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CSA

DNA: BANCO DE DADOS COMO INSTRUMENTO DE PACIFICAÇÃO SOCIAL.

Eloá Pedrosa FURTADO (IC- eloapedrosa_18@hotmail.com)¹, Stefanine Michaelle


Alvim Lacerda GOMES (PQ) ².

1- Curso de Direito; 2- Professor

Centro Universitário UNIFAMINAS - 36.880.OOO – Muriaé-MG

PALAVRAS-CHAVE: Perfil Genético; Banco de Dados; Crimes.

APRESENTAÇÃO: O DNA tem por sua imutabilidade e unicidade grande ajuda à


individualização do ser humano diante de sua imensa precisão e características
especiais. Desta forma, diversos Países adotaram-no como forma de promoção da
identificação criminal, criando banco de dados para seu armazenamento e utilização
em futuras comparações somáticas. O estudo em tela tem por objetivo a observância
do aporte histórico, bem como os aspectos jurídicos e técnicos sobre o tema.
DESENVOLVIMENTO: Em suma síntese, essa técnica foi criada em prima face na
Inglaterra e posteriormente foi ganhando grande relevância junto ao FBI nos EUA em
meados dos anos 90, sendo de grande valia na resolução dos ilícitos cometidos[1].
Conquanto em nosso ordenamento jurídico, tal assunto entrou em foco com o advento
da Lei 12.654/12 e sua posterior regulamentação pelo Decreto 7.950/13, tais
combinações de instrumentos normativos nos instruem de forma clara como se dará tal
Banco de Dados, surgindo assim o CODIS (Combined DNS Index System) no ano de
2010. Sua guarda e manutenção ficarão a cargo da Polícia Federal onde serão
armazenados apenas dados meramente somáticos excluído-se demais informações
psico-comportamentais, a coleta será de forma não-invasiva e somente nos termos da
lei. Insta salientar que o vazamento e/ou desaparecimento de qualquer informação
caberá ao culpado as devidas sanções penais, cíveis e administrativas cabíveis. Ainda
nesta digressão, temos determinados princípios basilares e norteadores na aplicação
desta regulamentação legal, como o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana,
Princípio “nemo tenetur se detegere” e Princípio da Legalidade[2]. Findo, nota-se que
os dispositivos legais em tela não possuem quaisquer incompatibilidades com a CF/88,
visto que a coleta ocorrerá somente após condenação penal com trânsito em julgado,
e, quando no inquérito ou processo mediante ocorrerá somente por solicitação
devidamente fundamentada pelos órgãos competentes para tal e devida autorização
magistral, os métodos para a coleta do material genético será promovido de forma
pouco invasiva, visto que tal fato não constitui um “plus” ao sentenciado e sim parte de
seu encargo diante a perturbação da sociedade. CONCLUSÃO: Tal tema traz consigo
grandes discussões sobre sua Constitucionalidade sendo mister observar os
benefícios do Banco de Dados, pois o mesmo vem como forma de auxiliar na busca de
desaparecidos, bem como na solução de toda a cifra negra de crimes não solucionados
por autoria desconhecida no Brasil, nota-se ainda que apenas o DNA não será prova
incontestável de inocência ou culpa do indiciado, devendo assim existir uma maior
gama probatória.

BIBLIOGRAFIA: [1]CAVALCANTE, Tarcísio Ferreira, QUEIROZ, Paulo Roberto. Banco


de Dados Baseados em Marcadores Genéticos .Disponível
em:<http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/8mostra/Artigos/SAUDE20E20BIOLOGIS/Banco
%20de%20Dados%20Baseado%20em%20Marcadores20Geneticos.pdf>. Acesso em:
12 abr 2018.

[2] LEÃO, Patricia de Sá Leitão. DIREITO DE LIBERDADE X SEGURANÇA PÚBLICA:


UMA PONDERAÇÃO DE INTERESSES À LUZ DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA NO SISTEMA DE PRISÕES
PROCESSUAIS.http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp04911.pdf .
Acesso em: 25 mar 2018.
Área do Conhecimento (CNPq): 6.01.00.00-1 – Direito.

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