Centro Universitário UNIFAMINAS - 36.880.OOO – Muriaé-MG
PALAVRAS-CHAVE: Perfil Genético; Banco de Dados; Crimes.
APRESENTAÇÃO: O DNA tem por sua imutabilidade e unicidade grande ajuda à
individualização do ser humano diante de sua imensa precisão e características especiais. Desta forma, diversos Países adotaram-no como forma de promoção da identificação criminal, criando banco de dados para seu armazenamento e utilização em futuras comparações somáticas. O estudo em tela tem por objetivo a observância do aporte histórico, bem como os aspectos jurídicos e técnicos sobre o tema. DESENVOLVIMENTO: Em suma síntese, essa técnica foi criada em prima face na Inglaterra e posteriormente foi ganhando grande relevância junto ao FBI nos EUA em meados dos anos 90, sendo de grande valia na resolução dos ilícitos cometidos[1]. Conquanto em nosso ordenamento jurídico, tal assunto entrou em foco com o advento da Lei 12.654/12 e sua posterior regulamentação pelo Decreto 7.950/13, tais combinações de instrumentos normativos nos instruem de forma clara como se dará tal Banco de Dados, surgindo assim o CODIS (Combined DNS Index System) no ano de 2010. Sua guarda e manutenção ficarão a cargo da Polícia Federal onde serão armazenados apenas dados meramente somáticos excluído-se demais informações psico-comportamentais, a coleta será de forma não-invasiva e somente nos termos da lei. Insta salientar que o vazamento e/ou desaparecimento de qualquer informação caberá ao culpado as devidas sanções penais, cíveis e administrativas cabíveis. Ainda nesta digressão, temos determinados princípios basilares e norteadores na aplicação desta regulamentação legal, como o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, Princípio “nemo tenetur se detegere” e Princípio da Legalidade[2]. Findo, nota-se que os dispositivos legais em tela não possuem quaisquer incompatibilidades com a CF/88, visto que a coleta ocorrerá somente após condenação penal com trânsito em julgado, e, quando no inquérito ou processo mediante ocorrerá somente por solicitação devidamente fundamentada pelos órgãos competentes para tal e devida autorização magistral, os métodos para a coleta do material genético será promovido de forma pouco invasiva, visto que tal fato não constitui um “plus” ao sentenciado e sim parte de seu encargo diante a perturbação da sociedade. CONCLUSÃO: Tal tema traz consigo grandes discussões sobre sua Constitucionalidade sendo mister observar os benefícios do Banco de Dados, pois o mesmo vem como forma de auxiliar na busca de desaparecidos, bem como na solução de toda a cifra negra de crimes não solucionados por autoria desconhecida no Brasil, nota-se ainda que apenas o DNA não será prova incontestável de inocência ou culpa do indiciado, devendo assim existir uma maior gama probatória.
BIBLIOGRAFIA: [1]CAVALCANTE, Tarcísio Ferreira, QUEIROZ, Paulo Roberto. Banco
de Dados Baseados em Marcadores Genéticos .Disponível em:<http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SAUDE20E20BIOLOGIS/Banco %20de%20Dados%20Baseado%20em%20Marcadores20Geneticos.pdf>. Acesso em: 12 abr 2018.
[2] LEÃO, Patricia de Sá Leitão. DIREITO DE LIBERDADE X SEGURANÇA PÚBLICA:
UMA PONDERAÇÃO DE INTERESSES À LUZ DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NO SISTEMA DE PRISÕES PROCESSUAIS.http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp04911.pdf . Acesso em: 25 mar 2018. Área do Conhecimento (CNPq): 6.01.00.00-1 – Direito.