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O HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

O paranormal não aparece na nossa realidade de uma forma fácil, por isso que fantasmas
e monstros são apenas vistos por pessoas muito sensíveis e em lugares específicos,
existe uma neblina denominada vél que nos ajuda a dividir o normal do paranormal. Em
uma cidade no interior do Rio Grande do Sul, um grupo de agentes de uma ordem que
luta contra o paranormal estavam tomando um café, enquanto conversavam, Miguel
recebeu uma ligação e logo a colocou no viva-voz:
-Bom dia Senhor Miguel, precisamos que você, Bia e Thiago se direcionem até o
abandonado hospital psiquiátrico. Recebemos uma ligação nos alertando sobre sons
estranhos vindo lá de dentro.
Thiago desliga o telefone e diz:
-Bom, como vocês escutaram, já temos trabalhos para hoje.
Bia se direciona ao armário de equipamentos e pega sua maleta e uma pistola já
carregada. Thiago, percebendo sua atitude, também vai até o armário e pega uma
espingarda. Miguel como sempre preparado, já estava com sua catana. Os três vão de
carro até o hospital. Chegando lá, Thiago diz:
-Já sabemos o que vamos encontrar aqui, então se mantenham preparados.
Os três entram na sala principal, tudo parecia normal, afinal um pouco de poeira e objetos
quebrados já eram de se esperar de dentro de um lugar abandonado. Seguem para o
corredor principal, tudo parece escuro e as lanternas já não parecem funcionar, um frio
começa a aparecer pelo corredor, mas como isso poderia estar acontecendo, é verão e a
temperatura está em torno dos 37° lá fora?
O quanto mais perto eles se aproximam da porta no fundo do corredor, nada faz mais
sentido, o frio já havia tomado conta de seus corpos. Chegando na frente da porta, era
impossível não notar uma neblina saindo pelo vão entre a porta e o chão. O silêncio era
avassalador, era possível escutar a respiração de cada um deles, porém o silêncio foi
quebrado com uma criatura quebrando a porta e indo em direção a eles.
A criatura era gigante, parecia um cadáver em decomposição, porém maior, tinha chifres,
sua pele era apenas carne, seus olhos fundos e dentes gigantes que não cabiam em sua
boca. No susto, Thiago descarrega o pente de sua arma na criatura, Bia faz o mesmo e
Miguel, simplesmente, fica paralisado pois sabia que se chegasse perto da criatura com
sua catana ele não teria chance de sair vivo.
A criatura cai no chão sem vida com tantos disparos, em questão de segundos o monstro
começa a derreter se tornando um lodo preto. Aquele lodo era diferente de qualquer coisa
que eles já tinham visto, por algum motivo eles se sentiam atraídos por aquilo. Bia decide
se aproximar, ao encostar no lodo ela entra em um estado de transe, seu dedo dançava
pelo lodo desenhando um tipo de espiral e por algum motivo aquilo fazia ela se sentir
bem.
Thiago a puxa, no momento em que ela para de encostar no lodo, sua sanidade não
parece mais a mesma, aquela sensação boa havia ido embora e ela agora só sentia um
grande vazio. Ninguém sabia o que era aquilo, mas os três sabiam que aquilo não
deveria existir, não nesta realidade, em conjunto decidem colocar fogo no hospital.
Meses se passaram, e o resto do que um dia foi um hospital foi completamente destruído,
um hotel foi construído por cima, alguns hospedes ainda reclamam sobre barulhos
estranhos já outros notam uma gosma preta saindo da parede, mas nada que os fizessem
querer sair dali imediatamente. Até hoje, ninguém além dos agentes, sabem o real motivo
do incêndio, os bombeiros acreditam que a raiz do problema foi um vazamento de gás, e
no final é mais fácil acreditar nisso, não é?

Maria Eduarda Soares Ferreira

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