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Engº Civil Roberto Marrazzo da Costa – CREA 42.

690/D – 4ª Região – Minas Gerais


Av. Sen. Levindo Coelho, nº 2.050 – Bairro José Pires da Luz - 36500-000 – Ubá – MG
Tel/Fax:(32)3531-6963 – (32) 9 9998-8113 - e-mail: roberto.marrazzo@hotmail.com

1 - Processo de Tratamento:

O esgoto chega a E.T.E através da rede coletora principal, passando

inicialmente pela caixa de entrada. Em seguida terá inicio o tratamento primário

no tanque séptico ocorrendo à decantação e a digestão do lodo. Finalmente o

efluente passa pelo filtro biológico onde ocorre o tratamento secundário, após o

que o efluente tratado, dependendo do caso pode ser lançado num corpo

hídrico receptor, no sistema público de esgotamento sanitário ou ainda em um

sumidouro.

2 - Estação de Tratamento de Esgotos (E.T.E):

A finalidade da E.T.E é a de remover os poluentes dos esgotos, os quais

viriam causar uma deterioração da qualidade dos cursos d’água. Um sistema

de esgotamento sanitário só pode ser considerado completo se incluir a etapa

de tratamento. A estação de tratamento de esgoto (E.T.E), pode dispor de

alguns dos seguintes itens, ou todos eles:

- grade;

- desarenador;

- sedimentação primária;

- estabilização aeróbica;

- filtro biológico ou de percolação

- lodos ativados;

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- sedimentação secundária;

- digestor de lodo;

- secagem de lodo;

- desinfecção do efluente.

NOTA:

No caso específico desta E.T.E, não teremos a grade e o desarenador, pois

está sendo considerado para efeito de projeto a ligação somente de esgotos de

origem doméstica, sendo imprescindível que os despejos oriundos de

cozinhas, passem antes de chegar à rede coletora principal, por uma caixa de

gordura.

3 - Disposição Final:

Após o tratamento, os esgotos podem ser lançados ao corpo d’água receptor

ou, eventualmente, aplicados no solo. Em ambos os casos, há que se levar em

conta os poluentes eventualmente ainda presentes nos esgotos tratados,

especialmente organismos patogênicos e metais pesados.

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4 - Afluentes da E.T.E:

A E.T.E, foi projetada para receber todos os despejos domésticos (de

cozinhas, lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos sanitários, bidês,

banheiros, chuveiros, mictórios, ralos de piso de compartimento interior, etc.).

É imprescindível a instalação de caixa de gordura na canalização que conduz

despejos das cozinhas para a rede coletora principal e daí para a E.T.E.

São vetados os lançamentos de qualquer despejo que possam causar

condições adversas ao bom funcionamento da E.T.E ou que apresentem um

elevado índice de contaminação, tais como despejos industriais. Também é

vetada a ligação de águas pluviais ao sistema de rede coletora principal que

conduz os esgotos domésticos à E.T.E.

5 - Operação e Manutenção:

- A NBR 7229, (1993) estabelece que o tempo de limpeza da E.T.E.,

deve ser o mesmo previsto em projeto, mas faz uma ressalva permitindo o

aumento ou a diminuição no intervalo, caso ocorram variações significativas

nas vazões previstas, assim como a limpeza da E.T.E., quando necessária,

não seja completa, deve-se deixar cerca de 10% do volume de lodo existente.

- Antes de qualquer operação no interior dos tanques, deve-se abrir a tampa

de inspeção e deixar ventilar bem durantes uns 5 minutos. Não acender fósforo

ou cigarro, pois o gás acumulado no interior dos tanques é tóxico e explosivo;

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- O mangote do caminhão-tanque especial será introduzido diretamente nos

dispositivos de limpeza existentes;

- O lodo retirado progressivamente dos tanques será encaminhado para um

caminhão-tanque especial que dará o destino final sanitariamente adequado;

6 - Observações Gerais:

Seguindo-se as recomendações encontradas na NBR 7229, (1993), deve-se

estar atento a algumas informações:

a) Respeitar distâncias mínimas de 1,50 metros de construções, limites de

terrenos e ramal predial de água;

b) Respeitar distâncias mínimas de 3,00 metros de árvores e demais pontos de

rede pública de água;

c) Respeitar as distâncias mínimas de 15,00 metros de poços freáticos e

corpos d’água;

d) Os tanques devem ser construídos de forma que possuam resistência

mecânica, química e sejam impermeáveis;

e) A tubulação de entrada e saída deverão estar posicionadas

impreterivelmente conforme especificado em projeto;

f) Conforme NBR7229/93, confeccionar e fixar placa de identificação de acordo

com modelo anexo.

7 – Materiais:

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A E.T.E. deverá ser construída em concreto, alvenaria ou outro material que

atenda às condições de segurança, durabilidade, estanqueidade e resistência a

agressões químicas dos despejos, observadas as normas de cálculo

(NBR7229/93).

8 - Plano de monitoramento dos esgotos sanitários:

O plano de monitoramento do sistema de tratamento de esgotos sanitários tem

como objetivo verificar a eficiência da unidade, e criar informações que

viabilizem a verificação do enquadramento dos efluentes tratados às exigências

das normas e padrões ambientais vigentes no Estado de Minas Gerais.

Assim serão considerados 2(dois) pontos de amostragem do despejo.

O primeiro a montante do tanque séptico, e o segundo, localizado a jusante do

filtro anaeróbio, representando o esgoto tratado. Os parâmetros a serem

analisados no esgoto sanitário, nos pontos 1 e 2, bem como sua freqüência,

são apresentados na tabela 1 a seguir:

Parâmetro Ponto 1 - Montante Ponto 2 - Jusante

ph Semestral Semestral

DQO(mg/l) Semestral Semestral

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DBO5(mg/l) Semestral Semestral

SST(mg/l) Semestral Semestral

Óleos e Graxas(mg/l) Semestral Semestral

Tabela 1: Plano de Monitoramento dos esgotos sanitários.

9- Anexos:

1) Modelo Placa de Identificação;

2) A.R.T CREA-MG;

3) Projeto Arquitetônico;

4) Projeto Estrutural;

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ANEXOS

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