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Existem outras tipologias usadas como referenciais teóricos para análise de políticas
públicas, dentre elas a tipologia de James Q. Wilson (corrobora a tipologia de Lowi, sendo
sua complementar), temos ainda a tipologia de Gormley (baseada no nível de ‘saliência’ ou
capacidade de afetar o público em geral), a tipologia de Gustafsson (tem como critério o
conhecimento e a intenção do policymaker) , por fim a tipologia de Bozeman e Pandey (que
faz a distinção entre o conteúdo técnico e o conteúdo político). Entretanto, para a análise da
política habitacional em questão, utilizaremos como referencial teórico a tipologia de Lowi,
por se adequar mais propriamente ao arcabouço administrativo, econômico, jurídico, social e
institucional do Brasil.
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política pública é “tudo aquilo que os governos escolhem fazer ou não fazer” (Dye, 1972) no
sentido da omissão ou negligência. O terceiro leva em conta a política pública como sendo
macrodiretrizes estratégicas e os programas, projetos e planos seriam apenas elementos
operativos. Após a análise de todos estes conceitos, já há um crescente consenso a respeito
do tema, o que nos permite inferir que política pública é “uma diretriz elaborada para
enfrentar um problema público”(Secchi, 2017), nestes termos, segundo Secchi; uma política
pública “é uma orientação à atividade ou à passividade de alguém” enquanto ator.
02 – Desenvolvimento.
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Direitos Humanos é um tratado internacional que reafirma a necessidade do Estado de
assegurar e promover os direitos humanos nos mais diversos Estados do mundo.
O Programa Minha Casa Minha Vida - PMCMV foi um das principais políticas
públicas dos Governos Lula e Dilma. O PMCMV foi criado em 2009 com objetivo de construir
1 milhão de habitações e diminuir o déficit habitacional para famílias de renda até 3 salários
mínimos. Os motivadores para inserção de um Programa Habitacional nas discussões
na agenda governamental remontam o contexto internacional de 2008. O PMCMV emerge
como um pacote econômico direcionado à habitação de mercado, sendo que a
participação da Secretaria Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) direciona o
programa para incorporar a Habitação de Interesse Social (HIS).
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adversidade financeira desencadeada em 24 de julho de 2007 motivada pela concessão de
empréstimos hipotecários de alto risco. O governo brasileiro usou experiências adquiridas
com o BNH para sua formulação. A opção pelo setor da construção civil decorreu da
possibilidade de englobar fatores que contribuem para a geração de empregos, a
taxa de juros associada ao crédito imobiliário e o desenvolvimento da infraestrutura
nacional. A partir dessa decisão do governo federal e da regulamentação, os principais
atores passam a atuar de forma integrada, na execução das atividades necessárias para a
formulação e implementação do programa.
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2015 o programa atingiu uma marca de mais de 4 milhões de unidades habitacionais
contratadas, dentre as quais 1,72 milhão pertencem à faixa 1 do programa e 2,4 milhões
foram entregues no conjunto contratado. No final de 2016, nas faixas 1, 2 e 3 e suas
modalidades o programa contratou 4.503.231 unidades com recursos de
332.465.824.077,30 (Vinicius, Sueli e Filipe. 2017).
03 – Considerações Finais.
O recorte de gênero propiciado pela Medida Provisória 561/2012 que altera regras do
PMCMV se configurou em um marco para a redução das desigualdades de gênero no Brasil
pela inclusão do tema em Políticas Públicas. A Medida provisória em questão permitiu a
priorização de mulheres localizadas na faixa 1 do programa a titularidade do imóvel em
casos de divórcio, exceto em ocasiões em que a guarda dos filhos for exclusiva do pai. Essa
revisão do programa possibilitou a diminuição das condições de vulnerabilidade social e
violência doméstica sofridas majoritariamente por mulheres mais pobres.
Por fim, uma política pública deve estar em alinhamento como um janela de
oportunidades, antecipar-se aos problemas e propor soluções, como foi o caso do PMCMV.
Acrescentamos ainda, o fato da necessidade de construção de indicadores de
monitoramento da política, quando do ato de sua formulação, para que o desempenho
possa ser medido e o curso de suas ações corrigidos tempestivamente.
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04 – Bibliografia.
Isabele, S. In: Entenda o Programa Minha Casa Minha Vida. Politize. 8 jun. 2017. Disponível
em: https://www.politize.com.br/minha-casa-minha-vida-entenda/. Acesso: 29 jan. 2020.
Politize. Programa Minha Casa Minha Vida. Post. 8 jun. 2017. Disponível em:
http//www.politize.com.br/tag/minha-casa-minha-vida. Acesso: 29 jan. 2020.
Rafael, F. “Uma Análise do Programa Minha Casa Minha Vida”. Rio Grande do Sul. 2012. 61
f. Monografia (Bacharel em Economia) - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
SUL - FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
ECONÔMICAS. Acesso: 30. jan. 2020. Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/69963. 2020.