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REVISÃO 1

ESA

ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS

PORTUGUÊS

01. TEXTO 1

É fato sabido que a colocação dos pronomes átonos no Brasil difere apreciavel-
mente da atual colocação portuguesa e encontra, em alguns casos, similar na lín-
gua medieval e clássica.
Em Portugal, esses pronomes se tornaram extremamente átonos, em virtude do
relaxamento e ensurdecimento de sua vogal. Já no Brasil, embora os chamemos
‘átonos’, são eles, em verdade, semitônicos. E essa maior nitidez de pronúncia,
aliada a particularidades de entoações e a outros fatores (de ordem lógica, psico-
lógica, estética, histórica, etc.), possibilita-lhes uma grande mobilidade de posição
na frase, que contrasta com a colocação mais rígida que têm no português euro-
peu.
Infelizmente, certos gramáticos nossos e grande parte dos professores da língua,
esquecidos de que esta variabilidade posicional, por ser em tudo legítima, repre-
senta uma inestimável riqueza idiomática, preconizam, no particular, a obediência
cega às atuais normas portuguesas, sendo mesmo inflexíveis no exigirem o cum-
primento de algumas delas, que violentam duramente a realidade lingüística brasi-
leira e que só podem ser seguidas na língua escrita, ou numa elocução altamente
formalizada.
Esta é, a nosso ver, a primeira distinção que as duas variantes nacionais da língua
portuguesa apresentam em sua forma culta: a vigência de uma só norma em Por-
tugal; no Brasil, a ocorrência de dualidade ou de assimetria de normas, com pre-
dominância absoluta da norma portuguesa no campo da sintaxe, o que dá a apa-
rência de maior coesão do que a real entre as duas modalidades idiomáticas, prin-
cipalmente na língua escrita.
É a história que vai explicar-nos esta relativa unidade da língua culta de Portugal e
do Brasil e as sensíveis, por vezes profundas, diferenças da língua popular em
áreas dos dois países.
(Celso Cunha. Política e cultura do idioma, In: Língua, nação e alienação. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1981, p.15-18. Adaptado.)

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TEXTO 2

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)

Tomando por base as afirmações do Texto 1, podemos concluir que a forma “me
dá um cigarro”, do Texto 2:

a) apesar de diferir da forma lusitana que está prescrita nas gramáticas e nos
manuais de língua portuguesa, representa a forma de uso mais habitual na variante
brasileira do português, e pode ser explicada pela variação de pronúncia.
b) embora seja de uso frequente no português do Brasil, deveria ser tratada com
maior rigor pelos gramáticos e professores da língua, já que, por ser uma forma
divergente do português de Portugal, é uma violência à nossa língua.
c) é uma forma permitida pelas gramáticas do Brasil, apesar de proibida pelas
gramáticas portuguesas, porque, aqui, os gramáticos e professores da língua são
mais flexíveis e apoiam certos usos próprios do idioma nacional.
d) além de comprovar o completo desconhecimento dos brasileiros em relação
à história da língua que falam, também evidencia a tendência brasileira de deturpar
a realidade linguística na qual os falantes estão inseridos.
e) representa, de fato, uma divergência clara entre o português do Brasil e o de
Portugal, sendo, conforme apontam os Textos 1 e 2, a forma preferida das pessoas
não-letradas da sociedade brasileira, com baixo grau de escolaridade.

02. Observe as frases abaixo.


I. Negros escravos ou libertos eram dois terços da população e se vestiam
ainda de acordo com sua nação de origem.
II. “ponha-se na rua”
III. O imigrante realmente foi-se embora do Brasil.

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Indique o item que expressa as funções da partícula se nas frases I, II e III, respec-
tivamente.

a) Indeterminação; realce; subordinação.


b) Reflexiva; reflexiva; realce.
c) Reflexiva; indeterminação; realce.
d) Adversativa; reflexiva; indeterminação.
e) Integração; indeterminação; reflexiva.

03. A concordância da palavra destacada atende às exigências da norma-pa-


drão da língua portuguesa em:

a) A existência de um plano de saúde e a atitude positiva dos chefes costumam


ser elogiados pelos funcionários da firma.
b) As embalagens e a apresentação dos produtos são decisivos para atrair a
atenção dos clientes.
c) O compromisso com os resultados e as boas relações pessoais são neces-
sárias ao crescimento da empresa.
d) O desempenho dos funcionários e as tendências do mercado precisam ser
consideradas na hora de abrir um negócio.
e) O propósito e as características de uma empresa devem ser bem definidos
para que ela tenha sucesso.

04. VIVA A NOSSA COADJUVÂNCIA

Todo trabalho de grupo tem uma pessoa que trabalha mais. Nunca me dediquei
tanto a nada na minha vida quanto à paternidade, mas, ainda assim, é preciso ser
sincero. Por mais esforçado que seja o pai, nos primeiros meses de vida do bebê,
somos como Chitãozinho, Sancho Pança, Robin, Pumba e aquele supergêmeo,
coitado, que só sabe virar água, enquanto a irmã vira qualquer tipo de animal
existente ou mitológico. Existe, na paternidade, uma grande desigualdade de su-
perpoderes.

Mil séculos de avanços científicos e o homem ainda não sabe fabricar um rim,
mesmo com todo o dinheiro do mundo, dentro do maior laboratório que há. A na-
tureza é sábia, não sei se o homem aguentava essa pressão. Tudo o que o meu

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corpo produziu na vida inteira foi uma pedrinha de dois milímetros de ácido úrico.
E até hoje reclamo da dor.

A mulher, sozinha, sem qualquer ajuda, faz um corpo inteiro: trilhões de células,
diz o Google. E tudo isso, pasme, prestando atenção em outra coisa.

Nunca vou me acostumar com isso: enquanto conversava comigo, a mãe da mi-
nha filha produziu um corpo inteiro dentro do corpo dela. Ao mesmo tempo em
que tomava banho, trabalhava, assistia a séries, ela fez, como se nada fosse,
braços, pernas, orelhas, olhos, pulmões, coração, fígado, estômago, bexiga, fez
coisas que ela não sabe nem pra que é que servem, fez baço, pâncreas, vesí-
cula, córnea. Da minha parte, tenho dificuldade em prestar atenção num filme en-
quanto faço um misto-quente. Imagina se eu tivesse que fazer um cérebro.

E não para por aí. Depois que o bebê nasce, a mãe ainda faz o leite. E ela não
precisa ter estudado alquimia nem nutrição nem culinária: o leite que ela faz é
perfeito e tem tudo de que o bebê precisa. E ela faz do próprio corpo uma lancho-
nete aberta 24 horas, um bandejão popular que produz uma seiva, até hoje, inimi-
tável.

Nesse processo todo, sobra pra gente o resto. Mas alto lá: a coadjuvância é, tam-
bém, uma arte. Não vou dizer que é fácil. Chitãozinho sabe das dificuldades de
se fazer segunda voz. Robin, coitado, precisa se humilhar numa vestimenta pra lá
de ridícula.

No nosso caso, a coadjuvância envolve coisa pra caramba: amar profundamente,


botar pra arrotar, trocar fralda, ninar, cantarolar, esterilizar, mas, sobretudo, lem-
brar todo dia que a mãe tá operando um milagre. Se dependesse de mim, tava ni-
nando uma pedrinha de ácido úrico.
(DUVIVIER, Gregorio. Folha de São Paulo. 25/2/2018. https://www1.folha.
uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/ 2018/02/viva-a-nossa-coadjuvancia.)

No trecho “Por mais esforçado que seja o pai, nos primeiros meses de vida do
bebê, somos como Chitãozinho, Sancho Pança, Robin, Pumba e aquele super-
gêmeo...”, o verbo destacado está na primeira pessoa do plural porque

a) concorda com a ideia de pais, incluindo o autor.


b) faz referência ao papel materno e paterno.
c) faz referência ao autor e à sua família.
d) é um uso anafórico ao sujeito.
e) aponta a mais de um adjetivo ao pai.

05. Leia o texto abaixo e depois responda a questão.


Discutir a relação realmente vale a pena?

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Relacionar-se com outra pessoa exige paciência, flexibilidade, vontade de
dar certo e uma visão embevecida de amor. A comunicação sempre foi e será
a chave do sucesso nas relações afetivas, aquele que a conquistarem estarão
passos à frente no quesito maturidade emocional. Pesquisas apontam que são
as mulheres que iniciam as DRs, mas homens também acham importante falar
sobre os incômodos e comportamentos inadequados, mesmo sendo uma mi-
noria neste assunto.
Os casais precisam entender que as diferenças existem e junto com elas uma
razão de ser, mas lembre-se, nem tudo precisa virar motivo de DR ou discus-
são, afinal de contas, alguns detalhes podem ser adaptados ou até mesmo re-
levados. Adaptar-se ao estilo do outro exige paciência, bom senso e compre-
ensão, não estamos aqui para suprir as expectativas e muito menos para nos
tornarmos uma cópia fiel do outro.
Os pontos divergentes merecem ser comentados e assuntos que nos inco-
modam precisam ser expostos, para que alternativas possam surgir e a pleni-
tude na relação possam sempre existir. Algumas dicas são fundamentais neste
processo:
Escolha o melhor momento e lugar para essa conversa: Atenção é um bem
raro hoje em dia, então evite elementos de distração.
Pense o que vai dizer: Muitas vezes não nos preocupamos como o outro vai
receber aquilo que temos a falar. Colocar-se no lugar do outro além de elegante,
evita novos desgastes.
Crie um momento adequado: Nada de conversar quando ambos estiveram
cansados, ocupados, fazendo algo que gostam muito ou quem sabe antes de
dormir, ser estratégico conta muito para o resultado final.
Aprenda a ouvir: O outro sempre tem algo a dizer, sempre. Antes de falar
procure ouvir, muitas respostas podem ser adquiridas neste momento. Imaginar
que você está sempre certo, além de ser chato, não te ajuda a melhorar.
Seja sincero, em amor: Muitas vezes não é o que falamos, mas a forma como
escolhemos passar o que desejamos. Se você ouvisse o que tem a dizer, como
se sentiria?
Por fim, lembre-se, se podemos amar o outro quando aprendemos a nos
amar, experimente.
(http://blog.tnh1.com.br/vamosfalardagente/discutir-a-relacao-realmentevale-

a-pena/.)

O texto em análise apresenta várias inadequações linguístico-textuais, proveni-


entes, por exemplo, de falhas no uso da pontuação e na observância às normas
de regência e concordância da norma padrão do português. Nesse texto,

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quanto ao uso das concordâncias nominal e verbal do português padrão, mar-
que a opção em que se faz uma afirmação correta.

a) No trecho “A comunicação sempre foi e será a chave do sucesso nas rela-


ções afetivas, aquele que a conquistarem estarão passos à frente no que-
sito maturidade emocional”, os verbos destacados concordam adequada-
mente com o sujeito “relações afetivas”.
b) No excerto “Escolha o melhor momento e lugar para essa conversa”, a con-
cordância nominal do vocábulo grifado faz-se, adequadamente, com a forma
do substantivo mais próximo.
c) “Os casais precisam entender que as diferenças existem e junto com elas
uma razão de ser”: o verbo grifado deveria estar, obrigatoriamente, no plural,
para concordar com o sujeito “os casais”.
d) Em “Os pontos divergentes merecem ser comentados e assuntos que nos
incomodam precisam ser expostos, para que alternativas possam surgir e
a plenitude na relação possam sempre existir”, todas as formas verbais con-
cordam de maneira adequada com os sujeitos a que se ligam.
e) Em “homens também acham importante falar sobre os incômodos e com-
portamentos inadequados, mesmo sendo uma minoria neste assunto”, a
concordância nominal foi feita de forma inadequada, já que o correto seria
“uma minorias”.

06. Assinale a alternativa com as palavras que preenchem correta e respectiva-


mente as lacunas no período a seguir.

______ alguns dias, ______ nesse local obras de arte valiosas. Hoje, só _______
escombros de um incêndio que chocou a todos.

a) Fazem, havia, existe


b) Fazem, havia, existe
c) Fazem, haviam, existem
d) Faz, haviam, existe
e) Faz, havia, existem.

07. Considere o seguinte parágrafo:

“É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta


pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da
Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações

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locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema
técnico atual”.

A oração reduzida de gerúndio “abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço


dos homens, do sistema técnico atual” retoma como sujeito o seguinte sintagma:

a) “uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais”


b) “a população aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra”
c) “descoberta pelas massas”
d) “o discurso da escassez”
e) “tais alicerces”

08. “Se estão lá, por que eu não as encontro?" A palavra "as", no fragmento ao
lado, é:
a) pronome;
b) preposição;
c) artigo;
d) interjeição;
e) substantivo.

09. RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,


Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo
5 Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
10 Tão simples, tão certa, tão fácil:
– em que espelho ficou perdida
a minha face?
(MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958.)

Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta.

a) Os termos “calmo”, “triste” e “magro” (v.2) acrescentam circunstâncias de


modo ao verbo “ter” (do primeiro verso), exercendo, pois, a função de adjuntos
adverbiais de modo.

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b) A oração “que nem se mostra” (v.8) está sintaticamente ligada ao substan-
tivo coração, caracterizando-o; portanto, essa oração exerce a função sintática de
adjunto adnominal.
c) O verbo “dar” (v. 9) significa notar, perceber e classifica-se como verbo tran-
sitivo direto, embora esteja ligado a seu complemento por meio de preposição.
d) O pronome pessoal “se” (v. 8) é recíproco e funciona como complemento do
verbo mostrar; já o pronome “que” (v.11) é relativo e funciona como adjunto ad-
verbial de lugar.

10. Texto para a questão abaixo

Noruega como Modelo de Reabilitação de Criminosos


O Brasil é responsável por uma das mais altas taxas de reincidência criminal
em todo o mundo. No país, a taxa média de reincidência (amplamente admitida
mas nunca comprovada empiricamente) é de mais ou menos 70%, ou seja, 7
em cada 10 criminosos voltam a cometer algum tipo de crime após saírem da
cadeia.
Alguns perguntariam “Por quê?”. E eu pergunto: “Por que não?” O que espe-
rar de um sistema que propõe reabilitar e reinserir aqueles que cometerem al-
gum tipo de crime, mas nada oferece, para que essa situação realmente acon-
teça? Presídios em estado de depredação total, pouquíssimos programas edu-
cacionais e laborais para os detentos, praticamente nenhum incentivo cultural,
e, ainda, uma sinistra cultura (mas que diverte muitas pessoas) de que bandido
bom é bandido morto (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).
Situação contrária é encontrada na Noruega. Considerada pela ONU, em
2012, o melhor país para se viver (1º no ranking do IDH) e, de acordo com
levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, o 8º país com a menor taxa de
homicídios no mundo, lá o sistema carcerário chega a reabilitar 80% dos crimi-
nosos, ou seja, apenas 2 em cada 10 presos voltam a cometer crimes; é uma
das menores taxas de reincidência do mundo. Em uma prisão em Bastoy, cha-
mada de ilha paradisíaca, essa reincidência é de cerca de 16% entre os homi-
cidas, estupradores e traficantes que por ali passaram. Os EUA chegam a re-
gistrar 60% de reincidência e o Reino Unido, 50%. A média europeia é 50%.
A Noruega associa as baixas taxas de reincidência ao fato de ter seu sistema
penal pautado na reabilitação e não na punição por vingança ou retaliação do
criminoso. A reabilitação, nesse caso, não é uma opção, ela é obrigatória.
Dessa forma, qualquer criminoso poderá ser condenado à pena máxima pre-
vista pela legislação do país (21 anos), e, se o indivíduo não comprovar estar
totalmente reabilitado para o convívio social, a pena será prorrogada, em mais
5 anos, até que sua reintegração seja comprovada.

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O presídio é um prédio, em meio a uma floresta, decorado com grafites e
quadros nos corredores, e no qual as celas não possuem grades, mas sim uma
boa cama, banheiro com vaso sanitário, chuveiro, toalhas brancas e porta, te-
levisão de tela plana, mesa, cadeira e armário, quadro para afixar papéis e fo-
tos, além de geladeiras. Encontra-se lá uma ampla biblioteca, ginásio de espor-
tes, campo de futebol, chalés para os presos receberem os familiares, estúdio
de gravação de música e oficinas de trabalho. Nessas oficinas são oferecidos
cursos de formação profissional, cursos educacionais, e o trabalhador recebe
uma pequena remuneração. Para controlar o ócio, oferecer muitas atividades,
de educação, de trabalho e de lazer, é a estratégia.
A prisão é construída em blocos de oito celas cada (alguns dos presos, como
estupradores e pedófilos, ficam em blocos separados). Cada bloco tem sua co-
zinha. A comida é fornecida pela prisão, mas é preparada pelos próprios deten-
tos, que podem comprar alimentos no mercado interno para abastecer seus
refrigeradores.
Todos os responsáveis pelo cuidado dos detentos devem passar por no mí-
nimo dois anos de preparação para o cargo, em um curso superior, tendo como
obrigação fundamental mostrar respeito a todos que ali estão. Partem do pres-
suposto que, ao mostrarem respeito, os outros também aprenderão a respeitar.
A diferença do sistema de execução penal norueguês em relação ao sistema
da maioria dos países, como o brasileiro, americano, inglês, é que ele é funda-
mentado na ideia de que a prisão é a privação da liberdade, e pautado na rea-
bilitação e não no tratamento cruel e na vingança.
O detento, nesse modelo, é obrigado a mostrar progressos educacionais, la-
borais e comportamentais, e, dessa forma, provar que pode ter o direito de
exercer sua liberdade novamente junto à sociedade.
A diferença entre os dois países (Noruega e Brasil) é a seguinte: enquanto lá
os presos saem e praticamente não cometem crimes, respeitando a população,
aqui os presos saem roubando e matando pessoas. Mas essas são consequên-
cias aparentemente colaterais, porque a população manifesta muito mais pra-
zer no massacre contra o preso produzido dentro dos presídios (a vingança é
uma festa, dizia Nietzsche).
LUIZ FLÁVIO GOMES
A ideia de explicação está presente em apenas uma das orações sublinhadas,
nas alternativas abaixo.

a) “… detentos, que podem comprar alimentos no mercado interno para


abastecer seus refrigeradores.”

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b) “Partem do pressuposto que, ao mostrarem respeito, os outros também
aprenderão a respeitar.”
c) “… é de cerca de 16% entre os homicidas, estupradores e traficantes que
por ali passaram.”
d) “…, tendo como obrigação fundamental mostrar respeito a todos que ali es-
tão.”
e) “…, reinserir aqueles que cometerem algum tipo de crime...”

11. No trecho “Nos tempos de Dom João VI, o corpo de um próspero negoci-
ante da região do Valongo é achado em uma ruela carioca”, a passagem desta-
cada expressa uma circunstância de

a) causa
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) tempo

12. Em “tem sempre tanta coisa nova e tentadora no mercado que fica impossível
acompanhar o passo da tecnologia”, a oração subordinada sublinhada é
a) adverbial causal.
b) adverbial consecutiva.
c) substantiva objetiva direta.
d) adjetiva explicativa.
e) substantiva subjetiva.

13.

https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/sabesp-traz-turma-monica-semana-meio- ambiente-102274

Na fala de Zé Lelé “Essa aí é di quê?”, o pronome demonstrativo está muito bem


empregado, isso também ocorre em:

a) Isso aqui não é Vitória nem é Glória de Goitá.


b) Mas esse setor de cá é como a estação de trens.

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c) No hospital, entraram mãe e filho; esse gemia de dor, enquanto aquela cho-
rava.
d) Quem vive aqui nesse Brasil de educação precária sofre muito.
e) Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta.

14. Na frase “Como nossa felicidade depende de nossa teoria transindividual da


transformação em relação ao que nos falta, a tarefa de educar nossas crianças
tornou-se um desafio contemporâneo”, estabelece-se uma relação:

a) de alternância.
b) condicional.
c) aditiva.
d) de explicação.
e) causal.

15. LIKES ESCONDIDOS NO INSTAGRAM NÃO VÃO AUMENTAR A AUTOES-


TIMA DE NINGUÉM

Descartando-se o sempre pulsante noticiário político, a principal novidade da se-


mana talvez tenha sido uma nova política do Instagram, batizada manchetes
afora de “fim dos likes” — ou das curtidas. Não é bem verdade que os likes aca-
baram, eles apenas estão escondidos dos nossos seguidores. Mas podemos, a
qualquer momento, descobrir o alcance de uma foto ou vídeo postados por nós
mesmos.
Primeiro problema, portanto: continuamos sabendo se bombamos ou “flopamos”.
E podemos continuar cultivando a ideia imaginária de sucesso ou fracasso a par-
tir de como lemos nossas estatísticas do coraçãozinho vermelho.
No entanto, a empresa afirma que a estratégia, ainda em fase de testes, tem o
propósito de permitir que os seguidores se concentrem mais nos conteúdos do
que em sua repercussão.
Ora, como? Seria revolucionário mesmo se as curtidas sumissem de vez. O que
seria de nós ao postar uma foto e não ter pistas sobre sua aprovação ou reprova-
ção? Seríamos mais livres de autocensura? Talvez o eterno enigma sobre o que
pensam os outros nos tornasse mais criativos.
A história fica ainda mais confusa quando acessamos os Stories e continua lá o
desenho de um olhinho seguido pelo número de visualizadores de cada capítulo
da nossa trama cotidiana. Acho tão perturbador quanto, por exemplo, o coração
de um ex numa foto (ou a falta dele), saber quem se interessa minimamente pela
nossa vida (e por qual motivo) e, principalmente, quem não dá a menor bola para
o que comemos no almoço, o novo corte de cabelo ou as fotos de férias.
Seja qual for o cenário, seguimos enganchados pelo olhar alheio, ao qual respon-
demos desde o nascer. As redes sociais só escancaram essa operação psíquica,
e o Instagram, convém lembrar, foi a plataforma que nasceu unicamente supor-
tada pela imagem (mas quem passou dos 30, como eu, deve se lembrar do sau-
doso Fotolog).

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Em psicanálise, especialmente a proposta por Jacques Lacan, um dos fiéis leito-
res de Freud, o sujeito se constitui a partir de um olhar externo. Uma linguagem
alheia. Uma família antecipa a chegada do bebê nas palavras que diz e no que
imagina sobre ele. Funda-se algo aí. Uma mãe ou um pai olham o recém-nascido
para compreender o que deseja o ser que ainda não fala. Ou seja, somos algo
porque primeiro somos olhados e adivinhados por alguém. Não há escapatória.
Estaremos neuroticamente fadados a repetir essa dança durante toda a vida, de
maneiras mais ou menos sintomáticas. Mais ou menos sofridas.
O Instagram é só mais um jeito de sermos olhados e, sobretudo, de buscar esse
olhar. Não é a rede que nos torna mais ansiosos, com autoestima em baixa,
achando a vida pouco colorida em comparação com as demais vidas da timeline.
A imagem é nosso problema essencial, dentro ou fora da tela do celular. É com
ela que temos de lidar, mesmo que as curtidas estejam escondidas. A gente con-
tinua sempre sabendo onde o calo aperta.
Fonte: Anna Carolina Lementy, O Globo, em 19.07.2019. Coluna “Celina”.

No sexto parágrafo, há a utilização de parênteses. Assinale a alternativa que des-


creve CORRETAMENTE tal utilização.

a) Trazer uma informação complementar, mas que não altera o sentido con-
tido no enunciado.
b) Trazer uma informação complementar, contrária a que está expressa fora
dos parênteses.
c) Trazer uma informação complementar em forma de comentário em que se
pode observar a memória da autora.
d) Trazer uma informação complementar para convencer os leitores sobre a
desumanidade contida nas redes sociais.
e) Trazer uma informação complementar que não melhora a argumentação
contida no texto.

16. Políticos podem violar regras do Facebook, inclusive com mentiras e insultos

O Globo

WASHINGTON — Com a aproximação das eleições presidenciais americanas, a


preocupação sobre o funcionamento da maior rede social do mundo aumenta,
mas o Facebook se diz preparado para evitar interferências no pleito, como acon-
teceu em 2016. Nesta terça-feira, Nick Clegg, ex-vice-primeiro-ministro britânico e
responsável pelas Relações Globais e Comunicações da companhia, fez um ba-
lanço sobre as ações tomadas nos últimos três anos e anunciou que discursos de
políticos (sem especificar essa classificação) estão livres para descumprir os pa-
drões de comunidade e não serão alvo de checadores de fatos.
— Eu sei que alguns vão dizer que deveríamos ser mais duros. Que estamos er-
rados em permitir que políticos usem nossa plataforma para dizer coisas desagra-
dáveis ou declarações falsas. Mas imagine o contrário — ponderou Clegg, du-
rante palestra no Atlantic Festival, em Washington. — Seria aceitável para a

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sociedade em geral que uma companhia privada se autonomeasse um árbitro
para tudo o que os políticos dizem? Eu acredito que não. Em democracias aber-
tas, os eleitores acreditam com razão que, como regra geral, eles devem ser ca-
pazes de julgar por eles mesmos o que os políticos dizem.
Os padrões de comunidade do Facebook definem os conteúdos que devem ser
removidos da rede social. É proibido, por exemplo, divulgar “conteúdo cruel e in-
sensível”, como zombar da morte de outras pessoas; promover bullying e assé-
dio; ou promover atos criminosos. Tudo isso está liberado para “políticos”, que
passam a ser considerados pessoas de notoriedade. Isso significa que eles po-
dem fazer comentários ou compartilhar publicações que violem os padrões de co-
munidade sem que os conteúdos sejam removidos.
— No Facebook, nosso papel é garantir o padrão do campo de jogo, não ser um
participante da política. Para usar o tênis como analogia, nosso trabalho é garan-
tir que a quadra esteja pronta, com a superfície plana, as linhas pintadas e a rede
na altura correta. Mas nós não pegamos a raquete para jogar. Como os jogado-
res jogam depende deles, não de nós — afirmou o executivo.
— É por isso que quero ser bem claro hoje: nós não encaminhamos discursos de
políticos para nossos checadores de fatos independentes, e nós geralmente per-
mitimos que eles fiquem na plataforma, mesmo quando violam nossas regras de
conteúdo.
Porém, existem duas exceções. Conteúdos com potencial de incitar a violência
podem ser removidos, pois os riscos podem não compensar o interesse público.
Os políticos também não poderão violar as regras de conduta em anúncios na
plataforma, que devem seguir os padrões de comunidade e as normas para
anunciantes. Em casos de compartilhamento de links, fotos e vídeos já desacredi-
tados, a publicação será acompanhada de informações de checadores de fatos e
sua divulgação será rebaixada.
[Adaptado.]
Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/politicos-podem-violar-regras-do-facebook-inclusive-com-menti-
ras-insultos-23973345.

“Como os jogadores jogam depende deles, não de nós — afirmou o executivo.”

O efeito de sentido decorrente do emprego da vírgula, nesse trecho do quarto pa-


rágrafo, é o de

a) metaforizar que os jogadores são os usuários da rede social.


b) defender o ponto de vista apresentado pelo autor da matéria jornalística so-
bre o Facebook.
c) intensificar a linguagem figurada quanto aos participantes do jogo de tênis
serem os políticos.
d) evidenciar a distinção entre o que cabe aos usuários e o que é papel do Fa-
cebook.

17. Considere o seguinte trecho do texto:

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“O século XX – com seus campos de concentração e esquadrões da morte, seu
militarismo e duas guerras mundiais, sua ameaça de aniquilação nuclear e sua
experiência de Hiroshima e Nagasaki – certamente deitou por terra esse oti-
mismo”.

O travessão duplo é usado no período com a função de

a) introduzir um discurso direto.


b) demarcar uma sequência.
c) ligar um termo ao outro.
d) sinalizar uma metáfora.
e) intercalar um aposto.

18. Amava Simão uma sua vizinha, menina de quinze anos, rica herdeira,
regularmente bonita e bem-nascida. Da janela do seu quarto é que ele a vira a
primeira vez, para amá-la sempre. Não ficara ela incólume da ferida que fizera
no coração do vizinho: amou-o também, e com mais seriedade que a usual nos
seus anos.
Os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor da mulher aos quinze
anos, como paixão perigosa, única e inflexível. Alguns prosadores de romances
dizem o mesmo. Enganam-se ambos. O amor dos quinze anos é uma brinca-
deira; é a última manifestação do amor às bonecas; é a tentativa da avezinha
que ensaia o vôo fora do ninho, sempre com os olhos fitos na ave-mãe, que a
está da fronde próxima chamando; tanto sabe a primeira o que é amar muito,
como a segunda o que é voar para longe.
Teresa de Albuquerque devia ser, porventura, uma exceção no seu amor.
Camilo Castelo Branco – Amor de perdição

Da janela do seu quarto é que ele a vira pela primeira vez. Passando-se a
oração em destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal correspon-
dente é:
a) foi vista.
b) havia visto.
c) estava sendo visto.
d) seria vista.

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e) fora vista.

19. “Isso não significa que as crianças fossem até então desprezadas.” Se esta
frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
a) desprezavam;
b) eram desprezadas;
c) desprezam;
d) seriam desprezadas;
e) desprezassem.

20.

CONSTITUIÇÃO Federal. Art. 1o. Disponível em: < http://br/www.google. com.search?num=10&hl=pt-BR&site=im-


ghp&tbm=BR&site=imghp&tbm = isch&source = hp&biw=1024&bih=623&qsobre+a+dignidade+da+pes soa+humana&oq=so-
bre+a+dignidade&gs_l=img. 1.2.0i24l3.4219.27109. 0.30188.43.16.11.16.25.1.515.4062.3- 6j1j3.10.0...0.0...1ac.1.0-
Rs8_E29kY>.

BADINTER,Robert. MENSAGEM. Disponível em:<http:// sofrases.com.enquanto-imperar-a-fome-aspx>.

Marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.


A análise dos recursos linguísticos usados na composição da mensagem veicu-
lada no texto II permite afirmar:

( ) O conector “Enquanto” expressa a ideia de proporcionalidade.


( ) O termo “à dignidade da pessoa humana” apresenta valor passivo, funcio-
nando como complemento nominal.
( ) A forma verbal “passará” expressa a incerteza da concretização de um fato
no futuro.
( ) A oração “que padecem estes males” restringe o sentido de “os”, que, por
sua vez, pode ser substituído por aqueles, sem prejuízo do contexto frasal.
( ) O pronome “estes” foi usado inadequadamente, uma vez que faz referência
a um termo enunciado antes, o que evidencia um desvio das normas gramaticais
que regem a língua padrão.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

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a) VVVVV
b) VFVFV
c) VVFFF
d) FFVVF
e) FVFVV

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REVISÃO ESA 1
Prof. Nome do Professor

PORTUGUÊS
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01. Tomando por base as afirmações do Texto 1, podemos concluir que a forma “me dá um cigarro”, do Texto 2:

a) apesar de diferir da forma lusitana que está prescrita nas gramáticas e nos manuais de língua portuguesa,
representa a forma de uso mais habitual na variante brasileira do português, e pode ser explicada pela variação
de pronúncia.
b) embora seja de uso frequente no português do Brasil, deveria ser tratada com maior rigor pelos
gramáticos e professores da língua, já que, por ser uma forma divergente do português de Portugal, é uma
violência à nossa língua.
c) é uma forma permitida pelas gramáticas do Brasil, apesar de proibida pelas gramáticas portuguesas,
porque, aqui, os gramáticos e professores da língua são mais flexíveis e apoiam certos usos próprios do idioma
nacional.
d) além de comprovar o completo desconhecimento dos brasileiros em relação à história da língua que
falam, também evidencia a tendência brasileira de deturpar a realidade linguística na qual os falantes estão
inseridos.
e) representa, de fato, uma divergência clara entre o português do Brasil e o de Portugal, sendo, conforme
apontam os Textos 4 e 5, a forma preferida das pessoas não-letradas da sociedade brasileira, com baixo grau
de escolaridade.
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02. Observe as frases abaixo.
I. Negros escravos ou libertos eram dois terços da população e se vestiam ainda de acordo com sua nação
de origem.
II. “ponha-se na rua”
III. O imigrante realmente foi-se embora do Brasil.

Indique o item que expressa as funções da partícula se nas frases I, II e III, respectivamente.

a) Indeterminação; realce; subordinação.


b) Reflexiva; reflexiva; realce.
c) Reflexiva; indeterminação; realce.
d) Adversativa; reflexiva; indeterminação.
e) Integração; indeterminação; reflexiva.

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A concordância da palavra destacada atende às exigências da norma-padrão
03.
da língua portuguesa em:

a) A existência de um plano de saúde e a atitude positiva dos chefes costumam


ser elogiados pelos funcionários da firma.
b) As embalagens e a apresentação dos produtos são decisivos para atrair a
atenção dos clientes.
c) O compromisso com os resultados e as boas relações pessoais são
necessárias ao crescimento da empresa.
d) O desempenho dos funcionários e as tendências do mercado precisam ser
consideradas na hora de abrir um negócio.
e) O propósito e as características de uma empresa devem ser bem definidos
para que ela tenha sucesso.
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04. No trecho “Por mais esforçado que seja o pai, nos primeiros meses de vida do
bebê, somos como Chitãozinho, Sancho Pança, Robin, Pumba e aquele
supergêmeo...”, o verbo destacado está na primeira pessoa do plural porque

a) concorda com a ideia de pais, incluindo o autor.


b) faz referência ao papel materno e paterno.
c) faz referência ao autor e à sua família.
d) é um uso anafórico ao sujeito.
e) aponta a mais de um adjetivo ao pai.

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05. O texto em análise apresenta várias inadequações linguístico-textuais, provenientes, por exemplo, de falhas no uso da
pontuação e na observância às normas de regência e concordância da norma padrão do português. Nesse texto, quanto ao
uso das concordâncias nominal e verbal do português padrão, marque a opção em que se faz uma afirmação correta.

a) No trecho “A comunicação sempre foi e será a chave do sucesso nas relações afetivas, aquele que a conquistarem
estarão passos à frente no quesito maturidade emocional”, os verbos destacados concordam adequadamente com o
sujeito “relações afetivas”.
b) No excerto “Escolha o melhor momento e lugar para essa conversa”, a concordância nominal do vocábulo grifado faz-se,
adequadamente, com a forma do substantivo mais próximo.
c) “Os casais precisam entender que as diferenças existem e junto com elas uma razão de ser”: o verbo grifado deveria
estar, obrigatoriamente, no plural, para concordar com o sujeito “os casais”.
d) Em “Os pontos divergentes merecem ser comentados e assuntos que nos incomodam precisam ser expostos, para que
alternativas possam surgir e a plenitude na relação possam sempre existir”, todas as formas verbais concordam de
maneira adequada com os sujeitos a que se ligam.
e) Em “homens também acham importante falar sobre os incômodos e comportamentos inadequados, mesmo sendo uma
minoria neste assunto”, a concordância nominal foi feita de forma inadequada, já que o correto seria “uma minorias”.

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06. Assinale a alternativa com as palavras que preenchem correta e respectivamente
as lacunas no período a seguir.

______ alguns dias, ______ nesse local obras de arte valiosas. Hoje, só _______
escombros de um incêndio que chocou a todos.

a) Fazem, havia, existe


b) Fazem, havia, existe
c) Fazem, haviam, existem
d) Faz, haviam, existe
e) Faz, havia, existem.
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07. Considere o seguinte parágrafo:

“É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população,
aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de
sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema
técnico atual”.

A oração reduzida de gerúndio “abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico
atual” retoma como sujeito o seguinte sintagma:

a) “uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais”


b) “a população aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra”
c) “descoberta pelas massas”
d) “o discurso da escassez”
e) “tais alicerces”
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08. “Se estão lá, por que eu não as encontro?" A palavra "as", no fragmento ao lado, é:
a) pronome;
b) preposição;
c) artigo;
d) interjeição;
e) substantivo.

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RETRATO

Eu não tinha este rosto de hoje,


Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo
5 Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
10 Tão simples, tão certa, tão fácil:
– em que espelho ficou perdida
a minha face?
(MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de
Janeiro: José Aguilar, 1958.)
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09. Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta.

a) Os termos “calmo”, “triste” e “magro” (v.2) acrescentam circunstâncias de modo ao


verbo “ter” (do primeiro verso), exercendo, pois, a função de adjuntos adverbiais de
modo.
b) A oração “que nem se mostra” (v.8) está sintaticamente ligada ao substantivo
coração, caracterizando-o; portanto, essa oração exerce a função sintática de adjunto
adnominal.
c) O verbo “dar” (v. 9) significa notar, perceber e classifica-se como verbo transitivo
direto, embora esteja ligado a seu complemento por meio de preposição.
d) O pronome pessoal “se” (v. 8) é recíproco e funciona como complemento do verbo
mostrar; já o pronome “que” (v.11) é relativo e funciona como adjunto adverbial de
lugar.
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10. A ideia de explicação está presente em apenas uma das orações sublinhadas,
nas alternativas abaixo.

a) “… detentos, que podem comprar alimentos no mercado interno para


abastecer seus refrigeradores.”
b) “Partem do pressuposto que, ao mostrarem respeito, os outros também
aprenderão a respeitar.”
c) “… é de cerca de 16% entre os homicidas, estupradores e traficantes que por ali
passaram.”
d) “…, tendo como obrigação fundamental mostrar respeito a todos que ali estão.”
e) “…, reinserir aqueles que cometerem algum tipo de crime...”
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11. No trecho “Nos tempos de Dom João VI, o corpo de um próspero negociante da região do
Valongo é achado em uma ruela carioca”, a passagem destacada expressa uma circunstância de
a) causa
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) tempo

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12. Em “tem sempre tanta coisa nova e tentadora no mercado que fica impossível
acompanhar o passo da tecnologia”, a oração subordinada sublinhada é
a) adverbial causal.
b) adverbial consecutiva.
c) substantiva objetiva direta.
d) adjetiva explicativa.
e) substantiva subjetiva.

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13. Na fala de Zé Lelé “Essa aí é di quê?”, o pronome demonstrativo está muito bem empregado, isso
também ocorre em:

a) Isso aqui não é Vitória nem é Glória de Goitá.


b) Mas esse setor de cá é como a estação de trens.
c) No hospital, entraram mãe e filho; esse gemia de dor, enquanto aquela chorava.
d) Quem vive aqui nesse Brasil de educação precária sofre muito.
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e) Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta.
14. Nafrase “Como nossa felicidade depende de nossa teoria transindividual da
transformação em relação ao que nos falta, a tarefa de educar nossas crianças tornou-
se um desafio contemporâneo”, estabelece-se uma relação:

a) de alternância.
b) condicional.
c) aditiva.
d) de explicação.
e) causal.

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15. No
sexto parágrafo, há a utilização de parênteses. Assinale a alternativa que
descreve CORRETAMENTE tal utilização.

a) Trazer uma informação complementar, mas que não altera o sentido contido no
enunciado.
b) Trazer uma informação complementar, contrária a que está expressa fora dos
parênteses.
c) Trazer uma informação complementar em forma de comentário em que se pode
observar a memória da autora.
d) Trazer uma informação complementar para convencer os leitores sobre a
desumanidade contida nas redes sociais.
e) Trazer uma informação complementar que não melhora a argumentação contida
no texto.
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16. “Como os jogadores jogam depende deles, não de nós — afirmou o
executivo.”

O efeito de sentido decorrente do emprego da vírgula, nesse trecho do quarto


parágrafo, é o de

a) metaforizar que os jogadores são os usuários da rede social.


b) defender o ponto de vista apresentado pelo autor da matéria jornalística
sobre o Facebook.
c) intensificar a linguagem figurada quanto aos participantes do jogo de tênis
serem os políticos.
d) evidenciar a distinção entre o que cabe aos usuários e o que é papel do
Facebook.
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17. Considere o seguinte trecho do texto:

“O século XX – com seus campos de concentração e esquadrões da morte, seu


militarismo e duas guerras mundiais, sua ameaça de aniquilação nuclear e sua
experiência de Hiroshima e Nagasaki – certamente deitou por terra esse otimismo”.

O travessão duplo é usado no período com a função de

a) introduzir um discurso direto.


b) demarcar uma sequência.
c) ligar um termo ao outro.
d) sinalizar uma metáfora.
e) intercalar um aposto.
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18.Da janela do seu quarto é que ele a vira pela primeira vez. Passando-se a
oração em destaque para a voz passiva analítica, a forma verbal correspondente é:
a) foi vista.
b) havia visto.
c) estava sendo visto.
d) seria vista.
e) fora vista.

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19. “Isso
não significa que as crianças fossem até então desprezadas.” Se esta frase for
transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
a) desprezavam;
b) eram desprezadas;
c) desprezam;
d) seriam desprezadas;
e) desprezassem.

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20. Marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
A análise dos recursos linguísticos usados na composição da mensagem veiculada no texto II permite afirmar:

( ) O conector “Enquanto” expressa a ideia de proporcionalidade.


( ) O termo “à dignidade da pessoa humana” apresenta valor passivo, funcionando como complemento nominal.
( ) A forma verbal “passará” expressa a incerteza da concretização de um fato no futuro.
( ) A oração “que padecem estes males” restringe o sentido de “os”, que, por sua vez, pode ser substituído por aqueles, sem
prejuízo do contexto frasal.
( ) O pronome “estes” foi usado inadequadamente, uma vez que faz referência a um termo enunciado antes, o que evidencia
um desvio das normas gramaticais que regem a língua padrão.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a a) VVVVV


b) VFVFV
c) VVFFF
d) FFVVF
e) FVFVV

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