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Figura 6 – Esnge de Gizé/Esnge de Khufu, localizada no mesmo complexo das três pirâmides, em Mêns

Essas construções, para nós, não devem simbolizar somente a beleza e despertar
admiração, mas sua grandiosidade deve ser interpretada como o auge da potên-
cia do poder faraônico. Se os faraós tinham poder econômico para custear as
construções gigantescas e bancar a mão de obra para as construções é porque
as cheias do Nilo e as práticas econômicas iam muito bem.
O Reino Antigo é nalizado com o Primeiro Período Intermediário. O poder
faraônico entra em instabilidade, pois há descentralização do poder central, isto
é, diferente da divisão entre o Vale e o Delta, que a época Dinástica Primitiva
enfrentou. Neste momento, os administradores de cada nomo, os vizíres, assumi-
ram o poder local e passaram a agir como reis em cada unidade administrativa,
assim, o reino conhece um curto período de fragmentação política.
Somado ao enfraquecimento da autoridade do faraó e à autonomia dos vizí-
res, no Primeiro Período Intermediário houve insuciência das cheias do Nilo,
o que signicou um período de fome para grande parte da população. Cardoso
(1984a) menciona que houve até mesmo a prática de canibalismo. A instabili-
dade interna, fez com que o Egito casse vulnerável às invasões estrangeiras,
assim, esse período de crise também foi demarcado pela invasão dos povos do
Oriente Próximo no Baixo Egito e a invasão dos núbios, vindos do interior do
continente africano.

As Práticas Econômicas e a Política no Egito Antigo


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A primeira fase de crise foi nalizada com a reunicação do Egito, que deu iní-
cio ao Reino Médio. O faraó que reunicou o reino outra vez era originário do sul; as
dinastias que se sucederam durante esse segmento de tempo foram da IX a XIV. A prin-
cipal característica do período foi a divisão administrativa do Egito em quatro regiões,
com o propósito de o faraó ter mais autoridade sob os vizíres e os nomos. A domina-
ção estrangeira, que ocorreu na região do Delta, não foi completamente ndada, pois
a presença dos povos asiáticos, chamados hicsos, também marcou o período.
O tempo de estabilidade mais uma vez foi interrompido e o Segundo Período
Intermediário pode ser datado. O que causou o momento de crise foi a cres-

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cente presença estrangeira instalada no reino egípcio. De acordo com Funari e
Gralha (2010), essa presença de estrangeiros provocou nova fragmentação polí-
tica, visto que três dinastias se instalaram concomitantemente: XV dinastia de
hicsos; XVI dinastia de hicsos menores; e XVII dinastia de egípcios tebanos.
Apesar dos problemas políticos decorridos do momento, não podemos dizer
que esse período intermediário foi completamente negativo. Cardoso (1984a)
arma que, mesmo tomando os devidos cuidados de análise, é possível identi-
car na civilização egípcia um percurso mais lento para avanços tecnológicos
quando comparados aos povos do Oriente Próximo Antigo. Com a instituição
de dinastias de origem estrangeira, o Egito se abriu às inovações que os povos
do Oriente Próximo podiam oferecer.
Mais uma vez, um faraó egípcio vindo do Vale conseguiu retomar o poder e
reunicar politicamente o reino. Temos o início do Reino Novo, que correspondeu
XVIII a XX dinastias – as mais famosas do Egito, visto que Nefertiti, Akhenaton,
Tutancâmon e muitos dos reis com o nome de “Ramsés” governaram nesse período.
Documentalmente, essa fase é uma das mais iluminadas do período faraônico e, con-
sequentemente, é o que mais dispomos de informações. O momento comportou uma
tentativa de imperialismo egípcio, o que demonstra o grande poder militar da região.
De acordo com Hornung (1994), para a realeza, o momento foi marcado pelos
casamentos consanguíneos. Havia a crença de que os faraós eram divinos, lhos
dos deuses ou seus protegidos, e essa característica divina era hereditária, isto é,
não só o pai era responsável por dar continuidade ao sangue sacro, mas a mãe era
a grande responsável por dar vida aos herdeiros divinizados. No entanto, as mulhe-
res não caram com o papel de progenitoras exclusivas, pois muitas delas foram

O EGITO ANTIGO
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expressivas na política, sendo rainhas consortes ou assumindo o papel de faraó.


O período ainda foi marcado pela criação do Vale dos Reis, local em que os
faraós do Reino Novo foram sepultados, localizado em Tebas. Além dos hipo-
geus (tumbas subterrâneas escavadas em rochas), que protegiam os corpos dos
soberanos, ainda há uma construção religiosa grandiosa e que nos rende mui-
tas informações sobre o Egito: o Templo de Lúxor.
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No Reino Novo, é conhecida a gura da rainha faraó Hatshepsut, uma princesa


legítima que se casou com o faraó Djehutimés II. No entanto, seu matrimônio
não gerou herdeiros masculinos e, após a morte de seu marido, o herdeiro do
trono foi um lho muito jovem de uma esposa secundária. Diante do impedi-
mento pela idade do novo faraó, Hatshepsut assumiu o governo egípcio e se
tornou a nova faraó mulher do Egito. Seu governo durou cerca de vinte anos
e só se ndou com sua morte, por causas naturais. Vale destacar que ela não
foi a única e nem a primeira faraó mulher, mas a mais conhecida devido seu
hipogeu ter resistido ao tempo, pois os documentos nos permitem conhecer
outras rainhas-faraó, como: Nefrusobek, da 12.ª dinastia; Tausret, da 20.ª dinas-
tia; e Nictóris, de dinastia desconhecida.
Fonte: adaptado de Hornung (1994).

A última dinastia do período não era


da linhagem real, isto é, herdeiros dos
casamentos incestuosos, mas eram con-
siderados protegidos do deus sol Rá. Os
diversos faraós que se sucederam no
poder eram chamados de Ramsés.
O poder faraônico mais uma vez
se enfraqueceu e se fragmentou. Como
resultado, houve o Terceiro Período
Intermediário, correspondente XXI e
XXIV dinastias. Neste período, muitos
faraós governaram paralelamente e, além
disso, eram estrangeiros líbios e núbios. Figura 7 – Templo de Lúxor

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Aproximadamente, em 712 a.C., um faraó núbio, Shabaka, conseguiu reu-


nicar o Egito e, assim, teve início a Época Tardia. Todavia, os acontecimentos
políticos do período anterior haviam modicado a essência faraônica, o que
resultou em um Egito com bom funcionamento econômico e religioso, mas
não havia mais grandiosidade do poder do faraó. Nesse momento, os egípcios
guerrearam com os assírios e, posteriormente, foram dominados pelo Império
Aquemênida. Houve breve período de independência, mas, no ano 332 a.C.,
Alexandre, o magno, anexa o Egito ao Império Macedônico.

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Cleópatra VII Philopator, personagem muito explorada pela mídia como uma
gura bela e sedutora, não foi contemporânea ao poder faraônico descrito
nesta unidade. Ela pertenceu à dinastia dos Ptolomeus, que sucederam os ma-
cedônicos, de origem helena e que coexistiram aos romanos. Não há fontes
sucientes que atestem sua beleza e sedução, o que sabemos é que foi a últi-
ma governante egípcia apresentada como uma faraó.
Fonte: a autora.

Dinastias egípcias

Caro(a) aluno(a), até o momento falamos da divisão política de forma abstrata e


pouco aprofundamos sobre cada dinastia. A seguir, há uma lista com os nomes
de cada faraó e de cada dinastia. O objetivo de apresentarmos não é para que
você a decore, mas para que tenha em mãos uma lista conável para eventuais
consultas, a m de localizar-se no tempo e no espaço.
A cronologia a seguir foi baseada na lista real do sacerdote egípcio Manethon,
contemporâneo do período romano.

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Quadro 2 – Relação cronológica da realeza egípcia


Rei Scórpion II DINASTIA
Hotepsekhemui
I DINASTIA Nebré
Nârmer (Menés) Nineter (Neterimu)
Época Pré-Tinita e Aha Uneg
Tinita Djer Senedj
(3000-2780 a.C.) Uadj Peribsen
Den-Udimu Khasekhem
Adjib Khasekhemui
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Semerkehet
Ka

III DINASTIA (2778-2723 a.C.) V DINASTIA (2563-2423 a.C.)


Neterierkhet-Djeser Userkaf
Sekhemkhet Sahuré
Sanakt (Nebka) Neferirkaké-Kakay
Khaba Shepseskaré
Neferka Neferefré
Hu (Huny) Niuserré-iny
Menkauhor-Adauhor
Reino Antigo
IV DINASTIA Dedkaré-Isesy
(2780-2400 a.C.,
Sneferu Unas
aproximadamente)
Quéops
Didufry VI DINASTIA (2423-2300 a.C., aproxi-
Quéfren madamente)

Miquerinos Teti

Shepseskaf Usirkaré
Mariré-Pepi I
Meriré-Antiemsaf
Neferkaré-Pepi II

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FIM DA VI DINASTIA X DINASTIA (Heracleopolitana: 2130-


Pepi II (m de seu reinado) 2070 a.C.)

Merenré II Neferkaré (2130-2120 a.C.)

Nitóris Kheti III (2120-2070 a.C.)


Merikaré (2070-2050 a.C.)

VII DINASTIA (ctícia)


XI DINASTIA (TEBANA: 2100-2000
Primeiro Período a.C.)
Intermediário VIII DINASTIA (?-2220 a.C.)
Antef I (2130-2120 a.C.)
Dinastia muito mal conhecida: impossível
fornecer a lista dos reis. Antef II (2120-2070 a.C.)

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Antef III (2070-2065 a.C.)

IX DINASTIA (Heracleopolitana: 2222-


2130 a.C.) (a X e a XI dinastias são paralelas na
Kheti I (2222-2180 a.C.) vigência inicial da segunda)

Vários reis desconhecidos (2180-2130 a.C.)


FIM DA XI DINASTIA (2065-2000 a.C.)
Mentuotep I (2065-2015 a.C.)
Mentuotep II (2015-2010 a.C.)
Mentuotep III (2007-2000 a.C.)

XII DINASTIA (2000-1785 a.C.)


Reino Médio
Amenemés I (2000-1970)
(2065-1785 a.C.,
Sesóstris I (1970-1936 a.C.)
aproximadamente)
Amenemés II (1938-1904 a.C.)
Sesóstris II (1906-1888 a.C.)
Sesóstris III
Amenemés III (1850-1800 a.C.)
Amenemés IV (18000-1792 a.C.)
Sebekneferuré (1792-1785 a.C.)

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XIII DINASTIA (1785-1680 a.C.) XV E XVI DINASTIAS (HICSOS: 1730-


Khutaui Amenemés Sebekhotep I 1580 a.C.)

Sean khtaui Sekhemkaré Chian

Khutaui Penten Apopi I

Amenemés Senbuf Apopi II

Ameny Antef Amenemés Aasehré


Segundo Período Aakenenré-Apopi III
Khutauiré Ugaf
Intermediário
Neneferibré-Sesóstris
(1785-1580 a.C.)
Seguem 27 reis, entre os quais muitos XVII DINASTIA (1680-1580 a.C.)
Khendjer, Neferhotep, Sebkhotep e Quinze reis, usando frequentemente
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Didumés; a lista termina com o reinado de o nome de Antef ou Sebekemsaf; a


Nehesy. dinastia termina com os reinados de
A ordem dos reis da XIII e da XIV dinastias SekeneuréTaá e Kamés.
é bastante incerta, muitos certamente
tiveram reinados paralelos.
XVIII DINASTIA (1580-1314 a.C.) XIX DINASTIA (1314-1200)
Ahmés (1580-1558 a.C.) Ramsés I (1314-1200 a.C.)
Amenós I (1557-1530 a.C.) Sethi I (1312-1298 a.C.)
Thutmés I (1530-1520 a.C.) Ramsés II (1301-1235 a.C.)
Thutmés II (1520-1505 a.C.) Meneptah
Hatshepsut (1505-1484 a.C.) Amenmés
Reino Novo
Thutmés III (1504-1450 a.C.) Meneptah-Siptah (1219-1210 a.C.)
(1580-1200 a.C.)
Amenós II (1450-1425 a.C.) Sethi II
Thutmés IV (1425?-1408) Ramsés-Siptah
Amenós III (1408-1372 a.C.) Iarsu
Amenós IV – Akhenaton (1372-1354 a.C.)
Semenkaré
Tutankhamon/ Ay/ Horemheb (1354-1314)
XX DINASTIA (1200-1085)
Sethnakht (1220-1198 a.C.)
Decadência Ramsés III (1198-1166 a.C.)
Ramsés IV/Ramsés V/Ramsés VI/Ramsés VII/Ramsés VIII/Ramsés IX/Ramsés X/Ramsés XI
(1166-1085 a.C.)

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XXI DINASTIA (1085-950 a.C.) XXIV DINASTIA (730-715 a.C.)


Smendés/Herthor (1085-1054 a.C.) Tefnakht (730-720 a.C.)
Psusenes I/Pinezem (1054-1009 a.C.) Bokenranet (720-715 a.C.)
Amenós (1009-1000 a.C.)
Siamon (1000-984 a.C.) XXV DINASTIA (Etíope: 751-656 a.C.)
Psusenes II (984-950 a.C.) Piankhy (751-716 a.C.)
Chabaka (710-701 a.C.)
XXII DINASTIA (950-730 a.C.) Chabataka (701-689 a.C.)
Chechanq I (950-929 a.C.) Taharka (689-663 a.C.)
Osorkon I (929-833 a.C.) Tanutamon (663-656 a.C.)

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Período Inferior Taklot I (893-870 a.C.)
(1085-332 a.C.) Osorkon II (870-847 a.C.) *As XXII, XXIII, XXIV e XV dinastias são
Chechanq II (847-823 a.C.) parcialmente paralelas. As datas da XXIII
são bem próximas.
Chechanq III (823-722 a.C.)
Pamy (772-767 a.C.)
XXVI DINASTIA (Saíta: 663-525 a.C.)
Chechanq IV (767-730 a.C.)
Psammetik I (663-609 a.C.)
Necau (609-594 a.C.)
XIII DINASTIA (817?-730 a.C.)
Psammetik II (594-588 a.C.)
Pedubast (817?-763 a.C.)
Ápries (588-568 a.C.)
Cheqchanq IV (763-757 a.C.)
Amásis (568-526 a.C.)
Osorkon III (757-748 a.C.)
Psammetik III (526-525 a.C.)
Takelot III/Amonrud/Osorkon IV (748-730 a.C.)
XXVII DINASTIA (525-404 a.C.) XXIX DINASTIA (398-378 a.C.)
Cambises (525-522 a.C.) Neférites I (398-392 a.C.)
Dário I (522-485 a.C.) Ácoris I (398-380 a.C.)
Xerxes (485-464 a.C.) Psamuthis (380-379 a.C.)
Primeira Dominação
Artaxerxes (464-424 a.C.) Neférites II (379-378 a.C.)
Persa
Dário II (424-404 a.C.)
XXX DINASTIA (378-341 a.C.)
XXVIII DINASTIA Nectânabe I (378-360 a.C.)
Amirteu (404-398 a.C.) Teôs (361-359 a.C.)
Nectânabe II (359-341 a.C.)

Segunda Domina- Artaxerxes III Okhos (341-338 a.C.)


ção Persa (341-333 Arsés (338-335 a.C.)
a.C.) Dário III Codomanos (335-333 a.C.)

Conquista de Ale- _
xandre (332 a.C.)

Fonte: adaptado de Vercoutter (1980).

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SOCIEDADE EGÍPCIA: ORGANIZAÇÃO PIRAMIDAL

Caro(a) aluno(a), apesar de o Egito Antigo ser um dos reinos unicados mais
longínquos de nosso tempo que se há conhecimento, as luzes sobre seu funcio-
namento são muito recentes, visto que datam de 1822, quando Jean François
Champollion conseguiu nalizar a tradução dos hieróglifos. Até a decifração da
escrita egípcia, todo o conhecimento que tínhamos sobre este reino era prove-
niente de fontes indiretas, ou seja, de autores gregos e romanos.

A Egiptologia, isto é, a ciência que estuda o Egito Antigo, foi fundada em 22 de setembro
de 1822, visto que esta data foi marcada pela divulgação da decifração dos hieróglifos.
Esta escrita se encontrava adormecida desde o período da Antiguidade Tardia, mas sua
utilização se iniciou com a unicação dos dois reinos egípcios em, aproximadamente,
3500 a.C.
Foi Jean François Champollion quem encabeçou o empreendimento da tradução dos
hieróglifos. Sua fonte de trabalho foi a Pedra de Rosetta, encontrada pela missão
cientíca que Napoleão Bonaparte levou ao Egito; tal estela continha a mesma inscri-
ção em três formas distintas: grego, demótico e hieróglifo, e foi a partir da compara-
ção dos ideogramas hieroglícos com o grego que foi possível a decifração desse tip
o de escrita egípcia. O demótico é a forma mais simples dos hieroglícos e foi usada mais
cotidianamente no Egito; sua tradução se deu por Thomas Young, em 1829.
Fonte: adaptado de Bakos (2008).

Sociedade Egípcia: Organização Piramidal


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Outra questão importante a ser apresentada é que, apesar de o Egito estar locali-
zado no continente africano, não temos fontes que nos permitem denir qual a
etnia da população. Cardoso (1984a) aponta que alguns pesquisadores dizem que
a população era de brancos vindos dos desertos; outros que foram negros vindos
do interior da África; e outros, ainda, que possuíam etnia semelhante à popu-
lação do Oriente Próximo. No entanto, é provável que dicilmente consigamos
ndar essa discussão, o que signica que devemos focar no fato de a sociedade
egípcia ter sido muito complexa, independentemente da etnia de sua população.
Podemos armar, então, que tanto a fontes de origem egípcia quanto as

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estrangeiras nos legaram muitas informações sobre a sociedade egípcia, dentre
as quais que o Egito era “um formigueiro humano”. No período de dominação
romana, estima-se que a população atingia sete milhões de habitantes. Todavia,
é preciso deixar claro que os números para a antiguidade não são possíveis de
serem provados nem ao menos são conáveis, e apresento esta estatística para
iluminar seu conhecimento a respeito dos dados da população.
De acordo com Funari e Gralha (2010), o que sabemos com clareza é que a
sociedade egípcia pode ser representada de forma piramidal:

Figura 8 – Sociedade piramidal egípcia


Fonte: a autora.

O EGITO ANTIGO

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