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Cruz e Souza

No slide: colocar a foto dele o nome e em baixo as datas.

João da Cruz e Souza nasceu em 24 de novembro de 1861 e morreu em 19 de março de 1898.

No slide: origem humilde: filho de negros escravizados alforriados; acesso à educação formal por
apadrinhamento.

Veio de uma origem humilde era filho de pessoas negras que tinham sido escravizadas, mas foram
alforriados. Nessa sociedade racista e paternalista Cruz e Souza conseguiu ter acesso à educação graças ao
apadrinhamento desse coronel que alforriou seus pais, que deu carta de alforria ao seus pais.

No slide: leitor de grandes poetas como: Baudelaire; Poe; Maupassant; Flaubert; Leopardi, Cesário Verde e
Antero de Quental.

Logo aos 18 anos de idade já demonstra o seu talento para as letras, o seu talento poético ao escrever um
poema em homenagem ao seu grande protetor, e protetor de seus pais que era o coronel Chavier de
Souza. Logo cedo já era um leitor, já se demonstra como um leitor muito sofisticado tendo preferência a
preço e mais fluidez voracidade, em autores como... Desses que citei alguns eram franceses outros
italianos e só Cesário Verde e Antero de Quental era de língua portuguesa, mas portugueses não
brasileiros.

No slide: Engajado na luta abolicionista

Além de todos esses aspectos, de se demonstrar cedo como escritor literário, um poeta de ter um gosto
muito apurado, muito afinado, voltado para os clássicos era também abolicionista. Tinha ideias
abolicionistas as quais ele colocava não só em seus poemas, mas alguns eram colocados em seus artigos,
em seus textos escritos de opinião, mas infelizmente, tragicamente por ser negro, por ter sido um homem
negro, nunca chegou ao ocupar cargos profissionais dignos de sua competência, digno de suas aptidões.

No slide: Primeiros poemas de viés parnasiano; Um dos maiores nomes do simbolismo brasileiro

Cruz e Souza trabalhou em diversos magazines, diversos periódicos, a sua escrita inicialmente tinha uma
característica, tinha um viés mais parnasiano pelo rebuscamento, pelo apuro da linguagem, mas apartir de
seus escritos chamados artigos manifestos, ele acabada despontando para um novo estilo do qual ele é um
dos fundadores ou considerado do mesmo fundador e um dos maiores representantes no Brasil que foi o
simbolismo, além de ser um nome mais importante da nossa literatura dentro do simbolismo é também
um dos primeiros, um dos mais importantes nomes representativos da literatura afro brasileira.
No slide: Leitor da tradição poética que impregnou seu estilo de seus aspectos; Poeta simbolista de
subjetividade marcante; Uso de figuras de linguagem como: Metáfora, a comparação, aliteração,
Assonância, Sinestesia.

Como leitor formou-se lendo praticamente toda a tradição poética desenvolvendo um apuro linguístico,
um apuro verbal, um apuro formal, muito mais forte, mas como poeta simbolista nós temos o grande
artista Cruz e Souza em que seus poemas são carregados de subjetividade, de reflexões ligadas mais pra o
eu, pra um interior dessa voz que fala dentro da poesia, poesia carregada de sugestão, carregada de
elementos imateriais e a utilização de recursos de estratégia de composição como algumas figuras de
linguagem mais importantes dentro de seus poemas são:...

Uso de aliteração que são repetições de sons consonantais, assonância que são as repetições de sons
vocálicos e sinestesia inclusive é uma figura de linguagem não só pra poesia de Cruz e Souza, mas para
toda poesia simbolista, porque ela aponta mais ainda para uma musicalidade típica dessa estética e para
uma sugestão dos estados de consciência e a sinestesia nada mais é do que misturar esse sentido para
provocar novas sensações e novos efeitos poéticos.

No slide: Temas recorrentes: Religiosidade e misticismo; Dor existencial do eu lírico; Noite; Morte.

Dentro dessa poesia os temas preferencialmente estão ligados à questões de religiosidade, de um


misticismo de estados contemplativas do eu, o eu em contemplação, contemplação da natureza,
contemplação da transcendência a espera do transcendental, mas para o outro lado a também uma
consciência de que a realidade material não é o ideal, o ideal está em outro plano, está diferente, está
afastado do real, então ao mesmo tempo que a gente tem esse estado contemplativo nós temos também
um estado de dor, o eu lírico agoniza uma dor existencial, o eu lírico, pendi muito no pessimismo e por
conta desse pessimismo muitas vezes ele vai usar como escape a noite, as atmosferas noturnas, soturnas
são preferidas, privilegiadas dentro dessa composição, até porque também é a noite de uma maneira
mágica é que revela o misticismo, o religioso é que revela outras realidades, aquelas não óbvias que
trazem os sonhos e outros tipos de contemplações, mas a gente tem a poesia que tá sempre andando
desses dois lugares, um de tentar contemplar de tentar encontrar uma correspondência na natureza que
satisfaça essa sede de não ter o ideal. Além da noite a morte também é uma figura constante nesses
poemas, a morte acaba sendo uma possibilidade, umas das únicas alternativas contra uma realidade que
não corresponde o ideal, com a parte das ideias.

No slide: visão do mundo antirracionalista e antimaterialista

Então nesse sentido nós temos uma poesia que parte de uma perspectiva muito antimaterialista, porque o
mundo real, o mundo material, não dá conta das necessidades desse eu lírico que vive dores existencial, a
angústia pessimismo e também uma visão, uma perspectiva muito antirracionalista, porque está muito
mais ligado a interpretações do misticismo, das religiosidades, interpretações que partem do mundo lírico,
do mundo dos sonhos negando muito, negando bastante essa realidade, essa ordem lógica em que se vive.
No slide: Obsessão pela cor branca

Alguns críticos consideravam que a recorrência da cor branca nos poemas de Cruz e Souza representavam
uma obsessão do poeta pela cor branca, a que críticos que façam uma leitura mais sociológica,
interpretando essa obsessão pela cor branca com acento racial, no sentido de que ele era um poeta negro
que sofreu discriminação, preconceito foi vítima de racismo e em uma sociedade em que o branco é
supremo, em uma lógica de supremacia branca, isso acabou virando uma obsessão na cabeça dele, mas a
também a interpretação da obsessão pelo branco como uma estratégia de composição, como recurso
estético, algo que é típico mesmo da poesia simbolista, a poesia simbolista explorou muito sons,
exploravam sons, cores, sensações, sugeria aromas, então essa recorrência da cor branca pode ser
também de acordo com alguns críticos apenas mais um traço do estilo desse autor.

Das obras importantes de Cruz e Souza temos: Broquêis de 1883 um livro todo de poesia, Missal também
de 1893, mas que apresenta mais poemas em prosa algo de uma tradução de Bodelaire um poeta francês
que ele leu tanto, e as duas obras póstumas Evocações de 1898 que apresenta poemas em prosa e Faróis
do ano de 1900 que é um livro de poesia.

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