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TEMA: ANIMO PARA SERVIR

TEXTO: AGEU 2:1-9

Contexto histórico:
• Destruição de Jerusalém pelos babilônios em 586/7 a.C. e
subsequente exílio, o retorno à terra ocorreu em várias etapas.
• Os babilônios foram derrotados pelo Império Persa em 539 a.C.,
liderados por Ciro “O Grande”.
• Ciro emitiu um decreto no primeiro ano de seu reinado, permitindo
que os judeus retornassem à sua terra em ±538 a.C. (2Cr 36:22–23;
Es 1:1–4).
• A restauração do templo começou no ano seguinte (Es 3: 8).
• Em 536, lançaram os fundamentos (alicerce) (Esd 3:10)
• Em 535 a obra ficou embargada por +-16 anos, por decreto do Rei
Artaxerxes (Ed4:21-24).
• Em 520, por Decreto do rei Dario, as obras retornaram (Ed 6:11-
12)
• A obra foi concluída em 516/515 A.C. (Es 5:13–17). A obra da
restauração durou 20 anos.

Mensagem do Livro: A retomada da construção do templo é uma


demonstração de fé nas bençãos da aliança, arrependimento de
Israel, que não valorizava a glória de Deus.
Mensagem homilética Primeira Profecia: A palavra do Senhor
nos ensina as consequências tanto da obediência quanto da
desobediência!

Contexto imediato – 2 Mensagem de Ageu


- Data: 17 de Outubro de 520 a.C.
- A segunda mensagem transmitida pelo profeta ocorreu após um
período de aproximadamente um mês depois da primeira.
- Período da Festa dos Tabernáculos
(Lv 27.33-36)
- Periodo da colheita;
- Confluencia de pessoas para Jerusalem;
- Ageu pronunciou seu segundo sermão no último dia da Festa dos
Tabernáculos. Ele aproveitou a ocasião porque esta festa era
celebrava a construção do templo na época do rei Salomão (1 Reis
8.2)

Ideia de Ageu 2.1-9: A povo é encorajado a continuar a


reconstrução, se esforçando e trabalhando, sabendo que Deus
estava com eles, proveria todos os recursos e garantiria o sucesso
da obra.

Introdução:
- Qual foi a época que você veio para a Igreja Batista da Gloria?
- Qual foi a época que você mais gostou?
- Como você enxerga a Igreja de uns tempos atras e agora?

Quais são os motivos que temos para nos encoraja a realizar a


obra do Senhor?
(Motivos para encorajamento do povo Judeu na reconstrução)
01- A presença de Deus em nossas vidas é o que nos encoraja
para servi-lo. (2.1-5)

A. O povo estava desaminado pelas lembranças do primeiro


templo. (2.1-3 / Ed 3.12)
- Os anciões que se lembravam do templo anterior devem ter falado
muitas vezes saudosamente do seu esplendor. O novo templo
jamais seria como o antigo; eles não tinham recursos para pagar
profissionais de fora, como Salomão tinha feito, e eles não podiam
nem pensar em cobrir de ouro seu interior (1 Reis 6.21-22).
- Comparação desfavorável do presente com o passado estava lhes
tirando todo estimulo.
- Por isso, era tão significativo que uma palavra de ânimo viesse no
dia da Festa dos Tabernáculos.
- A diferença entre os dois templos era enorme. O esplendor
externo do segundo templo era muito menor do que o do primeiro.
O primeiro templo foi sustentado pelo Estado, o segundo é
construído por lavradores empobrecidos
O primeiro era protegido como santuário real, o segundo templo é
construído numa cidade sem muro
O primeiro foi construído com madeiras nobres, muito ouro e pedras
preciosas e o segundo templo foi construído em meio a escombros
e com doações

Implicações:
- A aparência exterior não é mais importante que a realidade interior
e é nesta que devemos investir mais atenção.
- Não devemos pensar que Deus está só em momentos grandiosos,
mas também em eventos pequenos e humildes.
B. O profeta encoraja o povo, reafirmando uma presença
garantida, uma aliança imutável e uma habitação consoladora
de Deus (2.4-5)
a) Encorajados pela presença garantida
b) Encorajados por uma aliança imutável
c) Encorajados pela habitação consoladora de Deus
- Eu sou convosco... A presença do Senhor e seu poder garantem
o sucesso final dos esforços deles;

- Aliança que fiz convosco... As promessas da aliança de Deus,


firmada com seu povo no êxodo do Egito, asseguram a certeza da
presença de Deus (Ex. 33.12-17); Ageu lembrou ao povo que Deus
tinha feito uma aliança com eles quando saíram do Egito. Embora o
povo tivesse quebrado esta aliança, Deus manteve sua palavra de
pé. O Senhor não abandonou seus filhos.

- O mesmo Espírito Santo que capacitou Moisés e os anciãos para


liderarem o povo (Nm 11:16, 17, 25; Is 63:11) também capacitaria
os judeus para que terminassem a construção do templo. A obra
seria feita com o auxílio do Espírito Santo. É nesse contexto que o
profeta Zacarias disse: “… Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel:
Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR
dos Exércitos” (Zc 4.6).
- Era vital que o povo se conscientizasse de que o aspecto mais
importante do templo não era a riqueza, mas a presença de Deus
por meio do Seu Espírito (2.4,5);

Implicações
- A consciência da presença e da proteção de Deus conosco é o
que deve nos fortalece para o trabalho.
- Deus firmou conosco uma aliança eterna de ser o nosso Deus e
de sermos o seu povo. Quando lhe desobedecemos, ele nos
disciplina. Quando nos voltamos para ele, ele nos perdoa e nos
restaura.
-
Não precisamos temer as circunstâncias nem as pessoas, pois o
Deus Todo-poderoso, por meio do seu Espírito está em nosso meio.

02- O Dono da obra é o Senhor, por isso, Ele nos dá tudo o que
precisamos para servi-lo. (2.6-8)
a) Deus fará com que os recursos venham de fora (vs.5-6).
b) Todos os recursos estão na mão do Senhor (vs.8).
- O Senhor promete para seu povo que se reconstruíssem o templo
Ele seria o provedor de tudo o que precisassem. Deus garantiu que
moveria os céus e a terra levantando pessoas para ajudar nesta
reconstrução.
- Deus diz ao povo que traria àquele templo toda a riqueza que
precisava.
- Ele faria tremer as nações – possivelmente uma referência ao
domínio grego sobre a Pérsia.
- Ele diz que encheria este templo de glória – Ele fez isso quando
Artaxexes doa riquezas para abençoar este novo templo (Ed 6)
- Ele é o Deus da prata e do ouro.
- Deus supriria os recursos, 2:8; Deus garantiu para Ageu que Ele
mesmo sustentaria a sua obra porque é o “dono do ouro e da
prata”. Ageu perguntou ao povo quem tinha visto o templo em sua
primeira glória, pois depois de restaurado estava menor. Entretanto,
declarou que embora estivesse menor a Glória de Deus seria maior
(Ageu 2.3,9). A glória de Deus vem acompanhada com toda a sua
formosura e riqueza.
- Deus não apenas nos motiva com sua presença, mas, também,
age por nós, dando – nos o necessário e muito além para
realizarmos a tarefa que Ele nos confiou.
Implicações:
- O destino nosso não está nas mãos dos poderosos da terra, mas
nas mãos do Deus Todo-poderoso.
- Todos os recursos necessários para a realização da obra serão
providos por Deus.
(Não é por nossa própria inteligência, não é por nossa força, não é
pelo que temos. Mas pela provisão do Senhor. Ele é o dono da
prata e do ouro. Ele é aquele que sabe do que sua obra precisa.
Ele é o dono da sua igreja.)
(Não devemos ficar esperamos o que não temos para começar a
servir na obra de Deus. Não são das coisas deste mundo que
precisamos, mas do Deus que governa sobre todas elas.)

03 – Deus é que garante o sucesso. (2.9)


(Precisamos servir na obra de Deus crendo na promessa eterna de
Deus.)

- Deus e sua presença são a glória do segundo templo (vs.9).


a) A presença de Deus é que traz glória ao templo e não a beleza
material (9a).
b) A presença gloriosa de Deus no meio do seu povo trará paz ao
seu povo (9b).

- O Templo ganhará dimensões magníficas no tempo de Herodes,


mas será deturpado e se tornará fonte de exploração. Jesus vai
criticar essa degradação a que chegou o lugar de encontro com
Deus e o símbolo da unidade do povo, e anunciará a substituição
desse Templo por outro: o seu próprio corpo (Jo 2:21). Desse
modo, torna-se presente um futuro maior do que o sonhado por
Ageu: o verdadeiro Templo que dá vida e une o povo é o próprio
Filho de Deus, que se fez homem, e que não é apenas descendente
de Davi, mas também seu Senhor.
- Aquele povo deveria se motivar tendo como base uma promessa
que ainda se cumpriria.
- Nós nos motivamos sabendo que a promessa já se cumpriu.
Cristo veio, morreu por nós, nos perdoou e nos salvou, mesmo sem
merecermos nada, Ele se entregou em nosso lugar na cruz do
calvário e nos deu perdão. E aqueles que entenderam isso e por
gratidão o servem com perseverança, adentrarão os portões da
eternidade e gozarão da eterna paz e alegria ao lado do nosso
Senhor.
- Observe que Deus é quem daria a força que o povo precisava. Ele
também daria tudo o que era necessário para encher o templo de
glória. A única coisa que o povo deveria fazer era se dispor a
obedecer o Senhor.
- Deus na verdade não precisa de nós, mas ele nos dá o privilégio
de servir a Ele e servir na sua obra, em uma vida de obediência ,
sempre buscando a sua glória.

Implicações:
- Precisamos servir na obra de Deus crendo na promessa eterna de
Deus.
- Deus Pai habita na igreja (Ef 3.19). O Deus Filho habita na igreja
(Ef 1.23). O Espírito Santo habita na igreja (Ef 5.18).
(Eu, Karllin, sou muito mais do que carne e osso, sou morada de
Deus. É um privilégio pra mim e ao mesmo tempo uma
responsabilidade. Nosso prédio não é santo e nem vai ser, mas as
pessoas que estão aqui dentro devem querer ser e em Cristo já são
santas.)
- Porque fomos justificados pela obra de Cristo, mediante a fé,
agora temos paz com Deus (Rm 5.1) e a paz de Deus (Fp 4.7).
Essa paz não é apenas ausência de conflitos nem meramente um
sentimento de bem-estar. Trata-se de uma paz perene, que nos
coloca em uma relação e experiência certa com Deus, com o
próximo e conosco, agora e por toda a eternidade.

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