo
fenótipo. Honesto e preconceituoso em sua definição de negro, Lamartine contribui mais
para o debate sobre classificação racial do que muitos doutores.
Com efeito, ao contrário do que pensa o presidente eleito, bem como certos acadêmicos,
os cientistas pouco podem fazer nesta seara, além de, em regra, exibirem seus próprios
preconceitos ou seu compromisso racial com a manutenção das coisas como elas estão.
Primeiro porque, como se sabe, raça é conceito científico inaplicável à espécie humana,
de modo que o vocábulo raça adquire relevância na semântica e na vida apenas naquelas

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sociedades em que a cor da pele, o fenótipo dos indivíduos, é relevante para a distribuição
de direitos e oportunidades.
Segundo, porque as pessoas não nascem negras ou brancas; enfim, não nascem
―racializadas‖. É a experiência da vida em sociedade que as torna negras ou brancas.
―Todos sabem como se tratam os pretos‖, assevera Caetano Veloso na canção ―Haiti‖.
Em sendo um fenômeno relacional, a classificação racial dos indivíduos repousa menos
em qualquer postulado científico e mais nas regras que regem as relações, intersubjetivas,
econômicas e políticas no passado e no presente.
Negro e branco designam, portanto, categorias essencialmente políticas: é negro quem é
tratado socialmente como negro, independentemente de tonalidade cromática. É branco
aquele indivíduo que, no cotidiano, nas estatísticas e nos indicadores sociais, abocanha
privilégios materiais e simbólicos resultantes do possível mérito de ser branco. Esse sistema
funciona perfeitamente bem no Brasil desde tempos imemoriais.
A título de exemplo, desde a primeira metade do século passado, a Lei das Estatísticas
Criminais prevê a classificação racial de vítimas e acusados por meio do critério da cor.
Emprega-se aqui a técnica da heteroclassificação, visto que ao escrivão de polícia compete
classificar, o que é criticado pela demografia, que entende ser mais recomendável, do
ângulo ético e metodológico, a autoclassificação.
Há um outro banco de dados no qual o método empregado é o da autoclassificação: o
Cadastro Nacional de Identificação Civil, feito com base na ficha de identificação civil, a
partir da qual é emitida a cédula de identidade, o popular RG. Tratase de uma ficha que
pode ser adquirida em qualquer papelaria, cujo formulário, inspirado no aludido Decreto-Lei
das Estatísticas Criminais, contém a rubrica ―cútis‖, neologismo empregado para designar
cor da pele. Assim, todas as pessoas portadoras de RG possuem em suas fichas de
identificação civil a informação sobre sua cor, lançada, em regra, por elas próprias.
Vê-se, pois, que o Cadastro Nacional de Identificação Civil oferece uma referência objetiva
e disponível para o suposto problema da classificação racial: qualquer indivíduo cuja ficha
de identificação civil, dele próprio ou de seus ascendentes (mãe ou pai), indicar cor diversa
de branca, amarela ou indígena, terá direito a reivindicar acesso a políticas de promoção da
igualdade racial e estará habilitado para registrar seu filho ou filha como preto/negro.
Fora dos domínios de uma solução pragmática, o procedimento de classificação racial,
que durante cinco séculos funcionou na mais perfeita harmonia, corre o risco de se tornar,
agora, um terrífico dilema, insolúvel, poderoso o bastante para paralisar o debate sobre
políticas de promoção da igualdade racial.
No passado nunca ninguém teve dúvidas sobre se éramos negros. Quiçá no futuro
possamos ser apenas seres humanos.
SILVA JÚNIOR, Hédio. Preto é cor, negro é raça. Folha de S.Paulo, São Paulo, 21 dez.
2002. Opinião, p.A3.

Os verbos do 4º parágrafo foram usados no presente do indicativo e possuem valor de:


a) simultaneidade ao momento da fala.
b) contemporaneidade.
c) frequência.
d) atemporalidade.
e) futuridade.

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88. Resposta: d

89. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
EXIGÊNCIAS DA VIDA MODERNA

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana
pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias, deve-se tomar ao menos dois litros de água. E uriná-los, o que consome o
dobro do tempo.
Todos os dias, deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que
é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também. Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame,
nem vai perceber.
Todos os dias, deve-se comer fibra. Muita, muitíssima fibra. Fibra suficiente para fazer
um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada. Só para comer,
serão cerca de cinco horas do dia… E não se esqueça de escovar os dentes depois de
comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das
seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a
língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som,
porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco
comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque
todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze
minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas
diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar
as informações.
[...]
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você
não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia. A única solução que me ocorre é fazer várias
dessas coisas ao mesmo tempo!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os
dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais.

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Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher… na sua cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5
minutos, uma colherada de leite de magnésio.

[...].

Adaptado de: <http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luisfernando-verissimo>.


Acesso em: 17 out. 2016.

Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto ―Ainda bem que somos
crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de
leite de magnésio.‖, assinale a alternativa correta.
a) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
b) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo subjuntivo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
c) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo anômalo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à segunda conjugação.
d) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo defectivo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à primeira conjugação.
e) O verbo ―somos‖ está na primeira pessoa do plural, no presente do modo indicativo e é
um verbo defectivo. O verbo ―sobrarem‖ está na terceira pessoa do plural, no futuro do
presente do modo subjuntivo e pertence à terceira conjugação.

89. Resposta: a

90. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP)


Texto associado
POR QUE VOCÊ TAMBÉM DEVE IR AO CINEMA (E A OUTROS PROGRAMAS)
SOZINHO
Não tenha medo da solidão

Você costuma ir ao cinema sozinho? E a shows? Que tal um jantar em um restaurante –


mas #foreveralone? Existem aqueles que responderiam sim, sem hesitar. Agora há outras
pessoas que entram em pânico só de pensar em se sentar em meio a gente que, ao
contrário delas, estão acompanhadas.
Mas uma pesquisa publicada no Journal of Consumer Research sugere que todas essas
pessoas que acham que se sentiriam constrangidas jantando ou indo ao cinema sozinhas
podem estar erradas. Estaríamos simplesmente perdendo a oportunidade de fazer uma
atividade legal por medo.
A pesquisa, feita por cientistas das universidades de Maryland e Georgetown, reuniu
dados em cinco experimentos. Quatro deles foram questionários em que voluntários

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deveriam responder se preferiam fazer determinadas atividades sozinhos ou em grupos e o


quinto foi uma tentativa real de tirar as pessoas de sua zona de conforto.
Os resultados mostraram que pessoas preferem fazer atividades práticas sozinhas e
atividades hedônicas (as voltadas ao prazer e à diversão) acompanhadas. O motivo, quase
unanimidade, é o medo de que outras pessoas achem, ao ver alguém sozinho no cinema,
por exemplo, que essa pessoa não tem amigos para acompanhá-la.
Mas a boa notícia (além do fato de que essa preocupação não tem nada a ver) é que
existem formas de fazer as pessoas se sentirem mais confortáveis ao realizar uma atividade
hedônica sozinhas. A pesquisa apontou que pessoas se sentiam menos desconfortáveis em
estar sozinhas em um café, por exemplo, se estivessem lendo um livro – o que dá a ilusão
de um propósito a elas.
Isso soa bobo, convenhamos, até para quem tem medo de ser visto sozinho. Afinal, por
que outra pessoa se importaria com alguém sem companhia em um café/jantar/cinema? E
por que o livro ou o jornal ou a revista [...] magicamente protegeria desse julgamento? [...]
Então na última parte da pesquisa, os cientistas tentaram entender melhor esse
mecanismo. Estudantes foram separados em pequenos grupos, ou sozinhos, e foram
encarregados de visitar uma galeria de arte por 10 minutos.
Os participantes deveriam dizer, antes, o quanto achavam que se divertiriam e, depois
da visita, dar uma nota para a experiência. Como esperado, pessoas que estavam sozinhas
disseram ter expectativas menores para a visita, mas o resultado final foi bem diferente das
previsões. Tanto as pessoas em grupo quanto as desacompanhadas tiveram experiências
similares na galeria, mostrando que, apesar das expectativas baixas, é possível, sim, se
divertir sozinho.
Agora os cientistas querem analisar a recepção de pessoas que veem outras sozinhas.
Será que o julgamento realmente acontece?
De qualquer forma, os pesquisadores acham importante ressaltar que esse medo de
―parecer sem amigos‖ deve ser superado mesmo por quem realmente tem poucos amigos.
Afinal, sair é uma forma de conhecer pessoas – e de não entrar em um ciclo vicioso de não
sair por não ter amigos e não fazer amigos por não sair de casa.

Adaptado de:<http://revistagalileu.globo.com/Life-Hacks/noticia/2015/07/por-que-voce-
tambem-deve-ir-ao-cinema-e-outros-programas-
sozinho.htmlutm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post>. Acesso
em: 17 out. 2016.

Em relação à classificação dos verbos destacados no excerto ―Estaríamos simplesmente


perdendo a oportunidade de fazer uma atividade legal por medo‖, assinale a alternativa
correta.
a) O verbo ―estaríamos‖ está no futuro do pretérito do modo indicativo e o verbo ―fazer‖ está
no infinitivo.
b) O verbo ―estaríamos‖ está no futuro do pretérito do modo indicativo e o verbo ―fazer‖ está
no gerúndio.
c) O verbo ―estaríamos‖ está no futuro do pretérito do modo indicativo e o verbo ―fazer‖ está
no modo subjuntivo.
d) O verbo ―estaríamos‖ está no pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo e o verbo
―fazer‖ está no infinitivo.

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e) O verbo ―estaríamos‖ está no pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo e o verbo


―fazer‖ está no particípio.

90. Resposta: a

91.(Ano: 2017/Banca: UECE-CEV)


Carta de Ano Novo
Emmanuel e Francisco Cândido Xavier

Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir. […]
Novo Ano! Novo Dia! _____________ 1 (Sorrir) para os que te feriram e busca harmonia
com aqueles que não te entenderam até agora. _____________ 2 (Recordar) que há mais
ignorância que maldade, em torno de teu destino. Não maldigas, nem _____________3
(condenar). Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da
escuridão. Não te _____________4 (desanimar), nem te _____________ 5 (desconsolar).
Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da
indiferença. Não te _____________6 (esquecer) de que Jesus jamais se desespera
conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora:
— Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta
amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.
Fonte: http://rapidshare.com/files/CAMINHO_E_VIDA.rar. Acesso em 12/11/2016

O emprego do imperativo, ao longo do texto ―Carta de ano novo‖, indica


a) conselho.
b) ordem.
c) certeza.
d) instrução.

91. Resposta: a

92. (Ano: 2017/Banca: IF-CE)


Texto associado

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O verbo ―mergulhar‖ (linha 27) está empregado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo e


assinala
a) uma ação habitual.
b) uma ação anterior a outro fato do passado.
c) um fato passado, mas de incerta localização no tempo.
d) um acontecimento que ocorria com frequência no passado.
e) um fato já concluído em determinado momento do passado.

92. Resposta: b

93. (Ano: 2017/Banca: IF-CE)


Texto associado

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O verbo abolir, em ―Aboli a carne de porco (...)‖ (linha 3), é defectivo, pois sua conjugação
não é completa. Não é verbo defectivo:
a) trovejar.
b) falir.
c) computar.
d) suar.
e) colorir.

93. Resposta: d

94. (Ano: 2017/Banca: IESES)


Texto associado
Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo
com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

NOVO ACORDO, VELHAS QUESTÕES


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Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/entenda-as


mudancas-do-novo-acordo-ortografico/ Acesso em 13 jan 2017.

A intenção de unificar a língua portuguesa entre os países em que ela é o idioma


oficial é antiga. Em 1931, foi realizado o primeiro acordo ortográfico luso-brasileiro, mas ele
acabou não sendo efetivado na prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira
foi adotada em Portugal, mas não no Brasil.
Anos depois, em 1986, os sete países de língua portuguesa (Timor-Leste não pôde ser
incluído na lista, pois se tornaria independente apenas em 2002) consolidaram as Bases
Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, que não chegaram a
ser implementadas.
Em 1990, os países de língua portuguesa se comprometeram a unificar a grafia da
língua, segundo a proposta apresentada pela Academia de Ciências de Lisboa e pela
Academia Brasileira de Letras. Mesmo assim, o acordo ainda não podia entrar em vigor.
Foram necessários mais 16 anos para que fossem alcançadas as três adesões
necessárias para que o acordo fosse cumprido. Em 2006, São Tomé e Príncipe e Cabo
Verde se uniram ao Brasil e ratificaram o novo acordo. Entretanto, Portugal ainda
apresentava uma grande relutância às mudanças. Apenas em maio de 2008 o Parlamento
português ratificou o acordo para unificar a ortografia em todas as nações de língua
portuguesa.

Sobre as palavras destacadas no texto: ratificaram e ratificou, analise as proposições e, em


seguida, assinale a alternativa que contenha a resposta correta.
I. São verbos conjugados no pretérito perfeito, na terceira pessoa do plural e do singular,
respectivamente.
II. São verbos conjugados no futuro do presente e pretérito perfeito, respectivamente.
III. São verbos que indicam o ato ou efeito de corrigir, emendar.
IV. São verbos conjugados no modo indicativo.

a)Está correta apenas a proposição IV.


b)Estão corretas as proposições II e III.
c)Estão corretas as proposições I e IV.
d)Estão corretas as proposições I e III.

94. Resposta: c

95. (Ano: 2017/Banca: IBGP)


Leia este trecho.
―E este ‗enorme presente‘ é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo
boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que ―não para de não chegar‖.

Nesse trecho, o verbo que está no presente do indicativo é


a) fazer.
b) boiar.
c) parar.

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d) chegar.

95. Resposta: c
96. (Ano: 2017/Banca: IESES)
Texto associado
LÍNGUAS MUDAM

Por Sírio Possenti. Adaptado de:


http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam
Acesso em 13 jan 2017.

Que as línguas mudam é um fato indiscutível. O que interessa aos estudiosos é verificar o
que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança.
Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação.
Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de
variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes
diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga
desaparece. [...].
Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou
não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma
adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos
escrevem ou dizem sistematicamente ―para fazer uma tese é preciso que...‖ e os mais
jovens, ―para se fazer uma tese...‖, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta
posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e ―para se
fazer‖ será a forma única, pelo menos durante um tempo).
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‗cujo‘ e a
segunda pessoa do plural dos verbos (‗jogai‘ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é
que ‗cujo‘ desapareceu. O que quer dizer ―desapareceu‖? Que não se emprega mais? Não!
Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias –
tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos
antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que
apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe:
desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser
de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‗cujo‘ é como a gravata borboleta: só usamos
esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um
colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes
de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo ―jogai por
nós‖. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha
de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida
do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem ―rogai por nós‖. ―Jogai por nós‖ é uma
fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração.
Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria
necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem
―Recuai, Wendel‖, ―Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love‖, ―Tite, fazei Malcolm treinar

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finalizações‖ e, quando chateados, gritassem ―Como sois burro!‖. Espero que nenhum
colunista sustente que isso ocorre...
[...] O caso ―jogai‖ me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato
consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente ―ele o/a viu, vou fazê-la
sair‖. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros
arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las
depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que
cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e
são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em
debates na TV).
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é ―p***
que o pariu‖! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é
um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Sírio Possenti
Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas
Sobre alguns dos verbos dos três últimos parágrafos do texto, são apresentadas análises
nas alternativas que seguem. Marque a única INCORRETA.
a) ―Possa‖ está conjugado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo.
b) ―Disser‖ está conjugado no presente do modo subjuntivo.
c) Jogai‖ está conjugado no modo imperativo afirmativo.
d) ―Seria‖ está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo.

96. Resposta: b

97. (Ano: 2017/Banca: CESPE)

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No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.

No terceiro período, ―for‖ e ―vir‖ são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de
movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico
do movimento com o campo semântico do transporte.
Certo
Errado

97. Resposta: errado

98. (Ano: 2017/Banca: FCM)


Texto associado
INSTRUÇÃO: A questão, a seguir, deve ser respondida com base no texto 2. Leia-o
atentamente, antes de responder a questão.

TEXTO 2
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[1º§]Os cliques da internet tornaram-se os remos das antigas galés. Remem remem
remem. Cliquem cliquem cliquem para não ficar para trás e morrer. Mas o presente, nessa
velocidade, é um pretérito contínuo. Se a internet parece ter encolhido o mundo, e milhares
de quilômetros podem ser reduzidos a um clique, como dizem o clichê e alguns anúncios
publicitários, nosso mundo interno ficou a oceanos de nós. Conectados ao planeta inteiro,
estamos desconectados do eu e também do outro. Incapazes da alteridade, o outro se
tornou alguém a ser destruído, bloqueado ou mesmo deletado. Falamos muito, mas
sozinhos. Escassas são as conversas, a rede tornou-se, em parte, um interminável discurso
autorreferente, um delírio narcisista. E narciso é um eu sem eu. Porque para existir eu é
preciso o outro.
[2º§]Há tanta informação disponível, mas talvez estejamos nos imbecilizando. Porque nos
falta contemplação, nos falta o vazio que impele à criação, nos faltam silêncios. Nos falta
até o tédio. Sem experiência não há conhecimento. E talvez uma parcela do ativismo seja
uma ilusão de ativismo, porque sem o outro. Talvez parte do que acreditamos ser ativismo
seja, ao contrário, passividade. Um novo tipo de passividade, cheia de gritos, de certezas e
de pontos de exclamação. Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos,
um espasmo anula o outro espasmo que anula o outro espasmo. Quando tudo é grito não
há mais grito. Quando tudo é urgência nada é urgência. Ao final do dia que não acaba, resta
a ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em todos os processos, protestado contra
todas as injustiças. Os espasmos esgotam, exaurem, consomem. Mas não movem.
Apaziguam, mas não movem. Entorpecem, mas será que movem? [...]
[3º§]A técnica da multitarefa não é uma conquista civilizatória atingida pelo humano deste
tempo histórico. Ao contrário, está amplamente disseminada entre os animais em estado
selvagem: ―Um animal ocupado no exercício da mastigação da sua comida tem de ocupar-
se, ao mesmo tempo, também com outras atividades. Deve cuidar para que, ao comer, ele
próprio não acabe comido. Ao mesmo tempo ele tem que vigiar sua prole e manter o olho
em seu/sua parceiro/a. Na vida selvagem, o animal está obrigado a dividir sua atenção em
diversas atividades. Por isso, não é capaz de aprofundamento contemplativo – nem no
comer nem no copular. O animal não pode mergulhar contemplativamente no que tem
diante de si, pois tem de elaborar, ao mesmo tempo, o que tem atrás de si‖.
[4º§]A contemplação é civilizatória. E o tédio é criativo. Mas ambos foram eliminados pelo
preenchimento ininterrupto do tempo humano por tarefas e estímulos simultâneos. Você
executa uma tarefa e atende ao celular, responde a um WhatsApp enquanto cozinha, come
assistindo à Netflix e xingando alguém no Facebook, pergunta como foi a escola do filho
checando o Twitter, dirige o carro postando uma foto no Instagram, faz um trabalho
enquanto manda um email sobre outro e assim por diante. Duas, três... várias tarefas ao
mesmo tempo. Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma
involução.

[5º§]Voltamos ao modo selvagem. Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já


chamava a atenção para o fato de que a vida humana finda numa hiperatividade mortal se
dela for expulso todo elemento contemplativo: ―Por falta de repouso, nossa civilização
caminha para uma nova barbárie‖.

Eliane Brum escritora, repórter e documentarista.

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Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/04/politica/1467642464_246482.html, acesso


em 25 set.2016. Fragmento do texto ―Exaustos-e-correndo-e-dopados‖. Adaptado.

Nas sentenças a seguir, a classificação dos verbos negritados/grifados, indicada entre


colchetes, está correta, EXCETO em:
a) Talvez parte do que acreditamos ser ativismo seja, ao contrário, passividade. [presente
do subjuntivo - 3ª pessoa do singular]
b) Como se isso fosse um ganho – e não uma perda monumental, uma involução. [pretérito
imperfeito do subjuntivo – 3ª pessoa do singular]
c) Os espasmos tornaram-se a rotina e, ao se viver aos espasmos, um espasmo anula o
outro espasmo que anula o outro espasmo. [presente do indicativo – 3ª pessoa do plural]
d) Ao final do dia que não acaba, resta a ilusão de ter lutado todas as lutas, intervindo em
todos os processos, protestado contra todas as injustiças. [forma nominal de particípio
passado]
e) Nietzsche (1844-1900), ainda na sua época, já chamava a atenção para o fato de que a
vida humana finda numa hiperatividade mortal se dela for expulso todo elemento
contemplativo (...). [presente do indicativo – 3ª pessoa do singular]

98. Resposta: c

99. (Ano: 2017/Banca: IESES) Texto associado


LER E ESCREVER NO PAPEL FAZ BEM PARA O CÉREBRO, DIZ ESTUDO
23 fev 2015 Adaptado de: http://www.soportugues.com.br/secoes/artigo.php?indice=116
Acesso em: 17 janeiro 2015
Há óbvias vantagens em ler um livro num smartphone, tablet ou e-reader em vez de lê-lo no
papel. No livro digital, é fácil buscar uma palavra qualquer ou consultar seu significado num
dicionário, por exemplo.
Um e-reader que pesa apenas 200 gramas pode conter milhares de livros digitais que
seriam pesados e volumosos se fossem de papel. Além disso, um e-book é geralmente
mais barato que seu equivalente impresso.
Mas a linguista americana Naomi Baron descobriu que ler e escrever no papel é quase
sempre melhor para o cérebro. Naomi estudou os hábitos de leitura de 300 estudantes
universitários em quatro países – Estados Unidos, Alemanha, Japão e Eslováquia. Ela
reuniu seus achados no livro ―Words Onscreen: The Fate of Reading in a Digital World‖
(―Palavras na Tela: O Destino da Leitura num Mundo Digital‖ – ainda sem edição em
português). 92% desses estudantes dizem que é mais fácil se concentrar na leitura ao
manusear um livro de papel do que ao ler um livro digital. Naomi detalha, numa entrevista
ao site New Republic, o que os estudantes disseram sobre a leitura em dispositivos digitais:
―A primeira coisa que dizem é que se distraem mais facilmente, eles são levados a outras
coisas. A segunda é que há cansaço visual, dor de cabeça e desconforto físico.‖
Esta última reclamação parece se referir principalmente à leitura em tablets e smartphones,
já que os e-readers são geralmente mais amigáveis aos olhos.
Segundo Naomi, embora a sensação subjetiva dos estudantes seja de que aprendem
menos em livros digitais, testes não confirmam isso: ―Se você aplica testes padronizados de

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compreensão de passagens no texto, os resultados são mais ou menos os mesmos na tela


ou na página impressa‖, disse ela ao New Republic.
Mas há benefícios observáveis da leitura no papel. Quem lê um livro impresso, diz ela,
tende a se dedicar à leitura de forma mais contínua e por mais tempo. Além disso, tem mais
chances de reler o texto depois de tê-lo concluído.
Uma descoberta um pouco mais surpreendente é que escrever no papel – um hábito cada
vez menos comum – também traz benefícios. Naomi cita um estudo feito em 2012 na
Universidade de Indiana com crianças em fase de alfabetização. Os pesquisadores de
Indiana descobriram que crianças que escrevem as letras no papel têm seus cérebros
ativados de forma mais intensa do que aquelas que digitam letras num computador usando
um teclado. Como consequência, o aprendizado é mais rápido para aquelas que escrevem
no papel.
Releia: ―Segundo Naomi, embora a sensação subjetiva dos estudantes seja de que
aprendem menos em livros digitais, testes não confirmam isso: ‗Se você aplica testes
padronizados de compreensão de passagens no texto, os resultados são mais ou menos os
mesmos na tela ou na página impressa‘, disse ela ao New Republic‖.

Sobre os verbos presentes nesse trecho, escolha a única alternativa INCORRETA.


a) Aprendem está conjugado no pretérito perfeito no modo indicativo.
b) Seja está conjugado no presente do modo subjuntivo.
c) Disse está conjugado no pretérito perfeito do modo indicativo.
d) Confirmam aparece conjugado no presente do modo indicativo.

99. Resposta: a

100. (Ano: 2017/Banca: Quadrix)


texto associado

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Na tirinha, a forma verbal "pega" é um imperativo, assim como também o é:


a) "atender".
b) "aumentar".
c) "vem".
d) "vai".
e) "por".

100. Resposta: d

101. (Ano: 2017/Banca: Instituto Excelência)


Considere o seguinte período :

―Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da


parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas.
Tudo sumira‖.

Sobre a conjugação dos verbos presentes no período, assinale a alternativa CORRETA:

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a) O verbo ―lembrar‖ está conjugado no tempo presente do modo subjuntivo, enquanto o


verbo ―sumir‖ está conjugado no tempo pretérito imperfeito do modo indicativo.
b) O verbo ―lembrar‖ está conjugado no tempo presente do modo indicativo, enquanto o
verbo ―sumir‖ está conjugado no tempo pretérito perfeito do modo indicativo.
c) O verbo ―lembrar‖ está conjugado no tempo presente do modo indicativo, enquanto o
verbo ―sumir‖ está conjugado no tempo pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo.
d) Nenhuma das alternativas.

101. Resposta: c

102. (Ano: 2017/Banca: VUNESP) Texto associado


O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a ela,


escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina,
entregava a matéria e ia à vida.
Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria de
esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.
Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria um
livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a máquina no dia
seguinte.
Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de mensagens
para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às que precisam de
resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou conta, já é noite lá fora e
não saí da frente da tela.
Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de cinema,
o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador, o gravador, o
rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem lhe chego perto – temo
que ele me substitua também. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo.
02.01.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque expressa a probabilidade de um


fato ou um evento ocorrer.
a) Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever…
b) … fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida.
c) Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto…
d) … vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu…
e) Com o smartphone seria pior ainda.

102. Resposta: e

103. (Ano: 2017/Banca: MS CONCURSOS)


Texto associado
Leia o poema seguinte para responder à próxima questão.

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―Órion‖- (Carlos Drummond de Andrade).

A primeira namorada, tão alta


Que o beijo não alcançava,
O pescoço não alcançava,
Nem mesmo a voz alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão.

Os quatro primeiros versos do poema têm apenas um verbo, e repetido: ―alcançava,‖,


indicando ação, fato. Ele está conjugado no seguinte tempo e modo verbal:
a) Pretérito perfeito do indicativo
b) Pretérito imperfeito do indicativo
c) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo
d) Pretérito imperfeito do subjuntivo

103. Resposta: b

104. (Ano: 2017/Banca: Instituto Excelência)


Texto associado
Este texto é referente à questão.

BRUXAS NÃO EXISTEM

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que passavam o tempo
todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam nisso. A prova
para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona que morava numa casinha caindo aos
pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de
―bruxa‖.
Era muito feia, ela; gorda, enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela
tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos
entrado na casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos
preparando venenos num grande caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta
e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por acaso, a velha
saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela gritando
"bruxa, bruxa!".
Um dia encontramos, no meio da rua, um bode morto. A quem pertencera esse animal nós
não sabíamos, mas logo descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que
seria fácil. Ao contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por
esquecimento, ela deixara aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era
o nosso líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço
nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres ficaram
presos na cortina.
- Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa apareça. E ela apareceu. No
momento exato em que, finalmente, conseguíamos introduzir o bode pela janela, a porta se

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abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo.
Eu, gordinho, era o último.
E então aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor
terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar, mas não
consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de vassoura na mão,
aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém poderia me ajudar. E a mulher
sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.
Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha perna,
e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la com uma
habilidade surpreendente.
- Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer
isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei em hospital. Confie em mim.
Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com eles, e com seu cinto de pano,
improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor diminuiu muito e, amparado nela, fui
até minha casa. "Chame uma ambulância", disse a mulher à minha mãe. Sorriu.
Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o médico engessou minha perna e em
poucas semanas eu estava recuperado. Desde então, deixei de acreditar em bruxas. E
tornei-me grande amigo de uma senhora que morava em minha rua, uma senhora muito
boa que se chamava Ana Custódio.

(SCLIAR, Moacyr. In: revista Nova Escola, seção Era uma vez. São Paulo: Abril, agosto de
2004).
Na frase ―Nunca tínhamos entrado na casa, mas tínhamos certeza de que, se fizéssemos
isso, nós a encontraríamos.‖, as palavras em negrito indicam verbos, respectivamente, nos
modos verbais:
a) Indicativo e imperativo.
b) Indicativo e subjuntivo.
c) Subjuntivo e imperativo.
d) Nenhuma das alternativas.

104. Resposta: b

105. (Ano: 2017/Banca: INSTITUTO AOCP) Texto associado


SOLIDÃO INTERATIVA
Ronaldo Coelho Teixeira
A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjóia: Juraildes da Cruz.
Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores compositores
contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou o hit que
Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faustão, na TV Globo,
em 1999. ―Nóis é jeca, mas é joia‖, aquele da farinhada, feita da mandioca, da macaxeira ou
do aipim, a depender da região brasileira. Sacada de mestre, de quem está sempre
antenado ao mundo e aos seus. Juraíldes da Cruz em sua letra, visionária – como tudo o
que os gênios, as antenas da raça fazem – já arrepiava: ―Tiro o bicho de pé com canivete,
mas já tô na internet‖. E isso quando a www ainda engatinhava.
Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer mesmo é alertar para o mau
uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria, mas que geralmente acaba escravo

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delas. Solidão interativa foi cunhado pelo sociólogo francês Dominique Wolton. Em sua
tese, o autor alerta quanto ao cuidado para com o uso da internet, principalmente das redes
sociais, chamando a atenção para um detalhe vital no avanço das tecnologias de
comunicação: não importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não foi,
não é e nunca será algo tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton
justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos
que tenham os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação
de coesão entre pessoas e grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma mídia,
mas um sistema de comunicação comunitário. Ele prova isso afirmando que podemos
passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira relação humana
com quer que seja.
A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e
fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake. As
mais usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e sai
espalhando-as de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.
Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma
iguaria especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas aquela
comidinha do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem pensar! E
aquelas dos momentos felizes? Sim, tem gente que acha que os seus instantes de lazer e
diversão têm que, obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá vai um post ao lado do
namorado ou namorada, dos amigos, geralmente com ares de forçação de barra. Porque a
gaiola do tempo, forjada por nós mesmos, só pode ser aberta pela chave da felicidade
plena.
E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status do
seu sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que posta alguma
coisa e ela mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de ‗amigos‘ nessa
cornucópia virtual. Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos diante de uma
incoerente quimera: o autoengano. [...]
O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos dois
meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mesmos. Mesmo
protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde apenas a solidão nos
alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que estamos sempre ON, a vida
verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de que, no fim, toda a solidão que nos
rodeia, essa sim, é real. Porque bytes, bits e pixels não transmitem calor. E o verbo sem o
hálito quente é apenas palavra morta.

Adaptado de:< http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-


interativa.html >.

Em relação aos verbos destacados a seguir, assinale a alternativa correta.


a) No excerto ―Juraíldes da Cruz em sua letra visionária [...] já arrepiava: ‗Tiro o bicho de pé
com canivete, mas já tô na internet.‘‖, o verbo em destaque está conjugado na terceira
pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito imperfeito.
b) Em ―E isso quando a www ainda engatinhava.‖, o verbo em destaque está conjugado na
terceira pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito perfeito.

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c) No excerto ―[...] não importam formas e meios de expressão, a comunicação humana não
foi, não é e nunca será algo tão simples [...]‖, o verbo em destaque está conjugado na
terceira pessoa do plural, no modo subjuntivo e no tempo presente.
d) Em ―Mesmo protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós [...]‖, o verbo em
destaque está conjugado na primeira pessoa do plural, no modo indicativo e no tempo
futuro do presente.
e) No trecho ―Afinal, foi ele quem criou o hit que Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por
meio do Domingão do Faustão [...]‖, o verbo em destaque está conjugado na terceira
pessoa do singular, no modo indicativo e no tempo pretérito mais-que-perfeito.

105. Resposta: a

106. (Ano: 2017/Banca: IF-PE)


Texto associado
Leia o TEXTO 02 e responda à questão a seguir.
TEXTO 02
INFÂNCIA

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.


Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
– Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Infância. Antologia poética. 59ª ed., Rio de Janeiro:
Record, 2007.)

Para uma leitura mais produtiva de um texto, faz-se necessária a análise dos elementos que
concorrem para sua construção e sentido. Partindo dessa ideia, analise as proposições a
seguir acerca do poema de Drummond.

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I. Em ―Meu pai montava a cavalo, ia para o campo‖, os verbos ―montava‖ e ―ia‖ caracterizam
a figura do pai como provedora.
II. Na contramão do tempo verbal pretérito imperfeito que apresenta a figura paterna como
provedora e sempre em movimento, a figura materna é apresentada de forma estática,
ratificada pelas expressões ―ficava sentada‖ e ―cosendo‖, denotando ausência de esforço
físico e de aventura.
III. Além da estrutura verbal, que contribui para a construção das lembranças, a escolha dos
substantivos (pai, cavalo, campo, mãe, irmão, mangueiras, história, Robinson Crusoé,
senzala, café, preta velha, berço, suspiro, mato, fazenda) diz muito da significação do tema.
IV. Na segunda estrofe, as ações apresentadas pelos verbos ―aprendeu‖ e ―esqueceu‖, no
pretérito perfeito do indicativo, assinalam algo que passou, que não durou.

V. O emprego dos advérbios ―lá‖ e ―longe‖, juntos, remete à idéia de distância. Essa pode
ser uma referência tanto à impossibilidade de o menino enxergar nitidamente o pai, devido à
extensão da fazenda, quanto à transição temporal: o menino abandona o passado e retorna
ao presente, já como homem.

Estão CORRETAS
a) I, II e V, apenas.
b) I, II, III e IV, apenas.
c) I, III e V, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.

106. Resposta: a

107. (Ano: 2017/Banca: MS CONCURSOS)


Texto associado
Leia o poema seguinte para responder à próxima questão.

―O amor, quando se revela.‖ (Fernando Pessoa).

O amor, quando se revela,


Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p‘ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente


Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...

Ah, mas se ela adivinhasse,


Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse

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P‘ra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;


Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe


O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Veja as asserções sobre os modos verbais e assinale a alternativa que contém a afirmação
correta:
I - O modo indicativo predomina nas 1ª e 2ª estrofes.
II - O modo subjuntivo predomina na 3ª estrofe.
III - O modo indicativo indica uma certeza do que está sendo dito.
IV - O modo subjuntivo não mostra incertezas, nem hipóteses do que se está afirmando.
a) Apenas I, II e IV estão corretas.
b) Apenas I, II e III estão corretas.
c) Apenas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.

107. Resposta: b

108. (Ano: 2017/Banca: FGV)


Texto associado
TEXTO 1 - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA

Rosely Sayão

Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que


alimentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter
o corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de
longevidade, alimentos ganham adjetivos como ―funcionais‖. Temos dietas para cardíacos,
para hipertensos, para gestantes, para obesos, para idosos.
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se
encontrar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas
tenham escolhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos
entrevistados no Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.
[....]
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com
regularidade e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus
afetos pelos filhos de modo mais natural. (adaptado)

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―Programas de TV ensinam a comer bem para manter o corpo magro e saudável‖; a


substituição adequada do segmento do texto 1 sublinhado é:
a) para que se mantenha o corpo magro e saudável;
b) a fim de que se mantivesse o corpo magro e saudável;
c) para que a magreza e a saúde do corpo fosse mantida;
d) para a manutenção da magreza no corpo saudável;
e) para que se mantesse o corpo magro e saudável.

108. Resposta: a

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