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D I REI TO AO
ESQUECI M EN TO
Bibliogr a fia , Le gisla çã o e
Ju r ispr u dê n cia Te m á t ica
Junho 2 0 1 7
SECRETARI A DE DOCUMENTAÇÃO
AN A VALÉRI A D E OLI VEI RA TEI XEI RA
SEÇÃO DE PESQUI SA
M ÁRCI A SOARES D E OLI VEI RA VASCON CELOS
ALI N E LI M A M ATOS
TALI TA D AEM ON JAM ES
M ARI AN A FERREI RA D E OLI VEI RA ( ESTAGI ÁRI A)
Para efetuar o empréstimo ou obter cópias dos documentos bibliográficos listados, devem
ser contatadas as Seções de Pesquisa ou de Referência e Empréstimo, nos ramais 3532 e 3523 ou
nos e-mails doutrina@stf.jus.br e biblioteca@stf.jus.br respectivamente, ou, ainda,
pessoalmente no balcão de atendimento da Biblioteca.
Coordenadoria de Biblioteca
SUM ÁRI O
2. Legislação ........................................................................................ 19
3. Jurisprudência .................................................................................. 20
6
1. Doutrina
5. BARROSO, Luís Roberto; BARCELLOS, Ana Paula de. Colisão entre liberdade de
expressão e direitos da personalidade: critérios de ponderação: interpretação
constitucionalmente adequada do código civil e da lei de imprensa. Revista de
Direito Administrativo, n. 235, p. 1-36, jan./mar. 2004; Revista de Direito
Privado, n. 18, p. 105-143, abr.jun. 2004; Revista Trimestral de Direito Civil:
RTDC, v. 4, n. 16, p. 59-102, out./dez. 2003; Revista Latino-Americana de
Estudos Constitucionais, n. 5, p. 297-339, jan./jun. 2005. Disponível em:
< http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/45123/45026 >
Acesso em: 06 jun. 2017. [691950] SEN CAM AGU CLD MJU PGR STJ STM TJD TST
(STF DIG)
6. BARROSO, Luís Roberto; BARCELLOS, Ana Paula de. Constituição e Código civil:
colisão entre liberdade de expressão e direitos da personalidade. Revista da
Academia Brasileira de Direito Constitucional, v. 7, p. 347-390 2005. [858368]
STF (STF DIG)
10. BITTAR, Carlos Alberto. Os direitos da personalidade. 8. ed. São Paulo : Saraiva,
2015. 248 p. [1029025] SEN CAM STJ PGR TCD TJD TST STJ STF 342.115 B624
DPE 8.ED.
15. CARVALHO, Luiz Fernando Ribeiro de. Uso indevido de imagem versus liberdade
de expressão do pensamento e de empresa: balanceamento de valores. Revista
de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, n. 51, p. 34-46,
abr./jun. 2002. [632155] STF TJD
8
18. CONCI, Luiz Guilherme Arcaro. Diálogo judicial, proteção de dados e soberania
informativa. In: ARTESE, Gustavo (Coord.). Marco civil da Internet: análise
jurídica sob uma perspectiva empresarial. São Paulo: Quartier Latin, 2015, p.
259-276. [1060493] SEN STJ TJD (STF DIG)
25. DONNINI, Oduvaldo; DONNINI, Rogério Ferraz. Imprensa livre, dano moral, dano
à imagem e sua quantificação: à luz do novo Código civil. São Paulo: Método,
2002. 229 p. [623713] SEN CAM AGU CLD MJU PGR STJ TJD STF 341.2732 D685
ILD
9
26. FARIAS, Edilsom Pereira de. Colisão de direitos: a honra, a intimidade, a vida
privada e a imagem versus a liberdade de expressão e comunicação. 3. ed. Porto
Alegre: S.A. Fabris, 2008. 186 p. [828660] SEN TCD TJD TST
39. HENRIQUE, Lygia Maria Moreno Molina. Proteção de dados pessoais: um direito
relevante no mundo digital. 2016. 168 f. Dissertação (Mestrado em Direito) -
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em:
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41. JORGE, Maykon Cristiano; IOCOHAMA, Celso Hiroshi. A tutela inibitória como
meio de efetivação do direito ao esquecimento e proteção da dignidade da
pessoa humana. Revista Brasileira de Direito Processual, v. 24, n. 95, p. 203-
226, jul./set. 2016.
44. LEMOS, Tayara Talita. Direito como fundação e constituição como promessa:
um diálogo com Hannah Arendt. 2012. 154 f. Dissertação (Mestrado em Direito)
- Universidade Federal De Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012. Disponível em:
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8XSPQX/disserta__o_2.pdf?sequence=1>. Acesso em: 19 maio 2017.
49. LIMA, Erik Noleta Kirk Palma. Direito ao esquecimento: discussão européia e sua
repercussão no Brasil. Revista de Informação Legislativa, v. 50, n. 199, p. 271-
283, jul./set. 2013. [991677]. Disponível em:
<http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/502929/000991677.pdf>
. Acesso em: 19 maio 2017. SEN CAM CLD MJU PGR STF STJ STM TCD TJD (STF
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52. MAIA, Mayassa Maria Assmar Fernandes Correia. Informação X Invasão: uma
análise do conflito entre liberdade de imprensa e Direitos da personalidade.
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n. 20, p. 177-227, out./dez. 2013. [995157] SEN (STF DIG)
12
53. MAINENTI, Geraldo Márcio Peres. O jornalismo como quarto poder: a liberdade
de imprensa e a proteção aos direitos da personalidade. Alceu, v. 14, n. 28, p. 47-
61, jan./jun. 2014. Disponível em: <http://revistaalceu.com.puc-
rio.br/media/alceu%2028%20-%2047-61.pdf> Acesso em: 19 maio 2017.
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59. MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Responsabilidade civil objetiva dos meios de
comunicação por ofensa aos direitos da personalidade. Revista de Direito do
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62. MIRANDA, Jorge; RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luiz; FRUET, Gustavo Bonato
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disponível em:
<http://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/49603/direitos_personalidade_mir
anda.pdf>. Acesso em: 22 maio 2017. [939487] SEN PGR STJ TJD TST STF 342.115
D598 DPE
64. MORAES, Maria Celina Bodin de; KONDER, Carlos Nelson. Dilemas de direito
civil-constitucional: casos e decisões sobre os novos desafios para a tutela da
pessoa humana nas relações existenciais. Rio de Janeiro: Renovar, 2012. 435 p.
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73. PAIVA, Bruno César Ribeiro de. O direito ao esquecimento em face da liberdade
de expressão e de informação. Revista Jurídica de Jure, v. 13, n. 22, p. 273-286,
jan./jun. 2014. Disponível em:
<http://acervo.mpmg.mp.br/ojs/index.php/dejure/article/download/126/25>
Acesso em: 19 maio 2017. [1018091] SEN TJD (STF DIG)
75. PASSOS, Ana Beatriz Guimarães. Entre lembrança e olvido: uma análise das
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v. 16, n. 109, p. 397-420, jun./set. 2014. [1014272] Disponível em:
<https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/article/view/17/8>.
Acesso em: 19 maio 2017. (STF DIG)
77. PÍCOLO, Guilherme Gouvêa. Direito de livre expressão vs direito à honra, vida
privada e intimidade. Ciência Jurídica, v. 28, n. 179, p. 133-176, set./out. 2014.
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vs-direito-a-honra-vida-privada-e-intimidade> Acesso em: 19 maio 2017.
[1014781] SEN STF STM TJD (STF DIG)
15
<http://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/21296/Liberdade_Express%c3%a3o
_Liberdade.pdf > Acesso em: 06 jun. 2017.[832593] SEN CAM PGR STJ TCD TJD
STF 341.272 R696 LEL
92. SANTOS, Paulo Márcio Reis. Direito ao esquecimento. ADV Advocacia Dinâmica:
Informativo, n. 34, p. 530, ago. 2013. [984969] CAM PGR STF STJ TJD (STF DIG)
94. SCHREIBER, Anderson. Direito civil e constituição. São Paulo: Atlas, 2013. 500 p.
Sumário disponível em:
17
95. SILVA, Andréa Barroso. Direito à imagem: o delírio da redoma protetora. In:
MIRANDA, Jorge; RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luiz; FRUET, Gustavo Bonato
(Org.). Direitos da personalidade. São Paulo: Atlas, 2012. 462 p. [939487] SEN
PGR STJ TJD TST STF 342.115 D598 DPE
101. TEFFÉ, Chiara Spadaccini de; BARLETTA, Fabiana Rodrigues. Pessoa e privacidade:
o direito ao esquecimento: uma expressão possível do direito à privacidade. In:
TEPEDINO, Gustavo; TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; ALMEIDA, Victor (Coord.).
O direito civil entre o sujeito e a pessoa: estudos em homenagem ao professor
Stefano Rodotà. Belo Horizonte: Fórum, 2016. 488 p. [1078715] SEN CAM STJ
104. TIZZO, Luis Gustavo Liberato; GOUVEIA, Manuel Vinícius Toledo Melo de. Dos
limites constitucionais do direito de informar que violam a personalidade, e a
problemática da Internet. Revista Videre, v. 8, n. 16, p. 128-150, jul./dez. 2016.
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<http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/download/4770/pdf>. Acesso
em: 18 maio 2017. [1087931]
2. Legislação
3. Jurisprudência
ACÓRD ÃOS
H C 1 2 8 0 8 0 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . M ARCO AURÉLI O
Re la t or ( a ) p/ Acór dã o: M in . ED SON FACH I N
Ju lga m e n t o: 2 9 / 0 3 / 2 0 1 6 Ór gã o Ju lga dor : Pr im e ir a Tu r m a
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 164 DI VULG 04- 08- 2016 PUBLI C 05- 08- 2016
Pa r t e ( s)
Em e n t a
D e cisã o
Por m aior ia de vot os, a Turm a não conheceu da im pet ração e revogou a
lim inar ant er iorm ent e deferida, nos t er m os do vot o do Senhor Minist ro
Edson Fachin, Redat or para o acórdão, vencido o Senhor Minist ro Marco
Aurélio, Relat or. Presidência do Senhor Minist ro Luís Robert o Barroso. 1ª
Turm a, 29.3.2016.
I n de x a çã o
- VI DE EMENTA.
Obse r va çã o
fim do docu m e n t o
H C 1 2 6 3 1 5 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . GI LM AR M EN DES
Ju lga m e n t o: 1 5 / 0 9 / 2 0 1 5 Ór gã o Ju lga dor : Se gu nda Tu r m a
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 246 DI VULG 04- 12- 2015 PUBLI C 07- 12- 2015
Pa r t e ( s)
PACTE.( S) : LUI S ANTONI O TADEU MOREI RA
PROC.( A/ S) ( ES) : DEFENSOR PÚBLI CO- GERAL FEDERAL
I MPTE.( S) : DEFENSORI A PÚBLI CA DA UNI ÃO
22
D e cisã o
Após o vot o do Relat or, concedendo a ordem , no que foi acom panhado pelo
Minist ro Dias Toffoli, o j ulgam ent o foi suspenso em virt ude do pedido de
vist a form ulado pela Minist ra Cárm en Lúcia. Falou, pelo pacient e, o Dr.
Gust avo de Alm eida Ribeiro, Defensor Público Federal. Ausent e,
j ust ificadam ent e, o Senhor Minist ro Celso de Mello. 2ª Turm a, 17.03.2015.
Decisão: A Turm a, por vot ação m aj orit ár ia, deferiu o pedido de habeas
corpus para rest abelecer a decisão proferida pelo TJ/ SP nos aut os da
Apelação n. 0005243- 89.2010.8.26.0028, no que diz respeit o à quant idade
de pena aplicada, e det erm inou, ainda, ao Tribunal de origem que,
afast ando o dispost o no art . 2º , § 1º , da Lei 8.072/ 90, proceda a nova
fixação do regim e inicial de cum pr im ent o de pena, segundo os crit ér ios
previst os no art . 33, §§ 2º e 3º do CP, nos t erm os do vot o do Relat or,
vencidos, em m enor ext ensão, os Senhores Minist ros Cárm en Lúcia e Teori
Zavascki, que deferiam parcialm ent e a ordem . Ausent e, j ust ificadam ent e, o
Senhor Minist ro Dias Toffoli. Presidência do Senhor Minist ro Celso de Mello.
2ª Turm a, 15.09.2015.
I n de x a çã o
- I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, CONDENAÇÃO ANTERI OR,
MOMENTO, DOSI METRI A DA PENA, HI PÓTESE, ENCERRAMENTO, PRAZO,
CI NCO ANOS, REI NCI DÊNCI A. I NADMI SSI BI LI DADE, ATRI BUI ÇÃO,
CARÁTER PERPÉTUO, PENA, FUNDAMENTO, FUNÇÃO, RESSOCI ALI ZAÇÃO,
PENA. VEDAÇÃO, CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, PENA, CARÁTER PERPÉTUO.
PROI BI ÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO, ÂMBI TO, TEXTO
CONSTI TUCI ONAL, DI REI TO COMPARADO. VEDAÇÃO, ANALOGI A I N MALAM
PARTEM, ORDENAMENTO JURÍ DI CO BRASI LEI RO.
CARACTERI ZAÇÃO, D I REI TO AO ESQUECI M EN TO, DI REI TO
FUNDAMENTAL, ÂMBI TO PENAL. DECORRÊNCI A, D I REI TO AO
ESQUECI M EN TO, VEDAÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO, PRI NCÍ PI O DA
23
- VOTO VENCI DO, MI N. CÁRMEN LÚCI A: DEFERI MENTO PARCI AL, PEDI DO.
I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, ATO, MAUS ANTECEDENTES,
HI PÓTESE, AUSÊNCI A, CONDENAÇÃO, DECORRÊNCI A, SENTENÇA
TRANSI TADA EM JULGADO. PREDOMI NÂNCI A, SUPREMO TRI BUNAL
FEDERAL ( STF) , ENTENDI MENTO, POSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, MAUS ANTECEDENTES, MOMENTO POSTERI OR,
ENCERRAMENTO, PRAZO, CI NCO ANOS, REI NCI DÊNCI A.
DESCARACTERI ZAÇÃO, PENA, CARÁTER PERPÉTUO. OFENSA, PRI NCÍ PI O DA
I NDI VI DUALI ZAÇÃO DA PENA, EQUI PARAÇÃO, SI TUAÇÃO, AUSÊNCI A,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, ÂMBI TO PENAL, SI TUAÇÃO, EXI STÊNCI A,
CONDENAÇÃO ANTERI OR, CARÁTER DEFI NI TI VO. NECESSI DADE,
OBSERVÂNCI A, CASO CONCRETO, FI NALI DADE, APLI CAÇÃO, LEI PENAL.
POSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, FOLHA CORRI DA, CONDENADO,
FI NALI DADE, AVALI AÇÃO, VI DA PREGRESSA. DESCABI MENTO, HABEAS
CORPUS, OBJETI VO, PONDERAÇÃO, SUFI CI ÊNCI A, CI RCUNSTÂNCI A
JUDI CI AL, FI NALI DADE, AUMENTO, PENA- BASE, CASO CONCRETO.
Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00005 I NC- 00046 I NC- 00047 LET- B
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED LEI - 008072 ANO- 1990
ART- 00002 PAR- 00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI - 11464/ 2007
LCH- 1990 LEI DE CRI MES HEDI ONDOS
LEG- FED LEI - 011343 ANO- 2006
ART- 00033 " CAPUT" PAR- 00004
LTX- 2006 LEI DE TÓXI COS
LEG- FED LEI - 011464 ANO- 2007
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00033 PAR- 00002 PAR- 00003 ART- 00059
ART- 00064 I NC- 00001 ART- 00129 ART- 00155
PAR- 00004 I NC- 00001 I NC- 00002 I NC- 00004
ART- 00344
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
Obse r va çã o
- Acórdão( s) cit ado( s) :
( ANTECEDENTE CRI MI NAL, I NQUÉRI TO POLI CI AL EM CURSO, PROCESSO
PENAL EM CURSO)
RE 591054 ( TP) , HC 97655 ( 2ª T) , HC 107456 ( 1ª T) , RHC 117095 ( 2ª T) ,
RHC 121126 ( 1ª T) , RHC 122181 ( 1ª T) .
( COMPROVAÇÃO, ANTECEDENTE CRI MI NAL)
HC 116301 ( 1ª T) , RHC 118380 ( 2ª T) .
24
D e cisã o
O Tribunal, por unanim idade e nos t erm os do vot o da Relat ora, j ulgou
procedent e o pedido form ulado na ação diret a par a dar int erpret ação
conform e à Const it uição aos art igos 20 e 21 do Código Civil, sem redução
de t ext o, para, em consonância com os direit os fundam ent ais à liberdade de
pensam ent o e de sua expressão, de criação art íst ica, produção cient ífica,
declarar inexigível o consent im ent o de pessoa biografada relat ivam ent e a
obras biográficas lit erárias ou audiovisuais, sendo por igual desnecessária
aut orização de pessoas ret rat adas com o coadj uvant es ( ou de seus
fam iliares, em caso de pessoas falecidas) . Falaram , pela requerent e
Associação Nacional dos Edit ores de Livros - ANEL, o Dr. Gust avo
Binenboj m , OAB/ RJ 83.152; pelo am icus curiae I nst it ut o Hist ór ico e
27
I n de x a çã o
- PRELI MI NAR: LEGI TI MI DADE ATI VA.
- MÉRI TO.
CI DADÃO, CONTRARI EDADE, PODER PÚBLI CO. EFI CÁCI A JURÍ DI CA,
DI REI TO FUNDAMENTAL, I NCI DÊNCI A, NORMA I NFRACONSTI TUCI ONAL,
ABRANGÊNCI A, PARTI CULAR. AMPLI AÇÃO,
DI REI TO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, GARANTI A, LI BERD ADE DE EXP
RESSÃO, OPI NI ÃO, I NFLUÊNCI A, DI VERSI DADE, PESSOA NATURAL.
UTI LI ZAÇÃO, CRI TÉRI O, PONDERAÇÃO, RESOLUÇÃO, CONFLI TO APARENTE
DE NORMAS. AUSÊNCI A, ALTERAÇÃO,
I NTERPRETAÇÃO, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, FATO, BI OGRAFI A,
CONFI GURAÇÃO, OBJETO, COMERCI ALI ZAÇÃO, MOTI VO, LI VRO,
CONFI GURAÇÃO, PRODUTO, COMÉRCI O. I NADMI SSI BI LI DADE,
SUPRESSÃO, LI BERDAD E I NDI VI DUAL, HI PÓTESE, REPARAÇÃO DE DANO,
ABUSO DE DI REI TO. DEVER, I NTERPRETAÇÃO, NORMA
I NFRACONSTI TUCI ONAL, OBSERVÂNCI A, PRI NCÍ PI O CONSTI TUCI ONAL,
EFETI VI DADE, DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA,
GARANTI A, LI BERD AD E DE EXPRESSÃO, LI BERD AD E DE I NFORMAÇÃO,
CRI AÇÃO, ATI VI DADE ARTÍ STI CA, ATI VI DADE I NTELECTUAL, ATI VI DADE
CI ENTÍ FI CA, CONSEQUÊNCI A, VEDAÇÃO, CENSURA. CONFI GURAÇÃO,
I NVI OLABI LI DADE, PRI VACI D AD E,DI REI TO À I N TI M I D AD E,
H ON RA, I MAGEM, DECORRÊNCI A, DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA,
CABI MENTO, REPARAÇÃO DE DANO, HI PÓTESE, DESCUMPRI MENTO,
I MPOSSI BI LI DADE, LEGI SLADOR ORDI NÁRI O, RESTRI ÇÃO, GARANTI A
CONSTI TUCI ONAL. NECESSI DADE, CONCI LI AÇÃO, DI REI TO,
I NVI OLABI LI DADE, PRI VACI D AD E, DI REI TO À I N TI M I D AD E,
H ON RA, I MAGEM, CORRELAÇÃO, DI REI TO, ELABORAÇÃO, BI OGRAFI A.
Le gisla çã o
LEG- I MP CI B ANO- 1824
ART- 00179 I NC- 00004
CI B- 1824 CONSTI TUI ÇÃO POLI TI CA DO I MPERI O DO BRAZI L
LEG- FED CF ANO- 1891
ART- 00072 PAR- 00012 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 3/ 1926
CF- 1891 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1934
ART- 00113 NÚMERO- 9 ART- 00175 PAR- 00005
CF- 1934 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1937
ART- 00122 NÚMERO- 15 LET- A LET- B
LET- C ART- 00168 LET- B
CF- 1937 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1946
ART- 00141 PAR- 00005
ART- 00141 PAR- 00005 REDAÇÃO DADA PELO AI T- 2/ 1966
ART- 00209 PAR- ÚNI CO I NC- 00001
CF- 1946 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1967
ART- 00150 PAR- 00008
ART- 00153 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 1/ 1969
ART- 00153 PAR- 00008 REDAÇÃO DADA PELA EMC- 1/ 1969
CF- 1967 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED EMC- 000003 ANO- 1926
EMENDA CONSTI TUCI ONAL
LEG- FED EMC- 000001 ANO- 1969
EMENDA CONSTI TUCI ONAL
LEG- FED LEI - 003071 ANO- 1916
CC- 1916 CÓDI GO CI VI L
LEG- FED LEI - 005250 ANO- 1967
LI - 1967 LEI DE I M PREN SA
LEG- FED LEI - 007347 ANO- 1985
ART- 00005 I NC- 00005 LET- A
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 008069 ANO- 1990
ART- 00254
ECA- 1990 ESTATUTO DA CRI ANÇA E DO ADOLESCENTE
LEG- FED LEI - 009099 ANO- 1995
LJE- 1995 LEI DOS JUI ZADOS ESPECI AI S CÍ VEI S E CRI MI NAI S
LEG- FED LEI - 009868 ANO- 1999
ART- 00002 I NC- 00009
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 009882 ANO- 1999
LEI ORDI NÁRI A
LEG- FED LEI - 010406 ANO- 2002
ART- 00020 PAR- ÚNI CO ART- 00021 ART- 00053
CC- 2002 CÓDI GO CI VI L
LEG- FED LEI - 012527 ANO- 2011
33
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fim do docu m e n t o
D e cisã o
40
I n de x a çã o
- I MPOSSI BI LI DADE, CONSI DERAÇÃO, CONDENAÇÃO ANTERI OR,
FI NALI DADE, AUMENTO, PENA- BASE, DECORRÊNCI A, MAUS
ANTECEDENTES, HI PÓTESE, DECURSO DE PRAZO, CI NCO ANOS,
FUNDAMENTO, PRI NCÍ PI O DA DI GNI DADE DA PESSOA HUMANA, PRI NCÍ PI O
DA PROPORCI ONALI DADE, FUNÇÃO, RESSOCI ALI ZAÇÃO, PENA, D I REI TO,
ESQUECI M EN TO.
Le gisla çã o
LEG- FED DEL- 002848 ANO- 1940
ART- 00059 ART- 00064 I NC- 00001
CP- 1940 CÓDI GO PENAL
Obse r va çã o
- Acórdão( s) cit ado( s) :
( HC, SUBSTI TUI ÇÃO, RHC)
HC 109956 ( 1ª T) , HC 110328 ( TP) .
( ANTECEDENTE, CONDENAÇÃO ANTERI OR, PENA EXTI NTA, MAI S DE CI NCO
ANOS)
HC 110191 ( 2ª T) , HC 119200 ( 1ª T) , RE 593818 RG ( TP) .
Núm ero de páginas: 11.
Análise: 22/ 04/ 2014, GOD.
Revisão: 22/ 07/ 2014, I VA.
D ou t r in a
GUERRA FI LHO, Willis Sant iago. Dignidade hum ana, pr incípio da
proporcionalidade e t eoria dos direit os fundam ent ais. p. 313 apud NUCCI ,
Guilherm e de Souza. Pr incípios const it ucionais penais e processuais penais.
São Paulo: Revist a dos Tribunais, 2010.
p.
213.
fim do docu m e n t o
AO 1 3 9 0 / PB - PARAÍ BA
AÇÃO ORI GI N ÁRI A
Re la t or ( a ) : M in . D I AS TOFFOLI
Ju lga m e n t o: 1 2 / 0 5 / 2 0 1 1 Ór gã o Ju lga dor : Tr ibuna l Ple n o
Pu blica çã o
DJe- 166 DI VULG 29- 08- 2011 PUBLI C 30- 08- 2011
EMENT VOL- 02576- 01 PP- 00017
RDDP n. 104, 2011, p. 144- 150
Pa r t e ( s)
41
D e cisã o
O Tribunal, por unanim idade, negou provim ent o ao recurso de agravo
ret ido, int erpost o pelo dem andado, bem com o às apelações pr opost as pelo
aut or e pelo réu, m ant endo int egralm ent e a sent ença, nos t erm os do vot o
do Relat or. Vot ou o President e. Ausent es, em part icipação no “ 2011 US-
BRAZI L JUDI CI AL DI ALOGUE” , em Washingt on, nos Est ados Unidos da
Am érica, os Senhores Minist ros Cezar Peluso ( President e) , Ellen Gracie,
Gilm ar Mendes, Ricardo Lewandowski e, nest e j ulgam ent o, o Senhor
Minist ro Joaquim Barbosa. Presidiu o j ulgam ent o o Senhor Minist ro Ayres
Brit t o ( Vice- President e) . Plenár io, 12.05.2011.
42
I n de x a çã o
- I NEXI STÊNCI A, I NÉPCI A, PETI ÇÃO I NI CI AL, SUFI CI ÊNCI A, DOCUMENTO,
JUNTADA, DEMONSTRAÇÃO, DANO, NEXO DE CAUSALI DADE. D AN O
M ORAL, DECORRÊNCI A, OFENSA, H ON RA OBJETI VA, COMPROVAÇÃO,
I NTERMÉDI O, FATO.
Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1988
ART- 00005 I NC- 00004 I NC- 00009 ART- 00053
" CAPUT" ART- 00102 I NC- 00001 LET- N
CF- 1988 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED LEI - 005869 ANO- 1973
ART- 00020 PAR- 00003 LET- A LET- B
LET- C ART- 00330 I NC- 00001 ART- 00334
I NC- 00003
CPC- 1973 CÓDI GO DE PROCESSO CI VI L
Obse r va çã o
- Acórdão cit ados: ADPF 130, I nq 1024 QO - Tribunal Pleno, RE
354874 AgR, AI 616083 ED.
Núm ero de páginas: 17.
Análise: 12/ 09/ 2011, KBP.
Revisão: 23/ 09/ 2011, I MC.
D ou t r in a
STOCCO, Rui. Trat ado de Responsabilidade Civil. 7. ed. São Paulo: RT,
2007. p. 1734.
fim do docu m e n t o
D e cisã o
Após o vot o do Senhor Minist ro Car los Brit t o ( Relat or) , j ulgando procedent e
a ação, no que foi acom panhado pelo Senhor Minist ro Er os Grau, o
j ulgam ent o foi suspenso para cont inuação na sessão do dia 15. Falaram ,
pelo argüent e, o Dr. Miro Teixeir a; pelos am ici cur iae, Art igo 19 Brasil e
Associação Brasileira de I m prensa - ABI , respect ivam ent e, a Dra. Juliana
Vieira dos Sant os e o Dr. Thiago Bot t ino do Am aral e, pelo Minist ério Público
Federal, o Procurador- Geral da República, Dr. Ant ônio Fernando Barros e
Silva de Souza. Presidência do Senhor Minist ro Gilm ar Mendes. Plenár io,
01.04.2009. Decisão: O Tribunal, por m aior ia e nos t erm os do vot o do
Relat or, j ulgou procedent e a ação, vencidos, em part e, o Senhor Minist ro
Joaquim Barbosa e a Senhora Minist ra Ellen Gracie, que a j ulgavam
im procedent e quant o aos art igo 1º , § 1º ; art igo 2º , caput ; art igo 14; art igo
16, inciso I e art igos 20, 21 e 22, t odos da Lei nº 5.250, de 9.2.1967; o
Senhor Minist ro Gilm ar Mendes ( President e) , que a j ulgava im procedent e
quant o aos art igos 29 a 36 da refer ida lei e, vencido int egralm ent e o Senhor
Minist ro Marco Aurélio, que a j ulgava im procedent e. Ausent e,
j ust ificadam ent e, o Senhor Minist ro Eros Grau, com vot o proferido na
assent ada ant erior. Plenário, 30.04.2009.
I n de x a çã o
- CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, UTI LI ZAÇÃO, PALAVRA, I MPRENSA,
I DENTI DADE, DI VULGAÇÃO, I NFORMAÇÃO, I MPRESSÃO EM PAPEL,
CONTRAPOSI ÇÃO, SERVI ÇO PÚBLI CO, RADI ODI FUSÃO SONORA E
TELEVI SI VA. I MPRENSA, DEVER, I NFORMAÇÃO, FATO, VI SI BI LI DADE,
MOTI VAÇÃO, PESSOA NATURAL, PRETENSÃO, DECI SÃO, AGENTE PÚBLI CO.
CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL, GARANTI A, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO
JORNALÍ STI CA, AUSÊNCI A, DI SCRI MI NAÇÃO, EXERCÍ CI O, PROFI SSÃO,
JORNALI STA, VEDAÇÃO, AUMENTO, PENA EM ABSTRATO, CONFORMI DADE,
LEI ESPECÍ FI CA, ATUALI DADE. ESTADO DEMOCRÁTI CO DE DI REI TO,
I MPOSSI BI LI DADE, I NTERFERÊNCI A, ASPECTO MATERI AL,
ESSENCI ALI DADE, LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO, SOCI EDADE DE
I NFORMAÇÃO, SOCI EDADE DE COMUNI CAÇÃO, POSSI BI LI DADE, EDI ÇÃO,
50
- VOTO VENCI DO, MI N. JOAQUI M BARBOSA: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL,
PERMANÊNCI A, ORDENAMENTO JURÍ DI CO, DI SPOSI TI VO, UTI LI DADE,
COI BI ÇÃO, OFENSA, DI REI TO À I NTI MI DADE, RI SCO, ADMI SSÃO,
LEGALI DADE, VEI CULAÇÃO, PRECONCEI TO DE RAÇA, CLASSE.
51
- VOTO VENCI DO, MI N. ELLEN GRACI E: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL.
I NEXI STÊNCI A, HI ERARQUI A, DI REI TO FUNDAMENTAL, PERMI SSÃO,
REGULAMENTAÇÃO, ATI VI DADE, I MPRENSA, DEFI NI ÇÃO, LI MI TAÇÃO
LEGAL, RESPONSABI LI DADE, ATUAÇÃO.
- VOTO VENCI DO, MI N. GI LMAR MENDES: PROVI MENTO, PARCI ALI DADE,
ARGUI ÇÃO DE DESCUMPRI MENTO DE PRECEI TO FUNDAMENTAL,
MANUTENÇÃO, DI SPOSI TI VO, DI REI TO DE RESPOSTA. NORMA
CONSTI TUCI ONAL, OBRI GAÇÃO, LEGI SLADOR ORDI NÁRI O, EDI ÇÃO, LEI
ESPECÍ FI CA, PROMOÇÃO, EFETI VI DADE, LI BERDADE DE EXPRESSÃO,
LI BERDADE DE I NFORMAÇÃO JORNALÍ STI CA, EXERCÍ CI O, DI REI TO DE
RESPOSTA. CONSI DERAÇÃO, DESI GUALDADE, ARMA, PESSOA NATURAL,
MEI O DE COMUNI CAÇÃO, DI REI TO DE RESPOSTA, DI REI TO FUNDAMENTAL,
ASSEGURAMENTO, PROPORCI ONALI DADE, RESPOSTA. I NEXI STÊNCI A,
REGULAMENTAÇÃO, DI REI TO DE RESPOSTA, SI TUAÇÃO, OMI SSÃO,
EXI GÊNCI A, I NTERPRETAÇÃO, ACRÉSCI MO.
Le gisla çã o
LEG- FED CF ANO- 1824
ART- 00179 I NC- 00004 PAR- 00004
CF- 1824 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1891
ART- 00072 PAR- 00012
CF- 1891 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1934
ART- 00113 I NC- 00009
CF- 1934 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1937
ART- 00122 I NC- 00015
CF- 1937 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1946
ART- 00141 PAR- 00005
CF- 1946 CONSTI TUI ÇÃO FEDERAL
LEG- FED CF ANO- 1967
ART- 00150 PAR- 00008
52
ARE 1 0 0 4 5 6 9 / AC - ACRE
RECURSO EXTRAORD I N ÁRI O COM AGRAVO
Re la t or ( a ) : M in . ED SON FACH I N
Ju lga m e n t o: 2 0 / 0 4 / 2 0 1 7
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 086 DI VULG 25/ 04/ 2017 PUBLI C 26/ 04/ 2017
Pa r t e s
D e cisã o
fim do docu m e n t o
H C 1 3 9 3 2 1 / SP - SÃO PAULO
H ABEAS CORPUS
61
Re la t or ( a ) : M in . GI LM AR M EN DES
Ju lga m e n t o: 1 6 / 1 2 / 2 0 1 6
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 017 DI VULG 31/ 01/ 2017 PUBLI C 01/ 02/ 2017
Pa r t e s
D e cisã o
Dessa form a, ent endo que, decorridos m ais de 5 anos desde a ext inção
da pena da condenação ant erior ( CP, art . 64, I ) , não é possível alargar a
int erpret ação de m odo a perm it ir o reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es.
Ant e o expost o, com base no art . 192, caput , do RI STF, concedo
parcialm ent e a ordem , para cassar a sent ença proferida pelo Juízo de
Direit o da 1ª Vara Cr im inal da Com arca de Araçat uba/ SP, nos aut os da Ação
Penal n. 358/ 10, e det erm inar que o Juízo
de origem proceda à nova dosim et r ia da pena, nos t erm os da j urisprudência
dest a Cort e.
Com a nova dosim et ria da pena, deverá ser analisado t am bém o regim e
inicial e a possibilidade de subst it uição da pena privat iva de liber dade por
penas rest rit ivas de direit os.
Com unique- se com urgência. Publique- se.
Brasília, 16 de dezem bro de 2016.
Minist ro Gilm ar Mendes
Relat or
Docum ent o assinado digit alm ent e
fim do docu m e n t o
H C 1 3 1 9 4 5 / PB - PARAÍ BA
H ABEAS CORPUS
Re la t or ( a ) : M in . D I AS TOFFOLI
Ju lga m e n t o: 1 8 / 1 2 / 2 0 1 5
Pu blica çã o
PROCESSO ELETRÔN I CO
DJe- 010 DI VULG 20/ 01/ 2016 PUBLI C 01/ 02/ 2016
Pa r t e s
D e cisã o
Decisão:
Vist os.
Habeas corpus, com pedido de lim inar , im pet rado por Lúcio Landim
Bat ist a da Cost a e out ros em favor de José Alves de Sousa, apont ando
com o aut oridade coat ora a Quint a Turm a do Superior Tribunal de Just iça,
que negou provim ent o ao agravo regim ent al
no HC nº 334.130/ PB, Relat or o Minist ro Félix Fischer.
Narra a im pet ração que o pacient e foi condenado, em pr im eiro grau, por
infração ao art . 1º , inciso I , §§ 1º e 2º do Decret o- lei nº 201/ 67, à pena de
65
adm it ido não via est r eit a do habeas corpus. Precedent es. 2. Habeas corpus
denegado’ ( HC nº 95.911/ PE, Pr im eira
Turm a, da relat or ia da Minist ra Cár m en Lúcia, DJe de 20/ 3/ 08) ;
‘HABEAS CORPUS. PACI ENTE CONDENADO POR I NFRAÇÃO AO ART. 157,
§ 2º , I NCI SOS I E I I , E AO ART. 288, PARÁGRAFO ÚNI CO, DO CÓDI GO
PENAL. ALEGADA NULI DADE DA CONDENAÇÃO, QUE NÃO ESTARI A
CORROBORADA PELOS DADOS COLHI DOS NO I NQUÉRI TO E PRODUZI DOS
NA
I NSTRUÇÃO PROCESSUAL. SUPOSTO VÍ CI O NA DOSI METRI A DA PENA.
Validade da condenação, que não t eve por fundam ent o exclusivo os
depoim ent os prest ados pelos corréus na fase ext raj udicial, m as out ros
elem ent os que não podem ser, de plano, afast ados para
invalidar o decret o condenat ório. Pret ensão de revisão do j ulgado j á
t ransit ado, por m eio de um aprofundado r eexam e do acervo probat ório,
olvidando, cont udo, não ser o habeas corpus a via apropr iada para t ant o. A
quest ão relat iva à pret ensa nulidade na
fixação da repr im enda não foi suscit ada perant e o Superior Tribunal de
Just iça, que sobre ela não se pronunciou. Logo, inviável, no pont o, a
apreciação do pedido, sob pena de inadm issível supressão de inst ância.
Habeas corpus conhecido em part e e nela
indefer ido’ ( HC nº 84.671/ SP, Pr im eira Tur m a, da relat or ia do Minist ro
Ayres Brit t o, DJ de 11/ 2/ 05) .
No m esm o sent ido: HC nº 71.436/ SP, Segunda Turm a, Rel. Min. Car los
Velloso, DJ de 27/ 10/ 94; HC nº 75.069/ SP, Pr im eira Turm a, Rel. Min.
Moreira Alves, DJ de 27/ 6/ 97; HC nº 76.381/ SP, Rel. Min. Car los Velloso,
Segunda Turm a, DJ de 14/ 8/ 98; HC nº
79.503/ RJ, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turm a, DJ de 18/ 5/ 01; HC
nº 81.472/ RJ, Rel. Min. Nelson Jobim , 2ª Turm a, DJ de 14/ 6/ 02; HC nº
81.914/ SP, Segunda Turm a, Rel. Min. Nelson Jobim , DJ de 22/ 11/ 02; HC nº
82.011/ PR, Segunda Turm a, Rel. Min. Celso
de Mello, DJ de 11/ 3/ 05; e HC nº 85/ 183/ RJ, Segunda Turm a, Rel. Min.
Gilm ar Mendes, DJe de 11/ 5/ 07.”
Em ar rem at e, a j ur isprudência do Suprem o Tribunal Federal não adm it e
o m anej o do habeas corpus para o revolvim ent o do conj unt o fát ico-
probat ório, com o obj et ivo de se redim ensionar a pena im post a.
Nesse sent ido, RHC nº 105.150/ MG, Pr im eira Turm a, de m inha relat or ia,
DJe de 4/ 5/ 12; RHC nº 121.092/ SP, Pr im eir a Turm a, Relat or o Minist ro Luiz
Fux, DJe de 12/ 5/ 14; HC nº 118.602/ SP, Segunda Turm a, Relat or o
Minist ro Teori Zavascki, DJe de 11/ 3/ 14,
e o HC nº 111.398/ SP, Segunda Turm a, Relat or o Minist ro Ricardo
Lewandowski, DJe de 3/ 5/ 12.
Com o assent ado no HC nº 120.146/ SP, Pr im eira Turm a, de m inha
relat or ia, DJe de 3/ 6/ 14,
“ é pacífica a j urispr udência da Cort e de que a via est reit a do habeas
corpus não perm it e que se proceda à ponderação e o reexam e das
circunst âncias j udiciais referidas no art . 59 do Código Penal, consideradas
na sent ença condenat ória ( HC nº
100.371/ CE, Pr im eira Turm a, Relat or o Minist ro Ricardo Lewandowski, DJe
de 21/ 5/ 10) ” .
Regist ro ainda que
“ [ a] dosim et r ia da pena é m at éria suj eit a a cert a discr icionar iedade
j udicial. O Código Penal não est abelece rígidos esquem as m at em át icos ou
71
regras absolut am ent e obj et ivas para a fixação da pena. Cabe às inst âncias
ordinár ias, m ais próxim as dos
fat os e das provas, fixar as penas e às Cort es Superiores, em grau recursal,
o cont role da legalidade e da const it ucionalidade dos cr it ér ios em pregados,
bem com o a correção de event uais discrepâncias, se gr it ant es ou
arbit rár ias” ( HC nº 120.095/ MS,
Pr im eira Turm a, Relat ora a Minist ra Rosa Weber, DJe de 20/ 5/ 14) ” .
Rest a avaliar se, na espécie, exist e flagr ant e ilegalidade que aut orize a
superação desses óbices processuais.
No t ocant e à culpabilidade do pacient e, reput ou- se desfavorável esse
vet or porque o pacient e t eria desviado, em proveit o própr io, “ verba pública
federal dest inada ao cust eio da m erenda escolar dos alunos ( t odos de baixo
nível socioeconôm ico e cuj a
frequência à escola é condicionada à disponibilização da m erenda) da rede
m unicipal de ensino” .
Diversam ent e do que sust ent am os im pet rant es, não houve indevida
ut ilização de elem ent ar do t ipo para agravar a pena do pacient e.
Com efeit o, não se m aj orou a pena por força do desvio em si, m as sim
em razão da nat ureza da verba desviada, em prej uízo da alim ent ação de
alunos de baixo nível socioeconôm ico, o que t raduz, indubit avelm ent e, o
m aior grau de reprovabilidade da
condut a.
Melhor sort e não assist e aos im pet rant es quant o ao alegado bis in idem
no reconhecim ent o dos m aus ant ecedent es e da reincidência.
De acordo com a sent ença condenat ória,
“ [ p] ossui o réu ant ecedent es, conform e se verifica da cert idão de fls.
184/ 189, da qual const am sent enças penais condenat órias com t rânsit o em
j ulgado, por cr im es de responsabilidade t ipificados no art . 1º , inciso I , da
Lei nº 201/ 67, prolat adas
pela Just iça Est adual ( Processos 037.2002.002.901- 5,037.2001.002.626-
0,037.2002.000.763- 1 e 037.2002.000.702- 1) , bem com o da cert idão de
fls. 208/ 209, da qual const a Execução Penal nº 0000096-
61.2006.4.05.8202 em t ram it e nest e j uízo, em virt ude da
condenação pela prát ica de delit os t ipificados no art . 1º , incisos I e VI I , da
Lei nº 201/ 67, HÁBEI S A GERAR REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA. ( ...)
Por out ro lado, sendo ident ificada a REI NCI DÊNCI A ESPECÍ FI CA, agravo-
lhe a pena- base em 1/ 6 ( um sext o) , fixando- a em 04 ( quat ro) anos e 8
( oit o) m eses de reclusão” .
Com o ressalt ado no j ulgado ora im pugnado,
“ ( …) est á evident e que o m agist rado ut ilizou- se de quat ro ações com
t rânsit o em j ulgado, sendo que as t rês prim eiras serviram para valorar
negat ivam ent e a circunst ância j udicial em referência, e a últ im a delas, na
qual j á t eve início a fase de
execução penal, para a caract erização da reincidência.”
Quant o à condut a social do condenado, reput ou- se desfavorável ao
pacient e esse vet or “ ant e as inúm eras ações cont ra ele aj uizadas, t odas
t rat ando acerca da m alversação de dinheir o público” .
Com o t ive a oport unidade de assent ar no HC nº 125.586/ SP, Segunda
Turm a, de m inha relat oria, DJe de 15/ 12/ 15,
“ ( ...) inquér it os policiais ar quivados, processos em andam ent o ou
absolvições não geram m aus ant ecedent es, sob pena de ofensa ao princípio
da presunção de inocência ( art . 5º , LVI I , CF) .
72
Essa t ese foi reafir m ada pelo Plenár io do Suprem o Tribunal Federal, no
j ulgam ent o do RE nº 591.054/ SC- RG, Relat or o Minist ro Marco Aurélio, DJe
de 26/ 2/ 15, cuj a em ent a t ranscrevo:
“ PENA – FI XAÇÃO – ANTECEDENTES CRI MI NAI S – I NQUÉRI TOS E
PROCESSOS EM CURSO – DESI NFLUÊNCI A. Ant e o princípio const it ucional
da não culpabilidade, inquér it os e processos crim inais em curso são neut ros
na definição dos ant ecedent es crim inais.”
Desse j ulgado, dest aco t recho do vot o do Minist ro Celso de Mello:
“ Na realidade, a sim ples exist ência de sit uações processuais ainda
pendent es de definição revela- se insuficient e para legit im ar a for m ulação de
j uízo de desvalor quant o à “ vit a ant eact a” referent e ao acusado que não
sofreu condenação penal
irrecorr ível.
O at o j udicial de fixação da pena, por isso m esm o, não poderá em prest ar
relevo j urídico- legal a circunst âncias que m eram ent e evidenciem haver sido
( ou est ar sendo) o réu subm et ido a procedim ent o penal- persecut ório, sem
que dest e haj a result ado, com
definit ivo t rânsit o em j ulgado, qualquer condenação de índole penal.”
Nesse m esm o sent ido, aliás, j á havia decidido est a Cort e, no RHC nº
123.711/ PE, Pr im eira Turm a, de m inha relat oria, DJe de 17/ 11/ 14:
“ Recurso ordinár io const it ucional. Habeas corpus. Não conhecim ent o da
im pet ração pelo Superior Tr ibunal de Just iça. Fundam ent o: agravo em
recurso especial pendent e de j ulgam ent o. Descabim ent o. Pressupost o de
adm issibilidade não previst o na
Const it uição Federal. Precedent es. Dosim et ria da pena. Reexam e
pret endido. Mat ér ia não analisada pelo Superior Tr ibunal de Just iça.
Supressão de inst ância caract erizada. Precedent es. Port e ilegal de arm a de
fogo de uso perm it ido. Art igo 14 da Lei nº
10.826/ 03. Pena- base. Maj oração. Ant ecedent es. Valoração negat iva com
base t ão som ent e em processos em andam ent o. I nadm issibilidade. Ofensa
ao princípio da presunção de inocência ( ar t . 5º , LVI I , CF) . I legalidade
flagrant e. Recurso provido, para o fim de
se conceder a ordem de habeas corpus.
1. É incabível, para se rest ringir o conhecim ent o do habeas corpus,
est abelecer pressupost o de adm issibilidade não previst o na Const it uição
Federal.
2. É pacífico o ent endim ent o da Pr im eira Turm a do Suprem o Tribunal
Federal de que a int er posição de recurso especial cont ra acórdão de t ribunal
local não const it ui óbice processual ao m anej o concom it ant e do habeas
corpus. Precedent es.
3. A apreciação, de form a or iginár ia, pelo Suprem o Tribunal Federal, de
m at éria não debat ida ou analisada pelo Superior Tr ibunal de Just iça,
configura inadm issível supressão de inst ância. Precedent es.
4. Um a vez que não cabe, em sede de habeas corpus, agregar
fundam ent os inovadores para com plem ent ar deficiência de fundam ent ação
na dosim et r ia da pena, sua legalidade deve ser aferida, est r it am ent e, à luz
da m ot ivação em pregada pelas inst âncias
ordinár ias.
5. I nquérit os policiais e processos em andam ent o não podem ser
valorados negat ivam ent e na fixação da pena- base, a t ít ulo de m aus
ant ecedent es, sob pena de ofensa ao princípio da presunção de inocência
( art . 5º , LVI I , CF) .
73
oferecem elem ent os para analisar a condut a social do réu; nessa hipót ese,
a presunção m ilit a em seu favor” ( Trat ado de direit o penal. Part e geral. 17.
ed. São Paulo: Saraiva, 2012. v.1, p. 756- 757) .
Com o j á decidido pelo Suprem o Tribunal Federal no HC nº 97.400/ MG,
Segunda Turm a, Relat or o Minist ro Cezar Peluso, DJe de 26/ 3/ 10,
“ 1. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais desfavoráveis. Condut a social
negat iva. Passagens pela polícia. Processos penais sem condenação. Não
caract erização. A exist ência de inquér it os ou
processos em andam ent o não const it ui circunst ância j udicial desfavorável.
2. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais desfavoráveis. Personalidade do
agent e volt ada para o crim e. Base em pír ica. I nexist ência. Não
caract erização. Desaj udada ou carent e de base fact ual, é
ilegal a m aj oração da pena- base pelo reconhecim ent o da personalidade
negat iva do agent e.
3. AÇÃO PENAL. Condenação. Sent ença condenat ória. Pena.
I ndividualização. Circunst âncias j udiciais. Conseqüências do delit o. Elevação
da pena- base. I doneidade. Fixação no acim a do dobro do m ínim o legal.
Abuso do poder discricionár io do m agist rado.
I nt eligência do art . 59 do CP. HC concedido, em part e, para redim ensionar
a pena aplicada ao pacient e. É desproporcional o aum ent o da pena- base
acim a do dobro do m ínim o legal t ão- só pelas conseqüências do delit o.”
Dest aco o seguint e t recho do vot o condut or desse acórdão:
“ ( ...)
2. A condut a social foi reput ada desfavor ável pelo fat o de o or a pacient e
t er “ diversas passagens pela polícia e respondeu a processos em out ras
Varas” ( fl. 166) .
Ora, ainda que o pacient e apresent asse condenações ant eriores,
t ransit adas em j ulgado, t ais fat os não poderiam repercut ir na avaliação da
condut a social, circunst ância que se refere, ant es, à relação do sent enciado
com o m eio social. Em out ras
palavras, t ais fat os não podem caract erizar condut a social negat iva, para
efeit o do que det erm ina o art . 59 do Código Penal.
Lecionam , a pr opósit o, ALBERTO SI LVA FRANCO e JULI ANA
BELLOQUE:
’A condut a social deve ser avaliada enquant o o com port am ent o
desenvolvido pelo agent e na com unidade em que vive, abrangendo as suas
relações fam iliares e de vizinhança, o seu m odo de vida no t rabalho e nos
espaços com unit ár ios de lazer, as condut as
que – de m aneira recorrent e – apresent a no int er- relacionam ent o hum ano e
social.’
I sso não significa que event uais condenações não poderiam ser
consideradas pelo j uízo sent enciant e na fixação da pena- base. O m esm o
art . 59 prevê os ant ecedent es com o circunst ância j udicial diversa,
represent ando ’apenas um fat o m enor referent e à
exist ência ou não, no m om ent o da consum ação do fat o delit uoso, de
precedent es j udiciais’.
Tenho, cont udo, que a sent ença não pode observar a exist ência de
inquér it os ou processos em andam ent o com o j ust ificat iva para agravar a
condenação, sob pena de afront a diret a ao pr incípio const it ucional de
presunção de inocência ( art . 5º , LVI I , CF) .
79
Referidos dout rinadores, após anot arem que “ a rest rição exist ent e na
apelação parcial é relat iva à ext ensão do conhecim ent o e não à sua
profundidade, podendo o t ribunal exam inar , nos lim it es da im pugnação,
aspect os não suscit ados pelas part es ou
t ópicos não apreciados pelo j uiz infer ior ( ...) ” - op. cit ., p. 123.
Com o j á decidido pelo Suprem o Tribunal Federal,
“ A apelação da defesa devolve int egralm ent e o conhecim ent o da causa
ao Tribunal, que a j ulga de novo, reafirm ando, infirm ando ou alt erando os
m ot ivos da sent ença apelada, com as únicas lim it ações de adst ringir- se à
im put ação que t enha sido obj et o
dela ( cf. Súm ula 453) e de não agravar a pena aplicada em pr im eiro grau
ou, segundo a j urispr udência consolidada, piorar de qualquer m odo a
sit uação do réu apelant e.
I nsurgindo- se a apelação do réu cont ra a individualização da pena, não
est á, pois, o Tr ibunal circunscr it o ao reexam e dos m ot ivos da sent ença:
reexam ina a causa, à luz do art . 59 e seguint es do Código, e pode, para
m ant er a m esm a pena, subst it uir
por out ras as circunst âncias j udiciais ou legais de exasperação a que a
decisão de pr im eiro grau haj a dado relevo.
À pr im eira vist a, a rest rição a observar no pont o é que as novas
circunst âncias do fat o hão de est ar explícit as ou im plicit am ent e cont idas na
acusação, o que, no caso, parece indiscut ível” ( HC nº 76.156, Pr im eira
Turm a, Relat or o Minist ro Sepúlveda
Pert ence, DJ de 8/ 5/ 98) .
Assim , “ ainda que em recurso exclusivo da defesa, o efeit o devolut ivo da
apelação aut or iza o Tribunal a rever os cr it érios de individualização
definidos na sent ença penal condenat ór ia para m ant er ou reduzir a pena,
lim it ado t ão- som ent e pelo t eor da
acusação e pela prova produzida” ( HC nº 101.917, Pr im eira Tur m a,
Relat ora a Minist ra Cárm en Lúcia, DJe 9/ 2/ 11; HC nº 106.113/ MT, Pr im eira
Turm a, Relat ora a Minist ra Cárm en Lúcia, DJe de 1º / 2/ 12) ” .
Todavia, na espécie, não se cuidava de apelação, m as sim de habeas
corpus, em que não exist e o apont ado efeit o devolut ivo, razão por que há
que se reconhecer a reform at io in pej us na negat iva de decot am ent o da
pena- base do indevido aum ent o à cont a
de condut a social desfavorável.
Considerando- se que a pena m ínim a com inada ao cr im e im put ado ao
pacient e é de 2 ( dois) anos de reclusão e que pena- base, em decorrência do
reconhecim ent o de t rês circunst âncias j udiciais desfavoráveis
( culpabilidade, condut a social e ant ecedent es) ,
foi fixada em 4 ( quat r o) anos de reclusão, cada circunst ância im port ou no
aum ent o de 8 ( oit o) m eses.
Logo, o decot am ent o da valoração negat iva da condut a social deve
im port ar na redução da pena- base para 3 ( t rês) anos e 4 ( quat ro) m eses de
reclusão.
Out rossim , alt erada a pena- base, o aum ent o de 1/ 6 ( um sext o) , na
segunda fase da dosim et ria, em razão da r eincidência, im plica no
redim ensionam ent o da pena para 3 ( t rês) anos, 10 ( dez) m eses e 20
( vint e) dias de reclusão.
Finalm ent e, diant e das duas circunst âncias j udiciais desfavoráveis
( culpabilidade e m aus ant ecedent es) e da reincidência em cr im e doloso, de
81
rigor a m anut enção do regim e inicial fechado, t al com o fixado na sent ença,
nos t erm os do art . 33, § 3º , do
Código Penal, não sendo o caso, ausent es os requisit os subj et ivos ( art . 44,
CP) , de subst it uição da pena corporal por r est rit iva de direit os.
Com essas considerações, nos t erm os do 192, caput , do Regim ent o
I nt erno do Suprem o Tribunal Federal, concedo, em part e, a ordem de
habeas corpus, para o fim de, afast ada a valoração negat iva da condut a
social do pacient e, redim ensionar a pena a ele
im post a para 3 ( t rês) anos, 10 ( dez) m eses e 20 ( vint e) dias de r eclusão,
m ant ida, no m ais, a sua condenação.
Publique- se.
Brasília, 18 de dezem bro de 2015.
Minist ro Dias Toffoli
Relat or
Docum ent o assinado digit alm ent e
Le gisla çã o
Obse r va çã o
fim do docu m e n t o