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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

MEMORIAL DESCRITIVO
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Trabalho elaborado pelos alunos do grupo 2 da


turma CI6NA da segunda entrega de projeto do
semestre com base nos dados da Habitação de
Interesse Social do 4° semestre.

Felipe Borchardt Uliana


Fernando Daniel Rodrigues N. da Paixão
Luis Antonio Feio Melo
Matheus Monteiro Duarte Flores
Pedro Jorge Ribeiro Souza

Belém - 2022
Objetivos: desenvolver um anteprojeto para atender 120 famílias em edifícios
multifamiliares, sendo três de 4 pavimentos e um de 3 pavimentos; o projeto atenderá a uma
parte das famílias que foram removidas durante as obras da primeira etapa do projeto “Orla e
Urbanização da Sub-Bacia 1”, onde está localizado o Portal da Amazônia.

1. ESTUDO INICIAL E PLANEJAMENTO

Dados do terreno:
- Área total: 13.594,47 m²;
- Lateral 1: 100 m;
- Lateral 2: 47,5 m;
- Fundos: 176,5 m;
- Localização: bairro Jurunas, entre rua dos Tamoios e rua dos Mundurucus.

Condicionantes Legais:
- O uso e ocupação do solo se destina à habitação multifamiliar, logo possui aplicação
ZAU 5 e modelo M4.

Condicionantes Bioclimáticos:
- O clima predominante é equatorial quente/úmido com alto índice pluviométrico e
indicadores em torno de 2500 mm/ano a 3000 mm/ano (INMET);
- Quanto à insolação, observou-se que as fachadas que fossem orientadas para a lateral
direita (sudeste) e para os fundos (nordeste) seriam beneficiadas pelo sol da manhã.
- Quanto à ventilação, os ventos nessa área são predominantes do Leste, logo os fundos
e a lateral direita também serão os mais beneficiados.
- O município possui também baixa amplitude térmica e elevadas temperaturas;
- A região onde se encontra o terreno é suscetível a alagamentos (CRPM - 2015).

Dados do entorno:

- O bairro (Jurunas) onde se encontra o terreno possui 64.478 pessoas (IBGE - 2010);
- Área total do bairro: 2.202,11 km²;
- É o 2° bairro mais adensado de Belém com 29,28 hab/km² (SILVA, Felipe et. al -
2013);
- O terreno possui proximidade à UPA (saúde), às escolas de ensino fundamental e
municipal (educação) e ao CRAS (social).

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Estudo inicial de drenagem:

- O bairro do Jurunas pertence à Bacia Hidrográfica da Estrada Nova (BHEN);


- Os empreendimentos devem obter AVT (Atestado de Viabilidade Técnica);
- A região possui maior risco de alagamento, cerca de 94,96% (SADECK; SOUZA;
SILVA, 2012) devido à ineficiência dos sistemas públicos de drenagem.

Planejamento:

- O tempo estipulado para a obra é de 4 anos de execução;


- O quantitativo de funcionários varia entre 100 a 150;
- Adotamos a linha de balanço para acompanhar e planejar o processo executivo, os
caminhos críticos e o cronograma físico-financeiro num determinado período de
tempo com auxílio do MS Project e do Excel.
- Os principais pontos que auxiliam a gestão no método de linha de balanço são:
1. Facilita a troca de informações entre os gestores da obra e a mão de obra do
canteiro.
2. Proporciona maior controle do andamento do projeto e do ritmo com que as
atividades são executadas.
3. Permite a visualização total dos serviços.
4. Mostra quais unidades foram concluídas, bem como as atividades e seus
grupos de trabalho.
5. Evidencia as interferências.
- Dessa forma, facilitando o gerenciamento no canteiro de obras e deixando-nos a par
das etapas da construção e em caso de ocorrências nos ajuda na forma mais rapida de
revertê-las.
- O MS Project auxiliou no planejamento das etapas em conujnto com a linha de
balanço, nesse viés pode-se observa no flugrama quais são os pontos criticos da obra e
os serviços que so entram no final de uma fase ou ao mesmo tempo.
- O planejamento foi elaborado com base no orçamento analítico e sintético estipulado
para a obra de acordo com as composições e planilhas de custo da SINAPI e SEDOP.

fonte: MS Project

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Fluxo do canteiro de obras:
- A obra contará com 4 blocos que serão divididos em 3 prédios de 4 pavimentos e 1
prédio de 3 pavimentos e serão executados nessa respectiva ordem;
- O fluxo se dá no sentido horário, começando pelo Bloco 1 e terminando no Bloco 4;
- Haverá 3 vias dentro do limite do condomínio, sendo duas transversais e uma
longitudinal. A via de acesso longitudinal que está no meio do lote terá prioridade de
terraplanagem para mobilidade dos veículos de carga do canteiro de obras;
- Estará disponível uma portaria para a entrada e saída de veículos, além de portaria
para uma entrada e saída de funcionários e visitantes;
- Em cada bloco haverá uma baía de agregados, ferraria e carpintaria para produção de
cimento e concreto in loco;
- As instalações provisórias de administração, almoxarifado, salas técnicas,
ambulatório, vestiário, refeitório, banheiros estarão dispostos no espaço reservado à
construção da área de lazer do condomínio;
- Após o término da estrutura do pavimento térreo do bloco B1, obra bruta, instalações
elétricas, de água fria e esgoto do pavimento térreo e do primeiro pavimento do Bloco
3, as instalações provisórias do canteiro serão deslocadas para os respectivos
pavimentos do local.

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Na figura abaixo está uma representação do fluxo do canteiro feita no Software AutoCad.

2. PROJETO DE INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

Projeto das instalações do canteiro de obras:


A área disponível para implantação do canteiro de obras é de 1943 m², com áreas de
apoio e de vivência baseadas no número de operários que varia entre 100 e 150.
As instalações provisórias do canteiro de obras foram elaboradas com base nas Normas
Regulamentadoras 18 e 24 (NR18/NR24). As quais falam sobre ‘Condições de Segurança e
Saúde no Trabalho na Indústria da Construção’ e ‘Condições Sanitárias e de Conforto nos
Locais de Trabalho’ respectivamente.
Assim, as áreas de vivência foram projetadas de forma a oferecer aos trabalhadores,
condições de segurança, conforto e privacidade e devem ser mantidas em perfeito estado de
conservação, higiene e limpeza.

Áreas de Vivência:
- Instalações hidrossanitárias: haverá de 5 a 7 instalações sanitárias, que serão
colocadas em container ou barracões de madeira, divididas por sexos masculino e
feminino que contarão com bacias, lavatórios, 5 a 7 mictórios e chuveiros, 2 lavatórios
e chuveiros adicionais para atividades insalubres e 3 bebedouros industriais;
- Vestiário: os chuveiros devem estar em anexo com os vestiários. A área mínima por
trabalhador deverá ser calculada da seguinte forma: 1,5 - (n° de trabalhadores ÷ 1000)
= 1 a 1,35 m² por trabalhador, totalizando 125 m² em média. Haverá armários simples
e duplos (para atividades insalubres) para cada funcionário, totalizando 125 armários;

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- Cozinha/Locais para refeições: haverá 37 mesas, 150 cadeiras, 2 lavatórios e 1 ilha
com alimentos. Uma área mínima de 200 m² deverá ser reservada para o refeitório
para que suporte os móveis e operários.
- Contêiner: serão disponibilizados 2 contêineres (2,30 x 6,00 m x 2,50 m) móveis do
tipo escritório com banheiro (ref. SINAPI) para locação da equipe de engenheiros e
técnicos.
- Ambulatório: haverá um espaço reservado de no mínimo 12 m² dotado de maca e
equipamentos de primeiros socorros.

Áreas de Apoio:
- Almoxarifado: o almoxarifado terá dimensões de 12 x 4 (48 m²) para receber e
armazenar os materiais e equipamentos de pequeno e médio porte.
- Casa de Carpintaria: terá dimensões de 12x6(72m2) para que consiga armazenar as
peças de madeira para a confecção das fôrmas do concreto e madeiramento de
cobertura, será dividida entre a área de armazenamento e a área para a mesa de
serragem.

- Casa de Ferragem: terá dimensões de 3x10(30m2) para armazenar os vergalhões de


ferro de forma organizada.
- Baía de ferro: ocupará uma área de 3x9(27m2) para que contenha uma mesa
comprida de dobragem e corte do ferro para a produção das armações e outros
componentes necessários.
Representação das instalações provisórias no AutoCad.

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A figura abaixo ilustra uma volumetria do empreendimento ainda em fase de obras.

Fonte: Imagem do autor

A figura acima detalha a locação de algumas das áreas de apoio que serão transferidas
para o pavimento térreo do Bloco A1. O pavimento será liberado após a retirada das escoras,
cimbramentos, fechamentos de alvenaria, chapisco e reboco assim como a instalação
provisória de equipamentos, instalações hidrossanitárias e elétricas.

3. PROJETO ESTRUTURAL E DE FUNDAÇÃO

Antes de escolher o tipo de fundação, foi feito um estudo de solo utilizando ensaio e
sondagem SPT inerente ao terreno. O número de sondagens, segundo a NBR 8036, se
encaixa nos parâmetros entre 200 m² e 1200 m², e deve ser feita 2 sondagens a cada 200 m².
Já que a área construída de somente um pavimento de cada prédio é em torno de 500 m² e são
4 blocos, totalizam-se 12 furos de sondagem, sendo 3 em cada bloco;

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Logo após a escolha do tipo de fundação, foi realizado o pré-dimensionamento dos
pilares para definir as dimensões mínimas, suas áreas de influência e a carga total para as
fundações. As áreas de influência dos pilares foram obtidas por meio de um retângulo de
abrangência que considera a metade do vão entre dois pilares. A carga concentrada em cada
pilar foi calculada por meio dos valores de cargas de revestimento e alvenarias, peso próprio
de vigas e pilares (NBR 6120), cargas acidentais e as sobrecargas. Logo adotamos o valor de
1000 kg/m² ou 1 tf/m².

Tabela 1: dimensionamento de pilares


CARGA CARGA
ÁREA DE CARGA (M²):
GERADA PELO ACUMULADA DIMENSÕES
PAVIMENTO INFLUÊNCIA CARGA ÷ 250
PAVIMENTO NO TOPO DO A x B EM CM
DO PILAR KGF/CM²
EM KGF PILAR EM KGF
PA1 8,53 8530,00 42650,00 170,60 20 x 40
PA2 17,02 17020,00 85100,00 340,40 20 x 40
PA3 17,70 17700,00 88500,00 354,00 20 x 40
PA4 8,25 8250,00 41250,00 165,00 20 x 40
PA5 5,02 5020,00 25100,00 100,40 20 x 40
PA6 12,95 12950,00 64750,00 259,00 20 x 40
PA7 17,02 17020,00 85100,00 340,40 20 x 40
PA8 17,02 17020,00 85100,00 340,40 20 x 40
PA9 8,54 8540,00 42700,00 170,80 20 x 40
PA10 11,56 11560,00 57800,00 231,20 20 x 40
PA11 23,04 23040,00 115200,00 460,80 20 x 40
PA12 22,61 22610,00 113050,00 452,20 20 x 40
PA13 11,16 11160,00 55800,00 223,20 20 x 80
PA14 6,80 6800,00 34000,00 136,00 20 x 80
PA15 17,54 17540,00 87700,00 350,80 20 x 80
PA16 23,04 23040,00 115200,00 460,80 20 x 40
PA17 23,04 23040,00 115200,00 460,80 20 x 40
PA18 11,56 11560,00 57800,00 231,20 20 x 40
PA19 11,24 11240,00 56200,00 224,80 20 x 40
PA20 22,40 22400,00 112000,00 448,00 20 x 40
PA21 21,98 21980,00 109900,00 439,60 20 x 40
PA22 10,85 10850,00 54250,00 217,00 20 x 40

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PA23 6,61 6610,00 33050,00 132,20 20 x 40
PA24 17,05 17050,00 85250,00 341,00 20 x 40
PA25 22,40 22400,00 112000,00 448,00 20 x 40
PA26 22,40 22400,00 112000,00 448,00 20 x 40
PA27 11,24 11240,00 56200,00 224,80 20 x 40
PA28 8,86 8860,00 44300,00 177,20 20 x 40
PA29 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA30 17,33 17330,00 86650,00 346,60 20 x 40
PA31 8,56 8560,00 42800,00 171,20 20 x 40
PA32 5,21 5210,00 26050,00 104,20 20 x 40
PA33 13,44 13440,00 67200,00 268,80 20 x 40
PA34 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA35 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA36 8,86 8860,00 44300,00 177,20 20 x 40

O sistema construtivo adotado será de concreto armado, sendo a resistência do


concreto 25 MPa. No pré-dimensionamento dos pilares, foram considerados pilares com
dimensões de 20 cm x 40 cm e 20 cm x 80 cm respeitando a NBR 6118 que restringe a área
mínima da seção do pilar em 360 cm² e a menor largura em 19 cm, sendo que todos os pilares
conseguiram atender às dimensões mínimas previstas pela carga.

O tipo de fundação levou em consideração um laudo de sondagem que aponta uma


camada de solo resistente (argila siltosa) aos 10 metros de profundidade, conforme a NBR
6484-2003. Logo optou-se pelo uso de estacas hélices contínuas devido ao melhor manejo,
alta velocidade de execução e redução de ruídos ao entorno.

Tabela 1: lista de classificação de solos

Fonte: NBR 6483 (2003)

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As especificações mínimas da fundação se deram de acordo com a NBR 6122-2019.
O cálculo do tipo da fundação foi realizado pelo método Decourt-Quaresma (1978), que pode
ser aplicado para estacas do tipo hélice contínua.

Tabela 2: métodos semi-empíricos e aplicações

Fonte: TQS Docs

Para o cálculo, foi levado em consideração a média dos índices de penetração e as


resistências lateral e de ponta, os coeficientes de majoração de carga, os fatores de segurança,
a área do fuste e da seção lateral bem como a profundidade da estaca.

No pré-dimensionamento das estacas adotamos os valores de diâmetro de 40 cm e


profundidade de 10 metros e seguimos os passos de cálculo de acordo com o método
semi-empírico.

- 1º passo: média dos NSPT

𝑁𝑃: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎; 𝑁𝐿: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙

11+18+17+19+20+16+18
𝑁𝐿 = 7
∴ 𝑁𝐿 = 17
16+15+14
𝑁𝑃 = 3
∴ 𝑁𝑃 = 15

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- 2º passo: cálculo da resistência de ponta

∝ 𝑒 𝐾: 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜; 𝑁𝑃: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎;

𝐴∅: á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑢𝑠𝑡𝑒; 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 ∅ = 40𝑐𝑚

𝑅𝑃 = ∝. 𝐾 . 𝑁𝑃. 𝐴∅ → 𝑅𝑃 = 2, 0 . 0, 8 . 17 . 0, 125 ∴ 𝑅𝑃 = 3, 4 𝑘𝑁
2 2
π.∅ π.0,4
𝐴∅ = 4
→ 𝐴∅ = 4
∴ 𝐴∅ = 0, 125 𝑚²

Tabela 3: coeficiente característico do solo

Tabela 4: valores de ∝

- 3° passo: cálculo da resistência lateral

β: 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎çã𝑜; 𝑁𝐿: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙;

𝐴𝑠: á𝑟𝑒𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎; 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝐿): 10 𝑚

𝑅𝐿 = β . 10 . ( 𝑁𝐿
3 )
+ 1 . 𝐴𝑠 → 𝑅𝐿 = 1, 0 . 10 . ( 15
3 )
+ 1 . 12, 56 ∴ 𝑅𝐿 = 778, 72 𝐾𝑛

𝐴𝑠 = π . ∅ . 𝐿 → 𝐴𝑠 = π . 0, 4 . 10 ∴ 𝐴𝑠 = 12, 56 𝑚²
Tabela 5: valores de β

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- 4° passo: cálculo da carga admissível
𝐹1: 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 (𝑅𝑃);

𝐹1: 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 (𝑅𝐿);

𝑅𝑃 𝑅𝐿 3,4 𝑘𝑁 778,72 𝑘𝑁
𝑄𝑎𝑑𝑚 = 𝐹1
+ 𝐹2
→ 𝑄𝑎𝑑𝑚 = 3,00
+ 3,80
∴ 𝑄𝑎𝑑𝑚 = 216, 46 𝑘𝑁 𝑜𝑢 21 𝑡𝑓

Tabela 5: fatores de segurança de correção da resistência

Fonte: MONTEIRO (1997)

Logo após a obtenção da carga admissível das estacas, foram definidos os


quantitativos de estacas para cada bloco suportar a carga do respectivo pilar. No
dimensionamento dos blocos, foi de suma importância escolher o formato para adaptar ao
centro de gravidade do pilar. Os formatos escolhidos seguiram os métodos de cálculo de
Alonso (1983) para atender respectivamente aos blocos de 2, 3, 4 e 5 estacas.

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Figura 2: estacas distribuídas por bloco

Fonte: Alonso (1983)

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Após a definição do quantitativo de estacas por bloco, foram elaborados os projetos de
forma das fundações e da estrutura a fim de posicionar os blocos da maneira correta.
Figura 3: representação de forma de fundação

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No posicionamento dos pilares, é importante salientar que foi preciso de uma junta de
dilatação no edifício, haja vista o seu comprimento de 30 metros. O edifício foi dividido em
setor A e B para organizar os elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) da melhor maneira
possível.

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Logo após o término da implantação dos blocos, seguiu-se a etapa de volumetria para
melhor representação da estrutura na edificação:
Figura 4: representação volumétrica

4. PROJETO HIDROSSANITÁRIO

Projeto do canteiro de obras:


A concepção do projeto hidrossanitário foi baseada no bom funcionamento tanto da
parte de serviços quanto na parte de relações interpessoais administrativas. Então o
sistema foi dividido em duas redes de tubulações saindo da caixa d'água: uma que leva
para as torneiras das betoneiras, e outra que leva para banheiros, escritórios e refeitório.
Para que assim, se por algum motivo precisar-se fazer manutenção nessa rede, a outra
conseguir operar normalmente.

A seguir, a imagens do sistema hidrossanitário:

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Figura 5: Sistema hidrossanitário geral

Figura 6: Sistema hidrossanitário de áreas interpessoais.

Na tubulação de áreas de serviço (A, B, C1 e C2) como foi utilizada apenas 4


torneiras ao longo de todo o sistema, foi-se dimensionado com um diâmetro de 20 mm.
Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:

Quadro 1: Dimensionamento tubulações de serviço (canteiro)

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No dimensionamento das tubulações interpessoais (1, 2, 3, 4, 5A e 5B), foi necessário
contar uma série de pontos hidráulicos de banheiros e torneiras, formando os ramais, e destes,
foi somados de acordo com a ordem da tubulação externa.

Quadro 2: Dimensionamento tubulações área interpessoal (canteiro)

Projeto de drenagem:
Como todo empreendimento bem planejado e pensando em seu entorno, todo fator
proveniente que houver dentro do projeto de habitação social, será resolvido dentro do
próprio projeto. Com isso, toda água proveniente das chuvas que houver na área do
terreno, será dimensionada para a própria rede de drenagem. Portanto, houve-se o
dimensionamento das valetas, bocas de lobo e sistema subterrâneo (galerias) pensado de
acordo com a vazão necessária para suprir a quantidade de chuva da área do terreno.
Abaixo, o projeto de drenagem, sendo de vermelho: as valetas, ao redor de todos os
blocos. De azul: as bocas de lobo, que servirá de transição da água das valetas para o
subterrâneo (galerias), que está representado pelas linhas amarelas.

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Figura 7: Projeto de drenagem

Figura 8: Corte dos projetos de drenagem e asfáltico

Para se dimensionar as valetas, foi necessário calcular o índice de precipitação de


Belém. Adicionamos na fórmula já com seus valores constantes, o período de retorno de dois
anos e o tempo de precipitação de 30 minutos. Com isso, depois multiplicamos esse resultado
com a área de influência abrangida de cada valeta e com o coeficiente de escoamento de 40%,
e assim, obtivemos a vazão de cada valeta.

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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:

Quadro 3: Memorial de cálculo para vazão das valetas.

Para calcular a altura da lâmina d'água e do meio-fio, primeiro de acordo com o


projeto de implantação, retiramos que a largura das vias são cinco metros, e dividimos por
3% que foi a declividade escolhida da valeta. Com isso, foi calculada a área molhada e o
perímetro molhado, e obtivemos o raio hidráulico. Depois, foi-se calculada a vazão máxima
da sarjeta, e a altura da lâmina d´água da valeta que possui a maior área de influência , já que
a vazão será a maior, a altura da lâmina d'água será a maior entre todas do sistema. (11,032
cm)

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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:

Quadro 4: Memorial de cálculo para altura da lâmina d´água das valetas.

Projeto hidrossanitário predial:


De acordo com o layout arquitetônico do projeto de habitação social, todos os
apartamentos têm os mesmos locais e sequências de pontos de água, inclusive os PCDs.
Para iniciar o dimensionamento de todo o sistema hidrossanitário, foi-se
dimensionado primeiro os ramais (um ramal é equivalente a um apartamento). Cada
ramal possui diversas peças, e foi levado em consideração fatores como perda de carga,
comprimento, vazão e velocidade, para se chegar a um resultado de que todos os ramais
serão compostos com uma tubulação de PVC de 40mm.

Figura 9: Dimensionamento Ramal

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Depois, foi dimensionado as colunas de água do prédio. Em todo o empreendimento,
existem quatro colunas por bloco (Imagem 10), e oito apartamentos por andar, sendo uma
coluna destinada a cada dois apartamentos por andar (Imagem 9), ao longo de quatro
pavimentos tipos. Foi utilizado o método de consumo máximo provável, tendo a possibilidade
de todos os pontos hidráulicos de todos os apartamentos estarem sendo utilizados ao mesmo
tempo.
As tubulações da coluna definidas de acordo com os cálculos foram tubulação de PVC
40 mm no primeiro pavimento, e de 50 mm nos pavimentos dois, três e quatro.
Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:

Figura 10: Exemplificação das quatro colunas para todos os apartamentos.

Quadro 5: Memorial cálculo dimensionamento colunas d´água

Para finalizar o dimensionamento de todo o sistema hidrossanitário, foi calculada


também a tubulação de saída da caixa d'água até a bifurcação para as duas colunas (uma do
lado esquerdo e outra do lado direito)(Imagem 12), que será de 65 mm de PVC.

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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:

Figura 12: Exemplificação tubulação telhado

Quadro 6: Memorial cálculo dimensionamento tubulação telhado

5. PROJETO DE ESGOTO

Com objetivo dimensionar o setor de esgoto do empreendimento foram feitos os cálculos


seguindo o material disponibilizado pela professora , os materiais disponíveis na internet e
seguindo as normas da Associação Brasileira De Normas Técnicas

5.2:Equipamentos utilizados
Foram utilizados tubos de diâmetro nominal de 100 e 50 (mm)
Junções Y de 50(mm)
Caixa sifonada quadrada 100 x 100 x 50 (mm)
Caixa de gordura predial de 250 litros
Conexão Adaptador de 50 para 100 (mm)
5.3 Tabela de cálculo

23
Figura 13:Memorial de cálculo de esgoto
Seguindo os cauculos necessários e os equipamentos utilizados
no empreendimento chegamos ao denominador de 23 UHC (unidade de hunter de
contribuição) que têm capacidade de 28 Litros por minuto

Com os equipamentos de menor UHC utilizando uma tubulação de 50(mm) do equipamento


no ramal de esgoto até a caixa sifonada de recebimento(sub-coletor) e distribuindo para o
tubo de queda de 100(mm) e a descarga do vaso sanitário e máquina de lavar até 30 Litros
sendo ligada direta a tubulação de queda de 100(mm)

Seguindo para quatro caixas de gordura (coletor) de 250 litros por prédio e distribuindo para
o sistema de esgoto disponibilizado pela cidade

5.4 :Coluna e ramais de ventilação


No seguinte empreendimento foram utilizados ramais de ventilação de 50mm e interligados
com junção Y com sentido contrário ao fluxo dos dejetos e das águas contaminadas no
esgoto

Conectados com o adaptador de 50 para 100(mm) a coluna de ventilação posicionada a


lateral do tubo de queda dos dejetos com um diâmetro de 100(mm) até o telhado do
empreendimento em questão

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REFERÊNCIAS

CAPACIDADE DE CARGA. TQS Docs, 2022. Disponível em:


<https://docs.tqs.com.br/Docs/Details?id=3832&language=pt-BR>. Acesso em 23 de
novembro de 2022.

LUKIANTCHUKI, L. A. Interpretação de resultados do ensaio SPT com base em instrumentação


dinâmica. Tese (Doutorado) Escola de Engenharia de São Carlos – USP, São Carlos, 2012.

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