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PORTUGUÊS
01. TEXTO 1
É fato sabido que a colocação dos pronomes átonos no Brasil difere apreciavel-
mente da atual colocação portuguesa e encontra, em alguns casos, similar na lín-
gua medieval e clássica.
Em Portugal, esses pronomes se tornaram extremamente átonos, em virtude do
relaxamento e ensurdecimento de sua vogal. Já no Brasil, embora os chamemos
‘átonos’, são eles, em verdade, semitônicos. E essa maior nitidez de pronúncia,
aliada a particularidades de entoações e a outros fatores (de ordem lógica, psico-
lógica, estética, histórica, etc.), possibilita-lhes uma grande mobilidade de posição
na frase, que contrasta com a colocação mais rígida que têm no português euro-
peu.
Infelizmente, certos gramáticos nossos e grande parte dos professores da língua,
esquecidos de que esta variabilidade posicional, por ser em tudo legítima, repre-
senta uma inestimável riqueza idiomática, preconizam, no particular, a obediência
cega às atuais normas portuguesas, sendo mesmo inflexíveis no exigirem o cum-
primento de algumas delas, que violentam duramente a realidade lingüística brasi-
leira e que só podem ser seguidas na língua escrita, ou numa elocução altamente
formalizada.
Esta é, a nosso ver, a primeira distinção que as duas variantes nacionais da língua
portuguesa apresentam em sua forma culta: a vigência de uma só norma em Por-
tugal; no Brasil, a ocorrência de dualidade ou de assimetria de normas, com pre-
dominância absoluta da norma portuguesa no campo da sintaxe, o que dá a apa-
rência de maior coesão do que a real entre as duas modalidades idiomáticas, prin-
cipalmente na língua escrita.
É a história que vai explicar-nos esta relativa unidade da língua culta de Portugal e
do Brasil e as sensíveis, por vezes profundas, diferenças da língua popular em
áreas dos dois países.
(Celso Cunha. Política e cultura do idioma, In: Língua, nação e alienação. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p.15-18. Adaptado.)
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)
Tomando por base as afirmações do Texto 1, podemos concluir que a forma “me
dá um cigarro”, do Texto 2:
a) apesar de diferir da forma lusitana que está prescrita nas gramáticas e nos
manuais de língua portuguesa, representa a forma de uso mais habitual na variante
brasileira do português, e pode ser explicada pela variação de pronúncia.
b) embora seja de uso frequente no português do Brasil, deveria ser tratada com
maior rigor pelos gramáticos e professores da língua, já que, por ser uma forma
divergente do português de Portugal, é uma violência à nossa língua.
c) é uma forma permitida pelas gramáticas do Brasil, apesar de proibida pelas
gramáticas portuguesas, porque, aqui, os gramáticos e professores da língua são
mais flexíveis e apoiam certos usos próprios do idioma nacional.
d) além de comprovar o completo desconhecimento dos brasileiros em relação
à história da língua que falam, também evidencia a tendência brasileira de deturpar
a realidade linguística na qual os falantes estão inseridos.
e) representa, de fato, uma divergência clara entre o português do Brasil e o de
Portugal, sendo, conforme apontam os Textos 1 e 2, a forma preferida das pessoas
não-letradas da sociedade brasileira, com baixo grau de escolaridade.
Todo trabalho de grupo tem uma pessoa que trabalha mais. Nunca me dediquei
tanto a nada na minha vida quanto à paternidade, mas, ainda assim, é preciso ser
sincero. Por mais esforçado que seja o pai, nos primeiros meses de vida do bebê,
somos como Chitãozinho, Sancho Pança, Robin, Pumba e aquele supergêmeo,
coitado, que só sabe virar água, enquanto a irmã vira qualquer tipo de animal
existente ou mitológico. Existe, na paternidade, uma grande desigualdade de su-
perpoderes.
Mil séculos de avanços científicos e o homem ainda não sabe fabricar um rim,
mesmo com todo o dinheiro do mundo, dentro do maior laboratório que há. A na-
tureza é sábia, não sei se o homem aguentava essa pressão. Tudo o que o meu
A mulher, sozinha, sem qualquer ajuda, faz um corpo inteiro: trilhões de células,
diz o Google. E tudo isso, pasme, prestando atenção em outra coisa.
Nunca vou me acostumar com isso: enquanto conversava comigo, a mãe da mi-
nha filha produziu um corpo inteiro dentro do corpo dela. Ao mesmo tempo em
que tomava banho, trabalhava, assistia a séries, ela fez, como se nada fosse,
braços, pernas, orelhas, olhos, pulmões, coração, fígado, estômago, bexiga, fez
coisas que ela não sabe nem pra que é que servem, fez baço, pâncreas, vesí-
cula, córnea. Da minha parte, tenho dificuldade em prestar atenção num filme en-
quanto faço um misto-quente. Imagina se eu tivesse que fazer um cérebro.
E não para por aí. Depois que o bebê nasce, a mãe ainda faz o leite. E ela não
precisa ter estudado alquimia nem nutrição nem culinária: o leite que ela faz é
perfeito e tem tudo de que o bebê precisa. E ela faz do próprio corpo uma lancho-
nete aberta 24 horas, um bandejão popular que produz uma seiva, até hoje, inimi-
tável.
Nesse processo todo, sobra pra gente o resto. Mas alto lá: a coadjuvância é, tam-
bém, uma arte. Não vou dizer que é fácil. Chitãozinho sabe das dificuldades de
se fazer segunda voz. Robin, coitado, precisa se humilhar numa vestimenta pra lá
de ridícula.
No trecho “Por mais esforçado que seja o pai, nos primeiros meses de vida do
bebê, somos como Chitãozinho, Sancho Pança, Robin, Pumba e aquele super-
gêmeo...”, o verbo destacado está na primeira pessoa do plural porque
a-pena/.)
______ alguns dias, ______ nesse local obras de arte valiosas. Hoje, só _______
escombros de um incêndio que chocou a todos.
08. “Se estão lá, por que eu não as encontro?" A palavra "as", no fragmento ao
lado, é:
a) pronome;
b) preposição;
c) artigo;
d) interjeição;
e) substantivo.
09. RETRATO
11. No trecho “Nos tempos de Dom João VI, o corpo de um próspero negoci-
ante da região do Valongo é achado em uma ruela carioca”, a passagem desta-
cada expressa uma circunstância de
a) causa
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) tempo
12. Em “tem sempre tanta coisa nova e tentadora no mercado que fica impossível
acompanhar o passo da tecnologia”, a oração subordinada sublinhada é
a) adverbial causal.
b) adverbial consecutiva.
c) substantiva objetiva direta.
d) adjetiva explicativa.
e) substantiva subjetiva.
13.
https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/sabesp-traz-turma-monica-semana-meio- ambiente-102274
a) de alternância.
b) condicional.
c) aditiva.
d) de explicação.
e) causal.
a) Trazer uma informação complementar, mas que não altera o sentido con-
tido no enunciado.
b) Trazer uma informação complementar, contrária a que está expressa fora
dos parênteses.
c) Trazer uma informação complementar em forma de comentário em que se
pode observar a memória da autora.
d) Trazer uma informação complementar para convencer os leitores sobre a
desumanidade contida nas redes sociais.
e) Trazer uma informação complementar que não melhora a argumentação
contida no texto.
16. Políticos podem violar regras do Facebook, inclusive com mentiras e insultos
O Globo
18. Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira,
regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a
primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera
no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos
seus anos.
Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze
anos, como paixão perigosa, única e inflexível. Alguns prosadores de romances
dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma brinca-
deira; é a última manifestação do amor às bonecas; é a tentativa da avezinha
que ensaia o vôo fora do ninho, sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que a
está da fronde próxima chamando; tanto sabe a primeira o que é amar muito,
como a segunda o que é voar para longe.
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.
Camilo Castelo Branco – Amor de perdição
Da janela do seu quarto é que ele a vira pela primeira vez. Passando-se a
oração em destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal correspon-
dente é:
a) foi vista.
b) havia visto.
c) estava sendo visto.
d) seria vista.
19. “Isso não significa que as crianças fossem até então desprezadas.” Se esta
frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
a) desprezavam;
b) eram desprezadas;
c) desprezam;
d) seriam desprezadas;
e) desprezassem.
20.
PORTUGUÊS
Stephanie Ribeiro Rezende - stephanierezende0@gmail.com - CPF: 177.239.637-00
01. Tomando por base as afirmações do Texto 1, podemos concluir que a forma “me dá um cigarro”, do Texto 2:
a) apesar de diferir da forma lusitana que está prescrita nas gramáticas e nos manuais de língua portuguesa,
representa a forma de uso mais habitual na variante brasileira do português, e pode ser explicada pela variação
de pronúncia.
b) embora seja de uso frequente no português do Brasil, deveria ser tratada com maior rigor pelos
gramáticos e professores da língua, já que, por ser uma forma divergente do português de Portugal, é uma
violência à nossa língua.
c) é uma forma permitida pelas gramáticas do Brasil, apesar de proibida pelas gramáticas portuguesas,
porque, aqui, os gramáticos e professores da língua são mais flexíveis e apoiam certos usos próprios do idioma
nacional.
d) além de comprovar o completo desconhecimento dos brasileiros em relação à história da língua que
falam, também evidencia a tendência brasileira de deturpar a realidade linguística na qual os falantes estão
inseridos.
e) representa, de fato, uma divergência clara entre o português do Brasil e o de Portugal, sendo, conforme
apontam os Textos 4 e 5, a forma preferida das pessoas não-letradas da sociedade brasileira, com baixo grau
de escolaridade.
Stephanie Ribeiro Rezende - stephanierezende0@gmail.com - CPF: 177.239.637-00
02. Observe as frases abaixo.
I. Negros escravos ou libertos eram dois terços da população e se vestiam ainda de acordo com sua nação
de origem.
II. “ponha-se na rua”
III. O imigrante realmente foi-se embora do Brasil.
Indique o item que expressa as funções da partícula se nas frases I, II e III, respectivamente.
a) No trecho “A comunicação sempre foi e será a chave do sucesso nas relações afetivas, aquele que a conquistarem
estarão passos à frente no quesito maturidade emocional”, os verbos destacados concordam adequadamente com o
sujeito “relações afetivas”.
b) No excerto “Escolha o melhor momento e lugar para essa conversa”, a concordância nominal do vocábulo grifado faz-se,
adequadamente, com a forma do substantivo mais próximo.
c) “Os casais precisam entender que as diferenças existem e junto com elas uma razão de ser”: o verbo grifado deveria
estar, obrigatoriamente, no plural, para concordar com o sujeito “os casais”.
d) Em “Os pontos divergentes merecem ser comentados e assuntos que nos incomodam precisam ser expostos, para que
alternativas possam surgir e a plenitude na relação possam sempre existir”, todas as formas verbais concordam de
maneira adequada com os sujeitos a que se ligam.
e) Em “homens também acham importante falar sobre os incômodos e comportamentos inadequados, mesmo sendo uma
minoria neste assunto”, a concordância nominal foi feita de forma inadequada, já que o correto seria “uma minorias”.
______ alguns dias, ______ nesse local obras de arte valiosas. Hoje, só _______
escombros de um incêndio que chocou a todos.
“É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população,
aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de
sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema
técnico atual”.
A oração reduzida de gerúndio “abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico
atual” retoma como sujeito o seguinte sintagma:
a) de alternância.
b) condicional.
c) aditiva.
d) de explicação.
e) causal.
a) Trazer uma informação complementar, mas que não altera o sentido contido no
enunciado.
b) Trazer uma informação complementar, contrária a que está expressa fora dos
parênteses.
c) Trazer uma informação complementar em forma de comentário em que se pode
observar a memória da autora.
d) Trazer uma informação complementar para convencer os leitores sobre a
desumanidade contida nas redes sociais.
e) Trazer uma informação complementar que não melhora a argumentação contida
no texto.
Stephanie Ribeiro Rezende - stephanierezende0@gmail.com - CPF: 177.239.637-00
16. “Como os jogadores jogam depende deles, não de nós — afirmou o
executivo.”