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Ano IX Edição Janeiro/Março 2019 www.sobrafo.org.br 01 Número

Atualização em
melanoma

Atualizações em Atualização Sobre Atualização em O que há de novo em


E mais
Câncer de Ovário Linfoma de Hodgkin Melanoma Farmacovigilância?

Em 2018 foram estimados No Brasil, estimam-se A exposição excessiva aos No final de 2018, Atividades da Diretoria
aproximadamente 295.414 aproximadamente 2.500 raios UV é principal fator profissionais da saúde
novos casos de câncer novos casos para cada de risco para os cânceres contam com o novo Eventos
de ovário, ocupando o ano do biênio 2018-2019, de pele melanoma e não sistema de notificação
vigésimo lugar em segundo os dados do melanoma, no Brasil a maior da Agência Nacional Radar do Farmacêutico
incidência de todos INCA, sendo a 14ª incidência encontra-se nas de Vigilância Sanitária
os tipos de cânceres neoplasia mais frequente regiões Sul (2000 casos (ANVISA) Programação Seminário
no mundo no país. novos) e Sudeste (2910 Regional 2019 - Curitiba
casos novos)
Expediente
Diretoria Gestão 2018-2020
PRESIDENTE
Pablício Nobre Gonçalves
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVA
Elaine Lazzaroni Moraes
Editorial DIRETOR DE ENSINO DE FARMÁCIA
EM ONCOLOGIA
Ney Moura Lemos Pereira
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO
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DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
TÉCNICO-CIENTÍFICO
Mario Jorge Sobreira da Silva
Novos Aspectos DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO
Mayde Seadi Torriani

C
DIRETOR DE ASSUNTOS REGIONAIS
aros colegas associados estamos começando mais um ano com o
Rafael Oscar Risch
SOBRAFO NEWS, onde esperamos contribuir com informações SECRETÁRIA DIRETORA
técnicas, científicas e gerais para você associado. Neste ano estamos com Cláudia Lara Fonseca
novas perspectivas de temas, assim como temas já conhecidos, porém
CORPO EDITORIAL
com novas abordagens para que você se mantenha sempre informado Álvaro Nobre Machado
com novas tecnologias e também revisando as terapêuticas e processos Andrea Carla P. Fernandes
Andrezza Viviany Lourenço Marques
já consolidados. Nesta edição inicial, estamos abordando temas clínicos Bárbara Delano Cruz Fonseca
voltados a farmacovigilância e o sistema, Vigimed. Temas relacionados Cinthia Scatena Gama
Cláudia Lara Fonseca
a Melanoma, Câncer de Ovário e Linfoma serão abordados de forma Elaine Lazzaroni Morais
direta e com uma revisão de terapias novas e clássicas de acordo com a Elizangela Eugênio
Emiko Kobashikawa
perspectiva de cada tipo de tumor. Temos o nosso radar do farmacêu- Fernanda Schindler
Guilherme M. Correia e Silva
tico em oncologia abordando notícias importantes na área, assim como Larissa Feitosa Carvalho
trazendo atualidades de eventos científicos nacionais e internacionais. Marcio Luis Lima Borella
Mario Jorge Sobreira da Silva
Como destaque de eventos nesse ano, nossos seminários regionais Patrícia Keiser Pedroso Cava
que acontecerão nas cidades de Curitiba/PR, Campo Grande/MS, Paula Stoll
Rafael Duarte Paes
São Paulo/SP e Maceió/AL. Confira conosco todos estes temas e in- Rodrigo Luís Taminato
Sandra Maria Asfora Hazin
formações, onde esperamos que neste ano de 2019 sejamos mais uma
Thiago Baesso Monteiro de Castro
vez parceiros de informações e claro, contribuindo com sua prática, e
que esse nosso canal possa levar informação de qualidade. Não deixe de REVISORES DESTA 1a EDIÇÃO
Andrezza Viviany Lourenço Marques
visitar nosso novo site www.sobrafo.org.br. Contamos com todos vocês
Elizangela Eugênio
associados! Continuem acompanhando os eventos, nos fomentando de Rodrigo Luís Taminato
informações e também sugestões para melhorarmos cada vez mais a nos-
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sa sociedade, assim como o SOBRAFO NEWS. Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia,
traz informações para Profissionais de Farmácia em
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DIRETOR DE ENSINO DE
FARMÁCIA EM ONCOLOGIA

SOBRAFO
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Distribuição Virtual | Edição: Janeiro/Março 2019


Diagramação: Ione Franco

2 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Índice
04 08 12
ATUALIZAÇÃO EM CÂNCER DE OVÁRIO ATUALIZAÇÃO SOBRE ATUALIZAÇÃO EM MELANOMA
LINFOMA DE HODGKIN
Em 2018 foram estimados A exposição excessiva aos raios UV é
aproximadamente 295.414 novos No Brasil, estimam-se aproximadamente principal fator de risco para os cânceres
casos de câncer de ovário, ocupando 2.500 novos casos para cada ano do biênio de pele melanoma e não melanoma,
o vigésimo lugar em incidência de todos 2018-2019,segundo os dados do INCA, no Brasil a maior incidência encontra-
os tipos de cânceres no mundo. sendo a 14ª neoplasia mais frequente no país. se nas regiões Sul (2000 casos novos)
e Sudeste (2910 casos novos).

E mais

22
EVENTOS

O QUE HÁ DE NOVO ATIVIDADES DA DIRETORIA


EM FARMACOVIGILÂNCIA?
24
Nos dias 15 e 16 de março de 2019 RADAR DO FARMACÊUTICO
No final de 2018, profissionais da a Diretoria da SOBRAFO realizou
saúde contam com o novo sua reunião de planejamento
EM ONCOLOGIA
sistema de notificação da Agência 2019/2020.
Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) 26
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO
REGIONAL - CURITIBA

16 20
janeiro | março 2019 SOBRAFONews 3
ATUALIZAÇÃO SOBRE CÂNCER DE OVÁRIO POR: RAFAEL DUARTE PAES

C onforme a última estimativa da Agência


Internacional de Pesquisa sobre Câncer
(IARC -International Agency for Research on
Segundo Stewart et. al 2014, os cânceres de
ovário podem ser histologicamente divididos em
cinco tipos principais: carcinoma seroso de alto
Cancer), para 2018 foram estimados aproximada- grau (70%), endometriais (10%), células claras
mente 295.414 novos casos de câncer de ovário, (10%), mucinosas (3%) e de baixo grau (<5%) que
ocupando o vigésimo lugar em incidência de todos em conjunto representam 95% dos casos.
os tipos de cânceres no mundo. No Brasil, a esti-
mativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Modalidades de tratamento
para o biênio de 2018/2019 é de 6.150 novos ca- O tratamento do câncer de ovário pode ser di-
sos, ocupando o sétimo lugar em incidência de vidido em duas partes: doença precoce e doença
cânceres no Brasil, representando 3,6% de todos já avançada.
os tumores femininos. A melhor opção de tratamento quando se trata
A incidência do câncer de ovário apresenta de uma doença precoce ainda é a cirurgia e ela
variações que são dependentes da área de análi- consiste na remoção do ovário envolvido e para
se, sendo ele mais incidente nas áreas mais de- as mulheres, ainda em idade fértil, e que dese-
senvolvidas que nas áreas menos desenvolvidas, jam preservar a fertilidade, o outro ovário pode
conforme estimativa do INCA. ser mantido sem prejuízo para a paciente. Além
Dentre os fatores de risco associados aos tumo- da remoção do ovário envolvido, recomenda-se
res de ovário, destacam-se a mutação de alto risco avaliar através de biopsia, o peritônio da cavida-
nos genes supressores de tumor BRCA1 e BRCA2, de abdominal e pélvica e também é recomendado
menopausa tardia, endometriose, nuliparidade que se realize a retirada/análise dos gânglios da
(mulheres que nunca engravidaram ou que nunca paciente. Pacientes já em processo de menopausa
tiveram filhos), mulheres que realizam terapia de ou pós menopausa são submetidas a uma cirur-
reposição hormonal, obesidade e tabagismo. gia mais radical, que consiste na retirada dos ová-
4 janeiro | março 2019 SOBRAFONews
rios e do útero da paciente. Em alguns casos de do útero, dos gânglios e de todas as metástases
doença precoce, existe a necessidade de se rea- para a região do peritônio. Após a cirurgia, reali-
lizar quimioterapia, dependendo das caracterís- za-se a complementação do tratamento com uma
ticas do tumor vistas pelo médico patologista. quimioterapia adjuvante. A figura 1 demonstra
Na doença avançada a cirurgia torna-se mais os estádios do câncer de ovário e tratamentos
radical, sendo necessária a retirada dos ovários, correspondentes a cada um deles:

Câncer confinado a um ovário (IA) ou os dois ovários (IB). Câncer que invade estruturas próximas.

Invasão do peritônio ou dos linfonodos. Aparecimento de metástases a distância.


fonte:http://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/%20cancer-de-ovario-tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-tratamento-2/

Figura 1 – Estádios do câncer de ovário e indicação de tratamentos.

Atualizações:  Tratamento de manutenção de pacientes adul-


O medicamento Olaparibe, aprovado em 2017 tas com carcinoma de ovário (incluindo trom-
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária pa de Falópio ou peritoneal primário), recen-
(ANVISA) é um inibidor da PARP (poli [ade- temente diagnosticado, de alto grau (grau 2
nosina difosfato-ribose] polimerase) que corres- ou maior), avançado, com mutação BRCA,
ponde a enzimas que realizam o reparo de cadeia que respondem (resposta completa ou parcial)
simples de DNA, tendo a aprovação para duas à quimioterapia em primeira linha, baseada
indicações no câncer de ovário: em platina;
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 Tratamento de manutenção de pacientes adul- objetivo primário do estudo foi alcançado e houve
tas com carcinoma de ovário seroso (incluindo uma melhora clinicamente e estatisticamente sig-
trompa de Falópio ou peritoneal primário) ou nificativa na sobrevida livre de progressão, atin-
endometrioide, de alto grau (grau 2 ou maior), gindo uma mediana de 19,1 meses para olaparibe
recidivado, sensível à platina e que respondem versus 5,5 meses para o placebo.
(resposta completa ou parcial) à quimioterapia Em 2017 a ANVISA aprovou a forma far-
baseada em platina; macêutica cápsula do medicamento olaparibe e
em 2018 foi aprovada a forma farmacêutica de
As aprovações foram devidas ao estudo SOLO
comprimidos. Conforme comunicado oficial do
1 que é um estudo de fase III, com randomização
laboratório, as formas não são intercambiáveis e
2:1, com 391 pacientes, que comparou olaparibe
não devem ser substituídos numa base miligrama
300mg (2cp de 150mg) 2x ao dia por dois anos
por miligrama devido às diferenças na dosagem
versus placebo. Com 41 meses de seguimento
e biodisponibilidade de cada formulação.
mediano, o risco de morte foi 70% menor no bra-
Nesse âmbito o profissional farmacêutico tem o
ço com olaparibe e a taxa de ausência de progres-
dever de instruir as pacientes sobre a dose correta
são ou morte em 3 anos foi de 60% (olaparibe)
de se administrar as cápsulas ou comprimidos.
versus 27% (placebo).
Outra atualização importante que ocorreu na
O estudo SOLO 2, que é um estudo de fase III
European Society for Medical Oncology (ESMO)
com randomização 2:1, com 295 pacientes com
2018 foi o estudo AGO-OVAR 221 que buscou
câncer de ovário seroso de alto grau ou endome-
avaliar o esquema quimioterápico de pacientes
trioide e câncer de ovário recidivado sensível a pla-
com câncer de ovário sensível à platina. Este es-
tina comparou olaparibe 300mg (2cp de 150mg)
tudo de fase III randomizou 682 pacientes sendo
2x ao dia por dia versus placebo até progressão. O
um dos braços submetido a combinação carbo-
platina, doxorrubicina lipossomal e bevacizu-
mabe (CD-bev) e o outro braço submetido à
combinação de carboplatina, gencitabina e beva-
cizumabe (CG-bev).
O estudo demonstrou em seu objetivo primá-
rio que a combinação CD-bev está associado a
uma maior sobrevida livre de progressão, inclu-
sive nas pacientes que haviam sido submetidas
previamente a terapia antiangiogênica. O estudo
também apresentou uma tendência de benefício
em sobrevida global.
Novos horizontes estão se abrindo para o cân-
cer de ovário e resultados preliminares de estu-
dos com imunoterápicos se mostram promissores
como no estudo Keynote-100, mas ainda não há
nenhum medicamento com essa aprovação. K

6 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Bibliografia:
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■ Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa/2018 – Incidência de
câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2017.
■ Stewart, B, W.: Wild, C. P. (Ed). World Cancer Report 2014. Lyon: IARC 2014.
■ Ferlay, J. et al Cancer incidence and mortality worldwide: sources, methods and major patterns in GLOBOCAN 2012. Inter-
national Journal of Cancer. Genève, V.136, n.5, p. 359-386, 2015.
■ Lynparza comprimidos. Farm. Resp.: Dra. Gisele H. V. C. Teixeira. AstraZeneca do Brasil Ltda, 2019. Bula de remédio.
■ Instituto vencer o câncer. Tipos de câncer/Câncer de ovário. Disponível em: https://www.vencerocancer.org.br/tipos-de-can-
cer/cancer-de-ovario-tipos-de-cancer/cancer-de-ovario-tratamento-2. Acesso em: 30 de março de 2019.
■ Moore K. et al. Maintenance Olaparib in pacientes with newly diagnosed advanced ovarian câncer. N Engl J Med. 2018 Dec
27;379(26):2495-2505
■ Pujade-Lauraine E., Ledermann J., Penson R., et al., Treatment with olaparib monotherapy in the maintenance setting signi-
ficantly improves progression-free survival in patients with platinum-sensitive relapsed ovarian cancer: Results from the Phase
III SOLO2 Study. Presented at the Society of Gynecologic Oncology Annual Meeting on Women’s Cancer (SGO), March 12
– 15. National Harbor, Maryland
■ Mateo, J., Moreno, V., Kaye, S. B., Dean, E., et al., An adaptative study to determine the optimal dose of the tablet formulation
of the parp inhibitor Olaparib.Targeted Oncology, 11(3), 401-415. doi: 10.1007/s11523-016-0435-8.
■ Pfisterer J, Dean AP, Baumann K, et al: Carboplatin/pegylated liposomal doxorubicin/bevacizumab (CD-BEV) vs. carbo-
platin/gemcitabine/bevacizumab (CG-BEV) in patients with recurrent ovarian cancer. 2018 ESMO congress. Abstract 9330.
Presented October 19, 2018.

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 7


ATUALIZAÇÃO SOBRE LINFOMA DE HODGKIN POR: EMIKO KOBASHIKAWA CERNY

N os Estados Unidos estimam-se cerca de


8.000 novos casos de Linfoma de Hodgkin
em 2019. No Brasil, estimam-se aproximada-
rísticas clínicas que são considerados duas doen-
ças distintas.
O Linfoma de Hodgkin Clássico é subdividido
mente 2.500 novos casos para cada ano do biênio em quatro subtipos:
2018-2019, segundo os dados do INCA (Instituto » Esclerose Nodular: é mais comum em adoles-
Nacional do Câncer), sendo a 14ª neoplasia mais centes e jovens adultos, mas pode ocorrer em
frequente no país. todas as idades. Os gânglios e nódulos linfáti-
O Linfoma de Hodgkin é uma doença linfopro- cos afetados possuem células de Reed-Stem-
liferativa maligna, cujo o infiltrado reativo repre- berg e áreas com fibrose. Representa 60 a 80%
sentado por diferentes tipos celulares como linfó- dos casos de Linfoma de Hodgkin.
cito B e T, granulócitos, histiócitos, fibroblastos e » Celularidade Mista: o infiltrado é geralmen-
célula de Reed-Sternberg. te difuso ou vagamente nodular. Apresenta
Os principais sintomas notados são anemia, grande volume de células de Reed-Stemberg.
perda de peso, febre algumas vezes, linfonodos Representa 15 a 30% dos casos de Linfoma
inchados e sudorese noturna. de Hodgkin.
» Depleção Linfocitária: apresenta numerosas
Tipos de Linfoma de Hodgkin
células de Reed-Stemberg, fibrose difusa e ne-
É uma doença patologicamente e clinicamente croses. É comum em pacientes portadores de
heterogênea. Existem 2 tipos principais: Linfoma HIV (Human Immunodeficiency Virus). Repre-
de Hodgkin Clássica e Linfoma de Hodgkin Nodu- senta menos que 1% dos casos de Linfoma de
lar de Predomínio Linfocitário. Embora eles possu- Hodgkin.
am fatores suficientes para diferenciar dos outros » Rico em Linfócitos: representa aproximada-
linfomas os chamados Não-Hodgkin, diferem um mente 5% de Linfoma de Hodgkin. Apresen-
do outro na morfologia, epidemiologia e caracte- tam poucas células de Reed-Stemberg.
8 janeiro | março 2019 SOBRAFONews
O Linfoma Hodgkin Nodular de Predomínio Fatores de Risco
Linfocitário apresenta uma variação de células Re-
É uma doença com alta incidência em pacientes
ed-Stemberg, com muita célula B caracterizada
adolescentes ou menor de 20 anos e em pacientes
por proliferação nodular e difusa.
acima de 55 anos.
Estadiamento A causa ainda é desconhecida, mas os fatores
de risco estão associados ao aumento de exposi-
A classificação de Ann Arbor/Costwolds é uti-
ção às infecções virais, fatores genéticos e imu-
lizado para estadiamento do Linfoma de Hodgkin:
nossupressão.
» Estádio I: envolvimento de uma cadeia linfo-
Alguns estudos demonstraram que o vírus
nodal ou estrutura linfoide (baço, timo, anel de
Epstein-Barr tem influência no desenvolvimen-
Waldeyer) ou sítio extralinfático (IE);
to da doença9. Os indivíduos imunodeprimi-
» Estádio II: envolvimento de duas ou mais ca-
dos como portadores do HIV e os pacientes que
deias linfonodais localizadas no mesmo lado do
utilizam drogas imunossupressoras apresentam
diafragma, que pode ter contiguidade com um
também um risco considerável de desenvolver a
local extralinfático (IIE);
Doença de Hodgkin.
» Estádio III: envolvimento de cadeias linfo-
nodais em ambos os lados do diafragma, que Principais Tratamentos
pode estar associado a um local extralinfático
Anteriormente, existiam dois protocolos am-
(IIIE) ou envolvimento do baço (IIIS), ou am-
plamente utilizados no tratamento curativo do
bos (IIIES);
Linfoma de Hodgkin: MOPP (Mecloretamina,
» Estádio IV: envolvimento disseminado de um
Vincristina, Procarbazina e Prednisona) e ABVD
ou mais órgãos extralinfáticos, ou ainda envol-
(Doxorrubicina, Bleomicina, Vimblastina e Da-
vimento de um local extralinfático com envol-
carbazina). Não houve estudo comparativo entre
vimento linfonodal à distância.
ambos. O MOPP caiu em desuso, pois a Procar-
» A: Ausência de sintomas sistêmicos.
bazina estava associada a mielodisplasia e a leu-
» B: Presença de sintomas sistêmicos (febre,
cemia mielóide aguda induzida pelo tratamento.
sudorese noturna, perda de peso)
Por muitos anos foi utilizado apenas o ABVD.
» X: Quando a massa linfonodal é ≥ 10 cm
Porém, foi demonstrado que no raro subtipo
ou ocupa um diâmetro superior a 1/3 da caixa
nodular de predomínio linfocitário, o tratamen-
torácica3.

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 9


to com R-CHOP (Rituximabe, Ciclofosfamida,
Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona) era su-
perior, e isso tornou o R-CHOP uma alternativa
válida ao ABVD. Como a taxa de cura do Linfo-
ma de Hodgkin é muito alta, e o R-CHOP tem
o custo financeiro mais elevado que o ABVD,
alguns profissionais podem optar por reservar o
R-CHOP para os estadios mais altos do subtipo
nodular de predomínio linfocitário.

Para chegarem ao transplante em situação


ideal os pacientes precisam ter tido resposta
completa a algum esquema de resgate. O pro-
tocolo mais utilizado é o ICE (Ifosfamida, Car-
boplatina e Etoposido).
O tratamento sofreu modificações com a che-
gada do Brentuximabe. Inicialmente a droga foi
usada no tratamento paliativo dos pacientes que
recidivaram após o transplante. Depois, passou
Durante o tratamento é comum avaliar a res- a ser uma opção no tratamento inicial no lugar
posta com PET-CT. O primeiro exame costuma da bleomicina no protocolo A+AVD (Brentuxi-
ser feito antes do início do tratamento como parte mabe, Adriblastina, Vimblastina e Dacarbazina).
do estadiamento. Segundo o exame feito durante Em 2015, o estudo randomizado de fase III AE-
o tratamento tem implicação prognóstica e pode THERA demonstrou benefícios do Brentuximabe
guiar o tratamento a seguir. (anti CD-30) em pacientes com Linfoma de Hod-
Os pacientes tratados podem se curar ou recidi- gkin refratário ou que progrediram ao tratamento
var ou não responderem completamente ao trata- padrão ou subgrupo que não dispunha de alternati-
mento inicial (primariamente refratários). Tanto va terapêutica. O estudo demonstrou ganho signi-
os pacientes primariamente refratários quanto os ficativo de sobrevida livre de progressão tornando
recidivados são candidatos a tratamento curativo uma terapia padrão para subtipo que até então não
com transplante autólogo de medula óssea. havia disponível nenhum opção de tratamento. K

10 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Bibliografia
■ Siegel, R.L., Miller, K.D., Jemal, A. Cancer statistics, 2019. CA Cancer J Clin. 2019 Jan;69(1):7-34
■ Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de
Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017
■ https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin. Acesso em 14/03/2019.
■ https://www.cancer.gov/types/lymphoma/patient/adult-hodgkin-treatment-pdq#_1
■ De Vita V, Lawrence TS, ROSENBERG SA.Cancer,- Principles & Practice of Oncology, 9th edition, 2011.
■ Glaser SL, Jarrett RF. The epidemiology of Hodgkin’s disease.Baillieres Clin Haematol. 1996;9(3):401-416
■ Mack TM, Cozen W, Shibata DK, et al. Concordance for Hodg-kin’s disease in identical twins suggesting genetic susceptibility
tothe young-adult form of the disease.N Engl J Med. 1995;332(7):413-418
■ Horwitz M, Wiernik PH. Pseudoautosomal linkage of Hodgkindisease.Am J Hum Genet. 1999;65(5):1413-1422.
■ Weiss LM, Strickler JG, Warnke RA, Purtilo DT, Sklar J. Epstein-Barr viral DNA in tissues of Hodgkin’s disease.Am J Pa-
thol.1987;129(1):86-91.
■ Franceschi S, Dal Maso L, La Vecchia C. Advances in the epide-miology of HIV-associated non-Hodgkin’s lymphoma and
other lymphoid neoplasms. Int J Cancer. 1999;83(4):481-485.
■ Tirelli U, Errante D, Dolcetti R, et al. Hodgkin’s disease and hu-man immunodeficiency virus infection: clinicopathologic
andvirologic features of 114 patients from the Italian CooperativeGroup on AIDS and Tumors.J Clin Oncol. 1995;13(7):1758-
1767.
■ Brusamolino E, et al. The Risk Therapy Myelodysplasia/Acute Myeloid Leukemia in Hodgkin Lymphoma has Substantially
Decreased in the ABVD Era Abolishing Mechlorethamine and Procarbarzine and Limiting Volumes and Doses of Radiothera-
py. Mediterr J Hematol Infct Dis, 2012; 4*1): e2012022.
■ Advani RH, et al. How I treat Nodular Lymphocyte Predominat Hodgkin Lymphoma. Blood 2013; 122:4182 – 4188.
■ Oki Y, Chuan H, Chasen B, et al. The Prognostic Value of Interim PET Scan in Patients with Classical Hodgkin Lymphoma.
Blood 2012 120: 1529.
■ Hertzberg MS, Crombie C, Benson W, et al. Outpatient-based Ifosfamide, Carboplatin and Etoposide (ICE) Chemotherapy
in Transplant-Eligible Patientes with Non-Hodgkin’s Lymphoma and Hodgkin’s Disease. Ann Oncol. 2003;14 Supll:i11-6.
■ Gopal A, Chen R, Smith SE, et al. Durable remissions in a pivotal phase 2 study of brentuximab vedotin in relapsed or refrac-
tory Hodgkin Lymphoma. Blood 2015 125: 1236-1243.
■ Connors JM, Jurczak W, Straus DJ, et al. Brentuximab Vedotin with Chemotherapy for Stage III or iv Hodgkin’s Lymphoma.
N Engl J Med 2018; 378:331-344.
■ Moskowitz CH, Nademanee A, Masszi T, et al. Brentuximab Vedotin as Consolidation Therapy after Autologous Stem-Cell
Transplantation in Patients with Hodgkin’s Lymphoma at Risk of Relapse or Progression (AETHERA): A Randomised,Dou-
ble-Blind, Placedo-Controlled, Phase 3 Trial. The Lancet, 2015;385: 1853-1862.

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 11


ATUALIZAÇÃO EM MELANOMA POR: GUILHERME MUNHOZ CORREIA E SILVA

N o Brasil o melanoma não apresenta uma


alta incidência, 2920 casos novos em ho-
mens e 3340 casos novos em mulheres, segundo
Trabalhadores que desenvolvem as atividades
ao ar livre têm maior chance de desenvolver estes
tumores.
estimativa do INCA para os anos de 2018-2019. Dentre as terapias disponíveis para o trata-
No Brasil a estimativa é de 6260 casos novos mento deste câncer algumas novas classes foram
para o ano de 2018, a maior incidência encontra- desenvolvidas e apresentam promissores e bons
se nas regiões Sul (2000 casos novos) e Sudeste resultados para os pacientes com melanoma.
(2910 casos novos).
O principal fator de risco para os cânceres de Classes de medicamentos para o
pele melanoma e não melanoma é a exposição tratamento do melanoma
excessiva aos raios UV. Outros fatores podem
desencadear maior probabilidade de desenvolver Inibidores de BRAF
cânceres de pele como a cor da cor da pele, no qual Atuam no bloqueio da enzima serina treonina
a pele clara tem maior incidência, indivíduos com BRAF quinase, estas mutações levam à ativação
olhos e cabelos claros, indivíduos com histórico constitutiva da proteína BRAF, que pode promo-
pessoal ou familiar de câncer de pele. ver sinalização hiperativa e proliferação celular
Outros fatores ambientais ocupacionais ele- na ausência de fatores de crescimento típicos. Se-
vam o risco de desenvolvimento destes tumores guem alguns inibidores de BRAF:
como a exposição a fuligem, exposição ao Arsêni-
co e seus compostos (presente nos conservadores ➥ Vemurafenibe: o primeiro inibidor seleti-
da madeira, agrotóxicos e etc.), ao alcatrão da ma- vo de BRAF, aprovado no FDA 2011 para
deira (piche), aos óleos minerais industriais (não pacientes com melanoma avançado ou ir-
tratados ou pouco tratados) e aos óleos de xisto ressecável, especialmente em pacientes com
(indústria petroquímica). BRAF V600E com mais de 80% mutado.
12 janeiro | março 2019 SOBRAFONews
Vemurafenibe suprime o fluxo de sinalização A associação leva também a um aumento dos
por meio da quinase de proteína ativada por mi- eventos adversos relacionados, dentre eles,
tógeno (MAPK). O substrato que melhor carac- pirexia, uveítes, prolongamento do intervalo
teriza o BRAF é o MEK. Quando o BRAF fos- QT, com melhora dos sintomas quando re-
forila o MEK, transformando em pMEK, este duzida a dose posológica.
fosforila ERK para pERK, que se transloca para A imunoterapia entra como uma promisso-
para dentro do núcleo celular, onde ativa a trans- ra forma de tratamento do melanoma, com a
crição genética celular, com ativação da prolifera- descoberta dos inibidores de Check point como
ção celular e da sobrevida da célula. os inibidores de CTLA-4, os bloqueadores de
➥ Dabrafenibe: outro inibidor seletivo do PD-1. A chance de melhor tempo livre de doença
BRAF, o primeiro fármaco identificado e e sobrevida dos pacientes são evidenciados, den-
eficaz para tratamento de pacientes de me- tre estas novas terapias temos:
lanoma com metástases cerebrais, aprovado
Inibidores de CTLA-4
pelo FDA como monoterapia para melano-
ma metastático ou irressecável com mutação Os inibidores do CTLA-4 (antígeno 4 asso-
BRAF V600E em 2013. ciados ao linfócito T citotóxico) é um regulador
importante da atividade dos linfócitos T. Eles ini-
O Dabrafenibe tem sua indicação estabelecida
bem o bloqueio da ação imunológica dos linfóci-
para pacientes com mutação do BRAF V600E,
tos T, aumentando a eficácia dos linfócitos sobre
não apresentando eficácia para pacientes com
as células tumorais.
BRAF selvagem.
➥ Ipilimumabe: Aprovado pelo FDA em 2011
tanto em primeira quanto em segunda linha
para o melanoma metastático. A Agência Eu-
ropeia de Medicamentos (EMEA) aprovou
o Ipilimumabe porém somente em segunda
linha após falha de tratamento sistêmico.
O ipilimumabe é um inibidor do ponto de ve-
rificação imune do CTLA-4 que bloqueiam os
sinais inibitórios das células T induzidos por esta
via, aumentando o número de células T efetoras
reativas ao tumor. Também atua sobre as células
T reguladoras, proporcionando um maior efeito
auto-imune.
Inibidores de MEK
Inibidores de PD-1/PDL-1
Atuam na inibição da proliferação celular e in-
duzem a apoptose celular. Atuam em uma via es- Ligam-se aos receptores dos linfócitos T
pecífica do bloqueio do BRAF, um degrau abaixo (PD-1) e das células tumorais (PDL-1) promo-
da cascata. vendo a ação imunológica e provocando a morte
da célula tumoral.
➥ Trametinibe: Indicados para pacientes com
melanoma e mutação do BRAF V600E, em ➥ Nivolumabe: Anti PD-1, bloqueia o recep-
monoterapia ou associado ao Dabrafenibe. tor PD-1 nas células imunológicas (linfócito
janeiro | março 2019 SOBRAFONews 13
T) potencializando o reconhecimento das cé- boa resposta, porém em 2 estudos de Fase III em
lulas tumorais pelo linfócito, promovendo as- uso de lenalidomida após falha de tratamento em
sim a morte celular tumoral pelo linfócito T. primeira linha, os resultados foram negativos. A
partir destas informações a combinação de talido-
➥ Pembrolizumabe: Anti PDL-1, bloqueia o mida e temozolomida é bem aceita no tratamento
receptor PDL-1 na célula tumoral, inibindo do melanoma.
a ligação deste receptor ao receptor PD-1 do O tratamento dos tumores de pele como o
linfócito, promovendo a ação imunológica melanoma ainda é um campo com muitas desco-
de morte da célula tumoral. bertas. A imunoterapia trouxe novas esperanças
e chances de tratamento para os pacientes e com
Tabela 1 – Protocolos terapêuticos com terapia
resultados bem promissores. A Terapia alvo vem
alvo-moleculares e imunoterapias contra o câncer:
como um forte aliado ao tratamento, conseguindo
assim atingir vias específicas na cascata apoptó-
Medicamento Posologia
tica da célula tumoral. Mas muito ainda se tem a
Vemurafenibe 960mg VO 2×/dia estudar sobre este tipo de tumor. K
150mg VO 2×/dia +
Dabrafenibe + Trametinibe
2mg VO 1×/dia
3mg/Kg EV + 1mg/Kg EV
Ipilimumabe + Nivolumabe
a cada 21 dias por 4 doses
Pembrolizumabe 2mg/Kg a cada 21 dias
Nivolumabe 3mg/Kg EV a cada 2 semanas

Dentre as terapias inovadoras como as terapias


alvo e a imunoterapia, a tabela 1 aponta os princi-
pais esquemas terapêuticos para maior visualiza-
ção destes protocolos.
Apensar das inúmeras opções de novas terapias,
a quimioterapia convencional ainda apresenta re-
sultados satisfatórios e que em muitas situações
são a única terapia disponível para o tratamento,
dentre elas temos o tratamento com Dacarbazi-
na (DTIC), Fotemustina e Interferon alfa 2b que
apresentam boas respostas aos pacientes com me-
lanoma e em situações de metástases cerebrais.
A Lenalidomida foi testada em pacientes com
melanoma metastático em estudos de fase I com

14 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Referências Bibliográficas:

■ Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de
Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017.
■ Hao, M. et al. Advances in targeted therapy for unredectable melanoma: New drugas and combinations. Cancer Letters 359
(2015) 1 – 8.
■ Zelboraf. Bula. Roche, Rio de Janeiro, 2012.
■ Dabrafenibe, Bula EMEA, Reino Unido, 2013. http://www.ema.europa.eu.
■ Mekinist, Bula, Novartis, São Paulo, 2019.
■ EGGERMONT, AMM; ROBERT, C. New drugs in melanoma: It´s a whole new world. EUROPEAN JOURNAL OF
CANCER 47 (2011) 2150 – 2157.
■ KALIKS, RA. Avanços em oncologia para não oncologistas. Einstein, 2016; 14(2) 294-9.
■ MOUAWAD, R. et al. Treatment for metastatic malignant melanoma: Old drugs and new strategies. Criticals Reviews in On-
cology/Hematology 74 (2010), 27 – 39.
■ Yervoy. Bula. BMS, São Paulo, 2016.
■ Opdivo. Bula. BMS, São Paulo, 2017.
■ Keytruda. Bula. MSD, São Paulo, 2018.

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 15


O QUE HÁ DE NOVO POR: CINTHIA SCATENA GAMA
EM FARMACOVIGILÂNCIA? COLABORAÇÃO: GABRIELA PESTANA DINIZ E GLEYCE DE LIMA

Hospitais, clínicas e serviços de saúde macovigilância (GFARM) da Anvisa com Upp-


Desde dezembro, profissionais da saúde con- sala Monitoring Centre (UMC) e fornece apoio
tam com o novo sistema de notificação da Agência ao desenvolvimento de sistemas de farmacovigi-
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – o lância em diversos países associados ao programa
VigiMed, que é restrito para eventos adversos (ANVISA, 2018a).
relacionados ao uso de medicamentos e vacinas Prática de registro de Eventos Adversos
(ANVISA, 2018a).
O VigiMed é a versão adaptada para o Brasil Todas as notificações de eventos adversos do
do sistema VigiFlow, oferecido pela Organização VigiMed no Brasil serão cadastradas automati-
Mundial da Saúde (OMS) aos centros nacionais camente no banco de dados nacional para depois
de farmacovigilância dos países-membros do Pro- serem enviadas ao banco mundial da OMS, res-
grama Internacional de Monitoramento de Medi- peitando as determinações da Lei 13.709/2018,
camentos (PIMM) (ANVISA, 2018b). que dispõe sobre a proteção de dados pessoais.
Importante ressaltar que o NOTIVISA será As notificações são mantidas sob sigilo e só po-
exclusivo para recebimento, registro e proces- dem ser acessadas pela Anvisa e pelas Vigilâncias
samento das notificações de incidentes, eventos Sanitárias estaduais e municipais, além do próprio
adversos e queixas técnicas associadas ao uso de notificante.
outros produtos e serviços sob vigilância sanitária Juntamente com os relatos de eventos adversos
(ANVISA, 2018a). de mais de 120 países, as notificações do Brasil
contribuirão para o monitoramento da segurança
Sistema VigiMed de medicamentos em nível mundial. Entre as van-
A implantação do VigiMed na ANVISA é con- tagens do novo sistema estão a maior estabilidade,
sequência da parceria firmada da Gerência de Far- a captura simples e rápida de informações e a dis-
16 janeiro | março 2019 SOBRAFONews
ponibilização de funcionalidades mais modernas lhões de relatos de casos individuais de segurança
para avaliação das notificações pela farmacovigi- submetidos por mais de 120 países, permitindo o
lância (ANVISA, 2018a). monitoramento de medicamentos em nível mun-
dial (ANVISA, 2018b).
Vantagens do VigiMed
Trata-se de uma ferramenta para melhorar a Indústria Farmacêutica
farmacovigilância no Brasil, por este motivo elen-
camos as vantagens desse novo sistema: ICH - International Conference on
» Melhorar o processo de envio de notificações Harmonisation of Technical
pelos usuários e o recebimento das informações Requirements for Registration
pela Anvisa; of Pharmaceuticals for Human Use
» Facilitar o envio de informações nacionais para Em 2016, a ANVISA foi aceita como membro
o UMC; do ICH - International Conference on Harmonisa-
» Facilitar a geração de informações para tomada tion of Technical Requirements for Registration of
de decisões; Pharmaceuticals for Human Use - grupo formado
» Unificar as bases de dados de notificação de por autoridades regulatórias e associações de in-
farmacovigilância de todo o Brasil (ANVISA, dústrias farmacêuticas que discute aspectos téc-
2018b). nicos e científicos para registro de medicamentos.
O ICH é responsável pela elaboração de diversos
Futuro
guias de boas práticas relacionados a aspectos de
Após cadastradas no sistema, as notificações qualidade, segurança, eficácia de medicamen-
são analisadas de acordo com a gravidade, o risco tos, além de demais assuntos multidisciplinares,
associado ao evento adverso, a previsibilidade e a entre eles dicionário de terminologia médica
relação causal entre o evento e o medicamento uti- MedDRA e o sistema de submissão de registro
lizado. O recebimento das notificações pode faci- eletrônico (CTD).
litar a abertura de um processo de investigação do Como país membro, a legislação brasileira
medicamento e, como consequência, podem ser sobre medicamentos precisa aderir às melhores
tomadas as seguintes medidas: práticas internacionais e por consequência passa
» Comunicação do risco sanitário, através da ela- a exigir em território nacional padrões de registro
boração e da divulgação de alertas e informes; e manutenção de medicamentos mundialmente
» Alteração na bula do medicamento; aceitos.
» Restrição de uso ou de comercialização; Um dos temas diretamente impactados pela
» Interdição de lotes; adesão da Anvisa ao ICH foi Farmacovigilância
» Cancelamento do registro. (ANVISA, 2016).
Em alguns casos, talvez seja necessário aguar-
dar outras notificações sobre o evento para obter Consultas Públicas
informações mais consistentes para a tomada de Dez anos depois da publicação do regulamento
uma ação (ANVISA, 2018a). de farmacovigilância aplicável aos detentores de
Os dados enviados pelo Brasil e diversos países registro no Brasil (RDC 04/2009), os critérios de
ajudam a compor a base de dados mundial deno- monitoramento de segurança para as indústrias
minada VigiBase, composta por mais de 16 mi- farmacêuticas tornam-se mais rigorosos e o com-

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 17


promisso da ANVISA às questões de farmacovi- Qualidade das Notificações
gilância são crescentes. Apesar de todo aprimoramento e amadureci-
As melhorias dos regulamentos locais em far- mento do cenário regulatório brasileiro, as empre-
macovigilância representava uma necessidade sas farmacêuticas continuam a lidar com velhos
eminente depois de tantos anos de prática. problemas: sensibilização de profissionais de saú-
Em 2018, foram publicadas duas consultas de para maior participação no processo de moni-
públicas (CP 551 e 552) contendo propostas para toramento de segurança, em especial no que tange
cumprimento dos guias de farmacovigilância ao reporte de eventos adversos; baixa qualidade
ICH. As empresas farmacêuticas, representadas das informações sobre a reação adversa recebida
por entidades e associações tiveram contribuição (dados incompletos ou inconsistentes) (RIBEI-
ativa nas sugestões do novo regulamento e aguar- RO et al, 2017); além dos novos desafios que en-
dam ansiosas pela publicação do novo marco volvem mídias sociais e o compartilhamento de
regulatório previsto para meados de 2019 (BRA- informações nem sempre confiáveis sobre a segu-
SIL, 2018a) (BRASIL, 2018b). rança de medicamentos (fake news); possibilidades
VigiMed para a Indústria Farmacêutica de novos recursos tecnológicos como inteligência
artificial e machine-learning na operacionalização
A liberação ao módulo de notificação para em- do processo de monitoramento de segurança dos
presas detentoras de registro, também prevista fármacos.
para 2019, possibilitará ao setor regulado maior Mesmo diante desses fatores, nota-se que o
agilidade ao processo de submissão de relatos in- Sistema de Notificação Espontânea, ou também
dividuais, padronização de informações a serem chamado de farmacovigilância passiva, continua
avaliadas pela Anvisa, otimização da análise e fa- sendo um método eficaz de detecção de sinais de
cilidade ao processo de tomada de decisão sobre o novos alertas em termos de segurança (PRICE,
perfil de segurança dos medicamentos (ANVISA, 2018).
2018c).

18 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Educação em Farmacovigilância » Gerenciar uma RAM;
É necessária mais educação no âmbito do co- » Reportar uma RAM (VAN EEKEREN, 2018).
nhecimento sobre reações adversas, para que pos- Nesse contexto, a indústria farmacêutica
sa existir a cultura em farmacovigilância. não ocupa espaço unicamente em questões re-
Por esse motivo, a OMS trabalha com uma gulatórias, mas deve contribuir com programas
proposta de curriculum base para ensino nas educacionais em farmacovigilância uma vez
universidades que traz cinco elementos chaves que é também parte interessada na criação de
que são traduzidos em conhecimentos, habili- ambientes favoráveis que estimulem a notifi-
dades e atitudes para que o futuro profissional cação de eventos adversos, por meio da coleta
de saúde possa contribuir no âmbito da farma- completa dos dados que contribuem para uma
covigilância: análise assertiva de temporalidade, causalida-
» Entender a importância da farmacovigilância de, fatores associados e que, de fato resultem
no contexto da farmacoterapia; em novos achados de segurança que possam ser
» Prevenir a reação adversa a medicamento evitados ou minimizados aos pacientes. Sendo
(RAM); o paciente a figura central de todo processo
» Reconhecer uma RAM; de monitoramento de segurança. K

Referência Bibliográfica

■ ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Inovação. Eventos adversos: Anvisa lançará VigiMed
em dezembro. 2018a. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/> Acessado em 11 mar. 2019
■ ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Boletim de Farmacovigilância. Volume 5. 2018b. Dis-
ponível em < http://portal.anvisa.gov.br/documents/> Acessado em 11 mar. 2019
■ ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Anvisa é novo membro do ICH. 2016. Disponí-
vel em: <https:// http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/com-o-inicio-da-reforma-
do-ich-a/219201?inheritRedirect=false> Acesso em: 14 de março de 2019.
■ BRASIL. CONSULTA PÚBLICA Nº 551, DE 3 DE SETEMBRO DE 2018. CONSULTA PÚBLICA Nº 551, DE 3 DE
SETEMBRO DE 2018. Brasília. DOU Diário oficial da União. Publicado no DOU de 05 de setembro de 2018a.
■ BRASIL. CONSULTA PÚBLICA Nº 552, DE 3 DE SETEMBRO DE 2018. CONSULTA PÚBLICA Nº 551, DE 3 DE
SETEMBRO DE 2018. Brasília. DOU Diário oficial da União. Publicado no DOU de 05 de setembro de 2018b.
■ ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. VigiMed: notificação fácil de eventos adversos. 2018c.
Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/noticias/> Acesso em: 14 de março de 2019.
■ RIBEIRO, A. et al. Filling quality of the reports of adverse drug reactions received at the Pharmacovigilance Centre of São
Paulo (Brazil): missing information hinders the analysis of suspected associations. Expert Opinion on Drug Safety. v.16, n.12,
1329-1334, 2017.
■ PRICE, J. Pharmacovigilance in crisis: drug safety at a crossroads. Clinical Therapeutics. v.40, n.5, p.790-797, 2018.
■ VAN EEKEREN, R. et al. What future healthcare professionals need to know about pharmacovigilance: Introduction of the
WHO PV core curriculum for university teaching with focus on clinical aspects. Drug Safety. v.41, n.11, p.1003-1011, 2018.

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 19


ATIVIDADES DA DIRETORIA E
EVENTOS DA SOCIEDADE

PLANEJAMENTO 2019/2020

Nos dias 15 e 16 de março de 2019 a Di- com países da américa latina). Participa-
retoria da SOBRAFO realizou sua reunião ção da SOBRAFO em eventos nacionais.
de planejamento 2019/2020, onde diver- Foram tratados ainda, assuntos referentes
sos assuntos foram abordados na pauta. aos aspectos financeiros, tais como susten-
Destacamos a organização dos Seminá- tabilidade na era do “complience” e outras
rios regionais que acontecerão nas cidades formas de adesão de novos associados e es-
de Curitiba, Campo Grande, São Paulo e tudantes de farmácia. Outro ponto impor-
Maceió. Foi discutido também o processo tante foi com relação ao título de especia-
de aproximação e ampliação da SOBRA- lista da SOBRAFO, onde novas estratégias
FO LATAM (parceria de conhecimentos estão sendo adotadas

20 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Eu sou eu vou
A Vice-Presidente Executiva da Sobrafo, por câncer na sua própria vida, na das pessoas à
Elaine Lazzaroni, e o Diretor Técnico-Científi- sua volta e no mundo.
co Mario Jorge Sobreira, participaram no dia 04 No evento foi apresentado o estudo intitu-
de fevereiro de 2019 da solenidade referente ao lado “Compreendendo a sobrevivência ao cân-
Dia Mundial do Câncer (World Cancer Day) cer na América Latina: os casos do Brasil”, que
no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Cria- buscou compreender experiências e identificar
da pela União Internacional para o Controle do necessidades de sobreviventes de quatro tipos
Câncer (UICC), com o apoio da Organização de câncer: mama, colo do útero, próstata e leu-
Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial do cemia linfoblástica aguda (LLA), a fim de sub-
Câncer é uma campanha de utilidade pública sidiar a formulação de políticas públicas para os
que em 2019 tem o slogan Eu Sou E Eu Vou pacientes sobreviventes após o término do tra-
como um apelo a cada pessoa a tomar atitudes tamento.
no presente que venham a causar impactos fu- No final do evento foi lançada a plataforma
turos na redução da incidência e da mortalidade digital da Revista Brasileira de Cancerologia.

Mario Jorge
(Diretor de Desenvolvimento Técni-
co e Científico da SOBRAFO),
Elaine Lazzaroni
(Vice presidente executiva da SOBRAFO) e
Maely Retto
(Presidente da SBRAFH)

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Disponível em: https://www.inca.gov.br/noticias/uniao-internacional-para-o-controle-do-cancer-convoca-para-mobilizacao-pelo-controle-da

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 21


EVENTOS

Tudo sobre congressos, seminários, simpósios e encontros do mundo da oncologia.

Nacional

NEXT FRONTIERS TO CURE CANCER

INFORMAÇÕES
Data: de 16/05/2019 a 18/05/2019
Local: WCity São Paulo
Site: http://nextfrontiers.com.br/

IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE HEMATOLOGIA ONCOLOGIA D´Or

INFORMAÇÕES
Data: de 18/05/2019
Local: Grand Mercure Brasília Eixo Monumental
Site: http://www.oncologiador.com.br/portal/evento/iv-simposio-internacional-de-
hematologia-oncologia-dor/

CONGRESSO DE FARMÁCIA HOSPITALAR - XII BRASILEIRO E VIII SUL-AMERICANO


PROGRAMAÇÃO DO SIMPÓSIO NO CONGRESSO DA SBRAFH 2019
III SIMPÓSIO SOBRAFO - SERVIÇOS FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA

Aspectos Práticos Gestão da Linha de Cuidado do Câncer de Mama


Palestrante: Pablício Nobre Gonçalves /BA
Desabastecimento de Medicamentos em Oncologia: Desafios para prática clínica
Palestrante: Elaine Lazzaroni Moraes/RJ
Acompanhamento Clínico de Pacientes em Quimioterapia Oral
Palestrante: Álvaro Nobre Machado/BA
Atualização no Tratamento do Câncer de Pulmão
Palestrante: Mario Jorge Sobreira da Silva/RJ
Atualização no Tratamento do Câncer Colorretal
Palestrante: Ney Moura Lemos Pereira/RN
Atualização no tratamento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC)
Palestrante: Mayde Seadi Torriani/RS
Imunoterapia em Oncogeriatria
Palestrante: Annemeri Livinalli/SP

INFORMAÇÕES
Data: de 23/05/2019 a 25/05/2019
Local: Fortaleza - CE
Site: http://www.sbrafh.org.br/congresso2019/?gclid=Cj0KCQjw-tXlBRDWARIsAGYQAmfqm-
9nuPtAyfWgR4HGkXulFkn5Y36G2nfZ7Vb8eW4dQEiHOLZOz3wIaAveJEALw_wcB

22 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


VI CONGRESSO DA LIGA CONTRA O CÂNCER
Oncogenética e Inteligência Artificial na Saúde
I Jornada de Imagem
V Jornada de Odontologia

INFORMAÇÕES
Data: de 09/05/2019 a 11/05/2019
Local: Sen. Dinarte Medeiros Mariz - Ponta Negra - Natal - RN
Site: http://www.congressodaliga.com.br/minicursos.php

GANEPÃO 2019

INFORMAÇÕES
Data: de 11/06/2019 a 14/06/2019
Local: Centro de Convenções Rebouças - SP
Site: https://www.ganepao.com.br/congresso/2019/

Internacional

CONGRESSO DA ASCO 2019

INFORMAÇÕES
Data: de 31/05/2019 a 04/06/2019
Local: Chicago, IL
Site: https://meetings.asco.org/am/attend-meeting

janeiro | março 2019 SOBRAFONews 23


Radar do Farmacêutico em Oncologia

24 janeiro | março 2019 SOBRAFONews


Radar do Farmacêutico em Oncologia
PROGRAME-SE E FAÇA SUA INSCRIÇÃO COM ANTECEDÊNCIA!
PROGRAME-SE E FAÇA SUA INSCRIÇÃO COM ANTECEDÊNCIA!

*PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIOS
*PROGRAMAÇÃO REGIONAIS
SEMINÁRIOS 2019
REGIONAIS 2019 | CURITIBA
| CURITIBA – PR – PR

Sala 1 | Gestão, Logística e Manipulação Sala 2 | Inovações Terapêuticas e Atividades Clínicas


Sala 1 | Gestão, Logística e Manipulação Sala 2 | Inovações Terapêuticas e Atividades Clínicas
07h00 PROGRAME-SE E FAÇA SUA INSCRIÇÃO07h00
COM

ANTECEDÊNCIA!
• Credenciamento Credenciamento
09h00 09h00
*PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIOS REGIONAIS 2019 | CURITIBA – PR
07h00 07h00
09h00
• Farmacovigilância em oncologia:
Credenciamento o que sabemos é suficiente?Credenciamento
• •
09h00 09h00
09h50
09h00 Sala 1 | Gestão,
Manipulação seguraLogística e Manipulação
de medicamentos oncológicos Sala 2 | Inovações
PALESTRANTE : ANA CeLAUDIA
Terapêuticas VASCONCELOS
Atividades Clínicas

10h40
PALESTRANTE: MARCELLE JACOMELLI RAMOS
07h00
• Credenciamento
07h00
• 09h00
09h50 Farmacovigilância
Fundamentos,
Credenciamento
em oncologia:
oportunidades e realidade dos
09h00 09h00 •
• medicamentos biossimilares em oncologia
10h40
09h50
o que sabemos
PALESTRANTE: MAELY
é suficiente?
PEÇANHA FÁVERO RETTO
09h00 Manipulação segura de medicamentos oncológicos 09h00

PALESTRANTE
Farmacovigilância em oncologia: : ANA CLAUDIA VASCONCELOS
• 10h40 09h50 10h40o que sabemos é suficiente?
• Manipulação segura de medicamentos oncológicos • PALESTRANTE: ANA CLAUDIA VASCONCELOS
10h40 Intervalo Intervalo
PALESTRANTE: MARCELLE
09h00
11h00 • JACOMELLI RAMOS 11h00
10h40
PALESTRANTE: MARCELLE JACOMELLI RAMOS
09h50 09h50 Fundamentos,
Fundamentos, oportunidades
oportunidades e realidade dos e realidade dos
• medicamentos biossimilares em oncologia
11h00 Como realizar análises farmacoeconômicas •
10h40 11h00
10h40
• PALESTRANTE : Mno
medicamentos biossimilares
Otimização da imunoterapia em oncologia: em oncologia
AELY PEÇANHA FÁVERO RETTO

em oncologia? foco manejo de toxicidade
12h00
PALESTRANTE: ALICE BUSS CRUZ RIBEIRO
12h00
PALESTRANTE
PALESTRANTE :M
AELY
: JEFFERSON SILVA EÇANHA
MARTINS P FÁVERO RETTO
10h40 10h40
• •
11h00 Intervalo 11h00 Intervalo
12h00 12h00
10h40 •
Almoço 10h40

Almoço
13h30 13h30
• Como realizar análises farmacoeconômicas • Otimização da imunoterapia em oncologia:
11h00 Intervalo
11h00

em oncologia?
11h00

11h00
foco no manejo de toxicidade Intervalo
12h00 12h00
PALESTRANTE: ALICE BUSS CRUZ RIBEIRO PALESTRANTE: JEFFERSON SILVA MARTINS
13h30 Gestão de processos em oncologia: o que o farmacêu- 13h30 Terapias alvo-moleculares:
• •
14h20
tico precisa saber?
12h00 12h00 14h20
progressos e perspectivas futuras
PALESTRANTE: LARISSA FEITOSA CARVALHO : RAFAEL
OtimizaçãoDUARTE PAES
da imunoterapia em oncologia:
• •
PALESTRANTEAlmoço
11h00 Como realizar análises farmacoeconômicas
13h30 Almoço 13h30
11h00

em oncologia? • foco no manejo de toxicidade
12h00 Gestão de processos em oncologia: o que o farmacêu- 12h00
PALESTRANTE: ALICE
14h20

13h30
Logística de medicamentos especiais em oncologia:
B14h20
USS CRUZ • RIBEIRO
tico precisa saber?
quais os cuidados necessários?
13h30

14h20
Terapias alvo-moleculares:
14h20

Cuidados farmacêuticos
progressos ePALESTRANTE
perspectivas futuras
soluções e desafios
:
JEFFERSON SILVA
em oncologia: MARTINS
15h10 PALESTRANTE: LARISSA FEITOSA CARVALHO 15h10PALESTRANTE: RAFAEL DUARTE PAES
PALESTRANTE: LAURA ALEGRIA MARTINS PALESTRANTE: PAOLA RIBEIRO TAVARES
12h00 15h10 14h20 Logística de medicamentos especiais em oncologia: 12h00
14h20 15h10Cuidados farmacêuticos em oncologia:
• • quais os cuidados necessários? •
•• soluções e desafios
13h30

15h30 Almoço
15h10 Intervalo
PALESTRANTE: LAURA ALEGRIA MARTINS
15h10
13h30 Intervalo
15h30PALESTRANTE: PAOLA RIBEIRO TAVARES Almoço

15h10 15h10
15h30 •Contribuições dos estudos
15h30
com dados de vida
Intervalo

15h30
15h30 Medicina de precisão em oncologia:
Intervalo

13h30 Gestão de processos


16h20

em
realoncologia: o que
para o tratamento o farmacêu-
do câncer 13h30

16h20
aplicações práticas
Terapias alvo-moleculares:
• PALESTRANTE: LUCAS OKUMURA • PALESTRANTE: DOUGLAS RIBEIRO COUTINHO COSTA
14h20
tico precisa saber? 15h30 Contribuições dos estudos com dados de vida 15h30 Medicina de progressos
14h20 e perspectivas futuras
precisão em oncologia:
• real para o tratamento do câncer •
aplicações práticas
PALESTRANTE: LARISSA F
16h20
CARVALHO
EITOSAPALESTRANTE : LUCAS OKUMURA
16h20
PALESTRANTE: PALESTRANTE : RAFAEL
DOUGLAS RIBEIRO COUTINHO COSTA DUARTE PAES
16h20 Prevenção e análise de erros de medicação 16h20 Gerenciamento de sintomas em cuidados paliativos:
• • contribuições do farmacêutico
17h10
em oncologia 17h10
PrevençãoLVARO
16h20PALESTRANTE :Á
e análiseOBRE N
de erros M
de medicação
ACHADO 16h20 Gerenciamento
PALESTRANTE : ANDREZZA
de sintomas VIVIANY
em cuidados LOURENÇO
paliativos: MARQUES
• • contribuições do farmacêutico
em oncologia
14h20 Logística de medicamentos
17h10
especiais
PALESTRANTE : ÁLVARO em
NOBREoncologia:
MACHADO
17h10
14h20 Cuidados
PALESTRANTE: A NDREZZA VIVIANY farmacêuticos
LOURENÇO MARQUES em oncologia:
• quais os cuidados necessários? Sala 2 | Simpósios Satélites

soluções e desafios
15h10 15h10
Sala 2 | Simpósios Satélites
PALESTRANTE: LAURA ALEGRIA MARTINS PALESTRANTE: PAOLA RIBEIRO TAVARES
07h50 12h00 17h20
• 07h50 •
12h00 17h20 •
08h50 • 13h00
• • 18h20
15h10 08h50 13h00 15h10 18h20

• •
15h30 Intervalo **Programação sujeita a alteração sem prévio.
15h30 aviso prévio. Intervalo
Programação sujeita a alteração sem aviso

15h30 Contribuições dos estudos com dados de vida 15h30 Medicina de precisão em oncologia:
VALORES PARA INSCRIÇÃO
H S OTEL HERATON
• real para o tratamento do câncer •
VALORES aplicações
PARA práticas
para umINSCRIÇÃO
H S OTEL HERATON

16h20 HOTEL 16h20


( Valores considerados apenas evento)
PALESTRANTE: LUCAS OKUMURA DEVILLE PRIME
HOTEL apenas: para
PALESTRANTE
( Valores considerados DOUGLAS RIBEIRO
um evento) COUTINHO COSTA
DEVILLE PRIME
Categoria Valor da Inscrição
Categoria
Profissional não Sócio1 Valor da Inscrição
R$ 150,00
Estudante denãoGraduação 2
R$ 75,00
16h20 Prevenção e análise de erros de medicação Profi ssional
Profissional Sócio Ativo
Sócio1 16h20 Gerenciamento de sintomas
Isento (1 seminário)
emR$ cuidados
150,00 paliativos:

em oncologia Estudante de Graduação 2 • contribuições do farmacêutico R$ 75,00
17h10 Profissional Sócio Inativo 17h10 R$ 150,00
Profi
Provassional Sócio Ativo 3 PALESTRANTE: ANDREZZA R$ Isento (1 seminário)
VIVIANY LOURENÇO MARQUES
PALESTRANTE: ÁLVARO NOBRE MACHADO de Título de Especialista 500,00
H T
Profi ssional Sócio Inativo
A confirmação de pagamento da inscrição dará ao participante o direito a ser sócio ativo SOBRAFO pelo período de 01 (hum) ano.
OTEL IVOLI
1
R$ 150,00
M
Prova
OFARREJ
de Título de Especialista 3
Obrigatório o envio do comprovante de matrícula no ato da inscrição, caso contrário o participante terá que pagar a diferença para liberação
2 R$ 500,00
do seu acesso.
HOTEL TIVOLI
*Prova de Título de
MOFARREJ
farmacêutico especialista
HOTEL RITZ
LAGOA DA ANTA
1

2
Sala
3
2 de| pagamento
A confirmação Simpósios Satélites
da inscrição dará ao participante o direito a ser sócio ativo SOBRAFO pelo período de 01 (hum) ano.
Confira o edital da prova de Título de Especialista no site. (Em breve!)
Obrigatório o envio do comprovante de matrícula no ato da inscrição, caso contrário o participante terá que pagar a diferença para liberação
em oncologia
Mais
do seuinformações
acesso. ou inscrições: www.sobrafo.org.br/seminarios2019/
HOTEL RITZ
*Prova de Título de LAGOA DA ANTA
3
Confira o edital da prova de Título de Especialista no site. (Em breve!)
07h50 farmacêutico especialista 12h00 17h20
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