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MEMORIAL DESCRITIVO
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Belém - 2022
Objetivos: desenvolver um anteprojeto para atender 120 famílias em edifícios
multifamiliares, sendo três de 4 pavimentos e um de 3 pavimentos; o projeto atenderá a uma
parte das famílias que foram removidas durante as obras da primeira etapa do projeto “Orla e
Urbanização da Sub-Bacia 1”, onde está localizado o Portal da Amazônia.
Dados do terreno:
- Área total: 13.594,47 m²;
- Lateral 1: 100 m;
- Lateral 2: 47,5 m;
- Fundos: 176,5 m;
- Localização: bairro Jurunas, entre rua dos Tamoios e rua dos Mundurucus.
Condicionantes Legais:
- O uso e ocupação do solo se destina à habitação multifamiliar, logo possui aplicação
ZAU 5 e modelo M4.
Condicionantes Bioclimáticos:
- O clima predominante é equatorial quente/úmido com alto índice pluviométrico e
indicadores em torno de 2500 mm/ano a 3000 mm/ano (INMET);
- Quanto à insolação, observou-se que as fachadas que fossem orientadas para a lateral
direita (sudeste) e para os fundos (nordeste) seriam beneficiadas pelo sol da manhã.
- Quanto à ventilação, os ventos nessa área são predominantes do Leste, logo os fundos
e a lateral direita também serão os mais beneficiados.
- O município possui também baixa amplitude térmica e elevadas temperaturas;
- A região onde se encontra o terreno é suscetível a alagamentos (CRPM - 2015).
Dados do entorno:
- O bairro (Jurunas) onde se encontra o terreno possui 64.478 pessoas (IBGE - 2010);
- Área total do bairro: 2.202,11 km²;
- É o 2° bairro mais adensado de Belém com 29,28 hab/km² (SILVA, Felipe et. al -
2013);
- O terreno possui proximidade à UPA (saúde), às escolas de ensino fundamental e
municipal (educação) e ao CRAS (social).
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Estudo inicial de drenagem:
Planejamento:
fonte: MS Project
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Fluxo do canteiro de obras:
- A obra contará com 4 blocos que serão divididos em 3 prédios de 4 pavimentos e 1
prédio de 3 pavimentos e serão executados nessa respectiva ordem;
- O fluxo se dá no sentido horário, começando pelo Bloco 1 e terminando no Bloco 4;
- Haverá 3 vias dentro do limite do condomínio, sendo duas transversais e uma
longitudinal. A via de acesso longitudinal que está no meio do lote terá prioridade de
terraplanagem para mobilidade dos veículos de carga do canteiro de obras;
- Estará disponível uma portaria para a entrada e saída de veículos, além de portaria
para uma entrada e saída de funcionários e visitantes;
- Em cada bloco haverá uma baía de agregados, ferraria e carpintaria para produção de
cimento e concreto in loco;
- As instalações provisórias de administração, almoxarifado, salas técnicas,
ambulatório, vestiário, refeitório, banheiros estarão dispostos no espaço reservado à
construção da área de lazer do condomínio;
- Após o término da estrutura do pavimento térreo do bloco B1, obra bruta, instalações
elétricas, de água fria e esgoto do pavimento térreo e do primeiro pavimento do Bloco
3, as instalações provisórias do canteiro serão deslocadas para os respectivos
pavimentos do local.
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Na figura abaixo está uma representação do fluxo do canteiro feita no Software AutoCad.
Áreas de Vivência:
- Instalações hidrossanitárias: haverá de 5 a 7 instalações sanitárias, que serão
colocadas em container ou barracões de madeira, divididas por sexos masculino e
feminino que contarão com bacias, lavatórios, 5 a 7 mictórios e chuveiros, 2 lavatórios
e chuveiros adicionais para atividades insalubres e 3 bebedouros industriais;
- Vestiário: os chuveiros devem estar em anexo com os vestiários. A área mínima por
trabalhador deverá ser calculada da seguinte forma: 1,5 - (n° de trabalhadores ÷ 1000)
= 1 a 1,35 m² por trabalhador, totalizando 125 m² em média. Haverá armários simples
e duplos (para atividades insalubres) para cada funcionário, totalizando 125 armários;
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- Cozinha/Locais para refeições: haverá 37 mesas, 150 cadeiras, 2 lavatórios e 1 ilha
com alimentos. Uma área mínima de 200 m² deverá ser reservada para o refeitório
para que suporte os móveis e operários.
- Contêiner: serão disponibilizados 2 contêineres (2,30 x 6,00 m x 2,50 m) móveis do
tipo escritório com banheiro (ref. SINAPI) para locação da equipe de engenheiros e
técnicos.
- Ambulatório: haverá um espaço reservado de no mínimo 12 m² dotado de maca e
equipamentos de primeiros socorros.
Áreas de Apoio:
- Almoxarifado: o almoxarifado terá dimensões de 12 x 4 (48 m²) para receber e
armazenar os materiais e equipamentos de pequeno e médio porte.
- Casa de Carpintaria: terá dimensões de 12x6(72m2) para que consiga armazenar as
peças de madeira para a confecção das fôrmas do concreto e madeiramento de
cobertura, será dividida entre a área de armazenamento e a área para a mesa de
serragem.
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A figura abaixo ilustra uma volumetria do empreendimento ainda em fase de obras.
A figura acima detalha a locação de algumas das áreas de apoio que serão transferidas
para o pavimento térreo do Bloco A1. O pavimento será liberado após a retirada das escoras,
cimbramentos, fechamentos de alvenaria, chapisco e reboco assim como a instalação
provisória de equipamentos, instalações hidrossanitárias e elétricas.
Antes de escolher o tipo de fundação, foi feito um estudo de solo utilizando ensaio e
sondagem SPT inerente ao terreno. O número de sondagens, segundo a NBR 8036, se
encaixa nos parâmetros entre 200 m² e 1200 m², e deve ser feita 2 sondagens a cada 200 m².
Já que a área construída de somente um pavimento de cada prédio é em torno de 500 m² e são
4 blocos, totalizam-se 12 furos de sondagem, sendo 3 em cada bloco;
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Logo após a escolha do tipo de fundação, foi realizado o pré-dimensionamento dos
pilares para definir as dimensões mínimas, suas áreas de influência e a carga total para as
fundações. As áreas de influência dos pilares foram obtidas por meio de um retângulo de
abrangência que considera a metade do vão entre dois pilares. A carga concentrada em cada
pilar foi calculada por meio dos valores de cargas de revestimento e alvenarias, peso próprio
de vigas e pilares (NBR 6120), cargas acidentais e as sobrecargas. Logo adotamos o valor de
1000 kg/m² ou 1 tf/m².
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PA23 6,61 6610,00 33050,00 132,20 20 x 40
PA24 17,05 17050,00 85250,00 341,00 20 x 40
PA25 22,40 22400,00 112000,00 448,00 20 x 40
PA26 22,40 22400,00 112000,00 448,00 20 x 40
PA27 11,24 11240,00 56200,00 224,80 20 x 40
PA28 8,86 8860,00 44300,00 177,20 20 x 40
PA29 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA30 17,33 17330,00 86650,00 346,60 20 x 40
PA31 8,56 8560,00 42800,00 171,20 20 x 40
PA32 5,21 5210,00 26050,00 104,20 20 x 40
PA33 13,44 13440,00 67200,00 268,80 20 x 40
PA34 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA35 17,66 17660,00 88300,00 353,20 20 x 40
PA36 8,86 8860,00 44300,00 177,20 20 x 40
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As especificações mínimas da fundação se deram de acordo com a NBR 6122-2019.
O cálculo do tipo da fundação foi realizado pelo método Decourt-Quaresma (1978), que pode
ser aplicado para estacas do tipo hélice contínua.
𝑁𝑃: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎; 𝑁𝐿: 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙
11+18+17+19+20+16+18
𝑁𝐿 = 7
∴ 𝑁𝐿 = 17
16+15+14
𝑁𝑃 = 3
∴ 𝑁𝑃 = 15
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- 2º passo: cálculo da resistência de ponta
𝑅𝑃 = ∝. 𝐾 . 𝑁𝑃. 𝐴∅ → 𝑅𝑃 = 2, 0 . 0, 8 . 17 . 0, 125 ∴ 𝑅𝑃 = 3, 4 𝑘𝑁
2 2
π.∅ π.0,4
𝐴∅ = 4
→ 𝐴∅ = 4
∴ 𝐴∅ = 0, 125 𝑚²
Tabela 4: valores de ∝
𝑅𝐿 = β . 10 . ( 𝑁𝐿
3 )
+ 1 . 𝐴𝑠 → 𝑅𝐿 = 1, 0 . 10 . ( 15
3 )
+ 1 . 12, 56 ∴ 𝑅𝐿 = 778, 72 𝐾𝑛
𝐴𝑠 = π . ∅ . 𝐿 → 𝐴𝑠 = π . 0, 4 . 10 ∴ 𝐴𝑠 = 12, 56 𝑚²
Tabela 5: valores de β
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- 4° passo: cálculo da carga admissível
𝐹1: 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎𝑛ç𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑎 (𝑅𝑃);
𝑅𝑃 𝑅𝐿 3,4 𝑘𝑁 778,72 𝑘𝑁
𝑄𝑎𝑑𝑚 = 𝐹1
+ 𝐹2
→ 𝑄𝑎𝑑𝑚 = 3,00
+ 3,80
∴ 𝑄𝑎𝑑𝑚 = 216, 46 𝑘𝑁 𝑜𝑢 21 𝑡𝑓
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Figura 2: estacas distribuídas por bloco
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Após a definição do quantitativo de estacas por bloco, foram elaborados os projetos de
forma das fundações e da estrutura a fim de posicionar os blocos da maneira correta.
Figura 3: representação de forma de fundação
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No posicionamento dos pilares, é importante salientar que foi preciso de uma junta de
dilatação no edifício, haja vista o seu comprimento de 30 metros. O edifício foi dividido em
setor A e B para organizar os elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) da melhor maneira
possível.
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Logo após o término da implantação dos blocos, seguiu-se a etapa de volumetria para
melhor representação da estrutura na edificação:
Figura 4: representação volumétrica
4. PROJETO HIDROSSANITÁRIO
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Figura 5: Sistema hidrossanitário geral
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No dimensionamento das tubulações interpessoais (1, 2, 3, 4, 5A e 5B), foi necessário
contar uma série de pontos hidráulicos de banheiros e torneiras, formando os ramais, e destes,
foi somados de acordo com a ordem da tubulação externa.
Projeto de drenagem:
Como todo empreendimento bem planejado e pensando em seu entorno, todo fator
proveniente que houver dentro do projeto de habitação social, será resolvido dentro do
próprio projeto. Com isso, toda água proveniente das chuvas que houver na área do
terreno, será dimensionada para a própria rede de drenagem. Portanto, houve-se o
dimensionamento das valetas, bocas de lobo e sistema subterrâneo (galerias) pensado de
acordo com a vazão necessária para suprir a quantidade de chuva da área do terreno.
Abaixo, o projeto de drenagem, sendo de vermelho: as valetas, ao redor de todos os
blocos. De azul: as bocas de lobo, que servirá de transição da água das valetas para o
subterrâneo (galerias), que está representado pelas linhas amarelas.
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Figura 7: Projeto de drenagem
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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:
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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:
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Depois, foi dimensionado as colunas de água do prédio. Em todo o empreendimento,
existem quatro colunas por bloco (Imagem 10), e oito apartamentos por andar, sendo uma
coluna destinada a cada dois apartamentos por andar (Imagem 9), ao longo de quatro
pavimentos tipos. Foi utilizado o método de consumo máximo provável, tendo a possibilidade
de todos os pontos hidráulicos de todos os apartamentos estarem sendo utilizados ao mesmo
tempo.
As tubulações da coluna definidas de acordo com os cálculos foram tubulação de PVC
40 mm no primeiro pavimento, e de 50 mm nos pavimentos dois, três e quatro.
Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:
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Abaixo, o memorial de cálculo utilizado para se chegar aos resultados:
5. PROJETO DE ESGOTO
5.2:Equipamentos utilizados
Foram utilizados tubos de diâmetro nominal de 100 e 50 (mm)
Junções Y de 50(mm)
Caixa sifonada quadrada 100 x 100 x 50 (mm)
Caixa de gordura predial de 250 litros
Conexão Adaptador de 50 para 100 (mm)
5.3 Tabela de cálculo
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Figura 13:Memorial de cálculo de esgoto
Seguindo os cauculos necessários e os equipamentos utilizados
no empreendimento chegamos ao denominador de 23 UHC (unidade de hunter de
contribuição) que têm capacidade de 28 Litros por minuto
Seguindo para quatro caixas de gordura (coletor) de 250 litros por prédio e distribuindo para
o sistema de esgoto disponibilizado pela cidade
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, J.C. Elementos de fundações em concreto. São Paulo: Oficina de Textos, 2015.
CINTRA, J. C. A; AOKI, N. Fundações por estacas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de
Textos, 2010.
DÉCOURT, L.; QUARESMA, A.R. 1978. Capacidade de carga de estacas a partir de valores
de SPT. In: Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, VI, Rio
de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, ABMS/ABEF, 6:45-53
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