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Orquestra Sinfônica da Unicamp | Coro Contemporâneo de Campinas | Ocupação Lírica de Teatro Itinerante

as
bodas
de
fígaro Wolfgang Amadeus Mozart
Opera buffa em quatro atos (KV 492)

as
Libreto de Lorenzo da Ponte, baseado na peça
La Folle journêe ou Le mariage de Figaro,
de Pierre-Augustin Caron Beaumarchais
(1784, Paris)

Ópera Estúdio UNICAMP


Direção artística: Angelo José Fernandes

bod
Ocupação Lírica de Teatro Itinerante
Direção artística: Felipe Venâncio

Coro Contemporâneo de Campinas


Maestro titular: Angelo José Fernandes
Maestro e maestrina preparadores:
Leandro Cavini e Luíza Freitas

Orquestra Sinfônica da UNICAMP


Maestrina Titular: Cinthia Aliretti

Direção artística
Angelo José Fernandes

Direção musical
Cinthia Aliretti

fíga
Direção cênica e cenografia
Felipe Venâncio

Assistente de direção cênica


Gabriel Pangonis

Figurinos, Adereços e Visagismo


Laura Françozo, Malonna e Graziele Garbuio

Iluminador e cenógrafo associado


Presto Kowask
Personagens e intérpretes

Susanna, noiva de Figaro


Katherine Vitória, soprano
Luíza Campagnolo, soprano
Marília Carvalho, soprano

Figaro
Luis Felipe Sousa, baixo

das
Conde de Almaviva
Daniel Luiz, barítono
Condessa de Almaviva
Juliana Kreling, soprano
Rafaela Duria, soprano

Cherubino, pajem do Conde


Karen Santos, soprano

de
Marcellina, governanta de Bartolo
Érica Moreira, soprano

Bartolo, médico de Sevilha


Weverton Silva, barítono

aro
Basílio, professor de música
Clóvis Português, tenor

Don Curzio, juiz


Sérgio Cardonha, tenor

Antonio, jardineiro do Conde


André Hernandes, barítono

Barbarina, filha de Antonio


Karine Franklin, mezzosoprano
Acesse nossas redes para
mais informações. Thaís Costalonga, soprano
As Bodas
de Fígaro:
W
olfgang Amadeus Mozart (1756- tural, sem sucumbir à complexidade.
1791) é, dentre os compositores Le Nozze di Figaro foi composta
não brasileiros, o mais presente em cerca de seis semanas, tendo estreado no
na atividade da Classe de Canto e do Ópera Burgtheater de Viena em 1º de maio de 1786.
Estúdio da UNICAMP. Sua obra conjuga es- A ópera dá início a uma colaboração fecunda
pontaneidade, leveza, melancolia e ânimo, entre o compositor e o libretista Lorenzo Da
fato que a configura, entre cantores líricos Ponte que gerou ainda os destacados títulos
em formação, um terreno fértil e adequado Don Giovanni e Cosi fan tutte. No caso de
de aprendizado técnico e expressivo. “As Bodas de Fígaro”, o libreto de Da Ponte
Com Haydn e Beethoven, Mozart for- tem inúmeros méritos, especialmente o fato
ma a tríade do Classicismo Vienense, intervalo de ter atenuado o caráter politicamente explo-
de meio século que, embora curto, se constitui sivo do drama original de Beaumarchais, via-
um tempo fecundo que serve para mediar seus bilizando assim a produção da obra no teatro
polos, o Barroco e o Romantismo. Segundo imperial. Na verdade, o aspecto político da
muitos musicólogos, Mozart foi um compo- trama pode ser percebido constantemente ao
sitor cosmopolita e prolífico, desenvolvendo longo da trama e relaciona-se, frequentemen-
sua atividade em vários dos mais importantes te, à dissimulação a que Susanna e Figaro são
centros musicais da Europa, criando obras em obrigados a recorrer para resistir à ação despó-
praticamente todos os gêneros utilizados na tica do Conde. O motivo de suas ações camu-
época e destacando-se em todos por sua genia- fladas, entretanto, é o desequilíbrio primitivo
lidade e excelência. Suas óperas representam de forças que torna a astúcia inevitável, e não
um ideal que grande parte dos compositores uma falta da coragem da franqueza.
que o antecederam procuraram consolidar: Ao longo dos quatro atos, em meio
sintetizar música e drama de maneira na- a desencontros, confusões equivocadas e dis-
aaaa Foto por Kyle Head via Unsplash.

uma pequena
introdução

farces, o ambiente é pré-nupcial, dando ritmo


e garantindo o espírito da ópera. O Conde Al-
maviva não considera o noivado de Figaro e
Susanna, seus empregados, um obstáculo à sua
intenção de seduzir Susanna. Pelo meio da ópe-
ra, Susanna e a Condessa arquitetam um plano
para desmascarar o Conde: Susanna escreve
um bilhete ao Conde propondo um encontro
secreto. A ideia é que no encontro compareça
Cherubino disfarçado de mulher, e não Susan-
na. No Ato IV, no meio da confusão que se esta-
belece, Figaro engana-se e considera-se traído.
Por fim, no entanto, os fatos se esclarecem e o
Conde, perante sua comunidade, diante da qual
é constrangido a conservar as aparências, não
tem outra alternativa senão a de desculpar.
Segundo João Pedro Cachopo, “a mais
bela das óperas revolta-se contra o elitismo dos
que veem no universo da ópera o seu feudo. Ne-
nhuma arte é de jure de apenas alguns. Nem a que
historicamente serviu, de fato, tão poucos”.

Angelo J. Fernandes,
direção geral
As Bodas
de Fígaro:
N
essas linhas deveriam ser encontra- para conseguir sobreviver fui obrigado a usar
das belas palavras sobre o processo mais ciência e mais cálculo do que os usados
criativo que resultou no espetáculo para o governo de todas as Espanhas nos
que vocês assistem dentro de poucos instantes, últimos cem anos…
mas este diretor que vos fala prefere dar voz Como eu gostaria de pegar um des-
a Beumarchais, dramaturgo francês cuja ses poderosos de ocasião, que pouco ligam
obra inspirou o libretista Lorenzo da Ponte para o mal que fazem, na hora em que uma
a escrever uma ópera homônima à sua obra boa desgraça tivesse dobrado o seu orgulho!
“Um Dia Muito Louco ou As bodas de Fígaro”. Eu ia dizer a ele… que as bobagens impres-
Deixo abaixo um trecho da cena 3 do quinto sas só tem importância nos lugares onde
ato da peça, um monólogo na qual Figaro con- proíbem a sua circulação, que, sem a liberda-
ta um pouco de sua história, trechos que não de de acusar, nenhum elogio vale; e que só os
foram transpostos para a ópera por medo da homens pequenos têm medo dos pequenos
censura. escritos. (Senta-se). 
“Ah, não, senhor conde, não vai Que estranha série de aconteci-
conseguiro que quer… não vai mesmo. Só mentos! Como é que isso foi acontecer
porque é um grande fidalgo acha que é um comigo? Por que essas coisas e não outras?
grande gênio!... Nobreza, fortuna, posição, Quem fixou esse destino para mim? Forçado a
vários cargos… isso estimula a vaidade! Mas seguir pelo caminho que tomei sem saber,
o que foi que Vossa Excelência precisou fazer e como vou ter que sair dele contra a minha
para conseguir tanta coisa? Só teve o traba- vontade, espalhei por ele todas as flores que
lho de nascer, e mais nada. De resto, é um a minha alegria de viver permitiu. E digo a
homem bastante medíocre! Já eu, santo Deus! minha alegria sem saber se ela é mais minha
Perdido no meio da multidão sem nome, só que o resto, e sem saber nem mesmo o que é
Foto por Wesley Pribadi via Unsplash.

do teatro
à ópera

esse eu de que estou falando: uma reunião


sem forma de partes desconhecidas; depois
um frágil ser indefeso; um pequeno animal
desmiolado; um jovem ardente nos prazeres,
que aprendeu a gostar de tudo que é bom e a
fazer qualquer serviço para sobreviver: aqui,
patrão; alí, criado, conforme queira o desti-
no; ambicioso por vaidade, trabalhador por
necessidade; mas preguiçoso… com delí-
cia! Orador em caso de perigo, poeta por
desfastio, músico de ocasião e apaixo-
nado aos borbotões, eu vi tudo, fiz tudo,
experimentei tudo. Depois, a ilusão se desfez,
e, experimente demais… Experiente!... Ouço
passos… alguém está vindo. Chegou o momen-
to da decisão. (Recua para perto da primeira
coxia à sua direita.)”

Felipe Venâncio,
direção cênica
As Bodas
de Fígaro:
A
no de 2022, um ano marcado pelo dos imbróglios de um casamento que está
“diminuendo” da pandemia da CO- prestes a acontecer e de um outro já em ple-
VID-19 e pela contínua potencia- na navegação, a ópera mostra os encaixes e
lização das vozes individuais no ambiente li- desencaixes da sociedade, trazidos às luzes
mitado das telas e ilimitado das redes sociais. pelos ideais da, então aguardada, Revolução
A realização de uma ópera, tal como “As Bo- Francesa, apontando para discursos que es-
das de Fígaro”, no contexto atual, nada mais cutamos com frequência hoje em dia.
é do que uma metáfora destes momentos, Contradições sociais permeiam a tra-
onde diversas vozes jovens e potentes atra- ma através dos personagens, promovendo ques-
vessam os limites dos palcos para preencher tionamentos sobre classes e gênero. Por exem-
os espaços cruzados das arquibancadas, as- plo, a amizade entre a condessa e sua dama de
sim como se dá a comunicação atual. companhia, Susanna, duas mulheres de classes
Esta obra também se distingue por diferentes, faz referência não apenas à disso-
seu curioso histórico internacional, tendo o lução da ideia de supremacia social, mostrada
texto inicial nascido nas mãos do escritor fran- no dueto onde Susanna escreve em nome da
cês Beaumarchais, sendo transformado em condessa, como também ao ideal da fraterni-
libreto pelo italiano Lorenzo da Ponte e mu- dade, apenas masculina, na maçonaria. Em
sicado por Mozart, um compositor austríaco. caráter de zombaria, Mozart também escreveu
E não podemos nos esquecer de que a trama uma ária em ritmo de minueto para o emprega-
se passa em Sevilha, na Espanha, e está sen- do Figaro, lembrando que esta era uma dança
do trazida para Campinas, no Brasil. reservada aos membros da aristocracia.
Tradição versus inovação, músi- No entanto, ainda que a ópera sugi-
ca e sociedade em constante trânsito: essa é ra fortes críticas sociais, teria sido imprová-
a ideia contida nas “Bodas de Fígaro”. Além vel que Mozart tivesse escrito uma obra com
Foto por Ton Torres CIDDIC/Unicamp.

internacionalismo
e sociedade

ideais revolucionários, já que estava conve-


nientemente envolvido com o seu público, a
aristocracia de Viena, além de fazer parte da
maçonaria. O que se sabe é que Mozart era
fascinado pelas contradições do ser humano e
pela arte da caracterização através da música, o
resto permanece apenas como entrelinhas.

Cinthia Alireti,
direção musical
ATO I ATO II

A N
história se passa no dia do casa- os aposentos da Condessa, ela
mento de Fígaro e Susanna, em- e Susanna falam da infidelida-
pregados do Conde e Condessa de dos homens quando Fíga-
de Almaviva. Fígaro mede o espaço das ro propõe um plano para desmascarar o
dependências da casa que lhes servirá de Conde. Mandam uma carta avisando-o
quarto quando se casarem. Susanna não que a Condessa iria se encontrar com um
acha o local adequado e revela que o Con- amante. Susanna marcara um encontro
de a assedia o tempo todo. O Conde tem com o Conde, mas decide mandar Cheru-
interesse em Susanna e pretende fazer va- bino vestido de mulher em seu lugar. Ela
ler o “direito so senhor”, uma prática que e Condessa vestem Cherubino quando
lhe permitiria ter a primeira noite de ca- chega o Conde e bate à porta. Susanna e
sada com a bela empregada. O velho Dr. o rapaz escondem-se. O Conde desconfia
Bartolo odeia Fígaro e com a ajuda de e tenta arrombar o armário onde imagina
Marcellina, sua governanta, deseja atra- estar o amante da Condessa. Cherubino
palhar seu casamento. Cherubino, um pa- consegue fugir e o Conde encontra ape-
jem adolescente e namorador, envolveu-se nas Susanna escondida. Entram Antônio,
com Barbarina, filha do jardineiro Antônio que encontrou as credenciais de Cherubi-
e pede a ajuda de Susanna para não ser no no jardim, perdidas enquanto ele pu-
demitido pela Condessa. Ouve-se, então, lava a janela fugindo, e Fígaro, dizendo
a voz do Conde que se aproxima e Che- que as credenciais estavam com ele, mas
rubino esconde-se rapidamente. Uma vez o Conde não acredita. Marcellina, Bartolo
em cena, Almaviva corteja Susanna, mas e Basílio entram contando que Fígaro de-
a repentina chegada do professor de mú- veria se casar com a governanta em troca
sica Basílio, interrompe seus propósitos, de uma dívida que ele tinha com ela. O ato
fazendo o Conde também se esconder. Ba- termina com essa nova confusão.
sílio faz alusão à atração que Cherubino
sente pela Condessa e o Conde, irado, se
revela e descobre que Cherubino também
estava escondido e o expulsa do palácio.
O aparecimento súbito de Fígaro quebra a
tensão e, junto com Susanna, pede perdão
de Cherubino, que é exonerado das suas
culpas a troco da sua imediata incorpo-
ração no regimento de Almaviva.
ATO III ATO IV

O D
Conde cheio de dúvidas a res- urante a festa do casamento, cria-
peito de tudo o que aconteceu, -se uma nova confusão com Su-
escuta de Susanna a promessa sanna e Condessa invertendo os
de com ele encontrar-se como vingança papéis para cumprir o convite que o Conde
contra Fígaro. Ela, na verdade, seguindo havia feito à criada. Assim, a Condessa po-
o plano, combinara com a Condessa que deria pegar o marido em flagrante. Sem sa-
esta iria em seu lugar. Marcellina, Barto- ber o plano, Fígaro está disposto a se vin-
lo e D. Curzio, encontram-se com Fígaro gar de Susanna e conta à Condessa (que,
dispostos a obrigá-lo a se casar com Mar- na verdade, é Susanna disfarçada) que
cellina, a quem supostamente prometera seu marido irá encontrar-se com a criada.
casamento. Fígaro diz que não pode se ca- Quando Fígaro descobre o disfarce de Su-
sar sem que seus pais autorizem e ele não sanna, finge pensar ainda que ela é a Con-
os conhece. Descobre-se, por causa de um dessa e a corteja para causar ciúmes em sua
sinal de nascença, que Fígaro é o filho de esposa, mas eles acabam se reconciliando.
Marcellina e Bartolo que o perderam quan- O Conde, que observava a cena pensa que
do pequeno e o abraçam comovidos. Outra a Condessa (Susanna) o está traindo com
confusão, já que Susanna vê a cena e pensa Fígaro e tenta desmascarar o casal fazendo
que seu futuro marido a está traindo, mas um escândalo. Mas, nesta hora, toda a far-
tudo é esclarecido. Entre os preparativos sa é revelada e ele acaba se surpreendendo
para o casamento, Cherubino, novamen- ao descobrir que sua esposa, a Condessa,
te vestido de mulher, é descoberto pelo já sabia das intenções dele em relação à
pai de Barbarina. Antes que seja expulso Susanna. No final, a Condessa perdoa o
pelo Conde, Barbarina pede ao nobre que marido e os equívocos são desfeitos.
perdoe o rapaz e autorize seu casamen-
to. Casam-se Fígaro e Susanna. Durante
a cerimônia, Susanna entrega um bilhete
ao Conde marcando um encontro.

Mozart - Le nozze di Figaro - Marriage of Figaro and Susanna - Internet Archive Book Images
Angelo J.
Fernandes
Direção artística

A
ngelo J. Fernandes tem se desta-
cado com grande sucesso por sua
dedicação à música vocal e à pe-
dagogia do canto. Músico de diversas pos-
sibilidades vem desenvolvendo uma ampla
atividade como cantor, pianista, regente coral
e professor de canto. É docente do Depar-
tamento de Música do Instituto de Artes da
UNICAMP onde leciona Canto, Ópera Studio,
Música de Câmara, Técnica Vocal e Dicção.
Doutor (2009) e Mestre (2004) em
Música pela UNICAMP, Especialista em Re-
gência Coral (2001) e Bacharel em Música
com habilitação em piano (1994) pela Escola
de Música da UFMG. Como pesquisador, foi
bolsista de Pós-Doutorado do CNPq e tem se
dedicado intensamente ao estudo da técnica
vocal nos diversos períodos históricos e esti-

Os los e sua aplicação na performance vocal atual.


É diretor artístico do Ópera Estúdio
UNICAMP, grupo com o qual tem dirigido a

Diretores
montagem de diversas óperas com elencos de
cantores jovens ligados ao Curso de Música da
UNICAMP em parceria com a Orquestra Sinfô-
nica desta universidade. Seu trabalho de maior
destaque, contudo, é sua atuação como regente
Direção artística: Angelo J. Fernandes à frente do Coro Contemporâneo de Campinas,
Direção musical e regência: Cinthia Alireti tendo já se apresentado em diversas cidades bra-
Direção de cena: Felipe Venâncio sileiras e também no exterior, sempre levando
um repertório de alto nível técnico e artístico.
Cinthia Felipe
Alireti Venâncio
Direção musical Direção cênica

C F
inthia Alireti é a regente titular e co- elipe Venâncio atua profissionalmente
-diretora artística da Orquestra Sin- como ator, diretor, produtor e cenógrafo.
fônica da Unicamp (OSU). Tem se É bacharel em Artes Cênicas e Mestran-
destacado como diretora musical de diversas do em Artes da Cena pela Universidade Estadu-
produções de óperas, tais como, O Morcego, al de Campinas (UNICAMP), sendo orientado
de J. Strauss, La Traviata, de G. Verdi, A Flauta pelo Prof. Dr. Matteo Bonfitto, com um projeto
Mágica, de W.A. Mozart, O Elixir do Amor, de intitulado “Fronteiras em Operação”.
G. Donizetti, Tigrane, de A. Scarlatti, realiza- Entre seus trabalhos como diretor te-
da com instrumentos originais, e a ópera mul- atral está a intervenção urbana “Somos Todos
timodal Descobertas de J. Manzolli. Petroleiros”, iniciando com 5 mil pessoas na
Sob sua direção, constam inúmeras es- Avenida Paulista em São Paulo e que depois
treias de obras sinfônicas e vocais, a realização circulando pelo sudeste. É um dos fundadores,
de projetos multidisciplinares, performances diretor cênico e produtor artístico da Ocupa-
historicamente informadas, juntamente com ção Lírica de Teatro Itinerante, coletivo que
clássicos da literatura sinfônica. Paralelamente realiza e circula produções líricas pelo inte-
à direção artística da OSU, atua como regente rior paulista, que desde 2017 produz gran-
convidada no Brasil e no exterior, na Alema- des títulos da ópera mundial, dentre eles “A
nha, França, Equador e Estados Unidos. Flauta Mágica”, “La Traviata”, “O Morcego”,
Foi a idealizadora e coordenadora “Gianni Schicchi” e “La Serva Padrona”.
do fórum “Gestão Orquestral e Compromisso Já trabalhou no “Festival Amazo-
Social” e da ação cultural “Identidade, Músi- nas de Ópera” (Manaus), “Opera al Parque”
ca e Arquitetura”, em parceria com o Instituto (Bogotá, Colômbia), “Oficina de Música de
dos Arquitetos do Brasil (IAB), e do simpó- Curitiba”, “Fringe” (Curitiba), “Feveresti-
sio “Identidade Brasileira da Música de Con- val” (Campinas), “Fitub” (Blumenau), “ETU”
certo.” É bacharel em Composição Musical (Campinas/São Paulo), “Festival de Teatro
(USP) e Publicidade e Propaganda (FAAP), Cacilda Becker” (Pirassununga), “Mostra
mestre em Musicologia (Université de Paris Experimento Tusp” (São Paulo), entre ou-
IV, Sorbonne, e Universität des Saarlandes, tros. Hoje tem sua pesquisa voltada no pro-
Saarbrücken) e doutora em Regência (In- cesso facilitador da construção psicofísica de
diana University, Bloomington, EUA). personagens para cantores iniciantes.
O Luíza
Campagnolo
soprano

Elenco Aluna do curso de Bacharelado em Músi-


ca com habilitação em Voz pela UNICAMP,
faz parte da classe do Prof. Dr. Angelo Fer-
nandes. Já teve aulas com Carla Domingues,
Andrea Kaiser, Michael Chance, Denise Ya-
maoka, Carolina Faria e Vitor Philomeno.
Participou das recentes montagens do Ópera
Estúdio da UNICAMP como O Morcego de J.
Strauss e A Moreninha de E. Mahle.

Katherine Marília
Vitória Carvalho
soprano soprano

Iniciou seus estudos em 2009, no polo regional Integrou o Coro Juvenil da OSESP sob re-
do Projeto Guri. Em 2014 participou do GR gência de Paulo Moura e Marcos Thadeu.
Lorena, também pelo Projeto Guri, onde atuou Foi aluna de Albert Andrade e, desde o ano
no musical “Lendas Amazônicas”, gravado em de 2020, estuda sob orientação do Prof. Dr.
2015 no Teatro São Pedro e apresentado na Angelo Fernandes, no curso de Bacharelado
Sala São Paulo em prol do projeto TUCCA. em Música, com habilitação em Voz da UNI-
Em 2018 entrou no Coro Jovem Sinfônico CAMP. É membro do Coro Contemporâneo
de SJC sob regência do Maestro Sergio Wer- de Campinas e do Ópera Estúdio da UNI-
nec, onde teve aulas de canto com a profes- CAMP, nos quais atuou como solista do Stabat
sora Lidia Schäffer. Cursa música na Unicamp Mater de Pergolesi e na ópera A Moreninha
e integra o naipe de sopranos do Coro Con- de E. Mahle, no papel de Dona Ana.
temporâneo de Campinas desde 2021.
Luis Felipe Juliana
Souza Kreling
baixo soprano

Bacharel em Música com habilitação em Can- Atualmente aluna da classe de canto do Prof.
to pela USP, é mestrando em Música na área de Dr. Angelo Fernandes no curso de Bachare-
performance pela UNICAMP, sob orientação lado em Música com habilitação em Voz da
do Prof. Dr. Paulo Kühl e co-orientação do Prof. UNICAMP já estudou no Conservatório Leo
Dr. Angelo Fernandes de quem é aluno de can- Kestenberg (Alemanha) e nos EUA com Car-
to. Integra a Cia. Minaz de Ribeirão Preto, do los Montané (Jacobs School of Music). Já
Coro Contemporâneo de Campinas e do Ópera participou de diversas montagens operísticas
Estúdio UNICAMP, nos quais vem desenvol- do Lyric Opera Studio Weimar (Alemanha),
vendo ampla atividade como coralista e solista. Theatro da Paz de Belém (Pará) e da recen-
Foi 2º lugar no Concurso Internacional Linus te montagem de A Moreninha de E. Mahle
Lerner (2020), 1º no Concurso Carlos Gomes do Ópera Estúdio UNICAMP. Foi finalista
(2021) e 1º no Concurso Natércia Lopes (2022). no Concurso de Canto Natércia Lopes.

Daniel Rafaela
Luiz Duria
barítono mezzosoprano

Bacharel em Música com habilitação em Vio- Foi aluna da Escola Municipal de Mú-
lão Clássico pela UNICAMP, cursa habilitação sica H. Villa Lobos. É bacharelanda em
Voz, sendo aluno da classe de canto do Prof. Música com habilitação em canto lí-
Dr. Angelo Fernandes. Estudou na EMESP de rico pela Unicamp. Integra o Coro In-
2014 a 2016. Integra o Coro Contemporâneo de Cantus desde sua fundação. Integra o
Campinas e o Ópera Estúdio UNICAMP desde Ópera Estúdio Unicamp e o Coro Con-
2018 como coralista e solista, tendo participado temporâneo de Campinas desde 2018
de diversas montagens operísticas como Gian- compondo o naipe de contraltos e atuan-
ni Schicchi de G. Puccini (2018), O Morcego do como solista em obras com Réquiem
de J. Strauss (2019) e A Moreninha de E. Mah- Mozart e Stabat Mater de Pergolesi.
le (2022). Recentemente foi premiado com o 3º
lugar no Concurso de Canto Natércia Lopes.
Karen Weverton
Santos Silva
soprano barítono

Natural de Vinhedo/SP, estudou sob orientação Barítono, cursa Bacharelado em Música com
de Carolina Galdames e Tiago Bezerra. Em habilitação em canto lírico pela UNICAMP,
2019, tendo ingressado no curso de Bacharela- na classe do Prof. Dr. Angelo Fernandes, e
do em Música com habilitação em Voz da UNI- habilitação em Regência com o Prof.
CAMP, passou a integrar a classe do Prof. Dr. Dr. Carlos Fiorini. Estudou canto lírico
Angelo Fernandes. Desde então, participa como com o baixo-barítono Leandro Cavini, e
coralista e solista do Coro Contemporâneo de com o baixo Raphael Domeniche. É membro
Campinas e do Ópera Estúdio UNICAMP. do Coral Unicamp “Zíper na Boca” e do Coro
Destaca-se sua recente atuação como Carolina Contemporâneo de Campinas. Atuou no
na ópera A Moreninha de E. Mahle. coro de diversas montagens do Ópera Estúdio
Unicamp, onde atualmente atua como solis-
ta.

Érica Clóvis
Moreira Português
soprano tenor

Érica Moreira é natural da cidade de Amparo- Bacharel em Música com habilitação em


-SP, filha de músicos. Pelo Conservatório Inte- Voz pela UNICAMP, estuda sob orienta-
grado de Amparo, se formou no Curso Técnico ção do Prof. Dr. Angelo Fernandes. Membro
de Música com habilitação em Canto Lírico, do Coro Contemporâneo de Campinas e do
sob a orientação da Prof. Dr.ª Daniela Lino. Ópera Estúdio UNICAMP, vem atuando em
Atualmente é integrante do Ópera Estúdio e óperas e concertos como coralista e solista.
graduanda em música pela Universidade Es- Dentre suas principais atuações destacam-se
tadual de Campinas (UNICAMP) nos cursos sua participação como Monostatos na ópera
de Licenciatura e Bacharelado em Canto, na A Flauta Mágica de Mozart, como Gherardo
classe do Prof. Dr. Angelo Fernandes. na ópera Gianni Schicchi de G. Puccini (em
recente montagem realizada em Taubaté com
elenco todo de cantores negros) e como Fa-
brício em A Moreninha de E. Mahle.
Sérgio Karine
Cardonha Franklin
tenor mezzosoprano

Licenciado em Música pela UFSCar é, atual- Iniciou seus estudos de música em 2015
mente, mestrando em Música do Programa de no Conservatório de Tatuí/SP. Atualmente,
Pós-Graduação em Música da UNICAMP, na cursa o Bacharelado em Música, com habi-
área de práticas interpretativas, sob orientação litação em Voz da UNICAMP. É integrante
do Pq. Dr. Tadeu Taffarello e coorientação do do Duo Cantarsi (canto e cordas dedilha-
Prof. Dr. Angelo Fernandes, de quem é alu- das), cujo repertório é formado por obras
no de canto. Integra o Coro Contemporâneo da Idade Média ao século XX. Integra tam-
de Campinas e o Ópera Estúdio UNICAMP, bém o Coro Contemporâneo de Campinas
tendo atuado como Augusto na montagem e o Ópera Estúdio UNICAMP como co-
de A Moreninha de E. Mahle. Junto ao Coral ralista e solista. Recentemente participou
da USP de São Carlos foi solista do Orató- da ópera A Moreninha de E. Mahle.
rio de Natal de Camille Saint-Saëns.

André Thaís
Hernandes Costalonga
barítono soprano

Bacharelando em Música com habilitação em Estudou canto sob orientação das professoras
Voz pela UNICAMP desde 2020, integra a Ciça Baradel e Vanessa Spíndola e do pro-
classe de canto do Prof. Angelo Fernandes, o fessor Marconi Araújo. Foi, ainda, aluna do
Coro Contemporâneo de Campinas, o Madri- Conservatório de Tatuí. Desde 2012 é aluna de
gal Baobá e o Ópera Estúdio UNICAMP. Em Bacharelado de Música na UNICAMP, tendo
2019 interpretou Vlad em Anastasia, produ- já se graduado na habilitação Regência. Atu-
zido pelo Conservatório Campinas. De 2017 almente cursa a habilitação Voz, sendo aluna
a 2019, participou das montagens realizadas de canto da classe do Prof. Angelo Fernandes.
pelo Coral Unicamp Zíper na Boca, tendo É regente assistente do Coral MECCA e mem-
ainda integrado o coro das óperas A Flau- bro do Coro Contemporâneo de Campinas e do
ta Mágica de Mozart, La Traviata de Verdi Ópera Estúdio UNICAMP. Recentemente foi
e O Morcego de J. Strauss. Recentemente, premiada como melhor intérprete de ópera de
atuou na ópera A Moreninha de E. Mahle. Carlos Gomes no Concurso Carlos Gomes.
Sopranos
Ana Cecilia Oliveira
Coro Beatriz Fernandes
Contemporâneo Giovanna Balasso
de Campinas Giulia Franco
Helen Ribeiro
Criado em 2009 por seu regente e diretor Joseane Porfirio
artístico Angelo José Fernandes, incentivado Joyce Martins
por um grupo de alunos dos cursos de Re- Juliana Kreling
gência, Composição e Canto do Bacharelado Karen Santos
em Música da UNICAMP cujo desejo era o Katherine Vitória
de disseminar a música a capella composta Letícia Vilela
originalmente para coro, em especial as Luíza Campagnolo Tenores
obras de compositores modernos e contem- Marília Carvalho Clóvis Português
porâneos. Guto Paganotti
Altos Leonardo Leite
Ao longo dos seus 10 anos, o Coro Con- Ana Carolina Sacco Lucas Uriarte
temporâneo de Campinas adquiriu grande Ana Nobre Mateus Santin
destaque, sendo hoje conhecido regional e Fernanda Helena Maurício Valer
nacionalmente, além de ter atingido certa Gabriela Pereira Renato Fontebasso
visibilidade e reconhecimento internacional Giovana Maria Samuel Valli
através de suas participações e premiações Heloísa Duria Sérgio Cardonha
em eventos de relevância na cena coral. Júlia Toledo
Karen Comanduli Baixos
Karine Franklin Alexandre Longobardi
Lívia Ramos André Hernandes
Luíza Freitas Daniel Luiz
Mariana von Zuben Edson Colacioppo
Rafaela Duria Gustavo Bianchi
Thaís Costalonga Leandro Cavini
Leonardo Paz
Luís Vilalva
Luís Felipe Sousa
Rafael Gelfuso
Tales Lacerda
Vitor Roveri
Weverton Silva
Violinos Oboés
Artur Huf João C. Goehring
Orquestra Alexandre Chagas Martin Lazarov
Sinfônica da Ana Eleonor Ramalho
Unicamp Eduardo Semencio Clarinetes
Everton Amorim Cleyton Tomazela
Desde 1982, ano de sua fundação, a Orques- Ivenise Nitchepurenco Eduardo Freitas
tra Sinfônica da Unicamp (OSU) tem como Julio Cesar Daolio
um de seus principais objetivos projetar Maurizio Maggio Fagotes
e realizar performances artísticas que vão Paulo Brito Alexandre Abreu
desde concertos a espetáculos multimídia, Paulo Martins Lima Francisco Amstalden
de óperas a gravações, com importante e Renato de Almeida
significativo destaque aos programas de Vanessa Barbosa ** Trompetes
edução e formação de público. De forma pa- Oscarindo R. Filho
ralela às suas atividades, a OSU ainda atua Violas Samuel Brizolla
como laboratório de pesquisa em criação e José Eduardo D’Almeida
performance musical. Frederico Magalhães Trompas
Ivana Paris Orsi Bruno Demarque
Atualmente a Sinfônica da Unicamp é es- Marcos Rontani * Silvio Batista
truturada e composta por um corpo artístico
formado por músicos profissionais vincula- Violoncelos Trombones
do ao Centro de Integração, Documentação Lara Z. Monteiro Fernando Hehl
e Difusão Cultural (CIDDIC), Unidade Daniel Lessa João José Leite
mantida pela Universidade Estadual de Érico Amaral Jr.
Campinas (UNICAMP). Meila Tomé Tuba
Paulo César da Silva
Contrabaixos
Sergio Pinto Percussão
Walter Valentini Fernanda Vieira
Orival Boreli
Flautas
João B. de Lira Regente titular e
Rogério Peruchi diretora artística
Cinthia Alireti

* assistente de direção musical


** bolsista
Produção
Ocupação Lírica de Teatro
Equipe Itinerante
de produção
cênica Direção de Cena,
Cenografia e Direção de
A Ocupação Lírica de Teatro Itinerante é Produção
composta por Leandro Cavini, Lara Ramos, Felipe Venâncio 
Presto Kowask e Felipe Venâncio. Os dois
primeiros formados em Música e os dois Direção de Palco
últimos em Artes Cênicas pela Unicamp e Lara Ramos
conta com a parceria de diversos profissio-
nais que residem entre a capital e o interior Assistente de direção
de São Paulo. cênica
Gabriel Pangonis
O coletivo nasce das vontades de se criar, Figurinista
produzir e circular novas linguagens e Desenho de Iluminação Laura Françozo 
diferentes abordagens dentro do gênero Presto Kowask
operístico. Visagista
Operação e técnica de Malonna
Além da longínqua e frutífera parceria com iluminação
o Ópera Estúdio Unicamp, local de nasci- Beatriz Nauali e Aderecista
mento da companhia e com o qual foram Romulo Scarinni Graziele Garbuio
realizadas diversas montagens, o jovem
coletivo já traz grandes nomes no seu currí- Produção
culo, como o Itaú Cultural e o Programa de Administrativa
Incentivo a Cultura do Estado de São Paulo. Luan Assunção

Cinegrafista
Marcel Della Vecchia

Operador de Corte
Gabriella Perissinotto

Produção técnica audiovisual


Daniel Dias e
Gleice Severo
Coordenação
Prof. Dr. Angelo J. Fernandes
Centro de Integração,
Documentação e Administração
Difusão Cultural
Direção Administrativa
Com a fusão do Núcleo de Integração e Guilherme Kawakami
Difusão Cultural (NIDIC) e da Coordenação
de Documentação de Música Contemporâ- Administração e
nea (CDMC), a Unicamp conta agora com Relações Externas
o Centro de Integração, Documentação e Elizabeth Cornélio
Difusão Cultural, o CIDDIC, já em plena
atividade. A nova unidade, ligada à Coor- Recursos Humanos
denadoria de Centros e Núcleos (COCEN) Vladimir Franco
da Unicamp, tem, desde a interseção, as ati-
vidades focadas na música contemporânea, Executivo-Financeiro
principalmente no repertório produzido por Rogério Lourenço
compositores brasileiros dos séculos 20 e 21.
A ideia é intensificar tanto a execução quan- Webdesign e
to a pesquisa de obras desta área.e lírica. Suporte de T.I.
Douglas Borges
Além do CDMC, o novo centro incorporou
as atividades da Orquestra Sinfônica da Produção-executiva Montador
Unicamp (OSU), do Coral Unicamp Zíper na José Broiz
Boca e da Escola Livre de Música (ELM). Produtor-executivo (in memoriam)
A nova organização exigiu uma reformula- Fernando Vasconcellos
ção também no repertório executado pela Arquivo da OSU
Orquestra Sinfônica da Universidade, que Acessibilidade e
até então era composto em sua maioria por Comunicação Arquivista
obras do período clássico. O centro pretende Nicole Somera Leandro Ligocki
explorar o acervo de 15 mil exemplares do
CDMC, que apesar de ser uma filiação da or- Comunicação e Bolsistas
ganização francesa de mesmo nome, contém Mídia André Fragnan Segolin
nomes relevantes do repertório brasileiro. Ton Torres Jéssica Messias dos Santos
Paula Sampaio Azevedo
Vanessa Oliveira
Vinícius de Oliveira Santos Barão
REALIZAÇÃO E APOIO CULTURAL

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