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Roraima- Amapá,
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RESIDENCIAL EDIFÍCIO VERSATTO RESIDENCE

PROJETO DA ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO
Memorial Descritivo e de Cálculo
RESPONSÁVEL TÉCNICO: ENG. SANITARISTA E AMBIENTAL RODRIGO SANTOS DE SÁ
CREA: 26288-D/PA

Outubro/2015
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 1

2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 2

3 LEIS E NORMAS APLICÁVEIS ................................................................................ 3

4 MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................................... 4

4.1 NÍVEIS DE TRATAMENTO ......................................................................................... 4


4.2 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO SISTEMA DE TRATAMENTO ........................................ 4
4.2.1 Grade ........................................................................................................ 4
4.2.2 Reator anaeróbio de fluxo ascendente - RAFA..................................... 4
4.2.3 Biofiltro Aerado Submerso - BAS .............................................................. 5
4.2.4 Decantador Secundário .......................................................................... 5
4.2.5 Clorador de Patilhas ................................................................................. 6
4.2.6 Fluxograma da ETE ................................................................................... 6
5 MEMORIAL DE CÁLCULO ..................................................................................... 8

5.1 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO .............................................................................. 8


5.2 GRADEAMENTO .................................................................................................... 9
5.3 REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE – RAFA .......................................... 10
5.4 BIOFILTRO AERADO SUBMERSO ............................................................................. 14
5.4.1 Sistema de Aeração – Ar difuso ............................................................ 19
5.5 DECANTADOR SECUNDÁRIO ................................................................................ 21
5.6 CLORADOR DE PASTILHAS ................................................................................... 22
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 24
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1 APRESENTAÇÃO
Este documento apresenta o Memorial Descritivo e Memorial de Cálculo da
Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário (ETE) do Edifício Versatto
Residence.

O empreendimento está localizado, à Travessa Barão do Triunfo, entre as


Avenidas Marques de Herval e Pedro Miranda, nº 1929, bairro Pedreira,
munícipio de Belém, Estado do Pará.

 Pavimento semi-enterrado, destinado à garagem, grupo gerador,


medidores, cisterna, etc.
 Pavimento semi-elevado/térreo, destinado à garagem, estar de motoristas,
sala de pressurização, administração, central de gás e guarita.
 Pavimento lazer, destinado a salão de festas, brinquedoteca, cyber,
academia, piscinas, quadra poliesportiva, churrasqueira.
 Vinte e oito (20) Pavimentos tipo com 4 apartamentos por andar
compostos de três (03) suítes, estar/jantar, cozinha e sacada gourmet.

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2 JUSTIFICATIVA
Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água. A fração
restante inclui sólidos orgânicos e inorgânicos, suspensos e dissolvidos, bem
como microrganismos. Portanto, é devido a essa fração de 0,1% que há
necessidade de se tratar os esgotos.

O lançamento indiscriminado dos esgotos nos corpos d’agua, sem tratamento,


pode causar vários inconvenientes, estes se apresentam com maior ou menor
importância, de acordo com os efeitos adversos que podem causar aos usos
benéficos das águas.

O sistema proposto para o tratamento dos esgotos do Edifício Versatto


Residence é composto por tratamento físico, químico e biológico.
Inicialmente, o esgoto passará pelo tratamento físico através do
gradeamento, em seguida o esgoto passará por processo biológico no reator
anaeróbio de fluxo ascendente (RAFA). O RAFA apresenta inúmeras
vantagens em relação a outros processos de tratamento convencionais,
notadamente quando aplicado em locais de clima quente.

Posteriormente ao RAFA, o efluente é encaminhado ao Biofiltro aerado


submerso. O tratamento biológico é uma das alternativas mais econômicas e
eficientes para a degradação da matéria orgânica de efluentes
biodegradáveis. Alguns dos pontos positivos dos sistemas aeróbios é que eles
alcançam maiores taxas de remoção da matéria orgânica e os riscos de
emissões de odor são reduzidos.

Nota-se que o sistema utilizado é composto de processo aeróbio e processo


anaeróbio, chamado de sistema combinado. O tratamento combinado
anaeróbio-aeróbio tem mostrado ser uma opção viável quanto aos aspectos
econômicos e técnicos. Isso é devido ao fato desse sistema promover
oxidação carbonácea, nitrificação, desnitrificação e remoção biológica de
fósforo, de modo a permitir que sejam atingidos os padrões de lançamento.

Com o objetivo de separar a fase líquida e a fase sólida (gerada no Biofiltro


Aerado Submerso) será implantado um decantador secundário. Após a
separação, a fase sólida (lodo) será retornada para o RAFA e a fase líquida
seguirá para a etapa de desinfecção.

Por fim, o efluente passará por desinfecção para remoção de microrganismos


patogênicos e indicadores no esgoto tratado. Para isso, será utilizado o
processo de cloração, que tem sido a principal forma de desinfecção
praticada nas estações de tratamento. Neste processo, o cloro penetra nas
células dos microrganismos e reage com suas enzimas, destruindo-as. Após a
cloração o esgoto será lançado no sistema de drenagem de águas pluviais.

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3 LEIS E NORMAS APLICÁVEIS


Para a elaboração do Memorial Descritivo e de Cálculo da Estação de
Tratamento de Esgoto do Edifício Versatto Residence, foram consultadas as
legislações pertinentes e normas técnicas, conforme descrito a seguir:

 NBR 12209:1992 - Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário.

 Resolução CONAMA Nº 357. Dispõe sobre a classificação dos corpos de


água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências. Data da legislação: 17/03/2005.

 Resolução CONAMA Nº 430 – “Dispõe sobre as condições e padrões de


lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de
17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-
CONAMA”. Data da legislação: 13/05/2011.

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4 MEMORIAL DESCRITIVO

4.1 NÍVEIS DE TRATAMENTO


Os níveis de tratamento utilizados são escolhidos levando em consideração a
qualidade pretendida para o efluente e o local onde ocorrerá seu
lançamento. Na ETE projetada ocorrerá o tratamento preliminar/primário,
secundário e terciário, conforme o descrito abaixo.

 Tratamento Preliminar/Primário

O tratamento preliminar tem como objetivo remover os sólidos grosseiros


contidos nos esgotos sanitários. A remoção dos sólidos grosseiros evitam
problemas com bombas, tubulações, entre outros. Na ETE do Edifício Versatto
Residence foi adotado como tratamento preliminar uma grade de barras.

 Tratamento Secundário

No tratamento secundário predominam mecanismos biológicos, que tem


como objetivo principal a remoção de matéria orgânica em suspensão não
sedimentável e DBO solúvel associada à matéria orgânica na forma de sólidos
dissolvidos. Como tratamento secundário foi utilizado o RAFA e Biofiltro Aerado
Submerso (BAS).

 Tratamento Terciário

O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos, ou ainda


a remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no
tratamento secundário. Na ETE do empreendimento em questão, o tratamento
terciário ocorrerá na remoção de microrganismos patogênicos, por meio da
adição de cloro no efluente tratado.

4.2 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO SISTEMA DE TRATAMENTO

4.2.1 Grade
O gradeamento será composto de barras, de aço ou material plástico,
dispostas paralelamente com inclinação de 60ª, de modo a permitir o fluxo
normal do esgoto e facilitar a operação de limpeza que ocorrerá de forma
manual. A grade é classificada como “média” com espaçamento de 30 mm.

4.2.2 Reator anaeróbio de fluxo ascendente - RAFA


O RAFA será constituído das seguintes unidades:

Câmara de digestão: onde ocorrerá a digestão anaeróbia, localizada na


parte inferior do reator. O esgoto entrará no reator através de 4 pontos de
distribuição, atravessando a zona de lodo no sentido ascendente. Nesse
trajeto parte da matéria orgânica permanece na zona de lodo, iniciando o
processo de digestão anaeróbia;

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Separador de trifásico: caracteriza uma zona de sedimentação e uma


câmara de coleta de gases, tem como objetivo fazer a separação das fases
sólidas da líquida e gasosa;

Zona de transição: se situa entre a câmara de digestão e a zona de


sedimentação superior;

Zona de sedimentação: o esgoto através da abertura da parte inferior irá


alcançar os vertedores de superfície, com velocidade ascensional adequada
para a sedimentação dos sólidos e flocos, os quais irão retornar pela abertura
das paredes para a zona de transição e de digestão. A parte líquida será
recolhida com características de efluente clarificado e será encaminhada
para o BAS;

Zona de acumulação de gás: o gás produzido na fase de digestão ficará


retido em uma zona superior de acumulação e devido a pequena
quantidade gerada, será encaminhado para um filtro de biogás.

4.2.3 Biofiltro Aerado Submerso - BAS


A introdução de ar no sistema ocorrerá por meio de difusores fixos, porosos
não cerâmicos, que desprenderão bolhas finas. Os difusores de bolhas finas
apresentam maior eficiência de transferência de oxigênio, pois provocam um
maior contato superficial das bolhas de ar com o meio líquido.

Nesta unidade de tratamento, ocorrerá a introdução de material suporte no


tanque de aeração, ao qual irão aderir colônias de microrganismos. O
material de enchimento ocupará cerca de 35% do volume total do Biofiltro.

Será utilizado como meio suporte o plástico (PP reciclado, PEAD), sendo sua
grande vantagem possuir um maior coeficiente de vazios e superfície
específica, significando maior capacidade de recebimento de carga
orgânica, e consequentemente menor área superficial. Dentre os vários tipos
de meio suporte de plástico, na ETE do Edifício Versatto Residence serão
utilizadas peças randômicas com índice de vazios entre 90 e 97%. As peças
serão dispostas aleatoriamente no Biofiltro aerado.

4.2.4 Decantador Secundário


O decantador secundário tem como objetivo fazer a separação entre a
biomassa e efluente clarificado. A biomassa (lodo) aeróbia retornará para o
RAFA, enquanto que o efluente clarificado seguirá para a próxima etapa de
tratamento.

A recirculação do lodo para o RAFA ocorrerá através sistema air lift, utilizando
uma parcela do ar gerado pelo soprador radial, retornando de forma
automática.

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4.2.5 Clorador de Patilhas


Segundo a NBR 13969, todos os efluentes que tenham como destino final
corpos receptores superficiais, galerias de águas pluviais ou reuso, devem
sofrer desinfecção. Assim, como cumprimento da norma supracitada, será
implantado um clorador de pastilhas na ETE do Edifício Versatto Residence.

Entre as alternativas de cloração existentes foi escolhido o método de


cloração por pastilhas, devido esta representar menor preocupação em nível
operacional. Para a inserção das pastilhas, será implantado um tubo de PVC
de 100 mm de diâmetro que será revestido com fibra de vidro para maior
durabilidade.

4.2.6 Fluxograma da ETE


Na Figura 1 é apresentado o fluxograma geral com os processos de
tratamento da ETE do Edifício Versatto Residence.

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Figura 1 – Fluxograma Geral da ETE

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5 MEMORIAL DE CÁLCULO

5.1 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO


 Cálculo da população (considerando uma família média de 05 pessoas
por aptº)

Número de pavimentos 23
Número de pavimento tipo 20
Número de habitantes por pavimento tipo 20
Número de habitantes no condomínio 05
Coeficiente de dia de maior consumo (k1) 1,2
Coeficiente de hora de maior consumo (k2) 1,5
Coeficiente de hora de menor consumo (k3) 0,5

P = (20 x 20)+5

P = 405 hab.

 Contribuição per capita (C) = 160 L/hab.dia

 Cálculo da vazão média

Qm = P x C /1000

Qm = 64,80 m³/dia

 Cálculo da vazão mínima

Qmin = Qm x K3

Qmin = 32,40 m³/dia

 Cálculo da vazão máxima diária

Qmax-d = Qm x k1

Qmax-d = 47,04 m³/dia

 Cálculo da vazão máxima horária

Qmax-h = Qmax-d x k2

Qmax-h = 116,64 m³/dia

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5.2 GRADEAMENTO
 Características da grade adotadas

Tipo de limpeza Manual


Inclinação (θ) 60°
Espaçamento entre barras (a) 30 mm
Seção das barras 7,9 x 50 mm
Espessura das barras (t) 9,5 mm
Velocidade de fluxo entre as barras para vazão máxima (vmax) 1,2 m/s

 Cálculo da área útil da seção da grade

Au = Qmax-d/vmax

Au = 0,00094 m²

 Eficiência da grade

E = a/a+t

E = 76%

 Seção no local da grade

S = Au/E

S = 0,0012 m²

 Perdas de carga na grade

Sendo:

β Coeficiente que depende da seção das barras* 2,42


g Aceleração da gravidade 9,81 m/s²
b Largura do canal adotada 30 cm
*barra de seção transversal retangular

 Determinação da perda de carga na grade

hL = β x (t/a)4/3 x (vmax²/2 x g) x senθ

hL = 0,033 m

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 Lâmina de água no canal afluente

y = (S/b) + hL

y = 0,036 m

 Número de barras

Nb = b/t+a

Nb = 8

5.3 REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE – RAFA

Os seguintes coeficientes foram utilizados no dimensionamento do RAFA:

Coeficiente de produção de sólidos em termos de DQO 0,21


(Yobs) kgDQOlodo/kgDQOapl
Coeficiente de produção de sólidos (Y) 0,18 kgSST/kgDQOapl
DQO correspondente a um mol de CH4 (KDQO) 64 gDQO/mol
Constante dos gases (R) 0,08206 atm.L/mol.K
Concentração esperada para o lodo de descarte (Clodo) 3%
Densidade do lodo no RAFA (γ) 1020 kgSST/m3

 Concentrações médias adotadas

Concentração de DQO no esgoto bruto 600 mg/L


Concentração de DBO no esgoto bruto 300 mg/L

 Carga média de DQO no esgoto bruto

L0-DQO = DQOb x Qm

L0-DQO = 38,88 kgDQO/d

 Tempo de detenção hidráulica (adotado)

TDH= 8,0 h

 Cálculo do volume teórico do reator

Vteorico= Qm x TDH

Vteorico= 21,60 m³

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 Altura útil do reator (adotada)

Hu= 3,5 m

 Cálculo da área teórica do reator

Ateorica= V/Hu

Ateorica = 6,17 m²

 Dimensões adotadas do reator

Comprimento (C)=2,5 m

Largura (L) = 2,5 m

 Área real do reator

A= C x L

A= 6,25 m²

 Volume real do reator

V= A x Hu

V= 21,88 m³

 Verificação do tempo de detenção

TDH= V/Qm

TDH= 8,1 h

 Verificação da carga hidráulica

CHV= Qm/V

CHV= 2,96 m3/m3.d

 Verificação da carga orgânica volumétrica

Cv= Qm x S0DQO/V

Cv= 1,78 kgDQO/m3.d

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 Verificação da velocidade superficial para vazão média

vm= Qm/A

vm= 0,43 m/h

 Verificação da velocidade superficial para vazão máxima diária

vmax-d= Qmax-d/A

vmax-d= 0,52 m/h

 Verificação da velocidade superficial para vazão máxima horária

vmax-h= Qmax-h/A

vmax-h= 0,78 m/h

 Cálculo do número de distribuidores teórico

Considerando Área de atuação máxima de um ponto de distribuição (teórico) de


1,5 m²

Ndteorico= A/Aponto

Ndteórico= 4,17

 Número de distribuidores adotado (real)

Nd= 4

 Verificação da área de atuação de um ponto de distribuição (real)

Aponto= A/Nd

Aponto= 1,56 m²

 Estimativa da eficiência de remoção de DQO no RAFA

EDQO= 100 x (1 - 0,68 x TDH-0,35)

EDQO= 67,3%

 Estimativa da eficiência de remoção de DBO no RAFA

EDBO= 100 x (1 - 0,70 x TDH-0,50)

EDBO= 75,4%

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Porém, foram adotadas as seguintes eficiências como margem de


confiabilidade:

Eficiência no RAFA para redução DQO 60 %


Eficiência no RAFA para redução DBO 70 %
Eficiência no RAFA para redução NTK 10%

 Estimativa da concentração de DQO no efluente

SRAFA-DQO= DQOb – (E x DQOb)/100

SRAFA-DQO= 240 mgDQO/L

 Estimativa da concentração de DBO no efluente

SRAFA-DBO= DBOb – (E x DBOb)/100

SRAFA-DBO= 90 mgDBO/L

 DQO degradada no RAFA convertida em metano

DQOCH4= Qm x DQOb - SRAFA-DQO - Yobs x Qm x DQOb

DQOCH4= 15,16 kgDQO/d

 Massa específica do metano à temperatura local

Considerando:

Temperatura do esgoto (T) 28 °C

ƒ(T)= P x KDQO / R x (273 + T)

ƒ(T)= 2,59 kgDQO/m3

 Vazão de metano liberado no Biogás

QCH4= DQOCH4/ƒ(T)

QCH4= 5,85 m3/d

 Estimativa para produção de biogás

Considerando:

Concentração de metano no Biogás (CCH4) 75 %

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Qbiogás= QCH4/CCH4

Qbiogás= 7,8 m3/d

 Produção estimada de lodo

Plodo= Y x L0-DQO

Plodo= 7,0 kgSST/d

 Volume de lodo estimado

Vlodo= Plodo/γ x Clodo

Vlodo= 0,2 m3/d

5.4 BIOFILTRO AERADO SUBMERSO


Os seguintes coeficientes foram utilizados no dimensionamento do BAS:

Relação gDBO/gSST 0,6


Coeficiente de produção celular (Y) 0,5 gSSV/gDBO5
Coeficiente de respiração endógena (Kd) 0,06 d-1
Idade do lodo (Ɵc) 8 dias
Fração biodegradável dos SSV (fb) 0,7 SSb/SSV
Concentração de sólidos em suspensão voláteis no reator (Xv) 1500 mgSSV/L
Relação SSV/SS 0,75
Produção de lodo aeróbio excedente 0,6 kgSS/kgDBO
DBOu/Xb 1,42
DBOu/DBO5 1,46
Fração de amônia no lodo excedente (adotado) 0,10 kgNTK/kgSSV
Coeficiente estequiométrico de demanda de O2 para nitrificação 4,57 kgO2/kgNTK
Coeficiente a’* 0,75 kgO2/KgDBO
Coeficiente b’* 0,06 kgO2/KgSSV
θ 1,024
α 0,85
fH 0,92
β 0,90
*Calculados pelo método de Von Sperling (2002)

 Concentrações médias adotadas

Concentração de NTK no esgoto bruto 51 mg/L


Concentração de SST desejada no efluente tratado 20 mg/L
Concentração de DBO desejada no efluente tratado 25 mg/L

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 Carga média de DBO no esgoto bruto

L0-DBO = DBOb x Qm

L0-DBO = 19,44 kgDBO/d

 Carga média de NTK no esgoto bruto

L0-NTK = NTKb x Qm

L0-NTK =3,30 kgNTK/d

 Carga média de DBO afluente ao BAS

L0-BAS-DBO = S0BAS-DBO x Qm

L0-BAS-DBO = 5,83 kgDBO/d

 Carga média de NTK afluente ao BAS

L0-BAS-NTK = NTKb x Qm

L0-BAS-NTK = 2,97 kgNTK/d

 Concentração de DBO particulada efluente

DBOpar = SSTET x gDBO/gSST

DBOpar = 12 mg/L

 Concentração de DBO solúvel efluente

S = DBOET - DBOpar

S = 13 mg/L

 Cálculo do volume teórico do Biofitro

Vt= Y x θc x Q x (S0-BAS-DBO – S) / Xv x (1 + fb´) x Kd x θc

Vt= 9,96 m³

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 Altura útil do Biofiltro adotada

Hu= 3,00 m

 Cálculo da área teórica do Biofiltro

Ateorica= Vt / Hu

Ateorica= 3,32 m²

 Dimensões adotadas do reator Biofiltro

Comprimento (C)=2,5 m

Largura (L) = 1,50 m

 Área real do Biofiltro

A= C x L

A= 3,75 m²

 Volume real do Biofiltro

V= A x Hu

V= 11,25 m³

 Tempo de detenção hidráulica

TDH= Vr / Q

TDH= 4,17 horas

 Volume de enchimento plástico (35% do volume real do Biofiltro)

Venchimento= 0,35 x V

Venchimento = 3,94 m3

 Cálculo da eficiência na remoção de DBO no BAS

EBAS-DBO = (S0-FBAS-DBO – S x 100) / S0-BAS-DBO

EBAS-DBO = 86 %

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 Eficiência global de remoção de DBO (Sistema RAFA-BAS)

E = DBOb - DBOET/ DBOb

E = 92%

 Concentração de SS no tanque de aeração

X = Xv / SSV/SS

X = 2000 mg/L

 Produção de lodo aeróbio excedente

Px = kgSS/kgDBO x L0-BAS-DBO

Px = 3,50 kgSS/d

 Sólidos em suspensão voláteis formados

Pxv formados = Y x Sr

Pxv formados = 2,49 kgSSV/d

 Sólidos em suspensão biodegradáveis formados

Pxb formados = fb x Pxv formados

Pxb formados = 1,75 kgSSb/d

 Sólidos em suspensão biodegradáveis destruídos

Pxb destruídos = Pxb formados x Kd x θc / 1 + fb x Kd x θc

Pxb destruídos = 0,63 kgSSb/d

 Sólidos em suspensão não biodegradáveis formados

Pxnb formados = Pxv formados - Pxb formados

Pxnb formados = 0,75 kgSSnb/d

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 Sólidos em suspensão biodegradáveis remanescentes

Pxb líquida = Pxb formados - Pxb destruídos

Pxb líquida = 1,12 kgSSb/d

 Sólidos em suspensão voláteis remanescentes

Pxv líquida = Pxb líquida + Pxnb formados

Pxv líquida = 1,87 kgSSV/d

 Carga de NTK no lodo excedente

NTKLE = Pxv líquida x amônia lodo excedente

NTKLE = 0,19 kgNTK/d

 Carga de NTK a ser oxidada

NTKOX = L0-BAS-NTK - NTKLE

NTKOX = 2,79 kgNTK/d

 Demanda de O2 para nitrificação

DNIT = CEST x NTKOX

DNIT = 12,74 kgO2/d

 Demanda de O2 para síntese

DSIN = a’ x Sr

DSIN = 3,74 kgO2/d

 Demanda de O2 para respiração endógena

DRES = b’ x Vx x Vr

DRES = 1,01 kgO2/d

 Demanda total de transferência de O2

TTOcampo = Qmax/Qm x (DNIT + DSIN + DRES)

TTOcampo = 20,99 kgO2/d

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 Taxa de transferência de oxigênio

Sendo:

CL OD mínimo 2,0 mg/L


Tmin Temperatura mês mais frio 24°
Tmax Temperatura mês mais quente 32°
Cs20 Concentração de saturação a 20° 9,02 mg/L
Csfrio Concentração de saturação no mês mais frio 8,33 mg/L
Csquente Concentração de saturação no mês mais quente 7,16 mg/L

 Taxa de transferência de oxigênio no mês mais frio

TTOpadrãof = TTOcampo / ((β x fH x Csfrio – CL/Cs20) x α x θT-20)

TTOpadrãof = 27,90 kgO2/d

 Taxa de transferência de oxigênio no mês mais quente

TTOpadrãoq = TTOcampo / ((β x fH x Csquente – CL/Cs20) x α x θT-20)

TTOpadrãoq = 31,23 kgO2/d

 Será utilizado o valor maior de TTOpadrão, ou seja, do mês mais quente

TTOpadrão = 51,07 kgO2/d

5.4.1 Sistema de Aeração – Ar difuso


Sendo:

Mar Massa específica ar 1,2 kg/m³


O2ar Fração de O2 ar (por peso) 0,23 gO2/gar
EO2 Eficiência de transferência de O2 (adotado) 10 %
Coeficiente de segurança (adotado) 1,7

 Quantidade teórica de ar requerida

Rarteórica = TTOpadrão / Mar x O2ar

Rarteórica = 185,05 m³ar/d

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 Quantidade real de ar requerida

Rarreal = Rarteórica / EO2

Rarreal = 1850,45 m³ar/d

 Vazão de ar para o sistema de aeração

Qar = Rarreal x 1,7

Qar = 2,18 m³ar/min

 Vazão de ar do sistema, incluindo sistema de air-lift (20% de Qar).

Qair-lift = Qar*1,2

Qair-lift = 2,62 m³ar/min

 Cálculo da potência do soprador

Sendo:

g Aceleração da gravidade 9,81 m/s²


ρ Peso específico do líquido 1000 kg/m³
∆H Perda de carga no sistema de distribuição de ar (adotada) 1,5 m
Ƞ Eficiência do motor e do soprador 60 %

P = (Qar x ρ x g x Hu + ∆H) / Ƞ

P = 3,64 cv

 Será adotado um compressor radial com Potência de = 4 cv

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5.5 DECANTADOR SECUNDÁRIO


 Cálculo da área teórica do decantador

Vo – Velocidade de sedimentação 5,6 m/h


Razão Q/A* 1,3 m/h
* Calculada a partir de Jordão & Pêssoa (2009) considerando sedimentabilidade do
lodo ruim.

Ateorica= Q / v0

Ateorica= 2,1 m²

 Dimensões adotadas do decantador

Comprimento (C)=2,5 m

Largura (L) = 2,00 m

 Área real do decantador

A= C x L

A= 5,00 m²

 Altura útil do decantador (adotada)

Hu= 2,90 m

A figura abaixo ilustra o formato do decantador secundário


Figura 2 – Formato do Decantador Secundário

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 Volume do prismático superior, sendo h1=1,9 m

V superior = A*h1
Vsuperior =9,50 m³

 Volume útil do poço de lodo (tronco de pirâmide), sendo h2=1,0 m

1
Vpoço= 3 𝑥 ℎ2 x (Ab + √𝐴𝑏 𝑥 𝐴𝐵 + 𝐴𝐵)

1
Vpoço= 3 𝑥 1,0 x (0,36 + √0,36 𝑥 5,0 + 5,0)

Vpoço = 2,23 m³

 Volume útil do decantador

V= Vpoço + Vsuperior

V= 11,73 m³

 Cálculo da vazão de recirculação

Qr = 0,7 x Qm

Qr = 45,36 m³/dia

 Taxa de aplicação de sólidos considerando a vazão média

TASQm = Qm + Qr x X / Ar

TASQm = 1,84 kgSS/m².h

 Taxa de aplicação de sólidos considerando a vazão máxima

TASQmax = Qmax + Qr x X / Ar

TASQmax = 2,05 kgSS/m².h

5.6 CLORADOR DE PASTILHAS


 A instalação ocorrerá na saída do Decantador Secundário

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 TDH= 30 minutos (adotado)

 Volume útil requerido= 1,35 m³

 Dimensões do tanque

Comprimento (C)=2,5 m

Largura (L) = 1,0 m

Altura útil (real)= 0,60 m

Volume útil (real) = 1,50 m³

TDH (real) = 0,56 h

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6 REFERÊNCIAS
CHERNICHARO, C. A. L. Reatores anaeróbios. 2ª ed. Belo Horizonte:
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG, 1997.

JORDÃO, E. P.; Pessoa, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos. 5ª ed. Rio de


Janeiro: ABES, 2009.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de


esgotos. 3ª ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e
Ambiental – UFMG, 2005.

VON SPERLING, M. Lodos ativados. 2ª ed. Belo Horizonte: Departamento de


Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG, 2002.

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