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HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL - A SUSTENTABILIDADE APLICADA EM

CONSTRUÇÕES POPULARES

Alex Ferreira dos Santos¹ – UNITOLEDO


Jhonata da Silva¹ – UNITOLEDO
Carlos Adriano Rufino da Silva² – UNESP

RESUMO
Tema abordado mundialmente, a sustentabilidade é um recente e crescente conceito que
começou a tomar forma a partir da década de 1970 devido a preocupações com gastos
energéticos. Desde então, o tema evolui e abrange cada vez mais questões ligadas ao meio
ambiente e aos aspectos sociais da qualidade de vida humana, refletindo na busca por um
planeta mais saudável e com menor desigualdade, equilibrando as questões econômicas,
ambientais e sociais através da sustentabilidade nas edificações populares. No âmbito da
habitação, a relação da moradia com a humanidade é inerente desde os primórdios da pré-
história. Atualmente os elevados índices de déficit habitacional comprometem um dos direitos
sociais estabelecidos pelo Estatuto da Cidade, o direito à moradia. O objetivo geral é
estabelecer uma relação com os aspectos do desenvolvimento sustentável e as Habitações de
Interesse Social (HIS).

Palavras-chave: Habitação; Conjuntos habitacionais; Sustentabilidade; Déficit


Habitacional.

1 – Introdução

O termo Habitação de Interesse Social está relacionado com à produção de moradias


de baixo custo destinado à vários segmentos sociais cuja a renda é fator determinante para
conseguir adquirir um imóvel. Segundo ABIKO, (1995) existe três tipos de categorias de
Habitação de Interesse Social, que são elas:
1. Habitação de Baixo Custo (low-cost housing): termo utilizado para designar
habitação barata sem que isto signifique necessariamente habitação para população de
baixa renda;
2. Habitação para População de Baixa Renda (housing for low-income people): é um
termo mais adequado que o anterior, tendo a mesma conotação que habitação de
interesse social; estes termos trazem, no entanto, a necessidade de se definir a renda
máxima das famílias e indivíduos situados nesta faixa de atendimento;

¹Graduando em Engenharia Civil – UNITOLEDO (2018)


²Mestre em Engenharia Civil – UNESP (2004)
1
3. Habitação Popular: termo genérico envolvendo todas as soluções destinadas ao
atendimento de necessidades habitacionais.

Durante a República velha a questão da HS foi tratada com descaso, não houve se quer
nenhuma iniciativa por parte do governo para tentar resolver esse problema, e o que houve de
fato foi uma política de higienização nos centros de algumas cidades que contribui para o
processo de favelização das periferias das cidades e como consequência o agravamento do
problema. (REVITA, 2016).
Com a implantação do Estado Novo, na década de 1930, já se tem indícios das
primeiras intervenções estatais, no entanto, essas intervenções não garantiram uma política
concreta de habitação social e sim regulamentações na lei do Inquilinato que penalizava os
abusos dos “reiteres urbanos” e regulamentava as relações entre locadores e inquilino.
(REVITA, 2016).
As HIS só começaram a ser produzidas pelo Governo a partir de 1937 com a criação
das Carteiras Prediais dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) e pela instituição da
Casa Popular, em 1946. Um dos primeiros conjuntos habitacionais a serem implantados no
Brasil, pelo IAP, foi o conjunto residencial do realengo no Rio de Janeiro e posteriormente o
Conjunto Residencial conhecido como Pedregulho, todos eles seguindo os preceitos da
arquitetura moderna. (BONDUKI, 2004).
Chegando na década de 1960, e ascensão dos militares ao poder, a política
habitacional teve um incentivo de um Sistema de Financiamento Habitacional (SFH) , tendo
como principal órgão central o Banco Nacional de Habitação (BNH), que tinha como” […]
resposta do governo militar à forte crise de moradia presente num país que se urbanizava
aceleradamente, além de […] criar uma política permanente de financiamento capaz de
estruturar em moldes capitalistas o setor da construção civil habitacional, objetivo que acabou
por prevalecer. (REVITA, 2016).
Como a humanidade possui a base de sua civilização em edificações, cabe aos
engenheiros e profissionais da construção civil a responsabilidade de que no processo de
concepção das mesmas, sejam aplicados os conceitos de sustentabilidade. Considerar que os
investimentos devem ser realizados em longo prazo e que uma edificação tem vida útil longa,
fazendo uso de estratégias sustentáveis e de novas tecnologias, podem tornar o edifício um
aliado na manutenção do equilíbrio ambiental, social e econômico do planeta (Edwards ,
2008, p. 4).

2
Atualmente a política habitacional está calcada no PMCMV (Programa Minha Casa
Minha Vida) que foi implantado em 2009 e conta com o respaldo de instituições financeiras
para facilitar o trâmite da aquisição do imóvel através de financiamento. (REVITA, 2016).
Ainda há muito que se fazer para promover o direito à todos de moradia, como já
mencionado no texto anterior, a um déficit habitacional muito grande e a intervenção estatal
ainda é muito branda, as poucas habitações sociais que são produzidas no Brasil muitas vezes
acabam não dando certo por serem implantadas cada vez mais nas periferias das grandes
cidade, onde o terreno é mais barato, e também a utilização de materiais construtivos de baixo
custo, visam o lucro e não dignidade do usuário. (REVITA, 2016).

2 – Objetivo
O presente artigo irá abordar dois problemas em nível mundial, Habitação de Interesse
Social (HIS) e a Sustentabilidade. Tem como objetivo geral o estudo, análise e verificação da
viabilidade da utilização do termo Sustentabilidade em imóveis de Habitação Social.
Vários métodos foram desenvolvidos para avaliar projetos e construções sustentáveis.
Apesar de existirem iniciativas de selos, etiquetagem, certificações e metodologias de
avaliação da sustentabilidade, os critérios adotados priorizam muitas vezes os aspectos
ambientais deixando em segundo plano as demais dimensões da sustentabilidade: social e
econômica.
Em países em desenvolvimento, especialmente, os aspectos econômicos e sociais
deveriam ter um destaque maior, uma vez que tem grande impacto na sustentabilidade global.

3 – Metodologia
A metodologia utilizada será de cunho teórico com pesquisas bibliográficas acerca da
evolução histórica na área habitacional, bem como na temática da sustentabilidade, realizando
análises de seus critérios, conceitos, certificações e desafios enfrentados para aplicá-la a
edificações habitacionais de interesse social.

4 – O surgimento da Habitação Social no Mundo


A produção de habitações em larga escala que foi realizada como uma iniciativa
pública e privada, surgiu a partir da intenção de sanar o déficit oriundo do processo de
urbanização e do crescimento populacional nas cidades do Brasil e do mundo. Os precedentes
históricos desse processo se deram partir do século XVIII com a Revolução Industrial na

3
Europa, período no qual a população rural passa a migrar por enxergar a implantação das
industrias nas cidades como uma oportunidade de emprego e de melhora da qualidade de vida
(Baron, 2011, p. 103).
Essa população migrante, em sua maioria com pouca condição financeira, passou a
residir em locais precários de condições sanitárias nos grandes centros urbanos próximos as
fábricas, causando proliferação e de epidemias. Posteriormente essa situação veio a se agravar
com as Guerras Mundiais (Folz, 2002, p.11).

4.1 – Histórico dos Programas Habitacionais


No Brasil o problema habitacional surge mais tarde, por volta do fim do século XIX e
início do XX. As influências europeias com relação as questões habitacionais chegaram ao
Brasil, e foi durante os regimes populistas de Vargas (1930-1945) e Dutra (1946-1951) que
surgiram os primeiros órgãos federais para atuar diretamente na produção de conjuntos
habitacionais, como os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) e a Fundação Casa
Popular (Folz, 2002, p. 9).
Entretanto, a política habitacional brasileira veio se consolidar apenas após o golpe
militar de 1964, com a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) (Bonduki, 2004,
p.101). Da perspectiva econômica, o BNH foi um grande impulsionador na garantia da casa
própria e no desenvolvimento da indústria da construção civil no país. Entretanto do ponto de
vista urbanístico e social, Bonduki (2008, p. 73) destaca que a intervenção foi um verdadeiro
desastre devido uma série de erros nos conjuntos desde a sua implantação, as soluções de
projeto e as questões ambientais negligenciadas.
Em 1986 teve início uma nova fase na política de habitação conhecida como “pós-
BNH”, um vácuo entre a extinção do BNH e a implantação do Ministério das Cidades em
2003. Após a criação desse Ministério, a questão habitacional voltou a tomar força com a
criação de dois programas ativos até hoje: o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) de
2007, e o Programa Minha Casa Minha Vida de 2009, conforme Figura 1 (Donoso; Queiroga,
2014, p. 3).

4
Figura 1
Fonte: http://www.pt.org.br/minha-casa-minha-vida-reduz-em-30-conta-de-energia-eletrica/
Autor: Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias, 2015

Apesar da construção de grandes conjuntos habitacionais desde a década de 1930


modificando o tecido urbano brasileiro, o déficit habitacional avança e chega ao século XXI
correspondendo a 6.186.503 milhões de domicílios, de acordo com dados da Pesquisa
Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) de 2015 (Fundação João Pinheiro, 2017, p.
13).

5 – Políticas Públicas para Construções Sustentáveis


De acordo com o Site Obras Sustentáveis (2012), devido aos problemas ocasionados
pela crise econômica em alguns países recentemente, dentre os quais o desemprego, muitas
nações têm investido em ações relacionadas à recuperação econômica, como é o caso dos da
União Europeia.

Assim, investimentos em eficiência energética em edifícios, nos transportes, nos


aparelhos elétricos, bem como na diversificação da oferta de energia – priorizando-se
as energias de fontes renováveis, como eólica, solar e biomassa, especialmente no
caso de países em desenvolvimento –, têm sido fundamentais para a restauração de
ecossistemas, além de gerar inúmeros empregos “verdes”, permitindo a retomada do
crescimento econômico de forma sustentável.

Alguns setores econômicos como a construção, tem o potencial para mitigar as


mudanças climáticas, reduzindo-se as emissões de gases de efeito estufa. E com ajuda de
alguns setores, sendo eles a mineração, do ferro, do aço, da indústria química e dos
transportes, a diminuição será maior. Para minimizar ainda mais esses impactos o poder
5
público, pode elaborar leis mais severas fazendo com que tanto obras públicas como privadas,
priorizem tais leis. Podemos citar como exemplo o Protocolo da Construção Civil Sustentável,
realizado em São Paulo, celebrado em 2008, entre o Governo do Estado, representado pelas
Secretarias do Meio Ambiente e da Habitação, e o setor produtivo, este por meio de diversas
entidades patronais atuantes no mercado da construção civil, onde o objetivo é promover a
cooperação técnica e institucional, visando criar de forma objetiva e transparente, ações para
consolidar o projeto de desenvolvimento sustentável do setor da construção civil e
desenvolvimento urbano do Estado de São Paulo. Ao aderir o protocolo, os representantes do
setor produtivo se comprometem, orientar os empreendedores a cumprir a legislação
ambiental vigente no Estado. Deverão também apresentar técnicas socioambientais em seus
empreendimentos, de forma a minimizar os impactos ao meio ambiente. (OBRAS
SUSTENTÁVEIS, 2012).
Ainda de acordo com o site Site Obras Sustentáveis (2012):

Ao poder público couberam a regulamentação do processo de licenciamento


ambiental, integralmente transferido à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
– CETESB, a elaboração e aprovação de normas e legislações ambientais relacionadas
com o setor da construção civil e desenvolvimento urbano e o apoio à capacitação do
setor produtivo quanto à aplicação da legislação pertinente e aos processos de
licenciamento. Os órgãos do governo devem promover a compatibilização das regras
do Código Sanitário com as normas técnicas, as práticas construtivas e as premissas da
construção sustentável. Além disso, comprometem-se a implantar essas premissas nos
projetos e licitações de obras públicas, abrangendo novas construções e reformas de
edificações e de obras de infraestrutura.

5.1 – O Conceito de Sustentabilidade

De acordo com o Caderno de Educação Ambiental – Habitação Sustentável (2012),


hoje, muito se ouve falar em sustentabilidade, seus benefícios e sua importância para a
preservação do planeta para as futuras gerações. Entretanto, a popularização do termo acabou
por reduzir seu significado a um aspecto relacionado à preservação ambiental, quando na
verdade representa muito mais que isso, atingindo diferentes aspectos da vida das pessoas,
sendo necessário, portanto, entender as origens desse conceito. Historicamente, pode-se
afirmar que o conceito de sustentabilidade começou a ser construído a partir de 1972, ano da
Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Ambiente Humano, realizada em
Estocolmo. A partir desse momento se iniciou um processo de tomada de consciência
mundial, no sentido de que vivemos em um único planeta, cujos recursos naturais são finitos e
6
no qual a capacidade de absorção da poluição gerada pelos seres humanos é limitada. Naquela
época, a posição do Brasil baseava-se na ideia de que “a pior poluição é a miséria”,
demonstrando, assim, a falta de preocupação ambiental dos governantes. Quinze anos após a
Conferência, em 1987, foi publicado o Relatório “Nosso Futuro Comum”, elaborado pela
Comissão Brundtland e fruto da avaliação do resultado de quinze anos de Estocolmo.
Referido Relatório apresentou o conceito de Desenvolvimento Sustentável, qual seja, o
“desenvolvimento que permite o atendimento das necessidades das presentes gerações sem
comprometer o atendimento das necessidades das futuras gerações”. No mesmo ano, foi
publicada a primeira imagem de satélite do buraco na camada de ozônio, na Antártica, fato
histórico que sensibilizou o mundo para a urgência da questão ambiental. Em seguida, em
1988, é criado o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), com o
objetivo de avaliar as informações científicas, técnicas e socioeconômicas mais recentes sobre
o tema.
Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro – e mais conhecida como RIO-92 ou ECO-92 –, marcou a adoção
do conceito de desenvolvimento sustentável, o que gerou produtos como a Agenda 21 e a
Convenção sobre a Mudança do Clima. A Agenda 21 corresponde a um plano de ação
constituído por princípios para a implementação de um novo padrão de desenvolvimento para
o século XXI, baseado na sustentabilidade ambiental, social e econômica. (CADERNO DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL – HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL, 2012).

5.2 – O que é Sustentabilidade


De acordo com o site Uniprime (2016), a palavra “Sustentabilidade” é relativamente
nova. Esse termo surgiu em 1992, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou
oficialmente a sustentabilidade na agenda global – e de uma maneira nunca feita antes. Em
outras palavras, significa que pela primeira vez foi criado um programa detalhado direcionado
aos governos de todo o mundo, com uma lista de atividades que visavam a proteção e
renovação dos recursos ambientais. (UNIPRIME, 2016).
Com base ainda no site Uniprime (2016):

O conceito de desenvolvimento sustentável faz parte de uma história que começou no


final do século XVII, onde países europeus utilizavam, em grandes quantidades,
madeiras na construção de navios, passaram a gerenciar esses recursos, resguardando
a matéria-prima pra usos futuros. Somente com a “Agenda 21” em 1992, que o termo

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sustentabilidade, se tornou uma das prioridades da ONU, pois começaram a entender a
necessidade de um país sustentável, e com isso a discussão pode finalmente chegar
nas salas de reuniões corporativas. (UNIPRIME, 2016).

O sociólogo e escritor britânico John Elkington, foi o primeiro a falar de


sustentabilidade no âmbito dos negócios e a considerá-la como parte de um tripé, adicionando
às discussões ambientais o viés econômico e social. O “Triple Bottom Line”, conforme figura
2, expressão que traduz a teoria de Elkington, define que, para ser sustentável, uma
organização ou um negócio deve ser financeiramente viável, socialmente justo e
ambientalmente responsável. (UNIPRIME, 2016).

Figura 2
Fonte: http://ecolmeia.org.br/o-que-e-mesmo-sustentabilidade/
Autor: Eng. Paulo F C Pereira, 2018

5.3 – Sustentabilidade na Construção Civil


De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2018?):

Reconhecidamente, o setor da construção civil tem papel fundamental para a


realização dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável. O Conselho
Internacional da Construção – CIB aponta a indústria da construção como o setor de
atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma
intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos
relacionados ao consumo de matéria e energia, há aqueles associados à geração de
resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos
gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais
aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído
proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.

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A Agenda 21, um documento consensual firmado entre vários países, resgatando o
termo ‘Agenda’ no seu sentido de intenções, desígnio, desejo de mudanças para um modelo
de civilização em que predominasse o equilíbrio ambiental e a justiça social entre as nações.
Destaca-se ainda que a Agenda 21 não é simplesmente uma Agenda Ambiental e sim uma
Agenda para o Desenvolvimento Sustentável, onde, evidentemente, o meio ambiente é uma
consideração de primeira ordem. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2018?).
Para o Ministério do Meio Ambiente (2018): “Os desafios para o setor da construção
são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais
e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria
da qualidade do ambiente construído”, conforme Figura 3.

Figura 3
Fonte:http://sustentabilidade-uniceub.blogspot.com/2014/10/o-que-pode-tornar-sua-casa-
mais.html
Autor: Delas Casa IG, 2014

Os impactos causados pela construção civil promoveram o florescimento do


pensamento sustentável para as edificações. A definição de Desenvolvimento sustentável em
1987 pela Comissão para o Meio Ambiente das Nações Unidas em Brundtland como sendo “o
Desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade
das futuras gerações de satisfazer suas próprias necessidades”, foi de crucial importância tanto
ao ser a pioneira, como na abrangência que deu a essa definição, abrindo espaço para
interpretações e subdefinições, como o surgimento do termo arquitetura sustentável
(Gonçalves; Duarte, 2006, p.52).
A necessidade de tornar as edificações sustentáveis em prol de uma cidade melhor
para seus cidadãos e para o meio ambiente, fez surgir as certificações de construção
sustentável. Segundo Keeler e Burke (2010, p. 256) os “sistemas de categorização,
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certificação ou selo ecológico” definem diretrizes e níveis de eficiência para se avaliar a
incorporação de estratégias sustentáveis a uma edificação, comparando - a com prédios
convencionais.
Romero (2011) aborda o tema numa perspectiva processual, trazendo o conceito para a
cidade, ampliando a visão além da simples dimensão ecológica: “a construção da
sustentabilidade nas cidades brasileiras significa enfrentar várias questões desafiadoras, como
a concentração de renda e a enorme desigualdade econômica e social, o difícil acesso a
educação de boa qualidade e ao saneamento ambiental, o déficit habitacional e a situação de
risco de grandes assentamentos, além da degradação dos meios construído e natural, e dos
acentuados problemas de mobilidade e acessibilidade”.
Romero (2011) propõe ainda um urbanismo sustentável baseado em premissas de
desenho participativo, arquitetura da paisagem, bioclimatismo e eficiência energética. A
sustentabilidade emerge da integração de quatro elementos:

1. Desenvolvimento econômico, que inclui habitação acessível, segurança pública,


proteção do meio ambiente e mobilidade;
2. Inclusão social, reconciliando interesses para identificar e alcançar valores e
objetivos comuns;
3. Previsão de objetivos em longo prazo (preservação para as gerações futuras);
4. Qualidade pela preservação da diversidade e não a quantidade.

Existem três fontes fundamentais na geração de resíduos ou entulhos da construção


civil; estas são consideradas como os resíduos em si, os desperdícios e as perdas de materiais,
cada uma com sua particularidade de geração. As perdas de material são aquelas geradas por
erros de quantidades no momento da execução do projeto, transporte e armazenamento,
gerando a não utilização de determinadas quantias; o desperdício é caracterizado pela falta de
habilidade no manuseio, cuidados na utilização e a falta de conhecimento técnico das
especificações dos materiais. Os resíduos são originários da somatória destes dois fatores
(desperdícios mais perdas de materiais), mais os relacionados à demolição e retrabalhos
realizados nas obras, considerando aqui apenas o fluxo dos materiais. (ANDRADE E DE
LIMA, 2004)
No âmbito da edificação, entendem-se como essenciais: adequação do projeto ao clima
do local, minimizando o consumo de energia e otimizando as condições de ventilação,
iluminação e aquecimento naturais; previsão de requisitos de acessibilidade para pessoas com

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mobilidade reduzida ou, no mínimo, possibilidade de adaptação posterior; atenção para a
orientação solar adequada, evitando-se a repetição do mesmo projeto em orientações
diferentes; utilização de coberturas verdes; e a suspensão da construção do solo (a depender
do clima). Com relação à energia, recomenda-se o uso do coletor solar térmico para
aquecimento de água, de energia eólica para bombeamento de água e de energia solar
fotovoltaica, com possibilidade de se injetar o excedente na rede pública. Sobre águas e
esgoto, é interessante prever: a coleta e utilização de águas pluviais, utilização de dispositivos
economizadores de água, reuso de águas, tratamento adequado de esgoto no local e, quando
possível, o uso de banheiro seco, conforme figura 4. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE,
2018?).

Figura 4
Fonte: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/events/1a-casa-familiar-certificado-leed-
residencia-unifamiliar-sustentavel/
Autor: Instituto de Engenharia, 2018

A respeito do tratamento das áreas externas, recomenda-se a valorização dos


elementos naturais no tratamento paisagístico e o uso de espécies nativas, a destinação de
espaços para produção de alimentos e compostagem de resíduos orgânicos, o uso de
reciclados da construção na pavimentação e de pavimentação permeável, a previsão de
passeios sombreados no verão e ensolarados no inverno. (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2018?).

5.4 – Sustentabilidade x Habitação Social


Os diálogos sobre meio ambiente e sustentabilidade não são tão recentes como muitos
acreditam. O que ocorre é que com o mundo mais globalizado e as informações se

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propagando de modo mais rápido e eficiente, os assuntos ligados a sustentabilidade passam a
ter maior repercussão. Assim, a quantidade de pessoas interessadas e que participam das
discussões globais acerca das construções sustentáveis aumentou com o tempo (Lamberts et
al, 2008, p. 6).
O Brasil possui hoje um grande déficit habitacional combinado com níveis
significativos de pobreza, de modo que parte de sua população ainda vive em moradias que
não atendem às suas necessidades básicas. Conceitualmente, entende-se o déficit habitacional
como a falta de oferta de novas moradias para atender à demanda habitacional da população
em dado momento, seja por incremento (devido à coabitação familiar forçada, por exemplo)
ou por reposição do estoque nacional (no caso de condições precárias de habitação). O déficit
habitacional no ano de 2014 correspondeu a 6,068 milhões de domicílios, representando 9%
dos domicílios do país (FJP, 2017).
Assim, a sustentabilidade aplicada à habitação social pode ser entendida como uma
série de condicionantes e critérios de projeto, que independente do estilo arquitetônico, levam
consigo o conceito base da relação entre natureza e arquitetura, baseada em três dimensões
essenciais para o desenvolvimento de um projeto sustentável: o desempenho ambiental, o
desenvolvimento econômico e a inclusão social. (Montes, 2005, p.15)

5.5 – Tecnologia para Construção Sustentável


Ricardo Mateus (2004) afirma que a maior preocupação no mercado da construção
civil é a questão econômica e que muitas vezes a durabilidade dos edifícios e as preocupações
com o meio ambiente são deixadas de lado.
A construção sustentável se resume em técnicas redutivas dos impactos ambientais
através da aplicação da política dos três R’s: a reutilização, a reciclagem e a redução. Tal
política, na prática, trata da utilização de tecnologias limpas e de materiais recicláveis e
reutilizáveis. Além disso, enfatiza necessidade de diminuição dos resíduos gerados quando no
processo executivo e na reutilização dos mesmos na forma de agregados secundários.
(AGOSTINHO, 2008)
Araújo (2007) lista nove etapas que devem ser consideradas e executadas quando no
projeto de uma construção sustentável, a citar, conforme figura 5:
• Planejamento sustentável da obra: É o ponto mais importante no decorrer da
execução de uma obra amiga do meio ambiente. A função deste princípio é um bom
planejamento das práticas que irão integrar a obra ao meio ambiente.

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Os pontos principais para um planejamento sustentável são a análise da obra e do local
de implantação. Uma vez que também será feito a Análise dos 8 Ciclo de Vida (ACV)
para ser feito as orientações necessárias no próprio projeto, resultando, assim, na
determinação dos materiais e tecnologias. No entanto, também deve ser feito analise
de projeto e intervenções, materiais e tecnologias, projeto de arquitetura, o
planejamento geral de todo o projeto, estudo de consumo de energia e materiais e
também do solo (geotecnia).
• Aproveitamento passivo dos recursos naturais: É importante que seja analisado o
clima local, utilizando todos os recursos locais e naturais para uma melhor integração
com o meio, realizando planejamento do local para utilizar as energias naturais ali
disponíveis. É de grande importância que o local de implantação da obra seja
analisado, evitando qualquer tipo de incômodo aos moradores naquela proximidade. É
importante lembrar também de priorizar a iluminação natural, além da redução de
água e energia elétrica.
• Eficiência energética: Nesse ponto é abordado o uso racional da energia,
conseguindo os mesmos resultados, porém, utilizando uma porcentagem menor da
mesma. Esse princípio busca por fontes renováveis (painéis fotovoltaicos), ou seja,
gerar a energia para seu consumo, controlar as emissões eletromagnéticas, e controlar
o calor gerado no ambiente construído. A eficiência energética é primordial para se ter
uma construção sustentável.
• Gestão e economia da água: A água é um dos maiores recursos naturais do planeta,
com um volume aproximadamente de 1.386 milhões km³. No entanto, se encontra
dividida desta forma: 97,5% da água total do planeta estão nos mares e oceanos; 1,7%
estão nas geleiras e calotas polares; 0,7% nos aquíferos subterrâneos; e
aproximadamente 0,01% nos rios, lagos e reservatórios e ainda uma porcentagem bem
pequena em forma de vapor está na atmosfera. Sendo assim, o foco principal é reduzir
os níveis de consumo e o desperdício de água infiltrada. O melhor que se pode fazer é
o reaproveitamento dela, principalmente a água das chuvas.
• Gestão dos resíduos na edificação: A gestão dos resíduos é essencial para se ter uma
obra sustentável, o principal objetivo desse tópico, é separar e reciclar qualquer tipo
de resíduo, tanto causado pela obra quanto de uso doméstico. Atualmente a maioria
das cidades se dispõe de Ecopontos, que é o local adequado para a destinação desses
tipos de resíduos.
• Qualidade do ar e ambiente interno: Numa construção que preza pela
sustentabilidade deve criar ambientes interno e externo sem nenhum impacto aos seres
vivos que ali estão presentes, é importante identificar poluição interna da obra (água,
ar, temperatura, umidade e materiais) e evitar a entrada sobre a saúde dos seres vivos.
Na busca por uma melhor qualidade no interior de um empreendimento o proprietário
do mesmo deve optar por algumas medidas para proteger o ar de poluentes.

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• Conforto termo-acústico: Para um melhor conforto termo-acústico, deve ser
estudada a isolação e a ventilação local. O uso adequado dessas práticas e a adoção de
tecnologias de resfriamento irão colaborar de forma positiva com o conforto térmico.
O uso de materiais também influencia bastante na efetividade desse conforto acústico.
• Uso racional de materiais: É importante que todos os materiais sejam analisados
individualmente para entender a sua funcionalidade e a sua aderência ao meio
ambiente, levando em consideração suas especificações e seu ciclo de vida. Deve ser
analisado desde a sua origem até a sua aplicação final.
• Uso de produtos e tecnologias ambientais: Quando se fala de uma obra sustentável, a
mesma deve basear-se totalmente em uso de materiais ecologicamente viável, que não
seja poluente, tóxico, e não agrida o meio ambiente e a vida dos seres vivos,
contribuindo assim com o meio natural.

Figura 5
Fonte: http://nossacasacantegril.blogspot.com/2012/08/casa-ecologicamente-correta.html
Autor: Minha Casa, 2012

6 – Selos/Certificações de Construção Sustentável


De acordo com o site SustentArqui (2014), com a escassez e o uso excessivo dos
recursos naturais o mundo se viu obrigado a repensar seus modelos e tentar novos padrões de
consumo. Desde o encontro mundial realizado no início da década de 1980 e que gerou o
documento lançado em 1987, o conhecido Relatório Brundtland, novas metas de
sustentabilidade foram traçadas.

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No setor da Construção Civil com seu histórico de grande gerador de resíduos e
emissor de gases de efeito estufa, organizações Públicas e Privadas criaram normas para
reduzir os impactos gerados pela mesma. (SUSTENTARQUI, 2014).
De acordo com o Site SustentArqui (2014), algumas das principais certificações e
selos para construção sustentável e seus benefícios, conforme Figura 6:

Figura 6
Fonte: https://sustentarqui.com.br/selos-para-contrucao-sustentavel/
Autor: Redação SustentArqui, 2014

• AQUA – Alta Qualidade Ambiental do Empreendimento,


benefícios: Qualidade de vida do usuário; Economia de água e energia; Disposição de
resíduos e manutenção; Contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico-
ambiental da região;
• BREEAM – Building Research Establishment Environmental Assessment
Method, benefícios: redução de impactos urbanos das edificações, melhor qualidade
de vida do usuário, redução geral do impacto ambiental na vida útil, menores custos
de manutenção e infraestrutura;
• Casa Azul - benefícios: Redução do impacto ambiental e na vizinhança ao
longo da construção, fortes ações sociais durante a após construção, redução de
impactos urbanos das edificações, melhor qualidade de vida do usuário, redução geral
do impacto ambiental na vida útil, menores custos de manutenção e infraestrutura;
• DGNB – Deutsche Gesellschaft für Nachhaltiges Bauen, benefícios: redução
do impacto ambiental e na vizinhança ao longo da construção, redução de impactos
urbanos das edificações, melhor qualidade de vida do usuário, redução geral do
impacto ambiental na vida útil, menores custos de manutenção e infraestrutura e

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análises técnicas específicas como diferencial ( parâmetros econômicos, sociais,
segurança da infraestrutura e de processo de concepção do empreendimento).
• LEED – Leadership in Energy and Environmental Design,
benefícios: Valorização do produto na venda/locação, redução de impactos urbanos
das edificações, melhor qualidade de vida do usuário, redução geral do impacto
ambiental na vida útil, menores custos de manutenção e infraestrutura;
• Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica),
benefícios: O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, promove o uso
eficiente da energia elétrica, combatendo o desperdício e reduzindo os custos e os
investimentos setoriais. Ele pode ser considerado mais como uma “etiquetagem” ou
identificação do que um certificado, considerando que ele apenas classifica o
desempenho de uma edificação. O objetivo é incentivar a elaboração de projetos que
aproveitem ao máximo a capacidade de iluminação e ventilação natural das
construções.
• Qualiverde, benefícios fiscais: Desconto do ISS na obra, Isenção / desconto
de IPTU durante a obra, Isenção / desconto no ITBI, Desconto de IPTU no
prédio. Benefícios edilícios: Isenção da área de varandas abertas e jardineiras
no cômputo da ATE, Aumento de ocupação do Pavimento de Uso Comum
e dependências, Cobertura do estacionamento localizado no pavimento térreo, desde
que seja do tipo telhado verde e associada ao sistema de coleta, retenção ou reuso de
águas pluviais. Redução do impacto ambiental e na vizinhança ao longo da
construção, redução de impactos urbanos das edificações, melhor qualidade de vida do
usuário, redução geral do impacto ambiental na vida útil, menores custos de
manutenção e infraestrutura.

7 – Discussão
A procura por materiais com preços mais baixos, pode-se gerar habitações e
infraestrutura urbana inadequada e pode comprometer a qualidade de vida da população,
principalmente os segmentos de baixa renda. Portanto se a modernização começar no setor da
construção civil, ao oferecer moradias com qualidade, teremos um significativo impacto
social, e tornar o habitat um ambiente mais sustentável.
Outro assunto que precisamos colocar em pauta, é a redução do desperdício de
materiais nas empresas construtoras, com isso é possível economizar nas construções das
unidades habitacionais e ter um resultado positivo na qualidade das construções. É esperado
que, através destes recursos empregados nos financiamentos habitacionais, atender a uma
parcela maior da população, contribuindo para a redução do déficit habitacional.

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8 – Conclusão
O reconhecimento de que possuímos interesses e necessidades diferentes foi o
primeiro passo rumo à humanização de projetos de interesse social (conjuntos habitacionais
destinados à população cujo nível de renda dificulta ou impede o acesso à moradia através dos
mecanismos normais do mercado imobiliário).
Entretanto, mesmo pautado no avanço tecnológico e na abordagem social do tema, o
progresso ainda está enraizado à padronização: esse tipo de habitação aqui no Brasil ainda não
respeita, de fato, aos moradores, pois há notável insistência na priorização do enriquecimento
das incorporadoras no mercado imobiliário e pouco se escuta dentro das comunidades que
usufruem dessas residências.
Há muito a se fazer, já que as iniciativas dos Governos Federal, Estadual e Municipal,
para estimular o setor da construção são tímidas, mas acredita-se que o PMCMV possa
contribuir para um grande avanço. O Brasil pode ter mais resultados, o que falta é disseminar
o conhecimento e informação, tanto para o público consumidor, quanto para as incorporadas e
construtoras. Havendo a cooperação de todos, será possível construir cidades sustentáveis
para as próximas gerações.
Podemos observar que as tecnologias sustentáveis utilizadas nem sempre são fruto de
pesquisas realizadas anteriormente. Assim, a qualidade dos componentes empregados deve
ser sempre analisada para que os usuários finais não sejam utilizados como cobaias das novas
tecnologias. Atualmente, as licitações públicas normalmente atendem ao pré-requisito de
aplicação de produtos em conformidade com as normas técnicas brasileiras, porém ao se tratar
de tecnologias inovadoras, muitas delas ainda não possuem normas técnicas reguladoras.
Sendo assim, faz-se necessária uma avaliação técnica que não somente verificam em
laboratório as características destes novos produtos, como também forneça informações a
respeito de seu desempenho quando aplicado. O objetivo é identificar o seu devido uso e
alimentar os fabricantes destas tecnologias com informações fundamentais para
aprimoramento das mesmas, até que então, uma vez difundidas, possam ser normalizadas.

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9 – Referencias Bibliográficas

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