Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PSICOLOGIA
Paola Cordaro
São Roque – SP
23 de Maio de 2019
_____________________________
título de Psicólogo
Banca Examinadora
_____________________________
1) Introdução ............................................................................................. 5
2) Objetivo ................................................................................................. 6
3) Método ................................................................................................... 7
4) Introdução ao Terceiro Setor .............................................................. 8
5) Crepop.................................................................................................. 12
6) Pesquisa ............................................................................................... 13
7) Conclusão ............................................................................................ 16
8) Considerações Finais........................................................................... 17
9) Anexos ................................................................................................. 18
10) Bibliografia ......................................................................................... 19
Introdução
Esse trabalho tem como objetivo informar o que é o Terceiro Setor e demonstrar a
atuação do psicólogo no terceiro setor.
Método
A pesquisa de campo envolveu a realização de entrevistas com dois Psicólogos, escolhidos por
desenvolver trabalhos práticos ao Terceiro Setor. No corpo do texto os mesmos estão sendo
identificados como Berigo e Jesus.
Vamos demonstrar o que é o Terceiro setor, um significado construído a partir da história entre
o homem sociedade e meios de produção. No Brasil essas instituições dão suporte a diversas
ações de acolhimento e sustentabilidade aos desvalidos.
O homem percebeu que viver em grupos era melhor, para a sua sobrevivência e a de todos,
formando assim a essência do termo sociedade, com o tempo foram feitas algumas adaptações
surgindo, tribos, feudos, reinos e o Estado.
O Papel do Estado que era fazer a gestão social da população, ao deixar de realizar sua
obrigação com políticas públicas, transfere a sociedade parte da responsabilidade do Estado. A
sociedade tem identidade única é formada de comportamentos e normas de condutas que
facilitam a vida em comum nas questões legais e morais, que são os valores sociais impostos
ao psicológico do homem. A sociedade capitalista ou neoliberalista implantam valores
deturpados não condizentes com a realidade social, formando a percepção negativa do mundo
e como consequência, a sociedade passou a ver o Estado como aproveitadores que elegem seus
habitantes ao fracasso e que as suas políticas sociais não alcançam a população, surgindo assim
o Terceiro Setor.
O terceiro setor no Brasil começou ainda no século XVI, com a fundação da casa de
Misericórdia de Santos no ano de 1543. Desde a sua criação até os dias de hoje, a instituição
presta apoio assistencial e hospitalar, sendo assim a primeira referência histórica de uma
entidade no terceiro setor no Brasil.
O terceiro setor é formado por associações e entidades sem fins lucrativos, o termo de origem,
é americano THIRD SECTOR muitos utilizado nos Estados Unidos, e o Brasil utiliza a mesma
classificação. A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro. O
primeiro é formado pelo governo, o segundo setor é formado pelas empresas privadas
(mercado), e o terceiro são as associações sem fins lucrativos. O terceiro setor contribui para
chegar a locais onde o estado não consegue chegar, fazendo ações solidarias, portanto possui
um papel fundamental na sociedade. O terceiro setor é considerado hoje ao lado do Estado e do
setor privado um importante veículo na sociedade moderna.
Na década de 90 é que essas organizações passaram a ser conceituadas e mensuradas como um
setor especifico da economia, revelando sua importância tanto econômica como social, certos
de este cenário está cada vez mais presente nas entidades, em serviço dedicado ao público.
O programa Gestão nota 10 trabalha com dados técnicos fornecidos pela Secretaria Estadual de
Educação, como: desempenho dos alunos, números de alunos matriculados, número de evasão
escolar, repetência por serie, relação de professores ativos na escola e a equipe administrativa.
Com esses dados o IAS (Instituto Airton Sena) solicita a escola que estabeleça metas para
diminuir a evasão e repetência escolar. O sistema e abastecido por meio de formulários
preenchidos pelas equipes escolar. O IAS outorga-se ao direito de fiscalizar o andamento do
projeto com auditorias verificando o comprimento de metas.
Esse novo modelo de gestão da educação, parceria entre público/privado, mostra que depende
da eficiência do sistema público de ensino em estimular a produtividade na escola, a falta de
produtividade esta alicerçada nos padrões de qualidade, determinados pelo mercado, daí surge
então a necessidade da justificativa de trazer a simbologia da eficiência do setor privado a
educação pública.
Nesse novo modelo a gestão burocrática passa a ser substituída, por uma gestão empreendedora
de ação e estimuladora de parcerias com o “terceiro setor”
A articulação entre saberes profissionais nas ONGs, é necessária para que o processo educativo
aconteça de forma favorável e significativa, tendo em vista seus objetivos e finalidades
diferentes, de acordo com as necessidades do público alvo (GOHN, 2010). Esta tarefa caminha
exatamente no campo da Pedagogia, ao estabelecer diretrizes à prática educativa de forma
produtiva, intencional, sistemática de acordo com as determinações da sociedade (LIBÂNEO,
2008). Projetos sociais englobam em seu território de atuação uma diversidade de
profissionais, entre eles, o pedagogo. Alguns desses profissionais atuam em associações regidas
por normas, regras e recebem salário fixo como em qualquer outra empresa, enquanto que
outros profissionais atuam como voluntários. Estes em muitos casos exercem um trabalho
paralelo, e não disponibilizam de muito tempo para estarem participando das reuniões
pedagógicas, onde o profissional com formação específica em Pedagogia desenvolve projetos,
organiza os temas que serão trabalhados, seleciona o material didático e orienta os educadores
sobre as metodologias que favorecem a aprendizagem. As ONGs apresentam-se como espaços
favoráveis para o pedagogo promover a educação não formal, pois, possui maior flexibilidade
em relação há tempos, espaços, métodos e conteúdos (COLLARES,2009; LIBÂNEO, 2008).
Podemos afirmar de forma superficial que a psicologia cresceu vinculada com o capitalismo e
o consumo, servindo de suporte científico das ideologias dominantes. O trabalho do psicólogo
deve apontar para as transformações sociais, mudança de condições de vida, essa função não
pode mais ser interpretada como um trabalho de intervenção individual e sim com intervenção
social posicionada.
O papel do psicólogo no contexto social deve ser bem definido como em qualquer outra de
atuação para Sanches Vital (2007), o papel do psicólogo é o coração da intervenção psicossocial
(que combina serviços de psicologia clínica com psicologia social), devendo estar sempre
aliado a ética, participação e a multidisciplinaridade. O papel desempenhado, define-se como
uma constelação integrada que o psicólogo assume em respostas as exigências ou demandas
repetidas advindas dos coletivos e das situações que enfrenta na sua pratica cotidiana.
Na verdade, em qualquer área que se abre para atuação profissional da psicologia, é preciso
uma avaliação dos seus saberes e fazeres, de modo que se possa falar em um efetivo
compromisso social da profissão. Jamais o psicólogo deve estar envolvido em um projeto de
uma forma superficial, pois desta forma estará tomando medidas paliativas.
No entanto não é o psicólogo que vai mudar o mundo, mas evidentemente uma ação
comprometida e contextualizada ira emancipar o sujeito podendo iniciar transformações.
Crepop
A psicologia vem construindo um terreno fértil junto ao trabalho social, buscando formar redes
de apoio, de fortalecimento das redes comunitárias, bem como construir vínculos sociais, de
acordo com Sarriera (2011), torna-se relevante diante do cenário individual. Portanto afirma-se
que a presença do psicólogo nas Políticas Públicas da Assistência Social, em vista que o
conhecimento trazido pelos profissionais da psicologia reflete o compromisso acerca da defesa
dos direitos sociais.
Jesus, meu trabalho dentro da casa está voltado ao bem-estar de todas as crianças, não faço
terapia com os internos devido ao relacionamento intenso que eu tenho com cada uma das
crianças, faço atendimento aos familiares, funcionários, voluntários, eventualmente uma
intervenção com as crianças. Trabalho junto com a Assistente Social, buscando também sanear
o básico como saúde, oportunidades de cursos, encaminhamento para o mercado de trabalho e
principalmente preparando o menor para enfrentar a vida quando completar 18 anos e tiver que
deixar a instituição.
Berigo: Meu papel na instituição é auxiliar no processo de adoção e no retorno das crianças
para a família de origem. Primeiro tentamos fazer o retorno para família de origem, se não é
possível, tentamos encaminhar para parentes próximos e se não é possível nenhum parente
próximo, a criança é encaminhada para adoção. Meu trabalho basicamente é auxiliar nesses
processos, eu me reporto para Juíza da Vara da Infância e ela que determina quando a guarda
da criança será entregue a um parente ou não. Auxilio as crianças em suas necessidades, oriento
os funcionários sobre como atende-las, realizo palestras para funcionários e brincadeiras
recreativas.
Jesus: Nossos maiores desafios e dificuldades nesta instituição, estão voltados para a questão
financeira e apoio das políticas sociais. Falta recursos como transporte e encaminhamentos das
crianças para serem atendidas por outros serviços públicos (saúde, educação). Rebemos uma
pequena verba pública, porem a mais relevante vem de doações, que em algumas vezes não são
o suficiente para suprir todas as necessidades de entidade
Berigo: São vários os desafios e dificuldades. Por ser uma instituição filantrópica, nos
enfrentamos os mesmos problemas que qualquer outra instituição do mesmo setor, ou seja,
problemas financeiros e de falta de apoio de outros setores, que realizam as políticas públicas.
Dependemos de doações e as vezes de favores de terceiros. Paralelo as estas questões, existe a
questão emocional, pois lidamos com vidas, sendo quase impossível o não envolvimento
emocional. Muitas vezes sabemos o que seria melhor par as crianças e criamos expectavas sobre
o desfecho das situações, porem temos protocolos a seguir e hierarquia a respeitar, as soluções
do sistema muitas vezes vem contrataria a esperada, deixando em nos um sentimento de
frustação e impotência diante dos fatos que mexem com vida de pessoas.
Após a coleta de dados realizadas por pesquisa de campo e bibliográfica a equipe observou que
grande parte da população não tem o conhecimento do que é o Terceiro o segundo e o primeiro
setor e sua responsabilidade social.
Observamos que o Terceiro Setor sobrevive de doações: igrejas, empresas privadas e que uma
pequena parcela da arrecadação dos recursos, vêm do estado. Sabemos que esses recursos
normalmente, são insuficientes para suprir as necessidades dessas instituições que representam
o terceiro setor. Uma parte dos recursos financeiros provem de ações beneficentes e voluntários.
O Terceiro setor no Brasil teve cenários ora de avanços e ora de retrocessos, relacionados a
políticas públicas.
Verificamos que a função do psicólogo, no terceiro setor está vinculado ao um trabalho social.
Em parceria com a assistente social da instituição o psicólogo atua em uma dinâmica criando
um elo entre criança, família e estado. Sua realização profissional, está diretamente relacionada
a ações sociais que remetem a sensações de gratificação, e que o reconhecimento profissional
vem de pequenas conquistas
Considerações finais
E no final da pesquisa fica a impressão que o terceiro setor e de insumo importância para a
sociedade, principalmente para as classes menos favorecidas, pois sem essas instituições, e a
contribuição do psicólogo uma parcela da população ficaria desamparada.
Anexo I
Nome da Instituição: Lar Criança Escola Agrícola, localizada na cidade de Cotia-SP, foi
fundada em 1990, por um grupo de voluntário da Igreja Batista, hoje está com 17 crianças
internas entre 3 meses a 17 anos de vida, que tiveram violado o direito de conviver com os seus
parentes de ou responsável, por que eram expostos a maus tratos e abusos e hoje estão sobre o
poder do Estado. A instituição não tem fins lucrativos, seus recursos vêm de doções de empresas
privadas, igrejas, voluntários e uma pequena parcela é subsidiada pelo Estado.
Silva, R.; Neto, J,; Moura, R. Áreas prioritárias para a atuação da pedagogia social no brasil.
In: Silva, R,; Neto, J.; Moura, R. (orgs). Pedagogia Social. São Paulo.
categoria docente? Olhar do Professor, vol. 9, nº 002, UFPG, Brasil, PP. 391-407, 2006.
CERONI, Mary Rosane. O perfil do pedagogo para atuação em espaços não escolares. In. 1.
COLLARES, Solange. Novos espaços para a educação formal e atuação do pedagogo. III
FRANCO, Maria Amélia do Rosário Santoro. Pedagogia como ciência da educação. 2ª ed.
São Paulo: Cortez, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GOHN, Maria Glória. Movimentos Sociais e Educação. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Ensaio: aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar., 2006.
__________. Educação não formal na pedagogia social. An. 1. Congr. Intern. Pedagogia
2010.
10099
__________. Educação não formal, Novo associativismo e Terceiro Setor no Brasil. 2008.
10 abr. 2011.
Paulo, mar. de 2010. Disponível em: <http://www.abong.org.br>. Acesso em: 10/04/ 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? 10 ed. São Paulo: Cortez, 2008.
nova era econômica, política e social. An. 1. Congr. Intern. Pedagogia social, Mar. 2006.
SILVA, Laura Andréia de Souza Prado. O Pedagogo em espaços não escolares. XI Encontro
SILVA, R.; NETO, J.; MOURA, R. Áreas prioritárias para a atuação da pedagogia social no
Brasil. In: SILVA, R.; NETO, J.; MOURA, R. (orgs). Pedagogia Social. São Paulo:
(http://portal.crppr.org.br/noticia/especial-temas-da-psicologia-psicologia-na-assistencia-
social)
(Https://instagram/conselhofederaldepsicologia)
(https://twitter.com/cfp_psicologia)
(https://www.facebook.com/conselherofederaldepsicologia)
(https://www.youtube.com/user/confederalpsicologia)