O meu avô Mário Marcos de Morais, de saudosa memória, tem uma
prima muito talentosa em Santo Antônio do Monte, Dilma Moraes. Ela é filha de José Moraes e manteve o “Moraes” de origem portuguesa.
Em 2020, Dilma lançou um livro portentoso, Laços de Amor e Chá
Verde, dotado de extensa pesquisa, com muitos dados e fotos, em luxuoso papel couchê, resgatando memórias e lembranças de sua família, da cidade (“Samonte”) do Brasil e do mundo. O livro foi editado pela própria Dilma, uma elegante e exigente professora, mas como ficou caro, não parece ter circulado. Bom Despacho ocupou um bom espaço no livro da prima. Ela vinha aqui visitar o tio e os primos e primas, bem como esteve na França em companhia de minha tia Elisabeth Morais, professora de Francês falecida bem cedo em 1992. Foi também ao lançamento do livro Coqueiros, em 2001, lançado quando meu avô Mário fez 85 anos. Ela também registrou o lançamento do livro seguinte, Rastros na Poeira, bem como citou os professores Tadeu e Sônia Queiroz, que são a nata de nossa intelectualidade, nessa ocasião. No passado, Dilma vinha visitar Bom Despacho e nossa família aqui. Ela fez essa bela descrição:
Os tios Mário e Irene casaram-se em Bom Despacho e lá tiveram seus
primeiros filhos: Elisabete (faleceu jovem, em 1993), Maria Celeste, Hermann, que morreu aos três anos de idade, Mário Lúcio (Bil), Sônia e Marlene. Eles moraram um tempo aqui em Santo Antônio do Monte e foram nossos vizinhos. Mário trabalhava como contador (hoje contabilista). O sétimo filho, Paulo César, o único natural de nossa cidade, teve papai e mamãe como seus padrinhos de batismo. Mamãe costumava fazer trouxinhas com guloseimas, uma para cada criança, e as lançava no quintal, onde eles brincavam.