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EEMTI PROF.

CLODOALDO PINTO – CAMPANHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA E COMBATE AO RACISMO - 2022

7 PERSONALIDADES NEGRAS QUE INSPIRARAM


A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA
(Fonte: https://tecnoblog.net/especiais/7-personalidades-negras-que-inspiraram-a-ciencia-e-a-tecnologia/)

1 – Jaqueline Goes de Jesus


Dra. Jaqueline Goes de Jesus (Imagem: Reprodução/ Instagram)

Podemos começar com Jaqueline


Goes de Jesus, a biomédica e
pesquisadora baiana de 31 anos, que
fez parte da equipe responsável por
mapear o sequenciamento do primeiro
genoma do coronavírus em apenas 48
horas após a confirmação do primeiro
caso no país.

O trabalho desenvolvido pela equipe


foi importante para mostrar a diferença
do vírus detectado no Brasil em
relação ao identificado em Wuhan, na
China.

Jaqueline recebeu vários prêmios,


sendo homenageada em diversas ocasiões pelo trabalho desenvolvido na luta contra o
coronavírus.

Ela ainda integra o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genoma e
Epidemiologia de Arbovírus, um projeto de monitoração de epidemias com o objetivo de dar
respostas em tempo real.
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A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA
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2 – Jerry Lawson
Jerry Lawson (Imagem: Reprodução)

Para quem curte games, Jerry


Lawson é uma pessoa que deve ser
lembrada. Lawson foi um dos
primeiros negros a trabalhar no Vale
do Silício e na indústria dos games,
nos anos de 1970.

Ele foi responsável pelos primeiros


modelos de jogos em cartuchos, que
foram tão importantes nos
videogames. Antes da criação de
Lawson, uma máquina de games só
tinha capacidade de rodar um jogo, que não poderia ser trocado.

Lawson era engenheiro eletrônico e trabalhou na Fairchild Semiconductor, onde criou o console
Fairchild Channel F, o primeiro console a utilizar cartuchos que poderiam ser substituídos, lançado
em 1976.

O aparelho tinha inovações interessantes como um microprocessador dedicado que permitia a


programação de uma inteligência artificial. Dessa forma, não era obrigatório ter outra pessoa para
conseguir jogar. Além disso, o Fairchild Channel F contava com uma função “Hold”, que permitia
parar os jogos. Algo semelhante ao “Pause” que conhecemos hoje em dia.

Parte de sua história pode ser conferida na série documental GDLK, disponível na Netflix.
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3 – William Kamkwamba
William Kamkwamba (Imagem: Myles
Pettengill/Divulgação)

William Kamkwamba é engenheiro e


inventor, formado pela Universidade de
Dartmouth, nos Estados Unidos, mas sua
vida nunca foi fácil.

Sua história começa no Malawi, no


povoado de Wimbe, um lugar pobre que
sofria com uma seca severa. Em 2002 sua
família não tinha como pagar seus
estudos e William teve que abandonar a escola aos 14 anos.

Mesmo sem condições de ir à escola, William continuou frequentando a biblioteca de um povoado


vizinho, onde estudou física e aprendeu como os motores funcionam. Com muito estudo ele
conseguiu compreender e desenvolver uma turbina eólica que, aliada a um moinho feito com
materiais encontrados em ferros velhos, conseguiu gerar energia para irrigar a plantação de sua
família.

A história ficou famosa em 2006, quando publicada pelo jornal The Daily Times. Em 2013, ele
entrou para lista da Forbes como uma das pessoas com menos de 30 anos que estão mudando o
mundo.

É possível que você tenha visto a história de William, pois ela é representada no filme “O Menino
que Descobriu o Vento”, lançado pela Netflix em 2019, inspirado no livro de mesmo nome.

Essa história mostra o poder transformador da educação. Atualmente, William é um empreendedor


que divide seu tempo entre os Estados Unidos e o Malawi.

Kamkwamba também coordena um projeto chamado The Moving Windmills, que tem objetivo de
desenvolver projetos de perfuração de poços artesianos, instalar bombas movidas a energia solar,
renovar escolas e ajudar no desenvolvimento de Kusungu, sua cidade no Malawi.
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4 – Dorothy Vaughan
Dorothy Vaughan viveu até os 98 anos (Imagem: Reprodução)

Foi bacharel em ciências pela


Universidade de Wilberforce,
quando se mudou para a cidade
de Farmville, na Virginia, para
trabalhar como professora de
matemática.

Em 1941, o governo norte-


americano criou a Ordem 8802.
Essa medida proibia
discriminação racial, religiosa e
étnica. Isso permitiu que
pessoas negras e de outras
etnias tivessem mais
oportunidades de trabalho. É
importante lembrar que, neste
período, os Estados Unidos
viviam um período de muita
segregação racial.

Assim, em 1943, Dorothy começou a trabalhar na National Advisory Committee for Aeronautics (NACA), que
no futuro se tornaria a NASA.

Os americanos estavam em plena corrida espacial contra os soviéticos. Por isso, era necessário muita gente
para dar conta da demanda de processamento de dados referentes às missões espaciais. Sim, muitos
cálculos eram feitos à mão, contando apenas com as capacidades humanas. Era o processamento de dados
no modo hard.

Mesmo enfrentando muito preconceito, como o fato de funcionários negros serem obrigados a usarem
banheiros e refeitórios separados, Dorothy e sua equipe composta por mulheres negras realizaram um
trabalho incrível que teve que ser reconhecido.

Em 1958, quando a agência se transformou em NASA, os cálculos começaram a ser feitos por
computadores, Dorothy aprendeu a programar na linguagem Fortran e posteriormente se tornou uma
especialista. Dorothy sempre compartilhou seu conhecimento com a equipe e lutou por tratamentos
igualitários na agência.

Essas atitudes geraram oportunidades para outras mulheres negras trabalharem em uma área dominada
por homens brancos até então.

Dorothy continuou em seu cargo até se aposentar em 1971. Sua história e também a de Katherine Johnson
e Mary Jackson pode ser vista no filme Estrelas Além do Tempo. Na obra, a atriz Octavia Spencer assume
o papel de Dorothy Vaughan.

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5 – Enedina Alves Marques


Enedina Alves Marques (Imagem: Fundação
Palmares)

Enedina Alves Marques foi a primeira


mulher negra a se formar como
engenheira no Brasil. Enedina era de
família humilde e durante a infância teve
seus estudos pagos pelo Major Domingos
Nascimento Sobrinho, para que ela
acompanhasse sua filha.

Enedina se formou, trabalhou como


professora até ingressar na Universidade
do Paraná em 1940, em uma turma
composta por homens brancos.

Ela dividia seu tempo trabalhando como


professora de matemática enquanto
estudava, concluiu seu curso de
engenharia em 1945, tornando-se a
primeira mulher a se formar como
engenheira no Paraná e a primeira mulher
negra a se formar como engenheira no Brasil.

Enedina trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná. Fez parte de projetos
importantes como o desenvolvimento do Plano Hidrelétrico do Paraná, tendo como maior destaque o projeto
da usina Capivari-Cachoeira, atualmente conhecida como Usina Parigot de Souza.

Enedina teve uma carreira sólida, viajou pelo mundo, foi reconhecida como uma grande engenheira. Se
aposentou em 1962 e faleceu em 1981.

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6 – Patricia Bath

Patricia Bath (Imagem: Reprodução)

Patricia Bath foi a primeira cirurgiã negra da Universidade da Califórnia. Patricia nasceu no bairro do Harlem,
em Nova York e ainda adolescente conseguiu uma bolsa pela Fundação Nacional da Ciência (National Science
Foundation).

Apesar de enfrentar o racismo e o preconceito por ser mulher, em 1983, ela ajudou a fundar o programa de
residência em oftalmologia da Universidade da Califórnia, sendo nomeada como presidente — a primeira
mulher nos Estados Unidos a ocupar tal cargo.

Durante os anos de 1980, Patricia participou de pesquisas sobre o uso do laser para tratamentos na
oftalmologia. Em 1988, ela desenvolveu a patente da “Laserphaco Probe” um tipo de cirurgia de catarata
menos dolorosa que utiliza laser e recuperou a visão de pacientes cegos há décadas.

Patricia criou outras cinco patentes até se aposentar em 1993, mas continuou a rodar o mundo participando de
palestras visando orientar estudantes de medicina interessados em ciência e tecnologia.

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7 – Mark Dean

Mark Dean
(Imagem: Reprodução)

Mark Dean é cientista da computação, engenheiro e inventor. Em 1979, pouco tempo após se
graduar em engenharia elétrica na Universidade do Tennessee, Dean foi contratado pela IBM e
com seu colega Dennis Moeller, foi responsável pela criação do barramento ISA, que veio a se
tornar o padrão da indústria de computadores na época.

Essa criação permitiu que computadores fossem conectados diretamente a dispositivos externos
como impressoras e monitores de forma simples.

Dean também liderou a equipe responsável pelo design do primeiro computador pessoal da IBM, o
que também lhe garantiu três das nove patentes do aparelho.

Em 1996, ele foi o primeiro afro-americano a se tornar sócio da IBM e em 1999, promoveu um
avanço importante, quando Dean e sua equipe desenvolveram o primeiro chip capaz de operar
gigahertz.

A inovação possibilitou que computadores pudessem processar bilhões de cálculos por segundo,
permitindo o processamento de informações de forma muito mais rápida, quebrando barreiras
consideradas impensáveis por fabricantes e engenheiros.

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