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Colégio XIX de Março

Educação do jeito que deve ser

2018
1ª PROVA SUBSTITUTIVA DE PORTUGUÊS

Aluno(a): Nº

Ano: 8º Turma: Data: 07/05/2018 Nota:

Professor(a): Paula Querino Valor da Prova: 40 Pontos

Orientações gerais:

1) Número de questões desta prova: 15


2) Valor das questões: Abertas (5): 4,0 pontos cada. Fechadas (10): 2,0 pontos cada.
3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.
4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação
comprometida.
5) Tópicos desta prova:
- Textos, interpretação e Redação
- Livro: Quem conta um conto e outros contos
- Concordância
- Sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do singular / SE
- Comparação/Metáfora/ Onomatopeia/ Hipérbole/ Eufemismo
- Denotação e Conotação

1ª Questão:

Entrevista / José Paulo Paes


“Há uma geração sem palavras”

A malhação física encanta a juventude com seus resultados estéticos e exteriores. O que pode ser
bom. Mas seria ainda melhor se eles se preocupassem um pouco mais com os “músculos cerebrais”,
porque, como diz o poeta e tradutor José Paulo Paes, “produzem satisfações infinitamente superiores”.

Por Marli Ribeiro.

O senhor já disse que a identidade nacional estava abalada pelo desrespeito à língua
portuguesa. A situação continua a mesma ou se agravou?
— Temos hoje o que poderíamos classificar como uma geração sem palavras. O jovem em geral tem
um vocabulário limitado e quase não tem o costume de
conversar. Hoje eles vivem experiências praticamente idênticas. Eles assistem ao mesmo filme, jogam
o mesmo videogame, torcem para os mesmos times ou um time diferente que nem chega a ser tão
diferente assim, de modo que eles não têm o que comunicar um ao outro. A conversa deles é legal
ou então é isso aí. É uma espécie de linguagem enfática, de confirmação. Com isso, eles vão perdendo
a capacidade de formular o pensamento. A questão da língua não é tanto a questão da correção
gramatical, o principal da língua é a capacidade de expressão, de construir pensamentos e de
transmiti-los, fazendo-os inteligíveis. Essa capacidade está se perdendo progressivamente. A gente

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conversa com um jovem e vê que o falar dele é interrompido a todo o momento. Muitas vezes, ele
não chega a completar a frase. (...)
Por que aquilo que é mais fácil, digerível, atinge mais rápido as pessoas?
— Tudo vai depender do ambiente em que se vive. Se o indivíduo tem suas qualidades e virtualidades
estimuladas vai desenvolvê-las, caso contrário, elas ficarão adormecidas. Um exemplo de luta contra
a inércia muito presente na atual juventude pode ser visto na preocupação com a malhação, a
ginástica e o esporte. É evidente que a ginástica interior é muito mais cansativa. Os músculos da
inteligência são mais difíceis de adestrar, mas dão satisfações muito maiores. (...)
Soma-se a isso o que o senhor chama nossa síndrome de mazombismo1...
— No Brasil estamos vivendo uma época de total mazombismo. É o Brasil da capital Miami. Que bom
se fosse Brasil capital Atenas, ou Moscou. Cidades culturais. Mas é Miami. Na linguagem, só temos o
chamado latim do marketing, que é o inglês. Eu tenho uma proposta que seria a de nós adotarmos o
inglês como língua nacional, para podermos estudar o português como segunda língua. Aí todos a
aprenderiam.
Texto adaptado de: Jornal do Brasil, Caderno B, Rio de Janeiro: 28 dez. 1996, p. 6.

Vocabulário:
Mazombo: era, no Brasil Colônia, o filho de portugueses nascidos no Brasil que sofria de nostalgia
por não ser europeu; atualmente, mazombo é o filho de pais estrangeiros que nasceu no Brasil.

a) O entrevistado afirma que os jovens “quase não têm o costume de conversar”, que “não têm o que
comunicar um ao outro”. Segundo o entrevistado José P. Paes, qual é a causa de os jovens não terem
o que comunicar um ao outro?
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b) O entrevistado caracteriza a linguagem dos jovens como uma “linguagem enfática, de confirmação”.
Com base nos exemplos dados pelo entrevistado — as expressões “legal” e “é isso aí” — explique o
que ele chama de linguagem enfática, de confirmação.
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c) A que se refere a expressão “músculos da inteligência”?


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d) Segundo o entrevistado, os “músculos da inteligência são mais difíceis de adestrar, mas dão
satisfações muito maiores”. Quais são as satisfações?
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Texto para as questões 2 e 3:

TOCANDO EM FRENTE
(Almir Sater / Renato Teixeira)

Ando devagar porque já tive pressa Compreender a marcha e ir tocando em frente


E levo esse sorriso porque já chorei demais Como um velho boiadeiro levando a boiada
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu
Quem sabe eu só levo a certeza sou
De que muito pouco eu sei Estrada eu vou
Ou nada sei Todo mundo ama um dia
Conhecer as manhas e as manhãs Todo mundo chora um dia
O sabor das massas e das maçãs A gente chega e no outro vai embora
É preciso amor para poder pulsar Cada um de nós compõe a sua história
É preciso paz para poder sorrir E cada ser em si
É preciso chuva para florir Carrega o dom de ser capaz
Penso que cumprir a vida seja simplesmente E ser feliz

2ª Questão: Há várias comparações no texto que nos levam a concluir que o poeta fala:
a) da boiada
b) do boiadeiro
c) do sabor das frutas
d) dos dias vividos
e) do dom da felicidade de cada um de nós

3ª Questão: Nos versos 5 e 6, o poeta demonstra que se considera um homem:


a) orgulhoso b) sem cultura c) experiente d) humilde e) sem rumo definido.

4ª Questão: A- Analise as frases a seguir


I. Aquela aluna é fera nos esportes radicais.
II. Os funcionários do zoológico conseguiram enjaular a fera.
III. Acabei de assistir ao filme "A bela e a fera".
IV. Pedro virou uma fera quando soube da notícia.
a) Das frases citadas, em qual(is) a palavra fera foi usada em sentido conotativo e em qual(is)
emsentido denotativo?

Conotativo – _____________________________________________________________________
Denotativo – _____________________________________________________________________

b) Qual é a diferença entre sentido conotativo e sentido denotativo?


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B- Analise o cartaz a seguir:

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a) Por que podemos afirmar que a imagem utilizada no cartaz é um exemplo de metáfora visual?
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b) Qual é a mensagem que se pretende transmitir com a imagem?


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5ª Questão: Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada em sentido figurado:


a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na incompreensão das sociedades por onde
passa.”
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na manhã, duas máscaras calmas.”(Mário
Quintana)
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha de meu próprio espanto.”
d) “Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora sentes / Só se esquece no perdão.”
e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.” (Carlos Drummond de Andrade)

6ª Questão: A figura de linguagem empregada nos versos em destaque é:

“Quando a Indesejada das gentes chegar

(Não sei se dura ou caroável)


Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”

a) hipérbole b) eufemismo c) metáfora d) comparação e) onomatopeia

6ª Questão: Coloque:

(1) Comparação (3) Hipérbole


(2) Metáfora (4) Eufemismo

( ) "O pavão é um arco-íris de plumas."


( ) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono."
( ) “No tempo de meu Pai, sob estes galhos,/Como uma vela fúnebre de cera,/Chorei bilhões de
vezes com a canseira / De inexorabilíssimos trabalhos!”
( ) Aqueles olhos eram como dois faróis acesos.
( ) Aquelas crianças que choravam rios de lágrimas.

A sequência numérica correta é:


a) 2,4,3,1,3
b) 1,4,3,2,3
c) 2,3,4,1,4
d) 3,2,4,1,4
e) 4,3,2,1,2

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8ª Questão:

A- Observe as orações que estão no quadro-negro.


a) Qual é a predicação dos verbos precisar e assistir no contexto?
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b) Caso o professor quisesse analisar a função sintática dos termos de empregados e a bons filmes,
o que deveria anotar no quadro? Por quê?
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B- Observe que a oração “Vende-se casas” está riscada e sobre ela há uma seta. Com base em seus
conhecimentos gramaticais, interprete as anotações do quadro-negro e responda:
a) Por que a expressão está riscada?
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b) Que alterações deveriam ser feitas para que ficasse de acordo com a norma-padrão?
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c) Com a seta, o professor chamava a atenção dos alunos para qual aspecto gramatical?
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C- Se a aula tratava de tipos de sujeito da oração, responda: As três orações apresentam o mesmo
tipo de sujeito? Justifique sua resposta.
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D- Observe o 2º e o 3º quadrinhos:
a) O que a aparência do rapaz sugere quanto ao seu estado? Por que ele teria ficado desse jeito?
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b) Por que o garoto, ao chegar em casa, se identifica como “sujeito indeterminado”?
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9ª Questão: Há sujeito indeterminado em:


a) O pássaro voou assustado.
b) Surgiram reclamações contra o cruzado.
c) Ouvem-se vozes na sala vizinha.
d) Ali, rouba-se no atacado e no varejo.
e) Vende-se casa na praia.

Acerca do livro “Quem conta um conto...”, responda às questões 10 a 14:

“Eu compreendo que um homem goste de ver brigar galos ou de tomar rapé. O rapé (...)
alivia o cérebro. A briga de galos, é o Jockey Club dos pobres. O que eu não compreendo é
o gosto de dar notícias.”
Assim se inicia “Quem conta um conto...”, história de Machado de Assis que gira em torno
de um “novidadeiro”, tipo comum na sociedade brasileira do século XIX.
Os contos que você leu, escritos por quatro mestres da Literatura Brasileira, representam
com muito humor situações e personagens de uma época perdida no passado.

10ª Questão: No conto: “Quem conta um conto...”, a característica de Luís da Costa que é
colocada em evidência por Machado de Assis é:
a) sua maneira de respeitar o major.
b) seu modo de se expressar.
c) sua maneira de vestir-se.
d) sua habilidade de espalhar novidades.
e) seu desprezo pelo major.

11ª Questão: Leia: “Não era dado ao trabalho, vivia às custas dos outros: morava na casa dos tios,
obtinha algum dinheiro da tia, conseguia cigarros dos amigos e conhecidos.”

A personagem caracterizada acima faz parte de que história do livro que vocês leram?
a) “Quase ela deu o ‘sim’, mas...” b) “O homem que sabia javanês”. c) “O macaco azul”.
d) “A cartomante”. e) “Brincar com fogo”.

12ª Questão: Sobre o conto “Polítipo”, responda:


a) Quem é o protagonista do conto?
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b) Como o autor faz a descrição dele?


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c) Explique a frase: “ O livro era excelente, mas a encadernação detestável”.


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d) Qual a relação do título com a história retratada?
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13ª Questão: Machado de Assis é escritor conhecido por sua ironia, na maior parte das vezes, não
tão fácil de perceber, e algumas vezes evidente, declarada, como nesse conto. Em qual das
afirmações ele usa a ironia de maneira escancarada?

a) “- Quem mandam nesta sua casa? Perguntou o capitão Soares.”


b) “... disse o capitão com uma cara tão alegre como a de um homem a quem estivessem torcendo o
pé.”
c) “- Acho impossível que ele dissesse isso, disse o major, levantando-se.”
d) “- É verdade, concordou o major. – O desembargador não era capaz de injuriar-me; naturalmente,
ouviu isso a alguém”
e) N. D. A.

14ª Questão: Segundo o conto O Macaco Azul, podemos afirmar que:

I- Em conversa com o amigo, o narrador afirmou possuir o segredo da poesia.


II- O grande desejo do homem de fraque cor de café com leite era possuir o segredo da poesia.
III- O narrador consentiu em contar o segredo da poesia ao homem que o perseguia.
IV- Ele disse ao home que o segredo era pensar no macaco azul.
V- No fim da história, o homem continuou incapaz de escrever versos e passou a esforçar-se para não
pensar no macaco azul.

A única alternativa cuja informação não está de acordo com o conto é:


a) a I. b) a II. c) a III. d) a IV. e) a V.

15ª Questão: Redação : Proposta - Narração

Você tem medo de quê?

O coração dispara e a respiração se torna ofegante. Ondas de calor percorrem todo o corpo,
as mãos tremem e a transpiração é tão intensa que as pessoas logo percebem sua agitação.
Você tem tudo na ponta da língua para a reunião, mas, na hora H, mal consegue balbuciar
uma ou duas palavras. E aquela sua grande ideia, que você não teve coragem de apresentar ao longo
do encontro, é finalmente sugerida por um colega e saudada por todos como a grande solução do
problema. A reunião termina e você permanece ali, frustrado e sentindo-se um completo
incompetente. Uma única pergunta o atormenta: Por que eu não falei? Por quê?
A maior parte dos medos relacionados ao dia-a-dia faz parte de um dos grupos mais comuns
de fobias, chamadas de sociais. O fóbico social tem dificuldade de se relacionar , não consegue olhar
nos olhos de seu interlocutor, conversar naturalmente com seus superiores, falar em público,
apresentar ideias ou sugestões, compartilhar tarefas. A característica mais marcante desse tipo de
fobia é o medo que a pessoa tem do julgamento dos outros.

Escreva uma narração cujo protagonista, levado pelo medo, envolve-se em uma situação
cômica ou desagradável. Narre em primeira pessoa.
Observações
 Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
 Deve ter uma estrutura NARRATIVA;
 Não deve estar redigido em forma de poema (versos);
 A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
 Não deixe de dar um título a sua redação

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