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O simbolismo foi um movimento literário que surgiu no final do século XIX na França.
Oposto ao racionalismo, materialismo e cientificismo, teve como principais características a
valorização do eu, o subjetivismo, o pessimismo, o misticismo, o espiritualismo e a
religiosidade.
O simbolismo no Brasil tem início em 1893 com a publicação das obras "Missal" e
"Broquéis", de Cruz e Souza. Ao lado de Cruz e Souza, Alphonsus de Guimarães foi um dos
principais poetas do momento.
Charles Baudelaire foi um dos precursores do simbolismo na França. Ele escreveu diversas
obras, sendo "As Flores do Mal", um marco da poesia simbolista.
Desse modo, a linguagem do simbolismo apresenta-se vaga e imprecisa com uso de figuras
de linguagem (metáfora, sinestesia, aliteração, assonância e onomatopeia), tornando-se
mais fluida, musical, sensorial e transcendental.
Assim, esse movimento passa a ser a rejeição ao mecanicismo por meio do sonho, da
tendência cósmica e do absoluto.
Foi dessa maneira que a retomada de elementos românticos na poesia simbolista torna-se
notória com a exploração de temas como o pessimismo, a frustração, o medo, o amor, a
sensualidade, a desilusão e o sonho (universo onírico).
Além desses temas, os simbolistas fazem da poesia uma espécie de religião, onde são
explorados motivos religiosos, espirituais e sagrados.
Diante disso, a valorização do “eu”, visto nos ideais românticos, é retomado mediante a
exploração de temas como o amor, o pessimismo, as frustrações.
Ainda que as ideias abolicionistas foram exploradas, por exemplo, pelo poeta Cruz e Souza,
não há vestígios do sentimento nacionalista, associado à exaltação dos valores nacionais,
típicos da primeira geração romântica.
Além disso, temas relativos à religião, espiritualidade, misticismo e transcendentalismo
foram explorados pelos poetas do simbolismo.
No trecho acima, temos como exemplo dessa mistura o último verso: “Oh sonora audição
colorida do aroma!" que relaciona a audição (sonora audição) com a visão (colorida) e o
olfato (aroma). Outro exemplo é no trecho do primeiro verso “a luz tem cheiro” onde a visão
se mistura com o olfato.
O soneto do poeta brasileiro simbolista Cruz de Souza utiliza uma linguagem formal para
abordar um tema universal que é o sofrimento humano.
Vale lembrar que o soneto é uma forma fixa formada de dois quartetos e dois tercetos que
foi muito utilizada na poesia simbolista.
No trecho acima, podemos notar o sofrimento do negro “vida presa a trágicos deveres” e,
por isso, trata-se um sentimento tácito (que não está expresso formalmente; está implícito,
subentendido) que o eu-poético vive pela discriminação.
Em muitas partes do soneto, podemos notar o uso de termos relacionados com esse
universo da cor: “espasmo obscuro”; “mundo foi negro”; “silêncio escuro”.
13 - Alternativa correta: a) amada morta
Ainda que o foco está em apresentar o momento de um dia de primavera, o eu poético faz
isso de modo subjetivo. Ou seja, ele não apresenta a cena de maneira realista e concreta,
mas segundo suas impressões, o que ele está vendo e sentindo.
Note que também não há exaltação da natureza, como acontecia nas poesias bucólicas e
pastorais do arcadismo, em que os temas campestres e pastoris eram explorados e
possuíam um papel central.
Uma das características mais marcantes da poesia simbolista está na musicalidade de suas
produções poéticas. Isso acontece pelo uso de figuras de de linguagem associadas ao som
das palavras, como a assonância, a onomatopeia e a aliteração.