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SUPREM O TRI BUN AL FED ERAL

Secret aria de Docum ent ação


Coordenadoria de Bibliot eca

D I REI TO AO
ESQUECI M EN TO
Bibliogr a fia , Le gisla çã o e
Ju r ispr u dê n cia Te m á t ica

Junho 2 0 1 7
SECRETARI A DE DOCUMENTAÇÃO
AN A VALÉRI A D E OLI VEI RA TEI XEI RA

COORDENADORI A DE BI BLI OTECA


LUCYLEN E VALÉRI O ROCH A

SEÇÃO DE BI BLI OTECA DI GI TAL


LUI ZA GALLO PESTAN O
TALES D E BARROS PAES

SEÇÃO DE PESQUI SA
M ÁRCI A SOARES D E OLI VEI RA VASCON CELOS
ALI N E LI M A M ATOS
TALI TA D AEM ON JAM ES
M ARI AN A FERREI RA D E OLI VEI RA ( ESTAGI ÁRI A)

COORDENADORI A DE ANÁLI SE DE JURI SPRUDÊNCI A


SAN D RA REGI N A CASTRO D A SI LVA

SEÇÃO DE PESQUI SA DE JURI SPRUDÊNCI A


M ARI AN A BON TEM PO BASTOS
Apr e sen t a çã o

A Secretaria de Documentação, por meio da Coordenadoria de Biblioteca e da


Coordenadoria de Análise de Jurisprudência, elaborou a Bibliografia, Legislação e Jurisprudência
Temática sobre o assunto Direito ao Esquecimento com o objetivo de divulgar a doutrina
existente nas Bibliotecas cooperantes da Rede Virtual de Bibliotecas – RVBI –, bem como a
jurisprudência do STF e legislação sobre esse assunto. Foram pesquisados, também, Hein Online e
Internet.
Os termos utilizados na pesquisa foram:
• Direito ao esquecimento
• Direito à intimidade
• Liberdade de informação
• Liberdade de expressão
• Direitos da personalidade.
• Princípio da dignidade da pessoa humana
• Direito à própria imagem
• Honra

Quanto à jurisprudência, não foram localizados precedentes específicos sobre a


aplicabilidade do direito ao esquecimento na esfera civil.
Contudo, embora não tenha sido encontrada jurisprudência específica sobre o tema central
abordado no ARE 833248, adotamos os seguintes argumentos de pesquisa na seleção dos
julgados:
• Direito ao esquecimento na esfera criminal;
• Liberdade de expressão e direito à informação,
• Inviolabilidade da honra, intimidade e privacidade.

Para efetuar o empréstimo ou obter cópias dos documentos bibliográficos listados, devem
ser contatadas as Seções de Pesquisa ou de Referência e Empréstimo, nos ramais 3532 e 3523 ou
nos e-mails doutrina@stf.jus.br e biblioteca@stf.jus.br respectivamente, ou, ainda,
pessoalmente no balcão de atendimento da Biblioteca.

Coordenadoria de Biblioteca
SUM ÁRI O

Apresent ação ......................................................................................... 4

1. Dout rina ............................................................................................ 6

2. Legislação ........................................................................................ 19

3. Jurisprudência .................................................................................. 20
6

1. Doutrina

1. ALMEIDA, Fernanda Dias Menezes de; FERRAZ, Anna Cândida da Cunha. A


comunicação social e a proteção da intimidade e da vida privada na constituição
de 1988. In: Moraes, Alexandre de et al. (Coord.) Os 20 anos da Constituição da
República Federativa do Brasil. São Paulo: Atlas, 2009, p. 1-35. [866172] SEN
CAM PGR STJ STM TCD TJD TST STF 341.2481 V789 VIA (STF DIG)

2. ALVIM, Marcia Cristina de Souza. Ética na informação e o direito ao


esquecimento. In: SARLET, Ingo Wolfgang et. al (Org.). Acesso à informação
como direito fundamental e dever estatal. Porto Alegre: Livr. do Advogado,
2016, p. 173-184. [1051449] SEN CAM CLD PGR STJ TJD TST

3. ANTUNES, Anassílvia Santos. A dicotomia entre a liberdade de imprensa e os


direitos personalíssimos: análise da jurisprudência recente. In: Direito em
movimento. Curitiba: Juruá, 2007-, p. 13-32, v. 3. [850977] TST TJD TCD STJ STF
342.1 D598 DEM (STF DIG)

4. BARCELLOS, Ana Paula de. Intimidade e pessoas notórias. Liberdades de


expressão e de informação e biografias. Conflito entre direitos fundamentais.
Ponderação, caso concreto e acesso à justiça. Tutelas específica e indenizatória.
Direito público: Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), v. 10, n. 55, p. 47-
91, jan./fev. 2014. Disponível em:
<https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/download/23
72/1237>. Acesso em: 19 maio 2017. [1013007] SEN AGU PGR STF TJD TST (STF
DIG)

5. BARROSO, Luís Roberto; BARCELLOS, Ana Paula de. Colisão entre liberdade de
expressão e direitos da personalidade: critérios de ponderação: interpretação
constitucionalmente adequada do código civil e da lei de imprensa. Revista de
Direito Administrativo, n. 235, p. 1-36, jan./mar. 2004; Revista de Direito
Privado, n. 18, p. 105-143, abr.jun. 2004; Revista Trimestral de Direito Civil:
RTDC, v. 4, n. 16, p. 59-102, out./dez. 2003; Revista Latino-Americana de
Estudos Constitucionais, n. 5, p. 297-339, jan./jun. 2005. Disponível em:
< http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/45123/45026 >
Acesso em: 06 jun. 2017. [691950] SEN CAM AGU CLD MJU PGR STJ STM TJD TST
(STF DIG)

6. BARROSO, Luís Roberto; BARCELLOS, Ana Paula de. Constituição e Código civil:
colisão entre liberdade de expressão e direitos da personalidade. Revista da
Academia Brasileira de Direito Constitucional, v. 7, p. 347-390 2005. [858368]
STF (STF DIG)

7. BAZÁN, Victor. Libertad de información y derechos a la honra y a la vida privada :


conexiones e interferências. Revista de Direito do Estado: RDE, n. 11, p. 3-53,
jul./set. 2008. [837042] SEN CAM MJU STF STJ TCD TJD
7

8. BELLASALMA, Tatiana Mann e Silva; SILVA, Ricardo da Silveira e. Direito ao


esquecimento na era virtual: a difícil tarefa da preservação do passado. In:
CARVALHO, Gisele Mendes de; CORAZZA, Thaís Aline Mazetto (Org.). Um olhar
contemporâneo sobre os direitos da personalidade. Birigui: Boreal, 2015. 186 p.
[1046811] SEN

9. BEZNOS, Clovis. A liberdade de manifestação do pensamento e de expressão e a


proteção da intimidade e da vida privada. Revista Brasileira de Direito Público
RBDP, v. 4, n. 15, p. 9-25, out./dez. 2006; Revista Eletrônica de Direito do Estado
[recurso eletrônico], v. 27, p. 1-19, jul./set. 2011; In: Cadernos de soluções
constitucionais : 3. São Paulo : Malheiros : Associação Brasileira de
Constitucionalistas Democratas, 2008, p. 162-177; Revista da Academia
Brasileira de Direito Constitucional, v. 10 A, p. 221-238 2006. Disponível em:
<http://www.direitodoestado.com/revista/rede-27-setembro-2011-clovis-
beznos.pdf>. Acesso em: 22 maio 2017. [778520] SEN CAM AGU CLD MJU STJ
PGR TCD TJD TST STJ STF 341.2 C122 CSC (STF DIG)

10. BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 8. ed. São Paulo : Saraiva,
2015. 248 p. [1029025] SEN CAM STJ PGR TCD TJD TST STJ STF 342.115 B624
DPE 8.ED.

11. BLANCHET, Luiz Alberto. Solução de conflitos entre princípios. Revista da


Academia Brasileira de Direito Constitucional, v. 1, p. 145-174, 2001. As
liberdades de expressão e informação versus a preservação da própria imagem,
honra e intimidade. [851402] STF

12. BRUM, Caroline Bussoloto de. Análise constitucional do direito ao esquecimento.


Boletim IBCCrim, v. 24, n. 288, p. 12-13, nov. 2016. [1080618] CAM PGR STF STJ
TJD (STF DIG)

13. CABRAL, Marcelo Malizia. A colisão entre os direitos de personalidade e o direito


de informação. In: MIRANDA, Jorge; RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luiz; FRUET,
Gustavo Bonato (Org.). Direitos da personalidade. São Paulo: Atlas, 2012. 462 p.
[939487] SEN PGR STJ TJD TST STF 342.115 D598 DPE

14. CARVALHO, Igor Chagas de. Direito ao esquecimento: reação à expansão


sistêmica dos meios de comunicação de massa? 2016. 142 f. Dissertação
(Mestrado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. Disponível em:
< http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/20972/1/2016_IgorChagasCarvalho
.pdf>. Acesso em: 19 maio 2017.

15. CARVALHO, Luiz Fernando Ribeiro de. Uso indevido de imagem versus liberdade
de expressão do pensamento e de empresa: balanceamento de valores. Revista
de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, n. 51, p. 34-46,
abr./jun. 2002. [632155] STF TJD
8

16. CHEHAB, Gustavo Carvalho. O direito ao esquecimento na sociedade da


informação. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 104, n. 952, p. 85-119, fev.
2015. [1037744] PGR STF STJ STM TCD TJD TST (STF DIG)

17. CHEQUER, Cláudio. A liberdade de expressão como direito fundamental


preferencial prima facie: (análise crítica e proposta de revisão ao padrão
jurisprudencial brasileiro). Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. 353 p. Sumário
disponível em:
<http://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/42577/Liberdade_expressao_como
_chequer.pdf>. Acesso em: 22 maio 2017. [908343] SEN CAM PGR STJ TJD TST
STF 341.2732 C519 LED

18. CONCI, Luiz Guilherme Arcaro. Diálogo judicial, proteção de dados e soberania
informativa. In: ARTESE, Gustavo (Coord.). Marco civil da Internet: análise
jurídica sob uma perspectiva empresarial. São Paulo: Quartier Latin, 2015, p.
259-276. [1060493] SEN STJ TJD (STF DIG)

19. CONSALTER, Zilda Mara. Direito ao esquecimento: proteção da intimidade e


ambiente virtual. Curitiba: Juruá, 2017. 409 p. [1082442] SEN CAM STJ TST

20. CORRÊA, Renato Feltrin. O direito ao esquecimento no Brasil e no mundo.


Correio Braziliense, n. 19103, 14 set. 2015. Direito & justiça, p. 2. [1044163] SEN
STM

21. COSTA, André Brandão Nery. Direito ao esquecimento na internet: a scarlet


letter digital. In: SCHREIBER, Anderson (Coord.). Direito e mídia. São Paulo: Atlas,
2013. 346 p. [967552] SEN STJ TJD TST STF 341.2732 D598 DMI

22. CREMADES, Javier. Los límites de la libertad de expresión en el ordenamiento


jurídico español. Madrid: La Ley-actualidad, 1995. 379 p. [179412] STF
341.27320946 C915 LLE

23. CRIVELLO, Daniel Castilho. Direito ao esquecimento e a boa-fé nos contratos


digitais. In: SOARES, Renata Domingues Balbino Munhoz (Coord.). Direito e casos
reais, cinema, literatura e música: uma nova forma de ver o direito civil. São
Paulo: Ltr, 2014. 238 p. [1015676] TST STF 342.1 D598 DCR

24. DOMINGO PÉREZ, Tomás de. Conflictos entre derechos fundamentales? : un


análisis desde las relaciones entre los derechos a la libre expresión e información
y los derechos al honor y a la intimidad. Madrid: Centro de Estudios Políticos y
Constitucionales, 2001. 402 p. [746749] STJ

25. DONNINI, Oduvaldo; DONNINI, Rogério Ferraz. Imprensa livre, dano moral, dano
à imagem e sua quantificação: à luz do novo Código civil. São Paulo: Método,
2002. 229 p. [623713] SEN CAM AGU CLD MJU PGR STJ TJD STF 341.2732 D685
ILD
9

26. FARIAS, Edilsom Pereira de. Colisão de direitos: a honra, a intimidade, a vida
privada e a imagem versus a liberdade de expressão e comunicação. 3. ed. Porto
Alegre: S.A. Fabris, 2008. 186 p. [828660] SEN TCD TJD TST

27. FAVA, Marcos Neves. Dilema: liberdade de expressão e proteção à honra e a


intimidade na perspectiva da tutela internacional dos direitos humanos. Revista
LTr: legislação do trabalho, v. 72, n. 5, p. 538-544, maio 2008. [826596] SEN CAM
CLD MJU PGR STF STJ TJD TST (STF DIG)

28. FELICIO, Mauricio Barbosa da Cruz. Direito ao esquecimento e a memória dos


suportes técnicos. 2015. 172 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) –
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em:
< http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-26112015-
125202/publico/MAURICIOBARBOSADACRUZFELICIO.pdf>. Acesso em: 19 maio
2017.

29. FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Liberdade de informação e privacidade ou o


paradoxo da liberdade. In: ALMEIDA FILHO, Agassiz de; CRUZ, Danielle da Rocha
(Coord.). Estado de direito e direitos fundamentais: homenagem ao jurista
Mário Moacyr Porto. Rio de Janeiro: Forense, 2005. p. 649-666. [ 729795] SEN
CAM PGR STJ TCD TJD TST STF 341.274 P853 EDD

30. FERRAZ, Sérgio. Invalidação do ato administrativo (direito ao esquecimento). In:


PEREIRA, Flávio Henrique Unes et al. (Coord.). In: O direito administrativo na
jurisprudência do STF e do STJ: homenagem ao professor Celso Antônio
Bandeira de Mello. Belo Horizonte: Fórum, 2014, p. 543-546. [1034797] SEN STJ
TJD (STF DIG) STF 341.3 D598 DAJ

31. FERREIRA, Manuel Alceu Affonso. Informação e intimidade: essas velhas


inimigas. Revista de Julgados do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São
Paulo, n. 51, p. 13-20, maio/jun. 2001; Revista do Instituto dos Advogados de
São Paulo: Nova Série, v. 4, n. 7, p. 76-83, jan./jun. 2001. [622506] SEN CAM AGU
MJU PGR STF STJ STM TJD

32. FERREIRA, Manuel Alceu Affonso. Liberdade de expressão e biografias. Revista


do Advogado, v. 32, n. 117, p. 144-149, out. 2012. [956923] SEN CAM STF STJ TJD
TST (STF DIG)

33. FERRIGOLO, Noemi Mendes Siqueira. Liberdade de expressão: direito na


sociedade da informação: mídia, globalização e regulação. São Paulo: Pillares,
2005. 380 p. [743833] STJ TJD

34. FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Soberania popular em face da dignidade da


pessoa humana no âmbito da sociedade da informação. Revista Brasileira de
Direito da Comunicação Social e Liberdade de Expressão, v. 2, n. 6, p. 271-281,
set./dez. 2012. [967190] SEN
10

35. FLORÊNCIO, Juliana Abrusio. Os direitos na era digital sustentável: Direito ao


esquecimento na internet. In: MESSA, Ana Flávia; THEOPHILO NETO, Nuncio;
THEOPHILO NETO, Junior (Coord.). Sustentabilidade ambiental e os novos
desafios na era digital: estudos em homenagem a Benedito Guimarães Aguiar
Neto. São Paulo: Saraiva, 2011. 500 p. [921245] SEN CAM STJ

36. GARCIA, Claudia Viana. Honra e liberdade de expressão. Consulex : revista


jurídica, v. 5, n. 106, p. 42-44, jun. 2001. [600865] SEN CAM CLD MJU PGR PRO
STF STJ STM TST TJD (STF DIG)

37. GEBARA, Gassen Zaki. Direito à intimidade e direito à informação. Colisão de


direitos constitucionais fundamentais? In: SOUSA JÚNIOR, José Geraldo de (org.)
Na fronteira: conhecimento e práticas jurídicas para a solidariedade
emancipatória. Porto Alegre: Síntese; Brasília: UnB, 2003. 463 p. [680110] CAM
AGU CLD MJU PGR STJ TJD TST

38. GONÇALVES, Luciana Helena. O direito ao esquecimento na era digital: desafios


da regulação da desvinculação de urls prejudiciais a pessoas naturais nos índices
de pesquisa dos buscadores horizontais. 2016. 146 f. Dissertação (Mestrado em
Direito) – Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2016. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/16525/Dissertac
ao_Luciana_Goncalves_finaliSsimo.pdf?sequence=7&isAllowed=y>. Acesso em:
19 maio 2017.

39. HENRIQUE, Lygia Maria Moreno Molina. Proteção de dados pessoais: um direito
relevante no mundo digital. 2016. 168 f. Dissertação (Mestrado em Direito) -
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em:
< https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/7009/1/Lygia%20Maria%20More
no%20Molina%20Henrique.pdf>. Acesso em 19 maio 2017.

40. JAVIER, Álvarez García, Francisco. El derecho al honor y las libertades de


información y expresión: algunos aspectos del conflicto entre ellos. Valencia:
Tirant lo blanch, 1999. 141 p. [584610] STJ STF 341.27320946 A473 DHL

41. JORGE, Maykon Cristiano; IOCOHAMA, Celso Hiroshi. A tutela inibitória como
meio de efetivação do direito ao esquecimento e proteção da dignidade da
pessoa humana. Revista Brasileira de Direito Processual, v. 24, n. 95, p. 203-
226, jul./set. 2016.

42. KARAM, Maria Lucia. Liberdade, intimidade, informação e expressão. Rio de


Janeiro : Lumen Juris, 2009. 64 p. Sumário disponível em:
<http://www.stf.jus.br/arquivo/biblioteca/CapasSumarios/novasaquisicoes/2009
/marco/833501/sumario.htm> Acesso em: 22 maio 2017. [833501] SEN TCD TJD
TST STF 341.272 K18 LII

43. KOCZICKI, Ana Marina Nicolodi. Liberdade de expressão e direito de informação


no estado democrático de direito. Revista do Instituto dos Advogados do
Paraná, n. 38 v.1, p. 15-135, nov. 2010. [906241] SEN
11

44. LEMOS, Tayara Talita. Direito como fundação e constituição como promessa:
um diálogo com Hannah Arendt. 2012. 154 f. Dissertação (Mestrado em Direito)
- Universidade Federal De Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. Disponível em:
< http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUOS-
8XSPQX/disserta__o_2.pdf?sequence=1>. Acesso em: 19 maio 2017.

45. LEONCY, Léo Ferreira. Colisão de direitos fundamentais a partir da Lei n.


6.075/97: o direito à imagem de presos, vítimas e testemunhas e à liberdade de
expressão e de informação. Revista de Informação Legislativa, v. 34, n. 136, p.
349-353, out./dez. 1997; Revista de Direito Constitucional e Internacional, v. 9,
n. 37, p. 274-279, out./dez. 2001. Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/319/colisaodedireitos.pd
f?sequence=6> Acesso em: 29 maio 2017. [534818] SEN CAM AGU CLD MJU PGR
STJ STM TCD TJD TST (STF DIG)

46. LETTERON, Roseline. Le droit a l'oubli. Revue du Droit Public et de la Science


Politique en France et a L'etranger, n. 2, p. 385-424, mars./avr. 1996. [519636]
SEN CAM STF (STF DIG)

47. LEWICKI, Bruno. Realidade refletida: privacidade e imagem na sociedade vigiada.


Revista Trimestral de Direito Civil: RTDC, v. 7, n. 27, p. 211-219, jul./set. 2006.
[780907] SEN CAM MJU STF STJ TJD

48. LIMA, Cíntia Rosa Pereira. Direito ao esquecimento e internet: o fundamento


legal no direito comunitário europeu, no direito italiano e no direito brasileiro.
Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 103, n. 946, p. 77-109, ago. 2014. [1011000]
SEN MJU PGR STF STJ STM TCD TJD TST (STF DIG)

49. LIMA, Erik Noleta Kirk Palma. Direito ao esquecimento: discussão européia e sua
repercussão no Brasil. Revista de Informação Legislativa, v. 50, n. 199, p. 271-
283, jul./set. 2013. [991677]. Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/502929/000991677.pdf>
. Acesso em: 19 maio 2017. SEN CAM CLD MJU PGR STF STJ STM TCD TJD (STF
DIG)

50. LIMBERGER, Têmis. Cibertransparência: informação pública em rede: a


virtualidade e suas recuperações na realidade. Porto Alegre: Livr. do Advogado,
2016. 116 p. : mapa, gráfs. O direito ao esquecimento: informações eternas ou
temporárias. [1085669] STJ
51. LOPES, Edgar Taborda. Liberdade de expressão e tutela da honra: que limites?
Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, v. 55, n. 1/2, p. 189-
213 2014. [1059361] SEN

52. MAIA, Mayassa Maria Assmar Fernandes Correia. Informação X Invasão: uma
análise do conflito entre liberdade de imprensa e Direitos da personalidade.
Revista Brasileira de Direito Civil, Constitucional e Relações de Consumo, v. 5,
n. 20, p. 177-227, out./dez. 2013. [995157] SEN (STF DIG)
12

53. MAINENTI, Geraldo Márcio Peres. O jornalismo como quarto poder: a liberdade
de imprensa e a proteção aos direitos da personalidade. Alceu, v. 14, n. 28, p. 47-
61, jan./jun. 2014. Disponível em: <http://revistaalceu.com.puc-
rio.br/media/alceu%2028%20-%2047-61.pdf> Acesso em: 19 maio 2017.
[1013886] SEN CAM

54. MARTINEZ, Pablo Dominguez. Direito ao esquecimento: a proteção da memória


individual na sociedade da informação. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014. 233 p.
[1018248] SEN STJ TJD STF 341.272 M385 DEP

55. MARTINS, Guilherme Magalhães. O direito ao esquecimento na Internet. In:


MARTINS, Guilherme Magalhães (Coord.). Direito privado e Internet. São Paulo:
Atlas, 2014, p. 3-28. [1058703] SEN CAM CLD PGR STJ TJD TST STF 340.0285 D598
DPI (STF DIG)

56. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Direitos comunicativos como direitos humanos:


abrangência, limites, acesso à internet e direito ao esquecimento. Revista dos
Tribunais, São Paulo, v. 104, n. 960, p. 249-267, out. 2015. [1051207] PGR STF
STJ STM TCD TJD TST (STF DIG)

57. MELLO, Marco Aurélio. Liberdade de expressão, de informação e direito a


imagem sob o ângulo constitucional. In: SILVA, Marco Antonio Marques da
(Coord.). Aspectos polêmicos da atividade do entretenimento. Mangaratiba:
Academia Paulista de Magistrados, 2004, p. 143-162. PGR STJ STF
341.273206381 C749 APA (STF DIG)

58. MELO, Jussara Costa. Regulação do direito ao esquecimento no ciberespaço:


heterogeneidade de lealdades no espaço público de postulação de interesses
legítimos. Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, v. 7, n. 1, p. 171-194
2015. Disponível em:
<http://www.ndsr.org/SEER/index.php?journal=rdet&page=article&op=view&pa
th%5B%5D=157&path%5B%5D=115>. Acesso em: 19 maio 2017. [1037918] SEN
(STF DIG)

59. MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Responsabilidade civil objetiva dos meios de
comunicação por ofensa aos direitos da personalidade. Revista de Direito do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, n. 64, p. 39-56, jul./set. 2005.
[749446] STJ TJD (STF DIG)

60. MENDES, Gilmar Ferreira. Colisão de direitos fundamentais: liberdade de


expressão e de comunicação e direito à honra e à imagem. Revista de
informação legislativa, v. 31, n. 122, p. 297-301, abr./jun. 1994; ADV Advocacia
dinâmica: seleções jurídicas, n. 11, p. 25-28, nov. 1994; In: Direito
constitucional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011, v. 1, p. 673-680.
Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/176193/000487451.pdf?
13

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2. BRASIL. Lei nº 12.965, de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, direitos


e deveres para o uso da Internet no Brasil. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 abril 2014, p.1. Disponível em:
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3. BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código civil. Diário


Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 jan. 2002, p.1.
Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm >.
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4. BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do


consumidor e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 12 set. 1990. p 1. Suplemento. Disponível em:
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2017.
20

3. Jurisprudência

ACÓRD ÃOS

H C 1 2 8 0 8 0 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . M ARCO AURÉLI O
Re la t or ( a ) p/ Acór dã o: M in . ED SON FACH I N
Ju lga m e n t o: 2 9 / 0 3 / 2 0 1 6 Ór gã o Ju lga dor : Pr im e ir a Tu r m a

Pu blica çã o

PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 164 DI VULG 04- 08- 2016 PUBLI C 05- 08- 2016

Pa r t e ( s)

PACTE.( S) : LEANDRO SOARES AMARO


I MPTE.( S) : DEFENSORI A PÚBLI CA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.( A/ S) ( ES) : DEFENSOR PÚBLI CO- GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR( A/ S) ( ES) : RELATOR DO HC Nº 318.923 DO SUPERI OR TRI BUNAL
DE JUSTI ÇA

Em e n t a

Em e n t a : H ABEAS CORPUS SUBSTI TUTI VO D E RECURSO ORD I N ÁRI O.


I N AD EQUAÇÃO D A VI A. N ÃO CON H ECI M EN TO. EXECUÇÃO PEN AL.
PED I D O D E PROGRESSÃO D E REGI M E. I N D EFERI M EN TO. D ECI SÃO
RESPALD AD A EM ELEM EN TOS CON CRETOS D O CUM PRI M EN TO DA
PEN A. PRÁTI CA D E FALTA D I SCI PLI N AR GRAVE. LAPSO TEM PORAL
SUPERI OR A 0 5 ( CI N CO) AN OS. DI REI TO AO ESQUECI M EN TO.
I N OCORRÊN CI A. RELEVÂN CI A PEN AL DE ATOS PRETÉRI TOS.
AN ÁLI SE FÁTI CO- PROBATÓRI A. I N VI ABI LI D AD E N A SED E ELEI TA.
1 . N ã o se a dm it e h a be a s cor pu s su bst it ut ivo de r e cu r so or din á r io
con st it u cion a l, sob pe n a de desvir t ua m e n t o da s r e gr as e pr azos
pr oce ssu a is, pe r e m pt or ia m e n t e pr e vist os e m le i. 2 . A de cisã o a ce r ca
do ple it o de pr ogr e ssã o de r e gim e n ão de cor r e a pe n as do a t e st a do
de bom com por t a m e n t o ca r cer á r io. Tr a t a - se de a t o j u r isdicion a l
su j e it o a o livr e con ven cim e nt o m ot iva do do m a gist r a do. 3 . N ã o h á
qu e se fa la r e m dir e it o a o esqu e cim en t o pa r a fins de a va lia çã o do
ple it o de pr ogr e ssão de r e gim e qu an do e m a n á lise a ocor r ên cia de
fa lt a s disciplin a r e s pr a t ica da s h á m a is de 0 5 ( cin co) a n os. 4 . O
e fe t ivo r efle x o da s sa n ções disciplin a r e s a nt e r ior e s, n a s con dições
21

su bj et iva s a t u a is do a pe n a do, de m a n da a n á lise fá t ico- pr oba t ór ia , o


qu e , n essa m e dida , é in a lca n çá ve l n a via do h a be a s cor pu s. 5 . W r it
n ã o conh e cido, r e voga n do- se a lim in a r a n t e r ior m e nt e de fe r ida .

D e cisã o

Por m aior ia de vot os, a Turm a não conheceu da im pet ração e revogou a
lim inar ant er iorm ent e deferida, nos t er m os do vot o do Senhor Minist ro
Edson Fachin, Redat or para o acórdão, vencido o Senhor Minist ro Marco
Aurélio, Relat or. Presidência do Senhor Minist ro Luís Robert o Barroso. 1ª
Turm a, 29.3.2016.

I n de x a çã o

- VI DE EMENTA.

- VOTO VENCI DO, MI N. MARCO AURÉLI O: CONCESSÃO, HABEAS CORPUS.


ADMI SSI BI LI DADE, HABEAS CORPUS SUBSTI TUTI VO, HI PÓTESE,
ENVOLVI MENTO, LI BERDADE DE LOCOMOÇÃO, PACI ENTE, FORMA DI RETA,
DECORRÊNCI A, EXPEDI ÇÃO, CUMPRI MENTO, MANDADO DE PRI SÃO.
PREVI SÃO, LEGI SLAÇÃO, REQUI SI TO, PROGRESSÃO DE REGI ME
PRI SI ONAL. I MPOSSI BI LI DADE, AFASTAMENTO, PROGRESSÃO DE REGI ME
PRI SI ONAL, DECORRÊNCI A, GRAVI DADE DO CRI ME. POSSI BI LI DADE,
DESCONSI DERAÇÃO, FALTA DI SCI PLI NAR, DECORRÊNCI A, DECURSO DE
TEMPO, HI PÓTESE, BOM COMPORTAMENTO.

Obse r va çã o

- Acórdão( s) cit ado( s) :


( HC, APRECI AÇÃO, REQUI SI TO SUBJETI VO, PROGRESSÃO DE REGI ME
PRI SI ONAL)
HC 102365 ( 1ª T) .
Núm ero de páginas: 15.
Análise: 12/ 09/ 2016, AMA.

fim do docu m e n t o

H C 1 2 6 3 1 5 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . GI LM AR M EN DES
Ju lga m e n t o: 1 5 / 0 9 / 2 0 1 5 Ór gã o Ju lga dor : Se gu nda Tu r m a
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 246 DI VULG 04- 12- 2015 PUBLI C 07- 12- 2015
Pa r t e ( s)
PACTE.( S) : LUI S ANTONI O TADEU MOREI RA
PROC.( A/ S) ( ES) : DEFENSOR PÚBLI CO- GERAL FEDERAL
I MPTE.( S) : DEFENSORI A PÚBLI CA DA UNI ÃO
22

COATOR( A/ S) ( ES) : SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA


Em e n t a
H a be a s cor pu s. 2 . Tr á fico de en t or pe ce nt e s. Con den a çã o. 3 .
Au m e nt o da pe n a - ba se . N ã o a plica çã o da ca u sa de dim in u içã o do §
4 º do a r t . 3 3 , da Le i 1 1 .3 4 3 / 0 6 . 4 . Pe r íodo de pu r a dor de 5 a n os
e st a be le cido pe lo a r t . 6 4 , I , do CP. M a us an t e ce de n t es n ão
ca r a ct e r iza dos. D e cor r idos m a is de 5 an os desde a e x t in çã o da pe n a
da con de n a çã o a n t e r ior ( CP, a r t . 6 4 , I ) , n ã o é possíve l a la r ga r a
in t e r pr e t a çã o de m odo a pe r m it ir o r e con h ecim e n t o dos m aus
a n t e ce den t es. Aplica çã o do pr in cípio da r a zoa bilida de ,
pr opor cion a lida de e dign ida de da pe ssoa hu m a n a . 5 . D ir e it o a o
e squ ecim e n t o. 6 . Fix a çã o do r e gim e pr ision a l in icia l fe ch a do com
ba se n a ve da çã o da Le i 8 .0 7 2 / 9 0 . I n con st it u cion a lida de . 7 . Or de m
con ce dida .

D e cisã o
Após o vot o do Relat or, concedendo a ordem , no que foi acom panhado pelo
Minist ro Dias Toffoli, o j ulgam ent o foi suspenso em virt ude do pedido de
vist a form ulado pela Minist ra Cárm en Lúcia. Falou, pelo pacient e, o Dr.
Gust avo de Alm eida Ribeiro, Defensor Público Federal. Ausent e,
j ust ificadam ent e, o Senhor Minist ro Celso de Mello. 2ª Turm a, 17.03.2015.
Decisão: A Turm a, por vot ação m aj orit ár ia, deferiu o pedido de habeas
corpus para rest abelecer a decisão proferida pelo TJ/ SP nos aut os da
Apelação n. 0005243- 89.2010.8.26.0028, no que diz respeit o à quant idade
de pena aplicada, e det erm inou, ainda, ao Tribunal de origem que,
afast ando o dispost o no art . 2º , § 1º , da Lei 8.072/ 90, proceda a nova
fixação do regim e inicial de cum pr im ent o de pena, segundo os crit ér ios
previst os no art . 33, §§ 2º e 3º do CP, nos t erm os do vot o do Relat or,
vencidos, em m enor ext ensão, os Senhores Minist ros Cárm en Lúcia e Teori
Zavascki, que deferiam parcialm ent e a ordem . Ausent e, j ust ificadam ent e, o
Senhor Minist ro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Minist ro Celso de Mello.
2ª Turm a, 15.09.2015.

I n de x a çã o
- I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, CONDENAÇÃO ANTERI OR,
MOMENTO, DOSI METRI A DA PENA, HI PÓTESE, ENCERRAMENTO, PRAZO,
CI NCO ANOS, REI NCI DÊNCI A. I NADMI SSI BI LI DADE, ATRI BUI ÇÃO,
CARÁTER PERPÉTUO, PENA, FUNDAMENTO, FUNÇÃO, RESSOCI ALI ZAÇÃO,
PENA. VEDAÇÃO, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, PENA, CARÁTER PERPÉTUO.
PROI BI ÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO, ÂMBI TO, TEXTO
CONSTI TUCI ONAL, DI REI TO COMPARADO. VEDAÇÃO, ANALOGI A I N MALAM
PARTEM, ORDENAMENTO JURÍ DI CO BRASI LEI RO.
CARACTERI ZAÇÃO, D I REI TO AO ESQUECI M EN TO, DI REI TO
FUNDAMENTAL, ÂMBI TO PENAL. DECORRÊNCI A, D I REI TO AO
ESQUECI M EN TO, VEDAÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO, PRI NCÍ PI O DA
23

DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA, PRI NCÍ PI O DA I SONOMI A, PRI NCÍ PI O DA


PROPORCI ONALI DADE, PRI NCÍ PI O DA RAZOABI LI DADE. NECESSI DADE,
CASO CONCRETO, FI XAÇÃO, PENA- BASE, MÍ NI MO LEGAL, APLI CAÇÃO,
CAUSA DE DI MI NUI ÇÃO DE PENA, LEI , DROGA. I NCONSTI TUCI ONALI DADE,
PREVI SÃO, LEI , OBRI GATORI EDADE, REGI ME I NI CI AL FECHADO,
HI PÓTESE, CRI ME HEDI ONDO, FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA
I NDI VI DUALI ZAÇÃO DA PENA. NECESSI DADE, I NDI CAÇÃO, ELEMENTO
CONCRETO, FI NALI DADE, FI XAÇÃO, REGI ME PRI SI ONAL MAI S GRAVOSO,
I NÍ CI O, CUMPRI MENTO DA PENA.

- VOTO VENCI DO, MI N. CÁRMEN LÚCI A: DEFERI MENTO PARCI AL, PEDI DO.
I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, ATO, MAUS ANTECEDENTES,
HI PÓTESE, AUSÊNCI A, CONDENAÇÃO, DECORRÊNCI A, SENTENÇA
TRANSI TADA EM JULGADO. PREDOMI NÂNCI A, SUPREMO TRI BUNAL
FEDERAL ( STF) , ENTENDI MENTO, POSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, MAUS ANTECEDENTES, MOMENTO POSTERI OR,
ENCERRAMENTO, PRAZO, CI NCO ANOS, REI NCI DÊNCI A.
DESCARACTERI ZAÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO. OFENSA, PRI NCÍ PI O DA
I NDI VI DUALI ZAÇÃO DA PENA, EQUI PARAÇÃO, SI TUAÇÃO, AUSÊNCI A,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, ÂMBI TO PENAL, SI TUAÇÃO, EXI STÊNCI A,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, CARÁTER DEFI NI TI VO. NECESSI DADE,
OBSERVÂNCI A, CASO CONCRETO, FI NALI DADE, APLI CAÇÃO, LEI PENAL.
POSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, FOLHA CORRI DA, CONDENADO,
FI NALI DADE, AVALI AÇÃO, VI DA PREGRESSA. DESCABI MENTO, HABEAS
CORPUS, OBJETI VO, PONDERAÇÃO, SUFI CI ÊNCI A, CI RCUNSTÂNCI A
JUDI CI AL, FI NALI DADE, AUMENTO, PENA- BASE, CASO CONCRETO.

Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00005 I NC- 00046 I NC- 00047 LET- B
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED LEI - 008072 ANO- 1990
ART- 00002 PAR- 00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI - 11464/ 2007
LCH- 1990 LEI DE CRI MES HEDI ONDOS
LEG- FED LEI - 011343 ANO- 2006
ART- 00033 " CAPUT" PAR- 00004
LTX- 2006 LEI DE TÓXI COS
LEG- FED LEI - 011464 ANO- 2007
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00033 PAR- 00002 PAR- 00003 ART- 00059
ART- 00064 I NC- 00001 ART- 00129 ART- 00155
PAR- 00004 I NC- 00001 I NC- 00002 I NC- 00004
ART- 00344
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
Obse r va çã o
- Acórdão( s) cit ado( s) :
( ANTECEDENTE CRI MI NAL, I NQUÉRI TO POLI CI AL EM CURSO, PROCESSO
PENAL EM CURSO)
RE 591054 ( TP) , HC 97655 ( 2ª T) , HC 107456 ( 1ª T) , RHC 117095 ( 2ª T) ,
RHC 121126 ( 1ª T) , RHC 122181 ( 1ª T) .
( COMPROVAÇÃO, ANTECEDENTE CRI MI NAL)
HC 116301 ( 1ª T) , RHC 118380 ( 2ª T) .
24

( HC, REEXAME, CI RCUNSTÂNCI A JUDI CI AL)


HC 87684 ( 1ª T) , HC 88132 ( 1ª T) , RHC 90525 ( 1ª T) , HC 97677 ( 1ª T) , RHC
98358 ( 1ª T) , HC 101892 ( 1ª T) , HC 107626 ( 1ª T) , HC 111668 ( 1ª T) , RHC
114742 ( 1ª T) .
( REGI ME I NI CI AL DE CUMPRI MENTO DA PENA, LEI DOS CRI MES
HEDI ONDOS)
HC 105779 ( 2ª T) , HC 109343 ( 2ª T) , HC 111840 ( TP) .
( CONDENAÇÃO ANTERI OR, MAUS ANTECEDENTES, ENCERRAMENTO,
PRAZO, CI NCO ANOS)
HC 69001 ( 1ª T) , RHC 83547 ( 1ª T) , HC 98803 ( 2ª T) , RE 593818 RG, RHC
106814 ( 1ª T) , HC 110191 ( 2ª T) , RHC 116070 ( 2ª T) , RHC 118977 ( 1ª T) , HC
119200 ( 1ª T) , HC 97390 ( 1ª T) , HC 75965 ( 1ª T) , HC 86415 ( 2ª T) , HC
125586 ( 2ª T) .
( I NDI VI DUALI ZAÇÃO DA PENA)
HC 69657 ( TP) .
- Decisão m onocrát ica cit ada:
( CONDENAÇÃO ANTERI OR, MAUS ANTECEDENTES, ENCERRAMENTO,
PRAZO, CI NCO ANOS)
RHC 117668.
- Vej a I nform at ivo nº 672 do STF.
Núm ero de páginas: 36.
Análise: 09/ 12/ 2015, AMA.
D ou t r in a
BI TENCOURT, Cezar Robert o. Código Penal Com ent ado. 8. ed. Saraiva,
2014. p. 294 e 297, it em 11.
BOSCHI , José Ant onio Paganella. Das Penas e seus Crit ér ios de Aplicação. 6.
ed. Livrar ia do Advogado, 2000. p. 168.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direit o Penal - part e geral. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2013. v. 1. p. 490.
CARVALHO, Am ilt on Bueno de; CARVALHO, Salo de. Aplicação da Pena e
Garant ism o. 3. ed. Lum en Juris, 2004. p. 52.
DELMANTO, Celso et al. Código Penal Com ent ado. 8. ed. Saraiva, 2010. p.
274.
GOMES, Luiz Flávio; MOLI NA, Ant ônio Gar cía- Pablos de. Direit o Penal -
part e geral. São Paulo: Revist a dos Tribunais, 2007. v. 2. p. 728.
MASSUD, Leonardo. Da Pena e sua Fixação. DPJ, 2009. p. 157- 159.
NUCCI , Guilherm e de Souza. Código Penal Com ent ado. 13. ed. Revist a dos
Tribunais, 2013. p. 428.
QUEI ROZ, Paulo. Direit o Penal – Par t e Geral. 4. ed. Lum en Jur is, 2008. p.
342- 343.
fim do docu m e n t o

AD I 4 8 1 5 / D F - D I STRI TO FED ERAL


AÇÃO D I RETA D E I N CON STI TUCI ON ALI D AD E
Re la t or ( a ) : M in . CÁRM EN LÚCI A
Ju lga m e n t o: 1 0 / 0 6 / 2 0 1 5 Ór gã o Ju lga dor : Tr ibuna l Ple n o
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 018 DI VULG 29- 01- 2016 PUBLI C 01- 02- 2016
Pa r t e ( s)
REQTE.( S) : ASSOCI AÇÃO NACI ONAL DOS EDI TORES DE LI VROS - ANEL
25

ADV.( A/ S) : GUSTAVO BI NENBOJM


I NTDO.( A/ S) : PRESI DENTE DA REPUBLI CA
I NTDO.( A/ S) : PRESI DENTE DO CONGRESSO NACI ONAL
ADV.( A/ S) : ADVOGADO- GERAL DA UNI ÃO
AM. CURI AE. : I NSTI TUTO HI STÓRI CO E GEOGRÁFI CO BRASI LEI RO - I HGB
ADV.( A/ S) : THI AGO BOTTI NO DO AMARAL
AM. CURI AE. : ARTI GO 19 BRASI L
ADV.( A/ S) : CAMI LA MARQUES BARROSO E OUTRO( A/ S)
AM. CURI AE. : ACADEMI A BRASI LEI RA DE LETRAS
ADV.( A/ S) : ALBERTO VENANCI O FI LHO E OUTRO( A/ S)
AM. CURI AE. : ASSOCI AÇÃO EDUARDO BANKS
ADV.( A/ S) : ROBERTO FLÁVI O CAVALCANTI
AM. CURI AE. : CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASI L - CFOAB
ADV.( A/ S) : OSWALDO PI NHEI RO RI BEI RO JÚNI OR E OUTRO( A/ S)
ADV.( A/ S) : MARCUS VI NI CI US FURTADO COELHO
AM. CURI AE. : I NSTI TUTO DOS ADVOGADOS DE SAO PAULO - I ASP
ADV.( A/ S) : I VANA CO GALDI NO CRI VELLI E OUTRO( A/ S)
AM. CURI AE. : I NSTI TUTO AMI GO
ADV.( A/ S) : MARCO ANTONI O BEZERRA CAMPOS E OUTRO( A/ S)
Em e n t a
EM EN TA: AÇÃO D I RETA D E I N CON STI TUCI ON ALI D AD E. ARTS. 2 0 E
2 1 D A LEI N . 1 0 .4 0 6 / 2 0 0 2 ( CÓD I GO CI VI L) . PRELI M I N AR D E
I LEGI TI M I D AD E ATI VA REJEI TAD A. REQUI SI TOS LEGAI S
OBSERVAD OS. M ÉRI TO: APAREN TE CON FLI TO EN TRE PRI N CÍ PI OS
CON STI TUCI ON AI S: LI BERD AD E D E EXPRESSÃO, D E I N FORM AÇÃO,
ARTÍ STI CA E CULTURAL, I N DEPEN D EN TE D E CEN SURA OU
AUTORI ZAÇÃO PRÉVI A ( ART. 5 º I N CS. I V, I X, XI V; 2 2 0 , § § 1 º E 2 º )
E I N VI OLABI LI D AD E D A I N TI M I D AD E, VI D A PRI VAD A, H ON RA E
I M AGEM D AS PESSOAS ( ART. 5 º , I N C. X) . AD OÇÃO D E CRI TÉRI O D A
PON D ERAÇÃO PARA I N TERPRETAÇÃO DE PRI N CÍ PI O
CON STI TUCI ON AL. PROI BI ÇÃO DE CEN SURA ( ESTATAL OU
PARTI CULAR) . GARAN TI A CON STI TUCI ON AL D E I N D EN I ZAÇÃO E D E
D I REI TO D E RESPOSTA. AÇÃO D I RETA JULGAD A PROCED EN TE PARA
D AR I N TERPRETAÇÃO CON FORM E À CON STI TUI ÇÃO AOS ARTS. 2 0 E
2 1 D O CÓD I GO CI VI L, SEM RED UÇÃO D E TEXTO. 1 . A Associa çã o
N a cion a l dos Edit or e s de Livr os - An e l con gr e ga a cla sse dos
e dit or e s, con side r ados, pa r a fin s est at u t á r ios, a pe ssoa n a t ur a l ou
j u r ídica à qu a l se a t r ibu i o dir e it o de r e pr odu çã o de obr a lit e r á r ia ,
a r t íst ica ou cien t ífica , pode n do pu blicá - la e divu lgá - la . A cor r e la çã o
e n t r e o con t e ú do da n or m a im pu gn ada e os obj e t ivos da Au t or a
pr e e n ch e o r e qu isit o de pe r t in ên cia t e m á t ica e a pr e se n ça de se us
a ssocia dos e m nove Est a dos da Fe de r a çã o com pr ova sua
r e pr ese nt a çã o n acion a l, n os t e r m os da j ur ispr u dên cia de st e
Su pr e m o Tr ibun a l. Pr e lim in a r de ile git im ida de a t iva r e j e it a da . 2 . O
obj e t o da pr e sen t e a çã o r e st r in ge - se à in t e r pr et a çã o dos a r t s. 2 0 e
2 1 do Código Civil r e la t iva s à divu lga çã o de e scr it os, à t r a n sm issão
da pa la vr a , à pr odu çã o, pu blica çã o, e x posiçã o ou u t iliza çã o da
im a ge m de pe ssoa biogr a fa da . 3 . A Const it u içã o do Br a sil pr oíbe
qu a lqu e r cen su r a . O ex e r cício do dir e it o
à libe r da de de e x pr e ssã o n ã o pode se r ce r ce a da pe lo Est a do ou por
pa r t icu la r . 4 . O dir e it o de in for m a çã o, con st it u cion a lm e n t e
26

ga r a n t ido, con t é m a libe r da de de in for m a r , de se in for m a r e de se r


in for m a do. O pr im e ir o r e fe r e - se à for m a çã o da opin iã o pú blica ,
con sider a do ca da qu a l dos cida dã os qu e pode r ece be r livr e m e n t e
da dos sobr e assun t os de in t er e sse da cole t ivida de e sobr e as
pe ssoas cu j a s a ções, pú blico- e st a t a is ou pú blico- socia is, in t e r fe r em
e m su a esfer a do a ce r vo do dir e it o de sa be r , de a pr en de r sobr e
t e m a s r e la cion a dos a su as le gít im a s cogit a ções. 5 . Biogr a fia é
h ist ór ia . A vida n ã o se de sen volve a pe n a s a pa r t ir da sole ir a da
por t a de ca sa . 6 . Au t or iza çã o pr évia pa r a biogr a fia con st it u i ce nsu r a
pr é via pa r t icu la r . O r e colh im e nt o de obr a s é ce n sur a j u dicia l, a
su bst it u ir a a dm in ist r a t iva . O r isco é pr ópr io do vive r . Er r os
cor r ige m - se se gun do o dir e it o, não se
coa r t a n do libe r da de s con qu ist a da s. A r e pa r a çã o de da n os e o dir e it o
de r e spost a de ve m se r ex er cidos n os t e r m os da le i. 7 . A libe r da de é
con st it u cion a lm e n t e ga r a n t ida , n ã o se pode n do a n u la r por ou t r a
n or m a const it u ciona l ( in c. I V do a r t . 6 0 ) , m e n os a in da por n or m a de
h ie r a r qu ia in fer ior ( le i civil) , a in da que sob o a r gu m en t o de se e st ar
a r e sgu a r da r e pr ot e ge r out r o dir e it o const it ucion a lm e n t e
a sse gu r a do, qu a l se j a , o da in viola bilida de do dir e it o
à in t im ida de , à pr iva cida de , à h on r a e à im a ge m . 8. Pa r a a
coe x ist ê n cia da s nor m a s con st it u ciona is dos in cs. I V, I X e X do a r t .
5 º , h á de se a colh er o ba la n ce a m e nt o de dir e it os, con j u ga n do- se o
dir e it o à s libe r da de s com a in viola bilida de
da in t im ida de , da pr iva cida de , da h on r a e da im a ge m da pe ssoa
biogr a fa da e da qu e le s qu e pr e t en dem e la bor a r a s biogr a fia s. 9 .
Açã o dir e t a j u lga da pr oce de n t e pa r a da r in t e r pr e t a çã o con for m e à
Const it u içã o a os a r t s. 2 0 e 2 1 do Código Civil, se m r e du çã o de t e x t o,
pa r a , e m con son ância com os dir e it os fu n da m en t a is à libe r da de de
pe n sa m en t o e de su a ex pr essã o,de cr ia çã o a r t íst ica , pr odu ção
cie n t ífica , de cla r a r in e x igíve l a u t or iza çã o de pe ssoa biogr a fa da
r e la t iva m e n t e a obr a s biogr á fica s lit e r á r ia s ou a u diovisua is, se n do
t a m bé m de sn e cessá r ia a u t or iza çã o de pe ssoas r e t r a t a da s com o
coa dj u va nt e s ( ou de seu s fa m ilia r e s, e m ca so de pe ssoas fa le cida s
ou a u se nt e s) .

D e cisã o
O Tribunal, por unanim idade e nos t erm os do vot o da Relat ora, j ulgou
procedent e o pedido form ulado na ação diret a par a dar int erpret ação
conform e à Const it uição aos art igos 20 e 21 do Código Civil, sem redução
de t ext o, para, em consonância com os direit os fundam ent ais à liberdade de
pensam ent o e de sua expressão, de criação art íst ica, produção cient ífica,
declarar inexigível o consent im ent o de pessoa biografada relat ivam ent e a
obras biográficas lit erárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária
aut orização de pessoas ret rat adas com o coadj uvant es ( ou de seus
fam iliares, em caso de pessoas falecidas) . Falaram , pela requerent e
Associação Nacional dos Edit ores de Livros - ANEL, o Dr. Gust avo
Binenboj m , OAB/ RJ 83.152; pelo am icus curiae I nst it ut o Hist ór ico e
27

Geográfico Brasileiro - I HGB, o Dr. Thiago Bot t ino do Am aral, OAB/ RJ


102.312; pelo am icus curiae Conselho Federal da Ordem dos Advogados do
Brasil - CFOAB, o Dr. Marcus Vinicius Furt ado Coelho, OAB/ PI 2525; pelo
am icus cur iae I nst it ut o dos Advogados de São Paulo - I ASP, a Dra. I vana Co
Galdino Crivelli, OAB/ SP 123.205- B, e, pelo am icus curiae I NSTI TUTO
AMI GO, o Dr. Ant ônio Carlos de Alm eida Cast ro, OAB/ DF 4107. Ausent e o
Minist ro Teori Zavascki, represent ando o Tribunal no sim pósio em
com em oração aos 70 anos do Tribunal de Disput as Jurisdicionais da
República da Turquia, em Ancara. Presidiu o j ulgam ent o o Minist ro Ricardo
Lewandowski. Plenár io, 10.06.2015.

I n de x a çã o
- PRELI MI NAR: LEGI TI MI DADE ATI VA.

- FATO, ASSOCI AÇÃO, REPRESENTAÇÃO, CATEGORI A ECONÔMI CA,


AUSÊNCI A, AFASTAMENTO, CONFI GURAÇÃO, ASSOCI AÇÃO CI VI L,
CONSEQUÊNCI A, LEGI TI MI DADE ATI VA, AÇÃO DE CONTROLE
CONCENTRADO DE CONSTI TUCI ONALI DADE. LEGI TI MI DADE, ASSOCI AÇÃO
DE ASSOCI AÇÕES, AJUI ZAMENTO, AÇÃO DI RETA DE
I NCONSTI TUCI ONALI DADE. EXI GÊNCI A, PRAZO, CRI AÇÃO, ASSOCI AÇÃO,
UM ANO, MOMENTO ANTERI OR, AJUI ZAMENTO, AÇÃO DI RETA DE
I NCONSTI TUCI ONALI DADE, AUSÊNCI A, CONFI GURAÇÃO, OBSTÁCULO,
ACESSO À JUSTI ÇA, HI PÓTESE, MATÉRI A, RELEVÂNCI A JURÍ DI CA,
NECESSI DADE, CONCI LI AÇÃO, DI REI TO CONSTI TUCI ONAL, CONFLI TO
APARENTE DE NORMAS.

- MÉRI TO.

- DECLARAÇÃO DE I NCONSTI TUCI ONALI DADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO,


I NTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTI TUI ÇÃO, CÓDI GO CI VI L,
CONSONÂNCI A, DI REI TO
FUNDAMENTAL, LI BERD AD E D E EXPRESSÃO, CRI AÇÃO, ATI VI DADE
ARTÍ STI CA, ATI VI DADE I NTELECTUAL, I NEXI GI BI LI DADE,
CONSENTI MENTO, BI OGRAFADO. CONTROLE DE CONSTI TUCI ONALI DADE,
ATUALI DADE, OBSERVÂNCI A, PRI NCÍ PI O DA MÁXI MA EFETI VI DADE,
DI REI TO FUNDAMENTAL, APROVEI TAMENTO, NORMA
I NFRACONSTI TUCI ONAL, FUNDAMENTO, I NTERPRETAÇÃO, GARANTI A,
EFI CÁCI A JURÍ DI CA, DI REI TO ( ORDENAMENTO JURÍ DI CO) . GARANTI A
CONSTI TUCI ONAL, ORI ENTAÇÃO, I NTERPRETAÇÃO, NORMA
I NFRACONSTI TUCI ONAL, CÓDI GO CI VI L. DEVER, DI STI NÇÃO,
DI REI TO, LI BERD AD E D E EXPRESSÃO, CORRELAÇÃO, LI BERD AD E D E
EXPRESSÃO.MAI OR EXTENSÃO,
DEFI NI ÇÃO, LI BERDAD E D E EXPRESSÃO, CORRELAÇÃO,
D I REI TO, LI BERD AD E D E EXPRESSÃO. DEVER, OBSERVÂNCI A,
COMUNI DADE, ÂMBI TO I NTERNACI ONAL, PODER PÚBLI CO, PARTI CULAR,
DECORRÊNCI A, ESTRUTURAÇÃO, DI REI TOS HUMANOS, ATO NORMATI VO,
ÂMBI TO I NTERNACI ONAL. EVOLUÇÃO, NORMA CONSTI TUCI ONAL,
REFERÊNCI A, LI BERD AD E D E EXPRESSÃO. CONFI GURAÇÃO, CENSURA,
28

CONTROLE, I NFORMAÇÃO, CONTROLE, PALAVRA, CONTROLE,


FORMA, EXPRESSÃO. VEDAÇÃO, CENSURA, ABRANGÊNCI A, PARTI CULAR,
PODER PÚBLI CO. EFI CÁCI A HORI ZONTAL DOS DI REI TOS FUNDAMENTAI S,
OBRI GATORI EDADE, PODER PÚBLI CO, PARTI CULAR. POSSI BI LI DADE,
CONFLI TO, HI PÓTESE, PARTI CULAR, EXERCÍ CI O,
DESPROPORCI ONALI DADE, DI REI TO FUNDAMENTAL. RELATÓRI O,
ORGANI ZAÇÃO DOS ESTADOS AMERI CANOS ( OEA) , PREVI SÃO,
POSSI BI LI DADE, LI MI TAÇÃO, EXERCÍ CI O,
DI REI TO, LI BERD AD E DEEXPRESSÃO, ACESSO À I NFORMAÇÃO,
DECORRÊNCI A, PROTEÇÃO, DI REI TO, REPUTAÇÃO, PESSOA NATURAL,
SEGURANÇA NACI ONAL, ORDEM PÚBLI CA, SAÚDE PÚBLI CA, MORALI DADE.
DEVER, LI MI TAÇÃO, EXERCÍ CI O, DI REI TO FUNDAMENTAL, FUNDAMENTO,
CONCLUSÃO, MAI OR GRAVI DADE, DANO, HI PÓTESE, PUBLI CAÇÃO,
I NFORMAÇÃO. CONFI GURAÇÃO, DI REI TO DE SE
I NFORMAR, LI BERDAD E, I NFORMAÇÃO, TOTALI DADE, MATÉRI A,
AUSÊNCI A, CENSURA. CONFI GURAÇÃO,
LI MI TAÇÃO, LI BERDAD E, FORMAÇÃO, I DEI A, COI BI ÇÃO, ACESSO À
I NFORMAÇÃO. DI REI TO À I NFORMAÇÃO, ABRANGÊNCI A, ACESSO,
RECEBI MENTO, DI VULGAÇÃO, I NFORMAÇÃO, RESPONSABI LI ZAÇÃO, CADA,
PESSOA NATURAL, HI PÓTESE, ABUSO DE DI REI TO. I NEXI STÊNCI A,
DEMOCRACI A, AUSÊNCI A, RESPONSABI LI ZAÇÃO, PODER PÚBLI CO,
CI DADÃO. CONFI GURAÇÃO, RESPONSABI LI DADE CI VI L,
RESPONSABI LI DADE ADMI NI STRATI VA, RESPONSABI LI DADE CONTRATUAL,
ELEMENTO I NDI SPENSÁVEL, EQUI LÍ BRI O, ALCANCE,
EQUI VALÊNCI A, LI BERD AD E,CORRELAÇÃO, RESPONSABI LI DADE.
I NEXI STÊNCI A, I MUNI DADE ABSOLUTA, REFERÊNCI A, EXERCÍ CI O,
DI REI TO, HI PÓTESE, DANO, PESSOA NATURAL. DI STI NÇÃO, I N TI M I D AD E,
PRI VACI D AD E, DI REI TO CONSTI TUCI ONAL, DOUTRI NA. MOMENTO
ANTERI OR, I NVI OLABI LI DADE, DI REI TO À I N TI M I D AD E, PRI VACI D AD E,
H ON RA, I MAGEM, REGÊNCI A, EXCLUSI VI DADE, LEGI SLAÇÃO
I NFRACONSTI TUCI ONAL, ATUALI DADE, OCORRÊNCI A,
CONSTI TUCI ONALI ZAÇÃO, DI SPOSI ÇÃO EXPRESSA, I NVI OLABI LI DADE,
DI REI TO À I N TI M I D AD E, PRI VACI D AD E, H ON RA,I MAGEM,
APLI CABI LI DADE, PODER PÚBLI CO, PARTI CULAR. I MPORTÂNCI A,
DI STI NÇÃO, DI REI TO À I N TI M I D AD E, PRI VACI D AD E, DEFI NI ÇÃO,
CONTEÚDO NORMATI VO, OBJETI VO, EFI CÁCI A JURÍ DI CA. DI STI NÇÃO,
EXTENSÃO, CONTEÚDO NORMATI VO, HI PÓTESE, SUJEI TO DE DI REI TO,
I NTEGRANTE, ÓRGÃO ESTATAL, SUBMI SSÃO, TRANSPARÊNCI A,
CONTROLE, CI DADÃO; SUJEI TO DE DI REI TO, EXERCÍ CI O, FUNÇÃO,
FI NALI DADE, RECONHECI MENTO, COLETI VI DADE. AUSÊNCI A, OFENSA,
DI REI TO À I N TI M I D AD E, PRI VACI D AD E, DI VULGAÇÃO, DADO,
REFERÊNCI A, CARGO PÚBLI CO, FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA
PUBLI CI DADE, TRANSPARÊNCI A. I NEXI STÊNCI A, ANULAÇÃO, DI REI TO
À I N TI M I D AD E, PRI VACI D AD E, HI PÓTESE, DI VULGAÇÃO, I MAGEM,
PESSOA NATURAL, NOTORI EDADE, DECORRÊNCI A, CONFI GURAÇÃO,
OBJETO, I NTERESSE PÚBLI CO. CONFI GURAÇÃO, BI OGRAFI A, HI STÓRI A.
CONFI GURAÇÃO, NECESSI DADE, AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFADO, CENSURA
PRÉVI A, BI OGRAFI A. CARACTERI ZAÇÃO, RECOLHI MENTO, BI OGRAFI A,
MOMENTO POSTERI OR, PUBLI CAÇÃO, CENSURA, ÂMBI TO JUDI CI AL.
PESQUI SA HI STÓRI CA, DEPENDÊNCI A, BI OGRAFI A. I NFLUÊNCI A, DECI SÃO,
TRI BUNAL CONSTI TUCI ONAL FEDERAL DA ALEMANHA, I NTERPRETAÇÃO,
DI REI TO FUNDAMENTAL. DI REI TO FUNDAMENTAL, DI REI TO, DEFESA,
29

CI DADÃO, CONTRARI EDADE, PODER PÚBLI CO. EFI CÁCI A JURÍ DI CA,
DI REI TO FUNDAMENTAL, I NCI DÊNCI A, NORMA I NFRACONSTI TUCI ONAL,
ABRANGÊNCI A, PARTI CULAR. AMPLI AÇÃO,
DI REI TO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, GARANTI A, LI BERD ADE DE EXP
RESSÃO, OPI NI ÃO, I NFLUÊNCI A, DI VERSI DADE, PESSOA NATURAL.
UTI LI ZAÇÃO, CRI TÉRI O, PONDERAÇÃO, RESOLUÇÃO, CONFLI TO APARENTE
DE NORMAS. AUSÊNCI A, ALTERAÇÃO,
I NTERPRETAÇÃO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, FATO, BI OGRAFI A,
CONFI GURAÇÃO, OBJETO, COMERCI ALI ZAÇÃO, MOTI VO, LI VRO,
CONFI GURAÇÃO, PRODUTO, COMÉRCI O. I NADMI SSI BI LI DADE,
SUPRESSÃO, LI BERDAD E I NDI VI DUAL, HI PÓTESE, REPARAÇÃO DE DANO,
ABUSO DE DI REI TO. DEVER, I NTERPRETAÇÃO, NORMA
I NFRACONSTI TUCI ONAL, OBSERVÂNCI A, PRI NCÍ PI O CONSTI TUCI ONAL,
EFETI VI DADE, DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA,
GARANTI A, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, LI BERD AD E DE I NFORMAÇÃO,
CRI AÇÃO, ATI VI DADE ARTÍ STI CA, ATI VI DADE I NTELECTUAL, ATI VI DADE
CI ENTÍ FI CA, CONSEQUÊNCI A, VEDAÇÃO, CENSURA. CONFI GURAÇÃO,
I NVI OLABI LI DADE, PRI VACI D AD E,DI REI TO À I N TI M I D AD E,
H ON RA, I MAGEM, DECORRÊNCI A, DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA,
CABI MENTO, REPARAÇÃO DE DANO, HI PÓTESE, DESCUMPRI MENTO,
I MPOSSI BI LI DADE, LEGI SLADOR ORDI NÁRI O, RESTRI ÇÃO, GARANTI A
CONSTI TUCI ONAL. NECESSI DADE, CONCI LI AÇÃO, DI REI TO,
I NVI OLABI LI DADE, PRI VACI D AD E, DI REI TO À I N TI M I D AD E,
H ON RA, I MAGEM, CORRELAÇÃO, DI REI TO, ELABORAÇÃO, BI OGRAFI A.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. ROBERTO BARROSO:


I NEXI STÊNCI A, HI ERARQUI A, CARÁTER FORMAL, NORMA
CONSTI TUCI ONAL, FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA UNI DADE DA
CONSTI TUI ÇÃO. HI PÓTESE, HI ERARQUI A, CARÁTER MATERI AL, DEVER,
RESOLUÇÃO, CONFLI TO, DI REI TO FUNDAMENTAL, OCORRÊNCI A, CASO
CONCRETO, FUNDAMENTO, PROPORCI ONALI DADE. I NVALI DADE,
DI SPOSI TI VO, CÓDI GO CI VI L, PRI ORI DADE, DI REI TO DA PERSONALI DADE,
PREJUÍ ZO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA
UNI DADE DA CONSTI TUI ÇÃO.
ESSENCI ALI DADE, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, CONSTI TUI ÇÃO
FEDERAL, DI REI TO COMPARADO, DEMOCRACI A, DI GNI DADE DA PESSOA
HUMANA, BUSCA DA VERDADE, PRESERVAÇÃO, CULTURA, HI STÓRI A,
SOCI EDADE. TEMOR, CENSURA, JUSTI FI CATI VA,
PRI ORI DADE, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO. TESE, PRESUNÇÃO,
PRI ORI DADE, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, HI PÓTESE, PONDERAÇÃO.
PRESUNÇÃO, SUSPEI ÇÃO, HI PÓTESE,
LI MI TAÇÃO, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO.PRESUNÇÃO, PROI BI ÇÃO,
CENSURA, PRI ORI DADE, RESPONSABI LI ZAÇÃO, HI PÓTESE, ABUSO.
CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, OPÇÃO, PREVI SÃO, RESPONSABI LI ZAÇÃO,
MOMENTO POSTERI OR, HI PÓTESE, ABUSO,
EXERCÍ CI O, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO, I MPOSSI BI LI DADE, CENSURA
PRÉVI A. CARACTERI ZAÇÃO, CENSURA, CARÁTER PRI VADO, EXI GÊNCI A,
AUTORI ZAÇÃO, DI VULGAÇÃO, BI OGRAFI A, CONFI GURAÇÃO, RESTRI ÇÃO,
DESPROPORCI ONALI DADE, LI BERD AD EDE EXPRESSÃO. GRAVI DADE,
CONSEQUÊNCI A, NECESSI DADE, AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFADO,
PUBLI CAÇÃO, BI OGRAFI A. DESESTÍ MULO, DI VULGAÇÃO, BI OGRAFI A.
CARACTERI ZAÇÃO, ELEMENTO ESSENCI AL, BI OGRAFI A, EXPOSI ÇÃO,
30

I MAGEM, PRI VACI DAD E, CONSEQUÊNCI A, I NCENTI VO, BI OGRAFI A,


CONFORMI DADE, I NTERPRETAÇÃO, BI OGRAFADO, SUPRESSÃO, FATO,
CONTROVÉRSI A. CONSEQUÊNCI A, SONEGAÇÃO, HI STORI OGRAFI A, DANO,
HI STÓRI A, CULTURA, SOCI EDADE. COMPLEXI DADE, DEFI NI ÇÃO, GRAU,
PROTEÇÃO, DI REI TO À I N TI M I D AD E, VI DA PRI VADA, PESSOA PÚBLI CA.
NECESSI DADE, CAUTELA, UTI LI ZAÇÃO, CRI TÉRI O, I NTERESSE PÚBLI CO,
FI NALI DADE, SOLUÇÃO, CASO CONCRETO. VEDAÇÃO, COMETI MENTO,
I LÍ CI TO, OBJETI VO, OBTENÇÃO, I NFORMAÇÃO, BI OGRAFI A, FUNDAMENTO,
LEGALI DADE. AFASTAMENTO, EXI GÊNCI A, AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFI A,
AUSÊNCI A, CONFI GURAÇÃO, PRI ORI DADE, CARÁTER
ABSOLUTO, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO, CORRELAÇÃO, DI REI TO DA
PERSONALI DADE. PROI BI ÇÃO, DI VULGAÇÃO, OCORRÊNCI A, HI PÓTESE,
EXCEPCI ONALI DADE, TERATOLOGI A, FUNDAMENTO,
PROPORCI ONALI DADE.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. ROSA WEBER: PROCEDÊNCI A,


DECLARAÇÃO DE I NCONSTI TUCI ONALI DADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO,
DI SPOSI TI VO, CÓDI GO CI VI L, ENTENDI MENTO, I NEXI GI BI LI DADE,
CONSENTI MENTO, BI OGRAFADO, PUBLI CAÇÃO, VEI CULAÇÃO, BI OGRAFI A,
OBRA LI TERÁRI A, MEI O AUDI OVI SUAL. CASO CONCRETO,
ABRANGÊNCI A, LI BERD AD EDE I M PREN SA, DECORRÊNCI A, CONTEÚDO
JORNALÍ STI CO, BI OGRAFI A.
CONFI GURAÇÃO, LI BERD AD E DE I M PREN SA, ESPÉCI E,
GÊNERO, LI BERD ADE DE EXPRESSÃO, CONSEQUÊNCI A,
I MPOSSI BI LI DADE, RESTRI ÇÃO, ARBI TRARI EDADE. GARANTI A
CONSTI TUCI ONAL, I NDEPENDÊNCI A, LI NGUAGEM, UTI LI ZAÇÃO.
I NCOMPATI BI LI DADE, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL,
RESTRI ÇÃO, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO, OPI NI ÃO, LI BERD AD E DE I M
PREN SA, EXCEÇÃO, DI SPOSI ÇÃO EXPRESSA, LI MI TAÇÃO MATERI AL.
CONFI GURAÇÃO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, REGRA, ESTADO
DEMOCRÁTI CO DE DI REI TO. NÚCLEO ESSENCI AL, DI REI TO
FUNDAMENTAL, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, ABRANGÊNCI A, DI REI TO DE
I NFORMAR, DI REI TO DE SER I NFORMADO, DI REI TO DE TER OPI NI ÃO,
DI REI TO DE EMI TI R OPI NI ÃO, DI REI TO DE CRÍ TI CA.
ANI QUI LAMENTO, LI BERD AD EDE EXPRESSÃO, ATI VI DADE I NTELECTUAL,
ATI VI DADE ARTÍ STI CA, ATI VI DADE CI ENTÍ FI CA, SUJEI ÇÃO, PUBLI CAÇÃO,
AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFADO. CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, VEDAÇÃO,
PARTI CULAR,
I NTERFERÊNCI A, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, I NTERMÉDI O, CENSURA
PRÉVI A. I NEXI STÊNCI A, CONTRADI ÇÃO, DI REI TO À PRI VACI D AD E,
LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, DEVER, I NTÉRPRETE, CONCI LI AÇÃO,
PRI NCÍ PI O CONSTI TUCI ONAL, I GUALDADE, HI ERARQUI A,
ESCLARECI MENTO, ÂMBI TO, PROTEÇÃO, CADA, DI REI TO FUNDAMENTAL,
I MPOSSI BI LI DADE, DI REI TO À PRI VACI DAD E, PROI BI ÇÃO, PUBLI CAÇÃO,
MATÉRI A, I NTERESSE GERAL, I NTERESSE PÚBLI CO. I NADMI SSI BI LI DADE,
I MPOSI ÇÃO, ÔNUS, I M PREN SA, DECORRÊNCI A, PUBLI CAÇÃO, OPI NI ÃO,
CRÍ TI CA, REFERÊNCI A, ATUAÇÃO, AGENTE PÚBLI CO, FUNDAMENTO,
DEMOCRACI A. ALARGAMENTO, LI MI TAÇÃO,
CRÍ TI CA, I M PREN SA, HI PÓTESE, ENVOLVI MENTO, OCUPANTE DO CARGO,
CARGO PÚBLI CO. I MPOSSI BI LI DADE,
RESTRI ÇÃO, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO,OBJETI VO, I NI BI ÇÃO, CRÍ TI CA,
REFERÊNCI A, OCUPANTE DO CARGO, CARGO PÚBLI CO, FUNDAMENTO,
31

PROPORCI ONALI DADE. CONFI GURAÇÃO, CENSURA PRÉVI A, EXI GÊNCI A,


AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFADO, RI SCO,
PAGAMENTO, I N D EN I ZAÇÃO, HI PÓTESE, BOA- FÉ. DESESTÍ MULO,
PUBLI CAÇÃO, BI OGRAFI A, CONSEQUÊNCI A, ATRASO, PROPAGAÇÃO,
CULTURA.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. LUI Z FUX: CENSURA PRÉVI A,


ANI QUI LAMENTO, NÚCLEO ESSENCI AL, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO,
LI BERD AD E DE I NFORMAÇÃO, CONSEQUÊNCI A, FRAGI LI DADE,
TOTALI DADE, GARANTI A CONSTI TUCI ONAL. EXI STÊNCI A, LI MI TAÇÃO,
NATUREZA ÉTI CA, I NFORMAÇÃO, POSSI BI LI DADE, REPARAÇÃO DE DANO,
DI REI TO DE RESPOSTA, HI PÓTESE, ABUSO DE DI REI TO.
CARACTERI ZAÇÃO, DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA, GARANTI A,
CONTRARI EDADE, EXCESSO. BI OGRAFI A, HOMEM, NOTORI EDADE,
I NTEGRAÇÃO, HI STORI OGRAFI A, MEI O SOCI AL. I NEXI STÊNCI A, RENÚNCI A,
DI REI TO À PRI VACI D AD E, DI REI TO À I N TI M I D AD E,HI PÓTESE, PESSOA
NATURAL, ACEI TAÇÃO, NOTORI EDADE, CONDI ÇÃO, OBSERVÂNCI A,
NÚCLEO ESSENCI AL, DI REI TO FUNDAMENTAL.
CONFI GURAÇÃO, LI BERD AD E DE I NFORMAÇÃO, ELEMENTO
I NDI SPENSÁVEL, DEMOCRACI A. POSSI BI LI DADE, MANI FESTAÇÃO, I DEI A,
MI NORI A, I NTERMÉDI O, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO. DEVER, PODER
JUDI CI ÁRI O, CUMPRI MENTO, FUNÇÃO CONTRAMAJORI TÁRI A, GARANTI A,
DI VULGAÇÃO, I DEI A, I NCONVENI ÊNCI A, MAI ORI A, SOCI EDADE.
DI SPOSI TI VO, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, REFERÊNCI A, COMUNI CAÇÃO
SOCI AL, DEMONSTRAÇÃO, ANTAGONI SMO, CÓDI GO CI VI L, FUNDAMENTO,
VEDAÇÃO, CENSURA. CONFI GURAÇÃO, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL,
FUNDAMENTO, VALI DADE, CÓDI GO CI VI L. CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL,
VEDAÇÃO, CENSURA PRÉVI A, BI OGRAFI A, BI OGRAFADO, NOTORI EDADE,
FUNDAMENTO, I NTERESSE PÚBLI CO, COLETI VI DADE. CRESCI MENTO,
NOTORI EDADE, DI MI NUI ÇÃO, PRI VACI D AD E.I MPOSSI BI LI DADE,
PONDERAÇÃO, NORMA CONSTI TUCI ONAL, NORMA, CÓDI GO CI VI L.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. DI AS TOFFOLI : COLABORAÇÃO,


BI OGRAFI A, REGI STRO, HI STÓRI A, PAÍ S. VALOR, BI OGRAFI A, HI STÓRI A,
CULTURA, FUNDAMENTO, CRI AÇÃO, MEMÓRI A, SOCI EDADE. EXI GÊNCI A,
AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFADO, DESESTÍ MULO, OBRA LI TERÁRI A,
BI OGRAFI A. CENSURA PRÉVI A, I NTERFERÊNCI A, FI DELI DADE, OBRA
LI TERÁRI A. CARACTERI ZAÇÃO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, DI REI TO
NEGATI VO, PROTEÇÃO, CI DADÃO, I NTERFERÊNCI A, PODER PÚBLI CO,
PARTI CULAR, PREJUÍ ZO, EXERCÍ CI O, GARANTI A CONSTI TUCI ONAL.
POSSI BI LI DADE, I MPEDI MENTO, PUBLI CAÇÃO, BI OGRAFI A, HI PÓTESE,
EXCEPCI ONALI DADE, OFENSA, DI REI TO FUNDAMENTAL, FUNDAMENTO,
PONDERAÇÃO, PODER JUDI CI ÁRI O, CASO CONCRETO.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. GI LMAR MENDES: EVOLUÇÃO


JURI SPRUDENCI AL, REFERÊNCI A, LI MI TE
CONSTI TUCI ONAL, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, CORTE
CONSTI TUCI ONAL, ESTADOS UNI DOS DA AMÉRI CA.
I NTERPRETAÇÃO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, TRI BUNAL
CONSTI TUCI ONAL FEDERAL DA ALEMANHA. I MPOSSI BI LI DADE,
AFI RMAÇÃO, LI BERDAD E DE EXPRESSÃO, DI REI TO ABSOLUTO,
DECORRÊNCI A, POSSI BI LI DADE, LI MI TE CONSTI TUCI ONAL. NECESSI DADE,
32

AUTORI ZAÇÃO, BI OGRAFI A, MOMENTO ANTERI OR, CONSEQUÊNCI A,


DANO, LI BERD AD E, COMUNI CAÇÃO, ATI VI DADE ARTÍ STI CA, ATI VI DADE
CI ENTÍ FI CA.

Le gisla çã o
LEG- I MP CI B ANO- 1824
ART- 00179 I NC- 00004
CI B- 1824 CONSTI TUI ÇÃO POLI TI CA DO I MPERI O DO BRAZI L
LEG- FED CF ANO- 1891
ART- 00072 PAR- 00012 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 3/ 1926
CF- 1891 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1934
ART- 00113 NÚMERO- 9 ART- 00175 PAR- 00005
CF- 1934 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1937
ART- 00122 NÚMERO- 15 LET- A LET- B
LET- C ART- 00168 LET- B
CF- 1937 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1946
ART- 00141 PAR- 00005
ART- 00141 PAR- 00005 REDAÇÃO DADA PELO AI T- 2/ 1966
ART- 00209 PAR- ÚNI CO I NC- 00001
CF- 1946 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1967
ART- 00150 PAR- 00008
ART- 00153 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 1/ 1969
ART- 00153 PAR- 00008 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 1/ 1969
CF- 1967 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED EMC- 000003 ANO- 1926
EMENDA CONSTI TUCI ONAL
LEG- FED EMC- 000001 ANO- 1969
EMENDA CONSTI TUCI ONAL
LEG- FED LEI - 003071 ANO- 1916
CC- 1916 CÓDI GO CI VI L
LEG- FED LEI - 005250 ANO- 1967
LI - 1967 LEI DE I M PREN SA
LEG- FED LEI - 007347 ANO- 1985
ART- 00005 I NC- 00005 LET- A
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 008069 ANO- 1990
ART- 00254
ECA- 1990 ESTATUTO DA CRI ANÇA E DO ADOLESCENTE
LEG- FED LEI - 009099 ANO- 1995
LJE- 1995 LEI DOS JUI ZADOS ESPECI AI S CÍ VEI S E CRI MI NAI S
LEG- FED LEI - 009868 ANO- 1999
ART- 00002 I NC- 00009
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 009882 ANO- 1999
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 010406 ANO- 2002
ART- 00020 PAR- ÚNI CO ART- 00021 ART- 00053
CC- 2002 CÓDI GO CI VI L
LEG- FED LEI - 012527 ANO- 2011
33

ART- 00003 I NC- 00001 I NC- 00002 I NC- 00003


I NC- 00004 I NC- 00005
LEI ORDI NÁRI A
LEG- I NT CVC ANO- 1969
ART- 00013 NÚMERO- 1 NÚMERO- 2 LET- A
LET- B NÚMERO- 3 NÚMERO- 4 NÚMERO- 5
CONVENÇÃO AMERI CANA SOBRE DI REI TOS HUMANOS ( PACTO
DE SÃO JOSÉ DA COSTA RI CA) , DE 22 DE NOVEMBRO DE 1969
LEG- I NT CVC ANO- 1953
ART- 00008 ART- 00010 NÚMERO- 1 NÚMERO- 2
CONVENÇÃO PARA PROTEÇÃO DOS DI REI TOS DO HOMEM E DAS
LI BERD AD ES FUNDAMENTAI S
LEG- I NT PCT ANO- 1966
ART- 00019 NÚMERO- 1 NÚMERO- 2 NÚMERO- 3
LET- A LET- B
PACTO I NTERNACI ONAL SOBRE DI REI TOS CI VI S E POLÍ TI COS
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00005 I NC- 00004 I NC- 00005 I NC- 00006
I NC- 00009 I NC- 00010 I NC- 00013 I NC- 00014
I NC- 00020 I NC- 00035 ART- 00021 I NC- 00016
ART- 00060 I NC- 00004 ART- 00103 I NC- 00009
ART- 00205 ART- 00206 I NC- 00002 ART- 00215
" CAPUT" PAR- 00003 I NC- 00002 ART- 00220
" CAPUT" PAR- 00001 PAR- 00002 PAR- 00006
ART- 00227
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED DEL- 001077 ANO- 1970
ART- 00001 ART- 00002 PAR- ÚNI CO ART- 00003
ART- 00004 ART- 00005 I NC- 00001 I NC- 00002
I NC- 00003 ART- 00006 ART- 00007 PAR- ÚNI CO
ART- 00008
DECRETO- LEI
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00138 ART- 00139 ART- 00140 ART- 00141
ART- 00142 ART- 00143 ART- 00144 ART- 00145
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
LEG- FED DLG- 000034 ANO- 1970
DECRETO LEGI SLATI VO
LEG- FED DLG- 000226 ANO- 1991
DECRETO LEGI SLATI VO - APROVA O PACTO I NTERNACI ONAL
SOBRE DI REI TOS CI VI S E POLÍ TI COS
LEG- FED DLG- 000027 ANO- 1992
DECRETO LEGI SLATI VO - APROVA A CONVENÇÃO AMERI CANA
SOBRE DI REI TOS HUMANOS ( PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RI CA) , DE 22
DE NOVEMBRO DE 1969
LEG- FED DEC- 000592 ANO- 1992
DECRETO - PROMULGA O PACTO I NTERNACI ONAL SOBRE
DI REI TOS CI VI S E POLÍ TI COS
LEG- FED DEC- 000678 ANO- 1992
DECRETO - PROMULGA A CONVENÇÃO AMERI CANA SOBRE
DI REI TOS HUMANOS ( PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RI CA) , DE 22 DE
NOVEMBRO DE 1969
34

LEG- FED PJL- 000393 ANO- 2011


PROJETO DE LEI
LEG- FED PJL- 000042 ANO- 2014
PROJETO DE LEI
LEG- FED AI T- 000002 ANO- 1966
ART- 00012
ATO I NSTI TUCI ONAL
LEG- FED AI T- 000005 ANO- 1968
ATO I NSTI TUCI ONAL
LEG- FED EXM- 000037 ANO- 2000
ART- 00004
EXPOSI ÇÃO DE MOTI VOS - CÓDI GO DE CONDUTA DA ALTA
ADMI NI STRAÇÃO PÚBLI CA FEDERAL
LEG- FED SUMSTF- 000279
SÚMULA DO SUPREMO TRI BUNAL FEDERAL - STF
Obse r va çã o
- Acórdão( s) cit ado( s) :
( LEGI TI MI DADE, ASSOCI AÇÃO, AÇÃO DE CONTROLE CONCENTRADO DE
CONSTI TUCI ONALI DADE)
ADI 2797 ( TP) , ADI 2860 ( TP) , ADI 2903 ( TP) , ADI 3288 ( TP) , ADI 3413
( TP) , ADI 3702 ( TP) , ADI 4400 ( TP) , ADI 4441 AgR ( TP) .
( ADI , LEGI TI MI DADE ATI VA, ASSOCI AÇÃO DE ASSOCI AÇÕES)
ADI 3153 AgR ( TP) .
( LI BERDADE DE EXPRESSÃO)
HC 82424 ( TP) , ADI 4274 ( TP) , ADI 4451 MC- REF ( TP) .
( LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO, RESPONSABI LI ZAÇÃO, DANO)
ADPF 130 ( TP) , RE 511961 ( TP) , Rcl 9428 ( TP) , ADI 4451 MC- REF ( TP) .
( ACESSO À I NFORMAÇÃO, PRI NCÍ PI O DA PUBLI CI DADE, TRANSPARÊNCI A)
RE 766390 AgR ( 2ª T) .
( DI REI TO DE I NDENI ZAÇÃO POR DANO MORAL)
RE 447584 ( 2ª T) .
( CRI TÉRI O, PONDERAÇÃO, I NTERPRETAÇÃO, NORMA)
HC 83996 ( 2ª T) , ADI 5136 MC ( TP) .
( LI BERDADE DE EXPRESSÃO, I NFORMAÇÃO, I MPRENSA)
ADPF 130 ( TP) , ADPF 187 ( TP) .
( GARANTI A I NDI VI DUAL, CARÁTER ABSOLUTO)
MS 23452 ( 1ª T) .
( ACESSO À I NFORMAÇÃO, DEMOCRACI A)
RHD 22 ( 2ª T) .
( I MPOSSI BI LI DADE, CENSURA, LI BERDADE DE EXPRESSÃO)
ADI 869 ( TP) .
- Decisões m onocrát icas cit adas:
( DI REI TO, LI BERDADE DE EXPRESSÃO)
Rcl 11292 MC, Rcl 16074 MC, Rcl 15243.
( LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO, RESPONSABI LI ZAÇÃO, DANO)
AI 595395.
( I MPRENSA, CENSURA)
Rcl 18638 MC.
- Acórdão( s) cit ado( s) - out ros t ribunais:
TJSE, Processo 201200213096, TJSP, Processo 0181186-
30.2012.8.26.0100; TJRJ: MS 221/ 96, EI 2002.005.00058, Processo
35

0006890- 06.2007.8.19.0001, Processo 0180270- 36.2008.8.19.0001, AC


1994.001.01380; TJPR: AI 933.386- 4.
STJ: REsp 521.697.
- Legislação est rangeira cit ada: art . 11, da Declaração de Direit os do
Hom em e do Cidadão; art .19, da Declaração Universal dos Direit os
Hum anos da ONU, de 1948; ar t . 9, n.1 e n.2, da Car t a Afr icana de Direit os
Hum anos e dos Povos, de 1986; art . 11, n.
1
e n. 2, da Cart a dos Direit os Fundam ent ais da União Europeia, de 2000;
it em 5, it em 7, it em 10 e it em 11, da Declaração de Princípios sobre a
Liberdade de Expressão da Com issão I nt eram ericana de Direit os Hum anos;
art . 19, inciso 12, da Const it uição
chilena; Decret o- lei 679, de 1974, do Chile; art . 127º , I X, do Código de
Ham urabi; art . 1, n. 1, art . 5, n. 1, n. 2, n. 3, n. 4 e n. 5, ar t s. 3 a 19, da
Lei Fundam ent al alem ã; Lei de Espionagem de 1917, dos Est ados Unidos.
- Decisões est rangeir as cit adas: Caso Balzac, Caso Lüt h e Caso BVerfGE 7,
198, 1958 ( Bundesverfassungsgericht ) , Caso Lebach, de 1973, do Tribunal
Const it ucional da Alem anha, em 1958; Caso Warren vs. Brandeis, Caso New
York Tim es vs. Sulivan, Caso New
York Co. vs. Sullivan ( 376 US 254, 1964) , Caso Olm edo Bust os vs. Chile
( 2001) , Caso Thom as vs. Collins, 323 U.S. 516 ( 1945) , Caso Unit ed St at es
vs. Carolene Product s Co. ( 1938) , Caso Jones vs. Opelika ( 1942) , Caso
Murdock vs. Pennsylvania ( 1943) e
Thom as vs. Collins ( 1945) , Caso Schenck vs. Unit ed St at es ( 249 US 47,
1919) , Caso Abram s vs. Unit ed St at es ( 250 US 616, 1919) , Pierce vs.
Unit ed St at es ( 1920) , Git low vs. New York ( 1925) , Whit ney vs. California
( 1927) , da Suprem a Cort e nort e- am ericana;
parágrafo 49 do Caso Handyside, 1976; Caso Von Hanover vs. Germ any, de
2004; Caso Caroline Von Hanover, Caso Handyside, de 07.12.1976 e
Lingens vs. Aust ria, de 08.07.1986, da Cor t e Europeia de Direit os
Hum anos; Caso Édit ions Plon vs. France ( 2004) ;
Caso
Palam ara I r ibarne vs. Chile e Ricardo Canese vs. Paraguay, da Cort e
I nt eram ericana de Dir eit os Hum anos; Sent encias 6/ 1981, 106/ 1986,
159/ 1986 e 171/ 1990, da Espanha; Sent encias C- 010/ 00, de 19.01.2000,
T- 391/ 07, de 22.05.2007, e C- 442- 11, de
25.04.2011,
da Colôm bia.
- Vej a art s. 1º , §3º , 3º , incs. I , I I , I I I , I V, V, VI , VI I , VI I I , I X, X, XI , XI I ,
XI I I , XI V, XV, XVI , XVI I , XVI I I , XI X, XX e XXI , e 8º , do Est at ut o da
Associação dos Edit ores de Livros - ANEL.
- Vej a ADI 2404.
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fim do docu m e n t o

RH C 1 1 8 9 7 7 / M S - M ATO GROSSO D O SUL


RECURSO ORD I N ÁRI O EM H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . D I AS TOFFOLI
Ju lga m e n t o: 1 8 / 0 3 / 2 0 1 4 Ór gã o Ju lga dor : Pr im e ir a Tu r m a
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 067 DI VULG 03- 04- 2014 PUBLI C 04- 04- 2014
Pa r t e ( s)
RECTE.( S) : VALDECI DA SI LVA
ADV.( A/ S) : DEFENSOR PÚBLI CO- GERAL FEDERAL
RECDO.( A/ S) : MI NI STÉRI O PÚBLI CO FEDERAL
PROC.( A/ S) ( ES) : PROCURADOR- GERAL DA REPÚBLI CA
Em e n t a
EM EN TA Re cu r so or din á r io e m h a be a s cor pu s. Pr oce ssu a l Pe n a l.
I n t e r posiçã o con t r a j u lga do e m qu e cole gia do do Su pe r ior Tr ibu n a l
de Just iça n ã o con he ce u da im pe t r a çã o, a o fu n da m en t o de ser
su bst it u t ivo de r ecu r so or din á r io ca bíve l. Const r an gim e n t o ile ga l
n ã o e vide n cia do. En t en dim e n t o qu e en ca m pa a j u r ispr udê n cia da
Pr im e ir a Tu r m a da Cor t e . Pr e ce de nt e . D osim e t r ia . Fix a çã o da pe n a -
ba se a cim a do m ín im o le ga l e m de cor r ê n cia de m au s a nt ece de n t es.
Con den a ções t r a nsit a da s e m j u lga do h á m a is de cin co a n os.
Pr e t e nsã o à a plica çã o do dispost o n o in ciso I do ar t . 6 4 do Código
Pe n a l. Pe n a s a in da não ex t in t as. Const r a n gim e nt o ile ga l
in e x ist e nt e . Re cur so n ã o pr ovido. 1 . O e n t e n dim en t o do Su pe r ior
Tr ibun a l de Ju st iça qu a n t o a o ca bim e n t o do h a bea s cor pus
e n ca m pou a j ur ispr u dê n cia da Pr im e ir a Tu r m a da Cor t e n o sen t ido
da in a dm issibilida de do h a be a s cor pu s qu e t en h a por obj e t ivo
su bst it u ir o r e cur so or din á r io ( H C n º 1 0 9 .9 5 6 / PR, Re la t or o M in ist r o
M a r co Au r é lio, D Je de 1 1 / 9 / 1 2 ) , o qu e r e su lt ou no se u n ã o
conh e cim e n t o. 2 . Qu a n do o pa cie n t e n ã o pode se r con side r a do
r e in cide nt e , dia n t e do t r a nscu r so de la pso t e m por a l su per ior a cin co
a n os, con for m e pr evist o no a r t . 6 4 , I , do Código Pe n a l, a e x ist ên cia
de con den a ções an t e r ior e s n ã o ca r a ct e r iza m a us an t e ce de n t es.
Pr e ce de nt e s. 3 . N o ca so a s con den a çõe s a nt e r ior es con side r a das
pe la s in st â n cia s or din á r ia s pa r a fin s de va lor a çã o n e ga t iva dos
a n t e ce den t es cr im in a is do or a pa cie n t e a in da n ã o se e n con t r a m
e x t int a s. 4 . Re cur so n ã o pr ovido.

D e cisã o
40

A Turm a negou provim ent o ao recurso ordinár io em habeas corpus, nos


t erm os do vot o do relat or. Unânim e. Não part iciparam , j ust ificadam ent e,
dest e j ulgam ent o, os Senhores Minist ros Marco Aurélio e Luiz Fux. Presidiu,
est e j ulgam ent o, o Senhor Minist ro Dias Toffoli. Pr im eira Turm a, 18.3.2014.

I n de x a çã o
- I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, CONDENAÇÃO ANTERI OR,
FI NALI DADE, AUMENTO, PENA- BASE, DECORRÊNCI A, MAUS
ANTECEDENTES, HI PÓTESE, DECURSO DE PRAZO, CI NCO ANOS,
FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA, PRI NCÍ PI O
DA PROPORCI ONALI DADE, FUNÇÃO, RESSOCI ALI ZAÇÃO, PENA, D I REI TO,
ESQUECI M EN TO.

- RESSALVA DE ENTENDI MENTO, MI N. DI AS TOFFOLI : CABI MENTO,


HABEAS CORPUS, SUBSTI TUI ÇÃO, RECURSO EM HABEAS CORPUS.

Le gisla çã o
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00059 ART- 00064 I NC- 00001
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
Obse r va çã o
- Acórdão( s) cit ado( s) :
( HC, SUBSTI TUI ÇÃO, RHC)
HC 109956 ( 1ª T) , HC 110328 ( TP) .
( ANTECEDENTE, CONDENAÇÃO ANTERI OR, PENA EXTI NTA, MAI S DE CI NCO
ANOS)
HC 110191 ( 2ª T) , HC 119200 ( 1ª T) , RE 593818 RG ( TP) .
Núm ero de páginas: 11.
Análise: 22/ 04/ 2014, GOD.
Revisão: 22/ 07/ 2014, I VA.
D ou t r in a
GUERRA FI LHO, Willis Sant iago. Dignidade hum ana, pr incípio da
proporcionalidade e t eoria dos direit os fundam ent ais. p. 313 apud NUCCI ,
Guilherm e de Souza. Pr incípios const it ucionais penais e processuais penais.
São Paulo: Revist a dos Tribunais, 2010.
p.
213.
fim do docu m e n t o

AO 1 3 9 0 / PB - PARAÍ BA
AÇÃO ORI GI N ÁRI A
Re la t or ( a ) : M in . D I AS TOFFOLI
Ju lga m e n t o: 1 2 / 0 5 / 2 0 1 1 Ór gã o Ju lga dor : Tr ibuna l Ple n o
Pu blica çã o
DJe- 166 DI VULG 29- 08- 2011 PUBLI C 30- 08- 2011
EMENT VOL- 02576- 01 PP- 00017
RDDP n. 104, 2011, p. 144- 150
Pa r t e ( s)
41

AUTOR( A/ S) ( ES) : JOSÉ MARTI NHO LI SBOA


ADV.( A/ S) : I RAPUAN SOBRAL FI LHO E OUTRO( A/ S)
AUTOR( A/ S) ( ES) : JOSÉ TARGI NO MARANHÃO
ADV.( A/ S) : ALUÍ SI O LUNDGREN CORRÊA RÉGI S E OUTRO( A/ S)
REU( É) ( S) : OS MESMOS
Em e n t a
EM EN TA Açã o or igin á r ia . Fa t os in con t r ove r sos. D ispe n sáve l a
in st r u çã o pr oba t ór ia . Libe r da de de e x pr e ssã o lim it a da pe los dir e it os
à h on r a , à in t im ida de e à im a ge m , cu j a viola çã o ge r a da n o
m or a l. Pe ssoa s pública s. Su j e içã o a cr ít ica s n o de sem pe n h o das
fun ções. Lim it e s. Fix a çã o do da n o m or a l. Gr a u de r e pr ovabilida de da
con dut a . Fix a çã o dos h on or ár ios. Ar t . 2 0 , § 3 º , do CPC. 1 . É
dispe nsá ve l a a u diê n cia de in st r uçã o qu a n do os fa t os são
in con t r over sos, u m a ve z qu e esse s inde pe n de m de pr ova ( a r t . 3 3 4 ,
I I I , do CPC) . 2 . Em bor a se j a livr e a m a n ife st a çã o do pe n sa m en t o,
t a l dir e it o n ã o é a bsolu t o. Ao con t r á r io, e n con t r a lim it e s e m ou t r os
dir e it os t a m bé m essen cia is pa r a a con cr et iza çã o da dign ida de da
pe ssoa hu m an a : a h onr a , a in t im ida de , a pr iva cida de e o dir e it o à
im a ge m . 3 . As pe ssoas pú blica s e st ã o su j e it a s a cr ít ica s no
de se m pe nh o de su a s fun ções. Toda via , e ssa s n ã o pode m se r
in fun da da s e devem obse r va r de t e r m in a dos lim it e s. Se as a cusa ções
de st in a da s sã o gr a ve s e n ã o sã o a pr e sen t a da s pr ova s de su a
ve r a cida de , con figu r a do est á o da no m or a l. 4 . A fix a çã o do
qu a n t u m in den iza t ór io de ve obse r va r o gr a u de r e pr ovabilida de da
con dut a . 5 . A condu t a do r é u , e m bor a r e pr ová ve l, dest in ou - se a
pe ssoa pú blica , que e st á su j e it a a cr ít ica s r e la cion a da s com a su a
fun çã o, o qu e a t enu a o gr a u de r e pr ova bilida de da con du t a . 6 . A
e x t en sã o do da n o é m é dia , pois a pe sa r de h a ve r pu blica çõe s da s
a cu sa ções fe it as pelo r é u , foi igu a lm e nt e pu blica da , e com de st a que
( ca pa do j or n a l) , m a t é r ia qu e in oce nt a o a u t or , o qu e m in im izou o
im pa ct o da s ofe n sas pe r a nt e a socie da de . 7 . O qu a n t u m fix a do pe la
se nt e nça ( R$ 6 .0 0 0 ,0 0 ) é r a zoá ve l e a de qu a do. 8 . O va lor dos
h onor á r ios, de 1 5 % ( qu inze por ce n t o) sobr e o va lor da
con den a çã o, e st á e m con for m ida de com os cr it é r ios e st a be le cidos
pe lo a r t . 2 0 , § 3 º , do CPC. 9 . O va lor dos h on or á r ios fix a dos na
r e conven çã o t a m bé m é a de qu a do, r e pr e sen t an do a t ot a lida de do
va lor da do à ca u sa . 1 0 . Agr a vo r e t ido e a pe la çõe s n ã o pr ovidos.

D e cisã o
O Tribunal, por unanim idade, negou provim ent o ao recurso de agravo
ret ido, int erpost o pelo dem andado, bem com o às apelações pr opost as pelo
aut or e pelo réu, m ant endo int egralm ent e a sent ença, nos t erm os do vot o
do Relat or. Vot ou o President e. Ausent es, em part icipação no “ 2011 US-
BRAZI L JUDI CI AL DI ALOGUE” , em Washingt on, nos Est ados Unidos da
Am érica, os Senhores Minist ros Cezar Peluso ( President e) , Ellen Gracie,
Gilm ar Mendes, Ricardo Lewandowski e, nest e j ulgam ent o, o Senhor
Minist ro Joaquim Barbosa. Presidiu o j ulgam ent o o Senhor Minist ro Ayres
Brit t o ( Vice- President e) . Plenár io, 12.05.2011.
42

I n de x a çã o
- I NEXI STÊNCI A, I NÉPCI A, PETI ÇÃO I NI CI AL, SUFI CI ÊNCI A, DOCUMENTO,
JUNTADA, DEMONSTRAÇÃO, DANO, NEXO DE CAUSALI DADE. D AN O
M ORAL, DECORRÊNCI A, OFENSA, H ON RA OBJETI VA, COMPROVAÇÃO,
I NTERMÉDI O, FATO.

Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00005 I NC- 00004 I NC- 00009 ART- 00053
" CAPUT" ART- 00102 I NC- 00001 LET- N
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED LEI - 005869 ANO- 1973
ART- 00020 PAR- 00003 LET- A LET- B
LET- C ART- 00330 I NC- 00001 ART- 00334
I NC- 00003
CPC- 1973 CÓDI GO DE PROCESSO CI VI L
Obse r va çã o
- Acórdão cit ados: ADPF 130, I nq 1024 QO - Tribunal Pleno, RE
354874 AgR, AI 616083 ED.
Núm ero de páginas: 17.
Análise: 12/ 09/ 2011, KBP.
Revisão: 23/ 09/ 2011, I MC.

D ou t r in a
STOCCO, Rui. Trat ado de Responsabilidade Civil. 7. ed. São Paulo: RT,
2007. p. 1734.
fim do docu m e n t o

AD PF 1 3 0 / D F - D I STRI TO FED ERAL


ARGÜI ÇÃO D E D ESCUM PRI M EN TO D E PRECEI TO FUN D AM EN TAL
Re la t or ( a ) : M in . CARLOS BRI TTO
Ju lga m e n t o: 3 0 / 0 4 / 2 0 0 9 Ór gã o Ju lga dor : Tr ibuna l Ple n o
Pu blica çã o
DJe- 208 DI VULG 05- 11- 2009 PUBLI C 06- 11- 2009
EMENT VOL- 02381- 01 PP- 00001
RTJ VOL- 00213- 01 PP- 00020
Pa r t e ( s)
ARGTE.( S) : PARTI DO DEMOCRÁTI CO TRABALHI STA - PDT
ADV.( A/ S) : MI RO TEI XEI RA
ARGDO.( A/ S) : PRESI DENTE DA REPÚBLI CA
ADV.( A/ S) : ADVOGADO- GERAL DA UNI ÃO
ARGDO.( A/ S) : CONGRESSO NACI ONAL
I NTDO.( A/ S) : FEDERAÇÃO NACI ONAL DOS JORNALI STAS
PROFI SSI ONAI S - FENAJ
ADV.( A/ S) : CLAUDI SMAR ZUPI ROLI
I NTDO.( A/ S) : ASSOCI AÇÃO BRASI LEI RA DE I MPRENSA - ABI
ADV.( A/ S) : THI AGO BOTTI NO DO AMARAL
I NTDO.( A/ S) : ARTI GO 19 BRASI L
ADV.( A/ S) : EDUARDO PANNUNZI O
Em e n t a
43

EM EN TA: ARGUI ÇÃO DE D ESCUM PRI M EN TO DE PRECEI TO


FUN D AM EN TAL ( AD PF) . LEI D E I M PREN SA. AD EQUAÇÃO D A AÇÃO.
REGI M E CON STI TUCI ON AL D A " LI BERD AD E D E I N FORM AÇÃO
JORN ALÍ STI CA" , EXPRESSÃO SI N ÔN I M A D E LI BERD AD E D E
I M PREN SA. A " PLEN A" LI BERD AD E DE I M PREN SA COM O CATEGORI A
JURÍ D I CA PROI BI TI VA D E QUALQUER TI PO D E CEN SURA PRÉVI A. A
PLEN I TUD E D A LI BERD AD E D E I M PREN SA COM O REFORÇO OU
SOBRETUTELA DAS LI BERD AD ES DE M AN I FESTAÇÃO DO
PEN SAM EN TO, D E I N FORM AÇÃO E D E EXPRESSÃO ARTÍ STI CA,
CI EN TÍ FI CA, I N TELECTUAL E COM UN I CACI ON AL. LI BERDAD ES QUE
D ÃO CON TEÚD O ÀS RELAÇÕES D E I M PREN SA E QUE SE PÕEM COM O
SUPERI ORES BEN S D E PERSON ALI D AD E E M AI S D I RETA EM AN AÇÃO
D O PRI N CÍ PI O D A D I GN I D AD E D A PESSOA H UM AN A. O CAPÍ TULO
CON STI TUCI ON AL D A COM UN I CAÇÃO SOCI AL COM O SEGM EN TO
PROLON GAD OR D AS LI BERD AD ES DE M AN I FESTAÇÃO DO
PEN SAM EN TO, D E I N FORM AÇÃO E D E EXPRESSÃO ARTÍ STI CA,
CI EN TÍ FI CA, I N TELECTUAL E COM UN I CACI ON AL. TRAN SPASSE D A
FUN D AM EN TALI D AD E D OS D I REI TOS PROLON GAD OS AO CAPÍ TULO
PROLON GAD OR. PON D ERAÇÃO D I RETAM EN TE CON STI TUCI ON AL
EN TRE BLOCOS DE BEN S D E PERSON ALI D AD E: O BLOCO D OS
D I REI TOS QUE D ÃO CON TEÚD O À LI BERD AD E D E I M PREN SA E O
BLOCO D OS D I REI TOS À I M AGEM , H ON RA, I N TI M I D ADE E VI D A
PRI VAD A. PRECEDÊN CI A D O PRI M EI RO BLOCO. I N CI D ÊN CI A A
POSTERI ORI D O SEGUN D O BLOCO D E D I REI TOS, PARA O EFEI TO DE
ASSEGURAR O D I REI TO DE RESPOSTA E ASSEN TAR
RESPON SABI LI D ADES PEN AL, CI VI L E AD M I N I STRATI VA, EN TRE
OUTRAS CON SEQUÊN CI AS D O PLEN O GOZO D A LI BERD AD E D E
I M PREN SA. PECULI AR FÓRM ULA CON STI TUCI ON AL D E PROTEÇÃO A
I N TERESSES PRI VAD OS QUE, M ESM O I N CI D I N D O A POSTERI ORI ,
ATUA SOBRE AS CAUSAS PARA I N I BI R ABUSOS POR PARTE D A
I M PREN SA. PROPORCI ON ALI D AD E EN TRE LI BERD AD E D E I M PREN SA
E RESPON SABI LI DAD E CI VI L POR D AN OS M ORAI S E M ATERI AI S A
TERCEI ROS. RELAÇÃO D E M ÚTUA CAUSALI D AD E EN TRE LI BERD AD E
D E I M PREN SA E D EM OCRACI A. RELAÇÃO D E I N ERÊN CI A EN TRE
PEN SAM EN TO CRÍ TI CO E I M PREN SA LI VRE. A I M PREN SA COM O
I N STÂN CI A N ATURAL D E FORM AÇÃO D A OPI N I ÃO PÚBLI CA E COM O
ALTERN ATI VA À VERSÃO OFI CI AL D OS FATOS. PROI BI ÇÃO DE
M ON OPOLI ZAR OU OLI GOPOLI ZAR ÓRGÃOS D E I M PREN SA COM O
N OVO E AUTÔN OM O FATOR D E I N I BI ÇÃO D E ABUSOS. N ÚCLEO D A
LI BERD AD E D E I M PREN SA E M ATÉRI AS APEN AS PERI FERI CAM EN TE
D E I M PREN SA. AUTORREGULAÇÃO E REGULAÇÃO SOCI AL DA
ATI VI D AD E D E I M PREN SA. N ÃO RECEPÇÃO EM BLOCO D A LEI N º
5 .2 5 0 / 1 9 6 7 PELA N OVA ORDEM CON STI TUCI ON AL. EFEI TOS
JURÍ D I COS D A D ECI SÃO. PROCEDÊN CI A D A AÇÃO. 1 . ARGUI ÇÃO D E
D ESCUM PRI M EN TO D E PRECEI TO FUN D AM EN TAL ( AD PF) . LEI D E
I M PREN SA. AD EQUAÇÃO D A AÇÃO. A AD PF, fór m u la pr oce ssu a l
su bsidiá r ia do con t r ole con cen t r a do de con st it u cion a lida de , é via
a de qu a da à im pu gn a çã o de n or m a pr é - const it u cion a l. Sit u a çã o de
con cr et a a m biê n cia j u r isdicion a l t im br a da por de cisõe s con flit a n t es.
At e n dim e n t o da s con diçõe s da a çã o. 2 . REGI M E CON STI TUCI ON AL
D A LI BERD AD E DE I M PREN SA COM O REFORÇO D AS LI BERD AD ES D E
M AN I FESTAÇÃO D O PEN SAM EN TO, D E I N FORM AÇÃO E DE
44

EXPRESSÃO EM SEN TI D O GEN ÉRI CO, D E M OD O A ABARCAR OS


D I REI TOS À PRODUÇÃO I N TELECTUAL, ARTÍ STI CA, CI EN TÍ FI CA E
COM UN I CACI ON AL. A Const it u içã o r ese r vou à im pr en sa t odo u m
bloco n or m a t ivo, com o a pr opr ia do nom e " D a Com un ica çã o Socia l"
( ca pít u lo V do t ít u lo VI I I ) . A im pr en sa com o ple x o ou con j u n t o de
" a t ivida de s" ga nha a dim e n sã o de in st it u içã o- ide ia , de m odo a
pode r in flu en cia r ca da pe ssoa de pe r se e a t é m e sm o for m a r o qu e
se conve ncion ou ch a m a r de opin iã o pú blica . Pe lo qu e e la ,
Const it u içã o, de st in ou à im pr en sa o dir e it o de con t r ola r e r e ve la r a s
coisa s r espe it a n t es à vida do Est a do e da pr ópr ia socie da de . A
im pr e n sa com o a lt e r n a t iva à e x plica çã o ou ve r sã o est a t a l de t u do
qu e possa r e pe r cu t ir n o se io da socie da de e com o ga r a n t ido e spa ço
de ir r u pçã o do pe n sa m en t o cr ít ico e m qu a lqu e r sit u a çã o ou
con t in gên cia . Ent e n den do- se por pe n sa m en t o cr ít ico o qu e ,
ple n a m e n t e com pr om e t ido com a ve r da de ou e ssên cia da s coisa s, se
dot a de pot en cia l e m a n cipa t ór io de m e n t es e espír it os. O cor po
n or m a t ivo da Con st it u içã o br a sile ir a sin on im iza libe r da de de
in for m a çã o j or n a líst ica e libe r da de de im pr e nsa , r e cha ça n t e de
qu a lqu e r cen su r a pr é via a u m dir e it o qu e é sign o e pe nhor da m a is
e n ca r e cida dign ida de da pe ssoa hum a n a , a ssim com o do m a is
e volu ído e st a do de civiliza çã o. 3 . O CAPÍ TULO CON STI TUCI ON AL D A
COM UN I CAÇÃO SOCI AL COM O SEGM EN TO PROLON GAD OR D E
SUPERI ORES BEN S D E PERSON ALI D AD E QUE SÃO A M AI S D I RETA
EM AN AÇÃO D A D I GN I D AD E D A PESSOA H UM AN A: A LI VRE
M AN I FESTAÇÃO D O PEN SAM EN TO E O D I REI TO À I N FORM AÇÃO E À
EXPRESSÃO ARTÍ STI CA, CI EN TÍ FI CA, I N TELECTUAL E
COM UN I CACI ON AL. TRAN SPASSE D A N ATUREZA JURÍ D I CA D OS
D I REI TOS PROLON GAD OS AO CAPÍ TULO CON STI TUCI ON AL SOBRE A
COM UN I CAÇÃO SOCI AL. O a r t . 2 2 0 da Const it u içã o r a dica liza e
a la r ga o r e gim e de ple n a libe r da de de a t u a çã o da im pr e nsa ,
por qu a nt o fa la : a ) qu e os m en cion ados dir e it os de per son a lida de
( libe r da de de pe n sa m e n t o, cr ia çã o, e x pr e ssã o e in for m a çã o) e st ã o a
sa lvo de qu a lqu e r r e st r içã o e m seu e x e r cício, se j a qu a l for o su por t e
físico ou t e cn ológico de su a ve icu la ção; b) qu e t a l ex e r cício n ã o se
su j e it a a ou t r as disposiçõe s qu e nã o se j a m as figu r a n t e s de la
pr ópr ia , Con st it u içã o. A libe r da de de in for m a çã o j or na líst ica é
ve r sa da pe la Con st it u içã o Fe der a l com o e x pr e ssã o sin ôn im a de
libe r da de de im pr e n sa . Os dir e it os que dã o con t e ú do à libe r da de de
im pr e n sa sã o bens de per son a lida de qu e se qu a lifica m com o
sobr e dir e it os. D a í qu e , n o lim it e , a s r e la çõe s de im pr e n sa e as
r e la çõe s de in t im ida de , vida pr iva da , im a ge m e h on r a são de m ú t ua
e x clu dên cia , n o se n t ido de que a s pr im e ir a s se a n t e cipa m , n o
t e m po, à s se gu n das; ou se j a , a n t es de t u do pr e va le ce m a s r e la ções
de im pr e nsa com o su pe r ior es be ns j u r ídicos e n a t ur a l for m a de
con t r ole socia l sobr e o pode r do Est a do, sobr e vin do a s de m a is
r e la çõe s com o e vent u a l r esponsa biliza çã o ou conse qu ên cia do ple n o
gozo da s pr im e ir a s. A e x pr essã o con st it u cion a l " obse r va do o
dispost o ne st a Con st it u içã o" ( pa r t e fin a l do a r t . 2 2 0 ) t r a du z a
in cidê n cia dos disposit ivos t u t e la r e s de ou t r os be n s de
pe r son a lida de , é ce r t o, m as com o con se qu ên cia ou
r e spon sa biliza çã o pe lo de sfr u t e da " ple n a libe r da de de in for m a ção
j or n a líst ica " ( § 1 º do m e sm o a r t . 2 2 0 da Const it u içã o Fede r a l) . N ã o
45

h á libe r da de de im pr e nsa pe la m e t a de ou sob a s t en a ze s da ce nsur a


pr é via , in clu sive a pr oce de n t e do Pode r Ju diciá r io, pe n a de se
r e sva la r pa r a o espa ço in const it u ciona l da pr e st idigit a çã o j ur ídica .
Sile n cia n do a Const it u içã o qu an t o a o r e gim e da in t e r n e t ( r e de
m u n dia l de com pu t a dor es) , n ã o há com o se lh e r e cusa r a
qu a lifica çã o de t e r r it ór io vir t u a l livr em e n t e ve icu la dor de ide ia s e
opin iõe s, de ba t es, n ot ícia s e t u do o m a is qu e sign ifiqu e ple n it u de de
com un ica çã o. 4 . M ECAN I SM O CON STI TUCI ON AL DE CALI BRAÇÃO DE
PRI N CÍ PI OS. O a r t . 2 2 0 é de in st a n t â n e a obser vân cia qu a n t o a o
de sfr u t e da s libe r da de s de pensa m e n t o, cr ia çã o, e x pr e ssã o e
in for m a çã o qu e , de a lgu m a for m a , se ve icu le m pe los ór gã os de
com un ica çã o socia l. I st o se m pr ej u ízo da a plica bilida de dos
se gu in t es incisos do a r t . 5 º da m esm a Const it u içã o Fe der al: ve da çã o
do a n on im a t o ( par t e fin a l do in ciso I V) ; do dir e it o de r e spost a
( in ciso V) ; dir e it o a in de n iza çã o por da n o m a t e r ia l ou m or a l à
in t im ida de , à vida pr iva da , à h onr a e à im a ge m da s pe ssoa s ( in ciso
X) ; livr e e x er cício de qu a lqu e r t r a ba lh o, ofício ou pr ofissã o,
a t e n dida s a s qu a lifica çõe s pr ofission a is qu e a le i e st a be le ce r ( in ciso
XI I I ) ; dir e it o a o r e sgu a r do do sigilo da fon t e de in for m a çã o, qu a n do
n e cessá r io ao e x e r cício pr ofission a l ( in ciso XI V) . Lógica
dir e t a m e n t e const it u cion a l de ca libr a çã o t e m por a l ou cr on ológica n a
e m pír ica in cidê n cia de sse s dois blocos de disposit ivos
con st it u cion a is ( o a r t . 2 2 0 e os m e n cion a dos in cisos do a r t . 5 º ) .
N ou t r os t er m os, pr im e ir a m e n t e , a sse gu r a - se o gozo dos
sobr e dir e it os de per son a lida de e m que se t r a du z a " livr e" e " plen a "
m a n ife st a çã o do pen sa m en t o, da cr ia çã o e da in for m a çã o. Som e n t e
de pois é qu e se pa ssa a cobr a r do t it u la r de t a is sit u a çõe s j ur ídica s
a t iva s u m e ve n t u al de sr e spe it o a dir e it os const it u cion ais a lh e ios,
a in da qu e t a m bém de nsifica dor e s da pe r son a lida de hu m a n a.
D e t e r m in a çã o con st it u cion a l de m om e n t â n e a pa r a lisia à
in viola bilida de de ce r t a s ca t e gor ia s de dir e it os su bj et ivos
fun da m e n t a is, por qu a n t o a ca be ça do a r t . 2 2 0 da Const it u içã o ve da
qu a lqu e r cer ce io ou r e st r içã o à con cr e t a m a n ife st a çã o do
pe n sa m en t o ( ve dado o a n on im a t o) , be m a ssim t odo ce r ce io ou
r e st r içã o que t enh a por obj e t o a cr ia çã o, a ex pr e ssã o e a
in for m a çã o, se j a qu a l for a for m a , o pr ocesso, ou o ve ícu lo de
com un ica çã o socia l. Com o qu e a Le i Fu n da m en t a l do Br a sil ve icu la
o m a is de m ocr á t ico e civiliza do r e gim e da livr e e ple na cir cu la çã o
da s ide ia s e opin iõe s, a ssim com o da s n ot ícia s e infor m a çõe s, m as
se m de ix a r de pr e scr e ver o dir e it o de r e spost a e t odo u m r e gim e de
r e spon sa bilida de s civis, pe n a is e a dm in ist r a t ivas. D ir e it o de
r e spost a e r e sponsa bilida de s qu e , m e sm o a t u a n do a post e r ior i,
in fle t e m sobr e as ca u sa s pa r a in ibir a bu sos n o desfr u t e da ple n it u de
de libe r da de de im pr e n sa . 5 . PROPORCI ON ALI DAD E EN TRE
LI BERD AD E DE I M PREN SA E RESPON SABI LI D AD E CI VI L POR D AN OS
M ORAI S E M ATERI AI S. Se m e m ba r go, a e x cessivida de inde n iza t ór ia
é , e m si m e sm a , pode r oso fa t or de in ibiçã o da libe r da de de
im pr e n sa , em viola çã o ao pr in cípio con st it u cion a l da
pr opor cion a lida de . A r e la çã o de pr opor cion a lida de e n t r e o dan o
m or a l ou m a t e r ia l sofr ido por a lgu é m e a in de n iza çã o qu e lh e ca iba
r e ce be r ( qu a nt o m a ior o da n o m a ior a in de n iza çã o) ope r a é no
â m bit o in t e r n o da pot e n cia lida de da ofe nsa e da con cr et a sit u a çã o
46

do ofen dido. N a da t e n do a ver com e ssa e qu a çã o a cir cunst â n cia e m


si da ve icu la çã o do a gr a vo por ór gã o de im pr e n sa , por que , se n ã o, a
libe r da de de in for m a çã o j or n a líst ica de ix a r ia de se r u m e le m e n t o de
e x pa nsã o e de r obust e z da libe r da de de pe nsa m e nt o e de e x pr essão
la t o se nsu pa r a se t or n a r u m fa t or de con t r a çã o e de e squ a lide z
de ssa libe r da de . Em se t r a t a n do de a ge n t e pú blico, a in da qu e
in j ust a m en t e ofe ndido e m su a h on r a e im a ge m , su bj a z à
in de n iza çã o u m a im pe r iosa clá usu la de m odicida de . I st o por que
t odo a ge n t e pú blico e st á sob per m an en t e vigília da cida da n ia . E
qu a n do o a ge nt e e st a t a l n ã o pr im a por t oda s as a par ê n cia s de
le ga lida de e le git im ida de n o se u a t ua r oficia l, a t r a i con t r a si m a is
for t es su spe it as de u m com por t a m en t o a n t ij u r ídico fr a n ca m e n t e
sin dicá ve l pe los cida dã os. 6 . RELAÇÃO D E M ÚTUA CAUSALI D ADE
EN TRE LI BERD AD E D E I M PREN SA E D EM OCRACI A. A ple n a libe r da de
de im pr e nsa é u m pa t r im ôn io im a t er ia l qu e cor r e spon de a o m a is
e loqu e n t e a t e st a do de e volu çã o polít ico- cu lt ur a l de t odo u m povo.
Pe lo se u r e conh e cido con dã o de vit a liza r por m u it os m odos a
Const it u içã o, t ir a ndo- a m a is ve zes do pa pe l, a I m pr e nsa pa ssa a
m a n t e r com a dem ocr a cia a m a is e n t r anh a da r e la çã o de m ú t u a
de pe n dê ncia ou r e t r oa lim e nt a çã o. Assim visu a liza da com o
ve r da de ir a ir m ã sia m e sa da de m ocr a cia , a im pr e n sa pa ssa a
de sfr u t a r de u m a libe r da de de a t u a çã o a in da m a ior qu e a libe r da de
de pe n sa m en t o, de in for m a çã o e de ex pr essã o dos in divídu os e m si
m e sm os conside r ados. O § 5 º do a r t . 2 2 0 a pr e se n t a - se com o n or m a
con st it u cion a l de con cr et iza çã o de u m plu r a lism o fin a lm e n t e
com pr e e n dido com o fun da m e nt o da s socie da de s a ut e nt ica m e n t e
de m ocr á t ica s; ist o é , o plu r a lism o com o a vir t u de de m ocr á t ica da
r e spe it osa convivên cia dos con t r á r ios. A im pr e n sa livr e é , e la
m e sm a , plu r a l, devido a qu e sã o con st it u cion a lm e n t e pr oibida s a
oligopoliza çã o e a m on opoliza çã o do se t or ( § 5 º do a r t . 2 2 0 da CF) .
A pr oibiçã o do m on opólio e do oligopólio com o n ovo e a u t ôn om o
fa t or de cont en çã o de a busos do ch a m a do " poder socia l da
im pr e n sa " . 7 . RELAÇÃO DE I N ERÊN CI A EN TRE PEN SAM EN TO
CRÍ TI CO E I M PREN SA LI VRE. A I M PREN SA COM O I N STÂN CI A
N ATURAL DE FORM AÇÃO D A OPI N I ÃO PÚBLI CA E COM O
ALTERN ATI VA À VERSÃO OFI CI AL D OS FATOS. O pensa m e n t o cr ít ico
é pa r t e in t e gr a nt e da in for m a çã o ple n a e fide dign a . O possíve l
con t eú do socia lm e n t e ú t il da obr a com pe n sa e ven t u a is e x cessos de
e st ilo e da pr ópr ia ve r ve do au t or . O ex e r cício con cr e t o da libe r da de
de im pr e n sa a sse gu r a a o j or n a list a o dir e it o de e x pe n der cr ít ica s a
qu a lqu e r pessoa , a in da qu e e m t om á spe r o ou con t u n den t e,
e spe cia lm e n t e cont r a a s a ut or ida de s e os a ge nt e s do Est a do. A
cr ít ica j or n a líst ica , pe la su a r e la çã o de in e r ên cia com o in t e r esse
pú blico, n ã o é a pr ior ist ica m e nt e susce t íve l de ce nsu r a , m e sm o que
le gisla t iva ou j u dicia lm e n t e in t e nt a da . O pr ópr io da s a t ivida de s de
im pr e n sa é oper a r com o for m a dor a de opin iã o pú blica , e spa ço
n a t ur a l do pe nsa m e n t o cr ít ico e " r e a l a lt e r n a t iva à ve r sã o oficia l dos
fa t os" ( D e pu t a do Fe de r a l M ir o Te ix e ir a ) . 8 . N ÚCLEO D URO D A
LI BERD AD E D E I M PREN SA E A I N TERDI ÇÃO PARCI AL D E LEGI SLAR.
A u m a a t ivida de qu e j á e r a " livr e " ( in cisos I V e I X do a r t . 5 º ) , a
Const it u içã o Fe der a l a cr e scen t ou o qua lifica t ivo de " ple na " ( § 1 º do
a r t . 2 2 0 ) . Libe r da de ple n a qu e , r e pe le n t e de qu a lqu er ce nsur a
47

pr é via , diz r e spe it o à e ssên cia m e sm a do j or n a lism o ( o ch a m a do


" nú cle o dur o" da a t ivida de ) . Assim en t en dida s a s coor de n a da s de
t e m po e de con t e ú do da m a n ife st a çã o do pe n sam e n t o, da
in for m a çã o e da cr ia çã o la t o se n su, se m o qu e n ã o se t e m o
de se m ba r a ça do t r â n sit o da s ide ia s e opin iõe s, t an t o qu a n t o da
in for m a çã o e da cr ia çã o. I n t e r diçã o à le i qu a n t o à s m a t é r ia s
n u cle a r m e n t e de im pr e nsa , r et r a t a da s n o t e m po de in ício e de
du r a çã o do con cr et o e x e r cício da libe r da de , a ssim com o de sua
e x t en sã o ou t a m an h o do seu cont eú do. Tir an t e , un ica m e n t e , a s
r e st r içõe s qu e a Lei Fun da m e n t a l de 1 9 8 8 pr e vê pa r a o " e st a do de
sít io" ( a r t . 1 3 9 ) , o Pode r Pú blico som e nt e pode dispor sobr e
m a t é r ia s la t e r a l ou r e fle x a m e nt e de im pr e nsa , r e spe it a da se m pr e a
ide ia - for ça de qu e qu e m qu er qu e se j a t e m o dir e it o de dize r o qu e
qu e r que se j a . Logo, n ã o ca be a o Est a do, por qu a lqu er dos seus
ór gã os, de fin ir pr evia m e n t e o qu e pode ou o qu e n ã o pode se r dit o
por in divídu os e j or n a list a s. As m a t é r ia s r e fle x a m en t e de im pr e n sa ,
susce t íve is, por t ant o, de con for m a çã o le gisla t iva , sã o a s in dica da s
pe la pr ópr ia Const it u içã o, t a is com o: dir e it os de r e spost a e de
in de n iza çã o, pr opor cion a is a o a gr a vo; pr ot e çã o do sigilo da fon t e
( " qu a n do n ece ssá r io a o e x er cício pr ofission a l" ) ; r espon sa bilida de
pe n a l por ca lú n ia , in j ú r ia e difa m a çã o; dive r sões e espe t á cu los
pú blicos; est a be le cim e n t o dos " m e ios le ga is qu e ga r an t am à pe ssoa
e à fa m ília a possibilida de de se de fe n der e m de pr ogr a m a s ou
pr ogr a m a çõe s de r á dio e t e le visã o que con t r a r ie m o dispost o n o a r t .
2 2 1 , be m com o da pr opa ga n da de pr odu t os, pr á t ica s e ser viços qu e
possa m se r nocivos à sa ú de e a o m e io a m bie n t e " ( in ciso I I do § 3 º
do a r t . 2 2 0 da CF) ; in de pe n dên cia e pr ot e çã o r e m un e r a t ór ia dos
pr ofission a is de im pr e n sa com o e le m e n t os de sua pr ópr ia
qu a lifica çã o t é cn ica ( in ciso XI I I do a r t . 5 º ) ; pa r t icipa çã o do ca pit a l
e st r an ge ir o n a s e m pr e sa s de com un ica çã o socia l ( § 4 º do a r t . 2 2 2
da CF) ; com posição e fun cion a m en t o do Conse lh o de Com u n ica çã o
Socia l ( a r t . 2 2 4 da Con st it u içã o) . Re gu la ções est a t a is qu e ,
sobr e t u do in cidin do no pla n o da s con se quê n cia s ou
r e spon sa biliza çõe s, r e pe r cut e m sobr e a s ca u sas de ofe n sas
pe ssoa is pa r a in ibir o com e t im e nt o dos a busos de im pr e nsa .
Pe cu lia r fór m u la con st it u cion a l de pr ot e çã o de in t e r e sse s pr iva dos
e m fa ce de e ven t u a is de scom e dim e n t os da im pr en sa ( j ust a
pr e ocu pa çã o do M in ist r o Gilm a r M en de s) , m a s se m pr e j u ízo da
or de m de pr e ce dência a e st a con fer ida , se gun do a lógica e le m e n t ar
de qu e n ã o é pe lo t e m or do a bu so que se va i coibir o u so. Ou , n as
pa la vr a s do M in ist r o Ce lso de M e llo, " a ce nsur a gover n a m e nt a l,
e m a n a da de qu a lque r u m dos t r ê s Pode r e s, é a ex pr essã o odiosa da
fa ce a u t or it á r ia do pode r pú blico" . 9 . AUTORREGULAÇÃO E
REGULAÇÃO SOCI AL D A ATI VI D AD E D E I M PREN SA. É da lógica
e n ca m pa da pe la nossa Const it u içã o de 1 9 8 8 a a u t or r egu la çã o da
im pr e n sa com o m eca n ism o de pe r m a n en t e a j ust e de lim it e s da su a
libe r da de a o se n t ir - pe n sar da socie da de civil. Os pa dr õe s de
se le t ivida de do pr ópr io cor po socia l ope r a m com o a n t ídot o qu e o
t e m po n ã o cessa de a pr im or a r con t r a os a bu sos e de svios
j or n a líst icos. D o de ve r de ir r e st r it o a pe go à com ple t u de e
fide dign ida de da s in for m a ções com un ica da s a o pú blico de cor r e a
pe r m a n en t e con cilia çã o e n t r e libe r da de e r e sponsa bilida de da
48

im pr e n sa . Re pit a - se : n ã o é j a m a is pelo t e m or do a buso qu e se va i


pr oibir o u so de u m a libe r da de de in for m a çã o a qu e o pr ópr io Te x t o
M a gn o do Pa ís a pôs o r ót u lo de " plena " ( § 1 do a r t . 2 2 0 ) . 1 0 . N ÃO
RECEPÇÃO EM BLOCO D A LEI 5 .2 5 0 PELA N OVA ORD EM
CON STI TUCI ON AL. 1 0 .1 . Óbice lógico à con fe cçã o de u m a le i de
im pr e n sa qu e se or n e de com ple içã o e st a t u t á r ia ou or gâ n ica . A
pr ópr ia Const it u içã o, qu a n do o qu is, con vocou o legisla dor de
se gun do esca lã o pa r a o a por t e r e gr a t ór io da pa r t e r est an t e de seus
disposit ivos ( ar t . 2 9 , a r t . 9 3 e § 5 º do a r t . 1 2 8 ) . Sã o
ir r e gu la m e nt á ve is os be ns de pe r sona lida de qu e se põem com o o
pr ópr io con t e ú do ou su bst r a t o da libe r da de de in for m a ção
j or n a líst ica , por se t r a t a r de be ns j u r ídicos qu e t ê m n a pr ópr ia
in t e r diçã o da pr é via in t e r fer ê ncia do Est a do o se u m odo n a t ur a l,
ca ba l e in in t e r r u pt o de in cidir . Von t a de n or m a t iva qu e , e m t e m a
e le m e n t a r m en t e de im pr e n sa , sur ge e se e x au r e n o pr ópr io t e x t o da
Le i Su pr e m a . 1 0 .2 . I n com pa t ibilida de m a t e r ia l in su per á ve l e n t r e a
Le i n ° 5 .2 5 0 / 6 7 e a Con st it u içã o de 1 9 8 8 . I m possibi lida de de
con cilia çã o qu e , sobr e ser do t ipo m a t e r ia l ou de su bst ân cia
( ve r t ica l) , con t a m in a t oda a Le i de I m pr e nsa : a ) qu an t o a o seu
e n t r e la ce de com a n dos, a se r viço da pr e st idigit a dor a lógica de qu e
pa r a ca da r e gr a ger a l a fir m a t iva da libe r da de é a be r t o um le qu e de
e x ce ções qu e pr a t ica m e n t e t u do de sfa z; b) qu an t o a o seu
in e scon díve l e fe it o pr á t ico de ir a lé m de u m sim ple s pr oj e t o de
gove r n o pa r a a lca n ça r a r e a liza çã o de u m pr oj e t o de pode r , e st e a
se e t er n iza r n o t em po e a su foca r t odo pe n sa m en t o cr ít ico n o Pa ís.
1 0 .3 Sã o de t odo im pr e st á ve is as t en t a t iva s de con cilia çã o
h e r m en êu t ica da Le i 5 .2 5 0 / 6 7 com a Const it u içã o, se j a m e dia n t e
e x pur go pu r o e sim ple s de de st a ca dos disposit ivos da le i, se j a
m e dia n t e o e m pr e go de ssa r e fin ada t é cn ica de con t r ole de
con st it u cion a lida de qu e a t e n de pe lo n om e de " in t e r pr e t a çã o
con for m e a Const it u içã o" . A t é cn ica da in t e r pr e t a çã o confor m e n ão
pode a r t ificia liza r ou for ça r a de scon t am in a çã o da pa r t e r e st a nt e do
diplom a le ga l in t e r pr e t a do, pe n a de de sca bido in cu r siona m e n t o do
in t é r pr e t e e m le gife r a çã o por cont a pr ópr ia . I n a pa r t abilida de de
con t eú do, de fin s e de vié s se m ân t ico ( lin h a s e en t r e linh a s) do t ex t o
in t e r pr e t a do. Ca so- lim it e de in t er pr e t a çã o n e cessa r ia m e n t e
con globa n t e ou por a r r a st a m e nt o t e le ológico, a pr é - e x clu ir do
in t é r pr e t e / a plica dor do D ir e it o qu a lqu e r possibilida de da de cla r a çã o
de in con st it u cion a lida de a pe n a s de de t e r m in a dos disposit ivos da le i
sin dica da , m a s pe r m a n e ce n do in cólum e u m a pa r t e sobej a n t e qu e j á
n ã o t e m sign ifica do a u t ônom o. N ão se m u da , a golpe s de
in t e r pr e t a çã o, n em a in e x t r in ca bilida de de com a n dos n e m as
fin a lida de s da n or m a in t e r pr et a da . I m possibilida de de se pr ese r va r ,
a pós a r t ificiosa he r m e n êu t ica de de pu r a çã o, a coe r ên cia ou o
e qu ilíbr io in t e r n o de u m a le i ( a Le i fe de r a l n º 5 .2 5 0 / 6 7 ) qu e foi
ide ologica m e n t e con ce bida e n or m at iva m e n t e a pe t r e ch a da pa r a
ope r a r e m bloco ou com o u m t odo pr o in diviso. 1 1 . EFEI TOS
JURÍ D I COS D A DECI SÃO. Aplica m - se a s n or m a s da le gisla çã o
com u m , n ot a da m e n t e o Código Civil, o Código Pe n a l, o Código de
Pr oce sso Civil e o Código de Pr oce sso Pe n a l à s ca u sas de cor r en t es
da s r e la çõe s de im pr e nsa . O dir e it o de r e spost a , qu e se m a n ife st a
com o a çã o de r e plica r ou de r e t ifica r m a t é r ia pu blica da é e x e r cit áve l
49

por pa r t e da qu e le qu e se vê ofen dido e m su a h on r a obj e t iva , ou


e n t ã o su bj e t iva , con for m e est a m pa do n o in ciso V do a r t . 5 º da
Const it u içã o Fe der a l. N or m a , e ssa , " de e ficá cia ple n a e de
a plica bilida de im e dia t a " , con for m e cla ssifica çã o de José Afon so da
Silva . " N or m a de pr on t a a plica çã o" , na lin gu a ge m de Ce lso Ribe ir o
Ba st os e Ca r los Ayr e s Br it t o, e m obr a dou t r in á r ia con j un t a . 1 2 .
PROCED ÊN CI A D A AÇÃO. Tot a l pr ocedê n cia da AD PF, pa r a o e fe it o
de de cla r a r com o nã o r e ce pcion a do pela Const it u içã o de 1 9 8 8 t odo
o con j u n t o de disposit ivos da Le i fe der a l n º 5 .2 5 0 , de 9 de fe ve r e ir o
de 1 9 6 7 .

D e cisã o
Após o vot o do Senhor Minist ro Car los Brit t o ( Relat or) , j ulgando procedent e
a ação, no que foi acom panhado pelo Senhor Minist ro Er os Grau, o
j ulgam ent o foi suspenso para cont inuação na sessão do dia 15. Falaram ,
pelo argüent e, o Dr. Miro Teixeir a; pelos am ici cur iae, Art igo 19 Brasil e
Associação Brasileira de I m prensa - ABI , respect ivam ent e, a Dra. Juliana
Vieira dos Sant os e o Dr. Thiago Bot t ino do Am aral e, pelo Minist ério Público
Federal, o Procurador- Geral da República, Dr. Ant ônio Fernando Barros e
Silva de Souza. Presidência do Senhor Minist ro Gilm ar Mendes. Plenár io,
01.04.2009. Decisão: O Tribunal, por m aior ia e nos t erm os do vot o do
Relat or, j ulgou procedent e a ação, vencidos, em part e, o Senhor Minist ro
Joaquim Barbosa e a Senhora Minist ra Ellen Gracie, que a j ulgavam
im procedent e quant o aos art igo 1º , § 1º ; art igo 2º , caput ; art igo 14; art igo
16, inciso I e art igos 20, 21 e 22, t odos da Lei nº 5.250, de 9.2.1967; o
Senhor Minist ro Gilm ar Mendes ( President e) , que a j ulgava im procedent e
quant o aos art igos 29 a 36 da refer ida lei e, vencido int egralm ent e o Senhor
Minist ro Marco Aurélio, que a j ulgava im procedent e. Ausent e,
j ust ificadam ent e, o Senhor Minist ro Eros Grau, com vot o proferido na
assent ada ant erior. Plenário, 30.04.2009.

I n de x a çã o
- CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, UTI LI ZAÇÃO, PALAVRA, I MPRENSA,
I DENTI DADE, DI VULGAÇÃO, I NFORMAÇÃO, I MPRESSÃO EM PAPEL,
CONTRAPOSI ÇÃO, SERVI ÇO PÚBLI CO, RADI ODI FUSÃO SONORA E
TELEVI SI VA. I MPRENSA, DEVER, I NFORMAÇÃO, FATO, VI SI BI LI DADE,
MOTI VAÇÃO, PESSOA NATURAL, PRETENSÃO, DECI SÃO, AGENTE PÚBLI CO.
CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, GARANTI A, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO
JORNALÍ STI CA, AUSÊNCI A, DI SCRI MI NAÇÃO, EXERCÍ CI O, PROFI SSÃO,
JORNALI STA, VEDAÇÃO, AUMENTO, PENA EM ABSTRATO, CONFORMI DADE,
LEI ESPECÍ FI CA, ATUALI DADE. ESTADO DEMOCRÁTI CO DE DI REI TO,
I MPOSSI BI LI DADE, I NTERFERÊNCI A, ASPECTO MATERI AL,
ESSENCI ALI DADE, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO, SOCI EDADE DE
I NFORMAÇÃO, SOCI EDADE DE COMUNI CAÇÃO, POSSI BI LI DADE, EDI ÇÃO,
50

LEGI SLAÇÃO, EXCLUSI VI DADE, REGULAMENTAÇÃO, ÂMBI TO,


ACESSORI EDADE, ATI VI DADE, SI MULTANEI DADE, UTI LI ZAÇÃO,
OMBUDSMAN, EMPRESA JORNALÍ STI CA.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. MENEZES DI REI TO:


ORDENAMENTO JURÍ DI CO BRASI LEI RO, PROMOÇÃO, COEXI STÊNCI A,
DI REI TO DA PERSONALI DADE, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO
JORNALÍ STI CA, I MPOSI ÇÃO, PONDERAÇÃO, DI REI TO FUNDAMENTAL.
REGULAMENTAÇÃO, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA,
I MPOSSI BI LI DADE, LI MI TAÇÃO, I NTI MI DAÇÃO, CENSURA, ATI VI DADE,
RI SCO, OFENSA, DEMOCRACI A. LI BERDADE DE EXPRESSÃO, FORMA,
ACESSO, I NFORMAÇÃO, CI RCULAÇÃO, I DEI A, CONVI VÊNCI A, PRI NCÍ PI O
DA DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA, AFI RMAÇÃO, REPÚBLI CA.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. CELSO DE MELLO:


CONCEI TUAÇÃO, LI BERDADE DE EXPRESSÃO, ASSEGURAMENTO, DI REI TO
DE CRÍ TI CA, CI DADÃO, AGENTE PÚBLI CO, FUNDAMENTO, LEGI TI MI DADE,
PLURALI SMO POLÍ TI CO. RESPONSABI LI ZAÇÃO, JORNALI STA, EMPRESA
JORNALÍ STI CA, MOMENTO POSTERI OR, DANO, AUSÊNCI A, OFENSA,
LI BERDADE DE I MPRENSA, LI BERDADE DE EXPRESSÃO. PRERROGATI VA,
JORNALI STA, SI GI LO DA FONTE, FUNDAMENTO CONSTI TUCI ONAL,
VI ABI LI DADE, APURAÇÃO, FATO, BENEFÍ CI O, I NTERESSE PÚBLI CO.
DI REI TO DE RESPOSTA, OBJETI VO, RESTAURAÇÃO, VERACI DADE, FATO,
MOMENTO ANTERI OR, DI VULGAÇÃO, COMUNI CAÇÃO SOCI AL,
FUNDAMENTO, NORMA CONSTI TUCI ONAL, UTI LI ZAÇÃO, LEI PROCESSUAL
CI VI L, LEI ELEI TORAL.

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. RI CARDO LEWANDOWSKI :


EXERCÍ CI O, DI REI TO DE RESPOSTA, DEPENDÊNCI A, APLI CAÇÃO,
PRI NCÍ PI O DA PROPORCI ONALI DADE, PODER JUDI CI ÁRI O, APRECI AÇÃO,
CAUSA DE PEDI R, I NDEPENDÊNCI A, EXI STÊNCI A, LEI .

- FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MI N. CÁRMEN LÚCI A: LEI DE


I MPRENSA, CARACTERI ZAÇÃO, ABUSO DE PODER, LEGI SLADOR
ORDI NÁRI O, CONTRARI EDADE, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL DE 1967,
CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL DE 1988.

- RESSALVA DE ENTENDI MENTO, MI N. CEZAR PELUSO: CONSTI TUI ÇÃO


FEDERAL, I NEXI STÊNCI A, DI REI TO ABSOLUTO. EXERCÍ CI O, LI BERDADE DE
I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA, DEVER, OBSERVAÇÃO, RESTRI ÇÃO,
PREVI SÃO, PRI NCÍ PI O CONSTI TUCI ONAL, DI VERSI DADE, MANUTENÇÃO,
PROPORCI ONALI DADE, PRI NCÍ PI O DA DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA,
LI BERDADE DE EXPRESSÃO, PERMI SSÃO, EDI ÇÃO, NOVI DADE, LEI DE
I MPRENSA. AUSÊNCI A, REGULAMENTAÇÃO, I MPOSI ÇÃO, COMPETÊNCI A,
JURI SDI ÇÃO CI VI L, APRECI AÇÃO, DEMANDA, PEDI DO, EXERCÍ CI O,
DI REI TO DE RESPOSTA.

- VOTO VENCI DO, MI N. JOAQUI M BARBOSA: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL,
PERMANÊNCI A, ORDENAMENTO JURÍ DI CO, DI SPOSI TI VO, UTI LI DADE,
COI BI ÇÃO, OFENSA, DI REI TO À I NTI MI DADE, RI SCO, ADMI SSÃO,
LEGALI DADE, VEI CULAÇÃO, PRECONCEI TO DE RAÇA, CLASSE.
51

POSSI BI LI DADE, LEGI SLADOR ORDI NÁRI O, ATUAÇÃO, APRI MORAMENTO,


LI BERDADE DE EXPRESSÃO. POTENCI ALI DADE LESI VA, CRI ME DE
I MPRENSA, JUSTI FI CATI VA, MANUTENÇÃO, PARCI ALI DADE, LEI
ESPECÍ FI CA. LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA, APLI CAÇÃO,
DI STI NÇÃO, AGENTE PÚBLI CO, CI DADÃO.

- VOTO VENCI DO, MI N. ELLEN GRACI E: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL.
I NEXI STÊNCI A, HI ERARQUI A, DI REI TO FUNDAMENTAL, PERMI SSÃO,
REGULAMENTAÇÃO, ATI VI DADE, I MPRENSA, DEFI NI ÇÃO, LI MI TAÇÃO
LEGAL, RESPONSABI LI DADE, ATUAÇÃO.

- VOTO VENCI DO, MI N. GI LMAR MENDES: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL,
MANUTENÇÃO, DI SPOSI TI VO, DI REI TO DE RESPOSTA. NORMA
CONSTI TUCI ONAL, OBRI GAÇÃO, LEGI SLADOR ORDI NÁRI O, EDI ÇÃO, LEI
ESPECÍ FI CA, PROMOÇÃO, EFETI VI DADE, LI BERDADE DE EXPRESSÃO,
LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA, EXERCÍ CI O, DI REI TO DE
RESPOSTA. CONSI DERAÇÃO, DESI GUALDADE, ARMA, PESSOA NATURAL,
MEI O DE COMUNI CAÇÃO, DI REI TO DE RESPOSTA, DI REI TO FUNDAMENTAL,
ASSEGURAMENTO, PROPORCI ONALI DADE, RESPOSTA. I NEXI STÊNCI A,
REGULAMENTAÇÃO, DI REI TO DE RESPOSTA, SI TUAÇÃO, OMI SSÃO,
EXI GÊNCI A, I NTERPRETAÇÃO, ACRÉSCI MO.

- VOTO VENCI DO, MI N. MARCO AURÉLI O: DESPROVI MENTO, TOTALI DADE,


ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL,
I NEXI STÊNCI A, OBJETO. PODER JUDI CI ÁRI O, JURI SPRUDÊNCI A,
AFASTAMENTO, I NCOMPATI BI LI DADE, PARCI ALI DADE, LEI DE I MPRENSA,
CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, PERMANÊNCI A, DI SPOSI TI VO, UTI LI DADE,
GARANTI A, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA, LI BERDADE DE
EXPRESSÃO.

- OBI TER DI CTUM, MI N. GI LMAR MENDES: AMPLI AÇÃO, DI REI TO DE


RESPOSTA, SI TUAÇÃO, OPI NI ÃO, OFENSA.

Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1824
ART- 00179 I NC- 00004 PAR- 00004
CF- 1824 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1891
ART- 00072 PAR- 00012
CF- 1891 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1934
ART- 00113 I NC- 00009
CF- 1934 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1937
ART- 00122 I NC- 00015
CF- 1937 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1946
ART- 00141 PAR- 00005
CF- 1946 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1967
ART- 00150 PAR- 00008
52

ART- 00153 PAR- 00008 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 1/ 1969


CF- 1967 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00001 I NC- 00001 I NC- 00002 I NC- 00003
I NC- 00004 I NC- 00005 ART- 00005 I NC- 00004
I NC- 00005 I NC- 00009 I NC- 00010 I NC- 00013
I NC- 00014 I NC- 00017 I NC- 00022 I NC- 00025
I NC- 00030 I NC- 00037 I NC- 00055 I NC- 00072
PAR- 00001 ART- 00013 ART- 00017 " CAPUT"
PAR- 00001 ART- 00020 PAR- 00001 PAR- 00002
PAR- 00006 ART- 00021 I NC- 00011 ART- 00029
ART- 00037 " CAPUT" ART- 00093 ART- 00101
PAR- 00001 ART- 00102 PAR- 00001 ART- 00128
PAR- 00005 ART- 00136 ART- 00139 ART- 00150
ART- 00151 ART- 00152 ART- 00194 ART- 00207
ART- 00220 " CAPUT" PAR- 00001 PAR- 00002
PAR- 00003 I NC- 00001 I NC- 00002 PAR- 00004
PAR- 00005 PAR- 00006 ART- 00221 I NC- 00004
ART- 00222 PAR- 00001 PAR- 00002 PAR- 00003
PAR- 00004 PAR- 00005 ART- 00223 ART- 00224
ART- 00226
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ART- 00001 " CAPUT" PAR- 00001 PAR- 00002
ART- 00002 " CAPUT" PAR- 00002 ART- 00003
PAR- 00004 ART- 00004 ART- 00005 ART- 00006
ART- 00008 ART- 00009 ART- 00010 ART- 00011
ART- 00012 ART- 00013 ART- 00014 ART- 00015
ART- 00016 I NC- 00001 ART- 00017 ART- 00018
ART- 00019 ART- 00020 PAR- 00001 PAR- 00002
PAR- 00003 ART- 00021 ART- 00022 ART- 00023
ART- 00024 ART- 00025 ART- 00026 ART- 00027
ART- 00028 ART- 00029 PAR- 00003 ART- 00030
PAR- 00008 ART- 00031 ART- 00032 ART- 00033
ART- 00034 I NC- 00003 ART- 00035 ART- 00036
ART- 00037 ART- 00038 ART- 00039 ART- 00040
ART- 00041 ART- 00042 ART- 00043 ART- 00044
ART- 00045 ART- 00046 ART- 00047 ART- 00048
ART- 00051 I NC- 00001 I NC- 00002 I NC- 00003
I NC- 00004 PAR- ÚNI CO LET- A LET- B
LET- C ART- 00052 ART- 00056 " CAPUT"
ART- 00057 PAR- 00003 PAR- 00006 ART- 00060
PAR- 00001 PAR- 00002 ART- 00061 I NC- 00001
I NC- 00002 PAR- 00001 ART- 00062 ART- 00063
53

ART- 00064 ART- 00065 ART- 00066 ART- 00071


LI - 1967 LEI DE I MPRENSA
LEG- FED LEI - 006015 ANO- 1973
ART- 00122 ART- 00123 ART- 00124 ART- 00125
ART- 00126
LRP- 1973 LEI DE REGI STROS PÚBLI COS
LEG- FED LEI - 007210 ANO- 1984
LEP- 1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL
LEG- FED LEI - 004743 ANO- 1923
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 002083 ANO- 1953
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 007209 ANO- 1984
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 006416 ANO- 1977
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 009504 ANO- 1997
ART- 00058
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 009868 ANO- 1999
ART- 00021 PAR- ÚNI CO
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 009882 ANO- 1999
ART- 00004 PAR- 00001
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 010610 ANO- 2002
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 000053 ANO- 2005
LEI ORDI NÁRI A
LEG- I NT CVC ANO- 1950
ART- 00010
CONVENÇÃO EUROPÉI A DOS DI REI TOS DO HOMEM
LEG- I NT CVC ANO- 1966
ART- 00013 PAR- 00005 ART- 00014 NÚMERO- 1
NÚMERO- 2 NÚMERO- 3 ART- 00019
PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RI CA
CONVENÇÃO AMERI CANA SOBRE OS DI REI TOS HUMANOS
ASSI NADA EM SÃO JOSÉ DA COSTA RI CA, OEA
LEG- I NT RES- 000074 ANO- 1974
RESOLUÇÃO DO COMI TÊ DE MI NI STROS DO CONSELHO DA EUROPA
LEG- FED DEC- 004269 ANO- 1921
DECRETO
LEG- FED DEC- 004743 ANO- 1923
LEI ADOLPHO GORDO
DECRETO
LEG- FED DEC- 024776 ANO- 1934
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LEG- FED PJL- 003232 ANO- 1992
PROJETO DE LEI
LEG- FED SUMSTJ- 000281
SÚMULA DO SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA - STJ
Obse r va çã o
54

- Acórdãos cit ados: RHC 63534, HC 73432, HC 85629, RE 161243,


RE 201819, RE 289533 AgR, RE 348827, RE 396386, AI 346501 AgR,
RE 402287 AgR, RE 423141 AgR, RE 447584; STJ: Resp 168667 ED- ED,
Resp 213188, Resp 241774, Resp 335682 AgR, Resp 724261 AgR,
Resp 828107; TJ/ SP: AI 234571; RTJ 164/ 757, RTJ 173/ 805,
RTJ 169/ 86.
- Decisões m onocrát icas cit adas: I nq 870, Pet 3486, RE 240450,
AI 496406, AI 595395.
- Legislação est rangeira cit ada: Art . 1º da Const it uição dos Est ados
Unidos da Am ér ica; art . 18, n. 3, art . 24, art . 25, art . 26, art . 27, art . 37,
inc. 1, art . 38 da Const it uição de Port ugal de 1976 " versão 1997" ;
Declaração de Chapult epec de 1994; Opinião Consult iva n. 7/ 86 da
Cort e I nt eram ericana de Direit os Hum anos; art . 12 da Declaração de
Direit os da Virgínia de 1776 ( Virginia Bill of Right s) ; New Ham pshire,
art . XI I , Carolina do Sul, art . XLI I I , Delaw are, art . 1°, sec. 5, Pennsylvania,
art . XI I , Maryland, art . XXXVI I I , Georgia, ar t . I V, sec. 3, Massachuset t s,
art . XVI ; 1ª Em enda Const it ucional dos Est ados Unidos da Am ér ica de
1791; art . 1º n. 1, art . 2º n. 1, art . 5º n. 1 e 3, art . 14, art . 103 n. 1
da Lei Fundam ent al da República Federal da Alem anha ( Grundgezet z) ;
art . 20, art . 53 n. 1 da Const it uição da Espanha de 1978;
Lei de I m prensa da Espanha de 1938; art . 2 º da Lei 14/ 1966 ( Lei de
I m prensa da Espanha) ; Decret o- Lei de 1º de Abril de 1977 da Espanha;
art .1º da Ley Orgánica 2/ 1984; Ley Orgánica 2/ 1997; Lei 11/ 1998 ( Lei
Geral das Telecom unicações da Espanha) ; Lei 10/ 2005 da Espanha;
art . 3º , art . 15, art . 16, art . 17, art . 33 da Lei 18/ 2003 ( Lei de I m prensa
de Port ugal) ; Lei 32/ 2003 de Port ugal; Lei 4/ 2001 de Port ugal; art . 6º e
7º da Const it uição dos Est ados Unidos do México; art . 27 da Ley sobre
delit os de im prent a de 12 de abr il de 1917 do México; Lei Federal de
Rádio e Televisão de 1960 do México ( reform ada em 2006) ; Lei Federal
de Telecom unicações de 1995 do México ( reform ada em 2006) ; art . 12
do Hum an Right s Act de 1998 do Reino Unido; European Com m unit ies Act
de 1972; Br it ish Telecom m unicat ion Act de 1981; Broadcast ing Act de
1990; Dem at ion Act de 1996; Declaração dos Direit os do Hom em e do
Cidadão de 1789 da França; art .5º , art . 6º , art . 7º , art . 39, art . 48 par.
7º da Lei sobre a liber dade de im prensa de 1881 da França ( Loi du 29
j uillet sur libert è de la presse) ; art . 6º , art . 27 par . 2º Lei de Liberdade de
Com unicação de 1986 ( Loi n.° 86 - 1067 du 30 sept em bre 1986 r elat ive à la
libert é de com m unicat ion " Loi Léot ard" ) ; ar t . 1º , art . 3º , ar t . 16, art . 31,
art . 33 da Lei 19733/ 2001 do Chile; art . 1º , art . 3º da Lei 26937 do Peru;
art . 1º , art . 2º , art . 3º , art . 19, art . 21 da Lei 16099 do Uruguai; art . 1º ,
art . 4º , art . 6º , art . 7º , art . 8º , ar t . 9º , art . 11, art . 12, art . 13 do Código
de I m prensa da Alem anha ( Pressekodex) ; art . 3º , art . 4º , art . 7º , art . 14,
art . 17, art . 15, art . 24, art . 41, art . 47, art . 49, art . 56 do Trat ado
int erest adual St aat svert rag fur Rundfunk und Telem edien de 1991 da
Alem anha; Cart a de Lei de 20 de set em bro de 1830.
- Decisões est rangeir as cit adas: Caso Pat t erson vs. Colorado ( 1907) , Caso
Abram s vs. Unit ed St at es ( 1919) , Caso Whit ney vs. Califórnia ( 1927) , Caso
Unit ed St at es vs. William s ( 2008) , Caso New York Tim es vs. Sullivan 376
US 254, ( 1964) ; sent eças n. 6/ 1981, 12/ 1982, 104/ 1986, 171/ 1990 do
Tribunal Const it ucional da Espanha; Caso Handyside sent eça do Tribunal
Europeu de Direit os Hum anos de 07/ 12/ 1976; Caso Schenck v. Unit ed
St at es 249 U.S. 47, 52 ( 1919) ; Caso Vir ginia v. Black ( 2003) , Caso Abram s
55

v. Unit ed St at es 250 US 616 ( 1919) , Caso Lüt h ( BverfGE 7, 198, 1958) ,


Caso Pierce v. Unit ed St at es ( 1920) , Git low v. New York ( 1925) , Rosenblat t
v. Baer ( 1966) , Curt is Publishing Co. v. But t s, Associat ed Press v. Nalker
( 1967) , Rosenblooin v. Met rom edia ( 1971) , Caso Spiegel ( BVerfGE 20, 62,
1966) , Schm id- Spiegel ( BVerfGE 12, 113, 1961) , Blinkfüer ( BVerfGE, 25,
256, 1969) , Solidar it ät sadrese ( BVerfGE 44, 197, 1977) , BVerfGE 30,
173; Decisão da Cort e Const it ucional v. 30, p. 173; Caso Lebach ( BVerfGE
35, 202) , Caso Fact ort am e Lt d. V. Secret ary of St at e for Transport
( 93 I LR, p. 652) .
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fim do docu m e n t o
59

D ECI SÕES M ON OCRÁTI CAS

ARE 1 0 0 4 5 6 9 / AC - ACRE
RECURSO EXTRAORD I N ÁRI O COM AGRAVO
Re la t or ( a ) : M in . ED SON FACH I N
Ju lga m e n t o: 2 0 / 0 4 / 2 0 1 7

Pu blica çã o

PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 086 DI VULG 25/ 04/ 2017 PUBLI C 26/ 04/ 2017

Pa r t e s

RECTE.( S) : ELCI MAR PEREI RA DA SI LVA


PROC.( A/ S) ( ES) : DEFENSOR PÚBLI CO- GERAL FEDERAL
RECDO.( A/ S) : UNI ÃO
PROC.( A/ S) ( ES) : ADVOGADO- GERAL DA UNI ÃO

D e cisã o

Decisão: Trat a- se agravo cuj o obj et o é a decisão que inadm it iu recurso


ext raordinár io int erpost o em face do acórdão da Sext a Turm a do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, assim em ent ado ( eDOC 2, p. 5) :
“ ADMI NI STRATI VO. MANDADO DE SEGURANÇA. REGI STRO DE
CERTI FI CADO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO/ RECI CLAGEM DE
VI GI LANTES. NEGATI VA EM RAZÃO DA EXI STÊNCI A DE CONDENAÇÃO
CRI MI NAL TRANSI TADA EM JULGADO.
1. A condenação crim inal por t ráfico de subst ância ent orpecent e previst a
no art igo 12 da revogada Lei nº 6.368/ 1976, t ransit ada em j ulgado,
dem onst ra a ausência de idoneidade m oral para o exercício da at ividade
profissional de vigilant e, ainda m ais
quando o apelant e não apresent a cert idão de reabilit ação da prát ica do fat o
crim inoso ( art . 93 do Código Penal) .
2. Dá- se provim ent o ao recurso de apelação e à rem essa oficial.”
Os em bargos de declaração foram rej eit ados ( eDOC 2, p. 15- 18) .
No recurso ext raordinár io, int erpost o com fundam ent o no art . 102, I I I ,
“ a” , do perm issivo const it ucional, apont a- se ofensa aos art s. 1º , I I I ; 5º , X,
XLVI I , “ b” , LVI I , da Const it uição Federal.
Su st e n t a - se , e m su m a , qu e “a n e ga t iva de r e gist r o de ce r t ifica do
de vigila n t e a pe ssoa livr e , cu j a pe n a for a e x t int a h á m a is de de z
a n os, in cor r eu e m gr a ve vu ln e r a çã o a u m a sé r ie de pr e ce it os
con st it u cion a is qu e con sa gr a m posições j u r ídica s
fun da m e n t a is, com o a pr oibiçã o da s pe n a s de ca r á t e r pe r pé t u o, o
e st a do de in ocê n cia, os dir e it os a o t r a ba lh o, à in t im ida de , e à vida
pr iva da e o dir e it o a o e squ e cim e nt o.” ( e D OC 2 , p. 2 8 )
60

O Tr ibunal de or igem inadm it iu o recurso com base na assert iva de que a


alegada ofensa à Const it uição é indiret a ou reflexa, bem com o no óbice da
Súm ula 279 do STF.
É o relat ór io. Decido.
Ao apreciar a m at éria, o Tr ibunal de or igem assim consignou que, o ora
recorrent e “ em bora t enha cum prido a pena que lhe foi im post a, não
apresent ou sequer a cópia do pedido de reabilit ação cr im inal. Razão pela
qual, em bora const e cópia de andam ent o
processual dando por ext int a a pena, os efeit os da condenação ainda
subsist em ” ( eDOC 2, p. 2) .
Sendo essas as razões acolhidas par a solucionar a lide, event ual
divergência em relação ao ent endim ent o adot ado pelo Tribunal a quo,
dem andaria o reexam e de fat os e provas, no que t ange à com provação, ou
não, da apresent ação da cert idão de
reabilit ação crim inal, o que encont ra óbice na Súm ula 279 dest a Cort e.
Adem ais, ver ifica- se que o Tribunal de or igem apreciou a m at éria à luz
da legislação infraconst it ucional pert inent e ( Lei nº 7.102/ 1983) . Desse
m odo, a discussão referent e aos efeit os da condenação revela- se adst r it a
ao âm bit o infraconst it ucional,
t ornando oblíqua ou r eflexa event ual ofensa à Const it uição Federal, o que
inviabiliza o processam ent o do recurso ext raordinár io.
Nesse sent ido:
“ EMENTA: D I REI TO CONSTI TUCI ONAL. AGRAVO I NTERNO EM RECURSO
EXTRAORDI NÁRI O COM AGRAVO. CURSO DE RECI CLAGEM DE VI GI LANTE.
I NDEFERI MENTO DE VALI DADE E REGI STRO. PARTI CI PANTE CONDENADO
CRI MI NALMENTE. SENTENÇA PENAL TRANSI TADA EM JULGADO. PENAS DE
CARÁTER PERPÉTUO. AUSÊNCI A DE MATÉRI A CONSTI TUCI ONAL.
1. Para concluir- se pela violação aos art s. 1º , I I I , e 5º , XLVI I , b, da
Const it uição Federal, seria necessária a prévia análise dos conceit os de
m aus ant ecedent e crim inais e reincidência, cont idos, respect ivam ent e, no
art . 16, VI , Lei nº
7.102/ 1983, e no art . 64, I , do Código Penal.
2. I naplicável o art . 85, § 11, do CPC/ 2015, um a vez que não é cabível,
na hipót ese, condenação em honorários advocat ícios ( art . 25, Lei nº
12.016/ 2009 e Súm ula 512/ STF) .
3. Agravo int erno a que se nega provim ent o, com aplicação da m ult a
previst a no ar t . 1.021, § 4º , do CPC/ 2015.” ( ARE 868.951 AgR, Prim eira
Turm a, Rel. Min. Robert o Barroso, DJe 17.11.2016)
Ant e o expost o, nego provim ent o ao recurso, nos t erm os do art s. 932,
I V, “ a” , do CPC e 21, § 1º , do RI STF.
Publique- se.
Brasília, 20 de abr il de 2017
Minist ro Edson Fachin
Relat or
Docum ent o assinado digit alm ent e

fim do docu m e n t o

H C 1 3 9 3 2 1 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
61

Re la t or ( a ) : M in . GI LM AR M EN DES
Ju lga m e n t o: 1 6 / 1 2 / 2 0 1 6

Pu blica çã o

PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 017 DI VULG 31/ 01/ 2017 PUBLI C 01/ 02/ 2017

Pa r t e s

PACTE.( S) : MOACI R GOMES SANT ANA


I MPTE.( S) : ALVARO DOS SANTOS FERNANDES
COATOR( A/ S) ( ES) : SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA

D e cisã o

Decisão: Trat a- se de habeas corpus, com pedido de m edida lim inar,


im pet rado por Álvaro dos Sant os Fernandes, em favor de Moacir Gom es
Sant ana, cont ra acórdão da Sext a Turm a do Superior Tribunal de Just iça
( STJ) , que negou provim ent o ao Agravo
I nt erno no Habeas Corpus n. 350.577/ SP.
Segundo os aut os, o pacient e foi denunciado pela pr át ica dos delit os
descrit os nos art s. 180, caput , e 311, c/ c art . 69, t odos do CP, porquant o
ent re os dias 27 de set em bro de 2009 e 15 de out ubro de 2009, em dia e
horário não apurados, em um
barracão sit uado na Avenida Prest es Maia, n. 3.305, no Bairro I panem a, na
cidade de Araçat uba, cient e da or igem cr im inosa do obj et o, recebeu em
proveit o própr io o cam inhão da m arca Volvo, m odelo VM 310/ 6X4R, ano
2008, de cor branca, placa DPB- 5781/ José
Bonifácio/ SP, pert encent e à Agropecuária Guapo e Lem es Lt da., bem com o
adult erou sinal ident ificador do refer ido veículo.
Sobreveio condenação à pena de 4 anos e 8 m eses de reclusão, no
regim e inicial sem iabert o, t endo sido concedido o direit o de apelar em
liberdade.
I rresignada, a defesa int erpôs apelação no Tribunal de Just iça do Est ado
de São Paulo ( TJ/ SP) , que negou provim ent o ao recurso, m ant endo
int egralm ent e a sent ença.
Os recursos ext raordinár io e especial int erpost os foram inadm it idos na
origem . Daí a int erposição de agravo em r ecurso ext raordinár io, que t eve
seguim ent o negado m onocrat icam ent e pela Minist ra Rosa Weber, por
ausência da prelim inar form al de
repercussão geral. Decisão m ant ida em sede de agravo regim ent al ( ARE
899.126/ SP, 1ª Turm a, DJe 10.12.2015) .
A defesa, ent ão, im pet rou habeas corpus ao Superior Tribunal de Just iça,
alegando, em sum a, ilegalidade na dosim et ria da pena aplicada ao acusado.
O Minist ro Nefi Cordeiro, relat or do HC n. 350.577/ SP, não conheceu do
writ .
I nt erpost o agravo regim ent al, est e rest ou desprovido nos t er m os da
em ent a a seguir t ranscrit a:
“ PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO I NTERNO EM HABEAS CORPUS.
DOSI METRI A DA PENA. PLEI TO DE AFASTAMENTO DOS MAUS
ANTECEDENTES. CONDENAÇÕES ANTERI ORES ATI NGI DAS PELO PERÍ ODO
62

DEPURADOR. UTI LI ZAÇÃO COMO MAUS ANTECEDENTES. POSSI BI LI DADE.


DECI SÃO MANTI DA.
AGRAVO REGI MENTAL I MPROVI DO.
1. Ressalvada pessoal com preensão diversa, uniform izou o Superior
Tribunal de Just iça ser inadequado o wr it em subst it uição a recursos
especial e ordinár io, ou de revisão cr im inal, adm it indo- se, de ofício, a
concessão da ordem ant e a const at ação de
ilegalidade flagrant e, abuso de poder ou t erat ologia.
2. As condenações at ingidas pelo per íodo depurador de 5 anos, previst o
no art . 64, I , do Código Penal, afast am os efeit os da reincidência, m as não
im pedem , em pr incípio, o reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es.
3. Agravo regim ent al im provido” .
Nest a Cort e, o im pet rant e reit era os pedidos pret ér it os e enfat iza a
valoração negat iva dos m aus ant ecedent es do réu, em desconform idade
com a j urisprudência dest a Cort e.
I nform a que a ação penal t ransit ou em j ulgado no dia 17 de fevereiro de
2016.
É o relat ór io.
Decido.
Na espécie, o STJ não conheceu do habeas corpus ao fundam ent o de
que, t ranscorrido o período depurador de 5 anos do art . 64, inciso I , do CP,
não podem as condenações ant eriores ser consideradas para a reincidência,
m as legit im am , por out ro lado, a
exasperação da pena- base com o configuradoras de m aus ant ecedent es.
Desde logo ent endo assist ir razão à defesa.
I sso porque, no j ulgam ent o do HC n. 126.315/ SP, de m inha r elat or ia, a
Segunda Turm a do Suprem o Tribunal Federal assent ou ent endim ent o no
sent ido de que, decorridos m ais de 5 anos desde a ext inção da pena da
condenação ant erior ( CP, art . 64, I ) , não
é possível alargar a int erpret ação de m odo a perm it ir o reconhecim ent o dos
m aus ant ecedent es. Eis a em ent a desse j ulgado:
“ Habeas corpus. 2. Tráfico de ent orpecent es. Condenação. 3. Aum ent o
da pena- base. Não aplicação da causa de dim inuição do § 4º do art . 33, da
Lei 11.343/ 06. 4. Per íodo depurador de 5 anos est abelecido pelo art . 64, I ,
do CP. Maus ant ecedent es não
caract erizados. Decorridos m ais de 5 anos desde a ext inção da pena da
condenação ant erior ( CP, art . 64, I ) , não é possível alargar a int erpret ação
de m odo a perm it ir o reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es. Aplicação do
princípio da razoabilidade,
proporcionalidade e dignidade da pessoa hum ana. 5. D ir e it o a o
e squ ecim e n t o. 6. Fixação do regim e pr isional inicial fechado com base na
vedação da Lei 8.072/ 90. I nconst it ucionalidade. 7. Ordem concedida” . ( DJe
7.12.2015) )
Tal ent endim ent o foi t am bém adot ado pela Pr im eira Turm a dest a Cort e,
em m arço de 2014, por ocasião do j ulgam ent o do RHC n. 118.977/ MS, de
relat or ia do Minist ro Dias Toffoli, a saber:
“ Recurso ordinár io em habeas corpus. Processual Penal. I nt erposição
cont ra j ulgado em que colegiado do Super ior Tribunal de Just iça não
conheceu da im pet ração, ao fundam ent o de ser subst it ut ivo de recurso
ordinár io cabível. Const rangim ent o ilegal
não evidenciado. Ent endim ent o que encam pa a j ur isprudência da Pr im eira
Turm a da Cort e. Precedent e. Dosim et ria. Fixação da pena- base acim a do
63

m ínim o legal em decorrência de m aus ant ecedent es. Condenações


t ransit adas em j ulgado há m ais de cinco anos.
Pret ensão à aplicação do dispost o no inciso I do art . 64 do Código Penal.
Penas ainda não ext int as. Const rangim ent o ilegal inexist ent e. Recurso não
provido. 1. O ent endim ent o do Superior Tribunal de Just iça quant o ao
cabim ent o do habeas corpus encam pou
a j urisprudência da Pr im eira Turm a da Cort e no sent ido da inadm issibilidade
do habeas corpus que t enha por obj et ivo subst it uir o recurso ordinário ( HC
nº 109.956/ PR, Relat or o Minist ro Marco Aurélio, DJe de 11/ 9/ 12) , o que
result ou no seu não
conhecim ent o. 2. Quando o pacient e não pode ser considerado r eincident e,
diant e do t ranscurso de lapso t em poral superior a cinco anos, conform e
previst o no art . 64, I , do Código Penal, a exist ência de condenações
ant eriores não caract eriza m aus
ant ecedent es. Precedent es. 3. No caso as condenações ant eriores
consideradas pelas inst âncias ordinár ias para fins de valoração negat iva dos
ant ecedent es crim inais do ora pacient e ainda não se encont ram ext int as. 4.
Recurso não provido” . ( grifos m eus)
Consoant e regist rado no vot o- condut or, ressalt o que a Const it uição
Federal veda expressam ent e, na alínea b do inciso XLVI I do art igo 5º , as
penas de carát er perpét uo. Tal disposit ivo suscit a quest ão acerca da
proporcionalidade da pena e de seus
efeit os para além da r eprim enda corporal propriam ent e dit a.
Ora, a possibilidade de sopesarem - se negat ivam ent e ant ecedent es
crim inais, sem nenhum a lim it ação t em poral, ad aet ernum , em verdade é
um pena de carát er perpét uo m al revest ida de legalidade.
Com o bem apont ado por Luiz Luisi em conferência proferida no
Sem inár io I nt ernacional “ O Tr ibunal I nt ernacional e a Const it uição
Brasileira” , prom ovido pelo Cent ro de Est udos Judiciár ios do Conselho da
Just iça Federal em 30.9.1999, as penas de
carát er perpét uo t êm sido proibidas em diversos t ext os const it ucionais,
inclusive em países da própr ia Am ér ica Lat ina.
Nessa perspect iva, por m eio de um cot ej o das regras basilares de
herm enêut ica, const at a- se que, se houve o obj et ivo pr im ordial de se afast ar
a pena perpét ua, reint egrando o apenado no seio da sociedade, com m aior
razão deve- se aplicar t al raciocínio
aos m aus ant ecedent es.
Advirt a- se, out rossim , que o agravam ent o da pena- base com
fundam ent o em condenações t ransit adas em j ulgado há m ais de 5 anos não
encont ra previsão na legislação pát r ia, t am pouco em nossa Cart a Maior,
t rat ando- se de um a analogia in m alam part em ,
m ét odo de int egração vedado em nosso ordenam ent o.
É qu e , e m ve r da de , a ssist e a o in divídu o o dir e it o a o
e squ ecim e n t o, ou dir e it o de se r de ix a do e m pa z, a lcu n h a do, no
dir e it o n or t e - a m er ica n o, com o t h e r ight t o be le t a lon e .
O dir e it o a o e squ e cim en t o, a de spe it o de in ú m er a s vozes
con t r ár ia s, t a m bé m e n cont r a r e spa ldo na se a r a pe n a l,
e n qu a dr a n do- se com o u m dir e it o funda m e n t a l im plícit o, cor olá r io
da ve da çã o à a doçã o de pe n a de ca r át e r pe r pét u o e dos pr in cípios
da
dign ida de da pe ssoa hu m a n a , da igu a lda de , da pr opor cion a lida de e
da r a zoa bilida de .
64

Dessa form a, ent endo que, decorridos m ais de 5 anos desde a ext inção
da pena da condenação ant erior ( CP, art . 64, I ) , não é possível alargar a
int erpret ação de m odo a perm it ir o reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es.
Ant e o expost o, com base no art . 192, caput , do RI STF, concedo
parcialm ent e a ordem , para cassar a sent ença proferida pelo Juízo de
Direit o da 1ª Vara Cr im inal da Com arca de Araçat uba/ SP, nos aut os da Ação
Penal n. 358/ 10, e det erm inar que o Juízo
de origem proceda à nova dosim et r ia da pena, nos t erm os da j urisprudência
dest a Cort e.
Com a nova dosim et ria da pena, deverá ser analisado t am bém o regim e
inicial e a possibilidade de subst it uição da pena privat iva de liber dade por
penas rest rit ivas de direit os.
Com unique- se com urgência. Publique- se.
Brasília, 16 de dezem bro de 2016.
Minist ro Gilm ar Mendes
Relat or
Docum ent o assinado digit alm ent e

fim do docu m e n t o

H C 1 3 1 9 4 5 / PB - PARAÍ BA
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . D I AS TOFFOLI
Ju lga m e n t o: 1 8 / 1 2 / 2 0 1 5

Pu blica çã o

PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 010 DI VULG 20/ 01/ 2016 PUBLI C 01/ 02/ 2016

Pa r t e s

COATOR( A/ S) ( ES) : SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA


I MPTE.( S) : GENTI L FERREI RA DE SOUZA NETO
I MPTE.( S) : I NALDO ROCHA LEI TÃO
I MPTE.( S) : LÚCI O LANDI M BATI STA DA COSTA
PACTE.( S) : JOSÉ ALVES DE SOUSA

D e cisã o

Decisão:
Vist os.
Habeas corpus, com pedido de lim inar , im pet rado por Lúcio Landim
Bat ist a da Cost a e out ros em favor de José Alves de Sousa, apont ando
com o aut oridade coat ora a Quint a Turm a do Superior Tribunal de Just iça,
que negou provim ent o ao agravo regim ent al
no HC nº 334.130/ PB, Relat or o Minist ro Félix Fischer.
Narra a im pet ração que o pacient e foi condenado, em pr im eiro grau, por
infração ao art . 1º , inciso I , §§ 1º e 2º do Decret o- lei nº 201/ 67, à pena de
65

4 ( quat ro) anos e 8 ( oit o) m eses de reclusão, em regim e inicial fechado, a


qual foi m ant ida pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, ao negar provim ent o à apelação
defensiva, bem com o pelo Superior Tr ibunal de Just iça, ao negar
provim ent o ao agravo regim ent al no HC nº 334.130/ PB.
Sust ent am os im pet rant es que
“ ( ...) apesar do result ado t er sido desfavorável ao pacient e, evidenciou-
se nít ido reform at io in pej us que se pret ende por est a via, t am bém , at acar.
Observe- se o seguint e excert o do vot o do Minist ro- relat or no STJ:
‘Quant o à condut a social, ver ifico que a fundam ent ação expendida pelas
inst âncias ordinár ias dest oa do que preconizado pela j ur isprudência dest a
Cort e, especialm ent e por se ut ilizar de ações penais em curso par a
m aj oração da pena- base, o que viola o
Enunciado n. 444, da Súm ula do STJ, verbis: " É vedada a ut ilização de
inquér it os policiais e ações penais em curso para agravar a pena- base’.
Cont udo, à luz da fundam ent ação das inst âncias ordinár ias para a
culpabilidade e para os m aus ant ecedent es, o aum ent o prom ovido revela-
se, a m eu j uízo, proporcional à gravidade da condut a perpet rada, de m odo
que ent endo deva ser ele m ant ido no
pat am ar em que se encont ra, não havendo se falar , inclusive, em
reform at io in pej us, um a vez que a sit uação original do pacient e não será
piorada, apenas m ant ida.” ( Gr ifos)
Ora, com o pode se sust ent ar a t ese de que, desconsiderando- se
det erm inados elem ent os que m aj oram a fixação da pena do pacient e,
m ant enha- se a pena no m esm o quant um ?
Narra a im pet ração que
“ ( ...) o Tribunal a quo t am bém consider ou, quando m ant eve int act a a
sent ença censurada, desfavoráveis ao condenado as circunst âncias j udiciais
da culpabilidade, da condut a social, e dos ant ecedent es, est ipulando, dest a
form a, a pena- base em 04
( quat ro) anos de reclusão, ou sej a, 02 ( dois) anos acim a do m ínim o legal,
t endo, para t ant o, se ut ilizado de elem ent os próprios do t ipo incr im inador
para agravar o cálculo das reprim endas, considerado ações j udiciais em
curso para classificar a condut a
social com o negat iva, além de esbarrar t ais decisões no vedado bis in idem ,
o que, dat a m áxim a vênia, é inadm issível.
Além disso, ainda aplicou a reincidência específica, agravando a pena-
base em m ais 1/ 6 ( um sext o) , fixando a pena definit iva em 04 ( quat ro)
anos e 08 ( oit o) m eses de reclusão.
Logo, se considerarm os que a pena- base foi aum ent ada em 02 ( dois)
anos ( vint e e quat ro m eses) , o m agist rado a quo m aj orou 08 ( oit o) m eses
para cada circunst ância que j ulgou desfavorável. Da m esm a for m a,
aum ent ou, t am bém , a pena em 08 ( oit o) m eses,
em decorrência de alegada reincidência específica.”
Segundo os im pet r ant es,
“ ( ...) foi considerada desfavorável ao Pacient e a culpabilidade,
considerada ‘int ensa e evidenciada pelo alt o grau de reprovabilidade
exist ent e na prát ica da condut a dolosa, consist ent e em desviar , em proveit o
próprio, verba pública federal
dest inada ao cust eio da m erenda escolar dos alunos’.
Ao ver dos im pet rant es, não se apont ou
66

“ ( ...) nenhum elem ent o concret o apt o a considerar a culpabilidade do


Pacient e com o int ensa ou reprovável, const it uindo o desvio, em proveit o
próprio, de verba pública federal dest inada ao cust eio da m erenda escolar,
elem ent ar do própr io t ipo penal
incr im inador ( Art igo 1º , inciso I , do Decret o- Lei nº 201/ 67) , o que,
port ant o, não const it ui fundam ent ação idônea para j ust ificar a exasperação
da pena- base na form a em que foi procedida.
( …)
Assim , j ust ificada acim a a necessidade de rechaçar da condenação
im post a ao pacient e, logo de início, os 08 ( oit o) m eses ut ilizados para
m aj orar a pena com base na culpabilidade considerada desfavorável pelo
m agist rado, que foi m ant ida pelo Tribunal
Regional Federal da 5ª Região e não anulado pelo C. STJ.”
Defende a im pet ração que
“ [ d] a m esm a form a, não poderia a pena- base t er sido aum ent ada sob o
argum ent o de event ual condut a social negat iva.
Const ou, pois, da decisão m onocrát ica indicada com o ilegal, confirm ada
pelo Colendo TRF/ 5ª Região, no t ocant e à culpabilidade do pacient e, o
seguint e:
‘( ...) Quant o à condut a social do condenado, est a deve ser considerada
negat iva, ant e as inúm eras ações cont ra ele aj uizadas, t odas t rat ando
acerca da m alversação de dinheiro público’.
Ora, é cediço, com o exaust ivam ent e j á decidido pelos nossos t r ibunais
superiores, que ações penais em andam ent o não se prest am a m aj orar a
pena- base a t ít ulo de condut a social negat iva ( …) .
Assim sendo, nem as ações em curso poderiam ser consideradas para a
condut a social negat iva, por expressa disposição da Súm ula 444/ STJ, nem
m esm o as ações com t rânsit o em j ulgado, um a vez que est as últ im as j á
t eriam sido valoradas para m aj orar a
pena- base por m aus ant ecedent es, pelo que est aríam os diant e de vedado
bis in idem .
Logo, a m aj oração da pena- base quant o à condut a social negat iva ( cuj a
m édia perfaz 08 ( oit o) m eses para cada cir cunst ância j udicial desfavorável) ,
é t ot alm ent e ilegal, pelo que m erece, t am bém , por m edida de j ust iça, ser
repelida da condenação
im post a ao pacient e” .
Por fim , afirm am os im pet rant es ser
“ ( ...) incont roverso que a reincidência específica foi ut ilizada para a
m aj oração da pena- base por m aus ant ecedent es, assim com o para o
agravam ent o da pena por m ais 08 ( oit o) m eses.
E, nest e caso, não se ut ilizou o m agist rado local, nem o TRF/ 5ª Região,
de valoração de fat os dist int os, o que caract eriza o bis in idem .
Sobre os ant ecedent es e a agravant e da reincidência específica, vej am os
o t eor da condenação, in verbis:
“ ( ...) Possui o réu ant ecedent es, conform e se verifica da cert idão de fls.
184/ 189, da qual const am sent enças penais condenat órias com t rânsit o em
j ulgado, por cr im es de responsabilidade t ipificados no art . 1º , inciso I , da
Lei nº 201/ 67, prolat adas
pela Just iça Est adual ( Processos 037.2002.002.901- 5,037.2001.002.626-
0,037.2002.000.763- 1 e 037.2002.000.702- 1) , bem com o da cert idão de
fls. 208/ 209, da qual const a Execução Penal nº 0000096-
61.2006.4.05.8202 em t ram it e nest e j uízo, em virt ude da
67

condenação pela prát ica de delit os t ipificados no art . 1º , incisos I e VI I , da


Lei nº 201/ 67, HÁBEI S A GERAR REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA. ( ...)
Por out ro lado, sendo ident ificada a REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA, agravo-
lhe a pena- base em 1/ 6 ( um sext o) , fixando- a em 04 ( quat ro) anos e 8
( oit o) m eses de reclusão” .
Port ant o, de um a análise da decisão supr a, m ant ida em t odos os seus
t erm os pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, const at a- se a ut ilização
das m esm as condenações crim inais para o aum ent o da pena na prim eir a e
na segunda fase de fixação, pelo
que violado foi, indiscut ivelm ent e, o pr incípio ne bis in idem .
Da form a genér ica com o foi post a na decisão vergast ada, as m esm as
condenações com t rânsit o em j ulgado foram ut ilizadas para aum ent ar a
pena em virt ude dos m aus ant ecedent es e da reincidência específica.
( …)
Dest art e, consider ando os vários precedent es colacionados acim a,
necessária a concessão da present e ordem , para, reconhecendo a
ocorrência de const rangim ent o ilegal, reduzir a pena- base do pacient e para
o m ínim o legal previst o, qual sej a, 02 ( dois)
anos, t ornando- a definit iva, com base na circunst ância agravant e da
reincidência específica, em 02 ( dois) anos e 08 ( oit o) m eses, eis que rest ou
claro que o Tr ibunal a quo, ao m ant er int act a a sent ença m onocrát ica, cuj a
pena- base foi exageradam ent e
est ipulada em 04 ( quat ro) anos, considerou desfavoráveis ao Pacient e,
quant o à culpabilidade, circunst âncias iner ent es ao próprio t ipo penal,
processos em t râm it e para j ulgar negat iva a condut a social e os m esm os
feit os j udiciais para aum ent ar a pena
quant o aos ant ecedent es e quant o à agravant e da reincidência específica, o
que desrespeit a, port ant o, o art igo 59, do Código Penal, o pr incípio da
individualização da pena e o art igo 93, inciso I X, da Const it uição Federal” .
Ant e o expost o, requerem os im pet rant es a
“ concessão da lim inar, a fim de que sej a suspenso o processo nº
0002450- 54.2009.4.05.8202, assim com o a execução da pena im post a na
decisão proferida pelo j uízo singular , que rest ou m ant ida int act a pelo
Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim
com o sej am sobrest ados t odos os out ros efeit os da condenação do
Pacient e, at é j ulgam ent o final dest e Habeas Corpus” .
No m érit o, pugnam pela
“ ( ...) concessão da ordem de Habeas Corpus, a fim de reduzir a pena-
base aplicada ao Pacient e para o m ínim o legal ( dois anos) , t ornando- a
definit iva, ant e a agravant e da reincidência, em 02 ( dois) anos e 08 ( oit o)
m eses de reclusão, pois, conform e
dem onst rado alhures, foram ut ilizados, par a m aj orar a repr im enda, 1)
quant o à culpabilidade, elem ent os próprios do t ipo previst o pelo Decret o- Lei
nº 201/ 1967, 2) assim com o ações penais em curso para considerar
negat iva à condut a social, 3) além dos
m esm os processos para elevar a penalidade pelos m aus ant ecedent es e
pela agr avant e da reincidência específica, o que evidencia o
const rangim ent o ilegal sofr ido.”
Exam inados os aut os, decido.
Transcrevo a em ent a do j ulgado ora im pugnado:
68

“ PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGI MENTAL EM HABEAS CORPUS.


DOSI METRI A DA PENA. VALORAÇÃO NEGATI VA DA CULPABI LI DADE,
CONDUTA SOCI AL E ANTECEDENTES.
REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA. I LEGALI DADE. OCORRÊNCI A APENAS
QUANTO À NEGATI VAÇÃO DA CONDUTA SOCI AL. VI OLAÇÃO AO
ENUNCI ADO N. 444, DA SÚMULA DO STJ. NÃO REDI MENSI ONAMENTO.
PROPORCI ONALI DADE DO AUMENTO. GRAVI DADE DA CONDUTA
PERPETRADA. AGRAVO
DESPROVI DO.
I - No que t ange à culpabilidade, t enho que as inst âncias ordinárias
esposaram fundam ent os concret os, apt os a j ust ificar o aum ent o da pena-
base, m orm ent e quando dest acam que o desvio se deu sobre verba pública
federal dest inada ao cust eio de m erenda
escolar de alunos da educação básica do Município de Aparecida/ PB, o que,
de fat o, aum ent a a reprovabilidade da condut a em apreço. ( Precedent e) .
I I - No que se refere aos m aus ant ecedent es, est á evident e que o
m agist rado ut ilizou- se de quat ro ações com t rânsit o em j ulgado, sendo que
as t rês prim eiras serviram para valorar negat ivam ent e a circunst ância
j udicial em referência, e a últ im a
delas, na qual j á t eve início a fase de execução penal, para a caract erização
da reincidência. ( Precedent es) .
I I I - Quant o à condut a social, ver ifico que a fundam ent ação expendida
pelas inst âncias ordinárias dest oa do que preconizado pela j ur isprudência
dest a Cort e, especialm ent e por se ut ilizar de ações penais em curso para
m aj oração da pena- base, o que
viola o Enunciado n. 444, da Súm ula do STJ, verbis: " É vedada a ut ilização
de inquér it os policiais e ações penais em curso para agravar a pena- base" .
I V - Cont udo, à luz da fundam ent ação das inst âncias ordinár ias para a
culpabilidade e para os m aus ant ecedent es, o aum ent o prom ovido revela- se
proporcional à gravidade da condut a perpet rada, de m odo que ent endo
deva ser ele m ant ido no pat am ar em que
se encont ra.
V - Não há se falar em reform at io in pej us para o caso, um a vez que a
sit uação or iginal do agravant e será m ant ida, int erpret ação que equivale
àquela j á ext ernada por essa Cort e Superior de Just iça e pelo Suprem o
Tribunal Federal quando da apreciação
dos lim it es do efeit o devolut ivo do recurso de apelação. ( Precedent es) .
Agravo regim ent al desprovido” .
Essa é a razão por que se insurgem os im pet rant es.
Prelim inarm ent e, observo que a condenação do pacient e t ransit ou em
j ulgado.
É firm e o ent endim ent o, no Suprem o Tribunal Federal, de que o habeas
corpus não pode ser ut ilizado com o sucedâneo de revisão crim inal ( RHC nº
114.890/ RS, Pr im eira Turm a, de m inha relat oria, DJe de 8/ 8/ 13) .
Conform e deixei assent ado nesse j ulgam ent o,
“ Por últ im o, anot o que a j urisprudência de am bas as Turm as do Suprem o
Tribunal Federal é far t a no sent ido de que o habeas corpus não é sucedâneo
de recursos ( j á esgot ados) ou de revisão crim inal, não sendo essa a via
processual adequada para o exam e
dessas quest ões:
‘RECURSO ORDI NÁRI O EM HABEAS CORPUS. CONSTI TUCI ONAL E
PROCESSUAL PENAL. ABSOLVI ÇÃO. REVOLVI MENTO DE PROVAS.
69

I MPOSSI BI LI DADE. LI MI TES COGNI TI VOS DO HABEAS CORPUS.


CONDENAÇÃO. FI XAÇÃO DA PENA- BASE ACI MA DO MÍ NI MO LEGAL.
ATRI BUI ÇÃO DO MAGI STRADO:
MOTI VAÇÃO. ART. 93, I X, DA CONSTI TUI ÇÃO DA REPÚBLI CA.
CULPABI LI DADE. JUÍ ZO DE CENSURABI LI DADE. PERSONALI DADE.
ELEMENTOS CONCRETOS. REI NCI DÊNCI A. ELEVAÇÃO DA PENA
PROVI SÓRI A. PROPORCI ONALI DADE. REJEI ÇÃO AO DI REI TO PENAL DO
AUTOR. 1. Os lim it es cognit ivos
do habeas corpus desaut orizam o revolvim ent o de provas e im pedem , por
conseguint e, fazê- lo sucedâneo da revisão crim inal. Precedent e. 2. A
at ribuição conferida ao Magist rado na definição da pena não o isent a de
m ot ivar suas escolhas ( art . 93, I X, da
Const it uição da República e ar t . 68 do Código Penal) . Precedent e. 3. A
análise dos fat ores que com põem as circunst âncias j udiciais deve perm it ir
ao j urisdicionado a perfeit a com preensão dos m ot ivos que conduzir am o
Magist rado a sua conclusão,
viabilizando o cont role de legalidade, a aferição da im parcialidade do órgão
sent enciant e e a cert eza de que prevaleceram os com ponent es racionais na
definição da pena. 4. A circunst ância j udicial at inent e à culpabilidade
relaciona- se à censurabilidade
da condut a, m edindo o seu grau de reprovabilidade diant e dos elem ent os
concret os disponíveis nos aut os, e não à nat ureza do crim e. 5 . A
adj et ivação negat iva acerca da personalidade do infr at or reclam a crit er iosa
pesquisa dos elem ent os probat órios
concret os a referendá- la, devendo o j ulgador se at er à análise do m eio
social e das condições de vida do sent enciando. 6. O valor conferido à
agravant e da reincidência não é fixado pela legislação penal, m as o seu
quant um deve guardar proporcionalidade
relat ivam ent e à pena- base, evit ando- se o direit o penal do aut or. 7 .
Recurso parcialm ent e provido’ ( RHC nº 107.213/ RS, Pr im eira Turm a, da
relat or ia da Minist ra Cárm en Lúcia, DJe de 22/ 6/ 11) ;
‘Agravo Regim ent al em Habeas Corpus. Sent ença condenat ória
t ransit ada em j ulgado. I nadm issibilidade da im pet ração com o sucedâneo de
revisão cr im inal. Reexam e fát ico e probat ório. I nviabilidade. Precedent es. A
sedim ent ada j ur isprudência dest e Suprem o
Tribunal Federal não adm it e a im pet ração de habeas corpus com o
sucedâneo de recursos ou de revisão cr im inal. A realização de aprofundado
reexam e do conj unt o fát ico- probat ório coligido nos aut os é inviável na
est reit a via do habeas corpus. Agravo
Regim ent al ao qual se nega provim ent o.’ ( HC nº 104.920 AgR/ RJ, Segunda
Turm a, da relat or ia do Minist ro Joaquim Barbosa, DJe de 4/ 11/ 10) ;
‘HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. TRANCAMENTO DE
AÇÃO PENAL. ALEGAÇÃO DE FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO PENAL.
DESCLASSI FI CAÇÃO DO CRI ME DE PORTE I LEGAL DE ARMA DE FOGO PARA
O DE POSSE I RREGULAR DE ARMA DE FOGO. CONCLUSÃO QUE DEMANDA
REEXAME DE FATOS E PROVAS NÃO ADMI TI DA EM SEDE DE HABEAS
CORPUS. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS DENEGADO. 1. A
desclassificação pret endida na present e im pet ração é quest ão cont roversa e
som ent e pode ser analisada e decidida nas inst âncias ordinár ias,
próprias para a ver ificação da alegada falt a de j ust a causa para a ação
penal, pois dem anda exam e acurado do acervo probat ório, o que não é
70

adm it ido não via est r eit a do habeas corpus. Precedent es. 2. Habeas corpus
denegado’ ( HC nº 95.911/ PE, Pr im eira
Turm a, da relat or ia da Minist ra Cár m en Lúcia, DJe de 20/ 3/ 08) ;
‘HABEAS CORPUS. PACI ENTE CONDENADO POR I NFRAÇÃO AO ART. 157,
§ 2º , I NCI SOS I E I I , E AO ART. 288, PARÁGRAFO ÚNI CO, DO CÓDI GO
PENAL. ALEGADA NULI DADE DA CONDENAÇÃO, QUE NÃO ESTARI A
CORROBORADA PELOS DADOS COLHI DOS NO I NQUÉRI TO E PRODUZI DOS
NA
I NSTRUÇÃO PROCESSUAL. SUPOSTO VÍ CI O NA DOSI METRI A DA PENA.
Validade da condenação, que não t eve por fundam ent o exclusivo os
depoim ent os prest ados pelos corréus na fase ext raj udicial, m as out ros
elem ent os que não podem ser, de plano, afast ados para
invalidar o decret o condenat ório. Pret ensão de revisão do j ulgado j á
t ransit ado, por m eio de um aprofundado r eexam e do acervo probat ório,
olvidando, cont udo, não ser o habeas corpus a via apropr iada para t ant o. A
quest ão relat iva à pret ensa nulidade na
fixação da repr im enda não foi suscit ada perant e o Superior Tribunal de
Just iça, que sobre ela não se pronunciou. Logo, inviável, no pont o, a
apreciação do pedido, sob pena de inadm issível supressão de inst ância.
Habeas corpus conhecido em part e e nela
indefer ido’ ( HC nº 84.671/ SP, Pr im eira Tur m a, da relat or ia do Minist ro
Ayres Brit t o, DJ de 11/ 2/ 05) .
No m esm o sent ido: HC nº 71.436/ SP, Segunda Turm a, Rel. Min. Car los
Velloso, DJ de 27/ 10/ 94; HC nº 75.069/ SP, Pr im eira Turm a, Rel. Min.
Moreira Alves, DJ de 27/ 6/ 97; HC nº 76.381/ SP, Rel. Min. Car los Velloso,
Segunda Turm a, DJ de 14/ 8/ 98; HC nº
79.503/ RJ, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turm a, DJ de 18/ 5/ 01; HC
nº 81.472/ RJ, Rel. Min. Nelson Jobim , 2ª Turm a, DJ de 14/ 6/ 02; HC nº
81.914/ SP, Segunda Turm a, Rel. Min. Nelson Jobim , DJ de 22/ 11/ 02; HC nº
82.011/ PR, Segunda Turm a, Rel. Min. Celso
de Mello, DJ de 11/ 3/ 05; e HC nº 85/ 183/ RJ, Segunda Turm a, Rel. Min.
Gilm ar Mendes, DJe de 11/ 5/ 07.”
Em ar rem at e, a j ur isprudência do Suprem o Tribunal Federal não adm it e
o m anej o do habeas corpus para o revolvim ent o do conj unt o fát ico-
probat ório, com o obj et ivo de se redim ensionar a pena im post a.
Nesse sent ido, RHC nº 105.150/ MG, Pr im eira Turm a, de m inha relat or ia,
DJe de 4/ 5/ 12; RHC nº 121.092/ SP, Pr im eir a Turm a, Relat or o Minist ro Luiz
Fux, DJe de 12/ 5/ 14; HC nº 118.602/ SP, Segunda Turm a, Relat or o
Minist ro Teori Zavascki, DJe de 11/ 3/ 14,
e o HC nº 111.398/ SP, Segunda Turm a, Relat or o Minist ro Ricardo
Lewandowski, DJe de 3/ 5/ 12.
Com o assent ado no HC nº 120.146/ SP, Pr im eira Turm a, de m inha
relat or ia, DJe de 3/ 6/ 14,
“ é pacífica a j urispr udência da Cort e de que a via est reit a do habeas
corpus não perm it e que se proceda à ponderação e o reexam e das
circunst âncias j udiciais referidas no art . 59 do Código Penal, consideradas
na sent ença condenat ória ( HC nº
100.371/ CE, Pr im eira Turm a, Relat or o Minist ro Ricardo Lewandowski, DJe
de 21/ 5/ 10) ” .
Regist ro ainda que
“ [ a] dosim et r ia da pena é m at éria suj eit a a cert a discr icionar iedade
j udicial. O Código Penal não est abelece rígidos esquem as m at em át icos ou
71

regras absolut am ent e obj et ivas para a fixação da pena. Cabe às inst âncias
ordinár ias, m ais próxim as dos
fat os e das provas, fixar as penas e às Cort es Superiores, em grau recursal,
o cont role da legalidade e da const it ucionalidade dos cr it ér ios em pregados,
bem com o a correção de event uais discrepâncias, se gr it ant es ou
arbit rár ias” ( HC nº 120.095/ MS,
Pr im eira Turm a, Relat ora a Minist ra Rosa Weber, DJe de 20/ 5/ 14) ” .
Rest a avaliar se, na espécie, exist e flagr ant e ilegalidade que aut orize a
superação desses óbices processuais.
No t ocant e à culpabilidade do pacient e, reput ou- se desfavorável esse
vet or porque o pacient e t eria desviado, em proveit o própr io, “ verba pública
federal dest inada ao cust eio da m erenda escolar dos alunos ( t odos de baixo
nível socioeconôm ico e cuj a
frequência à escola é condicionada à disponibilização da m erenda) da rede
m unicipal de ensino” .
Diversam ent e do que sust ent am os im pet rant es, não houve indevida
ut ilização de elem ent ar do t ipo para agravar a pena do pacient e.
Com efeit o, não se m aj orou a pena por força do desvio em si, m as sim
em razão da nat ureza da verba desviada, em prej uízo da alim ent ação de
alunos de baixo nível socioeconôm ico, o que t raduz, indubit avelm ent e, o
m aior grau de reprovabilidade da
condut a.
Melhor sort e não assist e aos im pet rant es quant o ao alegado bis in idem
no reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es e da reincidência.
De acordo com a sent ença condenat ória,
“ [ p] ossui o réu ant ecedent es, conform e se verifica da cert idão de fls.
184/ 189, da qual const am sent enças penais condenat órias com t rânsit o em
j ulgado, por cr im es de responsabilidade t ipificados no art . 1º , inciso I , da
Lei nº 201/ 67, prolat adas
pela Just iça Est adual ( Processos 037.2002.002.901- 5,037.2001.002.626-
0,037.2002.000.763- 1 e 037.2002.000.702- 1) , bem com o da cert idão de
fls. 208/ 209, da qual const a Execução Penal nº 0000096-
61.2006.4.05.8202 em t ram it e nest e j uízo, em virt ude da
condenação pela prát ica de delit os t ipificados no art . 1º , incisos I e VI I , da
Lei nº 201/ 67, HÁBEI S A GERAR REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA. ( ...)
Por out ro lado, sendo ident ificada a REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA, agravo-
lhe a pena- base em 1/ 6 ( um sext o) , fixando- a em 04 ( quat ro) anos e 8
( oit o) m eses de reclusão” .
Com o ressalt ado no j ulgado ora im pugnado,
“ ( …) est á evident e que o m agist rado ut ilizou- se de quat ro ações com
t rânsit o em j ulgado, sendo que as t rês prim eiras serviram para valorar
negat ivam ent e a circunst ância j udicial em referência, e a últ im a delas, na
qual j á t eve início a fase de
execução penal, para a caract erização da reincidência.”
Quant o à condut a social do condenado, reput ou- se desfavorável ao
pacient e esse vet or “ ant e as inúm eras ações cont ra ele aj uizadas, t odas
t rat ando acerca da m alversação de dinheir o público” .
Com o t ive a oport unidade de assent ar no HC nº 125.586/ SP, Segunda
Turm a, de m inha relat oria, DJe de 15/ 12/ 15,
“ ( ...) inquér it os policiais ar quivados, processos em andam ent o ou
absolvições não geram m aus ant ecedent es, sob pena de ofensa ao princípio
da presunção de inocência ( art . 5º , LVI I , CF) .
72

Essa t ese foi reafir m ada pelo Plenár io do Suprem o Tribunal Federal, no
j ulgam ent o do RE nº 591.054/ SC- RG, Relat or o Minist ro Marco Aurélio, DJe
de 26/ 2/ 15, cuj a em ent a t ranscrevo:
“ PENA – FI XAÇÃO – ANTECEDENTES CRI MI NAI S – I NQUÉRI TOS E
PROCESSOS EM CURSO – DESI NFLUÊNCI A. Ant e o princípio const it ucional
da não culpabilidade, inquér it os e processos crim inais em curso são neut ros
na definição dos ant ecedent es crim inais.”
Desse j ulgado, dest aco t recho do vot o do Minist ro Celso de Mello:
“ Na realidade, a sim ples exist ência de sit uações processuais ainda
pendent es de definição revela- se insuficient e para legit im ar a for m ulação de
j uízo de desvalor quant o à “ vit a ant eact a” referent e ao acusado que não
sofreu condenação penal
irrecorr ível.
O at o j udicial de fixação da pena, por isso m esm o, não poderá em prest ar
relevo j urídico- legal a circunst âncias que m eram ent e evidenciem haver sido
( ou est ar sendo) o réu subm et ido a procedim ent o penal- persecut ório, sem
que dest e haj a result ado, com
definit ivo t rânsit o em j ulgado, qualquer condenação de índole penal.”
Nesse m esm o sent ido, aliás, j á havia decidido est a Cort e, no RHC nº
123.711/ PE, Pr im eira Turm a, de m inha relat oria, DJe de 17/ 11/ 14:
“ Recurso ordinár io const it ucional. Habeas corpus. Não conhecim ent o da
im pet ração pelo Superior Tr ibunal de Just iça. Fundam ent o: agravo em
recurso especial pendent e de j ulgam ent o. Descabim ent o. Pressupost o de
adm issibilidade não previst o na
Const it uição Federal. Precedent es. Dosim et ria da pena. Reexam e
pret endido. Mat ér ia não analisada pelo Superior Tr ibunal de Just iça.
Supressão de inst ância caract erizada. Precedent es. Port e ilegal de arm a de
fogo de uso perm it ido. Art igo 14 da Lei nº
10.826/ 03. Pena- base. Maj oração. Ant ecedent es. Valoração negat iva com
base t ão som ent e em processos em andam ent o. I nadm issibilidade. Ofensa
ao princípio da presunção de inocência ( ar t . 5º , LVI I , CF) . I legalidade
flagrant e. Recurso provido, para o fim de
se conceder a ordem de habeas corpus.
1. É incabível, para se rest ringir o conhecim ent o do habeas corpus,
est abelecer pressupost o de adm issibilidade não previst o na Const it uição
Federal.
2. É pacífico o ent endim ent o da Pr im eira Turm a do Suprem o Tribunal
Federal de que a int er posição de recurso especial cont ra acórdão de t ribunal
local não const it ui óbice processual ao m anej o concom it ant e do habeas
corpus. Precedent es.
3. A apreciação, de form a or iginár ia, pelo Suprem o Tribunal Federal, de
m at éria não debat ida ou analisada pelo Superior Tr ibunal de Just iça,
configura inadm issível supressão de inst ância. Precedent es.
4. Um a vez que não cabe, em sede de habeas corpus, agregar
fundam ent os inovadores para com plem ent ar deficiência de fundam ent ação
na dosim et r ia da pena, sua legalidade deve ser aferida, est r it am ent e, à luz
da m ot ivação em pregada pelas inst âncias
ordinár ias.
5. I nquérit os policiais e processos em andam ent o não podem ser
valorados negat ivam ent e na fixação da pena- base, a t ít ulo de m aus
ant ecedent es, sob pena de ofensa ao princípio da presunção de inocência
( art . 5º , LVI I , CF) .
73

6. Recurso provido, desde logo, em carát er excepcional, com ordem de


habeas corpus para o fim de se reduzirem as penas im post as ao recorrent e
ao m ínim o legal, se fixar o regim e inicial abert o e se det erm inar a
subst it uição da pena privat iva de
liberdade por penas rest rit ivas de direit o.”
Com o salient ei no vot o condut or desse acórdão,
“ ( ...) o pr incípio da presunção de inocência ( art . 5º , LVI I , CF) , com o
norm a de t rat am ent o, significa que, diant e do est ado de inocência que lhe é
assegurado, o im put ado, no curso da persecução, não pode ser t rat ado
com o culpado nem ser a esse
equiparado ( GOMES FI LHO, Ant ônio Magalhães. Presunção de inocência e
prisão caut elar. São Paulo: Saraiva, 1991. p. 42. MORAES, Maurício Zanoide
de. Presunção de inocência no processo penal brasileiro – análise de sua
est rut ura norm at iva para a
elaboração legislat iva e para a decisão j udicial. Rio de Janeiro : Lum en
Juris, 2010. p. 503) .
Nesse diapasão, reput arem - se com o m aus ant ecedent es m eros
inquér it os policiais e processos em andam ent o, sem decisão j udicial
reconhecendo, em definit ivo, a culpa do im put ado, at ent a cont ra o referido
princípio.
( ...)
Vide o que decidiu o Suprem o Tribunal Federal no HC nº 106.157/ SP,
Pr im eira Turm a, de m inha relat oria, DJe de 27/ 5/ 11:
’Direit o Penal e Processual Penal. decisão indefer it ór ia de lim inar do
Superior Tribunal de Just iça. I ncidência da Súm ula nº 691 do STF.
I nj ust ificada exacerbação da pena com base na m era exist ência de processo
penal ainda em curso. Ausência de
condenação penal irrecorrível. Pr incípio const it ucional da não culpabilidade
( CF, art . 5º , LVI I ) . Redução da pena ordenada. Hipót ese de concessão da
ordem de ofício.
1. A j ur isprudência dest a Cort e é no sent ido da inadm issibilidade da
im pet ração de habeas corpus, nas causas de sua com pet ência originár ia,
cont ra decisão denegat ória de lim inar em ação de m esm a nat ureza
im pet rada ao Tribunal Superior ant es do
j ulgam ent o definit ivo do writ . Esse ent endim ent o est á represent ado na
Súm ula nº 691/ STF, segundo a qual ’não com pet e ao Suprem o Tribunal
Federal conhecer de ‘habeas corpus’ im pet rado cont ra decisão do Relat or
que, em ‘habeas corpus’ requerido a
t ribunal super ior, indefere a lim inar’.
2. O pr incípio const it ucional da não culpabilidade, inscr it o no art . 5º ,
LVI I , da Cart a Polít ica, não perm it e que se form ule, cont ra o réu, j uízo
negat ivo de m aus ant ecedent es fundado na m era inst auração de inquér it os
policiais em andam ent o, ou na
exist ência de processos penais em curso, ou, at é m esm o, na ocorrência de
condenações crim inais ainda suj eit as a recurso, revelando- se arbit rár ia a
exacerbação da pena quando apoiada em sit uações processuais indefinidas,
pois som ent e t ít ulos penais
condenat órios, revest idos da aut oridade da coisa j ulgada, podem legit im ar
t rat am ent o j urídico desfavorável ao sent enciado. Dout r ina. Precedent es.
3. Concede- se a ordem de ofício para reduzir- se a pena do ora pacient e
ao seu m ínim o legal ( quat ro anos de reclusão) , det erm inando- se,
74

consequent em ent e, ao Juízo responsável pela execução da pena que


reexam ine o regim e prisional adot ado e im ponha
aquele que sej a adequado à espécie, considerando, inclusive, a
possibilidade de se aplicar ao caso o art . 44 do Código Penal.’
Nesse m esm o sent ido, regist ro recent e precedent e da Prim eir a Turm a
dest a Cort e:
’RECURSO ORDI NÁRI O EM HABEAS CORPUS. I MPETRAÇÃO NÃO
CONHECI DA NO SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA POR I NADEQUAÇÃO DA
VI A ELEI TA. TRÁFI CO DE DROGAS. DOSI METRI A DA PENA. EXASPERAÇÃO
DA PENA- BASE. QUANTI DADE E NATUREZA DA DROGA APREENDI DA.
ARTI GO 42 DA LEI
11.343/ 2006. ANTECEDENTES CRI MI NAI S. AÇÃO PENAL EM ANDAMENTO.
I MPOSSI BI LI DADE.
1. O Super ior Tr ibunal de Just iça observou os precedent es da Prim eira
Turm a dest a Suprem a Cort e que não vem adm it indo a ut ilização de habeas
corpus em subst it uição a recurso const it ucional.
2. A dosim et r ia da pena é m at éria suj eit a a cert a discr icionar iedade
j udicial. O Código Penal não est abelece rígidos esquem as m at em át icos ou
regras absolut am ent e obj et ivas para a fixação da pena. Cabe às inst âncias
ordinár ias, m ais próxim as dos
fat os e das provas, fixar as penas. Às Cort es Superiores, no exam e da
dosim et r ia das penas em grau recursal, com pet e o cont role da legalidade e
da const it ucionalidade dos crit ér ios em pregados, bem com o a correção de
event uais discrepâncias, se grit ant es
ou arbit rár ias, nas frações de aum ent o ou dim inuição adot adas pelas
inst âncias ant er iores.
3. Processos ou inquérit os em curso não caract erizam m aus
ant ecedent es, sob pena de violação do pr incípio da presunção de inocência.
Precedent es.
4. A falt a de m ot ivação do édit o condenat ório afront a o post ulado
const it ucional da m ot ivação dos at os decisórios ( art . 93, I X, da Const it uição
da República) .
5. Recurso ordinár io em habeas corpus a que se nega provim ent o.
Habeas corpus concedido de ofício para det erm inar ao Juiz sent enciant e que
proceda a nova dosim et ria da pena ( RHC nº 121.126/ AC, Relat or a a
Minist ra Rosa Weber, DJe de 12/ 5/ 14) .’
Com o bem salient ado pelo Minist ro Celso de Mello no HC nº 108.026/ MS,
Segunda Turm a, DJe de 19/ 9/ 13, de sua relat or ia,
’[ c] onform e j á proclam ado, em diversas oport unidades, por est a
Suprem a Cort e ( RTJ 136/ 627 – RTJ 139/ 885, v.g.) , a m era suj eição de
alguém a sim ples invest igações policiais ( arquivadas ou não) ou a
persecuções crim inais ainda em curso não bast a, só
por si - ant e a inexist ência, em t ais sit uações, de condenação penal
t ransit ada em j ulgado - , para j ust ificar o reconhecim ent o de que o réu não
possui bons ant ecedent es ou, ent ão, para legit im ar a im posição de sanções
m ais gravosas ou a denegação de
benefícios de ordem legal, com o o de responder à ação penal em liberdade.
A subm issão de um a pessoa a m eros inquérit os policiais - ou, ainda, a
persecuções crim inais de que não haj a derivado, em carát er definit ivo,
qualquer t ít ulo penal condenat ório - não se revest e de suficient e idoneidade
j urídica par a aut or izar a
75

form ulação, cont ra o indiciado ou o réu, de j uízo ( negat ivo) de m aus


ant ecedent es, em ordem a recusar, ao que sofre a ’persecut io cr im inis’, o
acesso a det erm inados benefícios legais:
’- A form ulação, cont ra o sent enciado, de j uízo de m aus ant ecedent es,
para os fins e efeit os a que se refere o art . 59 do Código Penal, não pode
apoiar- se na m era inst auração de inquér it os policiais ( em andam ent o ou
arquivados) , ou na sim ples
exist ência de processos penais em curso, ou, at é m esm o, na ocorrência de
condenações crim inais ainda suj eit as a recurso.
É que não podem r epercut ir, cont ra o réu, sob pena de t ransgressão ao
post ulado const it ucional da não- culpabilidade ( CF, art . 5º , LVI I ) , sit uações
j urídico- processuais ainda não definidas por decisão irrecorr ível do Poder
Judiciár io, porque
inexist ent e, em t al cont ext o, t ít ulo penal condenat ório definit ivam ent e
const it uído. Dout r ina. Precedent es.’
( RE 464.947/ SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
Tal ent endim ent o – que se revela com pat ível com a presunção
const it ucional ’j uris t ant um ’ de inocência ( CF, art . 5º , LVI I ) – ressalt a,
corret am ent e, em t om de advert ência e com apoio na j ur isprudência dos
Tribunais ( RT 418/ 286 - RT 422/ 307 – RT
572/ 391 - RT 586/ 338) , que processos penais em curso, ou inquérit os
policiais em andam ent o, ou, at é m esm o, condenações crim inais ainda
suj eit as a recurso não podem ser considerados, enquant o episódios
processu
ais suscet íveis de pronunciam ent o j udicial absolut ór io, com o elem ent os
evidenciadores de m aus ant ecedent es do réu.”
Ora, se inquér it os policiais arquivados, processos em andam ent o,
absolvições e condenações não t ransit adas em j ulgado não podem ser
valorados negat ivam ent e com o m aus ant ecedent es na dosim et ria da pena,
por força da presunção de inocência, t am bém não
podem sê- lo a t ít ulo de condut a social ou personalidade, sob pena de bur la
ao cit ado pr incípio const it ucional, que veda a ext ração de consequências
desfavoráveis ao réu daquelas sit uações j urídicas.
Out rossim , com o j á dem onst rado, as únicas condenações definit ivas que
o pacient e regist rava foram alcançadas pelo quinquênio depurador previst o
no art . 64, I , do Código Penal, um a vez que sua punibilidade foi ext int a em
2002 e os fat os a ele ora
im put ados foram prat icados em 25/ 1/ 10 ( vide fl. 68, anexo 4) .
Se essas condenações não podem ser valoradas negat ivam ent e para fins
de reincidência, t am bém não repercut ir desfavoravelm ent e na dosim et r ia da
pena, a t ít ulo de m aus ant ecedent es, m á condut a social ou personalidade
volt ada à prát ica de crim es.
O legislador ordinário, dent ro de sua liberdade de conform ação,
est abeleceu que o decurso do prazo de m ais de cinco anos, cont ado da dat a
do cum prim ent o ou ext inção da pena, é suficient e para expiar qualquer
consequência negat iva da condenação
crim inal que pudesse repercut ir na dosim et ria da pena.
( ...)
Com o j á decidido pelo Suprem o Tribunal Federal, no HC nº 119.200/ PR,
Pr im eira Turm a, de m inha relat oria, DJe de 12/ 3/ 14,
“ Habeas corpus. Tráfico de ent orpecent es. Dosim et r ia. Fixação da pena-
base acim a do m ínim o legal em decorrência de m aus ant ecedent es.
76

Condenações ext int as há m ais de cinco anos. Pret ensão à aplicação do


dispost o no inciso I do art . 64 do Código
Penal. Adm issibilidade. Precedent e. Writ ext int o. Ordem concedida de ofício.
1. I m pet ração dir igida cont ra decisão singular não subm et ida ao crivo do
colegiado com pet ent e por int erm édio de agravo regim ent al, o que configura
o não exaurim ent o da inst ância ant ecedent e, im possibilit ando o
conhecim ent o do writ . Precedent es.
2. Quando o pacient e não pode ser considerado reincident e, diant e do
t ranscurso de lapso t em poral super ior a cinco anos, conform e previst o no
art . 64, I , do Código Penal, a exist ência de condenações ant eriores não
caract eriza m aus ant ecedent es.
Precedent es.
3. Wr it ext int o. Or dem concedida de ofício.”
Transcrevo, por sua pert inência, t recho do vot o condut or desse acórdão:
“ O art . 64, I , do CP assim dispõe:
’Para efeit o de reincidência: I - não prevalece a condenação ant erior, se
ent re a dat a do cum prim ent o ou ext inção da pena e a infração post erior
t iver decorrido per íodo de t em po superior a 5 ( cinco) anos, com put ado o
período de prova da suspensão ou
do livram ent o condicional, se não ocorrer revogação.’
No caso, cont udo, condenações ant eriores, cuj as penas se encont ram
ext int as por lapso t em poral super ior a cinco ( 5) anos, foram consideradas
pelas inst âncias ordinárias para fins de valoração negat iva dos ant ecedent es
crim inais do ora pacient e.
Observo, de início, que essa quest ão t eve sua repercussão geral
reconhecida ( RE nº 593.818- RG/ SC, de relat oria do Minist ro Robert o
Barroso) , não t endo, cont udo, sido ainda devidam ent e debat ida no Plenár io
da Cort e.
Assim , por ora, pedindo vênia aos que t êm ent endim ent o em sent ido
cont rário ( RHC nº 106.814/ MS, Pr im eira Turm a, da relat or ia do Minist ro
Ricardo Lewandowski, DJe de 24/ 2/ 11; HC nº 97.390/ SP, Pr im eir a Turm a,
da relat or ia do Minist r o Ricardo
Lewandowski, DJe de 24/ 9/ 10; HC nº 98.803/ MS, Segunda Turm a, da
relat or ia da Minist ra Ellen Gracie, DJe de 11/ 9/ 09) e sem m e com prom et er
com a t ese, alinho- m e, por ora, ao ent endim ent o preconizado pelo Minist ro
Gilm ar Mendes no HC nº 110.191/ RJ, Segunda
Turm a, DJe de 6/ 5/ 13:
‘Habeas corpus. 2. Hom icídio qualificado- privilegiado. Condenação. 3.
Aum ent o da pena em sede de recurso especial. Ent endim ent o no sent ido de
que o período depurador de 5 anos est abelecido pelo ar t . 64, I , do CP,
refere- se à reincidência, m as, com
relação ao regist ro de ant ecedent es, esses prolongam - se no t em po,
devendo ser considerados com o circunst âncias j udiciais em desfavor do réu.
4. Regist ro de um a condenação ant erior, por cont ravenção ( dir igir sem
habilit ação) , t ransit ada em j ulgado em
28.6.1979. Decorridos m ais de 5 anos desde a ext inção da pena da
condenação ant erior ( CP, art . 64, I ) , não é possível alargar a int erpret ação
de m odo a perm it ir o reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es. Aplicação do
princípio da razoabilidade. 5. Ordem
concedida para rest abelecer a decisão proferida pelo TJ/ RJ nos aut os da
Apelação n. 2006.050.02054, que m ant eve a pena- base fixada pelo Juiz-
77

President e do Tribunal do Júri e, assim , reconheceu a prescrição da


pret ensão execut ória.’ ( HC nº 110.191/ RJ,
Segunda Turm a, da r elat or ia do Minist ro Gilm ar Mendes, DJe de 6/ 5/ 13) .
Com efeit o, a int er pret ação do dispost o no inciso I do art . 64 do Código
Penal deve ser no sent ido de se ext inguirem , no prazo ali preconizado, não
só os efeit os decorrent es da reincidência, m as qualquer out ra valoração
negat iva por condut as
pret érit as prat icadas pelo agent e.
Penso que event uais deslizes na vida pregressa do sent enciado que não
t enha, há m ais de cinco anos, cont ados da ext inção de pena ant erior que
lhe t enha sido im post a, volt ado a delinquir, não podem m ais ser
validam ent e sopesados com o circunst âncias
j udiciais desfavoráveis ( CP, art . 59) , sob pena de perpet uação de efeit os
que a lei não prevê e que não se coadunam com os princípios
const it ucionais da dignidade da pessoa hum ana, da proporcionalidade e do
carát er socializador da reprim enda penal.
( ...)
O h om e m n ã o pode se r pe n a liza do e t e r n a m en t e por deslize s e m
se u pa ssa do, pe los qu a is j á t e nh a sido con den a do e t e n h a cu m pr ido
a r e pr im e n da qu e lh e foi im post a e m r e gu la r pr oce sso pen a l.
Fa z e le j u s a o de n om in a do “dir e it o a o e squ e cim e nt o”, n ã o
pode n do pe r dur a r in de fin ida m e nt e os e fe it os ne fa st os de u m a
con den a çã o a n t e r ior , j á r e gu la r m e nt e e x t int a .
Por isso, delim it ou expressam ent e o legislador o prazo de cinco ( 5) anos
para o desaparecim ent o dos efeit os da reincidência ( CP, art . 64) .
Se essas condenações não m ais se prest am para o efeit o da r eincidência,
que é o m ais, com m uit o m aior razão não devem valer para os
ant ecedent es crim inais, que são o m enos” ( grifos nossos) .
Na espécie, o j uízo de pr im eiro grau, t ant o para os crim es de m oeda
falsa quant o para o cr im e de falsificação de sinal público, refer iu- se à
“ ext ensa folha de ant ecedent es” do pacient e para valorar negat ivam ent e
sua personalidade, o que lhe era
defeso fazer, um a vez que as únicas condenações definit ivas do pacient e
foram alcançadas pela denom inada “ prescrição da reincidência” , e
inquér it os policiais ou processos em andam ent o não podem ser ut ilizados
para qualificar negat ivam ent e sua
personalidade na dosim et ria da pena.
Por sua vez, o Tribunal Regional Federal ut ilizou- se da folha de
ant ecedent es para valorar negat ivam ent e a condut a social do pacient e.
Manifest o, t odavia, o equívoco em que incidiu, um a vez que além do
pacient e, com o j á dem onst rado, não regist rar m aus ant ecedent es, esses
não se confundem com condut a social desfavorável.
Cezar Robert o Bit encourt anot a que, na avaliação da condut a social,
“ Deve- se analisar o conj unt o do com port am ent o do agent e em seu m eio
social, na fam ília, na sociedade, na em presa, na associação de bairro et c.
Em bora sem ant ecedent es crim inais, um indivíduo pode t er sua vida
recheada de deslizes, infâm ias,
im oralidades, reveladores de desaj ust e social. Por out ro lado, é possível que
det erm inado indivíduo, m esm o port ador de ant ecedent es crim inais, possa
ser aut or de at os benem érit os, ou de grande relevância social ou m oral. No
ent ant o, nem sem pre os aut os
78

oferecem elem ent os para analisar a condut a social do réu; nessa hipót ese,
a presunção m ilit a em seu favor” ( Trat ado de direit o penal. Part e geral. 17.
ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v.1, p. 756- 757) .
Com o j á decidido pelo Suprem o Tribunal Federal no HC nº 97.400/ MG,
Segunda Turm a, Relat or o Minist ro Cezar Peluso, DJe de 26/ 3/ 10,
“ 1. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais desfavoráveis. Condut a social
negat iva. Passagens pela polícia. Processos penais sem condenação. Não
caract erização. A exist ência de inquér it os ou
processos em andam ent o não const it ui circunst ância j udicial desfavorável.
2. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais desfavoráveis. Personalidade do
agent e volt ada para o crim e. Base em pír ica. I nexist ência. Não
caract erização. Desaj udada ou carent e de base fact ual, é
ilegal a m aj oração da pena- base pelo reconhecim ent o da personalidade
negat iva do agent e.
3. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais. Conseqüências do delit o. Elevação
da pena- base. I doneidade. Fixação no acim a do dobro do m ínim o legal.
Abuso do poder discricionár io do m agist rado.
I nt eligência do art . 59 do CP. HC concedido, em part e, para redim ensionar
a pena aplicada ao pacient e. É desproporcional o aum ent o da pena- base
acim a do dobro do m ínim o legal t ão- só pelas conseqüências do delit o.”
Dest aco o seguint e t recho do vot o condut or desse acórdão:
“ ( ...)
2. A condut a social foi reput ada desfavor ável pelo fat o de o or a pacient e
t er “ diversas passagens pela polícia e respondeu a processos em out ras
Varas” ( fl. 166) .
Ora, ainda que o pacient e apresent asse condenações ant eriores,
t ransit adas em j ulgado, t ais fat os não poderiam repercut ir na avaliação da
condut a social, circunst ância que se refere, ant es, à relação do sent enciado
com o m eio social. Em out ras
palavras, t ais fat os não podem caract erizar condut a social negat iva, para
efeit o do que det erm ina o art . 59 do Código Penal.
Lecionam , a pr opósit o, ALBERTO SI LVA FRANCO e JULI ANA
BELLOQUE:
’A condut a social deve ser avaliada enquant o o com port am ent o
desenvolvido pelo agent e na com unidade em que vive, abrangendo as suas
relações fam iliares e de vizinhança, o seu m odo de vida no t rabalho e nos
espaços com unit ár ios de lazer, as condut as
que – de m aneira recorrent e – apresent a no int er- relacionam ent o hum ano e
social.’
I sso não significa que event uais condenações não poderiam ser
consideradas pelo j uízo sent enciant e na fixação da pena- base. O m esm o
art . 59 prevê os ant ecedent es com o circunst ância j udicial diversa,
represent ando ’apenas um fat o m enor referent e à
exist ência ou não, no m om ent o da consum ação do fat o delit uoso, de
precedent es j udiciais’.
Tenho, cont udo, que a sent ença não pode observar a exist ência de
inquér it os ou processos em andam ent o com o j ust ificat iva para agravar a
condenação, sob pena de afront a diret a ao pr incípio const it ucional de
presunção de inocência ( art . 5º , LVI I , CF) .
79

E, no caso, a decisão de prim eiro grau refer e- se, expressam ent e, à


prim ar iedade do sent enciado ( fl. 166) .
3. Quant o à personalidade do agent e, aplica- se idênt ico raciocínio. A
circunst ância foi reput ada negat iva – “ volt ada para o cr im e” - , sem que, no
ent ant o, se fizesse qualquer referência a elem ent os apt os a fundam ent ar t al
conclusão.
Quant o à necessidade de fundam ent ação efet iva na avaliação das
circunst âncias j udiciais, cit o decisão da lavr a do Min. SEPÚLVEDA
PERTENCE:
’[ A] exigência de m ot ivação da individualização da pena - hoj e, garant ia
const it ucional do condenado ( CF, art s. 5º , XLVI , e 93, I X) - , não se sat isfaz
com a exist ência na sent ença de frases ou palavras quaisquer, a pret ext o
de cum pri- la: a
fundam ent ação há de explicit ar a sua base em pír ica e essa, de sua vez, há
de guardar relação de pert inência, legalm ent e adequada, com a
exasperação da sanção penal, que visou a j ust ificar’ ( HC nº 69.419, DJ
28/ 08/ 1992) .
No caso, a t ot al ausência de base em pír ica para j ust ificar o
diagnóst ico do j uízo quant o à personalidade do pacient e induz à conclusão
de que, para t ant o, foram considerados t ão- som ent e os inquér it os e ações
penais pret ér it os, ainda em curso,
m as pendent es de t rânsit o em j ulgado. Dessa form a, pelas m esm as razões
aduzidas no it em ant erior, o reconhecim ent o dessa circunst ância j udicial e o
conseqüent e aum ent o de pena devem ser desconsiderados” ( grifo nosso) .
O Super ior Tr ibunal de Just iça, apesar de reconhecer a inidoneidade da
valoração negat iva da condut a social do pacient e, não procedeu ao
respect ivo decot am ent o da pena, aduzindo que
“ ( ...) à luz da fundam ent ação das inst âncias ordinár ias para a
culpabilidade e para os m aus ant ecedent es, o aum ent o prom ovido revela-
se, a m eu j uízo, proporcional à gravidade da condut a perpet rada, de m odo
que ent endo deva ser ele m ant ido no pat am ar
em que se encont ra, não havendo se falar, inclusive, em reform at io in
pej us, um a vez que a sit uação or iginal do pacient e não será piorada,
apenas m ant ida” .
Manifest o o equívoco desse ent endim ent o.
Não se olvida que, em sede de apelação, por força do efeit o devolut ivo
da apelação, t odo o conhecim ent o da m at éria im pugnada é devolvido ao
t ribunal ad quem .
Com o dest aquei no j ulgam ent o do RHC nº 122.178/ SP, Pr im eir a Turm a,
de m inha relat or ia, DJe de 17/ 11/ 14,
“ [ q] uant o à ext ensão, o conhecim ent o do t ribunal é lim it ado pela m at ér ia
im pugnada pelo recorrent e.
Mas, com o ponderam Ada Pellegr ini Gr inover, Ant ônio Magalhães Gom es
Filho e Ant ônio Scarance Fernandes,
“ ( ...) dent ro desses lim it es, a profundidade do conhecim ent o do t ribunal
é a m aior possível: pode levar em consider ação t udo o que for relevant e
para a nova decisão. Por isso é que o brocardo lat ino t ant um devolut um
quant um appellat um ( relat ivo à
ext ensão do conhecim ent o) com plet a- se pelo acréscim o vel appellar i
debebat ( relat ivo à pr ofundidade) ” ( Recursos no processo penal. 7. ed. São
Paulo: Revist a dos Tribunais, 2011, p. 47- 48, gr ifo nosso) .
80

Referidos dout rinadores, após anot arem que “ a rest rição exist ent e na
apelação parcial é relat iva à ext ensão do conhecim ent o e não à sua
profundidade, podendo o t ribunal exam inar , nos lim it es da im pugnação,
aspect os não suscit ados pelas part es ou
t ópicos não apreciados pelo j uiz infer ior ( ...) ” - op. cit ., p. 123.
Com o j á decidido pelo Suprem o Tribunal Federal,
“ A apelação da defesa devolve int egralm ent e o conhecim ent o da causa
ao Tribunal, que a j ulga de novo, reafirm ando, infirm ando ou alt erando os
m ot ivos da sent ença apelada, com as únicas lim it ações de adst ringir- se à
im put ação que t enha sido obj et o
dela ( cf. Súm ula 453) e de não agravar a pena aplicada em pr im eiro grau
ou, segundo a j urispr udência consolidada, piorar de qualquer m odo a
sit uação do réu apelant e.
I nsurgindo- se a apelação do réu cont ra a individualização da pena, não
est á, pois, o Tr ibunal circunscr it o ao reexam e dos m ot ivos da sent ença:
reexam ina a causa, à luz do art . 59 e seguint es do Código, e pode, para
m ant er a m esm a pena, subst it uir
por out ras as circunst âncias j udiciais ou legais de exasperação a que a
decisão de pr im eiro grau haj a dado relevo.
À pr im eira vist a, a rest rição a observar no pont o é que as novas
circunst âncias do fat o hão de est ar explícit as ou im plicit am ent e cont idas na
acusação, o que, no caso, parece indiscut ível” ( HC nº 76.156, Pr im eira
Turm a, Relat or o Minist ro Sepúlveda
Pert ence, DJ de 8/ 5/ 98) .
Assim , “ ainda que em recurso exclusivo da defesa, o efeit o devolut ivo da
apelação aut or iza o Tribunal a rever os cr it érios de individualização
definidos na sent ença penal condenat ór ia para m ant er ou reduzir a pena,
lim it ado t ão- som ent e pelo t eor da
acusação e pela prova produzida” ( HC nº 101.917, Pr im eira Tur m a,
Relat ora a Minist ra Cárm en Lúcia, DJe 9/ 2/ 11; HC nº 106.113/ MT, Pr im eira
Turm a, Relat ora a Minist ra Cárm en Lúcia, DJe de 1º / 2/ 12) ” .
Todavia, na espécie, não se cuidava de apelação, m as sim de habeas
corpus, em que não exist e o apont ado efeit o devolut ivo, razão por que há
que se reconhecer a reform at io in pej us na negat iva de decot am ent o da
pena- base do indevido aum ent o à cont a
de condut a social desfavorável.
Considerando- se que a pena m ínim a com inada ao cr im e im put ado ao
pacient e é de 2 ( dois) anos de reclusão e que pena- base, em decorrência do
reconhecim ent o de t rês circunst âncias j udiciais desfavoráveis
( culpabilidade, condut a social e ant ecedent es) ,
foi fixada em 4 ( quat r o) anos de reclusão, cada circunst ância im port ou no
aum ent o de 8 ( oit o) m eses.
Logo, o decot am ent o da valoração negat iva da condut a social deve
im port ar na redução da pena- base para 3 ( t rês) anos e 4 ( quat ro) m eses de
reclusão.
Out rossim , alt erada a pena- base, o aum ent o de 1/ 6 ( um sext o) , na
segunda fase da dosim et ria, em razão da r eincidência, im plica no
redim ensionam ent o da pena para 3 ( t rês) anos, 10 ( dez) m eses e 20
( vint e) dias de reclusão.
Finalm ent e, diant e das duas circunst âncias j udiciais desfavoráveis
( culpabilidade e m aus ant ecedent es) e da reincidência em cr im e doloso, de
81

rigor a m anut enção do regim e inicial fechado, t al com o fixado na sent ença,
nos t erm os do art . 33, § 3º , do
Código Penal, não sendo o caso, ausent es os requisit os subj et ivos ( art . 44,
CP) , de subst it uição da pena corporal por r est rit iva de direit os.
Com essas considerações, nos t erm os do 192, caput , do Regim ent o
I nt erno do Suprem o Tribunal Federal, concedo, em part e, a ordem de
habeas corpus, para o fim de, afast ada a valoração negat iva da condut a
social do pacient e, redim ensionar a pena a ele
im post a para 3 ( t rês) anos, 10 ( dez) m eses e 20 ( vint e) dias de r eclusão,
m ant ida, no m ais, a sua condenação.
Publique- se.
Brasília, 18 de dezem bro de 2015.
Minist ro Dias Toffoli
Relat or
Docum ent o assinado digit alm ent e

Le gisla çã o

LEG- FED CF ANO- 1988


ART- 00093 I NC- 00009
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00033 PAR- 00003 ART- 00044 ART- 00059
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
LEG- FED DEL- 000201 ANO- 1967
ART- 00001 I NC- 00001 PAR- 00001 PAR- 00002
DECRETO- LEI
LEG- FED RGI ANO- 1980
ART- 0192 " CAPUT"
RI STF- 1980 REGI MENTO I NTERNO DO SUPREMO TRI BUNAL FEDERAL
LEG- FED SUM- 000444
SÚMULA DO SUPERI OR TRI BUNAL DE JUSTI ÇA - STJ

Obse r va çã o

14/ 03/ 2016


Legislação feit a por: ( RTO) .

fim do docu m e n t o

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