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RESUMO
ABSTRACT
This work presents some aspects of soil-structure interaction that influence the
differential movement of foundations responsible for remarkable damages to the buildings. It
was performed a bibliographical review about edification cracks, methods to reinforce the
foundations and a case study. This paper aims to show the importance in the knowledge and
identification of pathologies provoked by differential repression in the foundation, as well as
project, problems execution or any other existing construction uses. The manifestations from
these issues become visible over time; therefore, it is necessary to identify their causes and
sources in order to obtain the best solution for the problem. The data were analysed and the
conclusion about the events and associated causes was stated.
1.1. Fundações
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1.1.1. Fundação superficial ou rasa ou direta
Figura 1: Sapata
Fonte: (ALEM DA INERCIA, 2018)
Figura 3: Radier
Fonte: (ESCOLA ENGENHARIA, 2018)
Sapata associada: Sapata comum a vários pilares, cujos centros, em planta, não
estejam situados em um mesmo alinhamento. A Figura 4 ilustra uma sapata associada.
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Figura 5: Viga de fundação
Fonte: (GUIA DA ENGENHARIA, 2018)
Pela NBR 6122 (ABNT, 2010), neste tipo de fundação incluem-se: as estacas, os
tubulões e os caixões.
Estaca: Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos
ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja descida de operário. Os
materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, concreto moldado in
situ ou mistos. A Figura 7 ilustra uma estaca pré-moldada.
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Figura 7: Estaca pré-moldada
Fonte: (HOTFROG, 2018)
1.2. Patologias
2. DESENVOLVIMENTO
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O autor afirma que os solos são, de modo geral, partículas sólidas com os espaços
vazios contendo água (ou outro líquido) e ar, podendo se deslocar livremente entre si. O
comportamento do solo pode ser entendido pelo reconhecimento das cargas transmitidas
diretamente, fazendo com que as partículas interajam. Neste pensamento, podem ocorrer que
as partículas de solo se rompam quando há solicitação, alterando o próprio solo e
consequentemente a influência no seu desempenho.
Todos os solos que sofrem ação de carregamento externo, sendo ele de maior ou
menor proporção, se deformam. Se ao longo da vida útil da construção essas deformações
forem diferenciadas, haverá um aumento de tensão de grande intensidade na estrutura da
mesma, podendo gerar o aparecimento de fissuras ou até mesmo de trincas (THOMAS, 1989).
Thomas (1989) afirma também que no caso de solos firmes, como a argila dura ou a
areia compacta, os recalques constituem essencialmente de deformações por função da carga
atuante e deformação do solo. Já em solos fofos e moles os recalques ocorrem devido à sua
redução de volume, pois na região onde se situa o bulbo de tensões das fundações a água
tende a percorrer locais com pressões menores.
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Os autores também apresentam os problemas típicos decorrentes da falta de
investigação para fundações profundas:
- Ocorrência de atrito negativo não previsto, reduzindo a carga admissível nominal
adotada para a estaca.
- Geometria inadequada, comprimento ou diâmetro inferiores aos necessários.
- Estacas de tipo inadequada ao subsolo resultando mau comportamento.
- Estacas apoiadas em camadas resistentes sobres solos moles, com recalques
incompatíveis com a obra.
De acordo com Rebello (2008), o solo quando submetido a cargas sofre deformação, a
qual se pode chamar de recalque. As consequências desse fenômeno resultam na
movimentação da interação solo-estrutura, podendo gerar sérios danos.
A intensidade dos recalques para fundações diretas ou rasas, enfatiza Thomas (1989),
dependerá não só das características do solo, mas também das dimensões da estrutura de
fundação. Na areia, solo altamente permeável, os recalques acontecem em períodos curtos
após haver a solicitação de carga; já na argila, solo menos permeável, o recalque acontece de
maneira bastante lenta, sendo possível durar vários anos. Mesmo camadas de argila entre
maciços rochosos sofrerão o mesmo fenômeno.
A construção civil vem demonstrando que existem situações desfavoráveis para as
fundações profundas no que se refere a recalques diferenciados. De acordo com Mello (1975),
os exemplos dessas situações são: as estacas flutuantes, o efeito de agrupamento de estacas e
estacas muito profundas. Ressalta ainda que o máximo atrito lateral mobilizado ocorre em
pequenos recalques, independentemente do diâmetro do componente de fundação (estacas),
ou seja, haverá uma grande possibilidade de ocorrer recalques intensos se ultrapassados esses
pequenos limites.
Serão apresentados a seguir os tipos mais comuns de recalque de fundação, suas
causas e seus principais sintomas, bem como também a mitigação desse recalque por meio de
reforços.
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2.3.1 Tipos de recalques
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2.3.2 Causas de recalques
Superposição de pressões
Essa ocorrência é definida pela instalação de outra solicitação de carga, que altera as
tensões no maciço de solo com uma carga de solo já existente anteriormente, provocando
recalques (MILITITSKY; CONSOLI; SCHNAID, 2005). Conforme figura 10 abaixo.
Muito frequente em obras de pequeno e médio porte, por motivos econômicos, mais
de 80% dos casos de recalque de fundações referem-se à ausência completa de investigações,
fazendo com que o projetista adote soluções inadequadas no projeto, porém se difundida a
importância do emprego da geotecnia, a utilização do método aumenta e consequentemente o
custo orçamentário do projeto tende a reduzir. A insuficiência de sondagens pode ocasionar
problemas futuros, pois o solo pouco investigado pode variar na sua composição, sendo
possível ter mais de um tipo de solo no local (MILITITSKY; CONSOLI; SCHNAID, 2005).
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Localidades com presença de cavernas (muito comum em regiões onde há rochas
calcárias) e solos compressíveis ocasionam a movimentação das fundações e geram o
aparecimento de fissuras, como mostra a Figura 11.
Influência da vegetação
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Figura 12: Influência da vegetação na ocorrência de fissuras
Fonte: (MILITITSKY; CONSOLI; SCHNAID, 2005)
Existem diversos fatores que atuam negativamente na fundação fazendo com que seja
necessária uma intervenção solo-fundação-estrutura com o intuito de modificar o desempenho
do mesmo.
A escolha do tipo de reforço a ser utilizado como mitigação varia de acordo com o tipo
de solo, nível de carregamento, custo, urgência, influências externas, etc.
Os tipos mais comuns de reforço de fundações são:
Estacas raiz
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Figura 13: Método executivo da estaca raiz
Fonte: (GEOFIX FUNDAÇÕES, 2018.)
Injeções de cimento
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Estacas mega
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Após um período, a residência começou a apresentar fissuras em pontos específicos
devido ao recalque diferencial sofrido na estrutura, como nos cômodos que eram o antigo
canil, observando assim que a fundação no local não suportou ao aumento do peso próprio da
residência gerando a necessidade de se fazer o reforço. A Figura 16 mostra as fissuras
ocorridas nas paredes dos cômodos onde se localizava o canil.
A opção tomada como solução foi o uso de estacas mega devido ao rápido processo de
reforço. Analisando-se a localização e a característica de cada fissura, foram delimitados os
pontos necessários de reforço. Foram escavadas aberturas de no máximo 1,5 metros de
profundidade para possibilitar o acesso de um operário. Essa abertura permitiu a escavação
exata do local abaixo da estrutura onde teria que ser feita a colocação das estacas e também o
encaixe do macaco hidráulico, conforme mostrado na Figura 17.
Concluído o processo de reforço a abertura foi aterrada com solo e apiloada para o
máximo preenchimento dos vazios, evitando-se a possibilidade de recalque diferencial nessa
região.
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3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALONSO, U. R. Previsão e controle das fundações. São Paulo: Edgard Blucher, 1991.
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até a sua cobertura. São Paulo: Edgar Blucher Ltda,1997. 188p.
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de Janeiro-RJ, 2010.
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<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/principais-manifestacoes-patologicas-encontradas-em-
uma-edificacao.htm>. Acesso em 23 nov. 2018.
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. 2, 2012.
HACHICH, WALDEMAR. Fundações – Teoria e Prática. Ed. Pini. São Paulo, 1996.
MELLO, V. Fundações e elementos estruturais enterrados. São Paulo SP: Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo, 1975. 115p.
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MILITISKY, Jarbas; CONSOLI, Nilo Cesar; SCHNAID, Fernando. Patologia das Fundações. São Paulo:
Oficina de Textos, 2005. 208p.
REBELLO, Y. C. P. Fundações: guia prático de projeto, execução e dimensionamento. 4. ed. São Paulo:
Zigurate, 2008.
TEIXEIRA, A. H.; GODOY, N. S. D. Análise, projeto e execução de fundações rasas. In: AUTORES, V.
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THOMAZ, E. Trincas em Edifícios, Causas, Prevenção e Recuperação. 1. Ed. São Paulo: PINI, 1989. 205p
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