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Entretanto, isso não quer dizer que há perda dos aspectos informais da
língua, ou seja, continuaremos sempre a falar com pessoas de nossa
intimidade da mesma forma. Adquirir outros modos de falar, apenas
“alarga nossa capacidade de comunicação”.
Já parou para pensar que tudo para nós, seres humanos, tem de ter uma
explicação?
Isso chama a atenção para uma coisa que fazemos constantemente, mas
não nos damos conta: procuramos sempre dar um sentido aos fatos,
interpretar situações, interpretar o mundo e a vida.
“Não é possível não comunicar... não existe comportamento que não
seja comunicação.”
(Paul Watzalawick)
E ai, brother?
Adaptar a linguagem para situações formais ou informais fazem parte de nossa realidade,
embora muitas vezes não identifiquemos isso.
A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por
um código, e a linguagem é o veículo de expressão.
Como vimos anteriormente, a língua também varia de acordo com o contexto de comunicação,
já que não falamos sempre do mesmo modo. Sendo necessário, portanto, distinguir
informalidade da linguagem vulgar ou popular.
O Português é a língua oficial de Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e outros países. Porém,
possui algumas variações, de acordo com a região em que é falado, formando o que
chamamos de dialetos regionais ou geográficos.
Assim como a dança, a música, as imagens, os gráficos e os gestos, as línguas são diferentes
formas de expressão ou linguagens. Uma vez que o texto é um produto social, existe uma
relação intrínseca entre ele, a cultura, o momento histórico e a ideologia em que é formado.
... Se a linguagem é uma capacidade humana, por que todos nós não falamos a mesma língua?
Tente responder à seguinte questão: por que uma criança de família chinesa, que nasce na
França, por exemplo, fala francês e também chinês?
No caso das crianças chinesas, ela fala as duas línguas porque tem contato com as duas
culturas. Em casa, por exemplo, a criança fala chinês com os familiares, já na rua e nos demais
meios sociais, principalmente na escola, ela fala o idioma francês.
Linguagem, língua... mas e na prática?
A atividade de comunicação que fazemos todos os dias, aparentemente sem muito esforço,
não é tão simples assim. Antes da fala sair de sua boca, você pensa, elabora o que quer
comunicar, depois procura palavras e construções adequadas na língua para que essa fala
possa ser entendida pelos outros.
A linguagem é uma capacidade humana e a língua uma espécie de “contrato” entre as pessoas
em uma sociedade e é por ser uma capacidade humana que os analfabetos conseguem se
comunicar, mesmo sem saber ler e escrever.
Isso quer dizer que, para haver comunicação, basta o indivíduo “acionar” a capacidade mental
(linguagem) e articular o código social (língua).
1.
Domingo, 15 de julho de 2007
O texto seguinte já foi escrito há algum tempo. Não modifiquei nada nele
porque acho que se ele faz parte do meu “passado” não tem que ser alterado.
Bem, como toda a gente sabe, o que está na moda é comprar bolos em
miniaturas: mini pastel de nata, mini queque, mini qualquer coisa!!! Porque
não fazem mini tartes de amêndoa, mini pampilhos (não que eu desgoste de
estes serem grandinhos :D) ou mini xadrezes? MINI??? Estou farta da palavra
MINIII!!! Ok, ok... Revoltem-se comigo... Dá para levar mais, né?
Ora... Na minha visão do assunto, só fazem miniaturas de bolos que já são
pequenos, que se comem com a mão (não dá jeito comer com garfo e faca,
penso eu). O pastel de nata. É bom, não é? É pequeno não é? Os meninos
comem o creme com uma colher de café... Já viram o desgosto deles ao
verem uma coisa tão pequena que ao meterem lá a colher e a tirarem, ficam
sem o conteúdo que eles tanto adoram? E depois os pais? “Não comas mais
nenhum Jaquinzinho! Olha que engordas com tanto pastel de nata!” Woi? A
indignação do menino: “É tão pequeno! Se comer dois é o mesmo que um. Não
é justo. Eu prefiro os maiores porque assim como mais quantidade de uma
vez, yaaaaaaa?” Weird? Little bit :X
Ok... Já percebeste que eu fico mais indignada quando se fala de pastéis de
nata mas pronto... =X
Que direito têm as pastelarias de o fazer??? Eu acho é que deveriam ser ainda
maiores! O maior sonho do homem, desde que dá à luz, é comer um pastel de
nata tão grande que tenha de ser comido com garfo e faca!! É ou não?
Pensem um bocadinho sobre este assunto tão sério. Talvez concordem
comigo! Ah! E lembrei-me! Então e os donuts? Aquilo acaba num instante!! E
agora também são minis?
Digam-me se isto tem alguma razão de ser!
Já agora digam também “Que coisa tão estúpida!”
E que nunca tinham pensado nisto...
Há sempre uma primeira vez para tudo!
Marta
Leia as alternativas abaixo e aponte aquela que melhor corresponde ao
texto em questão:
2.
Na passagem “O texto seguinte já foi escrito há algum tempo. Não
modifiquei nada nele porque acho que se ele faz parte do meu ‘passado’
não tem que ser alterado”, podemos depreender que:
Seu colega de trabalho está preso no aeroporto de outra cidade porque o tempo está ruim e
só poderá voltar para casa no dia seguinte. Você terá que comunicar esse fato a quatro
destinatários diferentes. Relacione o discurso que pareça mais adequado ao interlocutor em
questão.
Como vimos, a língua varia de acordo com a situação, com a idade do falante, com a
formalidade ou informalidade do encontro, com as pessoas envolvidas etc.
Enfim, possuímos diversos contextos em que a língua se acomoda. Esse fenômeno é chamado
de Variação Linguística. Entretanto, mesmo que haja variação, sempre será necessário que os
elementos da língua estejam ordenados e relacionados de forma a haver textualidade.
Variação Linguística
A língua não é una (com N mesmo), ou seja, não é indivisível; ela pode ser considerada um conjunto de dialetos. Alguém já disse
que em país algum se fala uma língua só. Há várias línguas dentro da oficial. E no Brasil não é diferente. Cada região tem seus
falares, cada grupo sociocultural tem o seu. Pode-se até afirmar que cada cidadão tem o seu. A essa característica da Língua
damos o nome de .
Qualquer cidadão, quando resolve emitir algumas palavras, faz isso não isoladamente. As frases ditas por cada um de nós não são
construídas por nós próprios, mas sim por tudo que nos fez tornar o que somos hoje: nossa família, a terra em que nascemos e em
que vivemos, as escolas em que estudamos (principalmente nas séries iniciais), as pessoas com as quais convivemos, os livros que
lemos, os filmes a que assistimos, enfim, nossa maneira de falar é formada, não é criada. E é formada pouco a pouco. Aliás, nunca
é totalmente acabada. Imagine um idoso que nunca aprendeu a ler nem a escrever entrando em contato com as letras; seu
mundo se transformará. Ele se apoderará de um conhecimento nunca antes imaginado. Passará a usar expressões desconhecidas
até então e se tornará um cidadão de fato. O mesmo acontece com os indivíduos que aprenderam a ler e a escrever, mas que não
leem nem escrevem jamais. Se passarem a entrar em contato com o mundo das letras, por meio de romances, contos, textos
filosóficos e poesias, transformarão sua visão de mundo e passarão a ter um novo falar, uma vez que terão o que falar: aquilo que
leram.
A variação linguística mais evidente é a que corresponde ao lugar em que o cidadão nasceu ou no qual vive há bastante tempo. Há
jeitos de pronunciar as palavras, há melodias frasais diferentes de região para região. A variação mais famosa do Brasil é o chiante
do carioca da gema.
Antes de continuar, um adendo ao que acabei de escrever: o adjetivo não é depreciativo ao modo de falar do carioca, e sim um
termo usado na fonologia – ou fonética – que representa um som cujo ponto de articulação é pré-palatal, como ocorre nas
palavras e . É assim que o carioca pronuncia o . E a locução ? Você sabe o significado dela? É o mesmo que . Carioca da gema,
portanto, é o cidadão nascido na cidade do Rio de Janeiro; não aquele que para lá foi e lá vive há muitos anos.
Voltemos à variação linguística, então: dizia eu que a mais famosa é o chiante do carioca. É a mais famosa, mas não é a única.
Outra bastante perceptível pelo visitante é o retroflexo do norte-paranaense quando pronuncia palavras como e do habitante do
interior de São Paulo quando pronuncia essas mesmas palavras e também as que têm entre vogais: . Retroflexo significa . É o que
acontece com a língua quando ocorre a pronúncia das palavras apresentadas: a ponta dela é flexionada para trás, às vezes até
exageradamente. É uma pronúncia idêntica à de em Inglês.
Também o (ele), na região de Pato Branco, PR, que é alveolar, mesmo antes de consoante e no final da palavra. Alveolar é o nome
dado à consoante que, quando pronunciada, é articulada com a ponta da língua próxima ou em contato com os alvéolos dos
dentes incisivos superiores. Na região de Pato Branco, pronuncia-se o de da mesma forma que o de .
A essa variação, que corresponde ao lugar, dá-se o nome de Essa palavra é formada pelos seguintes elementos:
A pode ocorrer, como vimos no parágrafo anterior, com . Quando isso acontecer, dizemos que ocorreu uma variação , já que
fonética significa .
A diferença, porém, pode não ser de som, mas sim de vocabulário, ou seja, de em sua estrutura. Por exemplo, em Curitiba, PR, os
jovens chamam de o estojo escolar para guardar canetas e lápis; no Nordeste, é comum usarem a palavra para representar um
carinho feito em alguém; o que em outras regiões se chamaria de . , no Norte e no Nordeste, é a ou o . Essa variação
denominamos de variação , já que lexical significa .
A diferença pode não ser de som nem de vocabulário. Pode estar na , ou seja, na frase toda. Em algumas regiões brasileiras é
comum a utilização do pronome ; em outras, não. No Maranhão, no Espírito Santo e no Rio Grande do Sul, um cidadão diria o
seguinte: . Na maioria dos outros estados, o cidadão diria assim: A essa variação chamamos de variação d, já que significa
Outra variação bastante evidente também é a que corresponde à camada social da qual o indivíduo faça parte. O falar de um
cidadão é subordinado ao nível socioeconômico e cultural dele. Quanto mais estudo tiver, mais bem trabalhadas serão suas frases.
Quanto mais livros ler, mais cultura terá. Quanto mais exemplos tiver de seus pais e professores, mais facilmente se comunicará
com os demais.
Essa variação, no Brasil, é facilmente identificada. Basta conversar com um cidadão humilde, com poucos anos de estudos, que já
perceberá uma linguagem diferente da habitual de outras classes sociais. Frases como ou como não são ouvidas em um ambiente
em que estejam professores, médicos, cientistas, advogados, etc. São frases comuns a quem não teve oportunidades para
ascender a estratos sociais mais privilegiados.
A essa variação, que corresponde ao , à camada social e cultural do indivíduo, dá-se o nome de . Essa palavra é formada pelos
seguintes elementos:
A variação diastrática, como também ocorre com a diatópica, também pode ser f, dependendo do que seja modificado pelo falar
do indivíduo: falar , é variação diastrática fonética. Usar no lugar de é variação diastrática lexical. E falar no lugar de é variação
diastrática sintática.
A última variação, não menos importante que as anteriores, é a que corresponde à licença que cada um de nós tem para falar e
escrever o que bem entender da maneira que quiser. É a que permite um cidadão culto usar informalmente a expressão no lugar
de . É a linguagem informal, solta, às vezes até desleixada. Principalmente o jovem tem o hábito de usar essa variação. É bastante
comum ouvirmos um ,com o aberto, numa conversa entre adolescentes ou um na alta sociedade. É comum também essa
variação na linguagem caseira, em que pai, mãe e filhos não estão preocupados com a comunicação dentro da norma padrão, ou
na linguagem descontraída de uma roda de amigos. Outra modalidade desta variação ocorre na Literatura, na qual o autor de
poesias, contos, romances, novelas, etc. tem a liberdade de cometer deslizes, de inventar palavras, de recriar estruturas sintáticas,
enfim, tem liberdade para aplicar seu estilo em seus escritos. Isso tem até nome: ou .
A essa variação, que corresponde à liberdade de expressão, dá-se o nome de Essa palavra é formada pelos seguintes elementos:
A variação diafásica, como ocorreu com a diatópica e com a diastrática, pode ser também fonética, lexical e sintática, dependendo
da liberdade de que o indivíduo tenha se apossado. Dizer , com o aberto, não porque more em determinado lugar nem porque
todos de sua camada social usem, é usar a variação . Um padre, em um momento de descontração, dizer para representar o , usa
a variação . E, finalmente, um advogado dizer , também num momento de descontração, no lugar de é usar a variação
Temos um texto toda vez que apresentamos uma ideia completa, mesmo que isso seja feito
através de uma única palavra. Percebemos com isso que um texto não é uma questão de
quantidade de palavras, mas, sim, de comunicação, da capacidade de passar uma mensagem
que possa ser entendida pelo interlocutor ou pelo leitor.
Tente, então, no espaço abaixo, reescrever a frase, de forma que ela faça sentido.
A frase pode ser escrita de duas maneiras, veja:
OU
Há diferentes tipos de coesão, que são responsáveis pela chamada “tessitura do texto”.
Veja um exemplo:
Aprofundando o assunto
Mas esse entrelaçamento não deve ser feito de qualquer jeito, pois um texto, para possibilitar
o entendimento, deve ser claro, concorda?
Essa qualidade está relacionada diretamente aos elementos coesivos, responsáveis por
promover a ligação entre as partes.
Veja agora os dois tipos básicos de coesão (clique nas palavras em destaque nas caixas para
ver os exemplos de emprego):
Coesão
Coesão sequencial: Temporal
a informação progride
Por conexão
Lexical - Permite o entrelaçamento do texto pela substituição/omissão de palavras (podemos
destacar o uso de sinônimos e hiperônimos).
Temporal -Permite a progressão da informação pela ordenação linear dos elementos, pela
utilização de partículas temporais e pela correlação dos tempos verbais.
Por conexão - Auxilia na compreensão do texto como um todo. Pode ser vista por meio dos
operadores do tipo lógico e operadores discursivos, dentre outros.
Agora vamos tratar da coerência textual
Você já ouviu alguém dizer que as informações de um texto estavam incoerentes? Ou até
mesmo que uma pessoa era incoerente?
Pois é, isso acontece quando não conseguimos estabelecer coerência entre as partes de um
texto. Deste modo, cada uma dessas partes acaba apresentando informações que são opostas,
contraditórias, gerando incompreensão.
2 - O tempo;
Como leitores, precisamos, muitas vezes, acionar o nosso conhecimento de mundo para
completar uma mensagem e construir um texto.
É o que acontece, por exemplo, quando lemos mensagens que buscam a economia da
linguagem, como no caso das comunicações via internet, ou quando procuramos atribuir
significado a textos poéticos.
Como acabamos de ver, uma das formas de se garantir que um grupo de palavras seja
denominado texto é a presença de recursos linguísticos e semânticos (como a coesão e a
coerência).
Entretanto, nossa leitura vai além, já que temos necessidade de recorrer ao nosso
conhecimento (experiência de vida, senso comum, formação acadêmica etc.) para que um
texto faça sentido, signifique alguma coisa.
Já não basta mais garantirmos que as palavras sejam reconhecidas e que a sequência de
palavras esteja encadeada de forma coesa e coerente. É preciso recorrer a outros recursos
para se ler um texto. Esse é o caso, por exemplo, do recurso de Hipertexto!
Quando linkamos duas coisas estamos fazendo uma ponte, não é mesmo?
Veja um exemplo.
Percebeu que até agora, você seguiu uma sequência para conhecer o que é hipertexto?
É justamente disso que estamos tratando, pois o hipertexto pode ser entendido como uma
espécie de conexão em que as informações podem ser lidas em diferentes sequências.
O leitor segue vários caminhos para desvendar/desdobrar a mensagem, assim como você está
fazendo para conhecer esse conceito.
É graças à coesão, por exemplo, que conseguimos compreender um texto com mais facilidade.
Se, quando lermos, identificarmos os chamados elos coesivos, que nos remetem a formar a
sequência de ideias e as mensagens que vão construindo o sentido do texto, conseguiremos
entender a mensagem com muita mais clareza e rapidez.
Nessa aula, para aprofundar o assunto, trabalharemos mais aspectos relacionados à coesão
como fonte de auxílio à coerência textual.
2ª tentativa:
3ª tentativa:
4ª tentativa:
Você reparou que neste exercício em dois momentos podíamos usar o MAS ou o PORÉM ?
Os dois podem ser utilizados nas frases em questão, pois são conjunções adversativexpressam
ideias contrárias, de oposição.
No caso do PORTANTO e do LOGO isso também aconteceu, pois ambos são conclusivos.
E, por mostrar a causa, as conjunções VISTO QUE, JÁ QUE e PORQUE poderiam ocupar as
mesmas lacunas.
Já o QUANDO , que apresenta a ideia de tempo, só poderia ser utilizado naquela sentença.
Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, queremos
dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente, ou seja,
estabelece-se relações lógicas entre as ideias contidas no texto.
Você deve estar se perguntando se não se pode construir contos com fatos reais. Sim, claro
que isso é possível! Porém o conto, como tem a função fundamental de contar uma história
que poderá ser situada num tempo específico, vai criar uma realidade. Por isso é possível o
leitor poder contar a história em qualquer época, porque ela tem contexto próprio.
O texto “Almoço de Domingo”, por ser uma crônica, conta fatos do cotidiano, fatos reais:
necessita que o tempo, as personagens e o local sejam esclarecidos, porque não traz um
contexto pronto. Logo, precisa do contexto da situação, exatamente por lidar com fatos do
cotidiano. As crônicas também apresentam outro aspecto, como o de analisar, comentar,
argumentar, criticar determinadas situações. Assim, um grande propósito do texto da crônica
é aproveitar o fato para fazer comentários e até apresentar aspectos divertidos da situação.
Podemos observar que, na crônica de Rubem Braga, não há um contexto que possa esclarecer
o leitor sobre a situação retratada. Assim, o autor apresenta os personagens e os fatos de
maneira que sejam facilmente identificados. Os elementos do texto são apresentados de
forma clara, a fim de que o leitor não tenha dificuldades em contextualizar a situação
apresentada. O texto apresenta uma situação cotidiana. A narrativa é informal e a linguagem
utilizada é coloquial.
Na aula anterior, tratamos de alguns textos argumentativos. Textos desse tipo têm
um objetivo principal: convencer o outro de que seu ponto de vista está correto. Isto
pode ser feito de várias maneiras. Porém, existe um ambiente de extrema
formalidade em que o autor do texto precisa convencer, persuadir o outro a pensar
como ele, pois, assim, ele ganhará a causa. Esse é o ambiente jurídico.
Apresentaremos, a seguir, um texto típico do mundo jurídico: a petição, uma forma
de pedir, de reivindicar através da fundamentação na lei.
A propaganda tem por objetivo influenciar o receptor da mensagem a adquirir um
produto ou um serviço, mas também pode procurar mudar uma atitude. São bons
exemplos as campanhas de antitabagismo, consumo consciente de recursos
naturais, direção responsável, controle de poluição do meio ambiente, entre outras.
Na propaganda do Ministério da Saúde contra o hábito de fumar, podemos
perceber a intenção de convencer o receptor a parar de fumar. Para atingir o seu
objetivo, o emissor empregou a ambiguidade, ou duplo sentido, da palavra
“droga”, pois estamos acostumados a associar o seu significado às drogas ilícitas, e
não às substâncias químicas. Ao enfatizar o significado com o qual não estamos
habituados, o emissor pretendeu provocar uma sensação de estranhamento diante
da mensagem e, consequentemente, captou a atenção do receptor.