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POR UM FIO
a linha fina e frágil que se coloca
entre o ato assistencial e o risco
de dano ao paciente: o que você
pode fazer para reduzir os eventos
adversos na sua prática?
CREFITO-3 Segurança,
confiança e
Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da 3ª Região
Serviço Público Federal
Área de Jurisdição: Estado de São Paulo
Rua Cincinato Braga, 277, Bela Vista
São Paulo – SP
CEP 01333-011
gestão
www.crefito3.org.br
0800 750 59 00
ouvidoria@crefito3.org.br
GESTÃO 2016-2020
DIRETORIA
Presidente
Dr. José Renato de Oliveira Leite - 8595-F
Na sexta edição da revista do Crefito-3, trazemos temas
que não são vistos com frequência no Sistema. Mas o fato de
Vice Presidente
Dr. Adriano Conrado Rodrigues - 4413-TO
não serem vistos ou não serem abordados, não significa que
não existam. E mais: não significa que tais temas não pe-
Diretor Secretário rambulem pela mente de profissionais. Significa apenas que
Dr. Eduardo Filoni - 31611 - F
não são abordados com frequência, seja porque sua aborda-
Diretor Tesoureiro gem é difícil, ou por serem temas espinhosos e impopulares.
Dr. Elias Ferreira Porto - 34739-F
Diretor de Fiscalização
Trazemos o primeiro destes temas na capa. A existência
Dr. Luiz Fernando de Oliveira Moderno - 9080-F da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional é justificada pelo
paciente. A vida dele, e todo o cuidado que ela demanda,
Conselheiros Efetivos:
Dr. Adriano Conrado Rodrigues - 4413-TO deveria ser a preocupação central de nossa atuação profis-
Dr. Demosthenes Santana Silva Junior - 84416-F sional. Nesta primeira abordagem, para construir o conte-
Dr. Eduardo Filoni - 31611 - F
Dr. Elias Ferreira Porto - 34739-F
údo principal desta revista, ouvimos profissionais de duas
Dr. Gerson Ferreira Aguiar - 116520-F instituições de saúde que são referência no país, o Hospital
Dr. José Renato de Oliveira Leite - 8595-F
Dr. Luiz Fernando de Oliveira Moderno - 9080-F
Israelita Albert Einstein e Instituto do Coração (Incor HC-
Dra.Tatiani Marques - 6747-TO FMUSP). Como resultado, uma abordagem jornalística em
Dra. Susilene Maria Tonelli Nardi - 2981-TO que pudemos revelar um pouco do que se tem feito pela se-
Conselheiros Suplentes: gurança do paciente em nossas profissões.
Dr. Albertino Torrani Filho - 93061-F
Dr. Alexandre Martinho - 84389-F Vamos tratar também de gastos e investimentos do Con-
Dra. Cristina Maria da Paz Quaggio -1588-TO
Dr. Jonatas da Silva Souza - 81345-F
selho, dados que nossa gestão disponibilizou no Portal da
Dr. Kleber Renato da Silva Pelarigo - 6492-TO Transparência e que estão abertos para consulta de toda a
Dr. Leandro Lazzareschi - 26122-F sociedade no site do Crefito-3. Estamos trazendo aos pro-
Dra. Renata Cristina Rocha - 30437-F
Dra. Sandra Cristina Pizzocaro Volpi - 749-TO fissionais em primeira mão na revista um comparativo de
números que revela resultados de gestão. Há um custo para
COMUNICAÇÃO
manter a estrutura do maior regional de Fisioterapia e Te-
rapia Ocupacional do Brasil. Em São Paulo estão 1/3 dos
Gerência
Túlio Braga Fonseca profissionais registrados no país, a maioria das clínicas e
Redação
hospitais. A alta demanda exige mais agilidade, mais fun-
Gabriela Moretto – MTb nº 72.071-SP cionalidade, mais gestão. E como resultados de gestão, a
Mônica Farias – MTb nº 21.749-SP
respionsabilidade com o dinheiro público, a moralização de
Design Gráfico
João Valadares (Estagiário) ações e a busca constante pela melhoria nos serviços presta-
Renata dos Santos Silva (Estagiária) dos aos profissionais jurisdicionados.
Redes Sociais
Ana Carolina Soares da Silva (Estagiária) Falamos ainda sobre as novas formas de nos comunicar
Diagramação e Audiovisual com você, a nova batalha no Congresso Nacional para evitar
Rodrigo Cavalheiro retrocessos na saúde mental, piso salarial, e-social e sobre
Capa fiscalização. A cada nova página você vai conhecer um pou-
Túlio Fonseca
co mais das lutas do Crefito-3 em prol de nossas profissões.
Icons Created by
Freepik.com. Boa leitura, boas análises e boas descobertas. Até agosto!
Impressão: Esdeva Indústria Gráfica
Tiragem: 77 mil exemplares
Dr. José Renato de Oliveira Leite
Presidente do Crefito-3
6 ABRIL2019
26 30
TRANSPARÊNCIA:
PASSANDO A LIMPO
32
POR DENTRO DO
PISO SALARIAL DA
FISIOTERAPIA E DA
TERAPIA OCUPACIONAL
6 10 37
CONHEÇA AS
INOVAÇÕES NA
SECRETARIA-GERAL
DO CREFITO-3
41
VOCÊ CONHECE
AS ALTERAÇÕES NO
E-SOCIAL PARA 2019?
34 43
COMO TEMOS
START:
O FUTURO JÁ FALADO COM VOCÊ,
COMEÇOU! PROFISSIONAL?
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ATUAÇÃO AMPLIADA: Novos campos de
trabalho trazem efeitos positivos de renovacão e
amadurecimento das profissões e também a
ampliação das responsabilidades de cada um.
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PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula-
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de
reação perante a mudanças graves no cenário.
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TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige
“
mais ferramentas de controle das instituições
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de
O uso da
gestões modernas e atentas aos novos tempos.
ultrassonografia
na Fisioterapia “
está ganhando
espaço
Dra. Carla Luciana Batista
6
U
MA REVOLUÇÃO ESTÁ OCORRENDO EM TODO O
MUNDO NO MODO DE REALIZAR A AVALIAÇÃO
CENESIOFUNCIONAL NA FISIOTERAPIA. E A
FISIOTERAPEUTA DRA. CARLA LUCIANA BATISTA
JÁ FAZ PARTE DELA. GRADUADA HÁ 14 ANOS, ELA
SE ESPECIALIZOU NA ÁREA CARDIORRESPIRATÓRIA
E ATUA HÁ 12 ANOS COMO MEMBRO DA EQUIPE DE
FISIOTERAPEUTAS DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT
EINSTEIN, NA CAPITAL PAULISTA. EM SUA PRÁTICA, ELA
TEM SE DEDICADO A APROFUNDAR E DISSEMINAR TODO
O POTENCIAL DA UTILIZAÇÃO DA ULTRASSONOGRAFIA
COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO. “A APLICABILIDADE
É GIGANTESCA”, DEFENDE.
REVISTA EM MOVIMENTO Como surgiu seu interes- Quais os ganhos obtidos com o ultrassom em
se no uso da ultrassonografia ? apoio ao diagnóstico?
DRA. CARLA LUCIANA BATISTA O interesse pelo uso São muitos os ganhos. Ao fazermos uma ultras-
do recurso veio com a nossa busca por conheci- sonografia diafragmática, por exemplo, nosso foco
mento. O Hospital Israelita Albert Einstein adota a - e é importante deixar isso claro - é sempre cine-
política de incentivar seus profissionais a participa- siológico, cinesiofuncional. Estamos apenas utili-
rem de eventos científicos, inclusive internacionais. zando a ferramenta a nosso favor; para verificar se
Nessas oportunidades foi ficando mais evidente que um músculo está ou não funcionando bem; se ele
o mundo todo começou a falar de ultrassonografia precisa de algum tipo de assistência. No diafragma,
diagnóstica. Seja para avaliação do diafragma, do por exemplo, é possível avaliar se ele está ficando
parênquima pulmonar, e/ou da musculatura peri- atrófico, se ele está se movimentando mais, se está
férica, o uso da ultrassonografia na Fisioterapia está se movimentando menos. Isso, para pacientes em
ganhando espaço. ventilação mecânica, é sensacional. É possível ver,
ao longo do tempo, se ele vai perdendo mobilidade,
se o diafragma está perdendo espessura. E usamos
Como foi o processo de implantação do uso des- esse diagnóstico para implementar exercícios de Fi-
sa ferramenta pelos fisioterapeutas? sioterapia para evitar que esse músculo perca a sua
Nós percebemos que o ultrassom poderia ser função.
muito promissor para apoiar o trabalho dos fisio-
terapeutas da instituição. Trouxemos essa ideia e,
Como saber se o paciente tem indicação para o
junto com a coordenação da Fisioterapia, traçamos
uso do ultrassom?
uma estratégia de implantação. Buscamos forma-
ção. Fizemos cursos fora do país. Trouxemos esse Acredito que o ultrassom é útil em todas as in-
curso para cá e estamos em processo de capacitação dicações de pacientes críticos dentro da UTI. Con-
da equipe. Já começamos a implementar a rotina do sidero que 90% dos pacientes têm indicação para
uso do ultrassom diagnóstico no nosso serviço. avaliação do fisioterapeuta por meio do ultrassom.
Pacientes com algum fator de risco para desenvol-
fisio
des de uso do recurso? nografia, já conseguimos reduzir
volucionar a terapia, a conduta. Ela em mais da metade a quantidade
O ultrassom auxilia o fisio- pode mostrar se a conduta adotada de uso do Raio-x dentro da UTI.
terapeuta a traçar condutas. Um está no caminho certo. As vantagens dessa substituição
exemplo é quando usamos o ul- envolvem a redução da exposição
trassom na avaliação muscular do paciente à radiação; redução
periférica. O paciente, muitas A utilização do ultrassom de custo com o exame, pois o apa-
vezes, não consegue se mexer na para avaliação fisioterapêuti- relho de ultrassom já está na Uni-
cama. Ele está imóvel por dife- ca ocorre de forma isolada? dade e a equipe é capacitada para
rentes razões como, por exemplo, o manuseio. O ultrassom é rápi-
a sedação. A equipe consegue O trabalho é realizado em
do, pois é possível ver a alteração
acompanhar, por meio da ul- conjunto com a equipe multipro-
no momento em que ela ocorre.
trassonografia, a perda de massa fissional, em especial, a equipe
muscular no quadríceps. A partir médica, principalmente na ava-
da avaliação do fisioterapeuta de liação do parênquima pulmonar. Então, o futuro da Fisiotera-
que está havendo essa perda, é Por exemplo, se o paciente tem pia passa pela ultrassonogra-
possível traçar a melhor conduta um derrame pleural é possível fia?
para evitar a perda de funcionali- ver, na beira do leito, se ele tem
Nesse sentido, acreditamos
dade do paciente. uma atelectasia. Também é pos-
que o ultrassom um dia vai subs-
sível ver na beira do leito, em
tituir até mesmo o estetoscópio.
tempo real; se o paciente tem
Em todos os congressos sobre a
Existem situações em que o um pneumotórax. Por meio da ultrassonografia dos quais já par-
ultrassom como ferramenta avaliação conjunta, é possível ao ticipei, fala-se que o estetoscópio
de avaliação não é indicado? fisioterapeuta constatar que, se ficará obsoleto. Já existe, inclusi-
Não vejo contra-indicações ao existe uma situação de pneumo- ve, a tecnologia para realização de
uso do ultrassom. Ele é uma ferra- tórax, e avaliar se é ou não não é ultrassom com um smartphone.
menta de avaliação, complementar possível usar a VNI. Se o achado Na palma da sua mão você pode
às demais ferramentas já conhe- da ultrassonografia for uma ate- ter uma ferramenta de ultrassom
cidas pela Fisioterapia. A ultras- lectasia, isso me guia para uma fi- para fazer sua avaliação. É o futu-
sonografia veio para agregar. Ela sioterapia respiratória um pouco ro. E os fisioterapeutas precisam
é mais rápida; a avaliação ocorre mais intensa. se capacitar já.
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o abril 2019 . CREFITO3 EM MOVIMENTO 9
profissionais. Ela indica novos caminhos, mas traz
novas responsabilidades.
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ATUAÇÃO AMPLIADA: Novos campos de
trabalho trazem efeitos positivos de renovacão e
amadurecimento das profissões e também a
ampliação das responsabilidades de cada um.
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PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula-
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de
reação perante a mudanças graves no cenário.
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TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige
mais ferramentas de controle das instituições
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de
gestões modernas e atentas aos novos tempos.
“ como vice-presidente,
não tenho o direito
de ficar em dúvida se vou ou “
não pra frente de batalha
Dr. Adriano Conrado Rodrigues, vice-presidente do Crefito-3. (Foto: Túlio Fonseca)
10
O
ANO DE 2019 COMEÇOU COM ALGUMAS SURPRESAS, PARA A
ÁREA DE SAÚDE, PROVOCADAS POR ÓRGÃOS GESTORES DO
GOVERNO BRASILEIRO. UMA DELAS DEVERIA ESTAR TIRANDO
O SONO DE TERAPEUTAS OCUPACIONAIS. COM A EDIÇÃO
DA NOTA TÉCNICA 11 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE QUE APRESENTA
QUESTÕES QUE DESTROEM A POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL, COMO
INCENTIVO À AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA ELETROCHOQUES;
A DETERMINAÇÃO DA ABSTINÊNCIA FORÇADA COMO REGRA PARA
O TRATAMENTO DE DEPENDENTES QUÍMICOS E INTERNAÇÃO
DE CRIANÇAS EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS, DENTRE OUTROS
RETROCESSOS. AINDA NO MÊS DE FEVEREIRO, O VICE-PRESIDENTE
DO CREFITO-3, DR. ADRIANO CONRADO RODRIGUES, TEREPEUTA
OCUPACIONAL, PROMOVEU UM LEVANTE NO SISTEMA COFFITO/
CREFITOS CONTRA OS RETROCESSOS, PROVOCOU DIVERSOS ATORES
E INSERIU A TERAPIA OCUPACIONAL NAS DISCUSSÕES SOBRE O TEMA
EM ÂMBITO NACIONAL. ELE É NOSSO ENTREVISTADO DESTA EDIÇÃO.
to
estratégia? E qual o seu?
Como foi a recepção dos representantes da Sabemos a importância de São Paulo. Sabe-
TO no universo político que tem tratado das mos das condições que temos e que podem ajudar
questões de combate aos retrocesso bastante a fortalecer a resistência na Terapia Ocu-
Fomos bem recebidos. Fazemos parte do lado pacional brasileira. Usamos de nossa indignação,
mais fraco nesta luta e a nossa chegada trouxe a sen- principalmente, mas também de nossa capacidade
sação de a causa ter ganho mais braços. de organização, de mobilização, de relacionamento,
de disseminar informações e de estabelecer conta-
tos com atores externos importantes e que podem
A TO não chegou tarde? trazer resultados expressivos e eficazes para essa
Não! Sabemos que é histórico o envolvimento luta. Em suma, o que fizemos foi provocar a reação
da deputada Erika Kokay com esta causa e enxerga- e compor a retaguarda junto a esta frente.
mos a oportunidade de provocá-la para reorganizar
a Frente Nacional. Isso ainda trouxe novos atores
Saúde mental não é a sua área de atuação
para o processo. A TO não chegou tarde. Na verda-
profissional. Como você conseguiu atuar e
de, nossa profissão em São Paulo ficou sem lideran-
ça por muito tempo e agora tem que fazer trabalho obter os resultados ditos até agora?
dobrado se quiser ser protagonista de novo. Hoje, à frente da vice-presidência do maior re-
O relançamento imediato da Frente é um ganho gional do país, eu não tenho o direito de ficar em
imenso. E não estamos sozinhos. As respostas que dúvida se vou ou não pra frente de batalha. São Pau-
o Crefito-3 obteve de todos os convidados (depu- lo tem profissionais que são referência nacional em
tados, lideranças, outros regionais) foi bastante po- todas as áreas. O coração deles bate no meu peito. É
sitiva também. É o que sempre dizemos na gestão: isso que me guia nestas situações.
ninguém faz nada sozinho.
Qual o grande desafio que vem pela frente?
O que o Crefito-3 tem feito para ampliar o Reverter o mal que já foi feito. A decisão do Mi-
engajamento e a adesão dos TOs a esta luta? nistério da Saúde já foi tomada. É verdade que es-
Desde fevereiro, o Crefito-3 está cobrindo, estu- tranhamente eles a tiraram do ar. Isso é resultado
dando e informando tudo o que está acontecendo da pressão que estamos causando. Cabe a nós a re-
neste movimento para evitar perdas na política de sistência contra retrocessos ao lado da população. E
saúde mental brasileira. Isso tem dado muito traba- temos percebido mais e mais apoios institucionais
lho, mas é importante para dar qualidade ao repasse de peso à causa. Nossa luta está só começando.
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abril 2019 . CREFITO3 EM MOVIMENTO 13
alterações que têm capacidade de trazer conse-
qüências radicais às profissões no longo prazo.
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ATUAÇÃO AMPLIADA: Novos campos de
trabalho trazem efeitos positivos de renovacão e
amadurecimento das profissões e também a
ampliação das responsabilidades de cada um.
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PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula-
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de
reação perante a mudanças graves no cenário.
a vida
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TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige
mais ferramentas de controle das instituições
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de
por um fio
gestões modernas e atentas aos novos tempos.
Prevenção de
mortes evitáveis
em processos
assistenciais:
Fisioterapia e
Terapia Ocupacional
têm tudo a ver com
esse assunto.
14
Em 2002, a Organização Mundial de Saúde (OMS), lançou uma
campanha de conscientização a todos os seus países-membros,
alertando-os sobre a necessidade de estarem atentos a uma
questão que, a cada ano, tem chamado a atenção das autoridades
de saúde ao redor do mundo: aproximadamente cinco milhões
de mortes evitáveis estavam ocorrendo todos os anos, em
decorrência de falhas ou erros durante os processos de assistência
à saúde. Erros humanos. Falhas Humanas.
Pesquisadores do tema Segurança do Paciente relatam que a
probabilidade de que uma pessoa sofra algum dano ao viajar
num avião é de uma em um milhão. Porém, a probabilidade de
que uma pessoa, enquanto paciente, sofra danos causados pelos
cuidados de saúde é de uma em 300.
N
os países desenvolvidos, um causadas pelos eventos adversos profissionais de saúde, mas sim
em cada dez pacientes graves, sendo que, desse núme- com os maus sistemas, que de-
sofre algum tipo de dano ro, cerca de 36 mil poderiam ter vem fazer algo mais seguro”,
no período de internação, sido evitadas. Na assistência fi- alertou Cassiani.
causado por vários erros e even- sioterapêutica, por exemplo, tais
tos adversos. Nos países em de- mortes estariam relacionadas a A explicação da pesquisadora
senvolvimento (caso do Brasil), falhas no controle de úlceras de coloca sob uma nova perspectiva
a situação é ainda pior. Pesquisa pressão e queda, PVA - (pneu- a questão dos erros cometidos
realizada em 2018 pelo Institu- monia associada à ventilação por profissionais de saúde. Para
to de Estudos de Saúde Suple- mecânica), riscos de infecção, compreender o erro humano e
mentar (IESS) e publicada no 2º entre outros. interferir de forma adequada em
Anuário de Segurança Assisten- suas causas, não basta apenas
cial Hospitalar (disponível em Silvia Helena Cassiani foi uma avaliação do fato em si com
https://www.iess.org.br/cms/ uma das pesquisadoras brasilei- foco na punição de possíveis cul-
rep/Anuario2018.pdf), acom- ra que se aprofundou no campo pados. Os casos de erro em uma
panhou 445.671 pacientes de de erros no processo da assis- instituição de saúde exigem uma
182 hospitais, distribuídos em tência à saúde. Ela avaliou que, análise apurada, que contemple
13 estados brasileiros, constatou como a questão da segurança do todas as faces do fato e, em espe-
que, a cada hora, seis pacientes paciente é complexa, as ações cial, os processos de trabalho que
morrem no país em decorrên- para melhorar a segurança de- favorecem o erro humano, bem
cia de eventos adversos graves. vem se basear em uma análise como as alternativas para evitar
Desses casos, mais de quatro mais aprofundada dos sistemas novas ocorrências. Estudar o erro
mortes, foram resultado de er- e processos. Assim, as estraté- humano por meio da visão sistê-
ros no processo de assistência. gias que punem os profissionais mica consiste na compreensão do
Expandindo as conclusões da individualmente não funcio- sistema como um todo, possibili-
pesquisa, é possível concluir que nam. “A questão da segurança tando, assim, sua análise e a inter-
cerca de 54 mil mortes foram não tem nada a ver com os maus ferência efetiva sobre sua causa.
16
6
A SEGURANÇA
DO PACIENTE
passos
EM O cumprimento dessas seis metas é
fundamental para qualquer instituição
que preza pela segurança do paciente.
Embora a cultura, as estratégias e as práti- va, ele reconhece que o assunto não é de-
cas em torno da segurança do paciente te- vidamente abordado em grande parte dos
nham se originado no âmbito da assistência cursos de graduação no Brasil, e acaba res-
hospitalar, o tema também merece atenção trito a eventos de atualização ou cursos de
do profissional que atua em outros con- pós-graduação. “A segurança do paciente
textos do cuidado em saúde. “A seguran- ainda não está enraizada nos planos peda-
ça do paciente é um tema importante não gógicos dos cursos de graduação”.
apenas para quem atua na área hospitalar.
Ela também é relevante para quem atua Ele atribui essa falta de sintonia com
na ortopedia, na neurologia e em todas as o tema na Academia como decorrente do
demais áreas”, destaca Dr. Mayson Sousa, processo de transição científica pelo qual
para quem o assunto deveria ser discutido a profissão tem passado nas últimas déca-
já durante a graduação; debatida em todas das. “Historicamente, o fisioterapeuta tem
as disciplinas clínicas, porque, “por mais pautado a sua formação nos resultados,
que o futuro profissional se desenvolva no muitas vezes não levando em consideração
aspecto técnico, ele precisa considerar a o impacto que sua abordagem tem sobre a
importância de aplicar o recurso de forma segurança. Como por exemplo, podemos
segura”, defende. observar a exaustiva luta pelo retorno pre-
coce de atletas de alta performance para
A mesma percepção tem o Dr. Augus- suas atividades, aumentando assim a inci-
to Cruz. Especialista e docente na área de dência de novas lesões, que em alguns ca-
Fisioterapia Hospitalar e Terapia Intensi- sos o retiram definitivamente do esporte”.
20
A repercussão de abordagens insegu-
ras enfrenta, conforme explica Dr. Augus-
to Cruz, confrontos diretos por parte dos
pacientes e familiares que, em processos
judiciais, buscam o ressarcimento de seus
prejuízos. “Técnicas ditas consagradas na
profissão tornaram-se alicerces nas con-
dutas dos profissionais que não buscam a
modernização e atualização científica, fe-
chando intencionalmente os olhos para as
evidências dos efeitos deletérios que estas
técnicas possam trazer aos pacientes.”
“
bilidade da ocorrência de erros que com-
prometam a segurança do paciente.
A avaliação de Dr. Augusto Esse olhar do profissional é fundamental, pois assim agindo, ele
Cruz a respeito da atuação de atua como uma penúltima barreira entre o erro e o paciente. A
fisioterapeutas em ambientes última barreira é o próprio paciente - ou, seu acompanhante - que
não-hospitalares evidencia a deve ser informado sobre todos os passos do processo da assistên-
preocupação que deve estar cia.
presente em qualquer situação
Relatando uma experiência da atuação do profissional de saúde
de assistência ao paciente, seja
como uma barreira que irá contribuir para que o erro não ocor-
por fisioterapeutas, seja por
ra, Dra. Rachel Eid destaca uma situação conhecida dos fisiotera-
terapeutas ocupacionais: se to-
peutas atuantes em UTI: pacientes em ventilação invasiva em que
dos os processos do cuidar não
ocorre a broncoaspiração - um evento evitável. “Não é possível um
foram criteriosamente avalia- paciente ir a óbito por uma falha do olhar da equipe de assistência”,
dos, o dano ao paciente poderá sentencia. Para evitar esse evento adverso, foi desenvolvida uma
ocorrer. Como lembra o fisio- ferramenta de avaliação de risco de broncoaspiração. Nessa situa-
terapeuta Dr. Mayson Sousa, ção, o paciente é orientado, assim como seu acompanhante. “São
“somos seres humanos. Erra- vários os fatores que a equipe avalia para saber se o paciente pode
mos”. Por essa razão, os fisiote- vir a broncoaspirar. E isso é sinalizado para a toda equipe multi-
rapeutas do Incor estão atentos profissional, que avalia esse paciente diariamente”. De acordo com
a tudo o que é importante ob- Dra. Rachel, essa medida permitiu reduzir a zero a ocorrência de
servar nos diferentes cenários broncoaspiração de pacientes em ventilação não-invasiva, fazendo
da assistência (veja mais no a avaliação diária. E conclui: “Não dá pra dizer que isso não me
quadro da página ao lado). pertence. A gente faz parte desse processo”.
22
BOX 3
“
Numa taxa de cerca de 20%
de eventos adversos ocorridos
no período do estudo,
18% deles eram evitáveis”
Dra. Emília Nozawa
Tratar um
MUITO MAIS DO QUE CUIDAR,
UM ATO DIÁRIO DE ÉTICA E ZELO
A
o cuidar de alguém, desprender aten- ciente confiou em nós e, portanto, nos cabe
ção, você pode alterar para sempre prestar um atendimento digno, correto e
a vida daquele paciente, daquele ser pautado em evidências científicas. Deve-
humano. Ser ético e responsável é o mos estar seguros do nosso diagnóstico e
mínimo. Palavras fáceis, mas que podem se convictos da nossa prescrição. Claro que
mostrar complexas no exercício profissio- somos humanos e, dessa forma, passíveis de
nal, especialmente no atendimento de um erros. Mas os erros são menores se a forma-
profissional de Saúde, fisioterapeuta ou te- ção de excelência e a atenção for integral.
rapeuta ocupacional, que tem em seu fazer Debater a segurança do paciente nos
a capacidade de recuperar, restaurar, preve- dias atuais esbarra, também, em uma gran-
nir, orientar e educar. O repertório é muito de questão: a formação profissional. Ao
amplo, seja ao atender um paciente de alto Conselho cabe a máxima da fiscalização do
ou baixo risco, uma criança ou idoso, um exercício profissional em defesa da socieda-
paciente terminal. Há um comprometimen- de, no entanto a prerrogativa da regulação
to que, no mínimo, deve ser guiado pela éti- do ensino pertence ao Ministério da Edu-
ca e pela competência. cação. Profissões que têm como missão cui-
Entre as prerrogativas do Coffito está o dar da vida, a maior riqueza do ser humano,
dever de orientar o profissional, para tanto, devem ter, no mínimo, uma formação de
em 2013 editou e atualizou resoluções do qualidade e de excelência, e que, no futuro
Código de Ética no intuito de fornecer di- profissional, assegure à sociedade um aten-
recionamento sobre a importância do bem- dimento resolutivo, ético e digno.
-estar e da segurança do paciente, como um Atualmente, com a falta de controle do
alerta contínuo de algo que nunca podemos MEC em relação ao número de vagas ofer-
nos esquecer. tadas e à qualidade dos cursos da modali-
É preciso estarmos cientes de que a nos- dade de ensino à distância, como imaginar
sa responsabilidade é enorme ao empre- que estamos oferecendo aos futuros fisio-
garmos o nosso conhecimento. Aquele pa- terapeutas e terapeutas ocupacionais o co-
24
m paciente:
“ENTRE AS
PRERROGATIVAS DO
COFFITO
ESTÁ O DEVER
DE ORIENTAR O
PROFISSIONAL, PARA
TANTO, EM 2013 EDITOU
E ATUALIZOU RESOLUÇÕES
DO CÓDIGO DE ÉTICA
COMO UM ALERTA
CONTÍNUO DE ALGO QUE
NUNCA PODEMOS NOS
ESQUECER.”
Roberto Mattar Cepeda
Presidente do Coffito
(Foto: Túlio Fonseca)
nhecimento necessário e adequado para cuidar de núncias aos órgãos competentes quando a matéria
um paciente? põe em risco a sociedade.
O Sistema Coffito/Crefitos, cumprindo com o Ser um profissional de Saúde é ter uma missão
escopo de sua prerrogativa, sempre realizará o seu e uma responsabilidade imensurável. E é nesse
papel de proteger a sociedade, seja por meio da compromisso que reside o nosso cuidado, a fim
fiscalização, de edição de normas, orientação aos de diminuir o risco e melhorar a segurança do pa-
profissionais, ou até mesmo na realização de de- ciente.
RAIO -X DA
FISCALIZAÇÃO
D E PA RTA M E N TO D O C R E F I TO - 3 S U P E R A 5 M I L
F I S C A L I Z A Ç Õ E S E M 2 0 1 8 E S E G U E E M R I T M O C O N S TA N T E
NA BUSCA DA QUALIDADE DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DA
F I S I O T E R A P I A E D A T E R A P I A O C U PA C I O N A L
26
Os fiscais registraram
1.494 Declarações
de Regularidade para
Funcionamento de
empresa/consultório
desatualizadas,
715 prontuários
irregulares, 498
estabelecimentos sem
registro no Crefito
e 430 publicidades
irregulares.
P
rofissionais, clínicas e hospitais, promoções, relação a irregularidades em concursos para Fi-
concursos públicos. Tudo passa pelo raio- sioterapia e Terapia Ocupacional. Os Departa-
-x da Fiscalização (Defis) do Crefito-3. mentos Jurídico e de Fiscalização do Conselho
Em 2018, o Departamento superou 5 mil tiveram conhecimento do edital nº01/2018, da
fiscalizações em 392 municípios do estado de Prefeitura Municipal de Itapevi, em que consta-
São Paulo. Durante o ano passado, foram per- va carga horária para as vagas de Fisioterapia e
corridos 148.019 quilômetros; 392 municípios Terapia Ocupacional acima do que está previsto
tiveram clínicas e consultórios fiscalizados e na lei nº8.856/94, na qual fisioterapeutas e tera-
456 hospitais receberam visita de fiscais, respal- peutas ocupacionais estão sujeitos à prestação
dados pela RDC-7 da Agência Nacional de Vi- máxima de 30 horas semanais de trabalho. Ou-
gilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Defis tros editais de concursos públicos foram anali-
divulgou números de notificações de autuações sados e as medidas cabíveis tomadas, como no
emitidas por tipo de infração. Segundo os da- caso de Santa Bárbara D’Oeste e Porto Ferreira.
dos, os fiscais encontraram 1.494 Declarações de Por meio da força da lei, os três concursos cita-
Regularidade para Funcionamento de empresa/ dos tiveram seus editais retificados, respeitan-
consultório desatualizadas, 715 prontuários ir- do-se as prerrogativas dos profissionais.
regulares, 498 estabelecimentos sem registro no
Crefito-3 e 430 publicidades irregulares. Outros três episódios chamaram a atenção
dos fiscais do Crefito-3. No dia 18 de janeiro,
Em 2019, a atuação do Departamento conti- a Casa de Saúde Santa Marcelina (Hospital Ci-
nua a todo vapor. Em janeiro, a Fiscalização do dade Tiradentes), em São Paulo, impediu que
Crefito-3 já notificou prefeituras do Estado com fiscais do Conselho entrassem em áreas de aten-
28
pulação e a profissão”.
30
TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige
mais ferramentas de controle das instituições
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de TRANSPARÊNCIA
gestões modernas e atentas aos novos tempos.
PASSANDO
A LIMPO
Freepik
D
esde 2010 a manutenção do Portal da Trans-
parência é obrigatória por Lei Federal. A
VOCÊ SABIA?
VOCÊ SABIA?
Lei da Transparência (LC 131/2009) esta-
beleceu normas de finanças públicas vol-
1 NENHUM DIRETOR TEM SALÁRIO
tadas para a responsabilidade na gestão fiscal, a 1 CONSELHEIROS NÃO TÊM SALÁRIO
CONSELHEIROS/DIRETORES NÃO GANHAM
fim de determinar a disponibilização, em tempo SALÁRIOS E SIM AUXÍLIOS,
CONSELHEIROS/DIRETORES NÃO GANHAM QUE DEPENDEM
real, de informações pormenorizadas sobre a DO VOLUME DE ATIVIDADE
SALÁRIOS E SIM AUXÍLIOS, QUE DEPENDEM E SÃODO
execução orçamentária e financeira de entes da VOLUME DEDEFINIDOS
ATIVIDADEPOR LEI.DEFINIDOS
E SÃO COM O AUXÍLIO
POR LEI.
administração pública. RECEBIDO, ELES PAGAM
COM O AUXÍLIO RECEBIDO, ELES PAGAM HOSPEDAGEM,
No Crefito-3, parte das exigências começou a ALIMENTAÇÃO
HOSPEDAGEM, E TRANSPORTE.
ALIMENTAÇÃO E TRANSPORTE.
ser disponibilizada em 2014. Mas apenas com a A ATUAL GESTÃO DEFINIU O DEFINIU
A ATUAL GESTÃO MÁXIMO ODEMÁXIMO
21 DIAS DE 21
nova gestão, o conjunto de informações foi rea- DIASPOR
TRABALHADOS TRABALHADOS POR MÊS
MÊS E QUE CADA E QUE
DIÁRIA CADA
DEVE
dequado e disponibilizado conforme determina DIÁRIAMÍNIMA
TER A DURAÇÃO DEVE TER
DE A6 DURAÇÃO MÍNIMA DE 6
HORAS. O VALOR
a lei. HORAS. O DIA
POR DIA TRABALHADO TRABALHADO
É DE R$408. CUSTA R$408.
Destacamos alguns dados e trouxemos um
comparativo de gastos que interessam direta- 2 2 DELEGADOS
DELEGADOS NÃOSALÁRIO
NÃO TÊM TÊM SALÁRIO
mente ao profissional. OS DELEGADOS TAMBÉM RECEBEM AUXÍLIOS.
OS DELEGADOS TAMBÉM
E A ATUAL NÃO DEFINIU
GESTÃO GANHAMOSALÁRIOS
MÁXIMO DE 3
E SIM AUXÍLIOS. E A ATUAL GESTÃO DEFINIU
AUXÍLIOS POR MÊS PARA DELEGADOS O E5
PORTAL DA TRANSPARÊNCIA MÁXIMO DEPARA
3 DIAS POR MÊS PARA DELEGADOS E
DELEGADOS QUE EXERCEM ATIVIDADES
5 DIAS PORDEMÊS PARA DELAGADOS QUE EXERCEM
COORDENAÇÃO. O AUXÍLIO DEVERÁ TER
Para acessar o Portal da Transparência do Cre- ATIVIDADESCOMPROVAÇÃO
DE COORDENADORES.
fito-3, basta acessar o site e procurar o link de MÍNIMAA DE
DIÁRIA TEM E O
6 HORAS
PELO MENOS 6 HORAS
VALOR E O VALOR DE R$408.
DE R$408.
acesso. São três entradas na página principal do
site.
Para o presidente do Crefito-3, Dr. José Re-
3 3 ATÉ
HOJE HOJE ATÉ O PRESIDENTE
DIRETORES BATE PONTO
BATEM PONTO
nato de Oliveira Leite, a “legislação que garante A ATUAL
A ATUAL GESTÃO GESTÃOQUE
DEFINIU DEFINIU
TODOSQUE TODOS
AQUELES
a disponibilização dos dados relativos à admi- AQUELES
QUE TRABALHAM NOQUE TRABALHAM
CREFITO-3 DEVEMNO CREFITO-3
BATER
nistração pública coloca nas mãos da sociedade DEVEM BATER PONTO. ISSO VALE INCLUSIVE
PONTO. ISSO VALE INCLUSIVE PARA OS DIRETORES
o poder de fiscalizar. Isso é importante para to- PARA OS DIRETORES E GERA MAIS
E GERA MAIS SEGURANÇA E TRANSPARÊNCIA PARA
dos”, disse. SEGURANÇA
TODOS. ALÉM DISSO, UME CONTROLE
TRANSPARÊNCIA
RÍGIDOPARA
DE TODOS.
ALÉM DISSO, UM CONTROLE
HORAS EXTRAS FOI ADOTADO NAS ÁREAS. RÍGIDO DE
HORAS EXTRAS FOI ADOTADO NAS ÁREAS.
30
HORAS EXTRAS
COMPARATIVOS POR GESTÃO
COMPARATIVOS POR GESTÃO
NÃO LANÇADOS À ÉPOCA R$R$500.000
500.000
COFFITO
INTERVENÇÃOCOFFITO
2010
DIÁRIAS (GASTO MÉDIO POR ANO*):
R$R$400.000
400.000
2011 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA
ANOS 2010 - 2011: R$386.383,42** R$R$300.000
300.000
INTERVENÇÃO
2012 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA
ANOS 2012 - 2016: R$361.559,94 R$R$200.000
200.000
NÃO LANÇADOS À ÉPOCA
DIÁRIAS
2013
R$R$100.000
GESTÃO ATUAL:
2014 R$134.979,27
R$ 128.221,35 100.000
R$R$0 0
2015 R$ 170.992,32 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Gestão 2008-2012 Gestão 2012-2016 Gestão 2016-2020
2016 INTERVENÇÃO DO COFFITO Gestão 2008-2012 Gestão 2012-2016 Gestão 2016-2020
R$ 1.750.000
R$ 1.750.000
2017 R$ 113.031,48
COFFITO
AUXÍLIOS (GASTO MÉDIO POR ANO*): R$ 1.500.000
INTERVENÇÃOCOFFITO
R$ 1.500.000
2018 R$ 98.652,75
R$ 1.200.000
ANOS 2010 - 2011: R$741.397,81** R$ 1.200.000
R$ 900.000
INTERVENÇÃO
R$ 900.000
VALOR DA DIÁRIA
ANOS 2012 - 2016: R$1.450.537,43
AUXÍLIOS R$ 600.000
R$ 600.000
GESTÃO ATUAL: R$1.042.180,60** R$ 300.000
2010 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA R$ 300.000
epik
R$ 0
2011 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 R$ 0
2010 2011 2012 Gestã
Gestão 2008-2012 2013 2014 2015 2016 Gestã
o 2012-2016 2017 2018
o 2016-2020
2012 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA Gestão 2008-2012 Gestão 2012-2016 Gestão 2016-2020
R$ 200.000
COFFITO
R$ 200.000
COFFITO
2013 NÃO LANÇADOS À ÉPOCA
GRATIFICAÇÕES (GASTO MÉDIO POR ANO*): R$ 160.000
R$ 160.000
2014 R$ 128.221,35
GRATIFICAÇÕES
INTERVENÇÃO
R$ 120.000
ANOS 2010 - 2011: R$34.306,70** R$ 120.000
INTERVENÇÃO
2015 R$ 170.992,32 R$ 80.000
ANOS 2012
2016 - 2016: R$143.415,87
INTERVENÇÃO DO COFFITO R$ 80.000
R$ 40.000
R$ 40.000
GESTÃO ATUAL:
2017 R$105.842,11
R$ 113.031,48 R$ 0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 R$ 0
2018 R$ 98.652,75 2010 2011 2012 Gestã
Gestão 2008-2012 2013 2014 2015 2016 Gestã
o 2012-2016 2017 2018
o 2016-2020
Gestão 2008-2012 Gestão 2012-2016 Gestão 2016-2020
TRÊS SABIA?
VOCÊ PONTOS DE MORALIZAÇÃO
Redução de
Redução de 67%
67% nono gasto
gastomédio
médioanual
anualemem
diárias com adoção de medidas
diárias com adoção de medidas de de APENASCOM
APENAS COMDIÁRIAS,
DIÁRIAS,
DIÁRIAS
DIÁRIAS
austeridade pela
austeridade pela nova
nova gestão.
gestão. 2018
2018
resultou no menor valor gasto
resultou no menor valor gasto (atualizado)
(atualizado) AUXÍLIOSREPRESENTAÇÃO
AUXÍLIOS REPRESENTAÇÃOE E
com diária na história do Crefito-3.
com diária na história do Crefito-3. GRATIFICAÇÕES,
GRATIFICAÇÕES,UM
Redução dede 31%
31% no
no gasto
gastomédio
médioanual
anualem
Redução
auxílios representação a Conselheiros após COMPARATIVO
COMPARATIVOENTRE
ENTRE2014*,
2014*,
AUXÍLIOS
R$ 1,7 MILHÃO
gasto médio anual em gratificações,
no gasto médio anual em gratificações,
resultado alcançado após diversas medidas
resultado alcançado após diversas medidas
de moralização, controle e austeridade
de moralização,
adotadas controle
pela nova gestãoe austeridade
do Crefito-3. * Valores atualizados pelo IGP-M
* Valores atualizados pelo IGP-M ** A gestão 2008 - 2012 não lançava os dados
adotadas pela nova gestão do Crefito-3. conforme exigido pela Lei
P
iso salarial é um assunto que
gera muitas dúvidas, espe-
cialmente para aqueles que
estão iniciando uma carreira
profissional. O piso salarial é defi-
nido como o menor salário pago
a um empregado dentro de uma
Por
determinada categoria profissio-
nal, formada por trabalhadores
de diversas funções em um mes-
mo setor de atividade econômica.
Normalmente, quem define o piso
salarial é o sindicato dos traba-
dentro
lhadores da categoria na região
por meio de acordos e convenções
coletivas de trabalho. No caso dos
fisioterapeutas e terapeutas ocu-
pacionais do Estado de São Paulo
do piso
é o Sinfito -SP (Sindicato dos Fi-
sioterapeutas e Terapeutas Ocupa-
cionais no Estado de São Paulo).
De acordo com Dr. Edson Stéfani,
presidente da Federação Nacional
salarial
dos Fisioterapeutas e Terapeutas
Ocupacionais e do Sinfito-SP, atu-
almente, o piso salarial para es-
ses profissionais no estado de São
Paulo é de 2.800,00 reais.
32
PISOS E SINDICATOS
De acordo com
Dr. Edson Stéfani,
Assim como outros profissionais da saú- presidente da
de, fisioterapeutas e terapeutas ocupacio- Federação Nacional
nais podem ser autônomos, ter a própria
clínica ou consultório, ou ser empregados
dos Fisioterapeutas e
em um estabelecimento. Neste caso, o piso Terapeutas Ocupacionais
salarial irá depender de o hospital, clíni- e do Sinfito-SP,
cas, laboratório ou outro estabelecimento atualmente, o
de saúde ao qual o profissional está vincu- piso salarial para esses
lado possuir um acordo com o sindicato
da categoria. É uma relação entre o sin-
profissionais no estado
dicato patronal e o sindicato da catego- de São Paulo é de
ria profissional. São sindicatos patronais: 2.800,00 reais .
Sindhosfil (Sindicato das Santas Casas de
Misericórdia e Hospitais Filantrópicos do
Estado de São Paulo), Sindhosp (Sindica-
to dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e
Demais Estabelecimentos de Saúde do Es-
tado de São Paulo), SINAMGE (Sindicato
Nacional das Empresas de Medicina de COMO FUNCIONA O
Grupo) e Sindihclor (Sindicato dos Hos-
pitais, Clínicas Médicas e Odontológicas, REAJUSTE SALARIAL?
Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas
e Análises Clínicas de Osasco e Região). De acordo com o Sinfito, todo o ano, este sindicato
negocia com os sindicatos patronais Sindhosp,
Conforme informa o Sinfito-SP, a ne- Sindhosfil, SINAMGE e Sindihclor o reajuste no
gociação com o sindicato patronal Sin- piso salarial dos profissionais. Essas negociações
dhosp corresponde aos profissionais que buscam o aumento do salário da categoria,
trabalham em instituições privadas. Sendo partindo do índice inflacionário do INPC/IBGE
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor/
assim, existe a possibilidade de o piso ser
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
diferente em relação ao patronal Sindhos-
fil, que corresponde a instituições filan- A categoria de fisioterapeutas e terapeutas
trópicas. Profissionais autônomos não são ocupacionais tem como data-base o mês de
registrados e não estão vinculados ao piso maio e quando as negociações ultrapassam esse
salarial e outros regulamentos da conven- período, o reajuste salarial é adiado. Mas, vale
ção. A sua atuação deverá ser de comum lembrar que uma vez homologada a convenção, a
empresa deve pagar ao profissional as diferenças
acordo com o contrato de autônomo, no
salariais retroativas à data-base. Feitas as
qual se estabelecem as regras de manuten-
negociações, o novo piso salarial será definido em
ção, conforme a legislação. Caso não haja um documento conhecido por Convenção Coletiva
cumprimento do contrato ou uma situa- de Trabalho, que engloba outros benefícios aos
ção que se caracterize como vínculo em- empregados, tais como vale-transporte e vale-
pregatício, o profissional poderá utilizar a alimentação, por exemplo.
Convenção Coletiva.
Start:
ampliação das responsabilidades de cada um. to-3, Dr. José Renato de Oliveira Leite, duran-
te workshop realizado ainda no final de 2016,
quando49 destacou os objetivos da estratégia “Em
PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
o futuro já
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula- Movimento”, da qual o Projeto Start faz parte.
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de “Trata-se de um conjunto de ações integradas
reação perante a mudanças graves no cenário.
30
Trata-se de um conjunto
começou!
TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige
de ações integradas que
mais ferramentas de controle das instituições
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de
gestões modernas e atentas aos novos tempos. possuem os seguintes
objetivos: dar visibilidade
Em desenvolvimento desde 2017, a ini- e fortalecer as profissões,
ciativa visa acolher o jovem profissional, promover a valorização
seja em sua reta final de formação aca-
dêmica, seja nos primeiros passos após profissional, recuperar a
formado, atuando de forma a orientar credibilidade de nosso
e a capacitar novos fisioterapeutas e Conselho e resgatar o
teraputas ocupacionais para o trabalho. protagonismo diante
dos profissionais e
A
ssim que a nova gestão do Crefito-3 assumiu, da Federação.
muitas mudanças começaram a acontecer,
levando adiante a estratégia “Em Movimen-
to”. No conjunto de transformações, uma
em especial tem sido desenhada com cuidado. Ela
tem a tarefa de aproximar recém-formados, aca- que possuem os seguintes
dêmicos, professores e coordenadores de curso objetivos: dar visibilidade
da vivência do Conselho, buscando melhor rela- e fortalecer as profissões,
cionamento, mais orientação, melhores práticas e promover a valorização
melhores referências. profissional, recuperar
a credibilidade de
Apelidado inicialmente de Crefito-3 Jovem, o nosso Conselho e
Projeto Start é o programa resgatar o protago-
que irá realizar essa inte- nismo diante dos
gração, ora com even- profissionais e da
tos relacionados às Federação”, disse.
profissões, permitin-
do o desenvolvimen- Desde 2017, membros da Diretoria do Crefito-3
to do pensamento rascunhavam o Projeto Start, por meio de visitas
crítico e da adoção de constantes a Instituições de Ensino para deba-
uma postura política, ter valorização e empregabilidade, orientação
ora com ações e ativida- profissional, representatividade e fortalecimento
des que ajudem a atingir o das categorias.
34
Cabe ao Projeto Start, conscientizar os acadêmicos e jovens
profissionais que o Conselho, age de acordo com
o significado da palavra deontologia e é um dos
principais responsáveis para corrigir, manter,
promover e defender os códigos de ética, além
de acompanhar o desempenho adequado e exigir
certos níveis de competência e de qualidade aos
seus filiados no exercício das suas funções. O
projeto, possui o grande desafio de estabelecer uma
linguagem contemporânea para sensibilizar e cativar os
acadêmicos e jovens profissionais acerca do real propósito do
Crefito-3 e da parceria consolidada que pode ser estabelecida
entre acadêmicos, profissionais e Conselho em prol de valoriza-
ção profissional e orgulho da escolha da profissão.
A estratégia do Crefito-3 de realizar eventos também faz parte
disso. Houve transformações e hoje ela contempla temas ge-
rais que envolvam as profissões, que é o caso dos Circuitos de
Orientação, e abordagem de temas ligados às especialidades
profissionais, com as Jornadas de Especialidades. Os Circuitos
podem trazer a contribuição de profissionais de outras áreas
do conhecimento e as Jornadas sempre acontecem em parce-
ria com as Associações.
Ações como os Julgamentos Éticos Simulados do Crefi-
to-3 nas universidades e a disponibilização de conte-
údos e materiais informativos específicos também
MISSÃO
fazem parte da estratégia de abordagem junto Favorecer real e
aos públicos-alvo. O diretor de Fiscalização efetiva aproximação
Dr. Luiz Moderno conta que o objetivo é entre Conselho,
apresentar aos estudantes a prática da
academia e
profissão e as responsabilidades e ris-
cos inerentes, “aproximando alunos profissionais
daquilo que aprenderam na disci-
plina de Ética e Deontologia”. VISÃO
Recentemente, o Start ganhou Promover protagonismo
uma nova ferramenta: o e valorização profissional,
Espaço do Profissional. Lo- por meio da academia
calizado na Sede 2, conta
e do Conselho
com auditório, espaço de
pesquisa, estudo e rela-
cionamento. É o primeiro VALORES
passo para uma estratégia Respeito ao código de
de capacitação profissional.
Ética e Deontologia
Entre as atividades propostas estão: orientações
jurídicas, de marketing, de processos internos,
aulas, palestras e reuniões. Mas é só o começo. O
Start está apenas na decolagem, aperte os cintos.
Conheça as inovações
na Secretaria-Geral do Crefito-3
A
VIRADA DO CALENDÁRIO trabalhar mais alinhada com extintas em 2016 pelo Co-
sempre sugere mudan- os departamentos. Vamos fitto, por meio da Resolução
ças e isso não foi dife- trazer uma coordenação ge- nº 468. O Diretor Secretário
rente com o Crefito-3. ral do departamento, que vai contou que um levantamento
2019 chegou trazendo trans- viabilizar os projetos da Seger realizado pela Seger detectou
formações na Secretaria Geral que estão parados, favorecer a mais de 2 mil profissionais
(Seger) do Conselho, que de- desburocratização, ampliação atuando como fisioterapeu-
ram um upgrade tanto no flu- de atendimentos, sistema de tas e terapeutas ocupacionais
xo interno do departamento agendamento no futuro. Tudo com LTT vencida. “Foi fei-
como nos serviços oferecidos isso, em consonância com to um trabalho em conjunto
aos profissionais inscritos. De os outros departamentos do com o Departamento de Co-
acordo com o Diretor-Secre- Crefito-3 e com as Resoluções municação e, posteriormente,
tário Dr. Eduardo Filoni, as do Conselho Federal”. uma última fase por meio de
mudanças na Secretaria Geral ofício, para que esses profis-
surgiram para trazer inova- Um dos primeiros pontos sionais viessem ao Conselho
ção, facilidade e eficácia no elencados por Dr. Eduardo fazer o registro definitivo ou
trato com os demais setores Filoni quanto às inovações dar a baixa na inscrição para
do Conselho Regional e com na Secretaria diz respeito regularizar a situação em re-
os inscritos. “A Seger tem pro- às Licenças Temporárias de lação à Licença Temporária
curado, a cada dia que passa, Trabalho (LTT), que foram de Trabalho vencida”.
“
inseridos pelo escriturário nos processos de bai-
xa, inscrição, transferência, inscrição secundária,
segunda via. “Tudo isso passa por uma análise do
Conselheiro por meio de um processo que cha-
mamos de relatoria. Em seguida, o Diretor-Secre-
Temos
tário faz o deferimento. Nas reuniões de Direto-
ria, uma parte da pauta é dedicada aos processos
percebido que
deferidos, na qual é feita apresentação do número
de inscrições, número de baixas. Cabe ressaltar
o número de
que tudo isso é baseado na resolução do Coffito
nº8”. Dr. Eduardo Filoni explicou que em outras atendimentos
gestões, as relatorias aconteciam demoradamente
e de forma burocrática, já que cada Conselheiro aos sábados vem
relatava quinze processos. “O presidente do Cre-
fito-3 assinou uma portaria em 20 de outubro de aumentando.
Então, vamos fazer
2016, solicitando que cada Conselheiro analisas-
se cinquenta relatorias para dar continuidade ao
fluxo. A princípio, nossa previsão era entregar a
carteira definitiva de trabalho com noventa dias e uma análise sobre
conseguimos diminuir para 30 dias”.
38
Sábado em Movimento
Uma das inovações implantadas na Secretaria reinscrição; segunda via; registro de títulos; re-
do Crefito-3 foi a criação do Sábado em Movi- gistro de consultório; transferência e retirada de
mento – Plantão de Atendimento Agendado – documentos. “Temos percebido que o número
um projeto que surgiu para atender aos profis- de atendimentos aos sábados vem aumentando.
sionais que dependem da sede do Conselho na Então, vamos fazer uma análise sobre a perma-
Capital, mas que, por enfrentar problemas como nência ou não do serviço e também da amplia-
trânsito, deslocamento e o corre-corre típico ção para outras subsedes de maior movimento”.
dos grandes centros, não conseguem resolver Vale lembrar que para recorrer a este tipo de
suas pendências. Os atendimentos começaram atendimento, o profissional deve solicitar agen-
no dia 2 de fevereiro, apenas para profissionais damento prévio pelo telefone do Pronto-Atendi-
inscritos na sede do Conselho e oferecem servi- mento do Crefito-3 (0800-750-59-00), até as quin-
ços referentes à Secretaria Geral, como registro tas-feiras ao meio-dia. Após agendamento, uma
de Pessoa Física; apostilamento de nome; baixa; confirmação por e-mail é enviada ao profissional.
Você conhece C
riado em 2016 e instituído em 2018, o
e-Social (Sistema de Escrituração
Digital das Obrigações Fiscais, Pre-
videnciárias e Trabalhistas) já pas-
Benefícios do e-Social
42
COMUNICAÇÃO
PROFISSIONAL?
C
om os avanços tecnológicos Gerar mídia espontânea, criar lado de lá”, colocar-se no lugar
possibilitados pela Inter- ou compartilhar conteúdos dele, conseguir estar presen-
net e a crescente populari- são algumas das características te onde ele estiver e entregar a
zação das mídias sociais, desses meios de comunicação. mensagem da forma como ele
o Crefito-3 sentiu a necessida- Por meio delas, o profissio- preferir. “Aqui na Comunica-
de de ampliar seu leque de co- nal fica por dentro de tudo o ção do Crefito-3, temos uma
municação e encontrou uma que acontece no Crefito-3, as- equipe de profissionais concur-
variedade de opções para falar sim como eventos e principais sados afiada, o que nos permite
com profissionais e população. acontecimentos da Fisioterapia produzir conteúdos de quali-
Além da página oficial na web e e da Terapia Ocupacional. Pu- dade. Colocamos como meta
da revista Em Movimento, pu- blicações e postagens constan- a diversificação das formas de
blicada a cada quatro meses, o tes permitem e garantem maior comunicação. O objetivo disso
Conselho passou a fazer parte fluxo de informações em tempo é ampliar a qualidade da men-
das principais redes sociais do real, tudo à disposição dos usu- sagem e o alcance dela também.
momento, tais como Facebook, Estamos em diversas redes, pro-
ários. “Um dos grandes desa-
Instagram, YouTube, Twitter e duzimos materiais de áudio, ví-
fios da atualidade está ligado à
Spotify, além de enviar newslet-
comunicação. Conseguir dia- deo, web, gráfica e impressos. A
ters e boletins informativos por
logar com os diversos públicos equipe desenvolve atividades de
e-mail.
com os quais a instituição se jornalismo, audiovisual, design,
As mídias sociais são ca- relaciona, exige profissionalis- relacionamento, publicidade e
nais de relacionamento na in- mo”, afirma Tulio Braga Fon- web, seja redes, seja site. É uma
ternet que permitem diferen- seca, Gerente de Comunicação experiência muito rica. E nosso
tes alternativas de interação e do Crefito-3. Ele explica que é objetivo é ampliar o entendimen-
participação entre os usuários. preciso entender quem está “do to e a recepção das mensagens”.
44
Resumo da Semana
Ao final de janeiro de 2018, o Departamento de Comu-
nicação deu início a uma nova plataforma para infor-
mar os profissionais sobre os acontecimentos da rotina
do Conselho. Surgia, ali, o Resumo da Semana, um apa-
nhado geral realizado às sextas-feiras, com os destaques
da semana no Crefito-3 e nas profissões. As primeiras
edições do Resumo eram breves publicações textuais nas
notícias do site da Autarquia. Com o aprimoramento de
ideias e técnicas, o Resumo evoluiu, passou a ser gravado
em vídeo sendo transmitido, inicialmente, no Instagram
e, agora, já possui uma playlist no YouTube.
47
ATUAÇÃO AMPLIADA: Novos campos de
trabalho trazem efeitos positivos de renovacão e
amadurecimento das profissões e também a NOVA ESPECIALIDADE
ampliação das responsabilidades de cada um.
49
PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula-
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de
reação perante a mudanças graves no cenário.
COFFITOTRANSPARÊNCIA:
RECONHECEOEfuturo DISCIPLINA
das profissões exige
30
mais ferramentas de controle das instituições
A ESPECIALIDADE
públicas. O zeloDE
com o dinheiro público é sinal de
gestões modernas e atentas aos novos tempos.
TERAPIA
OCUPACIONAL
NO
CONTEXTO
ESCOLAR
O
dia 26 de dezembro de 2018 determinou mais possui habilidades para identificar demandas e
uma conquista para a Terapia Ocupacio- intervir para que o estudante seja capaz de reali-
nal. O Conselho Federal de Fisioterapia e zar atividades ou ocupações, que são resultados da
Terapia Ocupacional (Coffito) publicou interação dinâmica entre o estudante, o contexto
a Resolução nº500, que reconhece e disciplina a escolar e a atividade a ser desempenhada nos es-
especialidade de Terapia Ocupacional no Contex- paços de aprendizagem e de interação escolar. O
to Escolar, define as áreas de atuação e as com- artigo 9º da Resolução reforça, também, que, o te-
petências do terapeuta ocupacional especialista rapeuta ocupacional especialista em Contexto Es-
em Contexto Escolar e dá outras providências. colar está qualificado para exercer o trabalho em
Para o vice-presidente do Crefito-3 e terapeuta todas as modalidades, etapas e níveis de ensino,
ocupacional Dr. Adriano Conrado Rodrigues, a bem como em todas as fases do desenvolvimen-
publicação da Resolução nº500 “é um momen- to ontogênico, com ações de prevenção, promo-
to histórico, em que a Terapia Ocupacional vem ção, proteção, educação, intervenção, oferecidos
crescendo e ocupando muitos espaços no âmbito ao estudante e comunidade educativa. “Hoje, ter
nacional. A Terapia Ocupacional tem muito cam- a Terapia Ocupacional em Contexto Escolar é a
po para expandir, ainda”. garantia de respeito e sucesso do contexto de in-
clusão, desde que se tenha presente o terapeuta
O documento leva em consideração que o tera- ocupacional intermediando essa relação de exce-
peuta ocupacional é um profissional competente lência nos vários âmbitos, quer seja junto a quem
para avaliar e intervir no desempenho ocupacio- está gerindo, lecionando ou juntos aos alunos e
nal do estudante no contexto escolar. Além disso, familiares”, ressalta Dr. Adriano Conrado.
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amadurecimento das profissões e também a
ampliação das responsabilidades de cada um.
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PROTAGONISMO: Profissões fortes mantém
instituições de classe sólidas, dinâmicas e articula-
das. Isso gera mais capacidade de articulação e de
LUTA ANTIMANICOMIAL
N
reação perante a mudanças graves no cenário. a terceira edição do podcast
do Crefito-3 “Fisio e T.O. em
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TRANSPARÊNCIA: O futuro das profissões exige Movimento”, as terapeutas
Terapeutas ocupacionais
mais ferramentas de controle das instituições ocupacionais Dra. Pris-
públicas. O zelo com o dinheiro público é sinal de
gestões modernas e atentas aos novos tempos. cilla Cordeiro e Dra. Jamile Al-
comentam retrocessos em biero comentaram a Nota Téc-
“nova”
nica nº11/2019 do Ministério da
Saúde sobre Saúde Mental. Di-
vulgada no dia 4 de fevereiro, a
Nota Técnica
nota vem causando polêmica em
pontos que apresentam retroces-
sos na Saúde Mental, o que levou
A terapeuta ocupacional
Dra. Jamile Albiero apontou
que a nota retoma um mo- T.O. DE FORA
delo falido de atenção à pes-
soa com sofrimento mental, Outro importante ponto co- Jamile, o terapeuta ocupacio-
seja criança ou adulto, ou que mentado pelas duas profis- nal, assim como outros profis-
apresente transtornos men- sionais diz respeito à inserção sionais da saúde, vai aparecer
tais. “A NT propõe um retor- da Terapia Ocupacional nas em serviços secundários. Ela
no do modelo centrado mui- equipes. A NT aponta que explica que o trabalho do te-
to mais na figura do médico, as equipes dos ambulatórios rapeuta ocupacional inclui,
com estratégias terapêuticas de saúde mental deverão ser também, a atuação como ges-
voltadas à medicação, voltada formadas por médicos, psi- tor. “O terapeuta ocupacional
à questão da abstinência por cólogos e assistentes sociais, é um profissional muito re-
si só, excluindo uma perspec- excluindo a presença do te- quisitado nas RAPs, inclusive
tiva de redução de danos. Na rapeuta ocupacional. “A ver- sendo muito comum terapeu-
minha avaliação, com a NT, a dade é, não tem terapeutas tas ocupacionais gestores, co-
redução de danos está fora da ocupacionais dentro desses ordenadores de CAPS, Cen-
jogada. A redução de danos é ambulatórios. A tendência é tros de Convivência e outros.
uma estratégia que surge no investir mais em ambulató- Enquanto categoria, seremos
Brasil na época da explosão rios e diminuir o investimen- deixados em segundo plano,
da Aids, que depois aparece to em CAPS. Diminui-se o tirando um protagonismo
no campo da saúde mental número de recursos humanos importante da Terapia Ocu-
voltado para a questão do e o terapeuta ocupacional vai pacional em toda a atenção à
álcool e drogas, entendendo sendo um dos primeiros pro- saúde mental que existe desde
que a abstinência pode ser fissionais a ser cortados dali”, que a Reforma Psiquiátrica
sim uma oferta terapêutica, diz Dra. Priscilla. Para Dra. começou”.
mas não a única”.
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abril 2019 . CREFITO3 EM MOVIMENTO 51
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