A Escola dos Annales foi um movimento historiográfico surgido na França, durante
a primeira metade do século XX. Em 1929, surgiu na França uma revista intitulada Annales d’Histoire Économique et Sociale, fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch. Ao longo da década de 1930, a revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica identificada como Escola dos Annales. A proposta inicial do periódico era se livrar de uma visão positivista da escrita da História que havia dominado o final do século XIX e início do XX. Sob esta visão, a História era relatada como uma crônica de acontecimentos, o novo modelo pretendia em substituir as visões breves anteriores por análises de processos de longa duração com a finalidade de permitir maior e melhor compreensão das civilizações das “mentalidades”. O novo movimento historiográfico foi muito impactante e renovador, colocando em questionamento a historiografia tradicional e apresentando novos e ricos elementos para o conhecimento das sociedades. Apresentava uma História bem mais vasta do que a que era praticada até então, apresentando todos os aspectos possíveis da vida humana ligada à análise das estruturas. A Escola dos Annales deixou sua marca bem notável da historiografia desde então e continua existindo até hoje. Desde seu surgimento, passou por quatro fases e teve grandes nomes como representantes de cada uma. A primeira delas, a fase de fundação, é identificada por seus criadores Marc Bloch e Lucien Febvre. A segunda fase, já em torno de 1950, é caracterizada pela direção e marcante produção de Fernand Braudel. A partir da terceira geração a Escola dos Annales passou a receber uma identificação mais plural, na qual destacaram-se vários pesquisadores como Jacques Le Goff e Pierre Nora. A quarta geração da Escola dos Annales é referente a um período que se inicia em 1989, neste momento há um desenvolvimento notório da História Cultural e os grandes nomes que a representam são, por exemplo, Georges Duby e Jacques Revel. CONCLUSÃO
A Escola de Annales surgiu na França, sua atividade começou em 1929, fundada
por Lucien Febvre e Marc Bloch. A Escola ampliou e renovou o quadro das pesquisas históricas ao abrir o campo da História para o estudo de atividades humanas que eram pouco investigadas. A primeira geração da escola dos Annales inaugurou no campo historiográfico o conceito de história-problema. A partir de múltiplas abordagens no campo social, os Annales vão estabelecer uma renovação historiográfica. Na segunda geração, Braudel foi importante para a inovação no conceito de tempo e da geo-história. A influência de Ranke é percebida de forma negativa, a história produzida sob sua percepção é vista por Braudel como uma história sem contexto. A terceira geração foi composta por diversos historiadores que afirmam que os interesses de Bloch e Febvre com a revista era construir uma nova história de esfera internacional. Na última geração (1989) o membro que mais tem destaque é Bernard Lepetit.
ETEC de Francico Morato
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